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Engenharia de Materiais
SÍNTESE DE MATERIAIS
Obs. Durante este processo, algumas variáveis são estudadas. Assim, a temperatura de
reação, pressão, tempo, presença e tipo de iniciador, agitação, retardador, catalisador,
controlador de massa molar, quantidade de reagentes ...
O O
HA
+ R'OH C + HOH
C
R OH R OR'
Polimerização por etapas
- Os materiais iniciais vão reagindo entre si simultaneamente, com o passar do tempo, com
uma quantidade de reagentes suficientes, o grau de polimerização sofre um aumento
considerável.
- Como os grupos funcionais são reativos entre si, não há a necessidade da adição de
iniciadores para começar a reação. Termina quando um dos reagentes é
completamente consumido.
Mecanismo
Grupos funcionais
Fatores que afetam a polimerização por etapas
- Temperatura/tempo de reação.
- Catalisador.
- Funcionalidade.
Para que haja polimerização, é necessário que a funcionalidade dos materiais iniciais seja
pelo menos dois.
Quanto maior a diferença da concentração entre os dois materiais iniciais, maior será a
probabilidade de se encontrar o mesmo grupo funcional, relativo ao componente em
maior concentração, dificultando a reação de polimerização.
Polimerização em cadeia
Requer um iniciador para formar um centro ativo (radical livre ou íon), que iniciará e
propagará a polimerização, rapidamente.
Ao reagir cada molécula de monômero, desaparece um centro ativo e se gera outro centro ativo
(reação em cadeia).
Cada molécula de polímero cresce muito rapidamente até atingir o peso molecular máximo,
imediatamente depois de ter-se iniciado.
O crescimento do polímero cessa se destruí o centro ativo, por alguma reação de terminação.
A iniciação de uma polimerização em cadeia pode ser induzida pelo calor, por agentes
químicos (iniciadores), por radiação (ultravioleta e raios gama) e por catalisadores.
A iniciação por calor ou radiação proporciona uma homólise (quebra uniforme) da ligação
dupla do monômero, levando a um mecanismo de reação via radicais livres
O radical ativo ataca a dupla ligação de um monômero (C=C), transferindo o centro ativo e
dando início à polimerização.
Propagação
Este mecanismo é favorecido quando o grupo lateral R é volumoso, pois este impede a
aproximação dos dois carbonos ativos cabeça, o suficiente para que uma ligação simples seja
formada entre eles. Esse tipo de terminação gera uma ponta com insaturação do tipo vinil
terminal.
Exemplo 2 - desproporcionamento ocorre devido a formação de defeitos, chamados de polimerização
cabeça-cabeça. A presença desses defeitos originará, ao longo da cadeia, ligações C-C com energia mais
baixa do que o restante da cadeia polimérica. Ex. PVC
Polimerização do polipropileno via Radicalar (em cadeia)
H2C CHCH3
CH CH CH CH CH CH CH
CH3 CH3 CH3 CH3 CH3 CH3 CH3
polipropileno
..
RO • Mecanismo
..
H2C CHCH3
..
RO: Mecanismo
H2C CHCH3
•
..
RO: Mecanismo
H2C CHCH3
•
H2C CHCH3
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RO: Mecanismo
H2C CHCH3
H2C CHCH3
•
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RO: Mecanismo
H2C CHCH3
H2C CHCH3
•
H2C CHCH3
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RO: Mecanismo
H2C CHCH3
H2C CHCH3
H2C CHCH3
•
..
RO: Mecanismo
H2C CHCH3
H2C CHCH3
H2C CHCH3
•
H2C CHCH3
Representação geral do Mecanismo de polimerização iniciada por radicais livres – Reação em
cadeia, cujo término ocorre com o radical da etapa de iniciação:
•H2C=CHC6H5 poliestireno
•F2C=CF2 Teflon
Atividade 2
Neste tipo de polimerização, o carbono do centro ativo tem falta ou excesso de elétrons.
No primeiro caso é gerada uma carga positiva, carbocátion, e a reação é dita polimerização
catiônica, e, no segundo, tem-se um excesso de elétrons gerando uma carga negativa,
carbânion ou polimerização aniônica.
Carbocátion – São deficientes de elétrons, ou seja, fica carregado positivamente, são altamente reativos.
Carbânion - É um ânion de composto orgânico onde um átomo de carbono possui elevada densidade eletrônica,
seja por uma espécie formalmente carregada negativamente ou pela presença de um carbono com pares de
elétrons extras contribuindo para o híbrido de ressonância.
Polimerização catiônica
Propagação – A mesma reação acima se repete inúmeras vezes, sendo a carga negativa (par
de elétrons) transferida de monômero a monômero, tendo-se o crescimento da cadeia.
Polimerização aniônica
Se a reação for realizada em ambiente limpo (isto é, monômeros destilados sem a presença
de impurezas), não haverá a possibilidade de transferir H+ e, portanto, a reação não
terminará espontaneamente.
Essa característica única permite a obtenção dos “polímeros vivos”, que por não
apresentarem término natural crescem todas as cadeias até o tamanho termodinamicamente
mais estável, gerando cadeias com aproximadamente o mesmo tamanho.
Resumo do processo de síntese via aniônica
Referências
- Canevarolo, Sebastião V.; Ciência dos Polímeros um texto básico para tecnólogos e
engenheiros. Artliber Editora Ltda, 2010 3ª Edição (Revisada e ampliada).
- Rudin, Alfred; The Elements of Polymer Science and Engineering. Second Edition. 1998.
- Lisbão, Abigail Salles; Estrutura e propriedade dos polímeros – São Carlos: EdUFSCar, 2010,
168p.
- http://www3.mte.gov.br/rais/
- http://www.abiquim.org.br/home/associacao-brasileira-da-industria-quimica