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Com isso, existe um modelo que é de melhor entendimento para a competitividade no mercado,
que são as cinco forças de Porter, criada por Michael Porter em 1970.
São elas:
Esse modelo é importante e bastante útil para estruturar e traçar fatores que trazem impacto para a
empresa.
Substitutos diretos: Outros produtos ou serviços que atendem a necessidades semelhantes às dos
produtos existentes, competindo diretamente no mercado.
Mudanças nos padrões de consumo: Mudanças nas preferências dos consumidores, tendências de
estilo de vida ou consciência ambiental que podem levar os consumidores a buscar alternativas.
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Ameaça de entrada de novos concorrentes
A ameaça de novos concorrentes é definida pelas barreiras de entrada de uma indústria, que no
caso da natura, é a de HPPC. Dentre as barreiras de entrada principais, as que mais se destacam
nesse segmento são: Economias de escala, Benefícios de escala do lado da demanda, Custos de
mudança e Acesso aos canais de distribuição.
A barreira de Economia de escala é definida pela quantidade de produtos que já estão em estantes
de lojas e mercados, fato notório no setor de cosméticos. A empresa que quiser entrar nesta
indústria enfrentará uma desvantagem de custos em frente a um grande volume de produtos que
limita a flexibilidade de seus preços, sendo forçada a adentrar com uma larga escala de itens em um
preço base relativamente baixo, obtendo pouco rendimento.
Custos de mudança são críticos, pois podem ser provocados pela tendência do momento. Na
indústria de cosméticos podemos ver grandes empresas como a Natura & Co investindo em
produtos sustentáveis, por exemplo, categoria muito valorizada pelos consumidores nos tempos
atuais. No entanto, caso uma concorrente entre no mercado num momento de transição sobre o
que é valorizado, ela sofrerá muito mais perdas com os custos de mudança do que as grandes
empresas.
Já o acesso aos canais de distribuição é relativo, pois com o crescimento do e-commerce muitas
empresas pequenas conseguiram ganhar um espaço. Porém isso não é tudo, empresas dominantes
que já trabalhavam com a venda direta através de consultoras, lojas físicas e revendas através de
mercados grandes agora também se deslocam até a casa de seus consumidores. Tal fator também
pode se estender até a cadeia de produção visto que boa parte dos fornecedores estarão
concentrados nas empresas de grande porte, limitando a capacidade dos novos concorrentes por
falta de matéria prima por exemplo.
O fator que leva novos concorrentes a indústria de HPPC é a facilidade na fabricação dos produtos
e no capital inicial relativamente baixo. Cosméticos não possuem reagentes em suas fórmulas que
tornam a produção mais difícil em comparação a produtos de outras indústrias, como exemplo
temos: perfume, uma mistura entre óleo, água, álcool e aromas; protetor solar, uma emulsão com
até seis ingredientes bases; e o batom, uma dispersão de lacas e pigmentos, com uma combinação
de óleos vegetais, gorduras e ceras. Portanto pode-se afirmar que a fabricação de produtos não se
apresenta como uma alta barreira de entrada.
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Poder de negociação dos clientes
Os clientes exigem que o produto tenha uma qualidade altíssima, mas com o menor preço possível.
Quando são compras individuais, não há barganha entre produtos. Quando é para revenda, os
clientes começam a pechinchar preços para que possam comprar quantidade maiores de produtos,
por menor preço.
Outro exemplo é que a Natura tem linhas de produtos para todas as idades, que podem ser
facilmente trocadas ou substituídas pelas linhas da Avon ou Boticário, com preços melhores e
menores. Com isso, o comprador passa a jogar uma empresa contra a outra até conseguir o melhor
preço e o produto com a melhor qualidade.
O poder de negociação dos fornecedores é definido pela capacidade de elevar ou reduzir os preços à
favor da empresa, aumentando a lucratividade da empresa. O mesmo pode ser exercido de três
maneiras: Aumentando os preços, reduzindo a qualidade ou reduzindo a disponibilidade dos
produtos. Ambas as partes são capazes não apenas de reduzir a lucratividade da indústria como
também afetar a concorrência entre os compradores.
A diversidade de fornecedores da Natura se divide entre pequenos agricultores, dos quais a Natura
detém grande parte do controle de compra, e de grandes fornecedores de insumos naturais, que
nutrem uma relação estável e longa com a empresa. Desta relação, nasce a vontade destes
fornecedores em se beneficiarem da imagem positiva que a marca traz, impulsionando a relação
entre ambas as partes ao fornecerem produtos e serviços com custo reduzido, especialmente no que
diz respeito ao preço dos insumos que, na maioria das vezes, é extremamente inferior ao preço
cotado aos rivais da marca. Os produtos e serviços fornecidos podem ser variados, cobrindo as
necessidades da empresa, como, por exemplo, a prioridade na recepção de matérias-primas. No
entanto, graças à visão da integração vertical da empresa, essa dependência é reduzida devido à
capacidade da Natura de produzir seus próprios insumos. Cabe ressaltar, então, que parte do
recurso gerado por essas ações é retornado aos fornecedores, como forma de retribuição, de acordo
com a análise desse relatório.
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Rivalidade entre os concorrentes
No ramo de (HPPC), a rivalidade entre concorrentes é impulsionada por diversos fatores, como a
busca constante por diferenciação e diversificação de produtos. Isso resulta em uma intensa
competição, caracterizada pela fragmentação e ausência de uma empresa dominante. A rápida
evolução dos produtos e os substanciais investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
contribuem para a competitividade acirrada no setor. Além disso, a diversidade de produtos no
mercado e a alta elasticidade-preço amplificam a competição entre os concorrentes, estimulando as
empresas a fortalecerem suas marcas únicas para capturar a preferência dos consumidores.
A análise sugere que a dinâmica da competição é influenciada pelas estratégias das grandes
empresas, que priorizam a constante diversificação de produtos em vez de uma competição direta
por participação de mercado. Essas empresas buscam criar novos nichos e diferenciar seus
produtos, resultando em uma concorrência mais focada em inovação e diversificação. Nesse
contexto, a rivalidade entre os competidores é mais impulsionada pela busca de diferenciação e
criação de valor do que por disputas diretas por participação no mercado, indicando uma estratégia
de competição mais diversificada e orientada para a inovação.
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