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CURSOS ON-LINE – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS P/ CÂMARA – ANALISTA - TÉCNICO

EM MATERIAIS E PATRIMÔNIO
PROFESSOR JOSÉ CARLOS

Olá queridos amigos!

Hoje é nosso último encontro formal (porque vocês ainda podem me


acessar através do fórum de discussões).

Espero que vocês tenham gostado das aulas, aproveitado os conceitos,


as dicas, os exercícios, se esforçado ao máximo, enfim, que possam ter
um excelente aproveitamento na prova e que cheguem ao tão desejado
objetivo, que é obviamente a aprovação no concurso!

Como é nosso último encontro, gostaria de começar com um


pensamento:

“Depois de muito meditar, cheguei à conclusão de que um ser humano


que estabelece um propósito deve cumpri-lo, e que nada pode resistir a
um desejo, a uma vontade, mesmo quando para sua realização seja
necessária uma existência inteira”
Benjamin Disraeli

Vale ressaltar que se trata de material de uso pessoal, não podendo ser
repassado a terceiros, em caráter gratuito ou oneroso, seja impresso,
por e-mail ou qualquer outro meio de transmissão sob risco de violação
do estabelecido na Lei n. º 9.610/1998 e no Código Penal. Desde já
agradecemos a compreensão e estamos abertos para qualquer dúvida
ou pendência, tanto sobre o material quanto para qualquer outro
assunto relacionado ao concurso em questão.
Informamos, ainda, que o material baseia-se na obra MARTINS, Petrônio
Garcia & ALT, Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e
Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2006, e, ainda, POZO,
Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais – Editora
Atlas – 4ª Edição, que você pode adquirir em qualquer livraria caso
deseje aprofundar-se no assunto.

Aula 05 – Almoxarifado, Codificação, Inventário e Alienação

Sumário:

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EM MATERIAIS E PATRIMÔNIO
PROFESSOR JOSÉ CARLOS

1. Almoxarifado: funções, princípios e objetivos ............................................ 2


1.1. Controle ........................................................................................................... 5
1.2. Recebimento .................................................................................................. 6
1.3. Armazenagem.................................................................................................... 12
1.3.1. Tipos de instalação ...................................................................................... 14
1.3.2. Utilização do espaço .................................................................................... 15
1.3.3. Técnicas de armazenagem ....................................................................... 21
1.4. A função distribuição....................................................................................... 25
2. Codificação e classificação de materiais...................................................... 28
3. Registro .................................................................................................................... 32
4. Inventário Físico.................................................................................................... 33
5. Análise do valor e alienação............................................................................. 35
6. Questões de Concursos Anteriores................................................................ 36
7. Gabarito.................................................................................................................... 47
8. Bibliografia: ............................................................................................................ 54

1. Almoxarifado: funções, princípios e objetivos

Antigamente o almoxarifado se constituía em um depósito, quase


sempre o pior e mais inadequado local da empresa, onde os materiais
eram acumulados de qualquer forma, utilizando mão-de-obra
desqualificada.
Com o tempo surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem
bastante sofisticados, o que acarretou aumento da produtividade, maior
segurança nas operações de controle e rapidez na obtenção das
informações.
O termo Almoxarifado é derivado de um vocábulo árabe que significa
"depositar".

Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais,


em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de
destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a
necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e
disposição interna acondicionados à política geral de estoques da
empresa.

O almoxarifado deverá:
1. assegurar que o material adequado esteja, na quantidade devida, no
local certo, quando necessário;

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2. impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer
natureza;
3. preservar a qualidade e as quantidades exatas;
4. possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e
distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente;

Em outras palavras, a função do administrador de almoxarifado consiste


em planejar esses setores (localizar, preservar e assegurar), de modo a
operá-lo (receber, guardar, entregar e controlar) preservando os
materiais de deteriorações e desvios.

A eficiência de um almoxarifado depende fundamentalmente :


1. da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do
conseqüente aumento do número das viagens de ida e volta;
2. do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;
3. da melhor utilização de sua capacidade volumétrica;

Os objetivos do almoxarifado, assim como de todo e qualquer sistema


de administração de materiais, prendem-se aos seguintes tópicos:
• ter o material certo;
• na quantidade certa;
• na hora certa;
• no lugar certo;
• na especificação certa;
• ao custo e preço econômicos.

Em outras palavras, o objetivo do almoxarifado pode ser traduzido


através do conceito citado na questão abaixo. Você consegue distinguir?

Questão 01: (INB – Almoxarife – 2006) O objetivo da existência de um


almoxarifado consiste em:
A) Controlar os custos unitários de produção.
B) Vender de forma eficiente os produtos da empresa.
C) Minimizar custos e maximizar o atendimento aos usuários.
D) Controlar o horário da jornada de trabalho dos colaboradores.

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E) Nenhuma das respostas anteriores.

Marcou a letra “c”? Parabéns!

O organograma funcional do almoxarifado está demonstrado na figura


abaixo:

ALMOXARIFADO

Recebimento Armazenagem Distribuição

Descarga Guarda Programação

Conferência Preservação Entrega


quantitativa

Conferência Separaçã
qualitativa
o

Regularização Liberaçã
o p/

Venda de
inservíveis

Figura: Organograma padrão funcional de um Almoxarifado

Analisando o organograma funcional de um almoxarifado podemos


resumir as suas principais atribuições :

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1. Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela


empresa;
2. Entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários
da empresa;
3. Manter atualizados os registros necessários;

Veja como esse assunto pode ser cobrado em sua prova. Analise a
questão abaixo:

Questão 02: (NCE/UFRJ – TBG – Analista de Suprimento – 2006)


Representam atividades exercidas pelos gestores da armazenagem e
movimentação física dos materiais, EXCETO:
(A) recebimento dos materiais;
(B) controle de localização física dos materiais;
(C) identificação dos materiais;
(D) armazenagem dos materiais;
(E) controle de qualidade dos materiais.

O Controle de qualidade dos materiais é feito pelo Departamento de


Qualidade ou quando ele não existir, pela Produção. Isto ocorre porque
é necessário equipamento próprio para aferição de análises e testes, e,
principalmente, porque deve ser feito por pessoas especializadas e
treinadas para este fim. Resposta: E

1.1. Controle

Embora não haja menção na estrutura organizacional do almoxarifado, o


controle deve fazer parte do conjunto de atribuições de cada setor
envolvido, qual seja, recebimento, armazenagem e distribuição.
O controle deve fornecer a qualquer momento as quantidades que se
encontram à disposição em processo de recebimento, as devoluções ao
fornecedor e as compras recebidas e aceitas.

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Controles automatizados de processo
Os controles automatizados de processo usam sensores para obter
medidas do desempenho de processos industriais, controlam essas
medidas com padrões contidos em software armazenados em
computador, e, quando o desempenho varia de forma significativa,
enviam sinais que mudam as configurações dos processos. Esses
sistemas estão em uso há muitos anos nas indústrias de processamento
químico, refinarias de petróleo e papel.
Com o uso crescente dos sistemas de projeto auxiliado por computador
e manufatura auxiliada por computador (CAD/CAM – computer aided
design/computer aided manufacturing), os controles automatizados de
processo se tornaram importantes em outras indústrias também. Até
mesmo na manufatura discreta as configurações de máquinas
individuais e grupos de máquina agora podem ser sentidas e mudadas
quando necessário para fornecer produtos de dimensões uniformes.
Como acontece com outras maquinarias automatizadas, quando são
instalados controles automatizados de processo certa flexibilidade é
perdida até que um software possa ser desenvolvido para acomodar
diferentes características do produto. Além disso, não obstante o custo
inicial de hardware desses sistemas não ser muito alto, o custo para
desenvolver o software de suporte e a integração com o restante do
sistema de produção pode ser muito elevado. Todavia, há que se ter em
mente a qualidade de produto necessária para sustentar a estratégia de
negócios.
As máquinas automatizadas descritas nesta seção são impressionantes,
mas os benefícios finais da automação podem não ser obtidos até que
as máquinas individuais sejam integradas a sistemas totalmente
automatizados de produção.

1.2. Recebimento

As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material


na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de
recebimento de materiais é módulo de um sistema global integrado com
as áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada
como uma interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os
estoques físico e contábil.

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Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e
pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência
dos materiais destinados à empresa.
As atribuições básicas do Recebimento são :
1. coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de
materiais;
2. analisar a documentação recebida, verificando se a compra está
autorizada;
3. controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de
Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos;
4. proceder a conferência visual, verificando as condições de
embalagem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se
for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos
documentos;
5. proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais
recebidos;
6. decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;
7. providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de
pagamento ao fornecedor;
8. liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado;

A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função


em quatro fases:
1a fase - entrada de materiais ;
2a fase - conferência quantitativa;
3a fase - conferência qualitativa;
4a fase - regularização;

• 1a fase - Entrada de Materiais :


A recepção dos veículos transportadores efetuada na portaria da
empresa representa o início do processo de Recebimento e tem os
seguintes objetivos :
9 a recepção dos veículos transportadores;
9 a triagem da documentação suporte do recebimento;
9 constatação se a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está
autorizada pela empresa;

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9 constatação se a compra autorizada está no prazo de entrega
contratual;
9 constatação se o número do documento de compra consta na Nota
Fiscal;
9 cadastramento no sistema das informações referentes a compras
autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento;
9 o encaminhamento desses veículos para a descarga;

As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de


entrega devem ser recusadas, transcrevendo-se os motivos no verso da
Nota Fiscal. Outro documento que serve para as operações de análise de
avarias e conferência de volumes é o "Conhecimento de Transporte
Rodoviário de Carga", que é emitido quando do recebimento da
mercadoria a ser transportada.
As divergências e irregularidades insanáveis constatadas em relação às
condições de contrato devem motivar a recusa do recebimento,
anotando-se no verso da 1a via da Nota Fiscal as circunstâncias que
motivaram a recusa, bem como nos documentos do transportador. O
exame para constatação das avarias é feito através da análise da
disposição das cargas, da observação das embalagens, quanto a
evidências de quebras, umidade e amassados.

Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser


encaminhados ao Almoxarifado. Para efeito de descarga do material no
Almoxarifado, a recepção é voltada para a conferência de volumes,
confrontando-se a Nota Fiscal com os respectivos registros e controles
de compra. Para a descarga do veículo transportador é necessária a
utilização de equipamentos especiais, quais sejam : paleteiras, talhas,
empilhadeiras e pontes rolantes.

O cadastramento dos dados necessários ao registro do recebimento do


material compreende a atualização dos seguintes sistemas :
9 Sistema de Administração de Materiais e gestão de estoques: dados
necessários à entrada dos materiais em estoque, visando ao seu
controle;
9 Sistema de Contas a pagar : dados referentes à liberação de
pendências com fornecedores, dados necessários à atualização da
posição de fornecedores;
9 Sistema de Compras : dados necessários à atualização de saldos e
baixa dos processos de compras;

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• 2a fase - Conferência Quantitativa;


É a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na
Nota Fiscal corresponde efetivamente à recebida. A conferência por
acusação também conhecida como "contagem cega" é aquela no qual
o conferente aponta a quantidade recebida, desconhecendo a
quantidade faturada pelo fornecedor. A confrontação do recebido versus
faturado é efetuada a posteriori por meio do Regularizador que analisa
as distorções e providencia a recontagem.

Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes podem ser


contados utilizando os seguintes métodos :
9 Manual : para o caso de pequenas quantidades;
9 Por meio de cálculos : para o caso que envolvem embalagens
padronizadas com grandes quantidades;
9 Por meio de balanças contadoras pesadoras: para casos que
envolvem grande quantidade de pequenas peças como parafusos ,
porcas, arruelas;
9 Pesagem : para materiais de maior peso ou volume, a pesagem pode
ser feita através de balanças rodoviárias ou ferroviárias;
9 Medição : em geral as medições são feitas por meio de trenas;

• 3ª Fase – Conferência qualitativa

Visa garantir a adequação do material ao fim que se destina. A análise


de qualidade efetuada pela inspeção técnica, por meio da confrontação
das condições contratadas na Autorização de Fornecimento com as
consignadas na Nota Fiscal pelo Fornecedor, visa garantir o
recebimento adequado do material contratado pelo exame dos seguintes
itens:
a) Características dimensionais;
b) Características específicas;
c) Restrições de especificação;

• 4ª Fase: Regularização

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Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela
confirmação da conferência qualitativa e quantitativa, respectivamente
por meio do laudo de inspeção técnica e pela confrontação das
quantidades conferidas versus faturadas.
O processo de Regularização poderá dar origem a uma das seguintes
situações:
a) liberação de pagamento ao fornecedor (material recebido sem
ressalvas);
b) liberação parcial de pagamento ao fornecedor;
c) devolução de material ao fornecedor;
d) reclamação de falta ao fornecedor;
e) entrada do material no estoque;

O material em excesso ou com defeito será devolvido ao Fornecedor


acompanhado da Nota Fiscal de Devolução, emitida pela empresa
compradora.

Sobre os procedimentos de recebimento de materiais que acabamos de


estudar, responda a questão abaixo:

Questão 3: (INB – Almoxarife – 2006) NÃO faz parte do procedimento


que um almoxarife deve seguir ao receber materiais:
A) A confrontação das características dos materiais constantes na
carga em relação aos registrados no pedido e na nota fiscal.
B) O registro de saída de materiais do estoque.
C) A conferência dos volumes declarados na nota fiscal e no
manifesto de transporte com os volumes a serem efetivamente
recebidos.
D) A verificação da existência de autorização para compra do
material a ser recebido.
E) A conferência visual dos volumes e embalagens para identificação
de possíveis avarias.
O registro de saída de materiais do estoque não faz parte da atividade
de recebimento. Resp: b

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Instalações de almoxarifados
Além dos objetivos que o almoxarifado visa alcançar, ou seja, atender
ao processo produtivo de bens e serviços, a organização do
almoxarifado pressupõe a visão de objetivos de âmbito interno,
responsáveis pelo bom funcionamento do setor, quais sejam:
• pronto acesso aos principais itens;
• alto grau de flexibilidade do arranjo físico;
• utilização adequada do espaço;
• redução da necessidade de equipamentos de movimentação de
materiais;
• minimização das perdas por deterioração dos materiais;
• minimização das perdas por desvio de materiais;
• garantia dos requisitos mínimos de segurança individual e coletiva.

O ponto de partida para a organização de um almoxarifado consiste na


obtenção de todas as informações relevantes de cada item a ser
estocado, que permitirá identificar os fatores críticos para o correto
arranjo dos produtos.
Para obter esses fatores e identificar a influência relativa que eles
exercem sobre o armazenamento, faz-se necessário um estudo
tomando-se como ponto de partida questões como:

Qual é o espaço necessário para estocar adequadamente cada material?


Nesse aspecto, leva-se em conta:
• previsão da quantidade máxima a ser estocada;
• tamanho do lote de cada requisição;
• condições de embalagem.

Qual é a freqüência de utilização do material?


Ou: Quantas vezes é requisitado por dia, semana, etc.?
Quais são os centros consumidores e quais são aqueles que mais
utilizam cada tipo de material?
Qual o tipo de instalação mais adequada para o armazenamento do
material?
Aqui, levam-se em conta as seguintes características: peso, volume,
fragilidade do material e/ou sua embalagem, formato do material e/ou

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de sua embalagem, condições de preservação (perecibilidade) e a
facilidade ou dificuldade de manuseio.

Quais as dificuldades de armazenamento do material com outros


materiais devido à sua incompatibilidade?
Quais são os requisitos de segurança exigidos para o seu
armazenamento, tais como segurança individual e coletiva, higiene e
segurança de trabalho, segurança patrimonial e “social”, no caso de
armazenamento de materiais inflamáveis ou explosivos?

Após a obtenção das respostas aos itens acima enumerados, resta ao


planejador sugerir duas ou mais soluções distintas para o problema do
armazenamento, cada uma das quais com uma determinada capacidade
de atendimento aos objetivos.
Para cada uma dessas soluções deverão ser estimados os custos totais
de armazenamento (custos de planejamento e operacionais), e a
escolha recair sobre a alternativa de menor custo. O critério que leva
em conta os custos– benefícios é o que melhor atende ao estudo.

1.3. Armazenagem

A guarda dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais,


que devem ser definidos no sistema de instalação e no layout adotado,
proporcionando condições físicas que preservem a qualidade dos
materiais, objetivando a ocupação plena do edifício e a ordenação da
arrumação.

Objetivos do Armazenamento
• O avanço tecnológico proporcionou a otimização de uma série de
processos e rotinas na área de armazenagem, introduzindo
métodos de racionalização e fluxos de distribuição de produtos,
além da adequação das instalações e utilização de novos
equipamentos para movimentar cargas.
• A prática do armazenamento visa utilizar o espaço nas três
dimensões (altura, largura e profundidade) da maneira mais
eficiente possível.

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FASES DESCRIÇÃO
1A FASE Verificação das condições de recebimento do material;
A
2 FASE Identificação do material;
A
3 FASE Guarda na localização adotada;
4A FASE Informação da localização física de guarda ao controle;
A
5 FASE Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento;
A
6 FASE Separação para distribuição;

Importante: A coleta do mix de produtos em quantidade correta da área


de armazenagem para satisfazer as necessidades do consumidor é
efetuada mediante da Coleta do Pedido, ou Order Picking, ou
simplesmente Picking que é uma atividade que, dentro do armazém,
é considerada como uma das mais críticas e que, dependendo do tipo de
armazém, alcança 30% a 40% do custo de mão-de-obra. Aliado ao
custo, o tempo dessa atividade influi de maneira substancial no tempo
de “ciclo de pedido”, ou seja, o tempo consumido entre a recepção de
um pedido do cliente e a entrega correta dos produtos.

Áreas de armazenamento
O estudo das áreas de armazenamento visa atender às necessidades de
todos os setores da organização. Para conseguir a melhor e mais
adequada estruturação é conveniente analisar as possibilidades de
instalação de vários armazéns e de um centro de abastecimento, assim
como as características que mais os diferem entre si.

Tais características poderão ser assim arroladas:


• materiais pesados de manejo e transporte difícil;
• materiais pequenos muito diversificados e de uso freqüente;
• materiais com grande freqüência de saída e pouco volume.

Analisadas essas características, chega-se ao tipo de armazém


necessário para um perfeito entrosamento entre os estoques e os
centros consumidores, ou, ainda em decorrência desse levantamento,
chega-se à situação em que o armazém atenderá a todas as
necessidades. Então, nesse caso, a atenção deve-se voltar para:
• espaço necessário;
• tipo de instalação adequada;

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• distribuição dos estoques nas áreas que melhor atenderão o consumo;
• meios de transporte;
• tipo de controle a ser adotado;
• número de funcionários para manutenção dos estoques.

Localização do armazém
De acordo com os planos já estabelecidos, a localização dos armazéns
depende de certos fatores: alguns próprios do tipo de operação ou de
atividades da empresa, outros devidos às instalações e situações dos
prédios.
Não existem soluções e esquemas prontos que possam ser aplicados a
qualquer organização – tudo depende da análise particular de cada caso,
e para tanto devem se observar os seguintes princípios orientadores:
• Ajustar a localização dos armazéns às necessidades dos setores de
consumo.
• Planejar a localização de maneira que permita atender rapidamente o
fluxo de movimentação dos materiais, mesmo em situação de aumento
do volume de consumo.
• Os armazéns ou áreas de estocagem devem ser localizados próximo
aos setores de consumo, em consideração ao volume, peso e tamanho
do material estocado, evitando-se com isso consumo de maior número
de horas para sua movimentação.

1.3.1. Tipos de instalação


Há três tipos principais de edificações destinados ao armazenamento de
materiais.

Armazéns
São edificações de alvenaria, fechadas lateralmente e com telhado, com
ou sem forro, cujo piso deve ser construído com material resistente ao
peso dos materiais armazenados. Nesse tipo de instalação, convém
instalar estufas, geladeiras, desumidificadores, etc.
A área total é aproveitada como:
• área de armazenamento: local reservado ao armazenamento
propriamente dito e aos corredores de acesso às prateleiras;

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• área de serviços: locais destinados às rampas de acesso, ao
atendimento ao público (usuários, entregadores) e ao recebimento de
materiais;
• área de administração: local designado para a realização dos serviços
administrativos e burocráticos, com instalações sanitárias e vestuário.

Galpões
São edificações cobertas, às vezes fechadas lateralmente, com piso
apropriado às cargas que deverá suportar e sem condições de controle
da maior parte das condições ambientais. Além de área de
armazenamento, ela pode ser utilizada também como área de serviço.

Pátios
São terrenos descobertos, com piso nivelado e drenado, utilizados
unicamente como área de armazenamento, na qual não há o mínimo
controle de qualquer condição ambiental.

1.3.2. Utilização do espaço

Tal distribuição, também chamada “estudo de lay-out”, é tópico


importante no rol das preocupações do organizador de almoxarifados.
Neste estudo, podemos considerar:

Área disponível
Com a análise dos estudos para a identificação e classificação de
materiais, definimos a área necessária para abrigar os materiais a
serem estocados em cada armazém.
Isso, entretanto, não é suficiente, pois é necessário prever uma futura
ampliação, em conseqüência de provável expansão e aumento de
produtividade da organização. A visualização da área é feita em forma
de planta, que deve ser conhecida pelas pessoas envolvidas na
administração dos almoxarifados.
Um modelo de planta, com sugestão da distribuição interna e da área
proporcional de cada espaço, que poderá servir de orientação a

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inúmeros casos reais, é apresentado por Sergio B. Messias e consiste
em, primeiramente, verificar e determinar:
• as quantidades dos materiais A, B, C, D, E, etc.;
• o espaço em metros quadrados que os materiais irão ocupar no
armazém;
• a metragem dos suportes, prateleiras, estrados, etc., onde os
materiais serão armazenados;
• a área de expedição de materiais;
• a área de entrada e recebimento de materiais;
• as ruas e avenidas internas;
• a oficina interna para manutenção do próprio armazém;
• os serviços de controle dos materiais;
• a área para expansão.
Segundo o referido autor, o esquema ideal do espaço do armazém pode
ser visualizado no desenho abaixo:

Supondo que a área total desse armazém seja 1.000 metros quadrados,
a sua distribuição pelos diversos compartimentos seria, em termos
ideais, a seguinte:
Prateleiras e suportes 374 m2 com materiais

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Área de entrada 48 m2
Área de saída 48 m2
Ruas e avenidas 400 m2
Oficina interna 30 m2
Serviços de controle 18 m2
Áreas de expansão 82 m2
1.000 m2

A partir desse esquema, obtém-se a melhor utilização do espaço de um


armazém que funcionará com flexibilidade e possibilitará adaptações,
expansões, além de um trabalho racional e produtivo.

Equipamentos para armazenamento


Também chamados de unidades de estocagem, esses equipamentos
compreendem:
• armações;
• estrados do tipo pallets;
• engradados;
• contenedores.

Armações
São prateleiras fabricadas com estruturas de aço ou de madeira em
unidades padronizadas, segundo as necessidades do armazém e da
estocagem. Na construção das prateleiras, há que se levar em conta,
além dos objetivos a que se destinam, as proporções e posicionamentos
estudados no lay-out.
A maioria dos almoxarifados de pequeno porte usa estantes de madeira
fabricadas na própria oficina da organização, pois os contingentes
estocados são constituídos de materiais leves, de pequeno volume,
como os materiais de escritório, de limpeza, etc.
Entretanto, nos últimos anos, tem-se observado uma gradual
substituição das armações de madeira por estruturas metálicas, mesmo
nos pequenos almoxarifados.
As estruturas metálicas possuem uma série de vantagens adicionais em
relação à madeira: são imunes à ação de insetos e roedores, suportam

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maior peso, são mais fáceis de ser montadas ou desmontadas e têm
grande durabilidade.

Estrados ou Pallets
Como unidade de estocagem, os estrados ou pallets revolucionaram os
métodos e técnicas de armazenamento, modificando radicalmente a
concepção de transporte e movimentação de material vigente até pouco
tempo atrás.
Consistem em estrados feitos principalmente de madeira, com medidas
padronizadas, sobre os quais se montam cargas unitárias, possibilitando
eficiente guarda e/ou movimentação de materiais, por meio de
equipamentos de transporte interno.

E o que é um palete?
Trata-se de uma plataforma disposta horizontalmente para
carregamento, constituída de vigas, blocos ou uma simples face sobre
os apoios, cuja altura é compatível com a introdução dos garfos da
emplilhadeira, e que permite o agrupamento de materiais, possibilitando
o manuseio, a estocagem, a movimentação e o transporte num único
carregamento.

A paletização vem sendo utilizada em empresas que demandam


manipulação rápida e armazenagem racional, envolvendo grandes
quantidades. A paletização tem como objetivo realizar, de uma só vez, a
movimentação de um número maior de unidades. Ao pallet é atribuído o
aumento da capacidade de estocagem, economia de mão-de-obra,
tempo e redução de custos. O emprego de empilhadeiras e pallets já
proporcionou a muitas empresas economia de até 80% do capital
despendido com o sistema de transporte interno.

Esse sistema de armazenamento denomina-se também sistema de


blocagem. Ele permitiu a melhor utilização do espaço vertical com a
ajuda de prateleiras de aço chamadas porta- pallets, com a vantagem
dos benefícios proporcionados pela movimentação das cargas unitárias.
Casos há em que se pode dispensar as estruturas de aço porta- pallets,
como, por exemplo, nas cargas uniformes que formam uma superfície
de sustentação, que possibilitam a superposição de vários blocos
paletizados. Verifica-se aí também a otimização do aproveitamento do
espaço vertical do armazém apenas com blocos superpostos.

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Existem vários tipos e tamanhos de pallets que atendem às
especificações de uso, porém com aberturas laterais para entrada e
sustentação dos garfos de empilhadeiras e carrinhos de transporte.

Os pallets são plataformas, nas quais as mercadorias são empilhadas,


servindo para unitizar, ou seja, transformar a carga numa única unidade
de movimentação.

VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE PALETES


1. Melhor aproveitamento do espaço disponível para armazenamento,
utilizando-se totalmente do espaço vertical disponível, por meio do
empilhamento máximo;
2. Economia nos custos de manuseio de materiais, por meio da redução
do custo da mão-de-obra e do tempo necessário para as operações
braçais;
3. Possibilidade de utilização de embalagens plásticas ou amarração por
meio de fitas de aço da carga unitária, formando uma só embalagem
individual;
4. Compatibilidade com todos os meios de transporte (marítimo,
terrestre, aéreo);
5. Facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis aos
equipamentos de manuseio de materiais;
6. Permite a disposição uniforme de materiais, o que concorre para a
desobstrução dos corredores do armazém e dos pátios de descarga;
7. Os paletes podem ser manuseados por uma grande variedade de
equipamentos, como empilhadeiras, transportadores, elevadores de
carga e até sistemas automáticos de armazenagem.

Sobre as vantagens da utilização de Pallets ou Paletes, analise a questão


abaixo:

Questão 4: (NCE/UFRJ – TBG – Analista de Suprimento – 2006)


Paletes são estrados que podem ser de madeira, metal, papelão ou
plástico, que permitem a formação da carga unitária. As alternativas a
seguir mostram vantagens da paletização, EXCETO:
(A) necessidade de investimentos em equipamentos adequados a seu
manuseio;
(B) maior densidade de carga no armazenamento;

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(C) padronização e automação dos sistemas de recebimento e
fornecimento dos materiais;
(D) redução dos custos de manuseio e movimentação, além de redução
no tempo de transporte e maior rapidez nas operações de carga e
descarga;
(E) melhoria na utilização dos espaços verticais, aumentando a
utilização dos espaços destinados ao armazenamento dos materiais.
Resp: a
Uma das grandes vantagens da paletização é que os paletes podem ser
manuseados por uma grande variedade de equipamentos, como
empilhadeiras, transportadores, elevadores de carga e até sistemas
automáticos de armazenagem. Assim, salvo situações especiais, não há
necessidade de investimentos em equipamentos adequados a seu
manuseio. Por esse motivo, a resposta “a” é a alternativa errada.

Engradados
São estrados providos de proteção lateral. Prestam-se à guarda e
transporte de materiais que, devido à fragilidade de sua embalagem
e/ou à irregularidade de seu formato, não admitem o uso de estrados.

Contenedores
Mais conhecidos como containers (“caixas de carga”), apresenta-se sob
a forma de uma caixa metálica retangular, revestida de chapa de aço,
alumínio ou fibra de vidro, hermeticamente fechada e selada, destinada
ao acondicionamento (não confundir com embalagem) e ao transporte
intermodal de mercadorias consolidadas (desde o fabricante até o
consignatário ou importador).
Entretanto, o termo “contenedor” vem se estendendo a outras formas
de construção, aplicação e finalidade, e já existe no mercado uma
variedade para uso industrial, comercial e com múltiplas finalidades,
como as caixas de plástico para armazenar e transportar leite, carne,
bebidas, pescado, etc., que, além de tudo, são fabricadas de maneira a
possibilitar um eficiente empilhamento.

• Critérios de Armazenagem
A armazenagem pode ser simples ou complexa.
O que determina a complexidade da armazenagem são as
características intrínsecas do material, que variam quanto a:

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a) fragilidade;
b) combustibilidade;
c) volatilização;
d) oxidação;
e) explosividade;
f) intoxicação;
g) radiação;
h) corrosão;
i) inflamabilidade;
j) volume;
k) peso;
l) forma;.

Os materiais de armazenagem complexa demandam as seguintes


necessidades:
9 Conservação adequada (explosivos);
9 Equipamentos especiais de combate a incêndio (magnésio);
9 Equipamentos especiais para movimentação (geladeiras);
9 Manuseio especial (cristais);
9 Estrutura de armazenagem especial (carnes), etc.

1.3.3. Técnicas de armazenagem


Para se realizar uma estocagem correta, há que se observar um
conjunto de regras formuladas segundo critérios definidos. Cada
almoxarifado terá, segundo as suas peculiaridades de organização e
funcionamento, as suas normas de funcionamento, cujos preceitos
devem ser observados rigorosamente pelos operadores e usuários do
armazém.

Os materiais sujeitos à armazenagem não obedecem a regras taxativas


que regulem o modo como os materiais devem ser dispostos no
Almoxarifado. Por essa razão, deve-se selecionar a alternativa que
melhor atenda ao fluxo de materiais de cada organização.

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Independentemente do critério ou método de armazenamento adotado é
oportuno observar as indicações contidas nas embalagens em geral.

Mesmo que haja variação de um almoxarifado para outro em


organizações diferentes, tais regras buscam os mesmo objetivos, quais
sejam:
• redução das perdas por quebra;
• diminuição de acidentes no trabalho, por dispensar o elemento
humano da movimentação de cargas pesadas;
• menor tempo gasto nas movimentações e expedição;
• ampliação, com melhor aproveitamento de área útil de
armazenamento.

Armazenagem em área externa: devido à sua natureza, muitos


materiais podem ser armazenados em áreas externas, o que diminui os
custos e amplia o espaço interno para materiais que necessitam de
proteção em área coberta. Podem ser colocados nos pátios externos os
materiais a granel, tambores e “containers” , peças fundidas e chapas
metálicas.
Coberturas alternativas: não sendo possível a expansão do
almoxarifado, a solução é a utilização de galpões plásticos, que
dispensam fundações, permitindo a armazenagem a um menor custo.

Em síntese, o que se procura por meio das normas de armazenamento é


aumento da eficiência do processo de estocagem, traduzindo, em
expressões máximas, o seu rendimento e, em expressões mínimas, os
seus custos.

Critérios de armazenamento
Entre os critérios mais comuns que orientam a elaboração de normas de
armazenamento, podem ser enumerados os seguintes:
• rotatividade de materiais;
• volume e peso;
• ordem de entrada/saída;
• similaridade;
• valor;
• carga unitária;

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• acondicionamento e embalagem;

Rotatividade de materiais
Dentre os itens de material mantidos em estoque, existem aqueles que
têm maior movimentação em relação a outros, em virtude de sua
utilização por maior número de usuários, ou por outro motivo qualquer.
A esses materiais que entram e saem com maior freqüência deve ser
dado um tratamento específico em relação à localização no armazém, ou
seja, armazená-los nas proximidades das portas (setores de expedição e
embalagem).
Esse procedimento oferece as seguintes vantagens:
• minimização de número de viagens entre as áreas de estocagem e de
expedição;
• descongestionamento do trânsito interno do almoxarifado;
• melhor aproveitamento da mão-de-obra interna, com menor desgaste
físico dos operadores;
• maximização do tempo despendido na expedição do material, etc.

Volume e peso do material


Da mesma forma, os itens mais volumosos e pesados devem ficar perto
das portas para facilitar não só a sua conservação, como também a sua
movimentação, e ser colocados sobre estrados ou pallets (tipo especial
de estrado).

Ordem de entrada/saída
Armazenar, observando esse critério, significa obedecer à ordem
cronológica de saída levando em conta a sua época de entrada. Isso
quer dizer: as unidades estocadas há mais tempo devem sair primeiro, a
fim de que não venham a ocorrer situações de esquecimento de itens
em estoque, o que pode causar oxidações, deterioração, obsoletismo,
perda de propriedades físicas, endurecimentos, ressecamentos e outras
situações que impliquem em perda de material.

Similaridade
Sempre que possível, os materiais devem ser armazenados
considerando a sua similaridade com outros itens, o que pode ser feito
mais facilmente com o auxílio do catálogo de materiais.

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O agrupamento de materiais que apresentam características físicas,
aplicações ou naturezas semelhantes em locais adjacentes facilita a sua
localização, a movimentação e até a contagem.

Valor do material
O valor financeiro que um determinado material representa para o
estoque define a sua forma de armazenamento. As regras não diferem
muito daquelas adotadas para os demais itens, porém deve-se destacar
que o local deve ser apropriado e proporcionar maior condição de
segurança.
Para os controles de estoque que utilizam o método denominado “ABC”,
ou “curva ABC”, podemos adiantar que os itens de material aqui
tratados integram a letra “A”.

Carga unitária
O critério de carga unitária baseia-se na constante necessidade de
racionalização do espaço útil de armazenamento, com o máximo
aproveitamento do conceito de cubagem. Porém, aliada à racionalização
do espaço, a carga unitária favorece sobremaneira a boa movimentação
do material, a rapidez de carga e descarga e, conseqüentemente, a
redução dos custos.
Esse método consiste na arrumação ou composição de pequenos itens –
pacotes ou unidades menores – em volumes dimensionados em peso,
cubagem e quantidade maiores. Pode-se dizer também que o critério de
carga unitária significa transformar as unidades simples em unidades
múltiplas.

Acondicionamento e embalagem
A abertura das caixas ou embalagens recebidas do fornecedor para
conferência dos materiais adquiridos é uma praxe. Porém, depois disso,
deve-se lacrálas novamente, com o aproveitamento da própria
embalagem. Evidentemente, só se deve deixar desembalado o
contingente de unidades necessárias à entrega do período.
Tal procedimento traz os mesmos benefícios apontados no critério da
carga unitária, pois guarda com ele uma grande similitude.

Analise a questão proposta abaixo do concurso das Indústrias Nucleares


do Brasil S/A:

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Questão 5: (INB – Almoxarife – 2006) Acerca de um almoxarifado
corretamente organizado, assinale a alternativa INCORRETA:
A) O uso da capacidade volumétrica do depósito é otimizado.
B) Os registros de entrada e saída de materiais são mantidos
atualizados e organizados.
C) Existência de alto índice de obsolescência.
D) As distâncias internas percorridas para transporte de materiais
são as menores possíveis.
E) Os materiais são dispostos de maneira a diminuir o tempo para
localização dos mesmos.

Podemos verificar que a única alternativa errada é a letra “c”, uma vez
que, a intenção é evitar a obsolescência. Uma forma de evitar é adotar a
técnica de armazenagem de ordem de entrada/saída, pois, assim, as
unidades estocadas há mais tempo sairão primeiro, a fim de que não
venham a ocorrer situações de esquecimento de itens em estoque, o
que pode causar oxidações, deterioração, obsoletismo, perda de
propriedades físicas, endurecimentos, ressecamentos e outras situações
que impliquem em perda de material.

1.4. A função distribuição

A última fase da logística antes do começo da utilização do produto pelo


cliente é a distribuição, o conjunto de atividades entre o produto pronto
para o despacho e sua chegada ao consumidor final.
A distribuição começa na fábrica e termina nas mãos do cliente final.
Como os bens estão em constante movimento nesse ínterim, devemos
identificar em cada estágio como eles se movimentam (transporte) e
quem faz a movimentação (o operador de transporte). A distribuição
física representa um custo significativo para a maioria dos negócios,
impactando diretamente na competitividade, de acordo com sua
velocidade, confiabilidade e controlabilidade (capacidade de
rastreamento e ação), ao entregar bens ao consumidor dentro do prazo.

Alguns instrumentos devem ser adotados para o desempenho das


tarefas de distribuição ocorrerem sem problemas:

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• Estabelecer um registro dos usuários: significa saber quem pode
solicitar o material, como contatar o usuário, tempo para se efetuar o
contato.
• Fazer um cadastro dos itens que podem ser consumidos pelo usuário.
Cada usuário, tendo em vista o seu papel na organização, possuirá um
elenco de produtos que poderá solicitar. A comissão de normalização
(que especificará os produtos) poderá colaborar ou mesmo definir quem
pode pedir o quê. Assim como a normalização, o cadastro deve ser
revisto periodicamente e atualizado com inserções e exclusões sempre
que necessário.
• Definir as quantidades de cada item a serem concedidas ao usuário,
inicialmente de acordo com a previsão. Fazer o monitoramento e as
correções, conforme as solicitações.
• A auditoria dos estoques dos usuários, com apoio da direção da
organização, deve ser feita periodicamente, buscando verificar as
condições de armazenamento e auxiliando o usuário a aprimorar os seus
sistemas de controle.
• Estabelecer um sistema de atendimento às emergências para que o
usuário possa confiar no sistema, diminuindo-se com isso a formação de
estoques nas áreas.
• Difundir entre os usuários a prática de utilizar o material e reduzir ao
mínimo possível o tempo despendido com as ações relacionadas à
administração de estoques periféricos e distribuição de produtos.

Transporte de materiais
Essa função compreende todas as tarefas, responsabilidades e
relacionamentos utilizados na movimentação/deslocamento de materiais
demandados pelo processo de criação de bens e serviços.
Devido à sua natureza, pode-se dizer que é realizado dentro do sistema
de produção a fim de deslocar materiais:
• do recebimento para o almoxarifado;
• do almoxarifado para a unidade de produção;
• de uma unidade de produção para outra;
• de uma unidade de produção para o almoxarifado;
• do almoxarifado de produtos acabados para o despacho.

Qual é o melhor modal? Transporte rodoviário, aéreo, marítimo,


ferroviário? Para cada rota há uma possibilidade de escolha, que deve
ser feita mediante uma análise profunda de custos, muito além de uma

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simples análise do custo baseada em peso por quilometragem (Kg/Km).
Para cada ligação no canal logístico, cada modo apresenta vantagens
particulares. A análise custo/benefício pode determinar que para itens
de baixo volume e alto custo unitário o transporte aéreo pode ser, a
longo prazo, mais econômico do que o marítimo: caso dos
computadores.
Um dos fatores determinantes é o custo do frete e do seguro, ligado ao
custo de manipulação em terminais (aeroportos, portos) e de
armazenamento durante o transporte.

Multimodal é todo transporte efetuado por mais de um modal (marítimo,


terrestre ou aéreo).

Escolha de equipamentos de transporte


Antes de mais nada, deve-se ter em conta que a escolha do
equipamento de transporte de material deve ser precedida de um
estudo baseado no critério do custo–benefício, mediante o qual se
procura adotar a melhor solução entre as alternativas viáveis, o que
implica escolher a alternativa de menor custo dentre as que atendem
aos requisitos mínimos de transporte.

Os principais fatores que influenciam o custo são:

Quanto à natureza do material


• estado físico: sólido (unitário ou granel), líquido, gasoso;
• forma, dimensões, peso e perecibilidade;
• tipo de embalagem.

Quanto à demanda do material


• quantidade de unidades movimentadas em cada intervalo.

Quanto aos locais de armazenagem e utilização


• pontos de origem e destino dos materiais;
• área livre para circulação;
• altura e pé-direito do armazém ou galpão;
• obstáculos existentes nos armazéns ou galpões, como vigas, colunas,
etc.

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• dimensões das portas de acesso e saída.

O mercado brasileiro dispõe de grande número de opções e modelos de


equipamentos, já padronizados segundo detalhes de segurança,
economia, utilização, etc. Entretanto, não se deve descartar o critério do
menor custo.

Exemplos de equipamentos:
• carros de tração manual;
• empilhadeiras manuais e motorizadas;
• guindastes manuais e automotores;
• carros-pórtico;
• tratores de armazém;
• talhas;
• pontes rolantes;
• elevadores;
• correias transportadoras;
• dutos de sucção e condução de grãos, etc.

2. Codificação e classificação de materiais

O objetivo de um sistema de localização de materiais é estabelecer os


meios necessários à perfeita identificação da localização dos materiais.
Normalmente é utilizada uma simbologia (codificação) alfanumérica que
deve indicar precisamente o posicionamento de cada material estocado ,
facilitando as operações de movimentação e estocagem.
O almoxarife é o responsável pelo sistema de localização de materiais
e deverá possuir um esquema do depósito com o arranjo físico dos
espaços disponíveis por área de estocagem.

Sistemas de endereçamento ou localização dos estoques:


Existem dois métodos básicos: o sistema de endereços fixos e o sistema
de endereços variáveis.

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• Sistema de endereçamento fixo :
Nesse sistema existe uma localização específica para cada produto.
Caso não haja muitos produtos armazenados , nenhum tipo de
codificação formal será necessária. Caso a linha de produtos seja
grande, deverá ser utilizado um código alfanumérico, que visa a
minimização do tempo de localização dos materiais.

• Sistema de endereçamento variável :


Nesse sistema não existem locais fixos de armazenagem, a não ser para
itens de estocagem especial. Os materiais vão ocupar os locais
disponíveis dentro do depósito. O inconveniente desse sistema é o
perfeito controle que se deve ter da situação, para que não se corra o
risco de possuir material perdido em estoque, que somente será
descoberto ao acaso ou durante o inventário. Esse controle deverá ser
feito por duas fichas, uma ficha para controle do saldo por item e a
outra para controle do saldo por local de estoque.
Apesar de o sistema de endereços variáveis possibilitar melhor utilização
do espaço, este pode resultar em maiores percursos para montar um
pedido, pois um único item pode estar localizado em diversos pontos
Esse método é mais popular em sistemas de manuseio e armazenagem
automatizados, que exigem um mínimo de mão-de-obra.

Fique de olho!: Um sistema de classificação e codificação de materiais é


fundamental para que existam procedimentos de armazenagem
adequados, um controle eficiente dos estoques e uma operacionalização
correta do almoxarifado.

Classificar um material significa agrupá-lo segundo sua forma,


dimensão, peso, tipo e uso. Em outras palavras, classificar um material
significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-os de acordo
com as suas semelhanças. Classificar os bens dentro de suas
peculiaridades e funções tem como finalidade facilitar o processo de
posteriormente dar-lhes um código que os identifique quanto aos seus
tipos, usos, finalidades, datas de aquisição, propriedades e seqüência de
aquisição. Por exemplo, com a codificação do bem passamos a ter, além
das informações acima mencionadas, um registro que nos informará
todo o seu histórico, tais como preço inicial, localização, vida útil
esperada, valor depreciado, valor residual, manutenção realizada e
previsão de sua substituição.

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A classificação dos itens é composta de diversas etapas, quais sejam :
catalogação, simplificação, especificação, normalização e padronização
rumo à codificação de todos os materiais que compõem o estoque da
empresa.
Vejamos melhor a conceituação de "classificação", definindo melhor
cada uma dessas etapas:

• Catalogação: significa o arrolamento de todos os itens existentes


de modo a não omitir nenhum deles.

Vantagens da Catalogação:
1. A catalogação proporciona uma idéia geral da coleção;
2. Facilita a consulta por parte dos usuários;
3. Facilita a aquisição de materiais;
4. possibilita a conferência;
5. evita duplicidade de codificação;

• Simplificação: significa a redução da grande diversidade de itens


empregados para uma mesma finalidade. Quando duas ou mais
peças podem ser usadas para o mesmo fim, recomenda-se a escolha
pelo uso de uma delas;

• Especificação: significa a descrição detalhada de um item, como


suas medidas, formato, tamanho, peso etc. Quanto mais detalhada a
especificação de um item, menos dúvida se terá a respeito de sua
composição e características, mais fácil será a sua compra e inspeção
no recebimento.

• Normalização: essa palavra deriva de normas, que são as


prescrições sobre o uso do material; portanto significa a maneira pela
qual o material deve ser utilizado em suas diversas aplicações;

• Padronização: significa estabelecer idênticos padrões de peso,


medidas e formatos para os materiais, de modo que não existam
muitas variações entre eles. Por exemplo, a padronização evita que
centenas de parafusos diferentes entrem em estoque.

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Vantagens da Padronização:
1. Possibilita a simplificação de materiais;
2. Facilita o processo de normalização de materiais;
3. Aumenta poder de negociação;
4. Reduz custos de aquisição e controle;
5. Reduz possibilidade de erros na especificação;
6. Facilita a manutenção;
7. Possibilita melhor programação de compras;
8. Permite reutilização e permutabilidade

Padronização refere-se à atividade de projeto que reduz a variedade


entre um grupo de produtos ou peças. Por exemplo, se um grupo de
produtos com 20 modelos fosse redesenhado para ter somente 10
modelos, iríamos nos referir ao novo grupo como mais padronizado. A
padronização de grupos de produtos ou peças normalmente resulta num
volume mais elevado de cada modelo de produto ou peça, o que pode
levar a custos de produção menores, qualidade de produto mais
elevada, maior facilidade de automação e menor investimento em
estoques.

Assim a catalogação, a simplificação, a especificação, a normalização e a


padronização constituem os diferentes passos rumo à codificação. A
partir da classificação pode-se codificar os materiais.

Codificar um material significa representar todas as informações


necessárias, suficientes e desejadas por meio de números e/ou letras,
com base na classificação obtida do material.
A tecnologia de computadores está revolucionando a identificação de
materiais e acelerando o seu manuseio.
A chave para a rápida identificação do produto, das quantidades e
fornecedor é o código de barras lineares ou código de distribuição.
Esse código pode ser lido com leitores óticos (scanners) . Os fabricantes
codificam esse símbolo em seus produtos e o computador no depósito
decodifica a marca, convertendo-a em informação utilizável para a
operação dos sistemas de movimentação interna, principalmente os
automatizados.

Tente responder à questão abaixo:

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Questão 6: (Cesgranrio – Prefeitura Municipal de Manaus –


Administrador – 2004) O Gerente do Departamento de Materiais da
Empresa Rota, responsável pelo comércio de alimentos enlatados na
região central de Manaus, descobriu que, para melhor atuar, precisa
manter um sistema de classificação que permita o controle eficiente dos
seus estoques, os procedimentos adequados de armazenamento e uma
maneira correta de operacionalizar o almoxarifado. Desta forma, para
organizar este sistema e identificar os materiais, procurou definir o
modo pelo qual devem ser utilizados em suas diversas finalidades,
usando, assim, a técnica de:
a) codificação
b) normalização
c) simplificação
d) ordenação
e) inspeção
Vocês perceberam que toda primeira parte da questão é “pura
enrrolação”? A maioria dos concursandos tem medo de questões
grandes e acabam perdendo o foco... a questão é muito simples, e,
somente a última frase é que nos interessa.
Normalização significa a maneira pela qual o material deve ser utilizado
em suas diversas aplicações. Resposta: B

3. Registro

A manutenção de registros dentro do setor de armazenamento requer


um registro de estoque de cada ítem mantido em estoque. O item
individual é chamado unidade de manutenção de estoque (SKU).
Registros de estoque são contas ativas que mostram o saldo atual,
recebimentos, desembolsos e quaisquer outras mudanças que realmente
afetem o saldo útil de cada SKU.
Adicionalmente, os registros de estoque podem mostrar recebimentos
esperados, promessas ou alocações de SKUs, não obstante elas ainda
estarem em estoque.
Os computadores permitiram aos gerentes melhorar a precisão desses
registros, afixar mudanças nos registros mais frequentes quando elas
ocorrem, e ter informações sobre saldos atuais instantaneamente.

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Questão 7: (INB – Almoxarife – 2006) Para a eficiência do
almoxarifado, é necessário registrar certas informações. Assinale
abaixo, a alternativa que expressa uma informação normalmente
dispensável:
A) Nome do comprador.
B) Quantidade de saída.
C) Número da peça.
D) Localização do estoque.
E) Quantidade de entrada.
Resp: a
Para que possamos verificar o saldo atual, recebimentos, desembolsos e
quaisquer outras mudanças que realmente afetem o saldo útil de cada
SKU, não podemos deixar de registrar a quantidade de saída, a
quantidade de entrada.
Ainda, para garantir a eficiência do funcionamento do almoxarifado,
precisamos saber com rapidez e precisão onde se localiza cada material.
Assim, o número da peça (para poder identificá-la) e sula localização no
estoque não podem ser dispensados.
Desta forma, verificamos que a informação que podemos dispensar é o
nome do comprador, pois não irá influenciar no funcionamento do
almoxarifado. Assim, a resposta é a letrs “a”.

4. Inventário Físico

Conforme estudamos na aula 02, o inventário físico consiste na


contagem física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre o
inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser feitos
os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias.
É a atividade que visa o estabelecimento de auditoria permanente de
estoques em poder do Almoxarifado, objetivando garantir a plena
confiabilidade e exatidão dos registros contábeis e físicos, essencial para
que o sistema funcione com a eficiência requerida.
É a verificação da existência dos materiais da empresa, através de um
levantamento físico de contagem, para confrontação com os estoques
registrados, sendo efetuado periodicamente, para efeito de balanço
contábil físico e financeiro do almoxarifado, seções, depósitos e de toda
a empresa, atendendo a exigência fiscal da legislação.

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O inventário físico é geralmente efetuado de dois modos: periódico ou
rotativo.
É chamado de periódico quando em determinados períodos –
normalmente no encerramento dos exercícios fiscais, ou duas vezes por
ano – faz-se a contagem física de todos os itens de estoque.
Nesse procedimento, geralmente faz-se necessário a parada total do
processo operacional da empresa, recebimento, produção e despacho,
durante o período de inventário, que pode ser de vários dias,
dependendo do tamanho da empresa. Essa parada é necessária para
que possamos efetuar a contagem física de todos os itens de estoques,
sem sofrer interferência e sem erros.
O inventário periódico é também conhecido como geral.
O inventário é rotativo quando permanentemente se contam os itens
em estoque. Neste caso faz-se um programa de trabalho de tal forma
que todos os itens sejam contados pelo menos uma vez dentro do
período fiscal (normalmente de um ano). Uma de suas principais
características é o aprimoramento contínuo da confiabilidade.
É mais vantajoso e mais econômico em razão de não haver necessidade
de paralisação da fábrica, de permitir melhores condições e tempo para
análise de problemas ou causas de ajustes, bem como aperfeiçoar o
sistema de controle.

De acordo com o Ato da Mesa nº 63/97 que aprova o Regulamento de


Controle Patrimonial, compete à Coordenação de Patrimônio:
9 promover o inventário anual,
9 supervisionar o inventário de passagem de carga (quando da
mudança do responsável pelo material permanente de uma
unidade administrativa) e
9 realizar levantamentos físico-financeiros;

Vejamos um exemplo de como realizar um inventário físico:


a) Levantamento
9 Os inventariantes são escolhidos e divididos em duas equipes:
“de contagem” e “revisora”;
9 Os itens iguais devem ser agrupados, identificados com os
cartões e os que não serão inventariados devem ser isolados.

b) Contagem

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9 Todos os registros de movimentações de estoque devem ser
atualizados até a data do inventário, quando deverão ser
suspensas para evitar erros.
9 Cada item é contado duas vezes;
9 A primeira contagem é feita pela "equipe de contagem", que
fixa o “cartão de inventário” em cada item, anotando sua
quantidade no "cartão de inventário";
9 A segunda contagem é feita pela "equipe revisora".

c) Apuração
9 O coordenador do inventário deverá conferir ambas as
contagens.
9 Caso as contagens sejam idênticas, o inventário para o item
estará correto, caso contrário ocorrerá uma terceira contagem
por outra equipe diferente.
9 Em caso de divergências, os responsáveis pelo controle do
estoque deverão justificar as diferenças entre o estoque
contábil e inventariado através de relatório específico.

5. Análise do valor e alienação

A alienação é a operação de transferência do direito de propriedade do


material, mediante venda, permútua ou doação.

A alienação subordina-se à existência de interesse público devidamente


justificado e será precedida de avaliação.
Nos casos de alienação, a avaliação do material deverá ser feita de
conformidade com os preços atualizados e praticados no mercado.
Decorridos mais de 60 (sessenta) dias da avaliação, o material deverá
ter o seu valor automaticamente atualizado, tomando-se por base o
fator de correção aplicável às demonstrações contábeis e considerando-
se o período decorrido entre a avaliação e a conclusão do processo de
alienação.
As avaliações normalmente são feitas por comissão especial, instituída
pela autoridade competente e composta de, no mínimo, 3 (três)
servidores integrantes do órgão ou entidade interessados.
A Administração poderá, em casos especiais, contratar, por prazo
determinado, serviço de empresa ou profissional especializado para

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assessorar a comissão especial quando se tratar de material de grande
complexidade, vulto, valor estratégico ou cujo manuseio possa oferecer
risco a pessoas, instalações ou ao meio ambiente.

Na alienação do material por venda, a licitação será realizada nas


modalidades de concorrência, leilão ou convite, dependendo do valor da
transação.
A alienação por permútua, dispensada a licitação, só poderá ser
efetuada entre órgãos ou entidades da administração pública.
A doação, como forma de alienação, também dispensada a licitação, é
permitida exclusivamente para fins de uso de interesse social, após
avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica,
relativamente à escolha de outra forma de alienação.

6. Questões de Concursos Anteriores

Como de costume, primeiramente vamos refazer as questões estudadas


em aula.

Questão 01: (INB – Almoxarife – 2006) O objetivo da existência de um


almoxarifado consiste em:
A) Controlar os custos unitários de produção.
B) Vender de forma eficiente os produtos da empresa.
C) Minimizar custos e maximizar o atendimento aos usuários.
D) Controlar o horário da jornada de trabalho dos colaboradores.
E) Nenhuma das respostas anteriores.

Questão 02: (NCE/UFRJ – TBG – Analista de Suprimento – 2006)


Representam atividades exercidas pelos gestores da armazenagem e
movimentação física dos materiais, EXCETO:
(A) recebimento dos materiais;
(B) controle de localização física dos materiais;
(C) identificação dos materiais;
(D) armazenagem dos materiais;
(E) controle de qualidade dos materiais.

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Questão 3: (INB – Almoxarife – 2006) NÃO faz parte do procedimento


que um almoxarife deve seguir ao receber materiais:
A) A confrontação das características dos materiais constantes na
carga em relação aos registrados no pedido e na nota fiscal.
B) O registro de saída de materiais do estoque.
C) A conferência dos volumes declarados na nota fiscal e no
manifesto de transporte com os volumes a serem efetivamente
recebidos.
D) A verificação da existência de autorização para compra do
material a ser recebido.
E) A conferência visual dos volumes e embalagens para identificação
de possíveis avarias.

Questão 4: (NCE/UFRJ – TBG – Analista de Suprimento – 2006)


Paletes são estrados que podem ser de madeira, metal, papelão ou
plástico, que permitem a formação da carga unitária. As alternativas a
seguir mostram vantagens da paletização, EXCETO:
(A) necessidade de investimentos em equipamentos adequados a seu
manuseio;
(B) maior densidade de carga no armazenamento;
(C) padronização e automação dos sistemas de recebimento e
fornecimento dos materiais;
(D) redução dos custos de manuseio e movimentação, além de redução
no tempo de transporte e maior rapidez nas operações de carga e
descarga;
(E) melhoria na utilização dos espaços verticais, aumentando a
utilização dos espaços destinados ao armazenamento dos materiais.

Questão 5: (INB – Almoxarife – 2006) Acerca de um almoxarifado


corretamente organizado, assinale a alternativa INCORRETA:
A) O uso da capacidade volumétrica do depósito é otimizado.
B) Os registros de entrada e saída de materiais são mantidos
atualizados e organizados.
C) Existência de alto índice de obsolescência.
D) As distâncias internas percorridas para transporte de materiais
são as menores possíveis.

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E) Os materiais são dispostos de maneira a diminuir o tempo para
localização dos mesmos.

Questão 6: (Cesgranrio – Prefeitura Municipal de Manaus –


Administrador – 2004) O Gerente do Departamento de Materiais da
Empresa Rota, responsável pelo comércio de alimentos enlatados na
região central de Manaus, descobriu que, para melhor atuar, precisa
manter um sistema de classificação que permita o controle eficiente dos
seus estoques, os procedimentos adequados de armazenamento e uma
maneira correta de operacionalizar o almoxarifado. Desta forma, para
organizar este sistema e identificar os materiais, procurou definir o
modo pelo qual devem ser utilizados em suas diversas finalidades,
usando, assim, a técnica de:
a) codificação
b) normalização
c) simplificação
d) ordenação
e) inspeção

Questão 7: (INB – Almoxarife – 2006) Para a eficiência do


almoxarifado, é necessário registrar certas informações. Assinale
abaixo, a alternativa que expressa uma informação normalmente
dispensável:
A) Nome do comprador.
B) Quantidade de saída.
C) Número da peça.
D) Localização do estoque.
E) Quantidade de entrada.

Hoje, como é nossa última aula, faremos um pouco diferente. Vamos


responder questões novas sobre as matérias estudadas nessa aula e
vamos também responder questões sobre os assuntos estudados nas
aulas anteriores para testarmos nossos conhecimentos e, ao mesmo
tempo, fazermos uma revisão.
Bons acertos!

08. (INB – Almoxarife – 2006) Assinale abaixo a alternativa


correta:

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A) A Armazenagem especial consiste em armazenar o mais próximo
possível da saída os materiais que tenham maior freqüência de
movimentação.
B) A Armazenagem por acomodabilidade, consiste em armazenar os
materiais em função do seu tamanho.
C) A Armazenagem por agrupamento, consiste em armazenar
materiais especiais, que possam exigir climatização propícia,
isolamento, entre outros cuidados específicos.
D) A Armazenagem por freqüência, consiste em armazenar próximos
os tipos semelhantes de materiais (famílias ou grupos).
E) Todas as respostas anteriores estão corretas.

09. (INB – Almoxarife – 2006) Agrupar em uma única


embalagem de transporte determinada quantidade de
embalagens menores visando facilitar a movimentação é
característica:
A) Da unitização de cargas.
B) Do grupamento de cargas.
C) Da monobalagem de cargas.
D) Do empilhamento de cargas.
E) Da compactação de cargas.

10. (INB – Almoxarife – 2006) Em uma empresa, o profissional


responsável pelo fluxo de materiais, desde a entrada
(fornecedor) até a saída (consumidor) é denominado:
A) Contador.
B) Programador.
C) Almoxarife.
D) Administrador.
E) Entregador.

11. (INB – Almoxarife – 2006) NÃO é tarefa de um almoxarifado:


A) Registrar as entradas e saídas de materiais.
B) Manter um controle dos itens, de modo que eles possam ser
encontrados pronta e corretamente.

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C) Minimizar o esforço físico total e o custo de transporte dos
produtos para dentro e fora do almoxarifado.
D) Despachar mercadorias vendidas e emitir notas fiscais para seus
compradores.
E) Fornecer elos de comunicação com os clientes.

12. (Embrapa – Serviço de Apoio, Patrimônio e Material – 2006)


Quando se trata de custos relacionados aos estoques, há três
categorias diferentes de custos para a administração do
inventário: manutenção do estoque; requisição ou compra; os
relacionados à falta de estoque. O de manutenção estoque, em
primeiro lugar, imobiliza um capital que poderia ser empregado
de forma diferente dentro e fora da empresa, e este capital tem
custo próprio, estimado de 8% a 40% ao ano, o que não é pouco
e pode ser ainda maior. Existe ainda um segundo custo,
associado aos impostos e aos seguros, que podem chegar a
25%; um terceiro, da armazenagem física propriamente dita,
relacionado com a quantidade de estoque mantido; e,
finalmente, os custos associados ao risco de manter o estoque.
Estes são os custos relacionados:
A) às perdas e danos;
B) à deterioração, obsolescência, danos e furtos;
C) aos roubos e assaltos;
D) às invasões atípicas;
E) às contingências.

13. (NCE/UFRJ – TBG – Analista de Suprimento – 2006) Observe


as afirmativas com relação a características que são básicas na
otimização da operação de um armazém:

I – acessibilidade: fácil acesso ao material desejado.


II – equipamentos de movimentação e armazenagem.
III – tipos de embalagens utilizadas no armazenamento.

Assinale a afirmativa correta:


(A) apenas a afirmativa I está correta;
(B) apenas as afirmativas I e II estão corretas;

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(C) apenas as afirmativas II e III estão corretas;
(D) apenas as afirmativas I e III estão corretas;
(E) todas as afirmativas estão corretas.

14. (ESAF – Prefeitura de Recife - Analista de Compras – 2003)


“A seleção de equipamentos de movimentação de materiais é
uma tarefa difícil (...) principalmente porque cada operação não
pode ser vista isoladamente, e não admite estrangulamento nem
ociosidades.” (Dias, 1993, p.242).
Considerando o uso geral dos equipamentos de movimentação
de material, numere a segunda coluna de acordo com a primeira
e, a seguir, assinale a opção correta.
I. Transporte de grandes volumes para expedição.
II. Formação de lotes para despacho.
III. Grande altura.
IV. Empacotamento do produto acabado.
V. Em qualquer situação que exija transporte em série, use a velocidade
baixa ou moderada.
( ) Transportador de corrente.
( ) Carrinho.
( ) Empilhadeira manual.
( ) Carreta.
( ) Transportador de rodízios.
a) I - V - II - III - IV
b) II - V - I - IV - III
c) V - II - III - I - IV
d) II - V - IV - I - III
e) III - II - V - I - IV

15. (Cespe - MPE/TO – Analista Ministerial) A respeito de conceitos e


práticas da gestão de material e patrimônio, julgue os itens seguintes.
a) ___ É correto afirmar que as atividades dos profissionais de uma
empresa responsáveis pelas áreas de controle de estoque, compras,
armazenamento, movimentação e distribuição estão relacionadas à
administração de materiais.

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b) ___ A documentação é uma das características essenciais para a
eficácia do controle de estoque. A emissão, a verificação, a liberação e o
envio desses documentos por meios eletrônicos devem ser evitados,
devido aos evidentes prejuízos para o arquivamento e a recuperação de
informações.

16. (ESAF – Prefeitura de Recife – Analista de Compras – 2003)


Considere a Ficha de estoque de uma empresa que adota o
sistema de inventário permanente e que tenha movimentado
certo item de estoque da forma a seguir:

Considerando o preço médio unitário como base de avaliação dos


estoques, o saldo em 15/01/2003 apresentará um valor que está
presente na seguinte opção:
a) inferior a R$ 15.000,00
b) entre R$ 15.000,00 e R$ 16.500,00
c) entre R$ 16.501,00 e R$ 18.000,00
d) entre R$ 18.001,00 e R$ 19.500,00
e) acima de R$ 19.500,00

17. (ESAF – Prefeitura de Recife – Analista de Compras – 2003)


Analisando a ficha de estoque de um produto, de determinada
empresa, temos:

Adotando o método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair), o saldo


final do estoque seria:
a) maior que R$ 22.000,00

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b) entre R$ 21.000,00 e R$ 22.000,00
c) entre R$ 20.000,00 e R$ 20.999,99
d) entre R$ 19.000,00 e R$ 19.999,99
e) abaixo de R$ 19.000,00

18. (Esaf - Analista de compras – Prefeitura de Recife – 2003)


Uma empresa, ao examinar a movimentação de seu estoque nos
últimos seis meses, constatou um giro igual a 18 resultando em
um valor de cobertura igual a 10 dias. Esse resultado permite
afirmar que:
( ) o seguro do estoque cobre perdas de até 10 dias.
( ) de acordo com a demanda média pode-se contar com pelo menos 10
dias de estoque médio.
( ) há ainda dez dias de prazo para que se realize um novo estudo sobre
a cobertura do seguro.
( ) o estoque remanescente poderá cobrir em torno de dez dias de
consumo do sétimo mês.
( ) durante seis meses o estoque foi renovado dezoito vezes,
considerando um consumo médio.
a) E-C-C-E-C
b) C-E-C-C-E
c) C-E-C-C-C
d) C-C-E-E-E
e) E-C-E-C-C

19. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


A independência de terceiros, maiores lucros, mais autonomia e,
conseqüentemente, exigências de mais investimentos e de
aumento da estrutura da empresa são fatores relacionados à
seguinte estratégia de aquisição de recursos materiais:
A) horizontalização
B) verticalização
C) terceirização
D) parcerias

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20. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)
A forma de compra eletrônica que se utiliza de computadores
ligados diretamente aos computadores dos fornecedores, com
software específico para comunicação e tradução dos
documentos, denomina-se:
A) EDI
B) E-mail
C) Internet
D) E-commerce

21. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


Os recursos adquiridos e que não serão incorporados ao produto
final, como os materiais de escritório, denominam-se:
A) produtos em processo
B) produtos acabados
C) matérias-primas
D) auxiliares

22. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


A maneira pela qual a informação da necessidade de material
chega à área responsável pelas compras, iniciando o respectivo
processo, denomina- se:
A) projeção de demanda
B) plano de compras
C) sinal de demanda
D) sinal de oferta

23. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


Para determinar as necessidades de materiais que serão
utilizados na fabricação de um produto, a partir da lista obtida
da estrutura do produto, utiliza- se a seguinte técnica:
A) MRP
B) kanban
C) reposição periódica
D) solicitação de compras

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24. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)
O sistema que é baseado na qualidade e flexibilidade do
processo de compras e que tem como principal característica a
disponibilização dos materiais solicitados, na quantidade e no
exato momento de sua utilização, é o de:
A) reposição periódica
B) reposição contínua
C) ponto de pedido
D) just-in-time

Com base no enunciado a seguir, responda às questões 25 e 26.


Nos últimos quatro meses, do ano de 2004, houve, em uma Inspetoria,
a seguinte movimentação de material, sabendo-se que o estoque final
do mês de agosto do mesmo ano foi R$ 5.000,00.

25. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


A cobertura do estoque em dias é de:
A) 1,34
B) 38,46
C) 155,84
D) 258,33

26. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


O número de vezes do giro de estoque é igual a:
A) 0,77
B) 0,88
C) 3,12
D) 3,53

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27. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)
Os custos que diminuem com o aumento do estoque médio são
denominados de:
A) inversamente proporcionais
B) diretamente proporcionais
C) obtenção
D) flexíveis

28. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


Quando o objeto que se pretende licitar é singular ou quando só
há um ofertante, a licitação é considerada como:
A) vedada
B) inexigível
C) obrigatória
D) dispensável

29. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


A modalidade licitatória utilizada para compras de pequeno valor
para a qual a administração deverá convocar, no mínimo, três
ofertantes cadastrados é:
A) pregão
B) concurso
C) carta-convite
D) tomada de preço

30. (Crea- RJ – Assistente de Administração de Materiais – 2005)


O estoque de materiais existente na empresa, com o objetivo de
cobrir eventuais aumentos de demanda ou atrasos no
fornecimento, denomina-se:
A) médio
B) máximo
C) de demanda
D) de segurança

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7. Gabarito

8. Resp: b
Vejamos porque os outros itens estão errados:
a) armazenagem por rotatividade de materiais ou frequência.
c) armazenagem especial.
d) armazenagem por similaridade ou agrupamento.

09. Resp: a
O método da carga unitária, ou unitização de cargas, consiste na
arrumação ou composição de pequenos itens –pacotes ou unidades
menores – em volumes dimensionados em peso, cubagem e quantidade
maiores.

10. Resp: c
Almoxarife designa-se o funcionário responsável pelo depósito e
distribuição de materiais e matérias-primas (fiel de armazém).
Oa Almoxarifes programam e coordenam as atividades de recebimento,
conferência, controle, guarda, distribuição, registro e inventário de
materiais permanentes e de consumo, para uso das unidades e órgãos
da Instituição.
• Asseguram o bom andamento de processos de entrada e saída de
materiais, verificando, executando os registros específicos, visando
facilitar consultas e a elaboração de inventários. • Classificam,
controlam o uso e disposição física dos espaços onde os materiais são
estocados, dispensando atenção especial a materiais perecíveis ou de
certo grau de periculosidade, conforme especificações dos mesmos e
normas técnicas vigentes. • Asseguram o controle rígido do estoque,
bem como consumo médio e ponto de compra, calculando demandas
futuras, evitando falta de materiais. • Auxiliam na organização de
arquivo, envio e recebimento de documentos, pertinentes a sua área de
atuação para assegurar a pronta localização de dados. • Zelam pela
segurança individual e coletiva, utilizando equipamentos de proteção
apropriado, quando da execução dos serviços. • Zelam pela guarda,
conservação, manutenção e limpeza dos equipamentos, instrumentos e
materiais utilizados, bem como do local de trabalho.

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11. Resp: d
A emissão de notas fiscais é feita pela Contabilidade ou pelo setor de
faturamento.

12. Resp: B
Outra questão grande que só assusta. O que nos importa é somente as
últimas frases. Os custos associados ao risco de manter o estoque são
os relacionados à deterioração, obsolescência, danos e furtos.
Lembram dos custos diretamente proporcionais? Ocorrem quando os
custos crescem com o aumento da quantidade média estocada.
Perdas quanto mais estoque maiores as chances de perdas
mais custo decorrente de perdas.
Obsolescência quanto mais estoque maiores as chances dos
matérias se tornarem obsoletos mais custo decorrentes de materiais
que não mais serão utilizados.
Furtos e roubos quanto mais estoques maiores as chances de
materiais serem furtados e/ou roubados mais custos decorrentes.

13. Resp: e
Todas as afirmativas apresentadas otimizam a operação de um
armazém.

14. Resp: c
Transportador de corrente é uma corrente motorizada que arrasta
materiais ao longo de uma base inclinada. Assim, pode ser utilizado em
qualquer situação que exija transporte em série, use a velocidade baixa
ou moderada. (V)
Carrinhos – Vagões não motorizados empurrados por trabalhadores.
Normalmente os trabalhadores usam os carrinhos para movimentar os
materiais e formar o lote para despacho. (II)
Uma empilhadeira é uma máquina usada principalmente para carregar e
descarregar mercadorias através das páletes. Possuem capacidades que
podem chegar a até 70 toneladas, e altura de elevação até 6,5 metros.
A empilhadeira trabalha com grandes alturas. (III)
Carreta é um tipo de caminhão, que pode transportar grandes volumes
para expedição. (I)
Transportador de rodízios são caixas, peças grandes ou cargas
unificadas que rolam sobre uma série de cilindros montados sobre uma

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estrutura rígida. Os cilindros podem ser motorizados ou não. Uma de
suas utilidades é o empacotamento do produto acabado. (IV).

15. Resposta:
a) certo
b) errado – Não devem ser evitados. São a forma mais moderna, e que
evita erros.

16. Resp: E
Como o preço médio é R$ 2,18, a venda será 8.000 x 2,18 = R$
17.440,00. O saldo terá 9.000 unidades (17.000 – 8.000) ao preço
médio de R$ 2,18 = R$ 19.620,00.

17. Resp: B
Se estou vendendo 8.000 unidades, utilizando o método PEPS, vou
verificar qual foi o primeiro valor a entrar. O primeiro valor que temos
são 10.000 unidades a R$ 2,00. Assim, o valor a ser utilizado será
R$ 2,00. Então: 8.000 unidades x R$ 2,00 = R$ 16.000,00.

Para achar o saldo: R$ 20.000 (inicial) + R$ 12.000 (10/01) + R$ 5.000


(15/01) – R$ 16.000 (vendido) = R$ 21.000,00

18. Resp: e

Primeiramente, vamos relembrar os conceitos:


O Giro de estoques mede quantas vezes, por unidade de tempo, o
estoque se renovou ou girou.

Giro de estoque = Valor consumido no período


Valor do estoque médio no período

Cobertura de estoques indica o número de unidades de tempo; por


exemplo, dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a
demanda média.

Cobertura em dias = Nº de dias do período em estudo

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Giro

Assim:
Errado: o seguro do estoque cobre perdas de até 10 dias. A cobertura
de estoques não tem relação com seguros.
Certo: de acordo com a demanda média pode-se contar com pelo menos
10 dias de estoque médio, uma vez que o exercício afirmou ter
cobertura de 10 dias.
Errado: há ainda dez dias de prazo para que se realize um novo estudo
sobre a cobertura do seguro. A cobertura de estoques não tem relação
com seguros.
Certo: o estoque remanescente poderá cobrir em torno de dez dias de
consumo do sétimo mês. Na verdade, de qualquer mês, inclusive do
sétimo.
Certo: durante seis meses o estoque foi renovado dezoito vezes,
considerando um consumo médio. Se o exercício diz que nos últimos 6
meses o giro é igual a 18, então o estoque foi renovado 18 vezes.

19. Resp: B
Lembram do quadro de vantagens da verticalização da aula 02?
Vantagens: Independências de terceiros, Maiores lucros,
Maior autonomia, Domínio sobre a tecnologia própria

20. Resp: A
EDI (eletronic data interchange) é um recurso de informática que
capacita as empresas a manter contato direto a distância entre os seus
computadores e os de clientes e parceiros, agilizando o fluxo de
informações dentro de um nível compatível de sigilo. É um recurso de
informação à distância.
E-comerce é o veículo de transação comercial, através de meios
eletrônicos.

21. Resp: D
Produtos em processo – Itens que já entraram no processo produtivo,
mas que ainda não são produtos acabados. São os materiais que
começaram a sofrer alterações, sem, contudo, estar finalizados.
Produtos acabados – itens que já estão prontos para serem entregues
aos consumidores finais. São os produtos finais da empresa.

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Matérias-primas – materiais que a empresa compra para usar no
processo produtivo, geralmente incorporando-se ao produto final, como
um componente de alta tecnologia – por exemplo, um computador de
bordo para um fabricante de aviões -, ou um material de embalagem.
Materiais auxiliares, ou materiais indiretos, ou materiais não-produtivos
são os itens que não se incorporam ao produto final.

22. Resp: C
O sinal de demanda é a forma sob a qual a informação chega à área
de compras para desencadear o processo de aquisição de bem material
ou patrimonial. No caso de bens patrimoniais, o sinal pode vir, por
exemplo, de um estudo de viabilidade ou de uma necessidade de
expansão. Já no caso de obras públicas, ele pode ser resultado, entre
outros, de um estudo de mercado ou de necessidades sociais.
No caso de recursos materiais, as formas mais comum são solicitação de
compras (ou requisição de compras), MRP (materials requirement
planning ou planejamento das necessidades de materiais), just-in-time,
reposição periódica, ponto de pedido, caixeiro-viajante e contratos de
fornecimento.

23. Resp: A
O materials requirement planning (MRP) ou planejamento das
necessidades de materiais é uma técnica que permite determinar as
necessidades de compras dos materiais que serão utilizadas na
fabricação de um certo produto.
Kanban – Sistema de produção baseado em cartões de transferência e
produção que determinam o movimento de pedidos de produção entre
estações de trabalho.
No sistema de reposição periódica ou intervalo padrão, depois de
decorrido um intervalo de tempo preestabelecido, por exemplo, três
meses, um novo pedido de compra para um certo item de estoque é
emitido.
Por meio da solicitação de compras ou requisição de compras, qualquer
unidade organizacional ou mesmo um colaborador qualquer manifesta
sua necessidade de comprar um item para uso em benefício da
empresa.

24. Resp:D

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O sistema just-in-time é um método de produção com o objetivo de
disponibilizar os materiais requeridos pela manufatura apenas quando
forem necessários para que o custo de estoque seja menor.
No sistema de reposição periódica ou intervalo padrão, depois de
decorrido um intervalo de tempo preestabelecido, por exemplo, três
meses, um novo pedido de compra para um certo item de estoque é
emitido.
O sistema de reposição contínua ou sistema do ponto de pedido ou lote
padrão é o mais popular método utilizado nas fábricas e consiste em
disparar o processo de compra quando o estoque de um certo item
atinge um nível previamente determinado.

25. Resp: B
O que o concursando deveria perceber é que, para conseguir calcular a
questão 25, ele deveria calcular primeiro a 26. (para obter o giro).

Cobertura em dias = Nº de dias do período em estudo


Giro

4 meses x 30 dias = 120 dias


Cobertura em dias = 120 / 3,12 = 38,46

26. Resp: C

Giro de estoque = Valor consumido no período


Valor do estoque médio no período

Valor consumido no período = somatório das saídas = 23.000,00


Valor do estoque médio: Apuramos o estoque inicial e final de cada mês,
calculamos a média, somamos os quatro meses e dividimos pelo mesmo
período.

Setembro: 7.500; outubro: 7.500; novembro: 6.500 e dezembro: 8.000


= 29.500 / 4 = 7.375,00

Giro de estoque = 23.000 / 7.375 = 3,12

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27. Resp: A
Os custos inversamente proporcionais são os custos que diminuem
com o aumento do estoque médio, isto é, quanto mais elevados os
estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-versa). São os
denominados custos de obtenção, no caso dos itens comprados, e
custos de preparação, no caso de itens fabricados internamente.
Os custos diretamente proporcionais ocorrem quando os custos
crescem com o aumento da quantidade média estocada. Do mesmo
modo, quanto maior a quantidade de itens armazenados, maior a área
necessária e maior o custo de aluguel.

28. Resp: B
A diferença básica entre dispensa e inexigibilidade reside no fato de que,
na dispensa, há possibilidade de competição, mas a licitação não é
obrigatória, porque a Lei faculta à Administração contratar diretamente,
tendo em vista algum valor jurídico relevante. Por outro lado, nos casos
de inexigibilidade, não há possibilidade de competição.

29. Resp: C
Pregão
Modalidade em que a disputa se realiza em sessão pública, na qual os
licitantes previamente cadastrados apresentam propostas de preço em
regime de lances ou melhor oferta até a obtenção de um vencedor.
Concurso
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha
de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de
prêmio ou remuneração aos vencedores (art. 22, § 4º da Lei 8.666/93).
Convite
Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto
da licitação, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela
Administração, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente
especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até
24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Tomada de Preços
Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou
que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o

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terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a
necessária qualificação.

30. Resp: D
Também conhecido por estoque mínimo ou estoque reserva, é uma
quantidade mínima de peças que tem que existir no estoque com a
função de cobrir as possíveis variações do sistema, que podem ser:
eventuais atrasos no tempo de fornecimento (TR) por nosso fornecedor,
rejeição do lote de compra ou aumento na demanda do produto.

8. Bibliografia:

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2006.
Manual de Aquisição da Câmara,
Decreto 3.931/2001 que trata sobre o Sistema de Registro de Preços,
Decreto 2.271/1997 sobre contratação de serviços pela Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional,
Atos da Mesa da Câmara dos Deputados nº 34/2003, 63/1997 e
76/1997.
MOREIRA, Daniel A. Administração da Produção e Operações. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2004.
MARTINS, Petrônio Garcia & ALT, Paulo Renato Campos. Administração
de Materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2006
PISCITELLI, Roberto Bocaccio, TIMBÓ, Maria Zuleide Farias & ROSA,
Maria Berenice. Contabilidade Pública. São Paulo: Editora Atlas, 2004 –
8ª Edição.
Manual de Orientação do Gestor Público do Governo do Estado do Rio de
Janeiro
www.esao.ensino.eb.br
http://disciplinas.ea.ufrgs.br/ADM01010
Lei de Licitações e Contratos – Lei nº 8.666/93.
Manual de Aquisição da Câmara,
Decreto 3.931/2001 que trata sobre o Sistema de Registro de Preços,
Decreto 2.271/1997 sobre contratação de serviços pela Administração

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Pública Federal direta, autárquica e fundacional,
Atos da Mesa da Câmara dos Deputados nº 34/2003, 63/1997 e
76/1997.
POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais.
São Paulo – Editora Atlas: 2007 – 4ª Edição
BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. São Paulo – Editora Atlas –
1993 – 17ª Tiragem.
André Moraes - Cefet-RJ - Curso: Administração Industrial
Gestão de Recursos Materiais e de Medicamentos: bases.bireme.br
Noções básicas de almoxarifado – GN 2004
Professor Gilberto Fundamentos em Gestão da Qualidade - - 2005/1

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