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Departamento Regional de São Paulo

Técnicas de Almoxarifado
e Recebimento

ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”

TREINAMENTO
TREINAMENTO

Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

 SENAI-SP, 2006

Trabalho organizado pela Escola SENAI “Almirante Tamandaré”, a partir dos conteúdos extraídos da
Intranet do Departamento Regional do SENAI-SP.

1ª edição, 2006

Coordenação Geral Murilo Strazzer

Equipe Responsável

Coordenação Celso Guimarães Pereira


Estruturação Ilo da Silva Moreira
Elaboração Davi Ricardo Ferreira
Revisão Marcelo Aparecido Beloto

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Regional de São Paulo
Escola SENAI “Almirante Tamandaré”
Av. Pereira Barreto, 456
CEP 09751-000 São Bernardo do Campo - SP
Telefone: (011) 4122-5877
FAX: (011) 4122-5877 (ramal 230)
E-mail: senaitamandare@sp.senai.br

cód. 120.9.040
Sumário

Página 4 Introdução

5 Realização de Produtos

6 Almoxarifado

12 Dimensionamento de estoques

14 Métodos de apanha e guarda de materiais

19 Documentos pertinentes à função almoxarifado

22 Segurança em almoxarifado

30 Kanban / Sistemas Just In Time

35 Tempestade de Idéias (Brainstorming)

36 Sistemas de gerenciamento integrado / Qualidade

37 Inglês básico para almoxarifado

40 Símbolos de segurança das cargas

43 Movimentação de carga

48 Segurança na movimentação manual de carga

53 Referências bibliográficas
Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

INTRODUÇÃO

Os materiais em estoque no almoxarifado representam parcela significativa do ativo da


empresa, comprometendo parte do capital de giro.

Quando se fala em estoques, ocorre imediatamente a idéia de uma indústria qualquer, mas os
setores industriais nem de longe os únicos setores interessados, segundo os estudiosos Norte
Americanos Krajewski, L J e Rtzman, L.P., perto de um trilhão de dólares foram investidos em
estoques na economia norte americana em 1987. Desse total 37% pertenciam à indústria de
transformação, 22% ao comércio varejista, 21% ao comércio atacadista, 12% ao setor agropecuário e
12% aos segmentos restantes da economia. Através desta pesquisa, podemos observar a
importância dos estoques em qualquer ramo de atividade a qual cresce diariamente com a
globalização da economia que cada vez mais, elimina as fronteiras para o comércio.

Produzimos melões no Nordeste para serem vendidos na Europa e Ásia, compramos carros
produzidos no Japão, Alemanha; os componentes do nosso computador são produzidos nos Estados
Unidos ou nos Tigres Asiáticos.

Dentro deste novo cenário há uma necessidade de agilidade, dinamismo, controle e


planejamento, para que os estoques existentes no almoxarifado, que são comprovadamente os
maiores volumes de investimentos dentro de uma organização, sejam manipulados de forma
adequada.

Neste curso estaremos trabalhando a função do almoxarifado que é: prestação de serviço


confiável e dinâmico integrará com as diversas áreas das empresas, organização e atendimento as
necessidades dos seus clientes.

“SER ORGANIZADO É QUALIDADE”

As inter-relações do Almoxarifado

O pessoal de almoxarifado está em constante contato com outros setores das empresas,a
saber:

Com a área técnica: quando busca orientações sobre especificações ou mesmo procedimentos
de liberação de materiais.

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Com o setor de planejamento: para definição dos procedimentos que definem os níveis de
estoque, seus controles e formas de reposição.

Com o setor financeiro: para controle dos custos de estoque, do capital que a empresa tem
investido nele, e seu nível de rotatividade.

Com setor de compras: que efetivamente executa as transações de compras dos materiais em
estoque. Cabe salientar que cada vez mais o profissional de almoxarifado será um comprador de
itens tidos como commodities.

Com o setor de produção: normalmente é o setor que mais usa dos serviços do almoxarifado.

Com a alta administração: que constantemente solicita informações sobre os níveis de estoque
dos materiais.

Todas as áreas esperam do setor almoxarifado, um elevado nível de serviço por confiarem a
ele a guarda de seus materiais.

Do profissional de almoxarifado é esperado: capacidade de relacionamento, conhecimento


técnico da função, habilidades complementares como, senso de função, ética e responsabilidade.

REALIZAÇÃO DE PRODUTOS

Todo sistema apresenta interface com o ambiente. Se considerarmos o Sistema Industrial,


poderemos estabelecer estas interfaces. No Brasil, é comum se chamar de indústria apenas o
subsistema voltado à fabricação ou manufatura de produtos. Na verdade, o Sistema Industrial é muito
mais do que isso, englobando, além dos diversos estágios da manufatura, a obtenção da matéria-
prima, a armazenagem dos produtos semi-acabados, as lojas de comercialização e, por último, na
seqüência, o consumidor.

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Sistema industrial

Como podemos verificar, as fases estão interligadas. Desta forma, completá-se o ciclo que
começa na obtenção da matéria-prima e vai até o consumidor final, que realimenta o sistema através
da compra dos produtos, gerando receita para as empresas iniciarem novo ciclo.

ALMOXARIFADO

Conceito de almoxarifado

O almoxarifado é a área em que mantemos os estoques. Entende-se por estoque quaisquer


quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de
tempo; constituem estoques tanto os produtos acabados que aguardam venda ou despacho como
matérias-primas e componentes que serão utilizados na produção.

Para sermos um pouco mais específicos, é útil citar que os investimentos em estoque
englobam itens dos mais diversos. Entretanto, é possível classificar esses itens em alguns grandes
grupos, podendo o estoque total de uma determinada empresa ser constituído de qualquer
combinação desses tipos básicos.

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Genericamente, esses tipos são os seguintes:

• matérias-primas;

• peças e outros itens comprados de terceiros;

• peças e outros itens fabricados internamente;

• material em processo (produtos semi-acabados ou montagens parciais);

• produtos acabados.

Estrutura do almoxarifado

Da mesma maneira que uma empresa é organizada: Presidência – Diretoria – gerência etc.,
assim também, o Almoxarifado tem sua organização. Dependendo do porte da empresa podemos ter:

• Um almoxarifado que responde pelo setor, com auxiliar(es) para serviços diversos como:
entrega de materiais no balcão, separação de materiais, transporte de materiais etc.

• Um responsável pelo almoxarifado, com almoxarifes trabalhando sob seu comando e,


dependendo do porte da empresa, estes almoxarifes podem até ter auxiliares.

Os almoxarifados são dimensionados e classificados, normalmente conforme o porte da


empresa, nas empresas de pequenos porte os almoxarifados armazenam todo tipo de material
em um único local, e nas empresas de grande porte existe uma subdivisão dos almoxarifados
que concentram áreas como:

• Recebimento:

Área que atende os fornecedores, conferindo as notas fiscais e as quantidades dos


materiais que chegam, enviando-os aos locais de estoque.

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• Almoxarifado de material produtivo:

Área responsável pela estocagem de materiais que são utilizados na produção, podendo
ser aqueles que são incorporados ao produto, como o aço usados na usinagem, os
componentes utilizados na indústria eletrônica ou aqueles materiais chamados de
componentes ou suprimentos como embalagens etiquetas, etc.

• Almoxarifado de manutenção:

Área onde estão estocadas as peças sobressalentes das máquinas e equipamentos,


utilizadas em manutenções corretivas e preventivas.

• Almoxarifado de EPI(s):

Área utilizada para estocagem de equipamento de proteção individual dos funcionários.

• Almoxarifado de material de higiene e limpeza:

Área utilizada para estocagem de diversos materiais como os suprimentos de sanitários,


líquidos para limpeza em geral, etc.

• Almoxarifado de inflamáveis:

Área para armazenagem dos materiais que tenham ponto de fulgor igual ou superior a 70°C
e inferior a 93,3°C. Ponto de fulgor é: (veremos no item Prevenção e Combate a incêndio).

Condições gerais de um almoxarifado

• espaço de circulação preservado, portas e janelas apresentando condições de segurança;

• local limpo, conservado, ambiente ventilado e em boas condições de luminosidade;

• arquivos de documentos, proporcionando consultas rápidas;

• equipamentos de Proteção Individual - EPI - disponíveis para uso do almoxarife e dos


auxiliares;

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• instalações e equipamentos de apoio (escadas, balanças, carrinho, calculadora, serra, etc);

• materiais estocados conforme Normas Técnicas;

• materiais inflamáveis estocados de acordo com a norma regulamentadora.

Classificação de materiais quanto a armazenagem

• Material perecível:

Tem vida útil curta, ou seja, é aquele que rapidamente se estraga. Neste caso está a
maioria dos alimentos.

• Material não perecível:

São aqueles materiais que duram indefinidamente, sem se estragarem. Mas isso não quer
dizer que não precise de cuidados, pois há perigos de contaminação através de traças,
ferrugem, etc.

• Material com validade limitada:

Embora não seja perecível, só tem validade no prazo determinado. Após o término da sua
validade perde sua propriedade de efeito e aplicação, como exemplo tem os remédios.

• Material explosivo:

Tipo de material bem definido, composto por produtos explosivos, como, por exemplo, tem a
dinamite, etc.

• Material químico:

Também é um tipo bastante definido e há uma série de materiais químicos como a soda
cáustica, ácido sulfúrico, etc.

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• Material eletrônico:

Material que exige cuidados especiais, pois é extremamente delicado, alguns precisam até
de temperatura adequada para não estragarem, como no caso dos chips de computador.

Objetivos dos almoxarifados

Sabendo que os objetivos básicos dos estoques são os de ligar vários fluxos entre si e,
também, proporcionar determinadas economias na produção. De forma mais detalhada podemos
definir estes objetivos:

• os estoques cobrem mudanças previstas no suprimento e na demanda;

• os estoques protegem contra incertezas;

• os estoques permitem produção ou compra econômica (barganha).

Os custos em almoxarifados

Essencial a todos os sistemas de gestão de estoques é o conhecimento dos custos incorridos


pela mera existência de estoques em empresas. A racionalização na gestão desses custos é
justamente o esperado dos responsáveis pelo controle dos estoques.

Custos associados aos estoques:

a) Custo do item:

É também chamado de custo unitário ou preço unitário; é o custo de comprar ou produzir


internamente uma unidade do item, dependendo do caso. Os custos dos itens a serem
transferidos para o produto são determinados pela entrada e saída destes no estoque,
pelos sistemas UEPS (LIFO) e PEPS (FIFO). Estes sistemas serão tratados no item
métodos de apanha e guarda de materiais.

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b) Custo do pedido:

É o custo de se encomendar a mercadoria, caso seja comprada externamente. Será


indicado por cp e medido em R$/ pedido. O custo por pedido é a soma de todos os custos
incorridos desde o momento em que o pedido é feito até o momento em que a mercadoria é
estocada.

c) Custo de manutenção:

É o custo de se manter a unidade de uma dada mercadoria em estoque por um tempo


determinado, geralmente um ano. O custo de manutenção é composto de custo de capital e
custo de armazenagem. Custo de capital: estando o item em estoque, o capital
correspondente não poderá ser aplicado, gerando custos de oportunidade. Custo de
armazenagem: inclui custo do espaço ocupado pela mercadoria, seguros, taxas, perdas,
obsolescência do material ou sua deterioração, ou seja, o dinheiro em estoque não pode
ser usado para nada.

d) Custo da falha de estoque:

Reflete as conseqüências econômicas de falta de estoque, tais como as vendas perdidas


ou a perda de imagem e futuros negócios quando o material não está disponível ou demora
a ser entregue ao consumidor.

Tipos de demandas

Existem dois padrões básicos de consumo de um item ao longo do tempo, sendo chamados de
demanda independente e demanda dependente, é importante entender a dinâmica desses padrões,
já que conduzem a estratégias diferenciadas de controle de estoques.

• Demanda independente:

É a demanda que depende das condições do mercado, portanto está fora do controle
imediato da empresa. São itens de demanda independente, os produtos acabados; as
peças e outros materiais para reposição.

É fácil entender que qualquer instituição que se dedique apenas à venda de produtos, como
lojas e distribuidores, terá em seus estoques somente itens de demanda independente.

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• Demanda dependente:

Existe quando o consumo pode ser programado internamente, os itens de demanda


dependente são usados na produção interna de outros itens, a quantidade a ser
programada na maioria das vezes, depende da expectativa da empresa com relação ao
comportamento do mercado. Os itens de demanda dependem, pois, da previsão de
consumo dos itens de demanda independente. São itens de demanda dependente, as
matérias-primas componentes de produtos; peças para montagem, etc.

DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES

Os estoques são constituídos por centenas e/ou milhares de materiais diferentes, e é possível
controlá-los, através do método de codificação de materiais que veremos a seguir:

A identificação de um material é atribuição dos códigos, que por sua vez pode ser um símbolo,
número, letra, etc. Serve para possibilitar a identificação de uma material sem ter que recorrer à
descrição do mesmo. O material precisa ser estocado de forma a facilitar sua localização,
conservação e expedição. Vejamos, então, como podemos codificar e classificar materiais.

Trabalharemos com 4 grupos distintos no sistema de codificação:

1°grupo: o grupo do material (2 dígitos)

2°grupo: o tipo do material (2 dígitos)

3°grupo: as características do material (2 dígitos)

4°grupo: o número do material (3 dígitos)

A codificação dos materiais só é possível a partir de uma lista de materiais utilizados na


empresa, quer sejam materiais de uso na produção ou materiais de uso indireto, ou suprimentos.

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Código do material

• 01 XX XX XXX:

Os dois dígitos iniciais representam o grupo de material, neste caso, dizemos que o código
01, pertence ao grupo das matérias-primas.

• 01 00 XX XXX:

Os dígitos 3 e 4 representam o tipo do material, neste caso, dizemos que o código 00,
pertence ao tipo de material em bitola redonda.

• 01 00 00 XXX:

Os dígitos 5 e 6 representam a característica do material, neste caso dizemos que o código


00, pertence aos materiais em bitola redonda de aço SAE 1020.

• 01 00 00 000:

Os dígitos 7, 8 e 9 representam o material em si, neste caso, dizemos que o código 000,
pertence ao material em bitola redonda de aço SAE 1020 ¼” de diâmetro.

Portanto, o material de código 01 00 00 000, é descrito como: Bitola redonda de aço SAE 1020
com ¼ “ de diâmetro.

CHAVE DE CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS


Grupo de material Tipo de material Características do Número do material
material
1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 1 0 0 0 0 0 0 0

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MÉTODOS DE APANHA E GUARDA DE MATERIAIS

A função da atividade da estocagem é de guardar, proteger e preservar o material até que ele
seja destinado ao uso, dimensionar e controlar esses estoques é um tema importante e preocupante.
Grandes empresas hoje estão deixando de se preocupar com o quanto se tem de estoque para se
preocuparem com o quando se precisará desse estoque.

Possuir estoque na quantidade correta, no tempo incorreto, com certeza acarretará um


aumento de custo, então, o correto é ter-se a quantidade correta, no tempo correto. Para que isto
ocorra, é importante que a empresa tenha uma metodologia para tratar seus estoques.

Para um efetivo controle e organização do estoque, é preciso que o almoxarife leve em


consideração os aspectos e as condições do espaço para recebimento e adequação do material a
ser estocado.

Recebimento de materiais

O recebimento de materiais em qualquer empresa, normalmente se enquadra na seguinte


rotina: o material chega ao recebimento da empresa e ali são conferidas sua quantidade e
especificação. Em alguns casos, o número do pedido emitido ao fornecedor (controle rigoroso de
custos em estoques). Emite-se um relatório de recebimento com determinado número de vias para
atender ao aspecto burocrático. Isto feito, aqueles materiais que deverão passar por inspeção são
encaminhados à mesma, enquanto a empresa possuir almoxarifados específicos para cada família de
material.

As vias do relatório de recebimento são encaminhadas à contabilidade de custos e ao setor de


contas a pagar, acompanhado das notas fiscais.

Quando o material chega ao almoxarifado, o mesmo deve ser classificado, codificado e


guardado em local pré-determinado.

Aspectos do material

• Similaridade:

Itens semelhantes devem ser armazenados próximos. Exemplo: peças de pequeno porte,
como os rolamentos, correias, etc.

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• Popularidade:

Itens de grande rotatividade no almoxarifado devem ser colocados mais próximos ao ponto
de entrega de material.

• Tamanho:

É importante ressaltar dois aspectos quanto ao tamanho, ou sejam, as dimensões


individuais do produto e a sua quantidade de estoque.

• Características:

Devem ser consideradas quanto á sua categoria. Exemplo: produtos perigosos,


deterioráveis, sensíveis, perecíveis, de alto valor, etc.

Aspectos de espaço físico

Algumas características de espaço são importantes na determinação de onde um dado produto


possa ser estocado. Geralmente são:

• Natureza do espaço:

Conveniência para estocagem ou não de um item específico.

• Localização:

Em relação a outras atividades associadas.

• Características de construção:

Capacidade de carga do piso, facilidade de carga e descarga, altura livre de empilhamento,


portas, etc.

• Necessidade de espaço:

Corredores, ruas, etc.

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Aspectos do sistema de apanha de material

• Entrega imediata:

O local de armazenagem deve se próximo ao local de expedição (ou entrega), já que


nessas condições o tempo é de vital importância.

• Atendimento às encomendas sob pedido:

Neste caso, a localização passa a ter importância secundária; isto porque a solicitação é
sempre prévia e o tempo de atendimento mais flexível.

Aspectos dos sistemas de controle dos estoques

• Controles informatizados:

Atualmente a maioria das empresas possui sistemas de processamento de dados e, cada


vez mais, procuram utilizar este recurso, também, para seus controles de estoques, tanto
para materiais diretos quanto indiretos.

Pela integração que esses sistemas promovem, entre os vários setores comuns, como
compras, planejamento, recebimento, contabilidade de custos, controle de estoques, contas
a pagar, etc. Geram-se controles mais confiáveis, além de proporcionar dados atualizados,
fatores esses que possibilitam uma melhor performance de cada área envolvida.

• Controles manuais:

Mesmo com a tecnologia da informação disponível e cada vez mais barata, muitas
empresas ainda usam sistemas manuais de controle de estoque, como o Kardex. Esse
sistema ainda é eficiente, entretanto, pelas suas próprias características seu processo é
lento, não é eficiente, entretanto, pelas suas próprias características seu processo é lento,
não possibilita uma completa integração e está sujeita ao risco de falhas humana bastante
comum.

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Aspectos dos sistemas de controle de entrada e saída dos estoques

• Entrada:

Os controles de entrada se baseiam em documentos de recebimento do material, como as


notas fiscais, relatórios e até cópias de pedidos.

• Saída:

Os controles de saída dos estoques podem se basear em:

- Requisição: normalmente toda empresa que tem como atividade principal montagem
de máquinas ou equipamentos, alista é entregue a almoxarife que agiliza o
processo e a retirada do material em estoque.

- Ordem de Serviço: empresas que adotam sistemas integrados de gestão planejam


para pedido o material a ser utilizado. Este material vem descrito na
ordem de serviço, que primeiro passa pelo almoxarifado para
separação do material e depois segue para a produção.

Aspectos dos sistemas de avaliação dos custos dos itens estocados

Todas as formas de registro de estoque objetivam controlar a quantidade de materiais em


estoque, tanto o volume físico quanto o financeiro. Contudo, a avaliação de estoque anual deverá ser
realizada em termos de preço. Para proporcionar uma avaliação exata do material e informações
financeiras atualizadas, utilizam-se métodos adequados para esta avaliação. Os métodos de
avaliação são:

• Método do custo médio:

A avaliação feita através do custo médio é a mais freqüente. Tem por base o preço de todas
as retiradas, ao preço médio do suprimento total do item. Age como um estabilizador, pois
equilibra as flutuações de preços: contudo, a longo prazo, reflete os custos reais das
compras de material.

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• Método PEPS (FIFO):

A avaliação feita por este método baseia-se em primeiro a entrar, primeiro a sair e é feita
pela ordem cronológica das entradas. Sai o material que primeiro integrou o estoque, sendo
substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, devendo seu custo real ser
aplicado.

• Método UEPS (LIFO):

A avaliação feita por este método baseia-se em último a entrar, primeiro a sair e é feita
considerando que deve, em primeiro lugar, sair o material que deu s entrada por último no
almoxarifado, o que faz com que o saldo do estoque seja avaliado sempre pelo preço das
últimas entradas. Este é o método indicado para períodos inflacionários.

• Método do custo de reposição:

A avaliação pelo custo de reposição tem por base a elevação dos custos a curto prazo em
relação à inflação.

Aspectos de construção de edifícios conforme a NR 8

A Norma Regulamentadora n° 8 da Portaria 3214/78 (NR 8) estabelece requisitos técnicos


mínimos que devem ser observados nas edificações, para Orientações contidas na Norma:

• pé direito no mínimo 3 metros considerada altura livre do piso ao teto;

• os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências e ou depressões;

• nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver
perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes.

Os andares acima do solo devem dispor de guarda corpo com os seguintes requisitos:

• ter altura mínima de 0,90 m (90 centímetros);

• quando vazado, não ter vão superior a 0,12 m (12 centímetros);

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• ser de material rígido e capaz de suportas esforço horizontal de 80 Kgf/m².

DOCUMENTOS PERTINENTES À FUNÇÃO ALMOXARIFADO

Os documentos utilizados no almoxarifado possuem determinados campos delineados para


coleta de dados e informações necessárias à manutenção do sistema de administração da empresa,
suas funções são:

• proporcionar uniformidade aos procedimentos inerentes aos sistemas administrativos da


empresa. Portanto, para cada situação, utiliza-se um determinado documento, sendo que
cada empresa mantém suas particularidades em seus documentos;

• maior segurança, pois o usuário não pode fazer alterações por única e exclusiva vontade
pessoal;

• maior economia de tempo., pois os casos similares terão um único tipo de procedimento.

A seguir, temos alguns exemplos dos documentos utilizados em almoxarifado e, através deles,
o treinando será orientado sobre sua utilização e preenchimento.

Modelos

a) Inventário permanente:

Documento utilizado para controle da movimentação dos materiais, com a constante


visualização dos saldos.

b) Requisição de compra de materiais:

Documento utilizado para solicitação formal junto ao planejado setor de compras da


necessidade de aquisição de um material.

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c) Requisição de Material:

Documento utilizado internamente e tem a função de autorizar a movimentação de material


entre o almoxarifado e as várias solicitantes. As informações constantes na Requisição de
Material são utilizadas para o custeio dos pedidos de clientes.

d) Ficha de identificação de materiais (FIM):

Documento utilizado para identificar o material em seu local de guarda, evitando que o
material fique misturado no almoxarifado.

Exemplos:

a) Inventário permanente:

INVENTÁRIO PERMANENTE Ficha n º Data Entrada Saída Saldo


Prateleira: Linha: Coluna: Transporte

Código: Denominação

Unidade: Uso:
Peso Unit. : Fornecedor:
Cons. Médio : Est. Máx. : Est. Min. :
Ponto Rep. : Tempo rep. : Lote Distrib. :
Data Entrada Saída Saldo

Transporte Transporte

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b) Requisição de compra de material:

REQUISIÇÃO DE COMPRA DE MATERIAL Nº


Código Material: Data:____/____/______
Descrição :
Observações:
N º Pedido: Cliente : Quantidade : Unidade : Certificado :
Sim 9 Não 9
Requisitante : Visto responsável :
Prazo entrega : 9 Normal Data:____/____/______
Obs: urgente é caro 9 Urgente Até: ____/____/______
Para uso do setor de Compras
Fornecedor Preço Unit. Desc. IPI Cond. Pagto.
1
2
3
Último preço comprado: ______________________________Fornecedor:__________________

c) Requisição de material:

REQUISIÇÃO DE MATERIAIS Nº
Setor requisitante: Máquina: Linha: Centro de custo

Item Quant. Solic. : Quant. Entr.: Código Descrição

Nome requisitante: Assinatura Responsável: Almoxarifado: Custo total:


:

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d) Ficha de identificação de material (FIM):

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAL


Código: Fornecedor:

Especificação
N º Lote: Quant. Lote: Entrada:

Conferente

SEGURANÇA EM ALMOXARIFADO

Habilitações necessárias aos almoxarifes

Conforme NR 11 da Portaria 3214/78, item 11.1.6 - Os operadores de equipamentos de


transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho
portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia em local visível.

A norma regulamentadora N° 11, ainda discorre sobre assuntos como:

• distância máxima para transporte manual de sacos: 60 metros;

• o piso dos almoxarifados deve ser constituído de material não escorregadio;

• o peso do material armazenado não pode exceder a capacidade calculada para o piso em
que existe o contato;

• o material armazenado não poderá estar disposto de forma que obstrua portas e
equipamentos contra incêndio, saídas de emergência etc;

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• os materiais empilhados deverão manter uma distância mínima de 50 centímetros das


estruturas laterais dos prédios, (item 11.3.3).

Materiais explosivos

Conforme NR 19 da Portaria 3214/78, item 19.1.1 – Explosivos são substâncias capazes de


rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas,
subdividindo-se em:

a) Explosivos iniciadores: que sob efeito do calor explodem sem se incendiar;

b) Explosivos reforçadores: que servem de intermediário entre o iniciador e a carga explosiva


propriamente dita;

c) Explosivos de ruptura: são os altos explosivos, geralmente tóxicos;

d) Pólvoras: utilizados para propulsão ou projeção.

O depósito deve ser construído em terreno, afastado de centros povoados (paiol).

Exemplos de distâncias para localização de depósitos de materiais explosivos:

Capacidade Distância mínima em metros


do armazém
Edifícios Ferrovias Rodovias Depósitos
Tipo

(Kg) habitados

20 A 75 45 22 20
200 A 220 135 70 45
900 A 300 180 95 90
2.200 A 370 220 110 90
4.500 D 45 45 45 30
45.000 D 90 90 90 60
90.000 D 110 110 110 75

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Líquidos combustíveis e inflamáveis

Conforme NR 20 da Portaria 3214/78, item 20.1.1 – Fica definido como “líquido combustível”
todo aquele que possua ponto de fulgor igual ao superior a 70 ° C (setenta graus centígrados) e
inferior a 93,3 ° (noventa e três graus e três décimos de graus centígrados).

Esta definição corresponde ao liquido combustível de Casse ΙΙΙ.

Os tanques de armazenamento de líquidos combustíveis serão construídos de aço ou


concretos, a menos que a característica do líquido requeira material especial, segundo normas
técnicas oficiais vigentes no país.

Todo tanque de armazenamento de líquido combustível, de superfície deverão ser equipados


com respiradouros de emergência.

Exemplos de distâncias para localização de depósitos de combustível:

Capacidades do tanque (litros) Distância mínima do tanque Distância mínima do tanque


à divisa da propriedade às vias públicas (metros)
adjacente (metros)
Acima de: 250 até 1.000 1,5 1,5
Acima de: 1.001 até 2.800 3,0 1,5
Acima de: 2.801 até 45.000 4,5 1,5
Acima de: 45.001 até 110.000 6,0 1,5
Acima de: 110.001 até 200.000 9,0 3,0
Acima de: 200.001 até 400.000 15 4,5
Acima de: 400.001 até 2.000.000 25 7,5

Conforme NR 20 item 20.2 - Fica definido como “líquido inflamável” todo aquele que possua
ponto de fulgor igual ou superior a 70 ° C (setenta graus centígrados) e pressão de vapor que não
exceda a 2,8 Kgf/cm2 absoluta a 37,7° C (20.2.1).

Quando o líquido inflamável tem o ponto de fulgor abaixo de 37,7° C, ele se classifica como
líquido combustível de Classe Ι (20.2.1.1).

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Aqueles que apresentam ponto de fulgor entre 37.7 ° C e 70 ° C, estão classificados como
líquido combustível de Classe ΙΙ (20.2.2).

Os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis serão construídos de aço ou concreto,


a menos que a característica do líquido requeira material especial, segundo Normas técnicas oficiais
vigentes no país (20.2.2).

Todo tanque de armazenamento de liquido inflamável, de superfície deverão ser equipados


com respiradouros de emergência. (20.2.3).

A tabela de distanciamento segue as Normas do Líquido Combustível.

Observação

Recomenda-se aos alunos que pesquisem a NR 20, para melhoria de seu conhecimento.

Proteção contra incêndios

Conforme NR 23 da Portaria 3214/78 item 23.1.1 – Todas as empresas deverão possuir:

• proteção contra incêndio;

• saídas suficientes para a retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;

• equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;

• pessoas adestradas no uso desses equipamentos (Brigadas de Combate a Incêndios NBR


14276).

Saídas de Emergência, devem estar dispostas de forma que entre elas e qualquer local de
trabalho não se tenha de percorrer distância maior que 15,00 metros para a classificação de risco
grande e 30,00 metros para risco médio ou pequeno (NBR 9077).

As portas de saída devem abrir no sentido da saída, em hipótese alguma, as portas de


emergência deverão ser fechadas pelo lado externo, mesmo fora do horário de trabalho.

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Classes de fogo, suas descrições e extintores indicados

Classes de Fogo Descrição Extintor indicado


Materiais de fácil combustão com a Extintor de espuma
propriedade de queimarem em sua
A Extintor de água pressurizada (AP)
superfície e profundidade, e que
deixam resíduos, como: madeira,
papel, fibras, etc.
São considerados os inflamáveis os Extintor de espuma
produtos que queimem somente em
B Extintor “Dióxido de Carbono” - CO2
sua superfície, não deixando
resíduos, como óleos, graxas, Extintor “pó químico seco” - PQS
vernizes, tintas, gasolina, etc.
Quando ocorrem em equipamentos Extintor “Dióxido de Carbono” - CO2
elétricos energizados como motores,
C Extintor “pó químico seco” - PQS
transformadores, quadros de
distribuição, fios, etc.
Elementos pirofóricos como Extintor “pó químico seco” - PQS -
D magnésio, zircônio, titânio. especiais para cada tipo de material.

Sinalização de segurança

A Norma Regulamentadora N. ° 26, da Portaria 3214/78 tem por objetivo fixar as cores que
devem ser utilizadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os
equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas
indústrias para a condução de líquidos e gases, tubulações e advertindo contra riscos.

A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

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Tabela de cores e suas aplicações

Cor Indicação Exemplos de aplicação


• hidrantes;
Usado para distinguir e indicar • extintores e sua localização;
Vermelho equipamentos de proteção contra • mangueiras de incêndio;
incêndio.
• rede de água para incêndio.
• equipamentos de transporte como
Usado para identificar gases não empilhadeiras, guinchos, etc.;
liquefeitos e também para indicar • faixas no piso;
Amarelo “cuidado” • corrimãos e parapeitos de escadas;
• cabines, caçamba, engates de
pontes rolantes, escavadeiras, etc.
• direção e circulação;
Utilizado para identificar passarelas e • localização de coletores de resíduos;
Branco corredores de circulação, por meio de • localização de bebedouros;
faixas.
• áreas em torno de equipamentos de
socorro como as macas.
• óleo lubrificante;
Utilizado para indicar canalizações de • asfalto;
Preto inflamáveis e combustíveis de alta • óleo combustível – BPF;
viscosidade.
• alcatrão;
• piche, etc.
Utilizado para indicar cuidado, ou • avisos para equipamentos que
Azul canalização. deverão ficar fora de uso;
• canalização de ar comprimido.
• canalizações de água;
• caixas de primeiros socorros;
Verde Cor da Segurança. • caixas de EPI;
• fontes lava-olhos;
• dispositivos de segurança
• canalizações de ácidos;
• parte móveis de máquinas e
Laranja Utilizado para identificação. equipamentos;
• dispositivos de corte, borda de
serras, prensas.
Cinza claro Utilizado para identificação. • canalizações em vácuo.
Cinza escuro Utilizado para identificação. • eletrodutos.
• canalizações contendo gases
Utilizado para identificação. liquefeitos, inflamáveis e
Alumínio
combustíveis e combustíveis de
baixa viscosidade.
Utilizado para identificação. • qualquer fluido não identificado pelas
Marrom
demais cores.

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Resíduos industriais

A definição de resíduos pelo Aurélio, é restos, borras, sedimentos e outros...

A norma Regulamentadora NR. 25, DA Portaria 3214/78, dispõe sobre os Resíduos, sejam
eles os gasosos, líquidos ou sólidos. Esta Norma discorre sobre as medidas, métodos, equipamentos
ou dispositivos de controle de lançamento ou liberação dos contaminantes, estes devem ser
convenientemente tratados e/ou dispostos e/ou retirados do limites da indústria, de forma a evitar
riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores.

A norma define que o lançamento ou disposição dos resíduos gasosos, líquidos e sólidos ao
qual ela se refere, nos recursos naturais – água e solo – deverão se sujeitar às legislações
pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.

Apesar de todas as legislações vigentes a constante fiscalização por órgãos como CETESB –
Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental, CONAMA – Conselho Nacional do Meio
Ambiente, ANP - Agência Nacional do Petróleo etc., nossas atitudes, enquanto cidadãos estão muito
longe do mínimo aceitável para a manutenção das condições do meio ambiente. Quem já viu um
crime contra o meio ambiente e, simplesmente pensou “ Não tenho nada a ver com isso”? Todos nós
temos responsabilidade sobre a manutenção ao meio ambiente.

A resolução n° 23 de dezembro de 1996 estabelece classificação dos resíduos:

• Resíduos Perigoso Classe Ι;

• Resíduo na Inerte Classe ΙΙ;

• Resíduo Inerte Classe ΙΙΙ.

Isto é tão real que a ISO (Internacional Organization For Standadizatio), Organização não
governamental que elabora Normas de aplicação Internacional, fundada em 23/02/1947 com sede em
Genebra - Suíça, com 91 (noventa e um países participantes, responsáveis por 95 % da produção
industrial do mundo, criou a ISSO 14000.

A ISO 14000 é um sistema Integrado de Gerenciamento Ambiental, que integra as áreas de


Meio Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho.

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Não cabendo aqui qualquer alusão ao gerenciamento de questões ambientais ou de segurança


e saúde no trabalho de caráter específico.

A primeira pergunta que deve vir a nossa cabeça é: Por que uma empresa deve estar
preocupada com o meio ambiente? E podemos obter como resposta de um consultor, que quem sabe
disso é você mesmo. Dentre os principais motivos apresentados pelas empresas o predominante é a
competividade, advinda do conceito, cada vez mais difundido, de que hoje é impossível administrar
qualquer coisa sem uma séria e visível preocupação ambiental ou, em outras palavras, a consciência
mundial sabe que o planeta não agüenta mais e que o mito da inesgotabilidade já não mais existe,
tendendo a acontecer o mesmo com outro mito, o da impunidade.

O mesmo conceito é valido para os aspectos de segurança e saúde no trabalho (SST).

O consumidor verde começa a dar as caras e nada melhor que associar a imagem de sua
empresa, ao seu produto, a uma espécie de selo ambiental criado pela mesma organização que
instituiu o mais famoso símbolo de qualidade dos tempos modernos. Estamos falando da
International Organization for Standadization (Organização Internacional para Normalização) ou ISO
como todos conhecem, que criou a ISO 9000.

O que é prevenir a Poluição?

È o uso de processos, práticas, materiais ou produtos que evitem, reduzam ou controlem a


poluição, os quais podem incluir reciclagem, tratamento, mudanças no processo, mecanismos de
controle, uso eficiente de recursos e substituição de materiais.

Imaginamos que vocês podem identificar algumas práticas de prevenção de poluição adotadas
pelas empresas em que trabalham ou trabalharam, citamos alguns exemplos para vocês.

• Impacto ambiental:

Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em


parte, das atividades, produtos a serviços de uma organização.

• Transporte:

Emissões atmosféricas, consumo de energia, acidentes com produtos perigosos etc.

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• Jurídico:

Assessoria na parte de legislação, um parâmetro desatualizado compromete o SGA.

• Restaurante:

Resíduos e consumo de matéria prima e combustíveis.

• Áreas administrativas:

Consumo de papel, coleta seletiva, banheiro etc.

Estes são apenas alguns exemplos, certamente você vai enumerar muitos outros.

KANBAN / SISTEMAS JUST IN TIME

Kanban

Trata-se de um cartão de controle usado como meio de comunicação visual, que autoriza a
movimentação e produção do material. Mas não é só isso; Kanban, num sentido mais amplo, refere-
se a melhorias nos métodos de produção. Seu funcionamento é baseado no uso de 2 cartões: um de
movimentação e outro de Ordem de Produção.

• Kanban de movimentação:

Autoriza a movimento de peças de uma estação de trabalho aos pontos de uso.

• Kanban de produção:

Autoriza a produção de peças para reposição das peças requisitadas pelas estações
subseqüentes.

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O Kanban é um método que reduz o tempo de espera, diminui o estoque e melhora a


produtividade, porque integra as operações de produção através de um fluxo de uniforme e
ininterrupto.

Esse sistema de cartões assegura que se produza somente componente que serão usadas
nas etapas seguintes do processo produtivo, eliminando estoques ociosos e o tempo em que o
material ou componente fica na fila para ser manufaturado.

Considera-se aceitável um pequeno estoque para que possa haver uma flexibilidade quando
se troca a seqüência das operações para evitar que se sacrifique o suprimento e se interrompa a
linha de produção.

Just in time

Significa produzir o produto necessário na quantidade necessária e no momento necessário,


ou seja, num dado momento, apenas terá utilização imediata.

Esse sistema é associado a uma política mais freqüente de materiais: os lotes entregues pelos
fornecedores seriam, as entregas mais freqüentes, e assim o estoque de materiais ( que pode ser
considerado um custo para a empresa ) se deduz. Isso ocorre em mudanças sensíveis no trabalho,
no sistema de informações e na produção.

O sistema empregado dentro da filosofia do JIT é uma ampla estratégia de produção com o
objetivo de reduzir os custos totais e melhorar a qualidade do produto em operações de fabricação.

Taiichi Ohno, idealizador desta filosofia, introduziu uma idéia simples: a total eliminação do
desperdício.

DESPERDÍCIO: È tudo aquilo que não acrescenta nenhum valor ao produto.

Teoria dos desperdícios

• filas de materiais são perdas, pois ocupam espaço, aumentam o tempo do ciclo de
manufatura e podem danificar as peças;

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• estoque são perdas, pois requerem gastos com armazenamento, registro e movimentação
de materiais, além de imobilizar o capital que poderia ser utilizado para outras finalidades;

• produzir a mais do que se planejou é perda, pois o material desviado para essa produção
desnecessária poderia estar sendo empregado em outro produto, além de se criar um
estoque interno, aumentando inventário de materiais (capital da empresa parado);

• ociosidade é perda;

• movimentação desnecessária de material é perda. Um layout inadequado pode incorrer em


distâncias desnecessárias entre peças e materiais;

• tempo longo de preparação ou reparação de máquinas é perda, pois além de não produzir,
muitas vezes o operário fica ocioso assistindo a atuação do montador ou da manutenção.

Técnicas do JIT

• Housekeeping:

- O que é?

ƒ palavra de origem inglesa que significa “ordem em casa”;

ƒ programa permanente de organização e limpeza.

- Para que serve?

ƒ proporciona maior satisfação e disposição das pessoas no trabalho;

ƒ busca incessante da qualidade em tudo o que fazemos.

- Por que adotar?

ƒ limpeza e ordem são necessárias para melhor aproveitamento e qualidade do nosso


trabalho;

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

ƒ construir nossa imagem junto aos clientes que visitam a nossa fábrica;

ƒ ter orgulho do nosso local de trabalho.

Um ambiente de trabalho limpo e organizado é também um local mais seguro e livre de


acidentes.

As técnicas empregadas no Housekeeping

• Técnica 5S:

1ª - Seiri (organização): separar o necessário e o desnecessário, agrupando as coisas


pela sua ordem de importância.

2ª - Seiton (ordem): determinar o local para se achar com facilidade qualquer documento,
material ou equipamento necessário.

3ª - Seiso (limpeza): limpar e, principalmente, colaborar para que o local de trabalho


permaneças limpo. O ideal é não sujar para não ter o que limpar.

4ª - Seiketsu (padronização): manter a organização, ordem e limpeza de maneira uniforme


e constante. Para isso, o gerenciamento visual é
fundamental.

5ª - Shitsuke (disciplina): construir o hábito natural de praticar os demais 4 S’s. Essa é a


base da civilidade.

A implantação de um programa de Housekeeping inclui a MUDANÇA COMPORTAMENTAL


das pessoas da empresa, para isto ela são incentivadas pela administração à terem uma nova
conduta com relação à organização e limpeza.

Normalmente, as empresas com o intuito de valorizar esta mudança de comportamento,


instituem o DIA DO MUTIRÃO nesse dia será inaugurado o programa para tanto as atividades
estarão exclusivamente voltadas para o Housekeeping durante o período de trabalho, e envolve
todos os funcionários em uma limpeza geral nas máquinas, estantes, balcões, piso, prateleiras,
ordenação de arquivos, mesas de trabalho, gavetas, ferramentas, demarcação de lay-out, com
pintura de faixas, segregação dos resíduos por classe: plásticos, metais, papéis, varreção, produtos
químicos (latas de tinta etc) e diversos.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Pesagem (estimativa) dos resíduos recolhidos

A partir desta data as empresas iniciam o programa de Housekeeping. Algumas empresas


adotam um sistema de auditorias, com programas de premiação, outras entendem que o funcionário
já fica motivado pelo novo ambiente de trabalho, mais limpo e organizado.

Algumas dicas para o sucesso:

• não sujar;

• se sujar limpar imediatamente;

• recolocar no mesmo local após o uso;

• não guarda o que não vai ser necessário;

• não permitir que baguncem a sua área;

• limpeza e ordem nos mínimos detalhes;

• tudo tem um lugar certo, as ferramentas, a escada, as cadeiras, os tambores, as latas,


os livros, as caixas etc. Se não tiverem então não pertencem à seção.

O Housekeeping é uma das técnicas usadas no JIT.

Resolução de problemas

As técnicas de resolução de problemas são técnicas muito simples, normalmente as soluções


do dia-a-dia estão em pequenas atitudes ou ações. Porém devem ser focadas na causa raiz.

As empresas que adotam estas técnicas, como a do Porque?, que na realidade são uma série
de perguntas, baseadas na realidade de cada empresa, visam chamar a atenção dos funcionários da
empresa para a situação existente, para que se atinja o objetivo que é resolver os problemas
apresentados. É necessário um comprimento muito intenso entre os funcionários da empresa, pois a
resolução de problemas é decorrente do trabalho em equipe.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Redução de perdas

È uma das características mais importantes do sistema “Just-in-time”. Para isto as empresas
adotam programas voltados ao controle de perdas em todas fases de seus processos. Normalmente,
os empregados são incentivados a participar destes programas através de sugestões e reuniões em
grupos. Esta é uma das técnicas de maior aplicação no melhoramento contínuo da empresa.

Melhoramento contínuo

Conhecido no Japão como Kaisen, é uma filosofia que afirma que todas as coisas podem ser
constantemente melhoradas. Para isso, é necessário que exista um envolvimento e um
comprometimento de todos os funcionários da empresa, uma vez que são eles que têm melhores
condições de avaliar e melhorar tanto seu ambiente de trabalho quanto os métodos e processos de
fabricação e a qualidade do produto.

TEMPESTADE DE IDÉIAS (BRAINSTORMING)

Brainstorming é uma técnica desenvolvida, nos anos 30, por Alex F. Osborn, um executivo de
propaganda. A técnica é um processo de geração de idéias, que usa a interação de grupo, para gerar
muitas idéias em um curto espaço de tempo. No brainstorming, as pessoas de um grupo ou equipe
oferecem tantas idéias quanto podem, as quais podem tratar o problema a ser discutido.

Quando o brainstorming é usado?

O brainstorming pode ser usado em qualquer estágio do processo ou atividade de uma


empresa quando se pretende encontrar uma solução para um determinado problema. Ele é
essencialmente usado durante a fase de geração de idéias. Esta técnica pode ser usada também
para identificar maneiras de se obter aceitação de uma solução ou plano de ação, incluindo a
listagem de problemas potenciais, posições chaves de negócios, objeções de clientes, e assim por
diante. A técnica também é usada para gerar lista de idéias, para melhorar um processo atual ou
estabelecer diretrizes para se iniciar um novo processo.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

SISTEMAS DE GERENCIAMENTO INTEGRADO

MRP (Material Requirements Planning)

O MRP é uma técnica para converte a previsão de demanda de um item do estoque em


programa da necessidade do material.

O MRP é um sistema pró-ativo, que evita a manutenção de estoques, a não ser aqueles
destinados às eventualidades (estoque de reserva). As quantidades dos itens, que serão necessários
a produção, são adquiridas (compradas, montadas ou fabricadas) apenas na data de forma que
estejam disponíveis no momento certo de serem usados na produção.

Funcionamento do MRP

Plano de produção Controle de Estoques

Lista de materiais MRP Programação da produção

Relatórios de controle Planejamento capacidade


de estoque e necessidade

QUALIDADE

“A qualidade apresentada por uma empresa resuma a manutenção ou não da sua


continuidade”.

Conhecendo a evolução da qualidade

Antigamente a abordagem do controle de Qualidade era corretiva, enfatizando a detecção de


defeitos e segregação dos itens defeituosos. A partir dos 50 e início dos anos 60 a abordagem
passou a ser preventiva, ou seja, a Qualidade final do produto passa a ser obtida fundamentalmente
através da prevenção de falhas.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Resumo da Evolução da Qualidade

• até 1900: controle da qualidade pelo comprador;

• de 1900 a 1920: controle da qualidade pelo encarregado;

• de 1920 a 1940: controle da qualidade pelo inspetor;

• de 1940 a 1980: controle estatístico da qualidade;

• Após 1980: controle total da qualidade (sistemas de gestão da qualidade).

ISO 9001

A Norma ISSO 9001, refere-se ao almoxarifado no item que trata da preservação do produto
(item 7.5.5 da Norma ISSO 9001 - 2000), este estabelece que a preservação do produto tanto no
processo, quanto na entrega é de responsabilidade do fabricante e ela deve incluir identificação,
manuseio, embalagem, armazenamento e proteção (rastreabilidade).

Desta forma, podemos avaliar a responsabilidade do almoxarife na satisfação deste item da


Norma.

INGLÊS BÁSICO PARA ALMOXARIFADO

O objetivo deste é apresentar aos alunos(as) uma série de termos e expressões em inglês que
acompanham o dia a dia do almoxarifado. Alguns deles já foram incorporados ao nosso idioma,
porém outros são parte integrante do vocabulário do almoxarifado nas empresas, principalmente
empresas multinacionais ou que exportam.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Termos Inglês / Português Pronúncia Significado


Pallet / Palete Pálete Estrutura de madeira usada na
movimentação.
Rack / Gaiola Réc Estrutura metálicas usadas para
empilhar material.
Scanner / Leitor ótico Skéner Equipamento usado para leitura de
códigos de barras.
Hand-jack / Paleteira Hénd-djék Equipamento manual ou hidráulico
usado para movimentação de paletes.
Forklift / empilhadeira Fórklift Equipamento motorizado com
capacidade para elevar cargas.
Distribution center / distribuição Distribúchon Armazém usado como centro de
cênter distribuição de produtos.
Cycle-count / inventário rotativo Sáicou-cáunt Inventário parcial de um estoque.
Shipping / carregamento Chípin Ato de carregar um veículo.
Delivery / entrega Delíveri Entrega de um produto no destino final.
Mouse / mouse Máuse Acessório de computador usado para
movimentação rápida do cursor.
Housekeeping / housekeeping Háusekipin “Manter a casa em ordem e limpa”.
This side up / este lado para cima Dis saidáp Expressão que acompanha uma seta
indicando a posição
Cross-docking / idem Crós-dókin Indica uma operação de movimentação
de produtos que não entrem no
armazém devem ser encaminhados ao
destino final.
Picking list / lista de coletas Píkin list Pick = retirar, coletar
Packing list / lista de coletas Pékin list Pack = embalar
Invoice / fatura Invóice Fatura
Enclosed / incluído enclôsed Indicar estar dentro da embalagem onde
está a mensagem.
Inspection / inspeção Inspekchon Inspeção
Box / caixa Bóx Caixa
Qty. (ou quantity) Quantity Quantidade
Date Dêite Data
Priority / prioridade Praióriti Também usado high priority (alta
prioridade)
Handle whit care Héndou wit kér Manuseie com cuidado.
Do not expose to Do nót ekspôse tu Não esponha a
Poison / veneno idem Veneno
Top load only idem Carregar somente por cima
Do not break Du nót brêik Não quebre
Estretch wrap Strétch wrép Filme plástico estirável
Shrink Shrink Filme plástico encolhível
Acceptable akcéptabou Aceitável
Woven Uôven Ondulado

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Além dos termos, temos as cores que identificam os materiais e os números.

Cores

Cor em inglês Pronúncia Português


Blue Blú Azul
Red Réd Vermelho
Green Grín Verde
Yellow Iélou Amarelo
Black Blék Preto
White Uáit Branco
Orange Órandge Laranja
Gray Grei Cinza
Purple Pôrpou Roxo / lilás
Brown bráun Marron

As cores podem ser claras (light, pronuncia-se láit) ou escuras (dark, pronuncia-se dárk). Ex.
light blue (azul claro) ou dark blue (azul escuro)

Número Inglês Pronúncia Número Inglês Pronúncia


01 One Uôn 16 Sixteen Sixtín
02 Two Tchú 17 Seventeen Séventín
03 Three Thri 18 Eighteen Êigtín
04 Four For 19 Nineteen Náinitín
05 Five Fáiv 20 Twenty Tchuênti
06 Six Six 30 Thirty Thârti
07 Seven Séven 40 Fourty Fórti
08 Eight Êigt 50 Fifty Fífti
09 Nine Náin 100 One hundred Uón hândred
10 Ten Tem 200 Two hundred Tchú handred
11 Eleven Lléven 1.000 One thousand Uôn tháusan
12 Twelve Tchuélvi 2.000 Two thousand Tchú tháusan
13 Thirteen Thârtín 1.000.000 One milion Uôn milion
14 Fourteen Fórtín 2.450.327 Two mílion four
hundred fifty
thousand three
hundred twenty
seven
15 Fifteen fiftín

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

SÍMBOLOS DE SEGURANÇA DAS CARGAS

As marcações nas embalagens não visam apenas a indicação correta do nome e do destino da
carga.

Muitos símbolos são utilizados para indicar os cuidados que devem ser tomados com aquela
carga, quando da operação de carregamento e descarregamento.

Vamos conhecer o significado do símbolos utilizados:

Cálice

Significa que o produto é frágil, isto é, se quebra ou se amassa facilmente, devendo. Pois, ser
manuseado com muito cuidado.

Guarda - chuva

Significa que o produto não pode receber umidade, devendo ser mantido em lugar seco.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Seta

Seta coma a ponta para cima indica deve ser mantido sempre para cima

Seta Invertida

Igual ao símbolo anterior, sendo que qualquer um dos lados que a seta indicar pode ser para
cima.

Gancho

Significa que aquele produto não pode ser transportado com auxílio de gancho.

Sol

Significa que o produto deve ser guardado em lugar fresco, isto é, protegido do sol.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Caveira

Significa que o produto é perigoso e deve ser manuseado com muito cuidado. Normalmente
são explosivos, produtos tóxicos, etc.

Carrinho de mão

Significa que o carrinho de mão deve ser encaixado no lado da carga onde aparece a figura.

Corrente aqui

Significa que a mercadoria pesada, ao ser transportada com auxílio de guindaste, talha, ponte
rolante, girafa, etc; deve ser envolvida por correntes que passem nos locais indicados na embalagem.

Centro de Gravidade

Indica que a mercadoria tem seu ponto de equilíbrio no local indicado. Deve ser tomado muito
cuidado quando do transporte, bem como na distribuição do peso na carroceria do caminhão.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

Para facilitar o transporte de carga existem vários tipos de equipamentos, tais como:

Pallets ou estrados

São tablados de madeira projetados e construídos para facilitar o acondicionamento e a


movimentação de materiais, mediante emprego de empilhadeiras e carrinhos hidráulicos.

Containers

São caixas de metal com portas que servem para o acondicionamento de volumes diversos.
Seus tamanhos são variados, mas padronizados, podendo ser transportados sobre a carroceria ou
encaixados diretamente no chassi do caminhão. São muito utilizados no transporte intermodal.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Gaiola

Armação de metal, semelhante a uma caixa, com altura de 1m e fechada dos 4 lados com
telas. Seve para o acondicionamento de volumes pequenos. Pode ser transportada por carrinho
hidráulico ou empilhadeira. É empilhável.

Caçamba

Armação de metal, semelhante à gaiola, fechada dos 4 lados com chapas de metal ondulado,
servindo para acondicionar peças pequenas a granel.

Existem vários acessórios que podem facilitar o trabalho do Arrumador na movimentação da


carga no armazém.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Carrinho hidráulico

Serve para levantar e transportar cargas sobre pallets ou estrados. Tem capacidade para
transportar até 2.000 kg.

Carrinho de mão simples

Transporta fardos, caixas e volumes diversos até 300 kg.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Carrinho plataforma

Para transportas volumes em geral até 800 kg.

Carrinho para tambor

Serve para transportas tambores de forma segura, através da trava de segurança.

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Carrinho tartaruga

Serve para transportas rolos de tapetes ou mercadorias volumosas e pesadas, até 1.200 kg

Alavanca com rodas

É usada para levantar cargas pesadas e fazer pequenos movimentos. Pode ser utilizada para
fazer pequenas manobras com cargas volumosas e pesadas.

Empilhadeira

Veículo motorizado utilizado para transportas e empilhar volumes em geral. Só deve ser
operada por pessoa devidamente habilitada.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

SEGURANÇA NA MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGA

O manuseio incorreto de cargas pode trazer aos trabalhadores sérias conseqüências, tais
como: dores na costas, desvios de coluna, mãos e pés esmagados etc.

O levantamento e a movimentação manual de cargas exigem a obediência a certas regras


básicas, a fim de eliminar os riscos de acidentes e, conseqüentemente, evitar que as pessoas se
tornem incapazes para o trabalho e para o lazer.

Antes de levantar uma carga, verifique:

1) As características gerais da carga, tais como:

• peso;

• forma;

• volume

• se existem avarias;

• se possui arestas cortantes, pontas ou rebarbas;

• o(s) ponto(s) pelo(s) quai(s) deve(m) ser manuseado(s);

• e, principalmente, se a carga deverá ser transportada por uma ou mais pessoas.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

2) Se o caminho a ser percorrido está desimpedido.

• não deixe para pensar nisso quando estiver carregando peso;

• não desperdice seu esforço.

3) Se irá precisar de ajuda.

• o volume é muito pesado para você?

• precisará do auxílio de algum colega?

• precisará utilizar algum acessório para movimentar a carga?

Levantamento manual de cargas

O levantamento manual de cargas exige certas precauções, afim de evitar problemas de


saúde.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

Siga estas regras básicas:

1) Posicione-se junto à carga com os pés separados, para manter o equilíbrio.

• coloque um pé um pouco mais à frente que o outro;

• aproxime-se bem da carga.

2) Ao abaixar-se, mantenha a coluna vertebral reta e a cabeça em posição natural. Os braços


devem estar o mais próximo possível do corpo.

• dobre os joelhos para se agachar;

• não dobre as costas.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

3) Segure a carga firmemente, usando a palma das mãos e todos os dedos.

• consiga uma boa “pega” e verificando antes se não há rebarbas ou superfície cortantes.

4) Levante a carga, pouco a pouco, usando somente a força da pernas. Respire fundo e
segure o ar nos pulmões durante o levantamento.

• mantenha os braços estendidos, pois ajudam a manter as costas retas;

• cuidado para não perder o equilíbrio;

• lembre-se da posição dos pés.

5) Faça seu percurso mantendo a carga junto ao corpo e centralizada entre as pernas.

• mantenha a coluna vertebral na posição reta.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

6) Ao descarregar, abaixe-se dobrando as pernas.

• proceda da forma inversa à do levantamento;

• não dobre as costas;

• deposite a carga de tal forma que ela fique estável, segura.

7) Nunca gire o corpo com a cintura quando for deslocar um peso.

• vire-se sobre os pés.

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Técnicas de Almoxarifado e Recebimento

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVARENGA, NOVAES. Logística Aplicada “Suprimento e Distribuição” . Editora Pioneira

AYUSO, ANTÔNIO CARLOS. Custos “Apostila”. Publicação do SENAC

DIAS, MARCO AURÉLIO P. Administração de Materiais “Uma Abordagem Logística”.

GIL, ANTÔNIO DE LOUREIRO. Auditoria da Qualidade. Editora Atlas

IOB. Segurança e Saúde no Trabalho. Editora IOB

MOREIRA, DANIEL. Administração da Produção e Operação. Editora Pioneira

NAKAGAWA, MASAYUKI. ABC Custeio Baseado em Atividades. Editora Atlas

OLIVEIRA, DIJALMA P. REBOUÇAS. Sistemas, Organizações e Métodos. Editora Atlas

SANTOS, JOSÉ ALVES. Análise de Investimentos. Publicação Top Eventos

SCAVONE, LUIS. Organização e Administração de Amoxarifado. Publicação Senai

SCHONBERGER, RICHARD J. Técnicas Industriais Japonesas. Editora Pioneira

SEBRAE. Sistemas Just-in-Time / Kanban. Publicação SEBRAE

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