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Desafios:

De acordo com analistas, ao longo dos anos, a Amazon causou uma disrupção no retalho
online e desafiou frente a frentes os concorrentes do retalho tradicional tornando-se um
autêntico Golias do retalho.

Contudo alguns críticos consideram a empresa demasiado ambiciosa consoante o seu


crescimento alarmante e investimentos pesados. Estes sentem que a estratégia poderia sair
pela culatra e que a Amazon devia ser mais seletiva sobre as oportunidades que persegue visto
que não pode tomar os clientes e competição como garantida.

Apesar da Amazon tentar dominar o setor com as suas táticas agressivas a sua competição não
está a ser deixada para trás. Entre garantia de price-match, portes grátis, esforços para usar
vários canais de distribuição, outros retalhistas estão finalmente no rasto da Amazon.

O seu maior rival, o Walmart, tem colocado as vendas online como prioridade máxima. Outros
grandes como o Google Shopping e Alibaba.com têm ganhado terreno.

Especialistas que o futuro é favorecido pelo retalho de múltiplos canais (online, offline…) e
que, por isso, a Amazon como um jogador puramente online encontrará dificuldades em
sobreviver.

No negócio de tecnologia a Amazon encontra forte competição dos grandes gigantes como a
Apple e a Google. De maneira a manter-se na competição deve conseguir desenvolver
produtos revolucionários.

Um dos maiores desafios será manter os preços baixos à medida que cresce. Recentemente
alguns consumidores constataram que os preços na plataforma são menos atrativos do que
uma vez já foram.

Analistas afirmam que precisa de manter essa vantagem e até melhorar visto que os seus
competidores os estão a atingir num dos pilares que define o seu modelo de negócio e
sucesso. Talvez, no futuro, a Amazon seja obrigada a subir os preços para gerar lucros aos
acionistas. Tal ameaçaria a sua reputação como líder de custos.

Para além disso, o serviço de entrega gratuita Amazon Prime também perdeu alguma
relevância visto que rivais como o Walmart e a Target desafiam essa vantagem ao fornecer
portes grátis e pick up instantânea sem qualquer modelo de subscrição.

Embora a empresa tenha admitido que tem encontrado obstáculos para manter os seus preços
o aumento do preço do Prime implica com clareza que encara problema devido ao seu modelo
de pequenas margens. Pode não ser infalível como muitos pensavam.

Os transportadores da Amazon como a UPS e a FedEx estavam a considerar aumentar as suas


taxas de envio, um movimento que a afetaria diretamente. Em 2014, gastou 6,6B$ em
entregas e recebeu 3,1B$ em taxas que, de acordo com analistas, não é sustentável.

A companhia apostava que investir na entrega e aperfeiçoar o processo iria criar uma barreira
enorme para a competição. Funcionou até agora mas quem garante que continuará? Poderia
ser que a sua maior força se torne na sua maior ameaça?

Por um período de tempo considerável a empresa evitou pagar as taxas locais nos estados
onde não possuía presença física através de armazéns. Contudo, em Outubro de 2015, o
Senado a deu autorização para cobrar taxas ao retalho online independentemente da sua
presença física nesse estado. Se a Amazon fosse forçada a pagar taxas, o que muitos pensavam
ser inevitável, iria reduzir a sua vantagem de custos e tornar-se mais vulnerável à competição.

Para além disso muitos afirmavam que os seus lucros brilhantes estavam a ser arrastados pelos
investimentos massivos em produtos e aquisições. Temos de considerar ainda o flop do Fire
Phone que custou à empresa 170m$ de unidades não vendidas.

Por muitos anos os acionistas seguiam a filosofia de investimento de Bezos, investimentos são
necessários para obter quota de mercado. Afirmavam que a oportunidade era enorme e que
iria valer a pena a longo prazo. Contudo, recentemente alguns começam a perder a paciência
devido à Amazon os ter desapontado com os sucessivos quartis de prejuízo.

Por isso, espera-se que algum dia terá de aumentar o preço em grande parte dos produtos
dessa forma atrasando o seu crescimento. Apesar da ideologia de Bezos a realidade cerca e
limita o seu crescimento desejado através da ameaça da competição e da legislação anti-trust.

Quanto o crescimento cessar, Bezos não conseguirá mais segurar os investidores.

Apesar de tudo permanece destemido ‘’Se faço uma aposta, começo uma experiência. Como
qualquer outra experiência não sabemos se ela obterá os resultados desejados e a sua
natureza é ser sujeita a falhar. Contudo, alguns grandes sucessos compensam pelas dezenas de
outras que falharam’’. Assim conclui afirmando que aquelas que não tomam apostas terminam
numa posição de desespero onde não conseguem fazer mais nada a não ser esperar pelo seu
fim.

O caminho adiante:

No futuro a empresa planeia lançar novos produtos digitais e categorias de serviço, construir
mais centros de cumprimento, empoderar a AWS e expandir o ecossistema do Kindle.

Em julho de 2015, ultrapassou o Walmart como o maior retalhista por valor de mercado após
um surpreendente lucro no Q2 o que aumentou o preço das suas ações em 17%. Assim, a
Amazon ficaria avaliada por 262,7B$ enquanto o Walmart por apenas 233,5B$.

Após 2 quartis recheados de lucros retirou-se a conclusão de que a Amazon é uma companhia
capaz de investir nela própria e, ao mesmo tempo, suster lucros de longo prazo. Contudo,
apesar do seu arsenal para manter a lealdade dos clientes e a posição de mercado os
competidores não irão ceder facilmente o que dará origem a uma grande batalha.

Acerca dos desafios que encara, várias questões surgem:

 Será que o seu ramo de pesquisa nos laboratórios A9 continuará a fornecer a empresa
melhor ciência e experiências?
 Será que o AWS irá continuar a oferecer dinheiro á medida que a companhia shifts
para modelos de gestão da cloud híbridos?
 Será que conseguirá manter a sua habilidade de executar ao longo de tantos e tão
distintos ramos de negócio mantendo o foco?
 Que aquisições fará?
 Será que sofrerão com logísticas uma vez que estabelecerem a sua marca offline?
 Será que conseguirão assegurar o seu lugar no mercado de dispositivos móveis onde a
Apple e Google já possuem ecossistemas confiados pelos clientes?

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