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Estrias ou Ranhuras

A transmissão de momentos de torção (torque) grande, pode exigir um


comprimento de chaveta muito elevado. Podemos resolver este problema com
o uso de duas ou mais chavetas, o que com certeza enfraqueceria o eixo. A
solução então é fabricar (frezar) várias chavetas, equidistantes no eixo e
consequentemente são feitas canaletas no cubo.

Desta forma, um eixo estriado é, na realidade, um eixo de chavetas


múltiplas. Amplamente utilizada na indústria automobilística.
As estrias apresentam como principais vantagens:
- transmissão de maior torque;
- maior resistência a fadiga;
- melhor alinhamento (balanceamento);
- melhor estabilidade em altas rotações.

A execução de estrias em qualquer das seções de uma árvore de


transmissão, além de substituir as chavetas, permite a transmissão de
momentos muito elevados, de atuação cíclica ou com pesados choques. Para
uma mesma transmissão, a árvore estriada é mais forte do que a árvore com
chavetas.

O perfil das estrias pode ser:


1) De lados retos e paralelos ao eixo de simetria:
Este tipo de perfil apresenta uma série de ranhuras longitudinais em
torno de sua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os
sulcos correspondentes de peças que serão montadas no eixo. Este
tipo de estria é utilizado para transmitir grande força.
2) De lados com perfil envolvente:
Estas estrias apresentam vantagens sobre as anteriores, podendo-se
citar como as principais, as seguintes: maior capacidade de carga;
concentração de tensões bem mais reduzida; centragem mais
perfeita, dada a tendência ao auto alinhamento resultante da
construção; possibilidade em execução de máquinas de grande
produção e alta precisão. A figura abaixo apresenta o perfil típico,
mostrando também as três possibilidades de centragem normalmente
utilizadas.

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