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TRANSPORTADOR DE

CORREIA - TC

Antônio Augusto A. P. Melo


Claudiano Costa Carlos
Franciele Soares Jacob
Thiago Henrique Ferreira Souza
Thiago Oliveira Linhares
Waldecir
Introdução
Um transportador de correia ou esteira
transportadora consiste em duas ou mais
polias que movimentam uma superfície em que
determinados materiais ou objetos são
transportados.

Ela é muito usada, principalmente na


mineração.
Componentes de um TC
• Estrutura; • Conjunto de alimentação;
• Correia; • Conjunto de descarga;
• Tambores; • Conjunto de acionamento;
• Roletes; • Dispositivos de segurança.

Figura 01- Componentes de um transportador de correia.


1. Estrutura 11. Rolete de retorno;
2. Correia transportadora; 12. Rolete auto-alinhante de carga;
3. Conjunto de acionamento; 13. Rolete auto-alinhante de retorno;
4. Tambor de acionamento; 14. Rolete de transição;
5. Tambor de retorno; 15. Chute de alimentação;
6. Tambor de desvio; 16. Guias laterais;
7. Tambor de esticamento; 17. Chute de descarga;
8. Tambor de encosto; 18. Raspador;
9. Rolete de carga; 19. Limpador.
10. Rolete de impacto;

Figura 02 - Esquemático de um transportador de correia


Correia
Tida como a parte principal do transportador, por ser o
componente que estará em contato direto com o material
transportado. A correia tem a sua seleção baseada nos
seguintes aspectos:

•1. Características do material transportado;


•2. Condições de serviço;
•3. Tipos de roletes;
•4. Largura (determinada por cálculo);
•5. Tensão máxima (determinada por cálculo);
•6. Tempo de percurso completo;
•7. Temperatura do material;
Figura 03 – Correia Transportadora
Tambores
Construídos normalmente em aço, têm como função principal
tracionar a correia para o funcionamento do transportador, sendo
neste caso, papel exercido pelo tambor motriz, onde está
acoplada a motorização.

• Tambor de Acionamento;
• Tambor de Retorno;
• Tambor de Desvio;
• Tambor de Esticamento;
• Tambor de Encosto;

Figura 4 – Tambores com revestimento


Tambores
A estrutura de um tambor possui os seguintes componentes principais:

1. Corpo;
2. Discos laterais;
3. Discos centrais;
4. Cubos;
5. Elementos para transmissão de torque;
6. Eixo;
7. Mancais;
8. Revestimento;

Figura 5 – Tambor com acionamento interno


Roletes
• São conjuntos de rolos, geralmente
cilíndricos, e seus respectivos suportes.
Estes rolos podem efetuar livre rotação em
torno de seus próprios eixos e são
instalados com o objetivo de dar suporte à
movimentação da correia e guiá-la na
direção de trabalho
Roletes
Alguns Tipos:

Roletes de impacto,
Roletes de carga,
Roletes de retorno,
Rolete auto-alinhante,
Rolete de transição,

Figura 6 – Roletes
Cálculo da capacidade do
Transportador
Q=CxY
•Q = Capacidade de carga, em t/h;

•C =Capacidade Volumétrica a uma velocidade V, em m/s ou m³/h;

•Y = Peso Específico do Material, em t/m³

C = C(tabelado) . V . K
•C(tabelado) = Capacidade Volumétrica a 1,0 m/s;
•V = Velocidade de um Transportador;
•K = Fator de Correção da capacidade de um transportador devido sua inclinação;
Cálculo da potência e esforços de
acionamento
Para o cálculo da potência utilizamos:

Ne = V x ( Nv + Ng ) + Q/100 x ( N1 + Nh )
Onde temos:
• Ne = potência total efetiva (HP);
• Nv = potência para acionar o transportador vazio a uma velocidade de 1,0 m/s
(HP);
• N1 = potência para deslocar 100 t/h de material de uma distância L na horizontal
(HP);
• Nh = potência para elevar ou descer 100 t/h de material de uma altura H (HP);
• Ng = potência para vencer o atrito das guias laterais à velocidade de 1,0 m/s,
que deve ser desprezada se as guias forem de comprimento normal.
Obtendo esta potência Ne , pode-se determinar a potência do
motor, e a determinação da tensão efetiva da correia Te , que
é a força tangencial que movimenta a correia.

Te = 75 x Ne / V

onde temos:
· Ne = potência total efetiva (HP);
· Te = tensão efetiva (kgf);
· V = velocidade da correia (m/s).
Exemplo 1 – Cálculo Capacidade de
Carga de uma TC
• Um transportador com inclinação de 12º
com a horizontal, usando uma correia de 60”
de largura e roletes de 3 rolos iguais, sendo
os laterais inclinados a 45º e operando a
2,0m/s, para transportar um material (Peso
Específico: 1.5t/m³) com ângulo de
acomodação igual a 15º, tem-se a seguinte
capacidade:
• Pela tabela 1: para α = 15º → C = 972m³/h
• Pela tabela 2: para γ = 12º → K = 0,93

• Portanto:

C = Ctabelado x V x K Q = C (x) y
C = 972 x 2 x 0,93 Q = 1807,92 x 1,5
C = 1807,92m³/h Q = 2711,88 t/h
Exemplo 2 – Cálculo Capacidade de
Carga de uma TC
• Um transportador com inclinação de 14º com
a horizontal, usando uma correia de 60” de
largura e roletes de 3 rolos iguais, sendo os
laterais inclinados a 45º e operando a 2,0
m/s, para transportar um material (Peso
Específico: 1.5t/m³) com ângulo de
acomodação igual a 15º, tem-se a seguinte
capacidade:
• Pela tabela 1: para α = 15º → C = 972 m³/h
• Pela tabela 2: para  γ = 14º → K = 0,91

• Portanto:
  C=C xVxK
tabelado Q = C (x) y
C = 972 x 2 x 0,91 Q = 1769,04 x 1,5
C = 1769,04m³/h Q = 2653,56 t/h
Conclusão
Conclui-se com a realização desse trabalho, que as correias
transportadoras são um elemento de grande importância no que
tange ao deslocamento de cargas, pois diminui a utilização de outros
meios de transportes, menos viáveis.

No cálculo apresentado no resultado experimental, podemos observar


que quando há uma mudança apenas no ângulo de inclinação do
transportador, mantendo-se as outras variáveis constantes, a
capacidade da correia será maior no transportador de menor ângulo
de inclinação, pois o fator de correção da capacidade apresenta-se de
maneira inversamente proporcional a inclinação, ou seja, quanto
maior o ângulo de inclinação, menor o valor de correção.
Referências Bibliográficas
• FAÇO. MANUAL DE TRANSPORTADORES DE CORREIA. São
Paulo: 4ª ed.

• MARCONDES, Marcelo De Araújo. DESENVOLVIMENTO DE UM


PROGRAMA PARA CÁLCULO DE COMPONENTES MECÂNICOS
E ESTRUTURAIS PARA TRANSPORTADORES DE CORREIA.
2011. Dissertação de Mestrado – Escola de Minas, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011.

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