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De acordo com analistas, ao longo dos anos, a Amazon causou uma disrupção no retalho
online e desafiou frente a frentes os concorrentes do retalho tradicional tornando-se um
autêntico Golias do retalho.
Apesar da Amazon tentar dominar o setor com as suas táticas agressivas a sua competição não
está a ser deixada para trás. Entre garantia de price-match, portes grátis, esforços para usar
vários canais de distribuição, outros retalhistas estão finalmente no rasto da Amazon.
O seu maior rival, o Walmart, tem colocado as vendas online como prioridade máxima. Outros
grandes como o Google Shopping e Alibaba.com têm ganhado terreno.
Especialistas que o futuro é favorecido pelo retalho de múltiplos canais (online, offline…) e
que, por isso, a Amazon como um jogador puramente online encontrará dificuldades em
sobreviver.
No negócio de tecnologia a Amazon encontra forte competição dos grandes gigantes como a
Apple e a Google. De maneira a manter-se na competição deve conseguir desenvolver
produtos revolucionários.
Um dos maiores desafios será manter os preços baixos à medida que cresce. Recentemente
alguns consumidores constataram que os preços na plataforma são menos atrativos do que
uma vez já foram.
Analistas afirmam que precisa de manter essa vantagem e até melhorar visto que os seus
competidores os estão a atingir num dos pilares que define o seu modelo de negócio e
sucesso. Talvez, no futuro, a Amazon seja obrigada a subir os preços para gerar lucros aos
acionistas. Tal ameaçaria a sua reputação como líder de custos.
Para além disso, o serviço de entrega gratuita Amazon Prime também perdeu alguma
relevância visto que rivais como o Walmart e a Target desafiam essa vantagem ao fornecer
portes grátis e pick up instantânea sem qualquer modelo de subscrição.
Embora a empresa tenha admitido que tem encontrado obstáculos para manter os seus preços
o aumento do preço do Prime implica com clareza que encara problema devido ao seu modelo
de pequenas margens. Pode não ser infalível como muitos pensavam.
A companhia apostava que investir na entrega e aperfeiçoar o processo iria criar uma barreira
enorme para a competição. Funcionou até agora mas quem garante que continuará? Poderia
ser que a sua maior força se torne na sua maior ameaça?
Por um período de tempo considerável a empresa evitou pagar as taxas locais nos estados
onde não possuía presença física através de armazéns. Contudo, em Outubro de 2015, o
Senado a deu autorização para cobrar taxas ao retalho online independentemente da sua
presença física nesse estado. Se a Amazon fosse forçada a pagar taxas, o que muitos pensavam
ser inevitável, iria reduzir a sua vantagem de custos e tornar-se mais vulnerável à competição.
Para além disso muitos afirmavam que os seus lucros brilhantes estavam a ser arrastados pelos
investimentos massivos em produtos e aquisições. Temos de considerar ainda o flop do Fire
Phone que custou à empresa 170m$ de unidades não vendidas.
Por muitos anos os acionistas seguiam a filosofia de investimento de Bezos, investimentos são
necessários para obter quota de mercado. Afirmavam que a oportunidade era enorme e que
iria valer a pena a longo prazo. Contudo, recentemente alguns começam a perder a paciência
devido à Amazon os ter desapontado com os sucessivos quartis de prejuízo.
Por isso, espera-se que algum dia terá de aumentar o preço em grande parte dos produtos
dessa forma atrasando o seu crescimento. Apesar da ideologia de Bezos a realidade cerca e
limita o seu crescimento desejado através da ameaça da competição e da legislação anti-trust.
Apesar de tudo permanece destemido ‘’Se faço uma aposta, começo uma experiência. Como
qualquer outra experiência não sabemos se ela obterá os resultados desejados e a sua
natureza é ser sujeita a falhar. Contudo, alguns grandes sucessos compensam pelas dezenas de
outras que falharam’’. Assim conclui afirmando que aquelas que não tomam apostas terminam
numa posição de desespero onde não conseguem fazer mais nada a não ser esperar pelo seu
fim.
O caminho adiante:
No futuro a empresa planeia lançar novos produtos digitais e categorias de serviço, construir
mais centros de cumprimento, empoderar a AWS e expandir o ecossistema do Kindle.
Em julho de 2015, ultrapassou o Walmart como o maior retalhista por valor de mercado após
um surpreendente lucro no Q2 o que aumentou o preço das suas ações em 17%. Assim, a
Amazon ficaria avaliada por 262,7B$ enquanto o Walmart por apenas 233,5B$.
Após 2 quartis recheados de lucros retirou-se a conclusão de que a Amazon é uma companhia
capaz de investir nela própria e, ao mesmo tempo, suster lucros de longo prazo. Contudo,
apesar do seu arsenal para manter a lealdade dos clientes e a posição de mercado os
competidores não irão ceder facilmente o que dará origem a uma grande batalha.
Será que o seu ramo de pesquisa nos laboratórios A9 continuará a fornecer a empresa
melhor ciência e experiências?
Será que o AWS irá continuar a oferecer dinheiro á medida que a companhia shifts
para modelos de gestão da cloud híbridos?
Será que conseguirá manter a sua habilidade de executar ao longo de tantos e tão
distintos ramos de negócio mantendo o foco?
Que aquisições fará?
Será que sofrerão com logísticas uma vez que estabelecerem a sua marca offline?
Será que conseguirão assegurar o seu lugar no mercado de dispositivos móveis onde a
Apple e Google já possuem ecossistemas confiados pelos clientes?