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UFJ/CIAGRA – Mecanização Agrícola

Transmissão de potência
1. Introdução
A transmissão é a condução de movimento ou potência (força e velocidade) de um ponto a outro
dentro de uma máquina ou entre máquinas distintas. Tem-se por exemplo a transmissão de potência
do motor até os pneus de um trator. Outro exemplo é a transmissão de potência a partir de um motor
estacionário (máquina motora) até um moinho (máquina movida)
A potência pode ser transmitida por diversos tipos de mecanismos, que podem ser subdivididos
em mecanismos por contato indireto ou contato direto. Os primeiros exigem a presença de um
intermediário, que pode ser flexível como as correias e correntes ou rígido com o cardã e a biela. Os
exemplos mais comuns de mecanismos de contato direto são as engrenagens e embreagem.

2. Transmissão por polias e correias

2.1.Vantagens
Provavelmente é o tipo de mecanismo mais utilizado na área agrícola. A polia que transmite a
potência é denominada polia motora e que recebe o movimento é denominada polia movida.
As principais vantagens encontradas em transmissões por polias e correias acontecem em
função do elemento ser flexível, não ter partes móveis e ter como princípio de transmissão o atrito.
São elas:
• Segurança: a transmissão por correias oferece proteção contra choques (em decorrência do
deslizamento), vibrações (em função do elemento ser flexível) e sobrecarga (também
decorrente do deslizamento). No caso do choque e/ou sobrecarga exceder a força de atrito,
ocorrerá o deslizamento da correia, protegendo, assim, o sistema motor, o que não ocorre
nas transmissões por correntes e engrenagens.
• Economia: a transmissão por correias é mais econômica que qualquer outro tipo de
transmissão, tanto no custo da instalação quanto da manutenção, uma vez que o preço das
correias fabricadas em série não é elevado, o mecanismo não exige lubrificação (como
exigem correntes e engrenagens) e a substituição das correias gastas se faz fácil e
economicamente. Também tem-se uma economia de tempo de parada de produção, uma
vez que as correias podem ser substituídas de um modo cômodo e rápido.
• Versatilidade: As transmissões por correias podem ser
projetadas com grandes reduções ou grandes multiplicações
de rotações e, numa mesma instalação, com uma única correia,
podem-se obter diferentes relações de velocidades, bastando
para isso colocar a correia, ora em um par, ora em outro par de
polias. Além disto, a transmissão de rotações pode ser
conseguida com rotações no mesmo sentido ou em sentidos
opostos
• Comodidade : Uma transmissão está a salvo das vibrações que podem ser observadas nas
transmissões por engrenagens. Isso se deve ao fato das correias serem flexíveis.

2.2. Polias
Polias são elementos mecânicos circulares, com ou sem canais periféricos, acoplados a eixos
motores e movidos por máquinas e equipamentos. As polias, para funcionar, necessitam da
presença de vínculos chamados correias. A maneira como a correia é colocada determina o sentido
de rotação das polias:
• Sentido direto de rotação, nesse caso a correia fica reta e as polias têm o mesmo sentido de
rotação

• Sentido de rotação inverso, a correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias inverte-se
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• Transmissão de rotação entre eixos não paralelos.

2.3. Tipos de polias


São determinados pela forma da superfície na qual a correia se assenta. Elas podem ser planas
ou trapezoidais. As polias planas podem apresentar dois formatos na sua superfície de contato. Essa
superfície pode ser plana ou abaulada.

A polia plana conserva melhor as correias e a polia com superfície abaulada guia melhor as
correias. As polias apresentam braços a partir de 200 mm de diâmetro. Abaixo desse valor, a coroa é
ligada ao cubo por meio de discos.

As polias trapezoidais também são conhecidas pelo nome de polias em “V” e são as mais
utilizadas em máquinas. A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia
se assenta apresenta a forma de trapézio. As polias trapezoidais devem ser providas de canaletes
(ou canais) e são dimensionadas de acordo com o perfil padrão da correia a ser utilizada.
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Polia trapezoidal Polia trapezoidal


Polia plana simples Polia plana escalonada simples múltipla

2.4. Cuidados exigidos com polias trapezoidais

• Não apresentar desgastes nos canais;


• Não apresentar as bordas trincadas, amassadas, oxidadas ou com porosidade;
• Apresentar os canais livres de graxa, óleo ou tinta e corretamente dimensionados para
receber as correias.
Na figura abaixo, à esquerda, uma correia corretamente assentada no canal da polia. Note que a
correia não ultrapassa a linha do diâmetro externo da polia nem toca no fundo do canal. À direita, por
causa do desgaste sofrido pelo canal, a correia assenta-se no fundo. Nesse último caso, a polia
deverá ser substituída para que a correia não venha a sofrer desgastes prematuros.

Além dos cuidados citados anteriormente, as polias t exigem alinhamento. Polias desalinhadas
danificam rapidamente as correias e forçam os eixos aumentando o desgaste dos mancais e os
próprios eixos.
É recomendável, para fazer um bom alinhamento, usar uma régua paralela fazendo-a tocar toda
a superfície lateral das polias, conforme mostrado na figura.

2.5. Correias
As correias são elementos de máquinas cuja função é manter o vínculo entre duas polias e
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transmitir potência. As mais utilizadas são as planas e as trapezoidais.


Os materiais empregados na fabricação de correias são os seguintes: borracha; couro; materiais
fibrosos e sintéticos à base de algodão, viscose, perlon, náilon e materiais combinados à base de
couro e sintéticos.

Tipos de Correias

(a) planas
(b) trapezoidais
(c) circulares
(d) dentadas

As correias planas apresentam como principais vantagens o baixo custo inicial, permitir a
inversão do sentido de rotação dos eixos e a utilização de eixos não coplanares. São adequadas
para transmissão de potência a grandes distâncias. Esse tipo de correia desliza com sobrecargas,
de modo que podem funcionar como um sistema de segurança para os mecanismos. Em geral há a
possibilidade de emendas, de modo que podem-se utilizar correias de praticamente qualquer
tamanho. Trabalham com velocidades de até 90 m/s.
A correia trapezoidal é inteiriça, fabricada com seção transversal em forma de trapézio. A
grande maioria das correias utilizadas em máquinas é desse tipo. Essas correias apresentam
cordonéis vulcanizados em seu interior para suportarem as forças de tração.

O emprego da correia trapezoidal é vantajoso em relação à correia plana porque:


• praticamente não apresenta deslizamento;
• permite o uso de polias bem próximas;
• elimina os ruídos e os choques, típicos das correias emendadas (planas).
Esse tipo de correia trabalha com velocidade de 5 a 25 m/s e não permitem inversão do sentido
e o trabalho com eixos não coplanares. Adaptam-se melhor a pequenas distâncias entre eixos.
Existem cinco perfis principais padronizados de correias em “V” para máquinas industriais e três
perfis, chamados fracionários, usados em eletrodomésticos. No caso das correias para máquinas
industriais, seus perfis, com as suas respectivas dimensões, encontram-se ilustrados a seguir.

As correias trapezoidais com perfis maiores são utilizadas para as transmissões pesadas, e as
com perfis menores para as transmissões leves. O uso de correias com perfis menores, em
transmissões pesadas, é contraproducente, pois exige a presença de muitas correias para que a
capacidade de transmissão exigida seja alcançada.
A correia dentada é utilizada para casos em que não se pode ter nenhum deslizamento, como
no comando de válvulas do automóvel. Esse tipo de correia mantém o sincronismo entre as polias e
não depende de pré-tensão. Permite o trabalho em uma grande faixa de velocidade. Entretanto,
necessita polias adequadas. Busca aliar as vantagens das correias e correntes.
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2.6. Colocação de correias


Para colocar uma correia vinculando uma polia fixa a uma móvel, deve-se recuar a polia móvel
aproximando-a da fixa. Esse procedimento facilitará a colocação da correia sem perigos de danificá-
la.
Não se recomenda colocar correias forçando-as contra a lateral da polia ou usar qualquer tipo de
ferramenta para forçá-la a entrar nos canais da polia. Esses procedimentos podem causar o
rompimento das lonas e cordonéis das correias.
Após montar as correias nos respectivos canais das polias e, antes de tensioná-las, deve-se
girá-las manualmente para que seus lados frouxos fiquem sempre para cima ou para baixo, pois se
estiverem em lados opostos o tensionamento posterior não será uniforme.

2.7. Tensionamento de correias


O tensionamento de correias exige a verificação dos seguintes parâmetros:
• tensão ideal: deve ser a mais baixa possível, sem que ocorra deslizamento, mesmo com
picos de carga;
• tensão baixa: provoca deslizamento e, consequentemente, produção de calor excessivo
nas correias, ocasionando danos prematuros;
• tensão alta: reduz a vida útil das correias e dos rolamentos dos eixos das polias.
Na prática, para verificar se uma correia está corretamente tensionada, bastará empurrá-la com
o polegar, de modo tal que ela se flexione aproximadamente entre 10 mm e 20 mm conforme
ilustrado a seguir.

2.8. Manutenção das correias trapezoidais


A primeira recomendação para a manutenção das correias trapezoidais é mantê-las sempre
limpas.
Além disso, nas primeiras 50 horas de serviço, verificar constantemente a tensão e ajustá-la, se
necessário, pois nesse período as correias sofrem maiores esticamentos. A cada 100 horas de
trabalho, verificar a tensão, o desgaste das correias e o desgaste das polias.
No caso de polias múltiplas, se uma correia do jogo romper é preferível trabalhar com uma
correia a menos do que trocá-la por outra, até que se possa trocar todo o jogo. Não é aconselhável
usar correias novas junto às usadas, pois essas por estarem lasseadas, sobrecarregam as novas.
Jogos de correias deverão ser montados com correias de uma mesma marca. Esse cuidado é
necessário porque correias de marcas diferentes apresentam desempenhos diferentes, variando de
fabricante para fabricante.
Nunca tentar remendar uma correia trapezoidal estragada.
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3. Correntes
Esse tipo de mecanismo também é um mecanismo de transmissão flexível, entretanto apresenta
menor capacidade de absorção choques que as correias. Exigem alinhamento entre as rodas
dentadas bem como lubrificação. Seu custo é intermediário entre correias e engrenagens.
Sua manutenção é fácil entretanto apresenta funcionamento mais ruidoso que correias.
Apresenta rendimento elevado, mas menor eficiência na transmissão de potência que as
engrenagens. É um sistema de montagem relativamente fácil.
Muito utilizadas nas semeadoras, para acionamento dos mecanismos de distribuição, pois como
não sofrem deslizamento evitam falhas. Também toleram melhor que as correias as condições
adversas de trabalho como solo e palha sobre os mecanismos

4. Engrenagens
Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e força
entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o
sentido da rotação de um eixo para o outro.
Para produzir o movimento de rotação as rodas devem estar engrenadas. As rodas se engrenam
quando os dentes de uma engrenagem se encaixam nos vãos dos dentes da outra engrenagem. As
engrenagens trabalham em conjunto e podem ter tamanhos diferentes. Quando um par de
engrenagens tem rodas de tamanhos diferentes, a engrenagem maior chama-se coroa e a menor
chama-se pinhão.

4.1. Tipos de engrenagens:


Engrenagens cilíndricas têm a forma de cilindro e podem ter dentes retos ou helicoidais
(inclinados). As engrenagens cilíndricas de dentes retos servem para transmitir rotação entre eixos
paralelos. As engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais transmitem rotação entre eixos
paralelos e reversos (não paralelos).
Cilíndrica de dentes helicoidais Cilíndrica de dentes helicoidais
Cilíndrica de dentes retos com eixos paralelos com eixos reversos

As engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais funcionam mais suavemente que as


engrenagens cilíndricas com dentes retos e, por isso, o ruído é menor. Além disso como o
acoplamento se dá em mais de um dente são mais adequadas para transmissão de potências
elevadas.
Engrenagens cônicas são aquelas que têm forma de tronco de cone. As engrenagens cônicas
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podem ter dentes retos ou helicoidais e transmitem rotação entre eixos concorrentes. Eixos
concorrentes são aqueles que vão se encontrar em um mesmo ponto, quando prolongados. Observe
no desenho como os eixos das duas engrenagens se encontram no ponto A.

A engrenagem cônica descentrada (hipóide) apresenta grande capacidade de carga além de


permitir grande variação nas velocidades. Entretanto exige maior precisão na montagem. Outra
vantagem é ocupar pouco espaço.

A coroa e o parafuso com rosca sem-fim compõem um sistema de transmissão muito


utilizado na mecânica, principalmente nos casos em que é necessária redução de velocidade ou um
aumento de força, como nos redutores de velocidade, nas talhas e nas pontes rolantes.

A engrenagem e a cremalheira têm a função de transformar um movimento rotativo em


movimento retilíneo ou vice-versa. Têm fabricação fácil. A cremalheira pode ser considerada como
uma roda de raio infinito. Nesse caso, a circunferência da roda pode ser imaginada como um
segmento de reta.
Há dois tipos de cremalheira: cremalheira de dentes perpendiculares e cremalheira de dentes
inclinados. As cremalheiras de dentes inclinados acoplam-se a rodas helicoidais e as de dentes
perpendiculares engrenam-se com as rodas de dentes retos.
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A engrenagem cilíndrica de dentes internos é utilizada quando há restrição de espaço. Nesse


caso, os dois eixos possuem o mesmo sentido de rotação. São bastante utilizadas nos redutores
planetários dos tratores. Apresentam boa relação de transmissão em espaços pequenos.

5. Intermediário rígido
5.1. Cardã
Trata-se de uma haste rígida para a transmissão de potência, com haste telescópica para
facilitar o acoplamento e a transmissão de potência entre árvores desalinhadas.
Por questões de segurança é recomendado o uso de uma capa protetora conforme figura abaixo.

São órgãos largamente utilizados em máquinas agrícolas, especialmente na conexão entre o


trator e uma máquina acionada. O trator possui na sua parte posterior a tomada de potência (TDP).
Essa árvore recebe o movimento do motor e tem sua parte terminal estriada.
As máquinas a serem acionadas dificilmente estarão alinhadas com a TDP. Dessa forma há a
necessidade de órgãos que permitam a transferência do movimento rotativo com ângulos, muitas
vezes superiores a 30º. Esses órgãos são as juntas universais, formadas por uma cruzeta e dois
garfos, que no prolongamento conectam-se às duas árvores.
A existência do ângulo entre duas árvores gera um avanço ou atraso no giro da árvore movida a
cada 90º de giro da árvore motora. Esse avanço ou atraso é tanto maior quanto for o ângulo. Esse
problema gera pulsações nocivas na máquina movida, com dois picos de avanço e dois de atraso a
cada giro. Isso resulta em danos aos mancais tanto no trator como da máquina e condições
inadequadas de trabalho.
Para evitar isso utilizam-se duas juntas universais, uma unida à TDP, outra unida à máquina e
uma árvore telescópica ligando as duas – a árvore cardã.
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Dessa forma todos os picos gerados pela primeira junta são absorvidos e anulados pela
segunda. Para isso é necessário que os dois garfos internos estejam num mesmo plano, a 90º dos
dois garfos externos. Nessa condição quem sofrerá todos os efeitos da flutuação de rotações será a
árvore cardã. Por outro lado, se a montagem for feita com os dois garfos internos em planos
perpendiculares, o picos gerados na primeira junta se somarão aos da segunda, com consequências
desastrosas para os componentes.

5.2. Pistão – Biela – eixo


Sistema responsável pela transformação do movimento retilíneo dos pistões dos motores em
movimento rotativo da árvore de manivelas. A transmissão da potência é realizada pela biela.

5.3. Embreagem
Mecanismo de transmissão de potência por contato direto responsável por transmitir o
movimento do motor à caixa de câmbio dos veículos. O acoplamento é realizado pelo volante do
motor por meio de discos de fricção.
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A fricção entre os discos permite a movimentação dos veículos a partir da inércia de maneira
suave. O deslizamento relativo entre os discos é o que garante esse tipo de movimentação, o que
gera desgaste, de modo que ao final de algum tempo há necessidade de substituição dos mesmos.

Fonte: Padovan, L.A.


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Algumas máquinas agrícolas utilizam um sistema de embreagem de segurança. Em geral


utilizadas no acoplamento com a TDP do trator. Em caso de sobrecarga ocorre patinagem entre os
discos protegendo o sistema. O contato entre os discos é garantido por molas, quanto menor a
pressão mais facilmente ocorrerá a patinagem.

6. Sistema Hidráulico
Esse método de transmissão de potência se baseia no bombeamento de um fluido (óleo) que é
utilizado para acionar pistões e motores hidráulicos. Em mecanização seu uso é crescente,
especialmente nos equipamentos de maior porte e que utilizam sistemas automatizados.
Algumas de suas vantagens em comparação aos sistemas mecânicos são:
• Fácil instalação dos componentes, mesmo em espaços reduzidos;
• Permitem rápida e suave inversão de movimento, graças à baixa inércia;
• Permitem ajustes finos na variação de velocidade;
• Automação relativamente simples, com um computador controlando uma válvula, por
exemplo;
Por outro lado, apresentam algumas desvantagens:
• Custo elevado;
• Possibilidade de perda de potência por vazamentos e por atrito;
• Risco de incêndio, pois o óleo é inflamável.
Os sistemas hidráulicos podem ser divididos em três partes principais:
• Sistema de geração, constituído por reservatório, filtros, bombas e outros acessórios.
• Sistema de Distribuição e Controle, constituído por válvulas controladoras de pressão, vazão
e válvulas direcionais.
• Sistema de Aplicação de Energia, constituído por motores, cilindros e osciladores.

Em mecanização, a potência produzida pelo motor do trator é utilizada para acionar a bomba
hidráulica que retira o óleo do reservatório (geração) e o direciona sob pressão para o comando
hidráulico (Distribuição e controle). O operador ao acionar as alavancas do comando hidráulico vai
direcionar o óleo para os componentes responsáveis pela ação (aplicação de energia): pistões de
simples ação, pistão de dupla ação ou motor hidráulico.

Fonte: SENAR
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As bombas mais utilizadas são as bombas de engrenagens externas, constituídas de uma


carcaça com orifícios de entrada e de saída e de um mecanismo de bombeamento composto de
duas engrenagens cilíndricas de dentes retos. Uma engrenagem motora, conectada ao motor e outra
movida. No lado da entrada, os dentes das engrenagens desengrenam e o fluido entra na bomba,
sendo conduzido pelo espaço existente entre os dentes e a carcaça, para o lado da saída onde os
dentes das engrenagens engrenam e forçam o fluido para fora do sistema.

Fonte: hidracompany.com.br

O óleo sob pressão pode ser utilizado para acionar os cilindros hidráulicos, que são atuadores
lineares, ou seja, transformam a energia hidráulica em energia mecânica para elevar, abaixar ou
sustentar cargas.
Os cilindros são classificados, quanto à sua ação, em simples ação ou dupla ação .
Os de simples ação possuem somente uma entrada de óleo e agem em um sentido apenas, por
exemplo para levantar o implemento. O movimento em sentido contrário ocorre por meio de mola ou
pela ação do próprio peso ou carga externa.

Fonte: Gomes et al. 2008


Cilindro hidráulico de simples ação

Já os de dupla ação tem duas entradas de óleo. Dependendo do lado em que o óleo for
direcionado levantará ou abaixará o implemento.

Fonte: Varella 2010

Cilindro hidráulico de dupla ação


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Um exemplo de cilindro de dupla ação é o utilizado no sistema de direção hidráulica


(hidrostática) dos tratores.

Fonte: SENAR

Os motores hidráulicos, assim como os cilindros, transformam a energia hidráulica em energia


mecânica, entretanto, são atuadores rotativos. Os motores hidráulicos, fazem o inverso das bombas,
ou seja, recebem o óleo a pressões superiores, absorvem sua energia no eixo e o descarrega
pressões inferiores.

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