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CURSOS
ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR
COMÉRCIO EXTERIOR
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
EMENTA:
OBJETIVOS
Objetivo geral
Fornecer ao aluno uma visão sistêmica da administração de materiais, capacitando-o a utilizar instrumentos de
organização, controle e gestão para a determinação de pontos de controles e tomadas de decisões.
Possibilitar ao aluno conhecer métodos de análise de gestão de materiais e recursos patrimoniais, aplicando-os
na Análise Crítica da realidade organizacional.
Objetivos específicos:
Com os conteúdos abordados no programa dessa disciplina espera-se que o aluno possa: Desenvolver a
capacidade analítica e prescritiva dos alunos para que possam compreender na prática a utilidade e
aplicabilidade dos elementos de controles e de gestão de materiais como recursos metodológico para análise
racional de processos empresariais e das rotinas administrativas da administração de materiais.
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 1
METODOLOGIA DE ENSINO
A metodologia de ensino baseia-se em aulas expositivas com uso de recursos audiovisuais; seminários e
debates; discussão dirigida; exercícios práticos, análises/ estudos de caso, exercícios práticos, trabalhos extra-
classe, favorecendo a articulação teoria versus prática.
RECURSOS
AVALIAÇÕES
O desempenho individual o aluno será medido por 1 (uma) prova individual a cada bimestre e uma segunda
avaliação relativa a Participação em Sala obtida através de processos de micro-avaliações (exercícios práticos,
trabalhos de campo, além de outros meios que sejam acordados no decorrer de cada bimestre );
Como regra geral e, para efeito de avaliação de eventuais trabalhos fora de sala, somente terão direito a nota
máxima (valor integral) os alunos que entregarem os trabalhos acadêmicos nas datas previamente estipuladas
para a entrega ou realização das micro - avaliações.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
1. MARTINS, Petrônio Garcia, Paulo Renato Campos Alt. Administração de materiais e recursos
patrimoniais. - São Paulo: Saraiva, 2000.
2. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. - 4ª ed. - São Paulo: Atlas,
1993.
3. FERNANDES, José Carlos de F. Administração de material: um enfoque sistêmico. Rio de Janeiro: LTC,
1981
4. POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais - uma abordagem logística. - São
Paulo: Atlas, 2001.
COMPLEMENTAR
1. ARAÚJO, José Serqueira. Administração de compras e armazenamento. São Paulo: Atlas, 1978.
2. Ballou, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística
empresarial. 4ª. Ed. - Porto Alegre: Bookman, 2001.
3. CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques - supply chain. São Paulo: Atlas, 1999.
4. MOURA, Reinaldo A. Armazenamento e distribuição física. São Paulo: IMAM, 1997
5. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. - São
Paulo: Atlas, 2001.
6. Revista Exame.
7. Revista HSM Management.
8. Apostila do Prof. Antonio Carlos Morozowski.
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 2
Aula nº Assunto Abordado
01 Introdução -
02 Introdução -
03 Introdução -
04 Enfoque Sistêmico
05 Enfoque Sistêmico
06 Enfoque Sistêmico
07 Enfoque Sistêmico
08 Subsistemas específicos
09 Subsistemas específicos
10 Informação Sistêmica
11 Organização e Estrutura do Sistema de Adm. Materiais
12 Políticas de Adm. de Materiais
13 Terminologias empregadas na Adm. Materiais
14 Terminologias empregadas na Adm. Materiais
15 Terminologias empregadas na Adm. Materiais
16 Terminologias empregadas na Adm. Materiais
17 Terminologias empregadas na Adm. Materiais
18 Terminologias empregadas na Adm. Materiais
19 Terminologias empregadas na Adm. Materiais
20 Gestão Econômica dos Estoques
21 Gestão Econômica dos Estoques
22 Gestão Econômica dos Estoques
23 Natureza / Análise e Previsão
24 Informações Quantitativas e Qualitativas
25 Técnicas de Previsão de Estoques
26 Técnicas de Previsão de Estoques
27 Técnicas de Previsão de Estoques
28 Técnicas de Previsão de Estoques
29 Exercícios Teóricos / Práticos - Correção - Explicação
30 Exercícios Teóricos / Práticos - Correção - Explicação
31 Controle de Estoques
32 Controle de Estoques
33 Custos na Adm. Materiais
34 Custos na Adm. Materiais
35 Custos na Adm. Materiais
36 Taxa de Estocagem / Estoque Médio
37 Taxa de Aquisição / Faixa Econômica
38 Lote Econômico / Faixa Econômica
39 Lote Econômico / Faixa Econômica
40 Exercícios
41 Exercícios
42 Exercícios
43 Exercícios
44 Exercícios
45 Determinação Simplificada de Freqüência
46 Classificação ABC dos Estoques
47 Classificação ABC dos Estoques
48 Classificação ABC dos Estoques
49 Classificação ABC dos Estoques
50 Classificação ABC dos Estoques
51 Classificação ABC dos Estoques
52 Classificação ABC dos Estoques
53 1ª Avaliação
54 1ª Avaliação
55 Apresentação dos Requisitos para Elaboração de Trabalho
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 3
56 Estoque de Proteção / Segurança / Mínimo
57 Estoque de Proteção / Segurança / Mínimo
58 Estoque de Proteção / Segurança / Mínimo
59 Estoque de Proteção / Segurança / Mínimo
60 Estoque de Proteção / Segurança / Mínimo
61 Estoque de Proteção / Segurança / Mínimo
62 Estoque de Proteção / Segurança / Mínimo
63 Estoque de Proteção / Segurança / Mínimo
64 Métodos de Valorização de Estoques
65 Métodos de Valorização de Estoques
66 Métodos de Valorização de Estoques
67 Métodos de Valorização de Estoques
68 Métodos de Valorização de Estoques
69 Métodos de Valorização de Estoques
70 Métodos de Valorização de Estoques
71 Exercícios
72 Exercícios
73 Exercícios
74 Exercícios
75 Compras - Organização e Sistemas
76 Compras - Organização e Sistemas
77 Compras - Organização e Sistemas
78 Compras - Organização e Sistemas
79 Compras - Organização e Sistemas
80 Compras - Organização e Sistemas
81 Compras - Organização e Sistemas
82 Compras - Organização e Sistemas
83 Compras - Organização e Sistemas
84 Compras - Organização e Sistemas
85 Compras - Organização e Sistemas
86 Compras - Organização e Sistemas
87 Compras - Organização e Sistemas
88 Compras - Organização e Sistemas
89 Palestra
90 Palestra
89 Compras - Organização e Sistemas
90 Compras - Organização e Sistemas
91 Compras - Organização e Sistemas
92 Armazenagem
93 Armazenagem
94 Necessidade de Espaço Físico
95 Localização de Depósitos
96 Inventário físico
97 Inventário Físico
98 Embalagem e Manuseio
99 Recursos Patrimoniais
100 Classificação e Codificação
101 Depreciação
102 Vida Econômica dos Recursos Patrimoniais
103 MRP - Just in Time - Kanban - Kaizen
104 MRP - Just in Time - Kanban - Kaizen
105 MRP - Just in Time - Kanban - Kaizen
106 MRP - Just in Time - Kanban - Kaizen
107 2ª Avaliação
108 2ª Avaliação
FESP - INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO PARANÁ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPESAS
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 4
HABILITAÇÃO EM COMÉRCIO EXTERIOR
1. INTRODUÇÃO
A atividade de material existe desde a mais remota época, através das trocas de caças e de
utensílios até chegarmos aos dias de hoje, passando pela Revolução Industrial. Produzir, estocar,
trocar objetos e mercadorias é algo tão antigo quanto a existência do ser humano.
A Revolução Industrial, meados dos séc. XVIII e XIX, acirrou a concorrência de
mercado e sofisticou as operações de comercialização dos produtos, fazendo com que “compras”
e “estoques” ganhassem maior importância. Este período foi marcado por modificações
profundas nos métodos do sistema de fabricação e estocagem em maior escala.
O trabalho, até então, totalmente artesanal foi em parte substituído pelas máquinas ,
fazendo com a produção evoluísse para um estágio tecnologicamente mais avançado e os
estoques passassem a ser vistos sob um outro prisma pelas administrações. A constante evolução
fabril, o consumo, as exigências dos consumidores, o mercado concorrente e novas tecnologias
deram novo impulso à Administração de Materiais, fazendo com que a mesma fosse vista como
uma arte e uma ciência das mais importantes para o alcance dos objetivos de uma organização,
seja ela qualquer que fosse.
Um dos fatos mais marcantes e que comprovaram a necessidade de que materiais devem
ser administrados cientificamente foi, sem dúvida, as duas grandes guerras mundiais, isso sem
contar com outras desejos de conquistas como, principalmente, o empreendimento de Napoleão
Bonapart. Em todos os embates ficou comprovado que o fator abastecimento ou suprimento se
constituiu em elemento de vital importância e que determinou o sucesso ou o insucesso dos
empreendimentos. Soldados e estratégias por mais eficazes que fossem, eram insuficientes para
o alcance dos resultados esperados. Munições, equipamentos, víveres, vestuários adequados,
combustíveis foram, são e serão necessários sempre, no momento oportuno e no local certo, isto
quer dizer que administrar materiais é como administrar informações: “quem os têm quando
necessita, no local e na quantidade necessária, possui ampla possibilidade de ser bem sucedido”.
Para refletir: “Nos dias de hoje - Qual será a importância da Administração de Materiais
no projeto de um ônibus espacial ?
2. ENFOQUE SISTÊMICO
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A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada como um Sistema
Integrado em que diversos subsistemas próprios interagem para constituir um todo organizado.
Destina-se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais
imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na quantidade
necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho dos
estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretará, em regra, estoques altos, acima
das necessidades imediatas da organização. Por outro lado, a providência do suprimento após
esse momento poderá levar a falta do material necessário ao atendimento de determinada
necessidade da administração. Do mesmo modo, o tamanho do Lote de Compra acarreta as
mesmas conseqüências: quantidades além do necessário representam inversões em estoque
ociosos, assim como, quantidades aquém do necessário podem levar à insuficiência de estoque, o
que é prejudicial à eficiência operacional da organização.
Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam, se mal
planejados, além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses decorrentes de
quaisquer das situações assinaladas.
Da mesma forma, a obtenção de material sem os atributos da qualidade requerida para o
uso a que se destina acarreta custos financeiros maiores, retenções ociosas de capital e
oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque materiais, nestas condições podem implicar
em paradas de máquinas, defeitos na fabricação ou no serviço, inutilização de material, compras
adicionais, etc.
Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de forma sistêmica, fornecem,
portanto, os meios necessários à consecução das quatro condições básicas alinhadas acima, para
uma boa Administração de material.
Decompondo esta atividade através da separação e identificação dos seus elementos
componentes, encontramos as seguintes subfunções típicas da AM, além de outras mais
específicas de organizações mais complexas:
1. Controle de Estoques
2. Classificação de Material
3. Aquisição / Compra
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4. Armazenagem
5. Movimentação de Material
6. Inspeção de Recebimento
7. Cadastro e Diligenciamento
1. Inspeção de Suprimento
2. Padronização e Normalização de Material
3. Transporte de Material
4. Alienação de Material
a.1.1 - Controle de Estoque - subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques,
através do planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o
controle e o ressuprimento de material.
a.1.2 - Classificação de Material - subsistema responsável pela identificação (especificação),
classificação, codificação, cadastramento e catalogação de material.
a.1.3 - Aquisição / Compra de Material - subsistema responsável pela gestão, negociação e
contratação de compras de material através do processo de licitação.
a.1.4 - Armazenagem - subsistema responsável pela gestão física dos estoques, compreendendo
as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e expedição de material, segundo
determinadas normas e métodos de armazenamento.
a.1.5 - Movimentação de Material - subsistema encarregado do controle e normalização das
transações de recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e quaisquer
outros tipos de movimentações de entrada e de saída de material.
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a.1.6 - Inspeção de Recebimento - subsistema responsável pela verificação física e documental
do recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos
qualitativos pelas normas de controle de qualidade.
a.1.7 - Cadastro e Diligenciamento - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores,
pesquisa de mercado e diligenciamento das compras.
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Os materiais recusados pelo subsistema de Inspeção são devolvidos ao fornecedor. A
devolução é providenciada pelo subsistema de Aquisição que aciona o fornecedor para essa
providência após ser informado, pela Inspeção, que o material não foi aceito. Igualmente, o
subsistema de Cadastro é informado do evento para providenciar o encerramento do processo de
compra e processar, no cadastro de fornecedores, os registros pertinentes.
Quando o material é requisitado dos estoques, este evento é comunicado ao subsistema de
Controle de Estoque pelo subsistema de Armazenagem. Este procede à baixa física e contábil,
podendo, gerar com isso, uma ação de ressuprimento. Neste caso, é emitida pelo subsistema de
Controle de Estoques uma ordem ao subsistema de Compras, para que o material seja comprado
de um dos fornecedores cadastrados e habilitados junto à organização pelo subsistema de
Cadastro e Diligenciamento.
Após a concretização da compra, o subsistema de Diligenciamento é acionado para que
providencie, junto aos fornecedores, o cumprimento do prazo de entrega contratual, iniciando o
ciclo, novamente, por ocasião do recebimento de material .
3. INFORMAÇÃO SISTÊMICA
No enfoque sistêmico, toda ação libera outras que vão se desencadeando, ou vão sendo
causa de outros acontecimentos. Configura este processo administrativo um sistema de
informações que transmite, acumula, processa e armazena dados, propiciando, desta forma,
meios para o estabelecimento da comunicação entre as partes componentes do Sistema de
Administração de Materiais e sua interface com outros sistemas.
Os dados, todavia, não passam de informações em potencial, até o momento em que
sejam projetados para informar e comunicar, provendo, assim, as necessidades de conhecimento
e de controle da administração. Projetar, no caso, significa configurar um sistema de
informações, em que os documentos do sistema de AM - formulários padronizados e relatórios
gerenciais e de controle - são os condutos por onde transitam as informações que o sistema
utiliza.
A comunicação é estabelecida por meio dos procedimentos administrativos padronizados
pelas normas da organização, segundo a política de suprimento previamente determinada pela
administração.
Os formulários padronizados e os procedimentos definidos através das rotinas
administrativas possibilitam a integração e o inter-relacionamento dos subsistemas que exercem
funções definidas dentro do Sistema de Administração de Material. Cada uma das subfunções
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gera, conforme visto, um tipo de ação que aciona outras sob a forma de Processo e/ou
Realimentação.
ENTRADAS
- Requisição de Material
- Requisição de Compras
- Coleta de Preços
- Recebimento de Materiais
- Notas Fiscal
ELEMENTOS DE
CONTROLE PROCESSOS
F
- Política de Compras - Classificação de E
- Política de Materiais M E
Armazenagem - Cadastro de E D
- Especificações Técnicas Fornecedores M
- Normas de - Controle de Estoque Ó B
Procedimentos - Aquisição / Compra R A
- Recebimento de I C
Materiais A K
- Armazenamento
SAÍDAS
- Ordem de Fornecimento
- Entrega de Materiais
- Relatórios de Estoques
- Relatório de Compras
- Contabilização
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As “saídas” constituem-se das informações e dados processados e que se resumem, em
regra, nos seguintes produtos, entre outros:
fornecimento de materiais aos usuários
transferência de material entre os almoxarifados
solicitação de cadastramento de materiais
dados de custos para a área financeira
dados para escrituração pela área contábil
dados orçamentário para a área econômico-financeira
lista e catálogos de materiais
dados e estatística de movimentação de material.
O feedeback, no sentido de ação e reação, é o processo que envolve toda a seqüência que
vai desde o ponto em que uma ação é desencadeada, até o ponto em que já é possível avaliar as
reações resultantes desta ação.
Isto representa a idéia de que o feedback e a avaliação ocorrem junto, tanto dentro de
(intra) e entre (inter) cada fase de desenvolvimento do sistema, como também continuam ao
longo do funcionamento do sistema, ou melhor, durante ele próprio.
4. ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE AM
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Em todas as empresas alguém deve tomar as decisões e se responsabilizar pela atividade
da Administração de Materiais. Os objetivos da AM interrelacionam-se com os objetivos de
outras unidades da empresa ( Financeiro, Produção, Vendas etc. ), assim é desejável atribuir a
uma única pessoa, autoridade sobre todas as atividades concernentes a esta função, de outro
modo, ninguém, exceto o presidente da companhia, poderá ser responsabilizado pelas decisões
tomadas quanto a materiais.
A inexistência de um único responsável pela Administração de Material poderá acarretar
em:
problemas de divisão de responsabilidade
duplicação de esforços
falta de representação
5. ESTRUTURA DO SISTEMA
Administração
de
Material
Compras Almoxarifado
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subsistemas de controle de estoque, movimentação de material e outros englobados nas
atividades de desenvolvimento pelo almoxarifado.
No instante, por exemplo, em que a determinação e a programação das necessidades de
material a serem introduzidas nos estoques se tornarem mais complexas em função do
crescimento da organização, o organograma passa para:
Administração
de
Material
Previsão e
Compras Almoxarifado
Contr.
de Estoque
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em maior ou menor abrangência, aparecem, em regra, em grande parte das organizações,
estruturadas em órgãos próprios e autônomos, ou não.
Dentre os Critérios de Departamentalização, os encontrados com maior freqüência, na
Administração de Materiais são:
Administração
de
Material
Importação Exportação
quando existem funções similares em áreas afastadas entre si, é desejável a divisão por
local, em certos níveis da organização. Grandes empresas, que possuem muitas fábricas, ou uma
única fábrica, porém com necessidades de atender determinadas áreas com exclusividade, deve
aplicar o critério de departamentalização por Localização geográfica, pois cada fábrica ou
unidade requer uma organização de materiais e, pelo menos, uma parte desta deve estar ali
fisicamente localizada.
Compras
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Fábrica A Fábrica B Fábrica C
tendo em vista que a organização de materiais existe para ajudar a fabricar produtos ou
realizar serviços de forma mais lucrativa, a divisão de atividades de materiais por produto é
lógica. Cada grupo de materiais é classificado em relação a um produto ou grupo de materiais.
Compras
neste caso, existem estruturas para atender a cada fase de elaboração do produto, assim,
a cada mudança, a cada etapa cumprida, teremos novos responsáveis por materiais na elaboração
do produto.
Armazenagem
6. ORGANIZAÇÃO DESCENTRALIZADA
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aproxima os gerentes dos objetivos do negócio
permite maior controle dos custos
estimula a melhoria dos produtos e métodos.
8. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES
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manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Engenharia de Produto,
Financeira etc.
estabelecer sistema de estocagem adequado;
coordenar os inventários rotativos e anuais .
Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais importantes. Reduzir o
preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade.
Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização do capital, aumentando o retorno sobre
os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro.
Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamentalmente da eficácia das áreas de
Controle de Estoques, Armazenamento e Compras.
Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma análise criteriosa quando da escolha dos
fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são afetados diretamente por este
item.
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Artigo ou Item - designa qualquer material, matéria-prima ou produto acabado que faça parte
do estoque.
Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações quanto a quantidade, volume, peso
e custo em conseqüência de entradas e saídas.
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Estoque Disponível - é a quantidade de um determinado item existente em estoque, livre para
uso.
Estoque Disponível = Estoque Ativo - Estoque Empenhado
t
o Estoque de Segurança.
EMx
Estoque Máximo Q
Pr = EMn + ( CMd x Tr )
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Ponto de Chamada de Emergência- Q
EMn
- é a quantidade que quando atingida requer medidas
PCE
especiais para que não ocorra ruptura no estoque.
t
Normalmente é igual a metade do Estoque Mínimo.
Ruptura de Estoque Q
E= 0
- ocorre quando o estoque de determinado item zera ( E = 0 )
A continuação das solicitações e o não atendimento a t
caracteriza.
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Coleta ou Cotação de Preços - documento emitido pela unidade de Compras, solicitando ao
fornecedor Proposta de Fornecimento. Esta Coleta deverá conter todas as especificações que
identifiquem individualmente cada item.
Custo Fixo
R$
R$
- é o custo que independe das quantidades
estocadas ou compradas ( mão-de-obra, CF CF
R$ R$
CP
CP
Quantidade
Nº de Pedidos
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- é constituído pela somatória de todas as despesas efetivamente realizadas no processamento
de uma compra. Varia em função do número de pedidos emitidos ou das quantidades
compradas.
R$
R$
CA CA
Nº de Pedidos Quantidade
Custo Total
- é o resultado da soma do Custo Fixo com o Custo de Posse e o Custo de Aquisição.
R$ R$ Custo Total
Custo Total
CP
CA
CP
CA
CF CF
Nº de Quantidade
Pedidos
Custo Ideal
- é aquele obtido no ponto de encontro ou interseção das curvas dos Custos de Posse e de
Aquisição. Representa o menor valor do Custo Total.
Custo Ideal Custo Ideal
R$ R$ CP
CA
CP
CA
CF CF
Nº de Quantidade
Pedidos
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Outros tipos de investimentos, aparentemente, não produzem lucros. Entre estes estão as
inversões de capital destinadas a cobrir fatores de risco em circunstâncias imprevisíveis e de
solução imediata. É o caso dos investimentos em estoque, que evitam que se perca dinheiro em
situação potencial de risco presente. Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos que
levam a não realização de vendas, a paralisação de fabricação, a descontinuidade das operações
ou serviços etc., além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores, igualam, em
importância estratégica e econômica, os investimentos em estoque aos investimentos ditos
diretos.
Porém, toda a aplicação de capital em inventário priva de investimentos mais rentáveis
uma organização industrial ou comercial. Numa organização pública, a privação é em relação a
investimentos sociais ou em serviços de utilidade pública.
A gestão dos estoques visa, portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos
ociosos expressos pelo inventário, em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo
dos investimentos. E isto é obtido mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los
em quantidades suficientes e necessárias para manter o fluxo da produção da encomenda em
equilíbrio com o fluxo de consumo.
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as principais causas que exigem estoques permanentemente à mão para o pronto atendimento do
consumo interno e/ou das vendas. Isto mantém a paridade entre esta necessidade e as exigências
de capital de giro.
É essencial, entretanto, para a compreensão mais nítida dos estoques, o conhecimento das
principais funções que os mesmos desempenham nos mais variados tipos de organização, e que
conheçamos as suas diferentes espécies. Ter noção clara das diversas naturezas de inventário,
dentro do estudo da Administração de Material, evita distorções no planejamento e indica à
gestão a forma de tratamento que deve ser dispensado a cada um deles, além de evitar que
medidas corretas, aplicadas ao estoque errado, levem a resultados desastrosos, sobretudo, se
considerarmos que, à vezes, consideráveis montantes de recursos estão vinculados a
determinadas modalidades de estoque.
Cada espécie de inventário segue comportamentos próprios e sofre influências distintas,
embora se sujeitando, em regra, aos mesmos princípios e às mesmas estruturas de controle.
Assim, por exemplo, os estoques destinados à venda são sensíveis às solicitações impostas pelo
mercado e decorrentes das alterações da oferta e procura e da capacidade de produção, enquanto
os destinados ao consumo interno da empresa são influenciados pelas necessidades contínuas da
produção, manutenção, da oficinas e dos demais serviços existentes.
Já outras naturezas de estoque podem apresentar características bem próprias que, não
estão sujeitas a influência alguma. É o caso dos estoques de sucata, não destinada ao
reprocessamento ou beneficiamento e formados de refugos de fabricação ou de materiais
obsoletos e inservíveis destinados à alienação e canibalização e outros fins.
Em uma indústria, estes estoques podem vir a formar-se aleatoriamente, ao longo do
tempo, caracterizando-se como contingências de armazenagem. Acabam representando, mesmo,
para algumas organizações, verdadeiras fontes de receitas ( extra-operacional ), enquanto os
estoques destinados ao consumo interno constituem-se, tão somente, em despesas.
Entretanto, esta divisão por si só, pode trazer dúvidas a partir da definição da natureza de
cada um destes estoques. Se entendermos por produto acabado todo material resultante de um
processo qualquer de fabricação, e por matérias-primas todo elemento bruto necessário ao
fabrico de alguma coisa, perdendo as suas características físicas originais, mediante o processo
de transformação a que foi submetido, podemos dizer, por exemplo, que a terra adubada, o
cimento, a areia de fundição preparada com a bentonita, o melaço e outros produtos que são
misturados a ela para dar maior consistência aos moldes que receberão o aço derretido para a
confecção de peças constituem-se em produtos acabados para seus fabricantes, e em matérias-
primas para seus consumidores que os utilizarão na fabricação de outros produtos.
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 24
Do mesmo modo, a terra, a argila, o melaço e a areia, em seu estado natural, podem
constituir-se em insumos básicos de produção ou em produtos acabados, dependendo da
finalidade ou do uso destes itens para a empresa.
As porcas, as arruelas, os parafusos etc., empregados na montagem de um equipamento,
por exemplo, são produtos semi-acabados para o montador, mas, para o fabricante que os
vendeu, trata-se de produtos-finais.
Diante dos exemplos apresentados, surge, naturalmente, outra classificação: estoques de
venda e de consumo interno. Para uma indústria, os produtos de sua fabricação integrarão os
estoques de venda e, para outra, que os utilizará na produção de outro bem, integrarão os
estoques de material de consumo.
Por sua vez, o estoque de venda pode desdobrar-se em estoque de varejo e de atacado. O
estoque de consumo pode subdividir-se em estoque de material específico e geral. Este último
pode desdobrar-se, ainda, em estoque de artigos de escritório, de limpeza e conservação etc.
Temos assim, diferentes maneiras de se distinguir os estoques, considerando a natureza,
finalidade, uso ou aplicação etc. dos materiais que os compõem.
O importante, todavia, nestas classificações, que procuram mostrar os diferentes tipos de
estoque e o que eles representam para cada empresa, é que elas servem de subsídios valiosos
para a (o):
configuração de um sistema de material;
estruturação dos almoxarifados;
estabelecimento do fluxo de informação do sistema;
estabelecimento de uma classificação de material
política de centralização e descentralização dos almoxarifados;
dimensionamento das áreas de armazenagem;
planejamento na forma de controle físico e contábil.
11.3.1 - INTRODUÇÃO
Toda teoria dos estoques está pautada na previsão do consumo do material. A previsão de
consumo ou da demanda estabelece estas estimativas futuras dos produtos acabados
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comercializados pela empresa. Estabelece, portanto, quais produtos, quanto desses produtos e
quando serão comprados pelos clientes.
a. Quantitativas
b. Qualitativas
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será a repetição do passado ou as
vendas evoluirão no tempo; segundo a mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é
de natureza essencialmente quantitativa.
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b) Explicação: procura-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionam as
mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente
aplicações de técnicas de regressão e correlação.
influências políticas;
influências conjunturais;
influências sazonais;
alteração no comportamento dos clientes;
inovações técnicas;
tipos retirados da linha de produção; e
preços competitivos dos concorrentes.
Este modelo mais simples e sem base matemática consiste em utilizar como previsão para
o período seguinte o valor ocorrido no período anterior.
Este método é uma extensão do anterior, em que a previsão para o próximo período é
obtida calculando-se a média dos valores de consumo nos n períodos anteriores.
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A previsão gerada por este modelo é geralmente menor que os valores ocorridos se o
padrão de consumo for crescente . Inversamente , será maior se o padrão de consumo for
decrescente.
Se n for muito grande, a reação da previsão diante dos valores atuais será muito lenta.
Inversamente, se n for pequeno, a reação será muito rápida. A escolha do valor de n é arbitrária
e experimental. Para melhor simplificar e compreender, vejamos:
CM = Consumo Médio
C1 + C2 + C3 + ..... + Cn
CM = n C = Consumo nos períodos anteriores
n = Números de períodos
Nota: Para cálculo do consumo médio variável, toma-se por base os 12 últimos meses, e
cada novo mês, adiciona-se o mesmo à soma e despreza-se o 1º mês utilizado.
- Desvantagens:
a. as médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra natureza não
existentes nos dados originais;
b. as médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser superado,
utilizando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados ( vide c. ).
c. as observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais, isto é, 1/n; e
d. exige a manutenção de um número muito grande de dados.
- Vantagens:
a. simplicidade e facilidade de implantação; e
b. admite processamento manual.
Exemplo 1 - Supondo que, para certo material, existe o seguinte histórico dos consumos
mensais:
100 (jan), 90 (fev), 110 (mar), 120 (abr), 105 (mai), 150 (jun), 140 (jul), 200 (ago), 130 (set),
160 (out), 190 (nov) e 210 (dez), o consumo previsto para o 13º mês seria:
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Exemplo 2 - O consumo em quatro anos de uma peça foi de: 1999 = 72, 2000 = 60, 2001 = 63 e
2002 = 66 Qual deverá ser o consumo previsto para 2003, utilizando-se o método da média
móvel simples, com n igual a 3 ?
D2003 = ( 60 + 63 + 66 ) : 3 D2003 = 63
Este método é uma variação do modelo anterior, no qual atribuí-se pesos diferenciados
aos diversos períodos. Os pesos são decrescentes a partir dos períodos mais recentes para os mais
distantes. Este método elimina alguns inconvenientes do método anterior.
A determinação dos pesos, ou fatores de importância, deve ser de tal ordem que a soma
perfaça 100%, como no exemplo a seguir:
1 5% 350 17,5
2 10% 70 7,0
3 10% 800 80,0
4 15% 200 30,0
5 20% 150 30,0
6 40% 500 200,0
7 100% ± 364,5 = 365
Exemplo de Aplicação: Utilizando o exemplo 2, do item anterior, qual será o consumo previsto
para 2003, se considerarmos os seguintes pesos:
- para 1999 = ( desconsiderar - n = 3 )
- para 2000 = 20% de 60 = 12,0
- para 2001 = 30% de 63 = 18,9
- para 2002 = 50% de 66 = 33,0 D 2003 ± 63,9 = 64,0
Este método elimina muitas desvantagens dos métodos da média móvel e da média móvel
ponderada. Além de dar mais valor aos dados mais recentes, apresenta menor manuseio de
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informações passadas. Apenas três valores são necessários para gerar a previsão para o próximo
período:
Este modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eliminando a
reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença entre o consumo atual e o
previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias.
Suponhamos que para determinado produto tenhamos previsto um consumo de 100
unidades. Verificou-se, posteriormente, que o valor real ocorrido foi de 95 unidades. Precisamos
prever agora o consumo para o próximo mês. A questão básica é a seguinte: Quanto da diferença
entre 100 e 95 unidades pode ser atribuído a uma mudança no padrão de consumo e quanto pode
ser atribuído a causas puramente aleatórias ?
Se a nossa previsão seguinte for de 100 unidades, estaremos assumindo que toda diferença foi
devida a causas aleatórias e que o padrão de consumo não mudou absolutamente nada. Se for de
95 unidades, estaremos assumindo que toda diferença deve ser atribuída a uma mudança no
padrão de consumo ( método pelo último período ). Neste método apenas parte da variação é
considerada como mudança no padrão de consumo.
Vamos supor que, no exemplo anterior, decidimos que 20% da diferença devem ser
atribuídos a alterações de padrão de consumo e que 80% devem ser considerados como variação
aleatória. Levando-se em consideração que a previsão era de 100 unidades e ocorreu na
realidade 95 e que 20% do erro ( 100 - 95 ) é igual a 1, a nova previsão deverá ser de 99
unidades. Resumindo, podemos escrever:
Próxima previsão = Previsão anterior + Constante de amortecimento x Erro de previsão;
ou
assim: Xt = X t + ( 1 - ) . Xt-1
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A determinação do valor pode ser feita por intermédio de sofisticadas técnicas
matemáticas e estatísticas. Nos casos mais comuns a determinação é verificada empiricamente,
os valores mais comumente utilizados estão compreendidos entre 0 e 1, usando-se normalmente
de 0,1 a 0,3.
estabelece que a média estimada Xt no período t, é determinada pela adição de 20% do novo
consumo Xt e 80% da média estimada para o período anterior Xt-1. Assim, 80% das variações
aleatórias possíveis incluídas em Xt são descontadas.
O método da média com ponderação exponencial não deve ser utilizado quando o padrão
de consumo contém somente flutuações aleatórias em torno de uma média constante, quando o
padrão de consumo possui tendência crescente ou decrescente ou quando o padrão de consumo
for cíclico.
Deverá apenas ser utilizado quando o padrão de consumo for variável com médias
variando aleatoriamente em intervalos regulares.
Exemplo de Aplicação:
O nível de consumo de um item mantém uma oscilação média. A empresa utiliza o
cálculo de média ponderada exponencial. Em 2001, a previsão de consumo era de 230 unidades,
tendo o ajustamento um coeficiente de 0,10. Em 2002 o consumo foi de 210. Qual é a previsão
de consumo para 2003?
Xt = . Xt + ( 1 - ). Xt-1
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Xt = 228 unidades.
Este método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de
todos os dados coletados , ou seja, é alinha de melhor ajuste que minimiza as diferenças entre a
linha reta e cada ponto de consumo levantado.
( - p )2 = mínimo; onde: = Valor real
p = Valor dos mínimos quadrados
= N . a + bX
A segunda equação é desenvolvida de maneira semelhante. O coeficiente de b é X. Ao
multiplicarmos os termos por X e somá-los, teremos:
Estas duas equações são denominadas equações normais. As quatro somas necessárias à
resolução das equações , X, X e X2 são obtidas de forma tabular, tendo em vista que
X é igual ao número de períodos a partir do ano-base. Depois da obtenção das quatro somas,
estas são substituídas nas equações normais, onde os valores de a e b são calculados e
substituídos na equação da linha reta para a obtenção da fórmula de previsão:
p = a + bx
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Vamos exemplificar: determinada empresa quer calcular qual seria a previsão de vendas
de seu produto W para o ano de 2003. As vendas dos 5 anos anteriores foram:
1998 = 108
1999 = 119
2000 = 110
2001 = 122
2002 = 130, - fazendo a tabulação :
ANO Y X X2 X.Y
1998 108 0 0 0 (ano-base)
1999 119 1 1 119
2000 110 2 4 220
2001 122 3 9 366
2002 130 4 16 520
589 10 30 1.225
589 = 5a + 10b
1.225 =10a + 30b
- resolvendo-as simultaneamente, obteremos:
a = 108,4 e b = 4,7
Yp = 108,4 + 4,7 . X
Yp = 108,4 + 4,7 . 5
Yp = 131,9 132
QUESTÕES:
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2. Na solução de um problema de previsão, compare os resultados encontrados pelo método da
média móvel com o resultado da média de mínimos quadrados.
3. Analise por que as médias exponenciais sofrem o efeito de todos os consumos do passado.
4. Você está precisando de uma previsão de consumo de uma matéria-prima. O cálculo pode ser
realizado pelo método dos mínimos quadrados; média móvel simples; exponencial ou
ponderada. Qual destas alternativas você escolheria para que o resultado seja o mais próximo
possível do real? Porque?
EXERCÍCIOS:
1. O consumo nos oito últimos meses foi, respectiva- mente 500, 580, 520, 630, 510, 590, 570 e
560. Calcule, pelo método dos mínimos quadrados, o consumo previsto para os próximos dois
meses.
2. Um item teve um consumo , em 2002, de 200 unidades, com um ajustamento médio de
tendência de 0,90 e tinha sido previsto um consumo de 220 unidades. Qual é a previsão de
consumo para 2003?
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11.3.3 - CONTROLE DE ESTOQUES
O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que esta
diligência resulte em estoque excessivos às reais necessidades da empresa.
O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de
consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes.
Para mantermos
Output -este
Saída nível de água, no tanque, é preciso que a abertura ou o diâmetro do
ralo permita vazão proporcional ao volume de água que sai pela torneira. Se fecharmos com o
ralo destampado, interrompendo, assim, o fornecimento de água, o nível, em unidades
volumétricas, chegará, após algum tempo, a zero. Por outro lado, se a mantivermos aberta e
fecharmos o ralo, impedindo a vazão, o nível subirá até o ponto de transbordar. Ou, se o
diâmetro do raio permite a saída da água, em volume maior que a entrada no tanque,
precisaremos abrir mais a torneira, permitindo o fluxo maior para compensar o excesso de
escapamento e evitar o esvaziamento do tanque.
De forma semelhante, os níveis dos estoques estão sujeitos à velocidade da demanda
( output ) e das entradas ( input ) de material no almoxarifado.
Se a constância da procura sobre o material for maior que o tempo de ressuprimento, ou
estas providências não forem tomadas em tempo oportuno, a fim de evitar a interrupção do fluxo
de reabastecimento, teremos a situação de ruptura ou de esvaziamento do seu estoque, com
prejuízos vizíveis para a produção, manutenção, vendas etc.
Se, em outro caso, não dimensionarmos bem as necessidades do estoque, poderemos
chegar ao ponto de excesso de material ou ao transbordamento dos seus níveis em relação à
demanda real, com prejuízos para a circulação de capital.
O equilíbrio entre a demanda e a obtenção de material, onde atua , sobretudo, o controle
de estoque, é um dos objetivos da gestão.
Seguindo com o exemplo do tanque, se a torneira enchê-lo ( obtenção ) até o nível ideal,
em 6 horas, e o ralo esvaziá-lo ( demanda ) em 10 horas, precisaremos de 15 horas para que o
tanque fique cheio ( ressuprimento ) com a torneira e o ralo abertos simultâneamente. O tempo
que leva para ficar cheio com o fornecimento contínuo de água e, ao mesmo tempo, com a saída
constante, equivale, por analogia, ao tempo que leva a gestão a providenciar e obter a quantidade
de material necessária à manutenção do nível do estoque estabelecido, enquanto as saídas se
sucedem ao longo do período de ressuprimento.
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A fim de manter este objetivo é que o reabastecimento contínuo é feito para manter os
níveis no ponto desejado, em função da demanda ocorrida e dos parâmetros determinados.
Podemos, então, resumir a diferença entre estes dois sistemas, dizendo que o primeiro
considera a quantidade ideal de compra e o segundo a freqüência ideal de compra.
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- Estoque Médio;
- Lote Econômico de Compra;
- Periodicidade Econômica de Compra;
- Estoque Mínimo ou de Segurança etc.
12.1 - Introdução
Existem duas variáveis que aumentam este custo, que são a quantidade em estoque e o
tempo em que permanece em estoque. Grandes quantidades em estoque somente poderão ser
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movimentadas com a utilização de mais pessoal ou, então, com o maior uso de equipamentos,
tendo como conseqüência a elevação destes custos. No caso de um menor volume em estoque, o
efeito é exatamente ao contrário.
Todos estes custos relacionados podem ser chamados de custo de armazenagem. São
calculados baseados no estoque médio e geralmente indicados em % do valor em estoque ( Fator
Armazenagem ). Os custos de armazenagem são proporcionais à quantidade e ao tempo que uma
peça permanece em estoque.
Determinam-se esses custos por meio de fórmulas e modelos matemáticos, e, uma vez
calculado o seu valor, transforma-se o mesmo em valor percentual em relação ao estoque
analisado. Este passa a ser o Fator de Armazenagem, que veremos adiante.
Vamos agora detalhar como calcular o Custo de Armazenagem e seus diversos
componentes.
Estoque Máximo X
Estoque Médio
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0 Y Custo de Armazenagem
2. O preço unitário deve ser considerado constante no período analisado. Se não for, deve
ser tomado um valor médio.
.......................................................................................
A posse dos estoques, em uma empresa, implica encargos financeiros anuais, constituídos
de despesas fixas e outras tantas variáveis. As despesas fixas são aquelas que não se alteram com
as variações sofridas pelo inventário. Independem, portanto, do tamanho ou do valor do estoque,
diferentemente de outros componentes do custo que oscilam com as alterações que possam vir a
ocorrer.
Como em qualquer depuração de custos, o levantamento dos valores das despesas que
gravam os estoques requer, em grande parte, o concurso da contabilidade, com exceção dos
custos de natureza econômica, tais como os mencionados nos itens 2, 3 e 10 que são
considerados pelo fisco como custos tributáveis.
O trabalho em si consiste na identificação destes componentes de custo e totalizá-los
pelos valores de cada um, registrados nas rubricas correspondentes. E com base neste montante e
no valor médio do estoque é calculado o índice da taxa de custo ( i ). Os principais gravames dos
estoques são:
1. Mão-de-obra - computam-se também sobre este custo o valor dos encargos sociais e
trabalhistas. As despesas anuais com o pessoal de almoxarifado constituem-se em encargos
fixos.
3. Seguro - corresponde aos prêmios de seguros pagos. Constitui-se em uma despesa variável,
em função do valor dos estoques.
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5. Taxas e Impostos - os encargos decorrentes do imposto predial e das taxas de luz e telefone.
Geralmente, as despesas de iluminação são obtidas através de rateio das despesas gerais com luz,
proporcional à área ocupada pelo almoxarifado. Trata-se de um custo fixo.
6. Obsolescência - valor residual e intrínseco das possíveis perdas sofridas com material sem
mais utilidade para a empresa, devido a este fator. Trata-se de um custo dificilmente considerado
entre o elenco de gastos, devido a dificuldade de cálculo ou registro.
7. Expedição - refere-se aos gastos incorridos com o transporte e embalagem de material e frete.
8. Recebimento - representa as despesas com frete, inspeção e outros gastos decorrentes.
10. Imobilização - refere-se à quantia que a empresa, supostamente, deixa de ganhar com a
imobilização de capital.
Além deste rol de custos, outros podem ser acrescentados, como também alguns dos
mencionados podem deixar de ser considerados, de acordo com o critério escolhido. Segundo
alguns, os componentes de custos que devem ser computados são os que variam em função do
aumento ou da redução do estoque médio. No nosso exemplo, consideramos tanto os custos
fixos como os variáveis. O essencial é que saibamos que os estoques acarretam determinadas
despesas que crescem ou diminuem conforma as variações neles incorridas.
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Aluguel 360.000,00 7,87
Luz e Telefone 95.000,00 2,08
Transporte, Embalagem e Fretes 220.000,00 4,81
Diversos 120.000,00 2,62
Outros 195.000,00 4,26
Total 1.372.000,00 30,00
[ Emin + ( Q : 2 )] ou Q / 2
onde: Q é a quantidade ( lote ) que será adquirida para ser consumida ou vendida ao longo
do período T.
No momento t0, o estoque é igual à quantidade Q, que varia de um mínimo zero a um
máximo Q.
Logo, o valor médio do intervalo é (0 + Q)/2 que se reduz à expressão Q/2.
Q Q
Qm
Q/2
t0 período t t0 período t
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Também o ato de comprar implica determinado ônus que encarece o processo de compra
do material. A emissão de uma ordem de compra representa determinado custo para a empresa,
expresso, basicamente, pelos seguintes elementos:
1. Mão-de-obra - O valor total dos salários dos empregados lotados no órgão de compras, mais
os encargos sociais e trabalhistas que incidem sobre a folha de pagamento.
2. Impostos e Taxas - As despesas pagas com luz, telefone, imposto predial e outros.
3. Aluguel - Representa as despesas pagas com aluguel do escritório. Caso o aluguel do
almoxarifado e do escritório se constitua em único valor, este custo deve ser achado pró rata às
áreas usadas.
4. Correio e Telégrafo - Os encargos pagos pela emissão de cartas-convites, ordens de compra,
editais, anúncios, avisos etc.
5. Diárias - Referem-se aos gastos efetuados, eventualmente, com estadias e locomoção
necessários à compra de material.
6. Despesas Gerais - Referentes às despesas realizadas com material de expediente, livros
técnicos, periódicos e jornais, limpeza e conservação e outros.
Exemplificando:
a. Número anual de ordens de compra emitidas no período = 3.245.
b. – Despesas
Total 649.000,00
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O Lote Econômico ( Le ) é o resultado de um procedimento matemático, através do qual
a empresa adquire o material necessário às suas atividades pelo seu custo mais baixo. Essa
prática torna possível diluir os custos fixos entre muitas unidades e portanto reduzir o custo
unitário. Isso, porém, não se consegue de graça: - estoques são criados e custam dinheiro.
Portanto, não se deve levar tal procedimento muito longe, pois se as ordens de reposição se
tornam muito grandes, os estoques resultantes crescem além de certos limites e, os custos tanto
de capital como de manuseio, excedem as possíveis economias em custos de transporte,
produção e administração.
Deve-se procurar um tamanho de lote que minimize o custo total anual.
Os elementos que influenciam essa determinação são:
D Demanda anual
Le = 2.D.A / P.I
N=D/Q
Ne = D.P.I. / 2.A ou Ne = D / Le
Exemplo:
A = R$1.000,00
D = 250.000 un.
P = R$1,00
I = 20% ou 0,20
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Le = 2 . D . A / P . I
Le = 500.000.000 / 0,20
Le = 2.500.000.000
Le = 50.000 un.
Ne = D x P x I / 2 x A
Ne = 25
Considerando:
1. Le = 50.000 unidades, e Ne = 5 compras p/ ano,
- os mesmos corresponderiam a 2,4 meses de consumo ou 72 dias.
2. CA ( Custo de Aquisição ) = ( D x A ) / Q;
CA = 1.000 x 250.000 / Q
CA = 250.000.000 / Q
CE ( Custo de Estocagem ) = ( Q x I x P ) / 2 e
CE = Q x 0,20 x 1,00 / 2
CE = 0,10 x Q
CT ( Custo Total ) = 2 x D x A x P x I
O Custo Total Anual poderá considerar o valor total das mercadorias compradas, para
tanto, deverá ser somado ao valor obtido pela soma dos custos de aquisição e de estocagem, o
produto da demanda anual ( D ) com o preço unitário do produto ( P ).
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 44
CTg = CA + CE + ( D x P )
Nota-se pela tabela, que o ponto mínimo não é destacado. Realmente entre comprar
40.000, 50.000 ou 60.000 unidades de cada vez, a diferença não vai além de R$250,00 em
R$260.000,00, ou seja, menos de 0,1 %, daí se pode concluir que não devemos pensar em Lote
Econômico e sim em Faixa Econômica de Compra.
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amanhã, implicaria, de certa forma, refazer os cálculos tantas vezes quantas fossem as alterações
de preços sofridas pelo material ao longo do período, o que não se verifica , com constância, nos
países de economia relativamente estável, onde o preço permanece estacionário por períodos
mais longos.
3. Dificuldade de Aplicação - Esta dificuldade decorre, em grande parte, da falta de
registros ou da dificuldade de levantamento dos dados de custos. Entretanto, com referência a
este aspecto, erros, por maiores que sejam, na apuração destes custos não afetam de forma
significativa o resultado ou a solução final. São poucos sensíveis à alterações razoáveis nos
fatores de custo considerados. Estes são, portanto, sempre de precisão relativa.
4. Natureza do Material - Pode vir a se constituir em fator de dificuldade. O material
poderá tornar-se obsoleto ou deteriorar-se.
5. Natureza de Consumo - A aplicação do lote econômico de compra, pressupõe, em
regra, um tipo, de demanda regular e constante, com distribuição uniforme. Como isto nem
sempre ocorre com relação à boa parte dos itens, é possível que não consigamos resultados
satisfatórios ou esperados com os materiais cujo consumo seja de ordem aleatória e descontínua.
Podemos, nestas circunstâncias, obter uma quantidade pequena que inviabilize a sua utilização.
Exercícios:
1. Suponhamos que um item de material apresenta demanda anual de 1.080 unidades e seu preço
unitário é de R$2,00. A empresa em questão trabalha com um custo de compra na ordem de
R$200,00 e com taxa de armazenagem em torno de 30%. Calcule o valor do Custo Total,
considerando que as compras podem ser feitas: anual; semestral; quadrimestral; trimestral;
bimestral; c/ 45 dias; mensal; quinzenal e semanal.
2. Serão compradas durante um ano 2.000 unidades de uma peça. O Custo do pedido é de
R$50,00, e o custo de armazenagem é de 10%, o preço de compra é de R$3,00. Qual será o
custo total se as peças forem compradas em lotes de 200; 500; 1.000 e 2.000unidades?
3. Uma empresa que compra matéria-prima cinco vezes ao ano; o custo total anual de pedidos é
de R$6.250,00. Qual o custo de pedido?
4. Calcule o Lote Econômico e Freqüência Econômica.
Dados: Demanda Anual = 1.080 unidades
Custo de Aquisição = R$2,00
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Preço Unitário = R$200,00
Custo de Posse = 30%
O que se busca é uma forma de determinar o período N de ressuprimento que não provém
do período ótimo, mas que venha facilitar e simplificar os cálculos necessários à sua
determinação sem que haja diferenças de custo significativas. Este método é desenvolvido a
partir do conhecimento da demanda valorizada DAV, resultante do produto da demanda anual
pelo preço unitário do material, de modo que, ao invés de determinarmos a freqüência
econômica de compra de cada um dos itens do estoque, o que resulta em cálculos laboriosos,
determinamos a periodicidade comum a determinados limites ou faixas de DAV’s, onde estão
compreendidos diversos itens de material, a partir de uma freqüência - base arbitrada.
Através de estudos desenvolvidos, determinou-se que as freqüências que permitem uma faixa de erro não
superior a 5%, que é o percentual aceitável, em relação ao custo total ótimo de cada um dos itens compreendidos
são:
1 anual
2 semestral
3 quadrimestral
6 bimestral
12 mensal
22 a cada 16 dias
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A = Custo Unitário de Compra;
I = Taxa de Estocagem;
Nsup = Freqüência Superior;
Ninf = Freqüência Inferior.
Exemplo:
Dados: A = R$200,00; I = 30% ; N = Freqüências preestabelecidas;
D = 1080 unidades e P = R$2,00
Conclusão:
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13. MATERIAIS A SE ADMINISTRAR
Entende-se por materiais diretos aqueles que normalmente são incorporados ao produto e
que chegam às mãos do consumidor. Exemplificando, no caso de aparelhos eletrodomésticos
temos como materiais produtivos, embalagem; fios; ânodos (que dão origem as peças cromadas);
borrachas etc.
São estes materiais que mais preocupam a direção de uma empresa, uma vez que
devido ao seu grande volume, correspondem a um grande valor em termos de capital investido.
São aqueles materiais que não saem com o produto, mas que colaboram para a obtenção
dos mesmos. Utilizando o mesmo exemplo dos eletrodomésticos, temos como materiais
indiretos, a areia da fundição; refratários dos fornos; rebolos; ferramentas de corte; catalisadores
de cromação; equipamentos de polimento etc.
a. Materiais de Estoque
São materiais que, pela sua continuidade de uso são mantidos em estoque e, como tal,
controlados e codificados. Para estes materiais deve existir um sistema automático de
reaprovisionamento que determine quando e quanto comprar. Este sistema é o de Ponto de
Pedido e Lote Econômico.
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São materiais de uso eventual e comprados de acordo com a necessidade de determinado
setor da produção. Não são controlados através de fichas de estoque. As compras de materiais de
débito direto são feitas de acordo com as necessidades do setor interessado. Caso haja sobras de
materiais, eventualmente, poderão ser guardados no almoxarifado, sem que isto os caracterize
como materiais de estoque.
Portanto:
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- Grupo C = são os itens mais numerosos, mais baratos e representam a menor
parte do investimento.
1. Escolher os itens que farão parte da amostra a ser analisada ( Esta amostra deverá ser
significativa, quando a classificação não se dá através da análise de todo estoque ).
2. Multiplicar o custo unitário pelo consumo ou demanda no período ( anual ou mensal ), de
cada item;
3. Ordenar, em ordem decrescente, o consumo valorizado;
4. Colocar de maneira ordenada o valor do consumo valorizado acumulado;
5. Determinar as percentagens com relação ao valor total;
6. Determinar as percentagens de cada item, com relação ao total ( visa auxiliar na determinação
ABC );
7. Determinar os itens A; B e C.
Este procedimento pode ser mais facilmente entendido através do seguinte exemplo:
TABELA INICIAL
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TABELA ORGANIZADA POR VALOR DE CONSUMO:
Evidentemente que nos casos reais onde o número de itens é muito maior, este
procedimento seria antieconômico devido ao grande número de operações matemáticas a se
executar, salvo, evidentemente, se pudermos utilizar o processamento de dados. O procedimento
mais aconselhável é de se classificar os itens segundo uma amostragem daqueles mais
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significativos ( quer seja quanto ao valor unitário, quer seja quanto ao consumo ). Efetua-se,
entretanto, uma curva, não para percentagens acumuladas, mas para percentagens diretas com
relação ao valor total do consumo, neste caso, consumo de todos os itens existentes em estoque e
não somente sobre o consumo da amostragem.
Assim, se considerarmos que os itens L1 a L10, representam a amostra do total dos itens
e, o valor total do consumo seja igual a R$250.000,00, estabelecer os novos percentuais para
todo o estoque:
Material Valor Consumo % item
L2 80.000 32,00
L8 40.000 16,00
L5 30.000 12,00
L4 10.000 4,00
L7 8.000 3,20
L1 5.000 2,00
L6 1.000 0,40
L9 700 0,28
L3 500 0,20
L10 300 0,12
Ln 250.000 100,00
Assim, para sabermos qual a classe a que um determinado item pertence, determina-se qual o
valor do consumo e a percentagem com relação ao valor total. Depois compara-se com os
percentuais abaixo e se classifica o item em A; B ou C.
Exercício:
a. Item L20
b. Valor unitário = R$5,00
c. Consumo Anual = 10.000
d. Valor do Consumo = R$50.000,00
e. % com relação ao total do consumo = 20%
- O item L20 é um item de Classe A. ( maior que 12% )
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Observação Prática:
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O problema, na determinação do nível de segurança, é, portanto, minimizar o risco de
ficar sem material antes que a encomenda dê entrada no almoxarifado, associado aos menores
custos. Na verdade, seja qual for o critério adotado, todos, de certa forma, e com as suas
respectivas percentagens de risco, suprem esta exigência. Evidentemente, quanto mais técnico e
criterioso for o método, menores serão os investimentos, as imobilizações e a probabilidade de
ruptura, o que não quer dizer, todavia, que ela não possa ocorrer. Existem, até, itens de material
que, dada a sua pouca expressão financeira em relação ao inventário e ao seu baixo ou nulo custo
de ruptura ( ou de falta ), podem ter os seus estoques dimensionados sem a utilização do nível de
segurança.
O risco, portanto, de falta estará sempre presente em qualquer estoque, por mais preciso
ou elaborado que seja o método empregado, pois todos nada mais conseguem do que uma
simulação aproximada da realidade, isto é, determinam a probabilidade do evento ocorrer ou a
probalidade dele não se verificar. Entretanto, este risco será tanto maior quanto menor for o
estoque de proteção ou quanto mais longo for o intervalo de ressuprimento, conforme veremos
mais adiante, quando discorrermos sobre o sistema de ressuprimento pelo método de revisões
periódicas.
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b. Método da Raiz Quadrada
Este método considera os consumos passados, que são medidos em um gráfico de distribuição
cumulativa da seguinte maneira. Suponhamos que o consumo diário do ano anterior de
determinado material tenha sido de 90, 80, 70, 65, 60, 50, 40, 30, 20 unidades e o número de
dias em que ocorreu esse consumo foi: 4, 8, 12, 28, 49, 80, 110, 44 e 30 respectivamente. Com
esses dados construímos a tabela a seguir e podemos determinar que o consumo médio é de 46
unidades por dia. Um consumo de 70 unidades por dia só ocorrerá em aproximadamente 10%
das vezes. Considerando este número de peças como o consumo máximo, o estoque seria:
Emn = ( 70 - 46 ) x 10
Emn = 24 x 10
Emn = 240
Obs.: este método só poderá ser aplicado quando o TR não for variável.
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Tabela:
1 2 3 4 5
Consumo Nº de dias em que o Produto= 1 x 2 Acumulado % da acumulação
Diário consumo ocorreu
90 4 360 360 2,12
Introdução
Custo médio
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A avaliação feita através do custo médio é a mais freqüente. Tem por base o preço de todas
as retiradas, ao preço médio do suprimento total do item em estoque. Age como um
estabilizador, pois equilibra as flutuações de preços, contudo, a longo prazo, reflete os custos
reais das compras de material. Analisando a ficha que segue e com a ajuda do exemplo, vamos
compreender melhor uma avaliação do custo médio.
Dia NF Qte. R$ un. Total Qte. R$ un. Total Qte. Total Médio
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substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, devendo seu custo real ser
aplicado. Não basta esta forma de avaliação, apesar de sua praticabilidade. Quando o giro dos
estoques ocorre de maneira rápida ou quando as oscilações normais nos custos podem ser
absorvidas no preço do produto, ou quando se dispõe de material que esteja mantido por longo
prazo, esse tipo de avaliação serve também para substituir os estoques. Conseqüentemente, os
estoques são mantidos em contas do ativo, com valores aproximados dos preços atuais de mer-
cado. Exemplo: numa empresa entraram em estoque, no dia 6/5/00, 100 unidades de
determinada peça, ao preço de R$ 15 cada uma; no dia 7/5/00 entraram mais 150 unidades a R$
20 cada uma, no dia 8/5/00 saíram de estoque 150 unidades.
Dia NF Qte. R$ un. Total Qte. R$ un. Total Qte. Total Médio
250 4.500 -
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Último a entrar, Primeiro a sair (Last in, First out.). Este método de avaliação considera
como devendo em primeiro lugar sair as últimas peças que deram entrada no estoque, o que faz
com que o saldo seja avaliado ao preço das últimas entradas. É o método mais adequado a
períodos inflacionários, pois uniformiza o preço dos produtos em estoque para venda no
mercado consumidor. Baseia-se teoricamente na premissa de que o estoque de reserva é
economicamente o equivalente ao ativo fixo. O emprego desse método pela administração de
material, por certo período de tempo, tende a estabilizar o estoque, enquanto é avaliada a
utilização corrente do mesmo, também em função dos preços a fim de que sejam refletidos os
valores e custos do mercado. O quadro e o exemplo a seguir, ajudam na análise do método
UEPS. Exemplo: em uma empresa entraram em estoque, no dia 2/3/00, 150 unidades de
determinada peça ao preço unitário de R$ 15 cada uma; no dia 3/3/00 entraram mais 100
unidades a R$ 20 cada uma, e saíram do estoque, no dia 5/3/00, 150 unidades.
CR = PU + % CR
CR = R$ 25 + Cr$ 3,75 CR = RS 28,75, que é o preço unitário de reposição.
Estudo comparativo
Seja qual for o método utilizado, seja ele o PEPS, o UEPS ou qualquer outro, seu emprego
está condicionado ao tipo de empresa, porque a avaliação do estoque final influi diretamente no
custo dos bens vendidos ou das matérias-primas utilizadas na produção. Qualquer variação no
valor do estoque repercute de imediato nos custos operacionais e conseqüentemente no lucro.
Vamos ilustrar e comparar os dois métodos de avaliação normalmente usados e admitidos pela
legislação fiscal (custo médio e PEPS) mediante preenchimento de fichas de estoque.
Utilizaremos os mesmos dados para ambos os exemplos, a fim de propiciar uma melhor
comparação dos efeitos da aplicação de ambas as técnicas.
No exemplo da Tabela 1, constata-se que em cada entrada no estoque (compra) foi ajustado
o custo médio, mediante o cálculo da média ponderada, baseado no saldo físico, no custo médio
anterior e na quantidade e preço unitário registrado pela entrada. Para o cálculo da média
ponderada, na prática, basta que após o ajuste do saldo físico e monetário, mediante adição da
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quantidade e valor total da entrada aos respectivos saldos anteriores, se divida o valor do estoque
pelo numero de unidades existentes.
No segundo exemplo, reproduzido na Tabela 2, para facilitar a compreensão, foram
desdobrados os lançamentos (saídas e saldos) baseados em preços unitários diferentes, visto que
as saídas devem ser valorizadas pelo preço mais antigo. Em ambos os exemplos consideramos
que a quantidade inventariada "bateu" como saldo da ficha.
Data Histórico Qte. R$ un. Total Qte. R$ médio Total R$ Qte. Total Médio
R$
Data Histórico Qte. R$ unit. Total Qte. R$ unit. Total Qte. R$ unit. R$ total
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02/01 Est. inicio 10 12,00 120,00 10 12,00 120,00
10 15,00 150,00
20 18,00 360,00
10 21,00 210,00
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Nota-se claramente que o método do custo médio é. mais favorável à empresa em relação ao
do PEPS porque enseja um custo operacional maior. Entretanto, ambos os métodos são lícitos e
aceitos pelo Fisco.
Vejamos agora uma comparação entre os métodos FIFO e LIFO; iremos acrescentar outros
valores como custo do produto, preço de venda, a fim de analisar seus efeitos sobre o lucro da
empresa.
Pelo método FIFO, o aumento do custo da peça, causado pelo aumento de preço de R$ 0,50,
reflete um aumento no saldo final de estoque. Pelo LIFO reflete um aumento de custos dos
produtos elaborados e vendidos; logo, com uma redução no lucro.
Os defensores do método LIFO afirmam que ele fornece uma informação de margem de
lucro mais realista, e certos empresários alegam que o lucro disponível é de R$ 4,50, porque,
para seguir operando, custará R$ 3,50 para comprar a peça consumida. Se os R$ 5,00 de lucro
fossem utilizados para outros fins, a empresa teria apenas R$ 3,00 para adquirir a peça que já
custa R$ 3,50. A diferença de R$ 0,50, entre os resultados FIFO e LIFO, é denominada "lucro
no papel", que não é realmente realizado e, logo, não deveria ser reconhecido como lucro.
Em épocas inflacionárias existe uma pressão de aumento nas taxas de juros, aumentos
salariais e uma tentativa de redução nos preços dos produtos acabados a fim de manter um nível
de vendas adequado. A redução da taxa de lucro pelo LIFO, comparada com o FIFO, em uma
situação inflacionária, significa uma renda tributável mais baixa. O uso do método LIFO pode
levar a transferência aos clientes dos custos inflacionários de matéria-prima, quando os preços de
venda forem sensíveis aos custos de produção.
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QUESTÕES E EXERCÍCIOS
1. Qual é o método de custeio de estoque em que as saídas de material durante um período são
custeadas ao último custo de compra?
2. Que método, durante períodos inflacionados, apresenta dados numéricos mais realistas?
3. Qual o método em que o novo custo unitário é determinado depois de cada compra?
4. Em que método as saídas de material durante um período são custeadas ao preço unitário da
média ponderada do fim do período precedente?
5. Em quais métodos ocorre uma relação entre os preços de compra menores e menor lucro
demonstrado?
6. Em que situações se recomendaria o custeio pelo método UEPS e PEPS?
7. A fábrica de televisores Boa Imagem consome a matéria-prima X no seu produto acabado. A
ficha abaixo mostra a movimentação do material X.
QUANTIDADES VALOR
Data Entradas Saídas Saldo Preço Unit. Entradas Saídas Saldo
01/01 - - 100 1,50 150,00
24/01 300 400 1,56 468,00
08/02 80 320
16/03 140 180
11/06 150 330 1,60 240,00
18/08 130 200
06/09 110 90
15/10 150 240 1,70 255,00
29/12 140 100
a) Qual seria o saldo de estoque final em cruzeiros do material X pelo método UEPS, PEPS e
custo médio?
"A arte de comprar está se tornando cada vez mais uma profissão e cada vez menos um jogo
de sorte".
"Em muitos casos não e o custo que determina o preço de venda, mas o inverso. O preço de
venda necessário determina qual deve ser o custo. Qualquer economia, resultando em redução
de custo de compra, que é uma parte de despesa de operação de uma industria, é
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100% lucro. Os lucros das compras são líquidos"
HENRY FORD
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
CONCEITO
- 1 Material Certo
É importante que o comprador esteja em situação de certificar-se se o material comprado, de
um fornecedor está de acordo com o solicitado. O comprador deve, portanto, desenvolver um
"sentido técnico a fim de descobrir eventuais discrepâncias entre a cotações de um fornecedor e
as especificações da Requisição de Compras. O comprador deve ter condições de reconhecer, em
uma eventual alternativa de cotação, uma economia do custo potencial ou a idéia de melhoria do
produto. Evidentemente, em tais circunstancias, a decisão final não será do comprador mas ele
deve ter habilidade para encaminhar aos setores requisitantes ou técnicos da empresa essas
sugestões. Toda vez que uma requisição não for suficientemente clara, o comprador deverá
solicitar esclarecimentos ou, se for o caso, devolvê-la a fim de que seja preenchida corretamente
e de maneira que transmita exatamente o que se deseja adquirir.
Em hipótese alguma o comprador deve der inicio a um processo de compras, sem ter idéia
exata de que quer comprar. Objetivando um melhor conhecimento do que vai comprar, o
comprador, sempre que possível, deverá entrar em contato cem os setores que utilizam ou que
vão utilizar o material ou serviço a ser adquirido, de maneira e se inteirar de todos os problemas
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e dificuldades que poderão ocorrer ou ocorrem quando da utilização do item requisitado.
Em resumo: cada vez mais, hoje em dia, o comprador deve ser um técnico.
- 2 Preço Certo
Nas grandes empresas, subordinado a Compras. existe o Setor de Pesquisa e Análise de
Compras. Sua função é, entre outras, a de calcular o "preço objetivo" do item (com base em
desenhos e especificações) . O cálculo desse "preço objetivo" é feito baseando-se no tempo de
execução do item, na mão de obra direta, no custo da matéria prima com mão de obra média no
mercado; a este valor deve-se acrescentar um valor, pré-calculado, de mão de obra indireta. Ao
valor encontrado deve-se somar o lucro. Todos estes valores podem ser obtidos através de
valores médios do mercado, e do balanço e demonstrações de lucros e perdas dos diversos
fornecedores.
O "preço objetivo" é que vai servir de orientação ao comprador quando de uma
concorrência. No julgamento da concorrência duas são as possíveis situações:
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evidentemente um lucro comedido, e que, portanto, não nos interessa que qualquer fornecedor
tenha prejuízos.
Se a empresa não tiver condições de determinar esse preço objetivo, polo menos, o
comprador deve abrir a concorrência tendo uma idéia de que vai encontrar pele frente. Nessas
circunstâncias, ele deve tomar como base ou o último preço, ou, se o item for um item novo,
deverá fazer uma pesquisa preliminar de preços.
Em resumo: nunca o comprador deve dar início a uma concorrência, sem ter uma idéia do
que vai receber como propostas.
- 3 Hora.Certa
O desenvolvimento industrial atual e o aumente cada vez maior do numero de empresas de
produção em série, torna o tempo de entrega, ou os prazos de entrega, um dos fatores mais
importantes no julgamento de uma concorrência. As diversas flutuações de preços do mercado e
o perigo de estoques excessivos fazem cem que e comprador necessite coordenar esses dois
fatores da melhor maneira possível, a fim de adquirir na hora certa o material para a empresa.
- 4 Quantidade Certa
A quantidade a ser adquirida é cada vez mais importante por ocasião da compra. Até pouco
tempo atras aumentava-se a quantidade a ser adquirida objetivando melhorar e preço; entretanto
outros fatores como custo de armazenagem, capital investido em estoques etc., fizeram com que
maiores cuidados fossem tornados na determinação da quantidade certa ou na quantidade mais
econômica a ser adquirida. Para isso foram deduzidas fórmulas matemáticas objetivando facilitar
a determinação da quantidade a ser adquirida. Entretanto, qualquer que seja, a fórmula ou
método a ser adotado não elimina a decisão final da Gerência de Compras com eventuais
alterações destas quantidades devido as situações peculiares do mercado.
- 5 Fonte Certa
De nada adiantará ao comprador saber exatamente o material a adquirir, o preço certo, o
prazo certo e a quantidade certa, se não puder encontrar uma fonte de fornecimento que possa
agrupar todas as necessidades.
A avaliação dos fornecedores e o desenvolvimento de novas fontes de fornecimento são
fatores fundamentais para o funcionamento de compras. Devido a essas necessidades o
comprador, exceto o setor de vendas da empresa, é o elemento que mantém e deve manter o
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maior numere de contatos externos na busca cada vez mais intensa de ampliar o mercado de
fornecimento. Tão importante é este item que mais adiante vamos tratar com detalhes como
escolher e selecionar novos fornecedores.
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Análise das propostas e escolha
Diligenciamento
Recebimento
OBJETIVO DE COMPRAS
De uma maneira bastante ampla, e que demonstra que a função compras não existe somente
no momento da compra propriamente dita, mas que a mesma possui uma maior amplitude,
envolvendo a tomada de decisões, procedendo análises e, determinando ações que antecedem ao
ato final, podemos dizer que compras tem como objetivo "comprar os materiais certos, com a
qualidade exigida pelo produto, nas quantidades necessárias, no tempo requerido, nas melhores
condições de preço e na fonte certa".
Para que estes objetivos sejam atingidos, deve-se buscar alcançar as seguintes metas
fundamentais:
1 - Atender o cronograma de produção, através do fornecimento contínuo de materiais.
2 - Estocar ao mínimo, sem comprometer a segurança da produção desde que represente uma
economia para a organização.
3 - Evitar multiplicidade de itens similares, o desperdício, deterioração e obsolescência.
4 - Manter a qualidade dos materiais conforme especificações.
5 - Adquirir os materiais a baixo custo sem demérito a qualidade.
6 - Manter atualizado o cadastro de fornecedores.
TIPOS DE COMPRAS
Toda e qualquer ação de compra é precedida por um desejo de consumir algo ou investir.
Existem pois, basicamente, dois tipos de compra:
- a compra para consumo e
- a compra para investimento.
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Enquadram-se as compras de bens e equipamentos que compõem o ativo da empresa
( Recursos Patrimoniais ).
Materiais Produtivos:
São aqueles materiais que integram o produto final, portanto, neste caso, matéria-prima e
outros materiais que fazem parte do produto, sendo que estes diferem de indústria - em função
do que é produzido.
Materiais improdutivos:
São aqueles que, sendo consumido normal e rotineiramente, não integram o produto, o que
quer dizer que é apenas material de consumo forçado ou de custeio.
Em função do local onde os materiais estão sendo adquiridos, ou de suas origens, a compra
pode ser classificada como:
- Compras Locais
- No Exterior ( Importação ).
O comprador envolvido com o mercado externo necessita conhecer fluentemente o idioma
inglês, além de dominar a legislação pertinente, tanto do país importador como do exportador. O
comprador local dispensa essa característica. Portanto, os perfis são totalmente diferenciados.
Compras Locais:
As atividades de compras locais podem ser exercidas na iniciativa privada e no serviço público.
A diferença fundamental entre tais atividades é a formalidade no serviço público e a
informalidade na iniciativa privada, muito embora com procedimentos praticamente idênticos,
independentemente dessa particularidade. As Leis nº 8.666/93 e 8.883/94, que envolvem as
licitações no serviço público, exigem total formalidade. Seus procedimentos e aspectos legais
serão detalhados em Compras no Serviço Público.
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Compras por Importação:
As compras por importação envolvem a participação do administrador com especialidade em
comércio exterior, motivo pelo qual não cabe aqui nos aprofundarmos a esse respeito. Seus
procedimentos encontram-se expostos a contínuas modificações de regulamentos, que
compreendem, entre outras, as seguintes etapas:
a. Processamento de faturas pro forma;
b. Processamento junto ao Departamento de Comércio Exterior - DECEX - dos documentos
necessários à importação;
c. Compra de câmbio, para pagamento contra carta de crédito irrevogável;
d. Acompanhamento das ordens de compra (purchase order) no exterior;
e. Solicitação de averbações de seguro de transporte marítimo e/ou aéreo;
f. Recebimento da mercadoria em aeroporto ou porto;
g. Pagamento de direitos alfandegários;
h. Reclamação à seguradora, quando for o caso.
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- Quanto e Quando comprar? R.-É função direta da expectativa de consumo,
disponibilidade financeira, capacidade de armazenamento e prazo de entrega.
A maior parte das variáveis acima deve ser determinada pelo órgão de material ou
suprimento no setor denominado gestão de estoques.
A disponibilidade financeira deve ser determinada pelo orçamento financeiro da Empresa.
A capacidade de armazenamento é limitada pela própria condição física da Empresa.
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O abastecimento centralizado oferece as seguintes vantagens:
1 - Melhor aproveitamento das verbas para compras.
- A concentração das verbas para compras aumenta o poder de barganha.
2 - Melhor controle por parte da direção.
3 - Melhor aproveitamento de pessoal.
4 - Melhoramento das relações com fornecedores.
SELEÇÃO DE FORNECEDORES
O processo de seleção das fontes de fornecimento não se restringe a uma única ocasião, ou
seja, quando e necessária a aquisição de determinado material.
A atividade deve ser exercida de forma permanente e contínua, através de várias etapas, entre
as quais selecionamos as seguintes:
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O levantamento podera ser realizado através dos seguintes instrumentos:
- Cadastro de Fornecedores do órgão de Compras
- Edital de Convocação
- Guias Comerciais e Industriais
- Catálogos de Fornecedores
- Revistas especializadas
- Catálogos Telefônicos
- Associações Profissionais e Sindicatos Industriais
CADASTRO DE FORNECEDORES
1 - PESOUISA
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eventual Ordem de Compra. Deve-se então solicitar que o fornecedor preencha a Ficha de
Cadastro, bem como anexe, além de seus catálogos, seu último Balanço e Demonstração de
Lucros e Perdas.
Como regra geral existe uma série de requisitos e atribuições que caracterizam um bom
fornecedor, a saber:
Hoje em dia, cada vez mais são feitas exigências quanto á qualidade. Para que o empresário
possa garantir qualidade de seus produtos aos seus clientes, é importante que ele adquira
qualidade. Somente uma visita as instalações do fornecedor é que poderá dar uma garantia de
que o mesmo possui qualidade. Muitas vezes uma extensa relação de instrumentos de medição,
de equipamentos de controle pode não significar nada se eles não forem utilizados ou se forem
utilizados por elementos não habilitados.
É comum, pois, o Setor de Compras solicitar ajuda do pessoal técnico da empresa (caso não
exista o grupo de analistas de compras ), para que seja feita uma visita as instalações do
fornecedor para se constatar seu nível de qualidade.
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Por ocasião da visita mencionada em 2, deve ser feita uma verificação quanto as instalações
do fornecedor, ou seja, deve-se verificar se o mesmo tem equipamentos, máquinas e pessoal para
garantir uma produção contínua. Deve-se verificar também, se ele tem capacidade, ou seja, se
ele possui disponibilidade de produção ou se está cheio de outras Ordens de Compra, o que
poderá significar uma possibilidade de atraso nas entregas.
É importante que seja verificado também se o pessoal técnico do fornecedor possui ou não
qualidade adequada para que possa interpretar desenhos e especificações, bem como, a técnica
de produzir o material ou equipamento que estamos querendo adquirir, de maneira eficiente e
moderna.
Nada pode julgar melhor um fornecedor que sua atuação passada. É mais provável que um
bom fornecedor continue bom, do que um mau fornecedor se torne bom. Informações com
relação á sua atuação passada podem e devem ser obtidas, em bases confidenciais de outros
clientes do mesmo fornecedor. Essas informações, entretanto, devem ser acolhidas com
diplomacia, a fim de não causar repercussões desagradáveis.
A localização de um fornecedor deve garantir pronta comunicação, fácil acesso para fins de
inspeção e apresentar, pelo menos, dois métodos alternados de transporte para a empresa em
questão. Um mau transporte ou transportes periódicos são fatores proibitivos na seleção de um
fornecedor.
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2 - ANÁLISE FINANCEIRA
2.1.3 - Rotação de Estoques = Custo dos Produtos Vendidos : Valor dos Estoques
- De uma maneira geral deve ser superior a 3, pois o mesmo poderá variar de acordo com o
tipo da empresa e sua localização
- Um alto estoque indica falhas no planejamento e uma tendência perigosa para
obsolescência do estoque.
2.1.4 - Rentabilidade
- É um dos fatores mais importantes nos meios empresariais e que vai indicar a habilidade
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da empresa em permanecer nos negócios. O lucro é o objetivo principal de toda empresa.
- Temos duas maneiras de medirmos a rentabilidade de uma empresa:
- Capital de giro é o ativo corrente menos o passivo corrente, é igual ao dinheiro excedente
na empresa no fim do ano fiscal. Se o exigível a longo prazo for maior do que o capital de giro,
a situação não é muito interessante, pois significa que os credores estão financiando o total do
capital de giro. Se o exigível for muito maior, significa que a empresa não possui completamente
seus prédios, equipamentos, instalações etc.
- Consiste no dinheiro e outros bens que, no decorrer dos negócios, serão transformados em
fundos líquidos em um curto prazo.
- Representa os bens mantidos, não para venda, para serem usados nas operações da empresa.
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3.3 - Outros Ativos
- Representam valores menores não classificados nos dois tipos anteriores. Ex: Licenças,
diretos autorais, marca etc.
- São débitos a curto prazo, para serem liquidados dentro de um curto período de tempo,
geralmente um ano.
- São despesas ocorridas no decorrer dos negócios, mas não diretamente ligadas a produção
dos produtos vendidos.
3.8 - Depreciação
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EXERCÍCIO - Balanço Geral encerrado em 31 de dezembro
ATIVO
ATIVO CORRENTE
Disponível:
Caixa e Bancos 4.450.000,00
Realizável a Curto Prazo:
Contas e Duplicatas a Receber 2.386.320,00
Estoques 7.980.735.00
Total do Ativo Corrente 14.817.055,00
Imobilizado:
Imóveis e Equipamentos 35.575.160,00
Depreciação 17.852.140.00
Ativos Líquidos Fixos 17.723.020,00
Outros Ativos 385.180.00
TOTAL 32.925.255.00
PASSIVO
PASSIVO CORRENTE
Exigível a Curto Prazo:
Dividendos a Pagar 549.000,00
Contas a Pagar 3.885.738,00
Imposto de Renda a Pagar 1.171.085,00
Total do Passivo Corrente 5.605.823,00
Exigível a Longo Prazo:
Obrigações a Pagar 13.600.000,00
Reservas:
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Para Compensação de Seguro 55.870.00 13.655.870.00
Total Valores Passivos e Reservas 19.261.693.00
Capital:
Registrado 6.183.200,00
Lucros Suspensos 7.480.362.00
Total do Capital 13.663.562,00
TOTAL 32.925.255.00
DESPESAS:
Custo dos Produtos Vendidos 19.728.384,00
Despesas Diversas 105.097,00
Despesas Gerais e Administrativas 2.427.832,00
Fundo para Depreciação 1.459.092.00
Total das Despesas 23.720.405,00
Lucros e Perdas:
Fundo p/ recolhimento de Imposto de Renda 1.958.139,00
Dividendos a Distribuir 1.595.323.00
Total 3.553.462,00
Lucros Suspensos deste Exercício 1.266.813,00
Lucros Acumulados no Exercício Anterior 6.213.549.00
Saldo para o Exercício Seguinte 7.480.362,00
TOTAL 34 .754.229,00
RECEITAS:
Saldo do Exercício Anterior 6.213.549,00
Vendas 28.257.185,00
Rendas Diversas 283.495,00
TOTAL 34.754.229,00
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QUESTIONÁRIO CONFIDENCIAL DE FORNECEDORES
ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA
B - Tipo de organização
a) Sociedade Anônima ( )
b) Sociedade Limitada ( )
e) outros (indicar) - ______________________________
C - Dirigentes da empresa
- Presidente:
- Vice-Presidente:
- Tesoureiro:
- Gerente de Produção:
- Gerente de Qualidade:
- FINANÇAS
A - Vendas anuais aproximadas:
B - Bancos:
PESSOAL
1º turno 2º turno
Escritório:
Fabrica:
Produtivos:
Não Produtivos:
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TOTAL:
- PRODUÇÃO
- INSTALAÇÕES
A - Área coberta em metros quadrados
Fabricação:
Inspeção:
Armazenagern:
Ferramentaria:
Escritórios:
Laborat6rio:
TOTAL:
Data: _________________
Ass.: _____________________________
Cargo: _____________________________
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OPERAÇÃO DO SISTEMA DE COMPRAS
Introdução
a) Sistema de compras a três cotações: tem por finalidade partir de um número mínimo de
cotações para encorajar novos competidores. A pré-seleção dos concorrentes qualificados evita o
dispêndio de tempo com um grande número de fornecedores, dos quais boa parte não teria
condição para fazer um bom negócio.
b) Sistema de preço objetivo: o conhecimento prévio do preço justo, além de ajudar nas
decisões do comprador, proporciona uma verificação dupla no sistema de cotações. Pode ainda
ajudar os fornecedores a serem competitivos, mostrando-lhes que suas bases comerciais não são
reais e que seus preços estão fora de concorrência. E garante ao comprador uma base para as
argumentações nas discussões de aumentos de preço e nas negociações de distribuição da
porcentagem.
c) Duas ou mais aprovações: no mínimo duas pessoas estão envolvidas em cada decisão da
escolha do fornecedor. Isto estabelece uma defesa dos interesses da empresa pela garantia de um
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melhor julgamento, protegendo o comprador ao possibilitar revisão de uma decisão individual.
Não fosse só esta razão, poder-se-ia acrescentar mais uma: o sistema de duas aprovações permite
que os mesmos estejam envolvidos pelo processamento da compra, uma vez que a sua decisão
está sujeita a um assessoramento ou supervisão.
d) Documentação escrita: a presença de muito papel pode parecer desnecessária, porém fica
evidente que a documentação escrita anexa ao pedido, além de possibilitar, no ato da segunda
assinatura, o exame de cada fase de negociação, permite a revisão e estará sempre disponível
junto ao processo de compra para esclarecer qualquer dúvida posterior.
Solicitação de Compras
Coleta de preços
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comprador fixa também diversas condições para o fornecedor. Vejamos algumas das condições
mais usuais que são feitas pelos fornecedores:
1) As propostas ficam sujeitas a confirmação.
2) Os preços indicados sáo líquidos, para entregas na fábrica.
3) Em casos de atrasos na entrega das mercadorias sem culpa do fornecedor, as datas dos
pagamentos permanecerão as mesmas, como se a entrega tivesse sido feita na data devida. Se as
condições de pagamento, inclusive as relativas ao reajuste de preços, não forem observadas além
da correção monetária, a ser calculada com base no índice conjuntural, publicado pela F.G.V., e
proporcional ao atraso ocorrido, o comprador ficará sujeito ao pagamento de multa moratória de
1% ao mês sobre as importâncias devidas sem necessidade de qualquer interpelação, judicial ou
extrajudicial.
O comprador não pode suspender ou reduzir os pagamentos, baseado em reclamações não
reconhecidas como procedentes pelos vendedores. Se, por ocasião do término da fabricação, não
for possível o despacho do material, por motivos alheios à vontade do fornecedor, efetua-se o
respectivo faturamento, correndo a armazenagem por conta exclusiva do comprador.
O pagamento inicial efetuado pelo comprador mesmo sem o envio do pedido traduz a
concorrência tácita do volume do fornecimento, das características técnicas e das condições
constantes da proposta. Consistindo o pedido em várias ou diferentes unidades, assiste-nos o
direito de fornecer e faturar cada unidade separadamente. As duplicatas extraídas em
conformidade com as condições de pagamento ajustados devem ser aceitas nos termos da
legislação em vigor. Um eventual reajuste de preço deverá ser pago contra apresentação da
respectiva fatura.
4) Os prazos de fabricação são geralmente indicados na proposta em dias úteis de trabalho,
de acordo com a programação estimada na data da proposta; portanto, para que tenha validade
por ocasião da encomenda, os prazos devem ser expressamente confirmados. O prazo de
fabricação deverá ser contado a partir da data do recebimento do sinal e da primeira parcela do
preço de venda ou da data de nossa confirmação, por escrito, do pedido de fornecimento, quando
tal condição for expressamente aceita por nós.
O prazo, inclusive para efeito do cálculo do reajuste de preço, ficará prorrogado de tantos dias
quantos forem os dias da mora no pagamento das prestações ajustadas ou nos casos de qualquer
das seguintes ocorrências:
Informações, documentação e esclarecimentos pedidos ao comprador, a pessoas ou
entidades indicadas pelo mesmo comprador, e não respondidos ou entregues no devido
tempo.
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Atrasos por motivos de força maior, tais como guerra, revolução, motim, perturbação da
ordem, epidemias, inundações, incêndio, explosão, greves e, de modo geral, geral,
acontecimentos fortuitos, alheios à vontade, inclusive falhas de fabricação e impossibilidade na
obtenção de matérias-primas.
5) Salvo o que diferentemente for estabelecido, a entrega do material é efetuada na fábrica.
O material, uma vez pronto, total ou parcialmente, deverá ser retirado logo após o aviso. Na
impossibilidade da retirada do mesmo, por motivos independentes à vontade do fornecedor,
reserva-se o direito de despachá-lo ao endereço do comprador, por sua conta e risco, ou de
armazená-lo igualmente por sua conta e risco, mantendo-o à distância do mesmo, sendo
considerado entregue. Os vencimentos para efeito de pagamento, são contados a partir da data do
aviso de disponibilidade.
6) Exceções ou modificações dessas "Condições Gerais" somente serão válidas quando forem
aceitas por escrito. Na existência de condições de compra estabelecidas pelo comprador,
contrárias às condições gerais, prevalecem estas últimas.
Pedido de compra
É bastante comum que no verso do Pedido de Compra cada empresa registre as suas
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condições de compra, que são características especiais da estrutura de Cada empresa e da sua
política de compras. Essas condições poderiam ser de maneira geral as seguintes:
1. As mercadorias deverão ser entregues absolutamente dentro do prazo combinado. A não-
observância da presente cláusula garante-nos o direito de cancelar este Pedido de Compra, em
todo ou em parte, sem qualquer prejuízo de nossa parte.
2. Todo material fornecido deverá estar rigorosamente de acordo com o nosso pedido no que
se refere a especificações, desenhos etc, e sua aceitação É condicionada a aprovação de nossa
Inspeção. Em caso de rejeição será colocado à disposição, por conta e risco do fornecedor, ate
sua retirada. Qualquer despesa de transporte, relativa a materiais assim rejeitados, correrá por
conta do fornecedor.
3. Reservamo-nos o direito de recusar e devolver, às custas do fornecedor, qualquer parcela
de material recebido em quantidade superior àquela cujo fornecimento foi autorizado pela
presente.
4. A presente encomenda não poderá ser faturada por preços mais elevados do que aqueles
aqui estabelecidos, salvo prévia modificação e posterior consentimento de nossa parte.
5. Não serão aceitas responsabilidades de pagamento referentes a transportes, embalagem,
seguros etc., salvo se especificamente autorizados pela presente.
6. Qualquer débito resultante de pagamento por parte do fornecedor sobre transportes,
embalagem, seguro etc., quando autorizado, deverá ser corretamente documentado junto à fatura
correspondente ao fornecimento feito.
7. Fica expressamente entendido que o fornecedor será considerado estritamente responsável
por qualquer obrigação ou ônus resultante da venda ou fabricação de qualquer dos itens deste
Pedido de Compra que viole ou transgrida qualquer lei, decreto ou direitos de patentes e de
copyright ou marcas registradas.
8. Não assumimos qualquer responsabilidade por mercadorias, cujas entregas não tenham
sido autorizadas por um Pedido de Compra devidamente aprovado ou que, de qualquer modo,
não estejam de acordo com os termos e condições supra-estabelecidas.
9. Garanta a possibilidade de novos pedidos respeitando o estabelecido nos itens acima.
Pedimos em benefício recíproco avisar-nos por telefone, telegrama ou carta sobre qualquer
dilatação que venha a sofrer o prazo de entrega originalmente fixado ou sobre sua
impossibilidade de cumprir qualquer das cláusulas acima.
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qualquer negociação combinada anteriormente constante no Pedido de Compra. Para evitar
comunicações extensas e periódicas, lança-se mão de uma carta-padrão onde está englobada
todas as irregularidades que porventura venham a acontecer.
A NEGOCIAÇÃO
Introdução
Negociação não é uma disputa em que uma das partes ganha e a outra tem prejuízo. Embora
elementos de competição estejam obviamente ligados ao processo, ela é bem mais do que isso.
Quando numa negociação ambas as partes saem ganhando, podemos então afirmar que houve
uma boa negociação. Saber negociar é uma das habilidades mais exigidas de um comprador.
Como um bom negociador não nasce feito, é preciso desenvolvê-lo, participando de
seminários, cursos e lendo a bibliografia especializada. Como seria um perfil do negociador
ideal? Na verdade, não existe um modelo único e infalível, mas um conjunto de habilidades e
técnicas desejáveis, todas passíveis de desenvolvimento e igualmente importantes. Existem
especialistas que consideram impossível um indivíduo possuir todas as características necessárias
a um bom negociador e defendem a importância da negociação em equipe, onde as deficiências
de um seriam compensadas pelas qualidades dos outros. Um fator muito importante é o assunto
ou o objeto negociado, pois é de importância fundamental que o bom negociador domine as
características do bem ou do contrato negociado.
Fundamental também é ter conhecimento interpessoal dos negociadores, ou seja, identificar
qual estilo de cada um, suas forças e fraquezas, suas necessidades e motivações. No processo de
negociação, a habilidade técnica tem merecido mais atenção do que a interpessoal, embora elas
tenham peso igual no sucesso da negociação. De nada adiantará seguir corretamente as etapas
que compõem o processo de negociação, se o negociador não tiver identificado o seu próprio
estilo e o do outro, e não souber criar um clima de boa vontade e confiança mútua.
Basicamente qualquer processo de negociação obedece a seis etapas que precisam ser
cumpridas com igual cuidado para que o resultado final seja positivo. Dificuldades não
superadas em qualquer delas podem comprometer os objetivos estabelecidos. São as seguintes:
a) Preparação: Onde se estabelecem os objetivos que devem ser alcançados de forma ideal e
os que a realidade permitirá atingir. Para isso é importante que se reflita a respeito do
comportamento presumível do outro negociador e do que ele estará pensando a seu respeito. ~
muito importante que sempre se espere resultado positivo e que se consiga transmitir essa
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expectativa.
b) Abertura: esta etapa serve para reduzir a tensão, consolidar o objetivo, destacar um
objetivo mútuo e criar um clima de aceitação. Uma conversa descontraída, com observações
sobre o próprio local e perguntas sobre o companheiro de negociação, ajuda a reduzir a tensão.
Depois, deve-se esclarecer muito bem que se está ali para resolver um problema, satisfazer uma
necessidade, permitindo que o outro se predisponha a responder às perguntas que fará. E preciso
ainda destacar os benefícios que serão obtidos no trabalho conjunto.
c) Exploração: aqui precisa-se verificar se a necessidade detectada durante a etapa da
preparação é verdadeira e isso só pode se obtido por meio de perguntas objetivas, mas jamais
ameaçadoras. Esse processo estabelece uma reciprocidade psicológica em que as pessoas tendem
a tratar os outros da mesma forma como são tratadas por eles. Se estamos interessados e
preocupados com o outro, são grandes as chances de que ele também se interesse quando
apresentarmos nossos produtos, serviços e idéias.
Esta fase é muito importante, pois, uma vez obtida a anuência do outro, antes de detalharmos
nossos produtos, serviços ou idéias, teremos alcançado 50% da ação final. Se, ao contrário, não
houver concordância nessa fase ou o que tivermos para oferecer não resolver o problema do
outro, a negociação não deve prosseguir. Será melhor deixar a porta aberta para nova
oportunidade.
d) Apresentação: nessa etapa, deve ser feito o relacionamento dos objetivos e expectativas
iniciais com as necessidades da outra parte. Quanto mais fornecemos condições para que o outro
faça a ligação entre proposição, sentimento e necessidade, mais proveitosa será essa etapa.
e) Classificação: precisamos considerar as objeções levantadas como oportunidades para
fornecer mais informações. Isso sempre demonstra interesse, pois, se ele não existir, o outro
sequer fará objeções. O processo de clarificação consiste em ouvir atentamente as objeções;
aceitar não a objeção em si, mas o sentimento ou a lógica existente por detrás dela e mostrar ao
outro que a entendemos.
f) Ação final: é a procura de um acordo ou decisão. Vale a pena lembrar que as pessoas
compram um produto ou uma idéia com ajuda e não com empurrão, mas isso não quer dizer que
ela tome a decisão sozinha. O negociador que faz isso geralmente fracassa.
Características
E claro que a negociação pode ser bem facilitada se houver confiança no relacionamento dos
negociadores. Gerar confiança é muito importante no processo e existem alguns atos que devem
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ser evitados. O negociador não deve jamais ser impessoal, selecionar comportamentos "dentro
do figurino" porque São corretos, enfatizar relações profissionais (empresa x cliente, patrão x
empregado), tratar o outro como cliente, empregado ou colega ou como pessoa que necessita de
ajuda, preocupar-se em mudar, curar ou melhorar o indivíduo deficiente, concentrar-se em
abstrações, generalidades ou princípios, concentrar-se em julgamentos morais e avaliação,
concentrar-se nas limitações da outra pessoa, preocupar-se com punições e prêmios, empregar
terminologia de medo, risco, precaução e conservação, concentrar-se em palavras, semântica e
modo de falar.
Ver a negociação como um processo contínuo no qual nenhum item é imutável, mesmo
após o acordo final e a assinatura do contrato.
Ter mente aberta.
Estar alerta para suas necessidades pessoais e do seu negócio, da mesma forma que não se
descuida das necessidades de seu oponente.
Ser flexível e capaz de rapidamente definir metas e interesses mútuos.
Não tentar convencer o oponente de que o ponto de vista dele está errado e deve ser
mudado.
Desenvolver alternativas criativas que vão ao encontro das necessidades de seu oponente.
Ser cooperativo porque a cooperação possibilita um clima propicio para a solução de
problemas, em harmonia.
Ser competitivo porque isso pode contribuir para estimular as duas partes a serem mais
eficientes na procura de benefícios mútuos desejados.
Compreender que a manipulação de pessoa é incompatível com as metas de harmonia
resultante da cooperação e competição.
Atingir Os próprios objetivos e, ao mesmo tempo, fazer contribuições significativas para
alcançar as metas da organização.
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 92
negociador. As características principais de cada um desses estilos são:
1. Catalisador: pessoa criativa, sempre com novas idéias, entusiasta dos grandes
empreendimentos. As vezes é considerada superficial e irreal. Para causar impacto junto a ela é
preciso apelar para aspectos de novidade, singularidade, liderança e disponibilidade.
2. Apoiador: pessoa que considera seres humanos muito mais importantes que qualquer
trabalho e gosta de trabalhar em equipe, agradar os outros e fazer novos amigos. Ás vezes é
considerada incapaz de cumprir prazos desenvolver projetos, enfim esse tipo de pessoa é
encarado mais como missionário do que como executivo e, para causar-lhe impressão, deve-se
mencionar harmonia, ausência de conflitos, garantia de satisfação e realização a quatro mãos.
3. Controlador: pessoa que toma decisões rápidas, é organizada, concisa, objetiva, com
sentido de urgência. Muitas vezes é considerada insensível aos outros. Como argumento de
negociação deve-se usar tudo que se relacionar com metas, resultados e ganhos de tempo e
dinheiro.
4. Analítico: pessoa que gosta de fazer perguntas, coletar dados; é perfeccionista e muito
detalhista. Fornecer-lhes dados disponíveis, alternativas para análise, decisões seguras e
pesquisas ajudará bastante na negociação.
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 93
4. Procure sempre fazer perguntas que demandam respostas além do simples sim ou não.
5. A dimensão confiança é importantíssima no processo de negociação; procure ter atitudes
geradoras de confiança em relação ao outro negociador.
6. Evite fazer colocações definitivas ou radicais.
7. Nunca encurrale ou pressione o outro negociador. Sempre deixe uma saída honrosa; não
obstrua todas.
8. Toda pessoa tem seu estilo de negociação e determinado tipo de necessidade e motivação;
ao negociar lembre-se dessas diferenças.
9. Saiba ouvir e procure não atropelar verbalmente o outro negociador.
10. Procure sempre olhar os aspectos positivos do outro negociador; observe suas forças,
evita concentrar-se em suas características negativas de comportamento, em suas fraquezas,
porque ele pode perceber.
ANÁLISE DE VALOR
Conceito e Uso
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 94
Concluiu então que não só era possível fabricar a peça, como também altamente econômico.
As empresas, muitas vezes, adquirem de terceiros certos produtos que estão capacitadas para
produzir internamente ou para adquirir condições e meios de produzi-los, com custos menores
do que os de aquisição; essas situações podem ocorrer não só como má interpretação de custos,
como também por políticas tradicionalistas excessivamente apegadas aos seus métodos de
trabalho. A decisão de comprar ou produzir internamente constitui um dos casos clássicos de
análise marginal, bastando para tal compararmos o preço de compra desses elementos com o
custo dos mesmos, se fossem produzidos internamente; se o preço de compra for maior do que o
custo de produção interna, a empresa deverá alterar a sua política, em favor da segunda opção.
Embora seja conclusão bastante óbvia, na realidade têm sido tomadas decisões erradas nesse
campo, simplesmente por uma escolha e determinação inadequada do custo de produção interna.
As fases corretas para o estudo seriam basicamente as seguintes:
Ocorrem casos em que a situação inversa também se verifica, em que as empresas procuram
manter a produção interna de certos produtos, quando seria muito vantajoso adquiri-los
externamente. A sistemática de análise nesse caso é essencialmente idêntica à anterior; deve-se
comparar o custo de produção desses produtos com o custo de compra correspondente. Se o
custo de compra for superior ao da produção, a política atual é acertada, caso contrário dever-se-
á comprar o produto externamente.
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 95
contratada sob regime de empreitadas é geralmente utilizada pela empresa em situações de
trabalho não uniformes, sobrecargas ocasionais de produção ou, então, em trabalhos
especializados que à primeira vista não justificam a manutenção permanente de uma força de
trabalho. A análise marginal, no estudo dessa opção, procura determinar o que é mais vantajoso
para a empresa, do ponto de vista dos Custos. Obviamente Contratar serviços envolve um custo
variável; contratar empregados fixos de trabalho implica aumento de custo fixo.
Políticas tradicionalistas, muitas vezes, mantêm forças de trabalho realizando certas tarefas
improdutivas; o inverso também é verificado quando se constata a contratação sistemática de
contingentes de mão-de-obra ou de outros serviços sem se verificar se não seria mais econômica
a manutenção de um Contingente permanente com as especializações requeridas, no corpo de
funcionários da empresa.
Uma boa forma de analisar e concluir a respeito de uma decisão de lazer ou comprar é
consultar uma lista de verificação todas as vezes que se tiver de escolher uma ou outra forma.
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 96
Caso de Fabricação Interna
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 97
FORNECEDORES A B C
1 parcela - contra entrega - 20.000 40.000 10.000
2 parcela - 30 dias após - 20.000 - 10.000
3 parcela - 60 dias após - 20.000 30.000 20.000
4 parcela - 90 dias após - 20.000 - 20.000
5 parcela - 120 dias após - - - 20.000
6 parcela - 150 dias após - - - 10.000 150
dias após 10.000
7 parcela - 180 dias após - 20.000 30.000 10.000
TOTAL - 100.000 100.000 100.000
Se considerarmos que os juros São de 2% ao mês e que os três fornecedores têm a mesma
capacidade técnica, mesmos prazos e mesma qualidade, sob o critério econômico financeiro,
qual deveria ser o fornecedor escolhido?
E óbvio que para a empresa o custo da compra deve ser o menor possível. A prazo o custo é
de $100.000; entretanto, em certa data, por exemplo, no início da fabricação, cada proposta terá
um valor atual. O menor desses valores atuais corresponderá a melhor opção para a empresa, já
que o dinheiro apresenta um juro i = 0,02/mês.
PA. = R$ 95.563,68
Valor atual da proposta do fornecedor B
PB = 40.000 + 30.000 + 30.000 = R$ 95.631,66
1+0,02x2 1+0,02x6
Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais - ICSP / FESP - Prof. Antonio Carlos Morozowski 98
P.C = R$ 94.440,58
Portanto, a escolha do comprador, pelas premissas adotadas, deverá recair sobre o fornecedor
C, que apresentou menor valor atual para as condições de pagamento.
2. Para um fornecedor tradicional de peças usinadas, qual será a melhor forma da venda de
um lote dessas peças:
a) pagamento a vista por $ 34.000? ou
b) faturar em 30, 60 ou 90 dias, valendo $12.000 cada duplicata, se a taxa de juros mensal do
mercado é de 2% ao mês?
Considerando o problema a juros simples, é claro que a melhor opção será aquela que
apresentar o maior valor atual.
P = $ 34.623,91
Portanto, é mais vantajoso para o fornecedor a venda em faturamento a 30/60/90 dias, pois,
dessa forma, à taxa de juros simples de 2% ao mês, o valor atual deste esquema será de $
34.623,91, superior ao pagamento a vista de $ 34.000. É claro que para o comprador o melhor
seria o pagamento a vista. Neste caso, o critério da verificação de melhor opção seria o do menor
valor atual.
ANEXO I
a - toda solicitação de preço e serviço deve ser feita pelo Departamento de Compras;
b - os vendedores semente poderão ser recebidos por outros setores da empresa se
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autorizados por Compras;
c - se, para complementação de detalhes técnicos, for necessária a convocação de um
vendedor por um setor técnico ou de produção, esta convocação devera ser feita através de
Compras;
d - nenhum funcionário não pertencente ao setor de Compras poderá entrar em contato com
vendedores e lhes fornecer detalhes de fabricação e preços de outros fornecedores;
e - toda correspondência para fornecedores deve ser feita através de Compras. Para alguns
casos, de assuntos técnicos especiais, pode haver uma delegação de poder mas, Compras devera
receber cópia da correspondência enviada;
f- O Departamento de Compras deve ter inteira. liberdade de questionar a qualidade e o
tipo do material requisitado;
g - sob nenhuma circunstancia, fornecedores poderão executar serviços, na empresa, sem a
existência de documento escrito que possa dar uma proteção a empresa quanto a futuras
reclamações.
ANEXO II
OBJETIVOS
A Divisão de Compras é responsável pela obtenção de materiais, peças,
equipamentos e serviços essenciais a operação das atividades da companhia. Seus
objetivos são:
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a) desenvolver e manter forças adequadas de suprimentos;
b)assegurar que materiais, peças, equipamentos e serviços cheguem a tempo nos locais e em
quantidade e qualidades certas;
c) obter, para todas as compras, os menores Custos que a quantidade, qualidade e segurança o
permitirem;
d) promover e manter boas relações com os fornecedores;
e) apresentar recomendações, visando a melhoria e a redução de custos, aos setores
interessados;
f) desenvolver e manter um staff de compradores;
g) Informar os setores da companhia sobre tendências do mercado e prováveis efeitos no
suprimento e preço dos materiais.
Seleção de fornecedores:
a) os fornecedores devem ter boa reputação, posição financeira e instalações adequadas para
cumprir os contratos. Antes de qualquer negociação, um relatório financeiro adequado deve ser
obtido, a menos que se trate de fornecedor com reputação nacional;
b) todos os esforços devem ser concentrados em fornecedores que possam fornecer a baixos
custos;
c) as cotações devem ser solicitadas, no mínimo, para três fornecedores, a menos que não
existam mais, ou, se trate de uma compra de emergência;
d) a mais baixa cotação dentre os fornecedores que possuam qualidade, facilidade de
fabricação e rapidez de entrega, deverá ser aceita;
e) sempre que possível devera haver mais de um fornecedor para cada material.
Contratos:
a) todas as negociações entre a IBM e seus fornecedores deverão ser feitas através ou com o
apoio da Divisão de Compras;
b) todo e qualquer acordo com os fornecedores devera ser feito, por escrito, pela Divisão de
Compras;
c) O Departamento Legal da IBM deverá ser sempre consultado no caso de dúvidas legais.
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Deveres do Setor de Compras
Pesquisas:
Execução:
a) verificar cotações;
b) analisar cotações;
c) programar compras e entregas,
d) entrevistar fornecedores;
e) negociar contratos;
f) emitir Pedidos de Compra;
g) verificar condiç3es legais de contratos;
h)manter correspondência com fornecedores;
i) efetuar acordos com fornecedores.
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COMPRAS NO SERVIÇO PÚBLICO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nas empresas estatais e autárquicas, Como também no serviço público em geral, ao contrário
da iniciativa privada, as aquisições de qualquer natureza obedecem a Lei nº 8.666, de 21-6-1993,
alterada pela Lei nº 8.883, de 8-6-1994, motivo pelo qual tornam-se totalmente transparentes.
Assim, a diferença entre os tipos de compras é a formalidade no serviço público e a
informalidade na iniciativa privada. Independentemente dessa particularidade, os procedimentos
são praticamente idênticos, motivo pelo qual serão apresentadas as diferenças substanciais,
culminando com exemplos de Editais de Licitação.
Em virtude dos aspectos jurídicos que envolvem os instrumentos legais, este Capítulo
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procura sintetizá-los em seus aspectos mais importantes e significativos.
Em face do exposto, para se aquilatar as diferentes maneiras de tratamento, apresentamos os
dois modelos de edital, elaborados de conformidade com a legislação mencionada, concernentes
às empresas Sabesp, obtidos mediante pesquisa de nossos alunos, e Comissão Nacional de
Energia Nuclear, obtidos por meio de sua home page (http://www.ipen.br) na Internet.
Atualmente, grande parte das unidades administrativas já disponibiliza suas licitações por
meio da Internet, desde o Edital até resultados do julgamento, tornando ainda mais transparente
o processo.
Em face da transparência e do volume de negócios, o Governo Federal tem disponibilizado
na página http://www.mare.gov.br vários segmentos de interesse, participando o conteúdo da
legislação em vigor, informando os Valores-limite e a finalidade do Cadastro Unificado de
Fornecedores, como também oferecendo consultas sobre licitações, fornecedores e catálogo de
material/serviço.
Independentemente das notícias oficiais, já existem empresas estruturadas e especializadas na
prestação de serviços de informações e consulto ria sobre licitações, algumas das quais abaixo
relacionadas.
a. Cilico, http://www.cilico.com.br.
b. Selic Serviço de Licitações, http://~ww.ism.com.br/~se1ic.
c. WEB Conc. e Licitações Públicas, http://www.hpp.com.br.mpresa.
d. Sistema RCC, http ://www.rcc.com.br.
e. NET Licitação, http ://www.licitacao.com.br.
A natureza dos serviços dessas empresas será exemplificada por meio do modelo da CILICO
- Central Internacional de Licitações e Cotações, Administração RNF & Associados, telefones:
(0_ 11) 835-9981 ou 3641-6352, E-mail: rnf@cilico.com.br.
Nessa opção, o campo principal de pesquisa é o objeto do edital a ser procurado. A utilização
se dá quando se quer procurar direto pelo tipo de produto.
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1.2 Pesquisa por data de entrada
Nessa opção, a pesquisa será realizada de acordo Com a data de entrada do edital no sistema.
A utilização se dá quando se quer obter informações relativas a um período em especial ou para
recuperar as informações desde seu último acesso.
Nessa opção, a pesquisa será realizada por meio da informação de qualquer palavra-chave, a
ser procurada nos principais campos de pesquisa (órgão, empresa, cidade, objeto, produto etc.)
contidos no Banco de Dados Cilico. A utilização se dá quando há interesse em uma palavra
especial, por exemplo micro. Retornarão os editais em que conste tal palavra.
2.1 Conceito
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de selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetros preestabelecidos e
divulgados.
2.2 Finalidade
A licitação tem por finalidade propiciar igualdade de oportunidades entre aqueles que
desejam contratar com a Administração Pública, nos padrões previamente definidos, sempre
como importante fator de eficiência e moralidade nos negócios públicos.
Princípios
Para não descaracterizar e invalidar seu resultado seletivo, o Instituto da Licitação deve ser
pautado nos seguintes princípios básicos:
a. igualdade: princípio primordial da licitação, consagrado na Constituição de 1988,
descarta a discriminação entre seus participantes, pois não pode haver procedimento
seletivo com discriminação dos participantes, ou com cláusulas do convocatório que
afastem eventuais proponentes qualificados ou os desnivelem no julgamento. Esse
princípio veda cláusulas ou o julgamento faccioso que desiguala os iguais ou iguala os
desiguais, favorecendo uns em detrimento de outros, com exigências inúteis para o
serviço público, mas com destino certo a determinados candidatos;
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d. procedimento formal: esse princípio significa que a licitação está vinculada às prescrições
legais que regem em todos os seus atos e frases. Não só a lei, mas também o regulamento, as
instruções complementares e o edital pautam o procedimento da licitação. Vinculado à Admi-
nistração e aos licitantes e a todas as exigências, desde a convocação dos interessados até a
adjudicação do vencedor;
g. julgamento objetivo: é princípio de toda licitação que seu julgamento se apóie em fatores
concretos pedidos pela Administração em confronto com o ofertado pelos proponentes dentro do
permitido pelo edital. Na licitação, a margem de valoração subjetiva e de discricionarismo no
julgamento é reduzida e delimitada pelo estabelecimento no edital, levando sempre em
consideração o interesse do serviço público e os fatores qualidade, rendimento, eficiência,
durabilidade, preço, prazo e financiamento;
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3.1 Definição
A finalidade precípua da licitação será sempre a obtenção de seu objeto, ou seja, um serviço,
uma compra, uma alienação, uma locação, uma concessão ou uma permissão, nas melhores
condições para o Poder Público. O objeto deve ser convenientemente definido no instrumento
convocatório, sob pena de se dificultar ou até mesmo impedir a execução do conseqüente
contrato.
A definição do objeto é condição indispensável de legitimidade da licitação, sem a qual não
pode prosperar o procedimento licitatório, qualquer que seja a modalidade sob pena de tornar-se
inviável a formulação de ofertas, bem como seu julgamento, e irrealizável o contrato
subseqüente.
A inexistência de projeto básico ou de especificação detalhada acarretará a anulação dos
contratos realizados e a responsabilização de quem lhes tenha dado.
Entre as disposições específicas para a contratação de obras e serviços, em seu art. 60, a Lei
ri0- 8.666/93 conceitua os projetos básico e executivo a serem seguidos:
3.2 Obras
3.3 Serviço
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Serviço, para fins de licitação, é toda atividade prestada para a Administração para o
atendimento de suas necessidades ou de seus administrados. O que caracteriza o serviço e o
distingue da obra é a predominância da atividade sobre o material empregado.
Ao conceituar serviço, a lei enumera exemplificadamente os mais freqüentes, como
demolição, fabricação, conserto, instalação, montagens, operação, reparação, manutenção,
transporte, comunicação ou trabalhos técnico-profissionais.
Para fins de licitação, é necessário distinguir os serviços comuns, os serviços técnico-
profissionais generalizados e técnico-profissionais especializados.
3.4 Compra
4.1 Concorrência
Concorrência é a modalidade de licitação própria para contatos de grande porte, com limites
sujeitos a revisões periódicas, em que se admite a participação de outros interessados, que na
fase de habilitação preliminar satisfaçam às condições de qualificação previstas no edital para a
execução de seu objeto.
A habilitação preliminar é formalidade essencial da concorrência, destinando-se a comprovar
a plena qualificação dos interessados para a execução de seu objeto, de acordo com as condições
específicas do edital. É na verificação da idoneidade dos concorrentes, sob o quádruplo aspecto
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jurídico, fiscal, técnico e financeiro.
A idoneidade dos concorrentes deverá ser apreciada e decidida necessariamente antes da
abertura das propostas, não se admitindo a recusa de proponentes sob o pretexto de idoneidade
depois de conhecidas as ofertas, salvo em razão de fatos evidentes ou só revelados após o
julgamento, os quais poderão acarretar a desclassificação da proposta do participante. Qualquer
concorrente poderá impugnar a idoneidade do outro, mas deverá fazê-lo no momento próprio,
que é o da habilitação, isto é, na fase em que se examina a documentação dos interessados, sendo
incabível de reclamação posterior.
A habilitação preliminar e o julgamento da concorrência são feitos obrigatoriamente por
comissão composta de no mínimo três membros, sendo que dois destes deverão ser pertencentes
aos quadros permanentes dos órgãos da Administração.
4.3 Convite
A Tabela Limites de Valor para Licitação, ilustrada na Figura abaixo, demonstra os diferentes valores
praticados a partir de 28-5-1998 e de acordo com cada modalidade.
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ATÉ R$8.000 ATÉ R$15.000
LIMITES DE
ART. 24 INCISO II ART. 24 INCISO I -
DISPENSA
ALÍNEA C ALÍNEA C
6 EDITAL DE LICITAÇÃO
A empresa que pretende fornecer bens e serviços deve cadastrar-se na unidade administrativa
respectiva, por meio de requerimento. O cadastramento é realizado mediante a apresentação de
documentação inerente à habilitação jurídica e regularidade fiscal do interessado, e também da
documentação comprobatória de qualificação econômico-financeira.
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d. decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em
funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento, expedido pelo
órgão competente, quando a atividade assim o exigir.
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c. Certidão Negativa de Débito (CND), expedida pelo Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS);
d. prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, do domicílio
ou sede de licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;
e. Certidão de Regularidade de Situação (CRS), do FGTS, emitida pela Caixa Econômica
Federal.
INTRODUÇÃO
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Cumpre notar que nem todas as empresas utilizam os mesmos critérios ou possuem o mesmo
entendimento sobre o assunto. Umas, por exemplo, adotam a concentração no almoxarifado de
toda e qualquer operação de entrada e de saída de material, mesmo, que não sejam itens
destinados, somente, ao estoque.
A centralização apresenta a vantagem de canalizar, para um único ponto convergente, as
atividades de recebimento e fornecimento de material, independentemente de origem, natureza,
finalidade, destino ou estado de conservação dos itens. Além de permitir uma constância nos
procedimentos de almoxarifado e a adoção de critérios uniformes, propicia o direcionamento do
fluxo de dados necessários aos controles físicos e contábeis, para um único local, evitando, deste
modo. a dispersão das informações para processamento.
Como desvantagens, citamos o aumento de trabalho e do número de documentos a serem
processados e a necessidade de dar maior treinamento ao pessoal envolvido nas sistemáticas de
recebimento e de fornecimento, além de possíveis dilatações do prazo de entrega em relação ao
que era mantido.
Em sistemas cuja política de Administração de Almoxarifado tem por diretriz a centralização
física e simbólica, neste órgão, de todas as movimentações ocorridas, é necessário que estas
transações sejam diferenciadas quanto ao tipo de ocorrência.
A diferenciação é importante para que os controles físicos e contábeis reflitam a verdadeira
natureza das contas do plano contábil.
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entradas e as saídas de material podem desdobrar-se em diversos e diferentes tipos, como
veremos a seguir.
Entradas em Almoxarifado
Por Compra. Trata-se de uma transação que tem por objetivo informar ao sistema o
acréscimo, nos estoques, do valor e das quantidades dos materiais adquiridos no país ou por
importação direta.
Conforme a necessidade, pode ser desdobrada em: compra no mercado interno e compra no
mercado externo. Esta transação informa, ainda, ao sistema contábil o recebimento para a
liberação do pagamento ao fornecedor.
Através desta entrada, o sistema atualiza os preços médios unitários dos itens
correspondentes.
Por Produção Industrial. E' uma transação que informa ao sistema o acréscimo,
nos estoques, do valor e das quantidades dos materiais produzidos internamente,
na empresa, e que serão destinados à venda, ou para o consumo, ou para aplicação interna.
Através desta entrada, os preços médios unitários dos itens são atualizados. Nesta transação,
podem ser incluídos os materiais beneficiados ou reparados por órgão próprio da empresa.
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outro valor.
Por Devolução Interna. Esta transação permite ao sistema incorporar, novamente, aos
estoques, os materiais que foram requisitados, anteriormente, porém não chegaram a ser
consumidos ou utilizados. Geralmente, esta transação decorre de erro de fornecimento, de sobra
de montagem de equipamentos ou de excesso, sem utilização, no órgão usuário.
E uma entrada de valor e de quantidades. Pode ser valorizada pelo preço médio unitário da
época do fornecimento ou, não sendo possível, pelo último valor médio registrado por ocasião
da devolução.
Esta transação refere-se a uma entrada de itens que guardam o mesmo estado físico da época
em que foram baixados dos estoques. Geralmente, itens novos. Permite ainda, informar ao
sistema de custo a entrada do material para o processamento do crédito ao centro de custos,
anteriormente, debitado, quando da saída do material dos estoques.
Por Devolução Externa. Refere-se a uma transação que permite incorporar, novamente, aos
estoques, os materiais cedidos, anteriormente, a terceiros para servir de matriz ou modelo.
Neste caso, os itens devolvidos devem guardar as mesmas características de quando de sua
baixa dos estoques. Esta transação pode compreender. ainda, os recebimentos decorrentes de
reposições pelo fornecedor de materiais recusados, em fornecimentos anteriores, por avaria ou
por não estarem dentro das especificações técnicas da empresa ou, ainda, nos casos de falta.
Esta transação permite ao sistema contábil estornar o débito anteriormente feito ao
fornecedor e a conseqüente liberação do pagamento retido.
Por Devolução de Empréstimo. Trata-se de uma transação de entrada física e contábil que
permite o retomo ao estoque dos materiais anteriormente cedidos, por empréstimo, a empresas
do mesmo grupo e devolvidos à origem.
Esta transação refere-se aos materiais que mantêm as mesmas condições originais de uso ou
de consumo que apresentavam quando de seu empréstimo. Geralmente, a devolução é feita sobre
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material novo adquirido pela empresa cessionária que recebeu o material, para restituição do que
se desgastou com o uso ou com o consumo.
Permite, ainda, creditar a empresa devolutória pelo débito feito por ocasião do fornecimento.
A valorização da entrada poderá ser feita pelo preço unitário constante do documento de cessão
ou empréstimo, pelo preço unitário constante no documento de devolução do material ou pelo
valor do preço médio unitário da época da restituição, dependendo da situação.
Por Transferência. E uma transação que permite ao sistema registrar, no estoque do
almoxarifado recebedor, a quantidade e o valor dos materiais transferidos de outro almoxarifado
da mesma empresa.
Nesta movimentação, o sistema credita a conta de "trânsito" e debita o almoxarifado
destinatário, ficando a conta de estoques na mesma posição de antes da transferência, até o
momento em que os materiais sejam consumidos.
Por Ajuste de Inventário - Sobra. Refere-se a uma transação que permite ao sistema
corrigir as situações de estoque, em que os saldos físicos, apurados no inventário, apresentam
diferenças "a maior em relação às posições registradas nos sistemas contábil e de material. Trata-
se de uma transação de quantidades e de valor,. em que as sobras são acrescidas ao estoque,
através de um débito ao almoxarifado e um crédito à conta de ajuste.
Por Ajuste de Recebimento - Acréscimo. Trata-se de uma transação que só ocorre quando
os materiais anteriormente recebidos são registrados no sistema em quantidades e/ou em valores
inferiores às que, efetivamente, a empresa recebeu e/ou tem a pagar.
Saídas de Almoxarifado
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Assim, encontramos, mais usualmente, os tipos de transações de saída de material de estoque
citados a seguir.
Para Produção Interna. E uma transação que se refere, apenas, a uma baixa física e
contábil, do estoque de sucata, de quantidade de material inservível, destinado a transformação e
subseqüente utilização, como matéria-prima, na produção de um bem.
Dependendo do critério utilizado, pelo sistema contábil e de custos, esta transação pode ser
considerada como saída para consumo interno.
E uma transação que permite a apropriação da quantidade que será consumida no centro de
custo próprio.
Para Alienação. Refere-se a uma transação de saída, por venda, permuta ou doação, de
material irrecuperável, obsoleto ou sem mais serventia para a empresa.
Permite ao sistema baixá-lo, física e contabilmente, do estoque.
Para Terceiros. Trata-se de uma transação que permite baixar dos estoques, física e
contabilmente, os materiais cedidos a fornecedores para servir de matriz ou modelo.
Esta transação também pode compreender os materiais rejeitados por irregularidades no
fornecimento ou, ainda, nos casos de sobra de material.
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Permite ao sistema contábil debitar o fornecedor pelo material devolvido. ~ valorizada pelo
preço unitário constante na nota fiscal do fornecedor.
Para Cessão a Terceiros. Trata-se de uma transação de saída, física e contábíl, que permite
baixar dos estoques os materiais que serão cedidos por empréstimo a empresas do mesmo grupo.
Permite ao sistema contábil debitar a cessionária pelo valor da transação.
Para Ajuste de Inventário - Falta. É uma transação de saída que permite ao sistema corrigir
as situações de estoque em que os saldos físicos apurados, no inventário, apresentam diferenças
"a menor" em relação às posições registradas nos sistemas contábeis e de material.
Trata-se de uma transação de quantidade e de valor, em que as faltas são deduzidas do
estoque, através de um crédito ao almoxarifado e um débito á conta de ajuste.
Para Ajuste de Recebimento - Decréscimo. Trata-se de uma transação que ocorre quando
os materiais anteriormente recebidos são registrados no Sistema quantidades e/ou em valores
superiores às que, efetivamente, a empresa recebeu e/ou tem a pagar.
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