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5 Forças competitivas:
Definição de indústria: Um grupo de empresas fabricantes de produtos que são substitutos bastante
próximos entre si.
Indústria não está limitada aos participantes estabelecidos -> Clientes; Fornecedores; Produtos
substitutos e Entrantes são também concorrentes para a indústria – Rivalidade ampliada.
Estas forças determinam o LUCRO. Pode haver uma força que afete mais que as outras, dependendo
da indústria
Acontece quando:
Preços podem cair (ex: baixar preço de venda dos produtos para combater novas entradas);
Custos podem aumentar (ex: custos com comunicação etc.)
Características:
Possibilidade de novas empresas passarem a competir na Indústria;
Quanto maior for o potencial de novas entradas, menor a rentabilidade estrutural do negócio:
o Aumento de capacidade que induz guerras de preço;
o Rivalidade acrescida pela conquista de quota de mercado;
o Introdução de novos recursos que alteram a dinâmica competitiva do setor.
Barreiras à entrada - No geral quanto maior forem as barreiras à entrada, menores são as
possibilidades de novos concorrentes entrarem no Setor, mais atrativo este fica:
Economia de escala;
Diferenciação (utilizar publicidade, etc);
Necessidades de capital (investir em R&D, publicidade, produção);
Custos de mudança (fidelização, etc);
Acesso aos canais de distribuição (ex: OLÁ, todos os cafés têm olá, dão arcas, mesas, chapéus e
fazem contratos de exclusividade. O mesmo para cervejas, sagres e SB no mesmo café? Não.);
Vantagens de custos extra escala (localização – restaurantes de praia; domínio exclusivo de
tecnologia (patentes);
Acesso preferencial à matéria-prima – ex. petrolíferas).
Retaliação Esperada: Quando há players fortes e com passado de fortes retaliações, exemplo SB e
sagres. Indústrias de crescimento lento -> retaliação mais forte.
Pressão produtos substitutos: produto substituto satisfaz a mesma necessidade de uma forma
diferente. Ex: Kodak – máquinas fotográficas digitais vs rolos para fotografar (a chave é identificar bem
os produtos substitutos que possam vir a surgir).
Produto substituto satisfaz a mesma necessidade de uma forma diferente. Ex: Kodak – máquinas
fotográficas digitais vs rolos para fotografar - Kodak considerou sempre que ninguém iria abdicar de
maquinas fotográficas e rolos para fotografar. A chave é identificar bem os produtos substitutos que
possam vir a surgir). Limitam o retorno potencial do setor, forçando um teto nos preços;
Guerras de preços
Campanhas de comunicação agressivas
Extensão dos termos de garantia
A rivalidade não é algo estático. Há fatores que mudam as condições da rivalidade, tais como:
Quando falamos de compradores pode ser: Consumidor final e/ou compradores industriais e
comerciais
Os compradores podem afetar a atratividade de uma indústria e competem com a própria indústria
através de:
Quanto maior o poder negocial dos compradores, menor o nível de rentabilidade do setor
Outras empresas;
Mão de obra.
O que dá poder aos fornecedores são normalmente os mesmos fatores que dão aos compradores.
Os fornecedores influenciam a rentabilidade estrutural da indústria através das suas políticas de:
Preços de venda;
Pagamento (problema: pagamentos a 30/60/90 dias aos fornecedores, sendo que os
compradores (retalhistas) só nos pagam a 90 dias – problema de cash flow);
Entrega;
Qualidade dos produtos;
Quanto mais elevado o poder negocial dos fornecedores menor a rentabilidade (atratividade) do setor
Poucas empresas e é mais concentrado do que para a indústria a que vende : fornecedores
vendem para muitas empresas – indústria fragmentada (ex. Facebook, Microsoft – fornecedores
com muito poder;
A indústria fornecedora não enfrenta pressão de substitutos – não existem produtos que
substituem os seus (indústria do vinho – cortiça única para rolhas);
A indústria não é um cliente importante para os fornecedores – isso dá-lhes mais poder pois
podem vender para outros – exemplo: aço (vende para obras, bijuteria, talheres, etc – mas
construção civil é mais importante);
Produtos fornecedores são diferenciados ou existem custos de mudança – isso dá-lhes mais
poder pois os compradores necessitam destes produtos ou têm custos a mudar – Microsoft
(office) – muito dispendioso alterar software, mais vale estar quieto;
Os produtos fornecidos são importantes para o negócio da indústria-cliente – isso dá-lhes mais
poder pois os compradores necessitam destes produtos – ex: se eu tiver o Cristiano Ronaldo
uma época e na época seguinte tiver outro jogador em vez dele, perco importância;
Os fornecedores estão em condições de integrar verticalmente a jusante – Frente – A
microsoft vendia PC’s, depois pensou pq não criar PCs? Criou e tornou-se concorrente dos seus
compradores;
Procurement aumenta poder sobre os fornecedores, porém oferece também aos fornecedores acesso a
mais clientes.
Produzir ou distribuir produtos/serviços de qualidade aceitável pelo mercado, ao mais baixo custo do
mercado, através de:
Padronização de produtos/serviços;
Qualidade satisfatória para a maioria dos clientes;
Baixo preço (preço competitivo)
Riscos: consumidor pode deixar de ser sensível ao preço, inflação de custos afetando o diferencial de
preço, ir longe de mais no corte de preços, incapacidade de ver a mudança necessária no produto ou no
seu mkt – muito foco no preço, esquecendo a inovação
Rivalidade: vantajosa porque a concorrência evita guerra de preços com os líderes de custos,
permitindo maiores lucros a todos;
Poder negocial dos compradores: Pode ser minorado baixando os preços bem abaixo dos concorrentes,
causando a saída destes concorrentes do mercado, recuperando assim o poder negocial da empresa
Poder negocial dos fornecedores: Pode ser minorado se a empresa for capaz de absorver os aumentos
de custos e de comprar em grandes quantidades, reduzindo a capacidade dos fornecedores usarem o
seu poder
Ameaça de Novos entrantes: Pode ser afastada devido a necessidade de entrarem numa operação de
grande escala para poderem ser competitivos nos custos; volume de vendas acumulado necessário para
atingir aquele ponto na curva de experiência
Substitutos: o líder nos custos está bem posicionado para baixar os preços para manter a liderança face
aos substitutos;
Vantagens: poder na compra pois compra-se em quantidade, normalmente exige elevado capital
(elevada produção) o que se torna uma barreira forte, normalmente exige uma elevada % de mercado
ou acesso privilegiado as matérias primas; margens elevadas que podem ser reinvestidas para melhorias
Estratégia de diferenciação
Produzir ou distribuir produtos serviços a um custo aceitável que os consumidores percebam que são
diferenciados ou únicos dos da concorrência e que essas diferenças sejam importantes para eles:
OBJETIVO: Incorporar elementos de distinção que possa, levar os clientes a preferir os produtos ou
serviços da empresa;
Elementos-chave – encontrar coisas que o consumidor valoriza, alem do preço, e que seja difícil de ser
copiada pelos concorrentes. Temos de apostar em inovações de produto, superioridade e não podemos
investir na diferenciação mais do que o necessário para cobrar um preço de prémio aceitável.
Competências necessárias: mkt e R&D sofisticados, capacidade criativa elevada, reputação da empresa
como líder em qualidade ou tecnologia, longa tradição na indústria ou combinação ímpar de
competências demonstradas em outros negócios, forte cooperação dos canais (todos têm de partilhar o
mesmo espírito dentro da empresa)
Requisitos organizacionais: forte coordenação entre funções de R&D produção e mkt, avaliações e
incentivos quantitativos e qualitativo, ambiente adequado para atrair mão de obra altamente
qualificada, cientistas, investigadores ou pessoas criativas
RISCOS – preço pode ficar muito caro, desejos e necessidades do comprador podem mudar (preço pode
fica a frente de tudo o que procuram), consumidor não perceber a minha diferenciação, imitação
reduzindo a diferenciação percebida pelos consumidores, cobrar um preço premium demasiado
elevado.
Rivalidade: Pode prevenir ataques porque a fidelidade à marca de produtos diferenciados afasta a
vantagem de uma guerra de preços
Poder negocial dos compradores: Pode ser minorado em produtos bem diferenciados o cliente é menos
sensível a aumentos do preço e tem custos de mudança (psicológicos)
Poder negocial dos fornecedores: Pode ser minorado absorvendo o aumento de preços devido às
elevadas margens; e repassar os elevados preços dos fornecedores para os clientes dado que estes são
fiéis à marca
Ameaça de novos entrantes: Pode ser afastada devido a os novos produtos têm de superar os produtos
já existentes no mercado ou os novos produtos têm de demonstrar, no mínimo, um desempenho igual
aos concorrentes, mas a um preço mais baixo
Substitutos: Bom posicionamento concorrencial porque a fidelização à marca dum produto serviço
diferenciado tende a reduzir a propensão à experimentação e mudança dos consumidores
Estratégia de focus
Uma estratégia Focus procura a liderança de custos ou a diferenciação explorando segmentos estreitos
Objetivo: Envolve a concentração num segmento de mercado específico. Identifico um nicho e crio um
produto para esse nicho – ser o rei num lago muito pequeno – mando no lago.
Elemento-chave: Servir o segmento ou nicho de mercado melhor que os rivais; Escolher um segmento
com preferências e requisitos específicos; Desenvolver capacidades adequadas a servir este segmento
alvo.
Competências requeridas: Habilidades necessárias para obter diferenciação ou vantagem de custo, para
atender o segmento alvo; Reputação da empresa em qualidade e tecnologia.
Requisitos organizacionais: Processos necessários para obter diferenciação ou vantagem de custo, para
atender o segmento alvo; Bom ambiente para atingir uma mão de obra qualificada
Riscos:
O diferencial de custos em relação aos concorrentes que atuam em todo o mercado aumenta de
tal modo, que elimina as vantagens de custo de atender um alvo estreito ou anula a
diferenciação alcançadas pelo foco
A empresa pode ser ultrapassada em enfoque pelos concorrentes
Um concorrente de grande dimensão pode ficar interessado no nicho de mercado da empresa
As preferências dos mercados de nicho podem aproximar-se das dos segmentos de massa
Estratégia que integra simultaneamente a liderança de custos e a diferenciação (dois tipos de valor aos
clientes)
Algumas características diferenciadoras (mas menos do que uma empresa verdadeiramente
diferenciadora);
Um custo relativamente mais baixo (mas não tão baixo quanto o líder de custo)
Riscos: As estratégias integradas implicam frequentemente compromissos difíceis (nem o mais baixo
custo nem a lógica mais diferenciadora); A empresa pode ficar stuck in the middle faltando-lhe o forte
compromisso e experiência das empresas que seguem estratégias claras de liderança pelo custo ou de
diferenciação.
O problema do “stuck in the middle” (meio termo): A empresa que não tiver uma estratégia bem
definida terá o pior desempenho (indefinição estratégica); Empresas “em crise existencial” procuram ser
superiores em todas as dimensões estratégicas e acabam não sendo boas em nenhuma dimensão
específica.
Motivos: As estratégias genéricas são alternativas e exigem meios diferentes ou até inconsistentes de
organização; Uma empresa indefinida é um conjunto conflitante de arranjos organizacionais e sistemas
internos de motivação.
Empresas que não estão na indústria, mas que podem vir a superar barreiras de entrada de um modo
barato; empresas onde exista sinergias; Empresas que competir na indústria é uma extensão óbvia da
estratégia; Clientes ou fornecedores que podem vir a integrar a jusante ou montante; Prever fusões ou
aquisições.
GRUPOS ESTRATÉGICOS
POTENCIAIS CONCORRENTES
Para além de concorrentes atuais, é importante considerar potenciais entrantes, tais como empresas
que optam por:
Expansão do mercado - Talvez a mais óbvia fonte de potenciais concorrentes são empresas que
operam em outras regiões geográficas ou em outros países.
Expansão do produto - Entrada da marca noutros negócios (ex. Nike em equipamentos de
hóquei);
Integração vertical a montante - Por exemplo a Sopa Campbell passou a fabricar os seus
próprios recipientes de sopa;
Integração vertical a jusante - Fornecedores atraídos pelas margens passam a ser também
concorrentes. (Microsoft com Surface)
Estratégias de retaliação ou defensivas - As empresas ameaçadas por um movimento potencial
ou real no seu mercado podem retaliar no negócio do atacante, mesmo noutra área (cross
parry).
METAS FUTURAS
O concorrente está ou não contente com a sua posição? Como reage a acontecimentos externos –
movimentos de outras empresas; ciclos económicos? Conhecimento das metas permite antecipar as
duas reações
Identificar bem as hipóteses: Permite identificar pontos cegos ou tendências (áreas em que os
concorrentes ou não percebem os acontecimentos movimento estratégico por exemplo ou percebe
incorretamente).
CAPACIDADES
O que analisar? De cada concorrente, pontos fortes e fracos, capacidade de mudança, de resposta
rápida.
IDENTIFICANDO MOVIMENTOS:
O cenário competitivo é uma arena em que os players querem estar presentes, ocupar o seu espaço e
alcançar seus objetivos. O ponto estratégico é selecionar o melhor campo de batalha onde lutar com os
concorrentes: segmentos de mercado onde o concorrente está menos preparado: menos entusiasmado
ou menos à vontade para competir
Ideal é:
Mas não basta recolher dados, é preciso analisá-los, interligá-los e tirar suposições. Deve haver
mecanismos para o fazer, de forma a serem consistentes e a tirarem boas conclusões.
SINAIS DE MERCADO
São indicações por parte de ações dos concorrentes de forma direta ou indireta; que demonstram as
suas intenções, motivos, metas…
Alguns sinais podem ser bluff, alguns são avisos e outros determinam mesmo uma ação. Entender estes
sinais é crucial para o desenvolvimento das Estratégias competitivas e pode ajudar a identificar
Movimentos Competitivos.
Os sinais podem ser: Avisos prévios de movimentos; Anúncio de resultados; Discussões públicas sobre a
indústria pelos concorrentes; Explicações dos concorrentes dos próprios movimentos; Defesa cruzada
(cross parry); Processos anti-trust privados (lançados por uma empresa contra um concorrente que, pelo
seu poder no mercado, possa estar a implementar práticas anti-competitivas).
MOVIMENTOS COMPETITIVOS
A empresa enfrenta muitas vezes um dilema: cabe a ela decidir que movimentos competitivos tomar,
levando em consideração as possíveis ações e reações de seus concorrentes.
O dilema do prisioneiro é um famoso problema da teoria dos jogos, que retrata uma situação em que
dois criminosos são presos por cometerem um crime:
é um jogo não cooperativo, onde cada prisioneiro tem de decidir se confessa ou não confessa o crime
praticado sendo a pena (pay off) determinada em função dos depoimentos de ambos os prisioneiros (as
decisões são simultâneas e cada um não sabe da decisão do outro):
Agir cooperativamente em defesa dos interesses da indústria como um todo, obtendo lucros
razoáveis, embora arriscando penalizações das entidades reguladoras;
Agir em defesa de seus próprios interesses, em detrimento a seus concorrentes, na tentativa de
maximizar seus lucros.
Sempre que as empresas pensam num movimento devem avaliar a estabilidade da indústria, para
analisar se o movimento pode gerar um “estado de guerra”.
As empresas que agem em seu próprio interesse, devem considerar: Risco da retaliação; Intensificação
da concorrência
Antes de optar por qualquer movimento estratégico, a empresa deve prever as possíveis ações e
reações dos concorrentes, já que o sucesso de uma ação competitiva depende, em grande parte, da
forma como os concorrentes reagirão a ela.
Estrutura da indústria*: permite identificar o seu grau de instabilidade, que indica a maior ou
menor probabilidade de ocorrência de uma guerra competitiva;
Análise dos concorrentes: apoia a decisão das empresas de como e quando se movimentar, em
relação ao seus concorrentes;
Fluxo de informações: a empresa deve revelar informações de forma seletiva, uma vez que seus
concorrentes as levarão em consideração na elaboração de seus movimentos competitivos.
* Estrutura da indústria: principais características que sinalizam, de um lado, uma possível guerra
competitiva e, de outro, um cenário cooperativo:
NÃO AMEAÇADORES: visam melhorar a posição da empresa dentro da indústria, podendo ser tomados
de forma cooperativa ou de forma individual
AMEAÇADORES: São movimentos que, ao serem adotados, implicam piorar a posição dos seus
concorrentes;
DEFENSIVOS (só líder): movimentos cujo objetivo é a proteção contra as ações destrutivas dos
concorrentes.
MOVIMENTOS NÃO AMEAÇADORES OU COOPERATIVOS: Movimentos que a empresa pode fazer para
aumentar os seus lucros e que não reduzem o desempenho dos concorrentes e não os ameaça (ex.
burger na pandemia, pediu para clientes irem ao mc)
OBJETIVO: melhorar o desempenho no mercado como um todo, sem afetar negativamente de forma
significativa os resultados dos concorrentes.
O risco existe quando os concorrentes os interpretam erradamente como uma agressão. Para evitar essa
má interpretação, as empresas podem se utilizar da sinalização ativa: anúncios ou comentários públicos
sobre a intenção benigna da ação.
Existem três modalidades de movimentos cooperativos ou não ameaçadores que uma empresa deve
considerar:
Movimentos que melhoram a posição da indústria como um todo , mesmo que não haja
resposta dos concorrentes - Ex. o investimentos de uma empresa na comunicação de uma
categoria de produto, que beneficiasse toda a indústria);
Movimentos que também melhoram a posição do concorrente , quando todos seguem a mesma
estratégia (Ex. o aumento de preços pelo líder, seguido por todos na indústria). O risco, neste
caso, é se algum concorrente não seguir a mesma estratégia, pois percebe uma vantagem
competitiva ao se diferenciar dos demais concorrentes;
Movimentos que geralmente não são percebidos pelos concorrentes , porque não afetam o seu
desempenho ou não lhes interessa, segundo suas perceções. O objetivo é os concorrentes não
seguirem.
Disciplina: educar o seu concorrente, de forma que qualquer movimento será rebatido com uma
retaliação imediata e efetiva, convencendo o a desistir de qualquer movimento. Quando maior a
capacidade da empresa disciplinadora, mais resulta - EX: responder com um produto cópia;
responder com uma descida de preço mais geral
Negação de base: a negação de uma base adequada para que o competidor atinja os seus
objetivos, aliada à expectativa de que o “estado de coisas” vai continuar, pode fazer com que
um concorrente desista/se retire (ex. guerras de preços; R&D; atacar produtos na fase de teste;
ataque a novos produtores na fase de teste do produto; promoções para aumentar a stock do
comprador).
De acordo com Ries e Trout, um “general de marketing” tem as seguintes características: Flexibilidade
(para ajustar a estratégia à situação; Coragem (para tomar uma decisão e implementá-la); Ousadia (para
agir sem hesitação na hora certa); Conhecimento dos factos (para formular a estratégia a partir de
pressupostos concretos e verosímeis); Conhecimento das regras (para que as integre e que façam parte
do processo de decisão); Sorte (tudo tem um elemento de sorte – uma boa estratégia só faz as
probabilidades de sucesso aumentarem, mas não se controlam todos os elementos.
Estratégia e tática:
Uma boa estratégia não depende de brilhantes táticas. Normalmente táticas razoáveis são suficientes
numa boa estratégia. No marketing a publicidade pode ser considerada uma tática. De forma errada,
muitos marketeers assumem que o sucesso depende quase unicamente da qualidade da campanha de
publicidade, quando muitos outros fatores poderão estar em jogo. As batalhas de marketing, mais do
que em zonas geográficas ou lojas, dão se na mente do consumidor.
Objetivos SMART:
OFENSIVAS: Táticas de ataque que visam geralmente o líder e que são iniciadas pelos
concorrentes mais próximos (2º, 3º, 4º lugar) ou que se travam em nichos pelos concorrentes
mais pequenos que disputam esse espaço;
DEFENSIVAS: Táticas de defesa que evitam o ataque. Efetuadas pelo líder – Melhor defesa é a
coragem de atacar;
1. Ataque Frontal
2. Ataque de Flanqueamento
3. Ataque por Cerco
4. Ataque de Guerrilha
5. Ataque de Derrotada
6. Ataque Despercebido
Encontrar ponto fraco no líder e atacá-lo. Tomar em consideração a força do líder; lançar o ataque sobre
uma frente estreita (apenas 1 ponto fraco);
Este ataque tem mais hipóteses de sucesso se a empresa atacada estiver restringida na sua capacidade
de resposta devido a:
Receio de acusações pelas entidades reguladoras e da concorrência, caso a sua resposta cause
muitos danos ao atacante;
O “lag” que possa existir como o percetual, operacional e conflito de objetivos/estratégias –
exemplo: uma baixa de preços por parte do atacante pode ser incompatível com a imagem
premium do líder.
Princípios do Flanqueamento:
Um bom movimento de flanqueamento deve ser feito sempre em uma área ainda sem
concorrência
A surpresa tática é um elemento importante no plano
A persistência é tão crítica quanto o próprio ataque
Exemplos:
4. Ataque de Guerrilha
A Guerrilha, é um tipo de guerra travada por forças irregulares de pequena escala em movimento
rápido, que fazem ações contra forças militares regulares.
Princípios da Guerrilha:
Encontrar um segmento suficientemente pequeno para defender e pouco atrativo para uma
grande empresa atacar - “Tornar-se um peixe grande num lago pequeno” reduzir o terreno de
batalha;
Nunca atuar como um líder independentemente do sucesso : as empresas/marcas de guerrilha
operam com diferentes tipo de organizações e “calendário”;
Estar preparada para “bater em retirada”, sempre que necessário.
Ataque de Guerrilha também inclui comunicação criativa e de baixo custo, mas levada a cabo por
empresas de pequena dimensão a defender o seu nicho.
Exemplos:
Guerrilha geográfica - Quase qualquer produto ou serviço nacional pode ser localmente atacado, uma
tática clássica de guerrilha (restaurante franguinho da guia);
Guerrilha por segmento - Atrair um segmento específico da população: de faixas etárias, rendimento,
ocupação,etc. (revista especializada em agronegócios);
5. Ataque de derrotada
Uma estratégia de “derrotada” envolve uma empresa pequena (para esse mercado) a entrar no
mercado contra um concorrente muito maior.
É empregada por uma empresa “startup” ou para o qual esse mercado seja totalmente novo,
que não hesita em entrar numa luta com oponentes muito maiores a fim de quebrar o seu
monopólio e oferecer ao mercado melhores produtos, preços mais baixos ou ambos;
Essa empresa ataca um mercado dominado por empresas já estabelecidas sendo um tanto
burocráticas, complacentes e não respondendo atempadamente (lag) às necessidades dos
clientes;
As empresas que seguem a estratégia de “derrotada” prometem oferecer uma alternativa
atraente em termos de produto ou serviço.
Exemplo:
Nokia não inovou quando dominava o mercado – houve espaço para entrada da apple e google que não
estavam neste mercado mas que viram a oportunidade que a Nokia não viu.
Licor Beirão faz constantes estratégias de derrotada – ataque às cachaças e aos whiskies
6. Ataque despercebido
É a estratégia de marketing mais indireta, atacando o competidor nos mercados mais fáceis.
Estratégia normalmente usada por empresas sem recursos suficientes para atacar o líder ou por
empresas que necessitam de a usar devido à existência de alta competição no mercado, que torna
muito difícil atacar de forma direta.
1. ESTRATÉGIAS PRÉ-ENTRADA
1. Sinalizar
2. Fortificar e Defender
3. Cobrir todas as bases
4. Melhoria contínua
5. Expansão de capacidade
2. ESTRATÉGIAS PÓS-ENTRADA
1. Defender a posição antes d atacante se consolidar no mercado
2. Contra-ofensiva retaliatória
3. Defesa cruzada
4. Estratégia predatória
1. ESTRATÉGIAS DEFENSIVAS DE PRÉ-ENTRADA
1.1.SINALIZAR
Sinalizar a intenção de praticar determinadas ações competitivas.
A sinalização é feita através de entrevistas, press releases, discursos, etc. na comunicação social
generalista ou do sector
É possível evitar possíveis atacantes através da ameaça de retaliação
Quanto maior a probabilidade da retaliação se dar e a escala da mesma, menor a probabilidade
de ataque por um potencial concorrente
1.2.FORTIFICAR E DEFENDER
Quanto maior a atratividade de uma área de negócio maior o incentivo para outras empresas tentarem
entrar no mesmo. O líder pode fortificar as barreiras de entrada, tais como: Economias de escala;
Diferenciação de produtos; Requisitos de capital; Custos de mudança; Reduções de custos pela curva de
experiência; Tecnologia proprietária ou patentes; Acesso a matérias-primas e outros inputs; Acesso a
canais de distribuição; Localização.
1.4.MELHORIA CONTÍNUA
Através de uma estratégia de melhoria contínua, as empresas tentam ficar um passo à frente dos seus
concorrentes (defesa móvel):
1.5.EXPANSÃO DE CAPACIDADE
Criar excesso de capacidade é uma estratégia dissuasora da entrada quando um atacante
potencial vê que a indústria tem excesso de capacidade e sua própria entrada só vai aumentar
esse excesso, ficará relutante em entrar
É uma estratégia de dissuasão credível se os custos de capacidade são muito elevados
Como estratégia defensiva a expansão da capacidade só é usada se as barreiras à entrada não
forem altas, se forem transponíveis
2.2.CONTRA-OFENSIVA RETALIATÓRIA
Ao ser atacada a empresa líder faz uma contra-ofensiva retaliatória de forma a tentar anular o
ataque que foi feito
A contra-ofensiva pode ser com base no lançamento de uma nova marca/produto ou iniciar
uma “guerra” de preços ou comunicação, por exemplo.
Por vezes as marcas atacantes são de menor preço do que as versões de marca premium da
empresa, comunicando a igualdade de qualidade a um preço mais baixo. Neste caso o
lançamento pelo líder de uma marca a preço mais barato, contra o atacante, preserva também a
margem da marca premium do líder (Dacia vs Skoda (VW)).
2.3.DEFESA CRUZADA
É usada quando uma empresa que é atacada por um concorrente num dado mercado escolhe
atacar este concorrente noutro mercado. Por exemplo, se uma empresa é atacada num dos seus
principais mercados ou produtos, em vez de retaliar no ponto de ataque, ela contra-ataca num
mercado ou produto importantes para o atacante;
Esta estratégia diz “Se me atacar, vou atacá-lo onde lhe causar maiores danos”. Ao atacar o
desafiante na sua área central, a empresa defensora desvia a atenção de sua própria área
central e ataca o desafiante onde lhe causa mais danos;
O objetivo de uma estratégia de Defesa Cruzada pode ser, por exemplo, evitar a participação da
marca principal numa guerra de preços
2.4.ESTRATÉGIA PREDATÓRIA
Aceitação de lucros mais baixos com a finalidade de evitar a entrada de novos concorrentes ou
infligir danos aos rivais existentes e forçando os a sair do mercado
Essa estratégia geralmente toma a forma de preços predatórios cortando preços abaixo dos
custos para eliminar um rival, com a expectativa de que os preços voltem a subir depois que os
concorrentes saíram da indústria
Um predador que opera em muitos mercados pode reduzir os preços seletivamente em
mercados com intensa concorrência e usar lucros de mercados menos competitivos para
financiar os cortes de preços
Para que o preço predatório funcione, o oponente deve ser financeiramente fraco. Também é
importante que o predador tenha algum tipo de vantagem de custo: economias de escala, custos
indiretos mais baixos, menor custo de capital, capacidade de produção extra para acomodar o aumento
do volume de vendas.
Em função das suas características estruturais, as indústrias podem ser caracterizadas como
emergentes, fragmentadas, concentradas ou em declínio. A natureza das questões estratégicas em
cada estrutura industrial é diferente.
1. INDÚSTRIAS EMERGENTES (impressão 3D, Robotic Kitchens, Carros elétricos):
Caraterísticas:
TIPOS DE INCERTEZA
INSTABILIDADE
Ausência de Fidelidade: Os compradores compram o produto pela 1ª vez (podem não repetir
compra/marca);
OBJETIVOS
DECISÕES
Estratégias de Liderança
Nesta fase a indústria começa a definir se como mais concentrada ou mais fragmentada.
Causas da Fragmentação:
Caraterísticas Principais
Outras Caraterísticas
OPÇÕES ESTRATÉGICAS
Tirar partido da natureza da fragmentação:
INDÚSTRIA CONCENTRADA (consolidada) - baixo número de empresas que detêm uma elevada
quota de mercado; posição dominante impondo as condições de concorrência;
Causas da concentração:
OPÇÕES ESTRATÉGICAS
Aumentar as economias/experiência;
Racionalizar fornecedores/compradores;
Impor os standards da indústria;
Segmentar o mercado;
Introduzir novos standards na indústria.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
ESTRATÉGIAS
Liderança de custos: aumento da margem por redução de custos (inovação na cadeia de valor,
reduzir modelos, produtos marginais);
Diferenciação: orientação para a qualidade/serviço;
Focus: encontrar segmentos mais rentáveis;
SINAIS DE DECLÍNIO
ESTRATÉGIAS
As opções básicas de atuação nesta fase são: Liderança; Nicho; Colheita; Desativação rápida.
Colheita (muito difícil em situação de forte rivalidade) - Estratégia de sair do negócio tirando dele a
maior vantagem de recursos - otimizar receitas com mínimo custo:
Ou seja, não causará nas pessoas a vontade de comentar no LinkedIn ou indicar o seu produto aos
amigos, no FB ou Insta.
Para Seth Godin, os atributos dos produtos agora estão no coração do que vem a ser o marketing: a arte
de inventar; o esforço de projetar; o ofício de produzir novos produtos; a arte de criar o preço e a
técnica de vendê-los.
Para o autor, os P’s do marketing são mais que 4 – The New P – Purple Cow (people) – O Porquê; o qual
e como um produto é memorável.
Coisas memoráveis são tema de conversa – ninguém fala de coisas aborrecidas (vacas normais vs vacas
roxas)
Approach tradicional – começa a deixar de funcionar, por isso é preciso colocar um purple cow em tudo
o que se faz
Pursuit the WOW – Há 20 anos Tom Peters já falava da necessidade de ser WOW. Os produtos com
sucesso serão aqueles feitos por pessoas apaixonadas
The one to one future - Mais fácil manter um cliente satisfeito que de certeza volta a comprar o nosso
produto do que estar sempre à procura de novos - Peppers and Rogers
Tudo é diferente:
Isto não quer dizer que que spots de TV não funcionem. Funcionam, mas menos que há 40 anos atrás.
Se és uma vaca roxa… Provocas o “Otaku” – palavra japonesa que significa o desejo irresistível que leva
alguém a atravessar a cidade para experimentar um novo restaurante de macarrão muito bem avaliado
pelos amigos.
Starbucks – Bar de café inventado por eles. Pensamos em café em qualquer parte do mundo e
pensamos em Starbucks;
Amazon – Entregas gratuitas; Grande variedade de produtos; Algoritmo que nos dá o que não sabemos
que queremos.
Nicho – Encontra um nicho onde podes ser muito bom. Faz uma lista dos teus competidores e identifica
o nicho onde ninguém está;
Arriscar - Todos acham que as suas empresas não conseguem ter mega ideias, mas isso não é verdade é
preciso pensar e parar para olhar para o mercado;
Ir além do limite - Pedir aos empregados para identificar os limites no produto, ajuda a chegar às ideias
de purple cow. Depois testar qual o limite que pode trazer melhores resultados revendo todos os Ps e
identificar onde está o limite de cada P na concorrência e no nosso produto. Sem rever este “estado da
nação” será muito difícil inovar - Ex: ir a um SPA sem pagar, é o limite, claro que não sustentável… então
que podemos tirar daqui?
Tempo - É preciso tempo para conseguir inventar um Purple Cow. Por isso não se apressem.
Slogan - Ter um slogan óbvio que mostra o que é produto ou que é tão emblemático que todos o
reconhecem. Não tem que ser uma frase - Ex. Maça da Apple; Tiffanys (caixa)
Conforto é um risco… O objetivo de Godin é mostrar-nos que arriscar é o mais seguro e é o que nos
motiva a fazer coisas verdadeiramente incríveis. A inércia e o medo paralisam, mas a coragem move as
pessoas excelentes a resultados inimagináveis.
O medo é o principal inimigo da vaca roxa… Durante toda a vida somos motivados a não errar, por isso
temos pânico para não errar – As escolas trabalham-nos para não corrermos riscos.
Milk the Cow – Descobrir como a estender e lucrar com ela o maior tempo possível
Criar ambiente - Para criar uma nova vaca de forma a substituir a 1ª quando ela já não esteja a
dar o rendimento necessário