Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Catalisadores
Química 12º ano
Realizado por:
Introdução ...................................................................................................................................1
História da catálise ......................................................................................................................2
Teoria das Colisões ......................................................................................................................3
Teoria do Complexo ativado ........................................................................................................4
Catalisadores ...............................................................................................................................5
Como funcionam? ...................................................................................................................5
Tipos de catálise ..........................................................................................................................6
Catálise heterogénea ...............................................................................................................6
Catálise homogénea ................................................................................................................8
Indústria ......................................................................................................................................9
Catálise aplicada na bioquímica .................................................................................................10
Importância da catálise no futuro ..............................................................................................11
Conclusão ..................................................................................................................................12
Catalisadores
Bibliografia.................................................................................................................................12
Web-grafia .................................................................................................................................12
Introdução
O termo catálise deriva do grego Katálysis que remete para decomposição ou dissolução. Com
este documento, procuramos abordar a ideia de catálise e catalisadores.
De início, apresentaremos a história deste processo, as teorias que estão na base destes
conceitos e os tipos de catálise principais. Dentro deste último, iremos, ainda, referir as catálises
heterogéneas e homogéneas e ainda demonstrar a sua importância nos processos industriais e
enzimáticos. No final, refletiremos sobre o seu impacto económico e o seu papel no futuro.
1
História da catálise
O termo catálise foi introduzido por Jöns Jakob Berzelius, em 1835, para descrever reações que
são aceleradas por substâncias, catalisadores, que não são consumidas durante a reação.
O projeto geral foi coroado com três prémios Nobel - para Fritz Haber, Wilhelm Ostwald e Carl
Bosch, que estão entre os pais fundadores da química moderna. Mais tarde, a aplicação não
militar de nitrogénio tornou este projeto um dos mais importantes processos químicos na
indústria porque os nitratos também formam a base da produção de fertilizantes.
Catalisadores
Novas descobertas científicas também foram recompensadas com prémios Nobel. Schrock
obteve o seu prémio Nobel pelo desenvolvimento do método de metátese em síntese orgânica.
Em 2001, William Knowles, Ryoji Noyori e Barry Sharpless receberam a mesma honra devido às
reações de hidrogenação e oxidação. Isto mostra o enorme progresso que foi alcançado em
catálise homogénea molecular.
2
Teoria das Colisões
Catalisadores
inferior à mínima, as moléculas afastar-se-ão intactas uma da outra.
3
Teoria do Complexo ativado
O equilíbrio do complexo ativado com os reagentes deve ser tido em conta e este deve
ser analisado como uma estrutura química, mesmo apesar da sua instantaneidade.
A velocidade da reação de decomposição do complexo ativado é geral e não depende da
natureza dos reagentes nem da sua forma física. A decomposição deste ocorre à mesma
velocidade da reação global.
Uma vez formado o complexo ativado, esta estrutura química pode transformar-se de novo em
reagentes ou seguir no sentido direto e formar moléculas de produtos de reação. Porém, sendo
uma forma transitória (apenas se mantém durante um curtíssimo período de tempo), caso haja
a formação do complexo ativado, tem de se formar obrigatoriamente algum composto.
Por abranger não só as reações em estado gasoso, mas também as reações que ocorrem em
solução, pode concluir-se que a teoria do complexo ativado é mais abrangente do que a teoria
das colisões.
4
Catalisadores
A velocidade de uma reação pode ser alterada consoante a temperatura, uma vez que esta faz
variar o número de colisões entre as moléculas. Com o seu aumento verifica-se uma maior
agitação das partículas o que conduz a um maior número de colisões tendo como
consequência o aumento da velocidade das reações.
Outra forma de acelerar as reações químicas é através da utilização de catalisadores. Estes são
substâncias que aumentam a velocidade das mesmas sem se consumirem nelas. Quer isto dizer
Catalisadores
que os produtos provenientes de uma reação onde se utilizaram catalisadores se formam mais
rapidamente e não variam em termos de composição nem de quantidade.
Como funcionam?
5
Tipos de catálise
Dá-se o nome de catálise ao processo pela qual a velocidade de uma reação química é alterada,
sem nunca afetar a constante de equilíbrio, devido à presença de um catalisador, que, no final,
não se consome na reação.
Mais como uma diferença prática, a catálise pode ser delimitada em dois tipos: catálise
heterogénea e homogénea.
Curiosidade :
Envenenamento Catalítico: refere-se aos casos onde um catalisador é “envenenado” por reagir
com outro composto que ou se liga permanentemente, não permitindo que continue a reagir, ou
o altera quimicamente. Isto reduz efetivamente a utilidade do catalisador uma vez que não pode
participar na reação. O processo em causa revela-se bastante prejudicial para a indústria.
Catálise heterogénea
Catalisadores
Catalisadores
F IGURA 1 -MODO DE FUNCIONAMENTO DO CATALISADOR
AUTOMÓVEL , UM EXEMPLO DA CATÁLISE HETEROGÉNEA
Exemplos: produção de ácido nítrico, conservadores catalíticos dos automóveis (usam liga de
platina-ródio), síntese de Haber-Bosch (catalisador que consiste numa mistura de ferro com
óxido de potássio e alumínio).
A área total da superfície do sólido tem um efeito importante na taxa de reação. Quanto menor
o tamanho das partículas do catalisador, maior a área de superfície e, por isso, uma maior
eficácia. O catalisador heterogéneo possui locais ativos, que constituem átomos ou faces de um
cristal onde a reação realmente ocorre. O local ativo pode ser uma superfície metálica exposta
plana ou a borda de um cristal com valência imperfeita. Assim, não apenas a maior parte do
volume, mas também a maior parte da superfície pode ser cataliticamente inativa. A natureza
deste local é ainda um mistério e para a descobrir é necessário uma pesquisa muito
desafiadora.
7
Catálise homogénea
No caso da catálise homogénea, esta distingue-se pelo facto de tanto os reagentes como o(s)
catalisador(es) se encontrem na mesma fase. As enzimas são exemplos de catalisadores
homogéneos. Esta catálise acontece mais frequentemente em soluções líquidas, mas também se
aplica em sistemas gasosos e mesmo em sólidos. Por exemplo, o fabrico do ácido sulfúrico, um
fertilizante vital para a agricultura moderna, a partir do processo das câmaras de chumbo, é um
exemplo conhecido de uma reação catalisada em fase gasosa. Neste caso, o NO 2 age como um
catalisador, uma vez que não se consome.
Em relação a estes dois tipos de catálise, cada uma é usada em circunstâncias diferentes
dependendo da sua eficácia na reação e, por isso, esta distinção entre as duas criam também
situações onde uma delas se torna mais favorável.
Quando nos referimos à catálise homogénea, podemos apontar várias vantagens, tais como:
Catalisadores
Por outro lado, a catálise homogénea também apresenta as suas desvantagens que, na realidade,
são as vantagens da catálise heterogénea, tais como:
8
Indústria
As indústrias química, farmacêutica e petrolífera contam com catalisadores para produzir tudo,
desde combustível e tinta a drogas e cosméticos. Estes são o principal facilitador de 90% dos
processos de fabricação química. Isso significa que se tornaram bastante essenciais para a
saúde da economia. Porém, apesar de os catalisadores constituírem apenas uma pequena
fração dos custos totais incorridos pela indústria química, o seu valor agregado é substancial, o
que se explica pela possível utilização destes durante muitos ciclos de produção. Ao
permanecem fundamentalmente inalterados, acrescentam valor repetidamente. Por este
motivo, são usados na produção de cerca de 1 bilhão de euros em produtos em todo o mundo,
enquanto o investimento real em catalisadores é apenas de cerca de 1% desse valor. Esse
efeito multiplicador torna interessante investir no desenvolvimento de novos catalisadores.
Catalisadores
também é um passo importante para produzir fertilizantes, sendo esta atualmente a sua
aplicação principal. Ambos os casos tiveram consequências históricas. A indústria tem fixado
nitrogénio mais rápido que a natureza desde 1980. Mil milhões de pessoas agora dependem
desse processo para sua comida diária. No final do século passado, muitos químicos
empenharam-se em tentar conseguir sintetizar amoníaco a partir de nitrogénio e de
hidrogénio. A formação de NH3 a partir de N2 e de H2 é exotérmica:
No entanto, a reação é muitíssima lenta à temperatura ambiente. Para ser viável à escala
industrial, esta tem de ocorrer com uma velocidade apreciável e possuir um rendimento
elevado. Um aumento da temperatura acelera a reação, mas, ao mesmo tempo, promove a
decomposição das moléculas NH3 em N2 e H2, diminuindo assim o rendimento em NH3. Depois
de ter testado centenas de compostos a várias temperaturas e pressões, Fritz Haber descobriu
em 1905 que a reação entre o hidrogénio e o nitrogénio para produzir amoníaco era catalisada
por uma mistura de ferro. Assim, o ferro tornou-se num catalisador crucial para a rentabilidade
deste processo.
Contudo, ainda fabricamos fertilizantes por meio de um processo que envolve pressão entre
150 e 250 atm e temperatura entre 300°C e 550 °C, exigindo muita energia (o chamado
processo Haber-Bosch). Atualmente, cerca de 2% de toda a energia utilizada entra na produção
de fertilizantes. A produção mundial de alimentos provavelmente é limitada pela quantidade de
energia que podemos alocar para esse processo. Posto isto, a eficiência deste processo ainda
pode ser aumentada significativamente (os requisitos reais de energia são 50% maiores que o 9
mínimo teórico). Numa perspetiva mais global, os catalisadores, na indústria, ainda têm uma
grande margem de crescimento.
Catálise aplicada na bioquímica
Muitas reações ocorrem ao mesmo tempo no nosso corpo e têm de ser controladas de modo a
que não interfiram umas com as outras e que ocorra a velocidade suficiente para que a vida
continue. A catálise nos seres vivos deve-se às enzimas, proteínas que, tal como os catalisadores
inorgânicos, proporcionam vias reacionais com menores energias de ativação e conseguem
acelerar o metabolismo.
As enzimas são extremamente ativas e reagem em ínfimas quantidades, mas apenas atuam sobre
moléculas cuja forma seja compatível com a sua, semelhante a uma chave que apenas abre uma
fechadura. Ainda assim, executam um trabalho cíclico, ou seja, não se degradam após intervirem
na reação.
Assim como o seu importante papel biológico, as enzimas têm adquirido um importante papel na
indústria. Ao contrário dos catalisadores inorgânicos, as enzimas atuam a temperaturas, pressões
e pH moderadas e, por esse motivo, são bastante eficazes do ponto de vista energético, sendo,
então, utilizadas na indústria alimentar, no fabrico de detergentes e na medicina. Mais
recentemente, tem havido um importante esforço por parte da engenharia genética de modo a
manipular certos microrganismos a produzir determinadas enzimas.
Estamos a entrar numa nova era na pesquisa da catálise. Durante a próxima década,
encontraremos e superaremos novas barreiras. O século XXI exige tecnologia que garanta
métodos de produção mais limpos e sustentáveis. Podemos nos inspirar no ambiente natural
que queremos proteger. Os processos catalíticos na natureza geralmente são mais benignos do
que na indústria. Há muito espaço para promover métodos de produção química nos quais
Catalisadores
todos os aspetos sejam totalmente controlados e coordenados, sem subprodutos prejudiciais e
sem excesso ou desperdício de energia, segundo os princípios da química verde.
11
Conclusão
Neste trabalho concluímos que, de facto, os catalisadores constituem tanto uma alternativa
viável para um futuro mais sustentável como também um fator determinante económico em
termos de eficiência industrial, sendo ainda fundamental em processos biológicos.
Devido à realização deste documento, foi -nos ainda possível o aprofundamento deste tema,
visto que nos permitiu aperfeiçoar as competências de investigação, seleção, organização e
comunicação da informação.
Bibliografia
Mahan, Bruce H. (s.d.). química um curso universitário. EDITORA EDGARD BLÜCHER LTDA.
Catalisadores
Web-grafia
https://en.wikipedia.org/wiki/Catalysis
https://en.wikibooks.org/wiki/Biochemistry/Catalysis
https://www.sciencedaily.com/releases/2019/11/191113075105.htm
http://www.vermeer.net/pub/communication/downloads/future-perspectives-in-cata.pdf
https://www.nap.edu/read/1903/chapter/5#44
https://royalsocietypublishing.org/doi/full/10.1098/rspa.2012.0196
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4707691/
https://dechema.de/dechema_media/Downloads/Positionspapiere/2018_Lehrprofil_Katalyse-p-
20003535.pdf
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/catalisadores.htm
https://www.infoescola.com/quimica/teoria-do-complexo-ativado/
12