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OLIGOPÓLIO

1 Economia I
 É um tipo de estrutura de mercado que pode ser definido
de 2 formas:
a) Oligopólio concentrado = pequeno número de
empresas no setor. Exemplo: indústria automobilística;
b) Oligopólio competitivo = pequeno número de
empresas domina um setor com muitas empresas.
Exemplo: Nestlé, Ambev, Parmalat, Brahma, Antarctica
e Coca-cola, Pão de Açúcar e Carrefour.

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 Devido a existência de empresas dominantes, elas têm o
poder de fixar os preços de venda em seus termos,
defrontando-se normalmente com demandas
relativamente inelásticas, em que os consumidores
têm baixo poder de reação a alterações de preços.

 O oligopólio, assim como o monopólio, ocorre


basicamente devido à existência de barreiras à entrada
de novas empresas no setor.

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BARREIRAS À ENTRADA
 Uma barreira à entrada é qualquer fator que limite o
número de firmas que operam em um mercado e, desta
forma, serve para manter tanto o poder de monopólio
quanto de oligopólio.

 Tais barreiras podem ser dos seguintes tipos:


a) Oligopólio natural - devido à alta escala de produção
requerida, exigindo um elevado montante de
investimentos.

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a) Proteção de patentes: direito único de produzir um
bem. exemplo: Xerox;
b) Controle sobre o fornecimento de matérias-primas
chaves : exemplo: a Alcoa detinha quase todas as
minas de bauxita nos EUA (matéria prima do
alumínio);
c) Tradição no mercado: mercado de relógios : os
japoneses precisaram investir muito dinheiro, durante
muito tempo, para concorrer com a tradição dos
relógios suíços.
d) Diferenciação de produto: Os consumidores podem
entender que o produto vendido por uma firma é
superior àqueles oferecidos pelas concorrentes
potenciais. Ex.; óculos de sol Ray-Ban.
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 Diferentemente da estrutura concorrencial, e de forma
semelhante ao monopólio, a longo prazo os lucros
extraordinários permanecem, pois as barreiras à
entrada de novas firmas persistirão.

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 Quando o oligopólio se caracteriza por um número
pequeno de concorrentes, suas decisões de atuação no
mercado exibirão uma forte interdependência pois as
ações da firma ( por exemplo estabelecimento de preços)
têm um efeito que é notado por seus concorrentes, e
por isso é provável que elas reajam de alguma
maneira.

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 Suponha que a General Motors (GM) esteja
considerando um corte de 10% nos preços na linha
Buick.

 Essa medida terá um efeito significativo sobre a linha


Ford e Chrysler:
a) Se elas mantiverem seus preços, perderão vendas para
a GM;
b) Se cortarem preços, podem evitar perder vendas, mas
terão um lucro menor por carro;
c) Para complicar ainda mais tanto a Ford quanto a
Chrysler tem a opção de cortar preços em mais ou
menos que o corte de 10% da GM
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 Reflita agora sobre o que essa situação significa para a
GM: a empresa não pode prever os resultados do seu
próprio corte de 10% sem saber como suas
concorrentes irão agir.

 Por exemplo, se a Ford e a Chrysler mantiverem seus


preços, a GM ganhará mais. Se a Ford e a Chrysler
diminuírem seus preços, comparativamente a situação
anterior, a GM auferirá menores lucros.

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 A GM deve basear suas decisões em alguma suposição ,
ou conjectura, sobre a reação dos concorrentes.

 O problema para a GM e também para nós que tentamos


entender o mercado, é que a companhia longe está de
saber com clareza qual suposição é apropriada.

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 O mercado funcionará diferentemente dependendo de
qual previsão de respostas cada firma fará e de como
cada uma irá agir.

 Além disso, ao longo do tempo a firma pode aprender


que algumas de suas previsões estavam erradas e pode
alterar seu comportamento de acordo.

 Mas seus concorrentes também estarão aprendendo e


tentando adivinhá-las. Nesse cenário, surgem questões
de estratégias complexas

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FORMAS DE ATUAÇÃO DAS EMPRESAS
OLIGOPOLÍSTICAS
 Nos oligopólios, podemos encontrar duas formas de
atuação das empresas:
a) Comportamento não cooperativo: concorrem entre si,
via guerra de preços ou de quantidades;

b) Comportamento cooperativo: forma cartéis que


determinam uma política para todas as empresas do
cartel. O cartel fixa preços e a repartição da cota do
mercado entre as empresas. Outra forma de
comportamento cooperativo pode surgir a partir da
fusão entre empresas ou da tomada de controle
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acionário de uma empresa por outra.
 As cotas podem ser :

a) Perfeitas (cartel perfeito) – todas as empresas têm a


mesma participação. A administração do cartel fixa
um preço comum e divide igualmente o mercado,
agindo como um bloco monopolista. É a chamada
“solução de monopólio”.

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a) Imperfeitas (cartel imperfeito) – Existem empresas
líderes ( que têm maior tamanho ou custos menores)
e que fixam os preços, ficando com a maior cota. As
demais empresas concordam em seguir os preços da
líder. O governo, por meio de leis antitrustes, não
permite que a líder fixe um preço que seja muito
baixo, que poderia eliminar as demais empresas. É o
modelo de liderança de preços, em que a empresa
líder fixa um preço que lhe garanta um lucro de
monopólio, e as demais consideram esse preço como
dado (como em concorrência perfeita).

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POR QUE OS CARTÉIS FRACASSAM
 Se os cartéis são lucrativos para seus membros, por que
existem poucos cartéis? A formação de cartel é ilegal.
Mas mesmo antes de existirem leis contra acordos de
conluio, os cartéis eram raros.

 Três importantes fatores parecem contribuir para a


instabilidade do cartel.

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1º TODA FIRMA TEM UM FORTE INCENTIVO
PARA BURLAR O ACORDO DO CARTEL.
 Um cartel alcança o lucro de monopólio quando seus
membros têm produção restrita abaixo do nível de
cada um escolheria individualmente, e essa redução
resulta em preço mais elevado.

 Uma vez que se alcançou um preço mais alto, os


membros individuais do cartel podem até obter um lucro
maior expandindo a quantidade.

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 Toda firma gostaria de aproveitar o benefício do cartel –
preço mais elevado – sem incorrer no custo – menor
produção.

 Se apenas uma firma expandir a quantidade, o preço não


cairá sensivelmente, mas as vendas adicionais ao preço
do monopólio acrescentarão lucro significativos à
firma.

 Por conseguinte, há o próprio interesse de cada firma


violar o acordo do cartel à restrição da produção.

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2º OS MEMBROS DO CARTEL DISCORDARÃO
QUANTO À POLÍTICA APROPRIADA DO
CARTEL COM RESPEITO AO PREÇO, AO
PRODUTO, À COTA E AOS LUCROS

 Quando as firmas diferem no tamanho, nas condições


de custos e em outros aspecto, o acordo não será tão
fácil, já que as firmas têm objetivos diferentes.

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 Se por exemplo, os custos dos membros do cartel
diferem, eles discordarão quanto ao preço do o cartel
deve estabelecer.

 O problema torna-se ainda mais crítico quando as firmas


têm de tomar decisões de investimentos de longo
prazo, como por exemplo, aumento da planta.

 Cada membro do cartel vai querer expandir sua


capacidade e participação do produto total e do lucro
total, mas nem todos podem ser atendidos.

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 Esses problemas são basicamente políticos e, não
importa qual política o cartel siga, refletirá algum tipo de
compromisso entre pontos de vista divergentes.

 Tal como acontece com qualquer compromisso, algumas


firmas estarão descontentes com o resultado, e essas
firmas são as mais propensas a se recusar a aderir ao
cartel , ou aderem, mas violam a política do cartel e
expandem a quantidade.

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3. OS LUCROS DOS MEMBROS DO CARTEL SERÃO
UM INCENTIVO PARA NOVOS ENTRANTES
 Se o cartel alcança lucro econômico elevando o preço,
novas firmas tem incentivo a entrar no mercado.

 Se o cartel não pode bloquear a entrada de novas


firmas, o preço será levado novamente ao nível
competitivo à medida que a produção dos novos
produtores alcança o mercado.

 A perspectiva da entrada de novos concorrentes ansiosos


por partilhar os lucros talvez seja a mais séria ameaça à
instabilidade do cartel.
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 Para ter bom êxito, portanto, o cartel deve ser capaz de
induzir seus membros a cumprir a política de cartel
(forçando para baixo a quantidade) e restringir a entrada
no mercado.

 Esses objetivos não são facilmente alcançados, e a


história está repleta de exemplos de cartéis que
prosperaram por um curto período e se desintegraram
graças a pressões internas e externas.

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