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SUMÁRIO

1 EMPRESA E SEUS RECURSOS ........................................................................ 6


1.1 FATORES DE PRODUÇÃO ............................................................................... 6
1.1.1 Natureza ........................................................................................................ 6
1.1.2 Capital............................................................................................................ 6
1.1.3 Trabalho ........................................................................................................ 7
1.1.4 Empresa ........................................................................................................ 7
1.2 RECURSOS EMPRESARIAIS ............................................................................ 7
1.2.1 Recursos Materiais ....................................................................................... 8
1.2.2 Recursos Financeiros .................................................................................. 8
1.2.3 Recursos Humanos ...................................................................................... 9
1.2.4 Recursos Mercadológicos ........................................................................... 9
1.2.5 Recursos Administrativos ........................................................................... 10
1.3 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS........................................ 10
1.4 FLUXOGRAMA DE MATERIAIS ......................................................................... 11
2 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS ..................................................................... 12
2.1 IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAIS ...................................................................... 12
2.1.1 Métodos de Identificação ............................................................................. 13
2.1.1.1 Descritivo ...................................................................................................... 13
2.1.1.2 Referencial ................................................................................................... 13
2.2 CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS ......................................................................... 13
2.2.1 Codificação Alfabética ................................................................................. 13
2.2.2 Codificação Alfanumérica............................................................................ 13
2.2.3 Codificação Numérica ou Sistema Numérico ou Decimal ........................ 14
2.2.4 Código de Barras .......................................................................................... 14
2.2.4.1 Razões de Utilização .................................................................................... 16
2.2.4.2 Vantagens para a Indústria ........................................................................... 16
2.2.4.3 Vantagens para o Comércio ......................................................................... 16
2.2.4.4 Vantagens para o Consumidor ..................................................................... 16
2.2.4.5 Tipos de Código de Barras ........................................................................... 17
2.3 CADASTRAMENTO DE MATERIAIS ................................................................. 20
2.4 CATALOGAÇÃO DE MATERIAIS ...................................................................... 20
2.5 TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO .............................................................................. 20
2.5.1 Por Demanda ................................................................................................ 20
2.5.1.1 Materiais de Não Estoque ............................................................................ 20
2.5.1.2 Materiais de Estoque .................................................................................... 21
2.5.2 Periculosidade .............................................................................................. 29
2.5.3 Perecibilidade ............................................................................................... 29
2.5.4 Tipos de Estocagem ..................................................................................... 29
2.5.5 Dificuldade de Aquisição ............................................................................. 30
2.5.6 Mercado Fornecedor .................................................................................... 30
3 ALMOXARIFADO ................................................................................................ 30
3.1 ORIGEM DO ALMOXARIFADO .......................................................................... 30
3.2 CONCEITO E ATRIBUIÇÕES ............................................................................ 31
3.3 ARRANJO FÍSICO (LAYOUT) ........................................................................... 32
3.3.1 Descrição do Arranjo Físico (Layout) ........................................................ 32
3.3.2 Princípios do Arranjo Físico ........................................................................ 33
3.3.2.1 Integração..................................................................................................... 33
3.3.2.2 Mínima Distância .......................................................................................... 33
3.3.2.3 Obediência ao fluxo das operações.............................................................. 33
3.3.2.4 Racionalização de espaço ............................................................................ 33
3.3.2.5 Satisfação e segurança ................................................................................ 33
3.3.2.6 Flexibilidade .................................................................................................. 34
3.3.3 Fatores Condicionantes do Layout ............................................................. 34
3.3.4 Atividades do Almoxarifado ........................................................................ 34
4 RECEBIMENTO DE MATERIAIS ........................................................................ 35
4.1 CONCEITO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS .............................................. 35
4.2 ENTRADA DE MATERIAIS ................................................................................. 35
4.3 CONFERÊNCIA QUANTITATIVA ....................................................................... 36
4.4 CONFERÊNCIA QUALITATIVA .......................................................................... 37
4.4.1 Maneiras de Inspeção de Materiais ............................................................. 37
4.4.2 Documentação de Inspeção ........................................................................ 38
4.4.3 Tipos de Inspeção ........................................................................................ 38
4.5 REGULARIZAÇÃO ............................................................................................. 38
4.5.1 Devolução para o Fornecedor ..................................................................... 39
5 ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS ................................................................. 39
5.1 FASES DAS ATIVIDADES DE ARMAZENAGEM ............................................... 40
5.2 OBJETIVOS DA ARMAZENAGEM ..................................................................... 41
5.3 CRITÉRIOS DE ARMAZENAGEM..................................................................... 41
5.4 FUNÇÕES DA ARMAZENAGEM ....................................................................... 42
5.4.1 Abrigo ............................................................................................................ 42
5.4.2 Consolidação ................................................................................................ 43
5.4.3 Transferência ou Transbordo ...................................................................... 43
5.4.4 Agrupamento ................................................................................................ 44
5.5 LOCAIS DE ARMAZENAGEM ............................................................................ 44
5.5.1 Almoxarifado ................................................................................................. 44
5.5.2 Depósito ........................................................................................................ 44
5.5.3 Depósito Fechado......................................................................................... 45
5.6 UNITIZAÇÃO DE CARGAS ................................................................................ 45
5.6.1 Cintamento ou Amarração ........................................................................... 45
5.6.2 Paletização .................................................................................................... 46
5.6.2.1 Paletização no Brasil .................................................................................... 47
5.6.2.2 Tipos de Palete ............................................................................................. 47
5.6.2.3 Vantagens da Utilização de Paletes ............................................................. 47
5.6.2.4 A importância da Paletização ....................................................................... 48
5.6.3 Conteinerização ............................................................................................ 48
5.6.3.1 Conceito ....................................................................................................... 48
5.6.3.2 História do Container .................................................................................... 49
5.6.3.3 Padronização ................................................................................................ 49
5.6.3.4 Tipos de Container ....................................................................................... 50
5.6.3.5 Dimensões do Container .............................................................................. 50
5.7 ENDEREÇAMENTO DE MATERIAIS ................................................................. 51
5.7.1 Localização de Materiais.............................................................................. 51
5.7.2 Gerando a Codificação de Endereçamento ................................................ 51
5.7.3 Tipos de Endereçamento ............................................................................. 52
5.7.3.1 Endereçamento Fixo..................................................................................... 52
5.7.3.2 Endereçamento Variável .............................................................................. 53
5.8 EMBALAGEM (EMPILHAMENTO) .................................................................... 53
5.8.1 Empilhamento Colunar ................................................................................ 53
5.8.2 Empilhamento Trançado ou Cruzado ......................................................... 53
5.8.3 Perda de Resistência da Embalagem ......................................................... 54
5.8.4 Simbologia das Embalagens ....................................................................... 55
5.9 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM ................................................................. 56
5.9.1 Porta-Palete................................................................................................... 56
5.9.2 Estrutura Drive-in ......................................................................................... 57
5.9.3 Estrutura Cantilever ..................................................................................... 58
5.9.4 Prateleira ....................................................................................................... 59
5.9.5 Rack Metálico ................................................................................................ 60
5.9.6 Modulados de Arame Dobrável ................................................................... 60
6 CONTROLE DE ESTOQUE ................................................................................ 61
6.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O CONTROLE DE ESTOQUES ........................ 62
6.2 CRITÉRIOS NA GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUES ............................. 62
6.3 RAZÕES BÁSICAS PARA O CONTROLE DE ESTOQUE ................................. 64
6.4 NIVEIS DE ESTOQUE ........................................................................................ 64
6.4.1 Gráfico Dente de Serra ................................................................................. 64
6.4.1.1 Estoque Máximo ........................................................................................... 65
6.4.1.2 Índice de Cobertura ...................................................................................... 65
6.4.1.3 Estoque de Segurança ................................................................................. 66
6.4.1.4 Estoque Real ................................................................................................ 66
6.4.1.5 Estoque Virtual ............................................................................................. 66
6.4.1.6 Nível de Ressuprimento ............................................................................... 67
6.4.1.7 Tempo de Ressuprimento ............................................................................ 67
6.4.1.8 Ponto de Ruptura.......................................................................................... 67
7 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS..................................................................... 68
7.1 CONCEITO DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS........................................... 68
7.2 FORMAS DE MOVIMENTAR MATERIAIS ......................................................... 68
7.3 FUNÇÕES DA MOVIMENTAÇÀO DE MATERIAIS ............................................ 68
7.4 PRINCÍPIOS DA MOVIMENTAÇÃO ................................................................... 69
7.5 LEIS DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS ...................................................... 70
7.6 EQUIPAMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS ............................ 71
7.6.1 Definição do Tipo de Equipamento para Movimentação .......................... 71
7.6.2 Classificação dos Equipamentos de Movimentação ................................. 72
7.6.3 Equipamentos de Movimentação ................................................................ 72
7.6.4 Equipamentos de Elevação e Transportes ................................................. 74
7.6.5 Transportadores Contínuos ........................................................................ 75
7.6.6 Cuidados na Movimentação de Cargas Paletizadas.................................. 76
7.6.7 Movimentação de Materiais com Segurança ............................................. 77
7.6.8 Custos da Movimentação de Materiais ....................................................... 78
8 INVENTÁRIO ....................................................................................................... 79
8.1 ORGANIZAÇÃO DO INVENTÁRIO .................................................................... 79
8.2 PORQUE REALIZAMOS INVENTÁRIO?............................................................ 80
8.3 TIPOS DE INVENTÁRIO .................................................................................... 80
8.3.1 Inventário Geral ............................................................................................ 80
8.3.2 Inventários Rotativos ou Cíclicos ............................................................... 81
8.4 IMPACTO QUANTO AS DIVERGÊNCIAS NOS INVENTÁRIOS ........................ 82
8.5 O QUE OCORRE COM AS EMPRESAS QUANDO EXISTEM REGISTROS
IMPRECISOS? ................................................................................................... 82
8.6 REGISTRO DE ESTOQUE ................................................................................. 83
8.7 QUANDO DEVEMOS CONTAR NOSSOS ESTOQUES? .................................. 84
8.8 ELABORANDO UM INVENTÁRIO ...................................................................... 85
8.8.1 Cronograma do Inventário ........................................................................... 86
8.8.2 Dimensão do Pessoal................................................................................... 86
8.8.3 Novos Colaboradores .................................................................................. 87
8.8.4 Produtividade Média..................................................................................... 87
8.8.5 Organização Física ....................................................................................... 87
8.8.6 Método de Registros das Contagens.......................................................... 88
8.8.6.1 Modelo de Contagem por Listagem .............................................................. 89
8.8.6.2 Ficha de Boleto de Contagem ...................................................................... 89
8.8.7 Característica do Material para Contagem ................................................. 90
8.8.8 Mapa de Controle de Contagem .................................................................. 90
8.8.9 Realização do Inventário Geral ................................................................... 90
8.9 RECONCILIAÇÃO DAS DIVERGÊNCIAS DE ESTOQUE.................................. 92
8.10 AJUSTE DE ESTOQUE .................................................................................... 92
8.11 CALCULANDO A ACURACIDADE ................................................................... 92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 94
6

1 EMPRESA E SEUS RECURSOS

1.1 FATORES DE PRODUÇÃO

Todo sistema produtivo depende tradicionalmente da existência conjunta de


três fatores de produção: natureza, capital e trabalho, a ausência de um dos
recursos impossibilita qualquer processo produtivo, ou seja, a organização não tem
como produzir, tem ainda que levar em conta que os fatores devem estar integrados
por um quarto fator denominado empresa, conforme fig.1.

EMPRESA

nNATUREZA 7nCAPITAL

nTRABALHO

Figura 1 - Fatores de produção


Fonte: http://apostilas.netsaber.com.br/apostilas/1024.pdf(2005)

Todo e qualquer processo produtivo esta fundamentado na conjunção


desses quatro fatores de produção, cada qual tem uma função específica, a saber:

1.1.1 Natureza

Recurso que fornece os insumos necessários à produção, como as


matérias-primas e os materiais em forma de componentes, que deverão ser
processados e transformados em produtos e ou em serviços prestados.

1.1.2 Capital

Recurso que proporciona os meios de pagamento para a aquisição ou


obtenção dos materiais ou matérias primas necessários e para remuneração de mão
7

de obra empregada, etc. O capital representa o fator de produção que permite meios
para comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de produção.

1.1.3 Trabalho

Representa a intervenção humana ou física realizadas sobre os materiais e


ou matérias primas para sua conversão em produtos acabados e ou serviços
prestados.
O trabalho representa o fator de produção que atua sobre os demais, isto é,
que aciona e agiliza os outros fatores de produção. É comumente denominado mão-
de-obra, porque se refere principalmente ao operário manual ou braçal que realiza
operações físicas sobre as matérias-primas, com ou sem o auxílio de máquinas e
equipamentos.

1.1.4 Empresa

Recurso integrador capaz de aglutinar a natureza, o capital e o trabalho em


um conjunto harmonioso que permite que o resultado alcançado seja muito maior do
que a soma dos fatores aplicados no negócio. A empresa constitui o sistema que
aglutina e coordena todos os fatores de produção envolvidos, fazendo com que o
resultado do conjunto supere o resultado que teria cada fator isoladamente. Isto
significa que a empresa tem um efeito multiplicador, capaz de proporcionar um
ganho adicional, que é o lucro.

1.2 RECURSOS EMPRESARIAIS

A empresa é um empreendimento social pelo qual se reúnem recursos


variados para atingir determinados objetivos. E por que a empresa é um
empreendimento social? Porque ela é constituída por pessoas que lidam com
recursos, sem os quais não é possível atingir os objetivos.
As pessoas não podem trabalhar sem maquinas ou ferramentas, sem
instalações ou tecnologias. Os recursos são meios que as empresas utilizam para
realizar suas atividades e atingir seus objetivos; são bens ou serviços consumidos
internamente na realização das atividades para produzir seus produtos e serviços.
8

Recurso é um ativo, uma competência, um processo, uma habilidade ou um


conhecimento controlado pela empresa. Torna-se uma força quando proporciona
alguma vantagem competitiva para a empresa, ou seja, algo que a empresa faz bem
em relação ao seu concorrente e podendo ser o inverso quando o recurso for
utilizado de maneira inadequada.
Modernamente, esses recursos de produção costumam ser denominados
recursos empresariais e são classificados em cinco grupos, conforme fig. 2:

Recursos Recursos Recursos Recursos Recursos


Materiais Financeiros Humanos Mercadológicos Administrativos

Administração Administração Administração


Administração Administração
da de de
Financeira Geral
Produção Pessoal Vendas

Produção Finanças Pessoal Mercado Empresa

Figura 2 - Recursos empresariais.


Fonte: http://apostilas.netsaber.com.br/apostilas/1024.pdf(2005)

1.2.1 Recursos de Materiais

São recursos necessários para garantir as operações básicas da empresa,


tanto na produção de bens ou serviços especializados. Os recursos materiais
constituem o próprio espaço físico, prédios, edifícios e terrenos, processo produtivo
em si, tecnologias, métodos, processos matérias primas e materiais voltados para a
produção dos bens e serviços produzidos pela empresa.
Contudo a tecnologia não se limita aos recursos materiais, porem material
e maquinaria recebem grande influência da tecnologia.

1.2.2 Recursos Financeiros

São recursos relacionados com o dinheiro sob a forma de capital, fluxo de


caixa (entrada e saída), empréstimos, financiamentos, créditos, etc., em
disponibilidade imediata para fazer frente aos compromissos da empresa. Inclui
9

também a receita decorrente das operações da empresa, investimento de terceiros e


toda forma monetária que transite pela tesouraria ou pelo caixa da empresa.
Os recursos financeiros garantem os meios para a aquisição ou obtenção
dos demais recursos necessários à empresa. É muito comum traduzir-se o
desempenho da empresa pela linguagem financeira, em valores monetários ou em
termos de liquidez de suas ações.
Também é muito comum dimensionar os recursos físicos e materiais em
termos financeiros, como valor de maquinas e equipamentos ou valor do estoque de
matérias primas ou de produtos acabados, entre outros ou o próprio valor
patrimonial ou valor de mercado da empresa.

1.2.3 Recursos Humanos

São pessoas que ingressam, permanecem e participam da empresa


independente de seu nível hierárquico ou sua tarefa. Os recursos humanos estão
distribuídos no nível institucional da empresa (dirigentes), no nível intermediário
(gerentes, executivos e assessores) e no nível operacional (supervisores, técnicos e
colaboradores internos). Constituem o único recurso vivo e dinâmico das empresas,
alias o recurso que decide e manipula os demais, os quais são inertes ou estáticos
por si. As pessoas tem uma irresistível vocação para o crescimento e
desenvolvimento, trazem para as empresas conhecimentos, habilidades,
julgamentos, atitudes, comportamentos, percepções e mais, desempenham papéis
bem diferentes dentro da empresa conforme os cargos, equipes ou competências
exigidas. As pessoas são diferentes entre si, constituindo um recurso altamente
diversificado em face das diferenças individuais de personalidade, experiência,
motivação, etc.

1.2.4 Recursos Mercadológicos

Constituem os meios pelos quais as empresas localizam, entram em contato


e influência seus clientes ou usuários, incluindo nesse sentido o mercado de
consumidores ou clientes. Assim este recurso envolvem todas as atividades de
pesquisa e analise de mercado (de consumidores e concorrentes), organização das
vendas (incluindo previsão de vendas, execução e controle), promoção, propaganda,
distribuição dos produtos por intermédio dos canais adequados, desenvolvimento de
10

novos produtos necessários a demandas de mercado, definição de preços,


assistência técnica ao consumidor e outras.

1.2.5 Recursos Administrativos

Constituem os meios com os quais as atividades são planejadas,


organizadas, dirigidas e controladas. Incluem todos os processos de tomada de
decisão e distribuição da informação necessária, além dos esquemas de
coordenação e integração utilizados pela empresa.

1.3 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Administração de Materiais pode ser entendida como sendo um conjunto de


operações associadas ao fluxo de materiais, onde abrange desde a fonte que é a
matéria prima até a entrada na fábrica. É o estudo do método e movimento de
mercadorias e produtos (suprimentos) para a empresa, de uma forma onde eles
estejam disponíveis no momento certo, atendendo as necessidades da produção.
Conforme, CHIAVENATO, (1991) administração de materiais, se refere à
totalidade das funções relacionadas com os materiais, seja com sua programação,
aquisição, estocagem, distribuição etc., desde sua chegada à empresa até sua saída
com direção aos clientes. A focalização desse conceito reside na atividade dirigida
aos materiais. Administração de materiais é a preocupação principal, enquanto a
produção é apenas um usuário do sistema”.
Administrar é saber gerir, controlar, planejar e demais funções da ciência da
administração, dentro dessa ciência surge um ramo especifico para tratar do estudo
de materiais que em seu contexto tem a finalidade de assegurar um processo
repetitivo de abastecimento de artigos, materiais e demais produtos que são
necessários e solicitados para atender os serviços executados pela empresa. A
administração de materiais é um ramo especializado da ciência da administração
que trata especificamente de um conjunto de normas relacionadas com a gerência
de artigos essenciais à produção de determinado bem ou serviço.
Segundo BALLOU, (1995), o que motiva a administração de materiais é
satisfazer às necessidades se sistemas de operação, tais como uma linha de
produção na manufatura ou um processo operacional de banco, hospital etc. A
administração de materiais tem por finalidade assegurar o contínuo abastecimento
11

de artigos próprios, necessários e capazes de atender aos serviços executados de


uma empresa. O abastecimento de materiais, porém, deverá processar-se em
conformidade com três requisitos básicos: a qualidade produtiva, a data de entrega e
o menor custo de aquisição,
Para administrar materiais temos que:
Classificá-los de modo adequado, aglutinando materiais com características
semelhantes. Eles devem possuir abrangência, flexibilidade e praticidade;
Cadastrá-los para melhor identificação e distinção dos materiais dos seus
similares, evitando a compra de materiais em desacordo com as necessidades. A
condição básica da especificação é a padronização e normalização de materiais.
Portanto deve existir um único código por produto que garantirá segurança no
recebimento, controle de estoque e gestão de preços, além de informações rápidas
e precisas sobre o produto.
Codificá-los para identificá-los com mais facilidade a grande quantidade e
diversidade de seus materiais
Comprá-los para garantir a qualidade, quantidade, entrega no prazo
necessário e um preço justo, do que será consumido para o funcionamento,
manutenção ou ampliação da empresa.
Armazená-los onde o objetivo primordial é utilizar o espaço nas três
dimensões, da maneira mais eficiente possível. As instalações do almoxarifado
devem proporcionar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o
recebimento até a expedição
Estocá-los verificando se os estoques estão sendo bem utilizados, já que a
formação de estoques consome capital de giro, que pode não estar tendo nenhum
retorno do investimento efetuado.

1.4 FLUXOGRAMA DE MATERIAIS

São processos informativos e ou físicos que suprem a necessidade de


materiais no setor produtivo, transformando – os em produtos acabados de acordo
com as necessidades do mercado (clientes), conforme fig.3:
12

VENDAS

PCM PCP

PRODUÇÃO
COMPRAS

FORNECEDOR CLIENTE

RECEBIMENTO

EXPEDIÇÃO
ARMAZENAGEM

Figura 3 - Fluxo de Materiais,


Fonte: Cetam, Apostila Gestão de Almoxarifado (2011, p.19).

2 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

A classificação de materiais é um processo tem como objetivo agrupar todos


os materiais com características comuns. Em outras palavras, classificar um material
significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-os de acordo com as suas
semelhanças. Esta pode ser dividida em quatro categorias:
Identificação, Codificação, Cadastramento e
Catalogação.

2.1 IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAIS

A identificação do material é a primeira etapa da classificação de material e


também a mais importante. Consiste na análise e registro das características
físico/químicas e das aplicações de um determinado item em relação aos outros, isto
é, estabelece a identidade do material.
A identificação busca uma identidade do material, ou seja, busca torná-lo
único. Podemos identificar os materiais conforme:
• Medidas/Dimensões das peças;
• Voltagem/Amperagem, etc.;
• Acabamento superficial do material;
13

• Tipo de material e a aplicação a que se destina;


• Normas técnicas;
• Referências da peça e/ou embalagens;
• Acondicionamento do material;
• Cor do material;
• Identificação do(s) fabricante(s).

2.1.1 Métodos de identificação

2.1.1.1 Descritivo

Quando se identifica o material pela sua descrição detalhada. Procura-se


neste tipo de identificação apresentar todas as características físicas que tornem o
item único.

2.1.1.2 Referencial

Este método de identificação atribui uma descrição ou uma nomenclatura


apoiada na referência do fabricante.

2.2 CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS

A codificação de informações vem a solucionar a questão de agrupamentos


de características referentes a determinado material, codificar um material significa
representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas por meio de
números e/ou letras, com base na classificação obtida do material. Um item só pode
estar associado a um único código de identificação. Tipos de codificação usados na
classificação de material são elas:

2.2.1 Codificação Alfabética

Este processo representa os materiais por meio de letras.

2.2.2 Codificação Alfanumérica


14

Este processo agrupa números e letras, conforme fig.4, atualmente é um


sistema muito utilizado na classificação de peças automotivas e na codificação de
placas de automóveis.

JXN-0785

Figura 4 - Código alfa numérico.


Fonte: Adaptado de
www.portaladm.adm.br/AM/AM15.htm

2.2.3 Codificação Numérica ou Sistema Numérico ou Decimal

A atribuição consiste na adoção de algarismos arábicos. Sendo o método


mais utilizado, pela facilidade de ordenação sequencial de diversos itens e na
adoção da informatização. Os códigos seguem então a uma regra, conforme fig.5,
sendo:

XX XX XXXX X
DIGITO
VERIFICADOR

SEQUENCIAL

SUBGRUPO

GRUPO

07 02 0001 2

Figura 5 - Código numérico.


Fonte: Adaptado de
www.portaladm.adm.br/AM/AM15.htm

2.2.4 Código de barras

É uma representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos. A


decodificação (leitura) dos dados é realizada por um tipo de scanner - leitor de
código de barras, que emite um raio vermelho que percorre todas as barras. Onde a
15

barra for escura, a luz é absorvida; onde a barra for clara (espaços), a luz é refletida
novamente para o leitor. Os dados capturados nessa leitura óptica são
compreendidos pelo computador, que por sua vez converte-os em letras ou números
humano-legíveis, conforme fig.6.

Figura 6 - Código de barras EAN-13


Fonte: flashcard.inf.br/artigos/

A EAN Brasil– Associação Brasileira de Automação Comercial, atualmente


GSI recebeu a incumbência de administrar no âmbito do território brasileiro o Código
Nacional de Produtos, Sistema EAN/UCC. Conforme Decreto Lei nº 90595 de
29.11.1984 e da Portaria nº 143 de 12.12.1984 do Ministério da Indústria e
Comércio.
Em 1986 foi estabelecido um acordo de cooperação entre a EAN
Internacional e a UCC – Uniform Code Council Inc., entidade americana que
administra o sistema UPC (Código Universal de Produtos) de numeração e código
de barras, utilizado nos Estados Unidos e no Canadá. Esta aliança promoveu uma
maior colaboração, intercambio e suporte técnico entre os parceiros comerciais.
Com o advento do código de barras, a interação entre atacadistas e
varejistas passou a ser feita através deste controle mais eficaz, gerando uma
velocidade rápida e precisa na troca de informações quanto aos aspectos de
movimentação de venda e gestão dos estoques, garantindo assim uma melhor
qualidade e produtividade dos sistemas gerenciais.
Atualmente mais de 450.000 empresas em todo mundo utilizam o sistema
EAN (Associação Internacional de Numeração de Artigos), atendendo as empresas
em mais de 100 países, sistema EAN é constituído de:
16

 Um sistema para numerar itens (produtos de consumo e serviços, unidades de


transporte, localizações, e outros ramos,...) permitindo que sejam identificados.
 Um sistema para representar informações suplementares.
 Código de barras padronizado para representar qualquer tipo de informação que
possa ser lida facilmente por computadores (escaneada).
 Um conjunto de mensagens EANCOM para transações pelo Intercambio
Eletrônico de Documentos (EDI).

2.2.4.1 Razões de Utilização

Dentre muitos se apresentam:


 Padrão utilizado internacionalmente em mais de 100 países;
 Cada identificação de mercadoria é única no mundo;
 Decodificações rápidas do símbolo, gerando informações instantâneas;
 Linguagem comum no intercambio de informações entre parceiros comerciais.

2.2.4.2 Vantagens para a Indústria

 Conhecimento exato do comportamento de cada produto no mercado;


 Estabelecimento de uma linguagem comum com os clientes;
 Organização interna, mediante a codificação de embalagens de despacho e da
matéria prima;
 Controle de inventários e do estoque, expedição de mercadorias.

2.2.4.3 Vantagens para o Comércio

 Otimiza o controle de estoque;


 Aumenta a eficiência no ponto de venda: elimina erros de digitação, diminui o
tempo das filas;
 Otimiza a gestão de preços e de crédito;
 Melhora o controle do estoque central;
 Melhora o serviço ao cliente.

2.2.4.4 Vantagens para o Consumidor


17

 Cupom fiscal detalhado;


 Passagem rápida no check-out;
 Eliminação de erros de digitação em sua
compra.

2.2.4.5 Tipos de Código de Barras

Alguns dos códigos de barras utilizados:


 Padrão EAN-8
A versão EAN-8 é utilizada somente em embalagens que não têm espaço
útil suficiente para a aplicação do EAN-13, conforme fig.7. Esse código indica o país,
o produto e tem um dígito de controle, dispensando o número da empresa. O
licenciamento deste código é controlado integralmente pela EAN BRASIL e feita
somente após avaliação e aprovação da Assessoria Técnica da entidade.

A B C
789 1234 2
3 DIGITOS 4 DIGITOS DIGITO
CONCEDIDOS CONCEDIDOS DE CONTROLE
PELA EAN PELA EAN (CÁLCULO
(789 = BRASIL ALGORÍTMO)
BRASIL)

Figura 7 - Código de barras EAN-8


Fonte: www.msistemas.com.br/materias_exibir.php?id=15 (2002).

 Padrão EAN-13
O código EAN-13 identifica o país de origem do produto, a empresa e o
produto por ela produzido, é utilizada para identificar produtos e bens de consumo,
conforme fig.8. O último dígito serve para o controle da composição total do código e
é obtido através de cálculo algoritmo.
18

A B C D
789 12345 6789 5
País Empresa Produto D.C.

Figura 8 - Código de barras EAN-13


Fonte: www.msistemas.com.br/materias_exibir.php?id=15 (2002).

 EAN/UCC - 128
Mais abrangente que os demais códigos, o UCC/EAN-128 é complementar,
baseado em Identificadores de Aplicação (AI), identificando o significado e o formato
de dados. O UCC/EAN-128 pode, inclusive, ser aplicado em unidades de
distribuição, permitindo a identificação do número de lote, série, data de fabricação,
validade, textos livres e outros dados, conforme fig.9.
A utilização do UCC/EAN-128 é múltipla, podendo ser aplicado na logística e
automação de vários setores produtivos e comerciais, como o ramo alimentício,
farmacêutico, vestuário e de papel, entre outros. Além disso, pode ser usado na
distribuição, armazenamento, inventários e gestão de estoque, proporcionando
agilidade na captura de informações, com menor margem de erros. Trata-se de um
sistema que possui abrangência necessária para a obtenção de grandes ganhos na
cadeia distributiva, sempre objetivando a otimizar e a maximizar, por meio da
informação rápida e precisa.
Modelo do código UCC/EAN-128

Figura 9 - Código de barras EAN-128


Fonte: www.msistemas.com.br/materias_exibir.php?id=15
(2002).
19

 Padrão ISSN
O International Standard Serial Number, específico para publicações
periódicas (revistas, encartes e outros), é composto por três dígitos do prefixo EAN
para ISSN (977), seguidos de sete dígitos, que caracterizam a numeração ISSN,
sem o dígito de controle; dois dígitos zero (00), acrescidos à direita; e um dígito de
controle, conforme fig.10.
O número ISSN pode ser adquirido junto ao IBICT/CBI - Instituto Brasileiro
de Informação, Ciência e Tecnologia /Centro Brasileiro do ISSN.

A B C D
977 0103783 00 1
Prefixo ISSN (sem o Dígitos
EAN para dígito de acrescidos Dígito de
ISSN controle) variáveis controle

Figura 10 - Código de barras padrão ISSN


Fonte: www.msistemas.com.br/materias_exibir.php?id=15 (2002).

 Padrão ISBN
O International Standard Book Number é um código específico para livros. É
representado por 13 dígitos, três dos quais referem-se ao prefixo EAN para ISBN
(978 ou 979); nove indicam a numeração ISBN, sem o respectivo dígito de controle
resultante dessa composição, conforme fig.11. Esse código poderá ter ainda um
adendo complementar de informações, como número de série, edição, etc.
O número ISBN pode ser adquirido com a Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro, telefone (021) 262-8255.

Figura 11 - Código de barras ISBN


Fonte: www.msistemas.com.br/materias_exibir.php?id=15 (2002).
20

2.3 CADASTRAMENTO DE MATERIAIS

O terceiro passo da classificação do material é o cadastramento. O objetivo


deste é inserir nos registros da empresa todos os dados que identifiquem o material.

2.4 CATALOGAÇÃO DE MATERIAIS

Com a catalogação de material chega ao fim a Classificação de material.


Esta consiste em ordenar de uma forma lógica todos os dados que dizem respeito
aos itens identificados, codificados e cadastrados de forma a facilitar a consulta da
informação pelas diversas áreas da empresa.
Um dos aspectos mais importantes na catalogação de material é usar
simplicidade e objetividade dos dados gerados e permitir um fácil acesso e rapidez
na pesquisa dos materiais colocados nos documentos e formulários do sistema de
material. Os objetivos de uma boa catalogação são:
 Conseguir especificar o catálogo de uma forma tal que o usuário consiga
identificar/requisitar o material que deseja;
 Evitar que sejam introduzidos no catálogo itens já cadastrados com códigos
diferentes;
 Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos materiais colocados nos
documentos e formulários do sistema de material.

2.5 TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO

2.5.1 Por Demanda

É a quantidade de material necessária ao atendimento dos clientes (internos


e externos), relacionada a uma determinada unidade de tempo.
O conhecimento do tipo de demanda é fundamental, pois, para cada tipo,
são diferentes os critérios de formação dos estoques, os métodos de controle de
estoques e a criação de índices e parâmetros de avaliação da atividade de
gerenciamento destes. A classificação por demanda subdivide-se em:

2.5.1.1 Materiais de Não Estoque


21

São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos


parâmetros de ressuprimento.

2.5.1.2 Materiais de Estoque

São materiais que devem existir em estoque para futuras aplicações e para
os quais devem existir parâmetros de ressuprimento, subdivide-se em, conforme
fig.12:

MATERIAL PRODUTIVO

MATÉRIA PRIMA

MATERIAL EM
FABRICAÇÃO
QUANTO A APLICAÇÃO
MATERIAL DE
MANUTENÇÃO

MATERIAL
IMPRODUTIVO

PRODUTO ACABADO

ITENS CLASSE A

QUANTO A O VALOR ITENS CLASSE B


ECÔNOMICO

ITENS CLASSE C

ITENS CLASSE X

QUANTO A IMPORTÂNCIA ITENS CLASSE Y


OPERACIONAL

ITENS CLASSE Z

Figura 12 – Classificação de materiais de estoque.


Fonte: Cetam – apostila Armazenamento e Movimentação de Materiais (2011)

a) Quanto à aplicação
 Materiais produtivos:
São materiais ligados ao processo de fabricação.
 Matérias primas:
22

São materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais em um


processo produtivo.
 Produtos em fabricação:
São os materiais que estão sendo processados ao longo do processo
produtivo.
 Produtos acabados:
Trata-se da matéria-prima e insumos que já sofreram um processo de
transformação, foram completamente processados e estão prontos para serem
entregues ao mercado consumidor.
 Materiais de manutenção:
São materiais partes, peças e auxiliares, destinados à manutenção
preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos do setor produtivo ou setor de
apoio.
 Materiais improdutivos ou materiais de consumo:
Compreende todo e qualquer material não incorporado às características do
produto fabricado.

b) Quanto ao valor econômico


A utilização do sistema ABC ou, Classificação ABC como também é
conhecida foi fundamentada com base nos estudos realizados por Vilfredo Pareto,
economista italiano que estudou a distribuição de renda entre as populações. Ele
verificou que existia uma lei geral de “má distribuição de renda” em que uma
pequena parcela da população absorvia uma grande parte da renda, restando assim
uma pequena parte para ser compartilhada com a maior parte da população.
O sistema ABC tomando por base o estudo de Pareto foi moldado para o
uso no gerenciamento de estoques, e evidenciou-se que a mesma máxima ocorria
no universo de produtos utilizados pela empresa constatou-se que poucos deles
eram os responsáveis diretos pelo maior valor das compras e que estes que
representavam os maiores gastos eram o de maior importância ou impacto no
processo produtivo.
Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de
estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o
estabelecimento de prioridades, para a programação de produção. Para a
administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro
que informa sobre a necessidade de aquisição de itens/mercadorias ou matérias-
23

primas essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a


demanda do consumidor.

b1) Classificação ABC

O principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de maior valor de


demanda, como já dito anteriormente, e a partir daí exercer uma gestão mais bem
refinada, especialmente por que representam altos valores de investimento e seu
controle mais apurado vai permitir grandes reduções nos custos dos estoques.
A análise ABC consiste da divisão dos itens de estoque por três grupos de
acordo com o valor de demanda. O valor de consumo ou valor de demanda é
determinado multiplicando-se o preço ou custo unitário de cada item pelo seu
consumo ou sua demanda em determinado período de tempo. Assim sendo, como
resultado de uma típica classificação ABC, surgirão grupos divididos em três
classes, como segue, quadro 1:

• Classe A
Itens que possuem alto valor de demanda ou consumo. São os itens de
grande importância para a empresa, visto que o volume financeiro representado por
estes itens corresponde à parcela relevante do movimento da empresa, cabendo
assim maior atenção e controle sobre suas movimentações e respectivos estoques.
Estes itens juntos correspondem normalmente em torno de 70 a 75% do
valor total das movimentações e de 10 a 20% do numero de itens cadastrados em
estoque. Por esses motivos o administrador dedicará maior controle e atenção a
esta classe de itens.

• Classe B
Itens que possuem um valor de demanda ou consumo intermediário. São
itens de valor e consumo médio, em situação intermediária, necessitam de controle,
porém de forma menos rígida que a exigida para os itens classe A.
Normalmente representam de 20 a 25% do valor das movimentações e de
20 a 35% do numero de itens cadastrados em estoque.

• Classe C
24

Itens que possuem um valor de demanda ou consumo baixo. São itens de


baixo valor financeiro e ou baixa movimentação, sendo pouco expressivo o valor
financeiro movimentado. Seu controle deve ser menos rígido, visto que compensa
dispensar maior atenção aos materiais de maior valor e mais importantes.
Normalmente representam apenas de 5 a 10% do valor movimentado e uma
quantidade considerável, de 50 a 60% do numero de itens cadastrados.

% %
Item N° Itens Valor Financeiro
A 10 a 20% 70 a 75%
B 20 a 25% 20 a 35%
C 50 a 60 % 5 a 10%
Quadro 1 - Percentual da classificação ABC
Fonte: Adaptado de Costa (2002, p.137).

b2) Construção da Classificação ABC

O administrador precisa seguir alguns passos:


 Listar os itens cadastrados com os respectivos custos e consumo em um período
considerado, conforme tabela 1 e tabela 2.
 Calcular o valor da demanda multiplicando o custo unitário médio pelo seu
respectivo consumo, conforme tabela 3.
 Ordenar os itens por grandeza do maior para o menor de acordo com o valor da
demanda média encontrada, conforme tabela 4.
 Calcular a demanda acumulada, conforme tabela 5.
 Calcular os % de demanda do produto e demanda acumulada, conforme tabela 6.
 Agrupar os itens nas respectivas classes: A, B e ou C, conforme tabela 7.
Construir o gráfico representativo da classificação, conforme quadro 2.

Tabela 1 - Construção da classificação ABC.


CUSTO CONSUMO % %
Nº COD. MÉDIO MÉDIA VALOR DEMANDA DEMANDA DEMANDA
ITENS ITEM UNITARIO CONSUMO DEMANDA ACUMULADA PRODUTO ACUM. CLASSE
1 B01 3,5
2 B04 2,5
3 B05 10,8
4 B09 10,3
5 A17 0,4
6 A18 15
7 A30 2,65
8 A44 33,6
9 A43 0,9
25

10 A42 6,7
11 A40 0,65
12 A16 23
13 A15 4,5
14 A13 0,3
15 A12 510
16 A11 22
17 A07 12
18 A02 20
19 A08 0,7
20 A10 1,4
TOTAL
Fonte: Adaptado de Costa (2002 p139)

Tabela 2 - Construção da classificação ABC.


CUSTO CONSUMO % %
Nº COD. MÉDIO MÉDIA VALOR DEMANDA DEMANDA DEMANDA
ITENS ITEM UNITARIO CONSUMO DEMANDA ACUMULADA PRODUTO ACUM. CLASSE
1 B01 3,50 2010
2 B04 2,50 520
3 B05 10,80 650
4 B09 10,30 110
5 A17 0,40 15000
6 A18 15,00 330
7 A30 2,65 1500
8 A44 33,60 900
9 A43 0,90 1500
10 A42 6,70 60
11 A40 0,65 200
12 A16 23,00 300
13 A15 4,50 23000
14 A13 0,30 1500
15 A12 510,00 3
16 A11 22,00 2500
17 A07 12,00 200
18 A02 20,00 870
19 A08 0,70 3000
20 A10 1,40 1200
TOTAL
Fonte: Adaptado de Costa (2002 p139)

Tabela 3 - Construção da classificação ABC.


CUSTO CONSUMO % %
Nº COD. MÉDIO MÉDIA VALOR DEMANDA DEMANDA DEMANDA
ITENS ITEM UNITARIO CONSUMO DEMANDA ACUMULADA PRODUTO ACUM. CLASSE
1 B01 3,50 2010 7035,00
2 B04 2,50 520 1300,00
3 B05 10,80 650 7020,00
4 B09 10,30 110 1133,00
5 A17 0,40 15000 6000,00
6 A18 15,00 330 4950,00
7 A30 2,65 1500 3975,00
8 A44 33,60 900 30240,00
9 A43 0,90 1500 1350,00
10 A42 6,70 60 402,00
11 A40 0,65 200 130,00
12 A16 23,00 300 6900,00
13 A15 4,50 23000 103500,00
14 A13 0,30 1500 450,00
15 A12 510,00 3 1530,00
16 A11 22,00 2500 55000,00
17 A07 12,00 200 2400,00
26

18 A02 20,00 870 17400,00


19 A08 0,70 3000 2100,00
20 A10 1,40 1200 1680,00
TOTAL 254495,00
Fonte: Adaptado de Costa (2002, p139)

Tabela 4 - Construção da classificação ABC.


CUSTO CONSUMO % %
Nº COD. MÉDIO MÉDIA VALOR DEMANDA DEMANDA DEMANDA
ITENS ITEM UNITARIO CONSUMO DEMANDA ACUMULADA PRODUTO ACUM. CLASSE
1 A15 4,50 23000 103500,00
2 A11 22,00 2500 55000,00
3 A44 33,60 900 30240,00
4 A02 20,00 870 17400,00
5 B01 3,50 2010 7035,00
6 B05 10,80 650 7020,00
7 A16 23,00 300 6900,00
8 A17 0,40 15000 6000,00
9 A18 15,00 330 4950,00
10 A30 2,65 1500 3975,00
11 A07 12,00 200 2400,00
12 A08 0,70 3000 2100,00
13 A10 1,40 1200 1680,00
14 A12 510,00 3 1530,00
15 A43 0,90 1500 1350,00
16 B04 2,50 520 1300,00
17 B09 10,30 110 1133,00
18 A13 0,30 1500 450,00
19 A42 6,70 60 402,00
20 A40 0,65 200 130,00
TOTAL 254495
Fonte: Adaptado de Costa (2002 p139)

Tabela 5 - Construção da classificação ABC.


CUSTO CONSUMO % %
Nº COD. MÉDIO MÉDIA VALOR DEMANDA DEMANDA DEMANDA
ITENS ITEM UNITARIO CONSUMO DEMANDA ACUMULADA PRODUTO ACUM. CLASSE
1 A15 4,50 23000 103500,00 103500,00
2 A11 22,00 2500 55000,00 158500,00
3 A44 33,60 900 30240,00 188740,00
4 A02 20,00 870 17400,00 206140,00
5 B01 3,50 2010 7035,00 213175,00
6 B05 10,80 650 7020,00 220195,00
7 A16 23,00 300 6900,00 227095,00
8 A17 0,40 15000 6000,00 233095,00
9 A18 15,00 330 4950,00 238045,00
10 A30 2,65 1500 3975,00 242020,00
11 A07 12,00 200 2400,00 244420,00
12 A08 0,70 3000 2100,00 246520,00
13 A10 1,40 1200 1680,00 248200,00
14 A12 510,00 3 1530,00 249730,00
15 A43 0,90 1500 1350,00 251080,00
16 B04 2,50 520 1300,00 252380,00
17 B09 10,30 110 1133,00 253513,00
18 A13 0,30 1500 450,00 253963,00
19 A42 6,70 60 402,00 254365,00
20 A40 0,65 200 130,00 254495,00
TOTAL 254495
Fonte: Adaptado de Costa (2002 p139)
27

Tabela 6 - Construção da classificação ABC.


CUSTO CONSUMO % %
Nº COD. MÉDIO MÉDIA VALOR DEMANDA DEMANDA DEMANDA
ITENS ITEM UNITARIO CONSUMO DEMANDA ACUMULADA PRODUTO ACUM. CLASSE
1 A15 4,50 23000 103500,00 103500,00 40,67 40,67
2 A11 22,00 2500 55000,00 158500,00 21,61 62,28
3 A44 33,60 900 30240,00 188740,00 11,88 74,16
4 A02 20,00 870 17400,00 206140,00 6,84 81,00
5 B01 3,50 2010 7035,00 213175,00 2,76 83,76
6 B05 10,80 650 7020,00 220195,00 2,76 86,52
7 A16 23,00 300 6900,00 227095,00 2,71 89,23
8 A17 0,40 15000 6000,00 233095,00 2,36 91,59
9 A18 15,00 330 4950,00 238045,00 1,95 93,54
10 A30 2,65 1500 3975,00 242020,00 1,56 95,10
11 A07 12,00 200 2400,00 244420,00 0,94 96,04
12 A08 0,70 3000 2100,00 246520,00 0,83 96,87
13 A10 1,40 1200 1680,00 248200,00 0,66 97,53
14 A12 510,00 3 1530,00 249730,00 0,60 98,13
15 A43 0,90 1500 1350,00 251080,00 0,53 98,66
16 B04 2,50 520 1300,00 252380,00 0,51 99,17
17 B09 10,30 110 1133,00 253513,00 0,45 99,61
18 A13 0,30 1500 450,00 253963,00 0,18 99,79
19 A42 6,70 60 402,00 254365,00 0,16 99,95
20 A40 0,65 200 130,00 254495,00 0,05 100,00
TOTAL 254495
Fonte: Adaptado de Costa (2002 p139)

Tabela 7 - Construção da classificação ABC.


CUSTO CONSUMO % %
Nº COD. MÉDIO MÉDIA VALOR DEMANDA DEMANDA DEMANDA
ITENS ITEM UNITARIO CONSUMO DEMANDA ACUMULADA PRODUTO ACUM. CLASSE
1 A15 4,50 23000 103500,00 103500,00 40,67 40,67 A
2 A11 22,00 2500 55000,00 158500,00 21,61 62,28 A
3 A44 33,60 900 30240,00 188740,00 11,88 74,16 A 74,16%
4 A02 20,00 870 17400,00 206140,00 6,84 81,00 B
5 B01 3,50 2010 7035,00 213175,00 2,76 83,76 B
6 B05 10,80 650 7020,00 220195,00 2,76 86,52 B
7 A16 23,00 300 6900,00 227095,00 2,71 89,23 B
8 A17 0,40 15000 6000,00 233095,00 2,36 91,59 B
9 A18 15,00 330 4950,00 238045,00 1,95 93,54 B 19,38%
10 A30 2,65 1500 3975,00 242020,00 1,56 95,10 C
11 A07 12,00 200 2400,00 244420,00 0,94 96,04 C
12 A08 0,70 3000 2100,00 246520,00 0,83 96,87 C
13 A10 1,40 1200 1680,00 248200,00 0,66 97,53 C
14 A12 510,00 3 1530,00 249730,00 0,60 98,13 C
15 A43 0,90 1500 1350,00 251080,00 0,53 98,66 C
16 B04 2,50 520 1300,00 252380,00 0,51 99,17 C
17 B09 10,30 110 1133,00 253513,00 0,45 99,61 C
18 A13 0,30 1500 450,00 253963,00 0,18 99,79 C
19 A42 6,70 60 402,00 254365,00 0,16 99,95 C
20 A40 0,65 200 130,00 254495,00 0,05 100,00 C 6,46%
TOTAL 254495
Fonte: Adaptado de Costa (2002 p139)

Para calcular o percentual de representatividade dos itens na classificação


ABC é igual o total de itens analisados, neste caso são 20 itens, utilizando a fórmula
abaixo;
28

Qtde. de itens A encontrado 3


A = --------------------------------- x 100 = ---- x 100 = 15 %
Total de itens 20

Qtde. de itens B encontrado 6


B = --------------------------------- x 100 = ---- x 100 = 30 %
Total de itens 20

Qtde. de itens C encontrado 11


C = --------------------------------- x 100 = ---- x 100 = 55 %
Total de itens 20

Como resultado teremos a classificação ABC da seguinte forma:

% %
CLASSE VALORES ITENS
A 74,16% 15%
B 19,38% 30%
C 6,46% 55%
TOTAL 100% 100%
Quadro 2 – Resultado da classificação ABC.
Fonte: Adaptado de Costa (2002, P.142).

b3) Quanto a Importância Operacional (Classificação XYZ)

. A classificação XYZ avalia o grau de criticidade do material no desempenho


das atividades realizadas. Sugere-se a avaliação das respostas das questões abaixo
para determinar o grau de criticidade de um determinado material.
● Esse material é essencial para alguma atividade vital da organização?
● Esse material pode ser adquirido facilmente?
● O fornecimento desse material é problemático?
● Esse material possuem equivalente(s) já especificados?
● Algum material equivalente pode ser encontrado facilmente?

 Classe X
São materiais de baixa criticidade, que sua falta não acarreta em
paralização, nem riscos à segurança pessoal, ambiental e profissional.
Possuem elevada possibilidade de serem substituídos por outros
equivalentes e elevada facilidade de obtenção.

 Classe Y
29

Apresentam grau de criticidade médio ou intermediário entre os


imprescindíveis e os de baixa criticidade. Podem ser substituídos por outros com
relativa facilidade, embora sejam vitais para realização das atividades.

 Classe Z

A característica desses itens é a máxima criticidade, não podem ser


substituído por outros equivalentes em tempo hábil para evitar transtornos. A falta
desses materiais provocam a paralização das atividades essenciais da instituição
colocando em risco tanto os profissionais e clientes, quanto o ambiente e o
patrimônio organizacional.

2.5.2 Periculosidade

Classificação devido às características físico-químicas, oferecendo risco à


segurança no manuseio, transporte, armazenagem e incompatível com outros
materiais. Ex.: materiais inflamáveis, materiais corrosivos, etc.

2.5.3 Perecibilidade

Muitas vezes, o fator tempo influencia na classificação, neste caso, os


materiais podem ser classificados em:
 Não perecível
Aquele cujas características e propriedades não são perdidas com o tempo.
 Perecível
Aquele que perde suas características e propriedades tornando-se impróprio
para o consumo ou utilização se não empregado dentro do período de tempo
previsto para a sua vida útil.

2.5.4 Tipos de Estocagem

 Permanente
Materiais que necessita de ressuprimento constantes.
 Temporária
30

Materiais de utilização imediata e sem ressuprimento, materiais de não


estoque.

2.5.5 Dificuldade de Aquisição

As dificuldades na obtenção de materiais podem provir de:


 Fabricação especial: envolve encomendas especiais e acompanhamentos;
 Escassez: pouca oferta no mercado;
 Sazonalidade: alteração em determinada período do ano
 Monopólio: há um único fornecedor;
 Logística Sofisticada: transporte especial, ou difícil acesso;
 Importações: imprecisão e/ou longo lead-time*
(*) Lead-time significa o tempo decorrido entre a data do pedido e a data que o material é recebido
efetivamente dentro na empresa.

2.5.6 Mercado Fornecedor

 Mercado nacional: materiais fabricados no próprio país;


 Mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país;
 Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão
desenvolvendo fornecedores nacionais, ou similares.

3 ALMOXARIFADO

3.1 ORIGEM DO ALMOXARIFADO

A necessidade de criar estoques, e consequentemente o controle dos


mesmos, esta perdida nos tempos, porém não se deixa dúvidas de que surgiu com a
necessidade que o homem teve de se alimentar. Assim sendo, conclui-se que os
estoques surgiram em conjunto com a humanidade, conforme se explica no quadro
abaixo.
Desde os mais remotos tempos, quando ocorreu a invasão árabe na
Península Ibérica e a palavra “al-xarif” designava a pessoa de confiança do Sultão,
responsável pela guarda dos bens do seu senhor, a atividade de almoxarifado já era
exercida. A própria origem da palavra almoxarife, vem daquele vocábulo, chegam
31

assim até os nossos dias, gerando também o nome do setor, ou da atividade.


Almoxarifado. (Viana, 2000).
Passado o tempo ainda observamos que essa função, devido à adoção de
processos logísticos, e de englobar outras atividades paralelas àquelas de
recebimento, estocagem e distribuição, e também por ter uma maior amplitude
dentro das organizações passou a ser conhecida por "área de armazenagem". O
porte de um almoxarifado, sua estrutura, as instalações e equipamentos de
armazenagem dependem da atividade exercida pela empresa e do tipo e volume de
itens a serem estocados, bem como das quantidades dos mesmos pré-
dimensionadas.

3.2 CONCEITO E ATRIBUIÇÕES

O lugar destinado à guarda e conservação de materiais que ao mesmo


tempo deve garantir: A segurança, a conservação, a inviolabilidade física e o rápido
acesso aos mesmos, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a
função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a
necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna
acondicionados à política geral de estoques da empresa, o almoxarifado deverá:
 Assegurar que o material adequado esteja, na quantidade devida, no local certo,
quando necessário;
 Impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;
 Preservar a qualidade e as quantidades exatas;
 Possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e distribuição
suficientes a um atendimento rápido e eficiente.
A eficiência de um almoxarifado depende fundamentalmente:
 Da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do consequente
aumento do número das viagens de ida e volta;
 Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;
 Da melhor utilização de sua capacidade volumétrica.
Um almoxarifado organizado tem como premissas:
 Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa;
 Entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários da empresa;
 Manter atualizados os registros necessários.
32

3.3 ARRANJO FÍSICO (LAYOUT)

Dentro do quadro geral de uma empresa, um papel importante está


reservado ao arranjo físico (layout). Fazer o arranjo físico de uma área qualquer é
planejar e integrar os caminhos dos componentes de um produto ou serviço, a fim
de obter o relacionamento mais eficiente e econômico entre o pessoal,
equipamentos e materiais que se movimentam, conforme fig.13.

Figura 13 – Arranjo físico de materiais.


Fonte: Cetam, Apostila de Gestão de Almoxarifado. (2011, p.30).

3.3.1 Descrição do Arranjo Físico (Layout)

A - Transferência de Materiais
B - Administração
C - Recebimento de Materiais
D - Estrutura de Porta Palete convencional, com:
11 locais na horizontal.
08 locais na vertical
Totalizando = 88 locais por estrutura X 11 estrutura = 880 locais
Capacidade de armazenagem = 880 locais X 2 palete por local = 1660 paletes.
33

E – Ruas
F - Corredores Laterais.

3.3.2 Princípios do Arranjo Físico

Para se conseguir os seus objetivos, o arranjo físico se utiliza dos seguintes


princípios gerais:

3.3.2.1 Integração

Todos os pequenos pormenores da empresa devem ser estudados,


colocados em posições determinadas e dimensionados de forma adequada; como
por exemplo, a posição dos bebedouros, saídas do pessoal, etc.

3.3.2.2 Mínima Distância

O transporte nada acrescenta ao produto ou serviço. Deve-se procurar uma


maneira de reduzir ao mínimo as distâncias entre as operações para evitar esforços
inúteis, confusões e custos.

3.3.2.3 Obediência ao fluxo das operações

As disposições das áreas e locais de trabalho devem obedecer às


exigências das operações de maneira que homens, materiais e equipamentos se
movem em fluxo contínuo, organizado e de acordo com a sequência lógica do
processo de manufatura ou serviço. Devem ser evitados cruzamentos e retornos que
causam interferência e congestionamentos. Eliminar obstáculos a fim de garantir
melhores fluxos de materiais.

3.3.2.4 Racionalização de espaço

Utilizar a melhor maneira o espaço e se possível as 3 dimensões.

3.3.2.5 Satisfação e segurança


34

A satisfação e a segurança do homem são muito importantes. Um melhor


aspecto das áreas de trabalho promove tanto a elevação da moral do trabalhador
quanto à redução de riscos de acidentes.

3.3.2.6 Flexibilidade

Este é um princípio que, notadamente na atual condição de avanço


tecnológico, deve ser atentamente considerado pelo projetista de layout. São
frequentes e rápidas as necessidades de mudança do projeto do produto, mudanças
de métodos e sistemas de trabalho. A falta de atenção a essas alterações pode levar
uma empresa ao obsoletismo. No projeto do layout deve-se considerar que as
condições vão mudar e que o mesmo deve ser fácil de mudar e de se adaptar as
novas condições.
Alguns cuidados devem ser tomados durante o projeto do layout de um
almoxarifado, de forma que se possam obter as seguintes condições:
 Máxima utilização do espaço;
 Efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão de obra e equipamentos);
 Pronto acesso a todos os itens;
 Máxima proteção aos itens estocados;
 Satisfação das necessidades dos clientes;
 Boa organização.

3.3.3 Fatores Condicionantes do Layout

 Tipo de material (químico, perecível, granel, etc.);


 Tipo de embalagem (empilhamento);
 Giro de estoque (itens de alto giro = próximo à saída);
 Volume e peso (próximo ao chão e saída);
 Estrutura de armazenagem;
 Equipamentos de manuseio e movimentação, definição: largura dos corredores,
portas e altura do prédio;
 Exigências da seguradora.

3.3.4 Atividades do Almoxarifado


35

As atividades do almoxarifado estão classificadas conforme: recebimento,


armazenagem, controle e distribuição.

4 RECEBIMENTO DE MATERIAIS

4.1 CONCEITO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e


pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos
materiais destinados à empresa.
As atribuições básicas do Recebimento são:
 Coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais;
 Analisar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada;
 Controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte
com os volumes a serem efetivamente recebidos;
 Proceder à conferência visual, verificando as condições de embalagem quanto a
possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas
de praxe nos respectivos documentos;
 Proceder à conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;
 Decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;
 Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento
ao fornecedor;
 Liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado.
O fluxo do recebimento de materiais divide-se em quatro etapas distintas,
que vai desde o recebimento do veiculo entregador até o envio do material para
armazenagem, são:

4.2 ENTRADA DE MATERIAIS

Esta se inicia na entrada física do veiculo transportador e faz-se a checagem


de todas as informações sobre a aquisição em questão:
 Recebimento do veiculo transportador;
 Verificação da documentação em relação à ordem de compra;
 Verificação se existe autorização de Compras para este recebimento;
36

 A entrega esta sendo realizada na data correta;


 Verificação se o registro do numero da ordem de compra na nota fiscal;
 Processamento das informações, quando a compra esta autorizada, iniciando o
recebimento;
 Envio do material para descarga e consequente recebimento físico.
As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de
entrega devem ser recusadas, transcrevendo-se os motivos no verso da Nota Fiscal.
Outro documento que serve para as operações de análise de avarias e conferência
de volumes é o "Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga", que é emitido
quando do recebimento da mercadoria a ser transportada.
Sendo nesta etapa que ocorre a verificação das divergências contratuais e
divergências físicas (avarias) que podem afetar a qualidade do material e a
impossibilidade de utilização do mesmo, sendo de responsabilidade do recebimento
recusar tal recebimento, registrando tais fatos no verso da nota fiscal e do
conhecimento de transporte, devolvendo o mesmo para o fornecedor.
No descarregamento do veiculo no recebimento nem todos os materiais é
possível fazê-lo manualmente, sendo necessários equipamentos para
movimentação da carga, devido ao peso por volume e ou volume, portanto é
necessário o uso de: empilhadeiras, e ou paleteiras, e ou talhas, esteiras, entre
outros.
Quando do recebimento e aceitação do material em questão, tal registro
atualizara os seguintes sistemas de gestão da empresa:
 Sistema de Gestão de Compras: atualizando o saldo da carteira de pedidos
referente ao (s) material (ais) recebido (s), fazendo as baixas necessárias;
 Sistema Financeiro (Contas a Pagar): atualizando as obrigações de pagamento
nas datas respectivas que a empresa tem com seus fornecedores;
 Sistema de Gestão de Materiais: atualizando os saldos de estoques, custos e
localizações dos materiais.

4.3 CONFERÊNCIA QUANTITATIVA

Nesta etapa é realizado o confronto da quantidade teórica (Nota Fiscal)


versus o material físico recebido. Esta conferência pode ser realizada com o
conferente conhecendo o a quantidade a ser conferida (Conferência Aberta) e ou
37

fazendo com que o conferente desconheça a quantidade faturada (Conferência


Cega), confrontando posteriormente o físico conferido com o registro da Nota Fiscal.
Para realização das contagens podem ser utilizados os seguintes métodos:
 Manual: quando o material é conferido unitariamente;
 Através de cálculos: quando o material é padronizado em termos de embalagem,
multiplicando a quantidade de volumes versus a quantidade por volume;
 Através de balanças pesadoras: conferência de material de pequenas proporções,
mas com grandes quantidades não padronizadas, aplica-se a regra de três
simples para tal e ou materiais de grandes volumes e peso, utiliza-se as balanças
rodoviárias;
 Através de balanças contadoras: conferência de material de pequenas
proporções, mas com grandes quantidades não padronizadas, a mesma funciona
através da proporção quantitativa de um padrão versus peso do lote a ser
conferido;
 Através de Medição: realizada também de forma proporcional, obtendo a
quantidade padrão referente a uma medida definida no padrão versus o total da
metragem a ser conferida.

4.4 CONFERÊNCIA QUALITATIVA

Nesta etapa faz se a garantia das especificações técnicas que o material


tem de ter para satisfazer sua conformidade quando se sua utilização ou consumo,
visando o recebimento correto do material, verificando:
 Inspeção visual;
 Inspeção dimensional;
 Inspeção das especificações.

4.4.1 Maneiras de Inspeção de Materiais

Relacionada conforme o material a adquirir:


 Inspeção do processo produtivo: inspeção de todas as fases de fabricação de um
material no processo produtivo;
38

 Inspeção no fornecedor: faz com que o material tenha qualidade assegurada


quando do recebimento, porém deve se fazer a inspeção das condições da
embalagem, o material poderá sofrer alguma avaria no transporte;
 Inspeção por fornecimento: realizada somente quando dos recebimentos.

4.4.2 Documentação na Inspeção

 Especificação aprovada;
 Desenhos e catálogos técnicos;
 Padrão: o material recebido tem que esta em conformidade com o padrão.

4.4.3 Tipos de Inspeção

A inspeção pode ser realizada de forma total e ou por amostragem,


utilizando parâmetros que assegure a confiabilidade da qualidade:
 Visual: verificação do estado físico do material, como: acabamento superficial,
verificação de amassamento, material, trincado, quebrado, molhado, entre outros;
 Dimensional: inspeção das dimensões especificadas do material;
 Ensaios: específicos para materiais mecânicos e elétricos, realizados para
assegurar a qualidade, a resistência mecânica, o balanceamento e o desempenho
de materiais e/ou equipamentos;
 Testes: Submeter o material a condições limites para verificação de sua
resistência.

4.5 REGULARIZAÇÃO

É o encerramento da atividade do recebimento, a aceitação ou não de um


material que foi submetido ao processo de recebimento, autorizando situações
como:
 Liberação de pagamento total e ou parcial;
 Devolução de material parcial e ou total;
 Recusa de material, devolvido com a própria nota fiscal de fornecimento com
ressalvas no verso;
 Apontamento e informação de faltas junto ao fornecedor;
39

 Registro de entrada do material no armazenamento;


A regularização envolve a documentação de todas as etapas do processo de
recebimento, conforme:
 Nota Fiscal;
 Conhecimento de transporte, somente de material adquirido fora do mercado
local;
 Registros das contagens realizadas;
 Relatório de Inspeção de Qualidade;
 Especificações de compras no cadastro do material;
 Desenhos e Catálogos técnicos.
.
4.5.1 Devolução para o Fornecedor

Podemos observar as seguintes divergências em um recebimento de


materiais e realizar as devidas devoluções:
 Documentação: quando não pode ser corrigido através de carta de correção,
exemplo: erros nos valores da nota fiscal;
 Quantidade a maior: quando a quantidade recebida esta maior que o expressado
na nota fiscal: exemplo, material A faturado 1000 peças, recebido 1200 peças;
 Quantidade a menor: quando a quantidade recebida for menor do que a
mencionada na nota fiscal. Exemplo, material A faturado 1000 peças, recebido
800 peças;
 Material não conforme: material recebido em desacordo com o pedido de
compras. Exemplo, pedido solicita recebimento do material A, o faturado e
recebido é o material B;
 Material com problemas de qualidade: materiais que não podem ser utilizados
pela empresa, por apresentarem algum problema, técnico e ou problema físico.
Exemplo, problemas no dimensional, problemas de amassamento.

5 ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

Tendo como conceito, com o significado de “depositar”, com sua origem no


vocabulário árabe, definindo armazenar como sendo a guarda de algum bem físico
(matéria prima, material e ou produto) em local apropriado (que ofereça condições
40

de preservação de todas as características e especificações originais) garantindo


sua qualidade até sua utilização e ou consumo, pode ser definido também como o
espaço necessário, administrado para se manter os estoques.
Faz se necessário o planejamento destes locais de armazenamento, como:
localização de materiais, dimensionamento do espaço nas três dimensões, o arranjo
físico dentro destes espaços definidos, os pontos de recebimento e transferência de
cargas, estruturas de armazenagem, equipamentos para movimentação, sistemas
informatizados para controle dos estoques e endereçamento de materiais e
disponibilidade de mão de obra.
Um bom sistema de armazenagem é aquele que otimiza todos os seus
recursos, ou seja, é altamente dinâmico, realizando suas operações de forma rápida
e eficiente, aproveitamento todos os recursos utilizados em sua máxima amplitude.
Além disso, as áreas de armazenagem vêm sofrendo pressões para redução
dos níveis de estoque, dentro dos aumentos constantes das complexidades do
mercado, com as grandes variedades de produtos, estreitamento nos prazos de
atendimento consequentemente aumento das entregas, fazendo com que diminua a
margem de tolerância a erros na separação e distribuição de produtos, gerando um
diferencial no atendimento para consumidor no mercado.
Mas com a dificuldade de precisar a demanda e por outro lado garantir os
fornecimentos sem atrasos no mercado tem organizações que justificam os grandes
espaços utilizados na armazenagem e elevados estoques para esse fim,
argumentando: redução de custos de transportes e produção, excelência no
atendimento ao cliente e facilitam a coordenação do departamento de suprimentos.
Na atualidade existem técnicas de controle de estoque que vem em favor da
minimização dos estoques e consequentemente os espaços de armazenagem, uma
dessas técnicas é filosofia Just in Time (JIT), é o suprimento de materiais e ou
produtos nas quantidades e no momento justo em que são necessários, sendo de
grande importância a confiabilidade dos fornecedores, adequando o suprimento à
demanda. Podemos sim, minimizar estes espaços, visando reduções significativas
nos custos de armazenagem, os quais envolvem materiais, equipamentos de
movimentação, estruturas de armazenagem e pessoas.

5.1 FASES DAS ATIVIDADES DE ARMAZENAGEM

 Identificar o material;
41

 Armazenar o material na localização adequada;


 Informar a localização física da guarda ao controle de estoque;
 Verificar periodicamente as condições do armazenamento;
 Separar material de acordo com as necessidades de utilização;
 Ocupar volumetricamente os espaços de armazenamento;
 Possibilitar a acessibilidade a todos os materiais armazenados.

5.2 OBJETIVOS DA ARMAZENAGEM

 Permitir a utilização dos sistemas PEPS (FIFO), primeiro a entrar primeiro a sair,
evitando perda de materiais por prazo de validade vencido e ou deteriorado;
 Preservar a qualidade dos materiais;
 Manter a identificação dos materiais, evitando erros nas movimentações de
transferências quando da utilização e ou consumo;
 Manter controlados e atualizados os saldos de estoque, como também suas
localizações no armazenamento;
 Diminuir os custos de armazenagem;
 Sistema de informação rápido e eficaz.
A armazenagem e a utilização dos espaços
O espaço e o layout de uma área de armazenamento devem ser
estruturados de forma que seja possível desfrutar ao máximo sua área total.
Os espaços horizontais e verticais devem ser aproveitados inteiramente mediante ao
uso de estruturas de armazenagem, empilhamento de materiais ou a combinação
dessas formas.
Para obter o aproveitamento do espaço vertical é necessário verificar:
 A resistência dos materiais e suas embalagens, que podem ser danificadas a
partir de certo limite de peso;
 A resistência do piso, devido ao movimento de cargas unitárias por empilhadeiras
e paleteiras;
 A possibilidade do uso de palete e estruturas porta-paletes;
 A disponibilidade e custo dos equipamentos;
 As normas de segurança do trabalho, inerentes ao local.

5.3 CRITÉRIOS DE ARMAZENAGEM


42

Os materiais devem ser armazenados de acordo com suas características,


alguns dos critérios utilizados:
 Fragilidade: baixa resistência a choques;
 Combustibilidade: propriedade que um material tem de se queimar;
 Volatização: evaporação;
 Oxidação: enferrujar;
 Inflamabilidade: propriedade que um material tem em entrar em processo de
queima;
 Volume: verticalização;
 Peso: armazenamento preferencialmente no piso.
Não existe uma legislação que obrigue a forma de armazenagem dos
materiais, portando devem ser considerados os critérios citados, para implementar
qual o melhor arranjo físico e fluxo na armazenagem.
 Armazenagem por tamanho: permite o melhor aproveitamento do espaço vertical
ou volumétrico do armazém;
 Armazenamento por frequência: esse critério implica armazenar próximo da saída
do almoxarifado os materiais que tenham maior frequência de movimento;
 Armazenagem especial:
Ambientes climatizados, para materiais que necessitam de refrigeração, são
materiais ou produtos altamente perecíveis.
Produtos inflamáveis são armazenados sob-rígidas normas de segurança;
 Armazenagem em área externa: devido à sua natureza, muitos materiais podem
ser armazenados em áreas externas, o que diminui os custos e amplia o espaço
interno para materiais que necessitam de proteção em área coberta.

5.4 FUNÇÕES DA ARMAZENAGEM.

Os armazéns propiciam os seguintes serviços: abrigo, consolidação,


transferência ou transbordo e agrupamento ou composição.

5.4.1 Abrigo

Talvez o uso mais óbvio da armazenagem seja a guarda de estoques,


gerados pelo desbalanceamento entre oferta e demanda. Armazéns (depósitos)
providenciam proteção para as mercadorias, produtos, matérias ou matérias-primas,
43

além de um alonga lista de associado, como manutenção de registros, rotação de


estoques e reparos.

5.4.2 Consolidação

A mercadoria é originária de muitas fontes diferentes, a empresa pode


economizar no transporte se as entregas forem feitas num armazém, onde as cargas
são agregadas o u consolidadas (armazém de consolidação) e, então, transportadas
num único carregamento até seu destino final, conforme fig.14.

FORNECEDOR A
ARMAZÉM
CONSOLIDAÇÃO
FORNECEDOR B
FÁBRICA

FORNECEDOR C

Figura 14 – Consolidação
Fonte: Adaptado de www.fesppr.br/ADM20%MATERIAIS%20%2007,%2008.09.pdf

5.4.3 Transferência ou Transbordo

Uma das formas mais populares do uso de depósitos é desagregar ou


fracionar quantidades transferidas em grandes volumes para quantidades menores
demandadas pelos clientes. Esta função é oposta à da consolidação. É aplicação do
importante princípio logístico de despachar tão longe quanto possível com o maior
volume viável. Ou seja, a estrutura dos fretes é tal que grandes lotes de entrega têm
fretes significativamente mais baixos do que entregas menos volumosa, conforme
fig.15.

12 T
CLIENTE A
FABRICA ARMAZÉM
TRANSBORDO 18 T
CLIENTE B
40T
10 T
LONGA DISTÂNCIA CLIENTE C

CURTA DISTÂNCIA
Figura 15 - Transbordo.
Fonte: Adaptado de www.fesppr.br/ADM20%MATERIAIS%20%2007,%2008.09.pdf
44

5.4.4 Agrupamento

Um uso especializado para depósitos é o agrupamento de itens de produto.


Algumas empresas com linhas variadas de produtos podem fabricá-la integralmente
em cada uma de suas plantas industriais, vide fig.16.
PROD. A
FABRICA ABC
CLIENTE A

PROD. B
AC
FABRICA DEPÓSITO CLIENTE B

PROD. C
AB
FABRICA CLIENTE C

Figura 16 - Agrupamento.
Fonte: Adaptado de www.fesppr.br/ADM20%MATERIAIS%20%2007,%2008.09.pdf

5.5 LOCAIS DE ARMAZENAGEM

5.5.1 Almoxarifado

É o local apropriado à guarda e conservação de materiais, em área coberta


ou não, onde os materiais aguardam até a necessidade de sua utilização.
O almoxarifado deverá assegurar que o material adequado esteja, na
quantidade devida, no local certo, quando necessário.
Impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza.
Preservar a qualidade e as quantidades exatas, possuir instalações adequadas e
recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e
eficiente.
Depositar materiais em um almoxarifado é o mesmo que depositar dinheiro
em um banco.

5.5.2 Depósito

É o local destinado à guarda e conservação de produtos, em recinto coberto ou não,


aonde permanecerão aguardando serem expedidos.
45

5.5.3 Depósito Fechado

 É a extensão do almoxarifado principal, e obedece aos critérios;


 Somente recebe materiais do almoxarifado principal;
 Somente expede para o almoxarifado principal;
 Movimentação feita através de nota fiscal de remessa e retorno de depósito
fechado;
 Quando do retorno, deve-se mencionar o nº da nota fiscal de remessa no corpo
frontal da NF de retorno, quantidade de retorno tem que ser igual ou menor que a
quantidade de remessa;
 Operação isenta de impostos.

5.6 UNITIZAÇÃO DE CARGAS

É um conjunto de carga movimentada, manipulada e armazenada em um


único volume, formando um conjunto modular, facilitando as operações de
armazenagem e transporte, sendo sua movimentação mecanizada, tornando se um
forte potencial de produtividade e eficácia.
Existem várias formas de unitização de cargas para o transporte no mundo,
sendo a paletização o que tem demonstrado o maior crescimento, as formas de
unitização mais comuns são:

5.6.1 Cintamento ou Amarração

É o envolvimento da carga através de redes, ou cintas, movimentadas por


içamento.

Figura 17 - Içamento
Fonte: www.aprendendoaexportar.gov.br
46

5.6.2 Paletização

Trata-se de uma plataforma disposta horizontalmente para carregamento,


constituída de vigas, blocos ou uma simples face sobre os apoios, cuja altura é
compatível com a introdução dos garfos da empilhadeira, e que permite o
agrupamento de materiais, possibilitando o manuseio, a estocagem, a
movimentação e o transporte num único carregamento.

Figura 18 - Palete
Fonte: www.paletecouto.com/produtos.htm&d.

Palete é uma alternativa eficiente de unitização, a qual facilita a


movimentação, o transporte e a armazenagem das cargas.

5.6.2.1 Paletização no Brasil

A paletização no Brasil surgiu com as indústrias automobilísticas e


supermercados de origem francesa, introduzidos entre o fim dos anos 60 e inicio dos
anos 70.
Em 1990 o palete PBR foi implantado pela ABRAS - Associação Brasileira
de Supermercados, após vários anos de estudos. A verdadeira finalidade e
importância PBR é a intercambio entre empresas, ou seja, é um palete reutilizável
em uma rede aberta, onde as empresas mantêm relações comerciais entre si,
trocam os seus paletes em suas entregas e recebimentos e produtos, reduzindo
custos e criando agilidade em armazenagem, cargas e descargas.
47

Palete PBR (Padrão Brasil) 1,20 X 1,00 X 0,144 m.

Figura 19 - Palete PBR


Fonte: http://www.abrapal.org/page

5.6.2.2 Tipos de Palete

Palete face simples


Utilizado quando os materiais não
exigem grandes esforços físicos.

Palete face dupla


Utilizado quando a armazenagem
exige palete com estrutura
reforçada. Ex: armazenagem
utilizando o sistema
Drive-in.

Figura 20 - Tipos de paletes.


Fonte: Cetam, Apostila de Armazenamento e Movimentação de Materiais (2011, p.24).

5.6.2.3 Vantagens da Utilização de Paletes

 Melhor aproveitamento do espaço disponível para armazenamento, utilizando-se


totalmente do espaço vertical disponível, por meio do empilhamento máximo;
48

 Economia nos custos de manuseio de materiais, por meio da redução do custo da


mão-de-obra e do tempo necessário para as operações braçais;
 Possibilidade de utilização de embalagens plásticas ou amarração por meio de
fitas de aço da carga unitária, formando uma só embalagem individual;
 Compatibilidade com todos os meios de transporte (marítimo, terrestre, aéreo);
 Facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis aos equipamentos
de manuseio de materiais;
Os paletes podem ser manuseados por uma grande variedade de
equipamentos, como empilhadeiras, transportadores, elevadores de carga e até
sistemas automáticos de armazenagem.

5.6.2.3 A Importância da Paletização

Imagine a seguinte situação, uma carreta encostando-se a seu centro de


distribuição ou na loja para descarregar uma encomenda de toneladas de
mercadorias.
Sabe quanto tempo vai demorar a operação de descarga?
Quantas pessoas vão ter que estar envolvidas na operação?
Quais os riscos de avarias nas mercadorias?
Segundo estudo da Associação Nacional do Transporte Rodoviário de
Cargas (ANTC): de 6 a 8 pessoas precisariam trabalhar pelo menos 02 horas a fio
para descarregar essa carreta de mercadorias. Isso custa muito dinheiro (de 12 à 16
horas/homem), além de muita coisa poder acabar danificada pelo manuseio,
trazendo mais prejuízos e mais perda de tempo.
A mesma operação, se paletizada, demoraria no máximo 20 minutos, com
uma só pessoa operando uma empilhadeira (ou custo de 0,33 hora/homem).

5.6.3 Conteinerização

5.6.3.1 Conceito

É o acondicionamento e transporte de material em container, é um


transporte de mercadoria unitizada, forte suficiente para resistir o uso constante.
O container é uma caixa, construída principalmente de aço para o transporte
de mercadorias, sendo o mesmo identificado com a marca de propriedade, numero,
49

tamanho, cubagem e capacidade de peso que suporta transportar. No inicio era uma
caixa fechada e foi se transformando em sua forma de acordo com as exigências
das cargas a transportar.
É o principal modal para transporte de cargas entre países permitindo uma
grande capacidade de carregamento com frete reduzido, que é o marítimo. Para
acondicionar os produtos para o transporte até o destino final são utilizados
containers. Falando de modo grosso, containers são grandes caixas retangulares
com uma entrada para o carregamento e descarregamento de produtos, paletizados
ou não.

5.6.3.2 História do Container

Em 1937, o americano Malcom Mc Lean, então com pouco mais de 20 anos,


motorista e dono de uma pequena empresa de caminhões, ao observar o lento
embarque de fardos de algodão no porto de Nova Iorque, teve a ideia de armazená-
los e transportá-los em grandes caixas de aço que pudessem, elas próprias, serem
embarcadas nos navios.
Com o tempo, Mc Lean aprimorou métodos de trabalho e expansão de sua
companhia, a Sea-Land (depois Maersk-Sealand), tornando-a uma das pioneiras do
sistema intermodal, abrangendo transporte marítimo, fluvial, ferroviário, além de
terminais portuários.
Após inúmeras experiências nos Estados Unidos, prejudicadas pelo período
da Segunda Guerra Mundial (1939/ 1945), somente em 1966, Mc Lean aventurou-se
na área internacional, enviando um navio com contêineres à Europa. Assim, em 5 de
maio daquele ano (1966) chegava a Roterdã, já o maior porto do mundo, o cargueiro
adaptado "SS Fairland" da Sea Land, que ali descarregou 50 unidades, como não
havia equipamento apropriado, o desembarque foi feito com o próprio guindaste do
navio, outra criação de Mc Lean.

5.6.3.3 Padronização

Na padronização dos containers as unidades de medidas utilizadas são:


 Dimensões em pés;
 Capacidade volumétrica em metros cúbicos (m3);
 Capacidade de carga em quilogramas (kg) e libras (medida inglesa);
50

 Obs. As medidas dos containers referem se as suas medidas externas e seu


tamanho esta associado ao seu comprimento.

5.6.3.4 Tipos de Container

O tipo DryBox é o container mais usado e foi o primeiro a ser criado, é um


container totalmente fechado com portas somente nos fundos e é adequado para
transportar cargas secas. São os seguintes modelos mais frequentes, conforme
fig.22.

DRY BOX REFRIGERADO FLAT RACK

TANK PLATAFORMA

Figura 22 - Tipos de containers


Fonte: http://www.gbaduaneira,com.br/portugues/cor

5.6.3.5 Dimensões do Container

TIPO DE CONTAINER 20' 40' 40HC


Medidas Externas
Comprimento 6,058 m 12,192 m 12,192 m
Largura 2,438 m 2,438 m 2,438 m
Altura 2,591 m 2,591 m 2,895 m
Medidas Internas
Comprimento 5,910 m 12,044 m 12,032 m
Largura 2,340 m 2,342 m 2,350 m
Altura 2,388 m 2,380 m 2,695 m
Entradas
Largura 2,346 m 2,342 m 2,338 m
Altura 2,282 m 2,380 m 2,585 m
Capacidade Cúbica
Total 33,2 m³ 67.6 m³ 76,2 m³
Pesos
Máximo 24000 Kg 30480 Kg 30480 kg
Tara 2080 Kg 3550 Kg 4150 Kg
Carga 21920 kg 26930 KG 26330 Kg
Tabela 8 - Dimensões de containers
Fonte: Adaptado de http://www.gbaduaneira.com.br/portugues/cor
51

5.7 ENDEREÇAMENTO DE MATERIAIS

O endereçamento propicia uma melhor administração dos materiais


armazenados, na rapidez do atendimento e melhor controle principalmente dos
materiais perecíveis, adotando a pratica do FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sai).
.
5.7.1 Localização de Materiais

O objetivo da localização de materiais é a rapidez ao acesso prontamente


quando da necessidade de movimentar qualquer material e ou produto, para tal são
criados códigos que são os endereços físicos dos materiais, existem diversas
maneiras de codificar um endereçamento, porém use a maneira mais simplificada
possível, desde que atenda as necessidades e não tenha repetição de locais, não
poderá ter vários locais com a mesma codificação em uma mesma área de
armazenamento, vide fig.23 e 24.

5.7.2 Gerando a Codificação de Endereçamento

ÁREA DE ARMAZENAGEM 1

01 02 03 04 05 06

RUAS

VISTA FRONTAL DA ESTRUTURA DE ARMAZENAGEM


Figura 23 - Endereçamento de materiais.
Fonte: Adaptado de Cetam, Apostila movimentação e armazenamento (2011, P.41).
52
LOCAL DE
NIVEL OU ARMAZENAMENTO
ANDAR

8 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
7 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
6 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
5 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
4 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
3 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
2 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
1 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

VISTA LATERAL DA ESTRUTURA DE ARMAZENAGEM

A B B C D D

Figura 24 - Locais de endereçamento.


Fonte: Adaptado de Cetam, Apostila movimentação e armazenamento (2011, P.41)

A = Identificação da área de armazenagem.


B = Identificação da rua.
C = Identificação do nível ou andar da estrutura de armazenagem.
D = Local de armazenamento.

Demonstrando a localização do item o qual esta armazenado na área1


na Rua 03 temos, o material armazenado em 3 locais:
103 3 03 / 1 03 4 08 / 1 03 6 05

5.7.3 Tipos de Endereçamento

Há duas maneiras de endereçar material, a fixa e a variável, sendo de


grande importância pela rapidez gera no atendimento de uma transferência de
material e ou produto.

5.7.3.1 Endereçamento Fixo

Quando o material tem uma localização pré-determinada, com saldo físico


ou não, o material ocupará o mesmo espaço constantemente.
53

5.7.3.2 Endereçamento Variável

Quando o material não tem local pré-estabelecido de armazenagem, o


material poderá ocupar qualquer local disponível dentro de uma área de
armazenamento. As vantagens deste endereçamento é o melhor aproveitamento
dos espaços e em contra partida é necessário um perfeito controle para não correr o
risco de material perdido no armazenamento e também uma maior dificuldade na
separação de um pedido por ter maiores percursos a percorrer.
A responsabilidade das informações destas localizações é de total
responsabilidade do almoxarife.

5.8 EMBALAGEM (EMPILHAMENTO)

É a proteção de um material e ou produto, tendo como objetivo manter a


qualidade, desde a sua fabricação até a sua utilização e ou consumo, passando por
movimentações e armazenagens ao longo deste processo. Na ocupação dos
espaços na armazenagem, faz se necessário à verticalização, sendo unitização de
cargas, principalmente através da paletização a forma mais adequada de
empilhamento, sendo as formas mais usuais a colunar e trançado ou cruzado,
conforme fig.25.

5.8.1 Empilhamento Colunar

As caixas são dispostas exatamente uma sobre a outra, formando colunas


de caixas sobre o palete.
No empilhamento colunar demanda menos esforço das embalagens, uma
vez que todo o peso da coluna sempre é transferido para os mesmos pontos das
embalagens.

5.8.2 Empilhamento Trançado ou Cruzado

As caixas são dispostas de forma que uma caixa sempre fique apoiada em
outras duas, formando assim um bloco de caixas sobre o palete.
54

A principal vantagem do empilhamento cruzado é a maior estabilidade das


caixas sobre o palete. O que se procura com o empilhamento trançado, é impedir
que a pilha de caixas se desfaça durante o transporte.

Empilhamento Empilhamento
trançado colunar

Figura 25 - Empilhamento de embalagem sobre palete


Fonte: http://www.rigesa.com.br/dicas/dica_01,jsp?tip

5.8.3 Perda de Resistência da Embalagem

A resistência de uma embalagem de papelão esta associada diretamente ao


seu custo, quanto maior for o empilhamento, maior será a resistência da embalagem
e consequentemente maior será o seu custo devido ao aumento de papelão na
estrutura da embalagem.
Se as camadas estiverem desalinhadas em 13 mm, como o exemplo da
pilha esquerda na figura 26, isso pode provocar uma perda de 29% da resistência da
embalagem à compressão, obrigando a incrementar a especificação e reforçá-la
utilizando mais matéria-prima. Uma embalagem de papelão ondulado bem
dimensionada e bem empilhada reduz a quantidade de material empregado, o peso
da embalagem, o peso no transporte do produto e por consequência seus custos.

Figura 26 - Empilhamento de embalagens em papelão


Fonte: http://www.rigesa.com.br/dicas/dica_01,jsp?tip
55

● Perda de 45% na resistência da embalagem ao substituir um em empilhamento


colunar por um empilhamento cruzado;
● Em ambientes úmidos com a umidade relativa em torno de 50%, pode acarretar
perda de até 60% na resistência da embalagem;
● Tempo de armazenagem muito longo, pode ocasionar até 50% de perda da
resistência da embalagem;
● Abertura inadequada entre ripas na superfície do palete em relação à largura da
embalagem pode ocasiona perda na resistência da embalagem.

5.8.4 Simbologia das Embalagens

Numero de camadas máximas


para empilhamento

Face superior nesta direção

Cuidado no manuseio,
transporte e armazenagem,
produto frágil.

Proteger contra umidade.

Proteger do calor e/ou raios


solares.
56

Proteger da luz

Produtos perecíveis.

Içamento

Manter entre as temperaturas

Material reciclável

Figura 27 - Simbologia das embalagens


Fonte: Cetam apostila de Movimentação e Armazenamento de materiais (2011, p. 44).

5.9 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM

São elementos básicos no uso racional dos espaços no armazenamento,


atendem uma grande diversidade de tipos de carga.
São constituídas de perfis L, U, tubos modulares e perfurados formando
base de armazenagem verticalizada, os principais tipos são:

5.9.1 Porta-Palete
57

Empregada quando é necessária seletividade nas operações de


movimentação dos materiais, quando o material paletizado armazenado for muito
variado, permite acesso qualquer carga na estrutura sem obstáculo, bastando
apenas à utilização de um equipamento adequado para remoção da carga, conforme
fig.28 e 29. Apesar de necessitar de muita área para corredores, compensa por sua
seletividade e rapidez na operação. É a estrutura mais utilizada.

Figura 28 - Porta palete


Fonte: http://www.imam.com.br/revistaintralogistica/edicao-249/porta-paletes-
convencionais-simples-e-eficientes

Figura 29 - Porta palete


Fonte: http:www,altamira.com,br/porta_palete.php

5.9.2 Estrutura Drive-in

A principal característica do sistema drive-in é o aproveitamento do espaço,


em função de existir somente corredor frontal, com a eliminação dos corredores,
utilizado basicamente quando a carga não é variada e pode ser paletizada, além de
não haver a necessidade de alta seletividade ou velocidade.
58

A alta densidade de armazenagem que o sistema oferece pode ser


considerada o melhor aproveitamento volumétrico de um armazém. Como resultado,
obtêm-se a estrutura com o menor custo por metro quadrado, levando em
consideração a eliminação da necessidade de expansões em armazéns já
existentes. Sua utilização torna-se necessária quando é preciso alta densidade de
estocagem. Composto por pórticos e braços que sustentam trilhos destinados a
suportar os paletes, exige paletes uniformes (dupla face) e mais resistentes,
uniformes porque à distância entre os trilhos é fixa e resistentes porque serão
apoiados apenas pelas bordas. Esse tipo de estrutura não deve ultrapassar os 12
m, conforme fig.30.

Figura 30 - Drive in
Fonte: http:www,jungheinrich.com.br/pt/br/jungheir

5.9.3 Estrutura Cantilever

Permite boa seletividade e velocidade de armazenagem. Sistema perfeito


para armazenagem de peças de grande comprimento. É destinada às cargas
armazenadas, pela lateral, preferencialmente por empilhadeiras, como: madeiras,
59

barras, tubos, trefilados, pranchas, etc. De preço elevado é composta por colunas
centrais e braços em balanço para suporte das cargas, formando um tipo de árvore
metálica, conforme fig. 31.

Figura 31 – Cantilever
http://www.directindustry.com/industrial-manufacturer/cantilever-racking-74931.html

5.9.4 Prateleira

Sistema estático para a estocagem de itens de pequeno tamanho que


podem ter acessórios, como divisores, retentores, gavetas e painéis laterais e de
fundo. Possibilita a montagem de mais de um nível, com pisos intermediários. São
adequadas para armazenar itens leves, manuseáveis sem a ajuda de qualquer
equipamento, conforme fig. 32.

Figura 32 – Prateleira
Fonte: http://www.bertoliniarmazenagem.com.br/por/index.php?cat=produtos&sub=porta_pallet_leve
60

5.9.5 Rack Metálico

É formado por quatro pés de sustentação, na parte inferior projetado para


encaixe do palete padronizado, parte superior projetado para sustentar sobreposição
e com laterais formadas por travessas fixadas através de encaixe, esta estrutura é
totalmente desmontável.

Figura 33 - Rack metálico


Fonte: http://curitiba.olx.com.br/porta-pallets-gondolas-porta-bins-prateleiras-e-racks-metalicos-
marca-aldd-iid-145878500

5.9.6 Modulados de Arame Dobrável

Contentores de arame utilizados para a armazenagem de diversos produtos.


Ao serem empilháveis e dobráveis, estes contentores implicam uma economia de
espaço na armazenagem e no transporte, fig.34.

Capacidade de carga 1000 kg


Peso 58 kg
Material Arame
Dimensões interiores (C x L x A) 1045 x 800 x 835 mm
Dimensões exteriores (C x L x A)1145 x 845 x 975 mm
Empilhamento 4/1
Dimensões dobradas (C x L x A) 1145 x 845 x 250 mm
61

Figura 34 - Contentor aramado


Fonte: http://carrinhoindustrial.com/produtos/aramado/mp-05-container-aramado-
dobravel-com-porta-articulavel

6 CONTROLE DE ESTOQUE

A importância da gestão de estoques para as organizações públicas e


privadas está associada ao valor financeiro e ao espaço físico utilizado pelos itens
armazenados em seus depósitos. Considera-se estoque como qualquer recurso
físico, do qual este tenha atrelado valores financeiros e atributos fiscais. Até o
advento do Plano Real, em 1994, pelo então presidente da República Fernando
Henrique Cardoso era comum verificar as organizações com acúmulos de estoques,
com justificativa para os problemas da inflação e pelas falhas associadas aos
modelos de previsão de demanda.
A partir da estabilização econômica tornou-se impraticável trabalhar com
volumes elevados de estoques em armazéns, representando um risco para a saúde
financeira de qualquer organização. Logo, a prática corrente para a época foi a
redução das quantidades compradas e uma melhor gestão financeira associada a
previsões de consumo ou vendas de mercadorias.
O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem
que esta diligência resulte em estoque excessivo às reais necessidades da empresa.
O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as
necessidades de consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes.
Se a constância da procura sobre o material for maior que o tempo de
ressuprimento, ou estas providências não forem tomadas em tempo oportuno, a fim
de evitar a interrupção do fluxo de reabastecimento, haverá uma situação de ruptura
ou de esvaziamento do seu estoque, com prejuízos visíveis para a produção,
manutenção, vendas etc.
62

Se, em outro caso, não forem bem dimensionadas as necessidades do


estoque, poderá chegar ao ponto de excesso de material ou ao transbordamento
dos seus níveis em relação à demanda real, com prejuízos para a circulação de
capital.
O equilíbrio entre a demanda e a obtenção de material, onde atua,
sobretudo, o controle de estoque, é um dos objetivos da gestão.

6.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O CONTROLE DE ESTOQUES

Para se organizar um setor de controle de estoque, inicialmente deveremos


descrever suas principais funções:
 Determinar o que deve permanecer em estoque. Número de itens;
 Determinar quando se deve reabastecer o estoque. Prioridade;
 Determinar a quantidade de estoque que será necessário para um período pré-
determinado;
 Acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque;
 Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as
necessidades;
 Controlar o estoque em termos de quantidade e valor e fornecer informações
sobre sua posição;
 Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos
materiais estocados;
 Identificar e retirar do estoque os itens danificados.

6.2 CRITÉRIOS NA GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUES

Atualmente, os gestores de materiais devem administrar os seus estoques


considerando os seguintes critérios:
 Redução do número de recursos estocados em depósito;
 Redução do número de fornecedores cadastrados;
 Melhoria dos processos de seleção, cadastro e supervisão de fornecedores, para
ganhos de qualidade de estocagem;
 Busca pela barganha, considerando uma conduta “ganha-ganha”, por um
relacionamento comercial saudável e de longo prazo;
63

 Maior proximidade entre os fornecedores, depósitos e/ou fábricas para redução


dos custos de transportes;
 Adoção de métodos quantitativos para controle de estoques;
 Maior giro de estoques, com a redução temporal de itens em depósitos.
Para Viana (2005), a correta gestão de estoques possui os seus devidos
fundamentos. Pode-se destacar a análise de mercado com avaliações sobre
fornecedores atuais, potenciais e sobre as demandas de mercado. Logo, entender a
quantidade ótima a comprar para ressuprir os estoques é essencial. Todavia, os
processos de contratação de fornecedores exigem a formulação adequada de
contratos, compreendendo a adoção de gestores especialistas para a supervisão
dos custos operacionais, tempo de movimentação e qualidade implícita nas
negociações.
Logo, algumas perguntas devem ser levantadas e observadas como centrais
para uma adequada gestão de estoques:
 O que deve ser comprado?
 Quais são as especificações de compras?
 Existe um procedimento adequado entre o setor de materiais e finanças para a
emissão dos pedidos e ordens de compra?
 Como os estoques devem ser comprados?
 Existem especificações técnicas que determinem a aquisição?
 Qual a melhor época de reposição de estoques?
 Qual o parâmetro de compra?
 Qual o melhor fornecedor e a sua localização adequada?
 Como avaliar corretamente o preço e as quantidades a comprar?
As perguntas acima são corriqueiras nas organizações contemporâneas.
Porém, qual a melhor forma de respondê-las?
Segundo Tadeu (2008), há a necessidade de redução dos custos de
estocagem. Para isso, as organizações devem saber selecionar, cadastrar e
contratar fornecedores que possuam ótimas qualificações e que atendam às
necessidades de compras ou produção prontamente, reduzindo o tempo de entrega
e volumes associados. Buscam-se entregas frequentes e em lotes reduzidos para
aumentar o giro de estoques. Consequentemente, cogita-se a redução de riscos,
perdas, desvios e depreciação. Neste caso, a adoção de modelos quantitativos em
correlação as previsões de demanda é o essencial.
64

6.3 RAZÕES BASICAS PARA O CONTROLE DE ESTOQUES

 Propiciar níveis adequados de estoques em ambientes de incerteza;


 Necessidade de continuidade em ambientes de produção e operações;
 Capacidade de previsão de demanda futura, em f unção das variações de
planejamento de materiais;
 Disponibilidade de estoques nos fornecedores;
 Adequação aos prazos de entrega, para evitar multas contratuais e quedas no
nível de serviço proposto;
 Economia de custos;
 Redução de perdas;
 Redução dos volumes de estoques e armazenagem.

6.4 NÍVEIS DE ESTOQUES

Sendo os estoques recursos físicos com valor econômico associado, há a


necessidade de evitar dispêndios desnecessários. Para tanto, as equações
propostas a seguir têm a finalidade de manter níveis adequados e permanentes de
estoques.

6.4.1 Gráfico Dente de Serra

Consiste na interpretação gráfica das flutuações de estoques por item,


tornando a gestão de estoques visual e facilitada, conforme fig.35.

Figura 35 - Gráfico dente de serra


Fonte: http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/658
65

Em que:
Ponto 1: estoque máximo;
Ponto 2: nível de ressuprimento, ou estoque médio;
Ponto 3:estoque virtual. Considera-se o estoque real armazenado e as encomendas;
Ponto 4: estoque de segurança;
Ponto 5: ponto de ruptura.

6.4.1.1 Estoque Máximo

EMmax.(2): consiste na quantidade máxima permitida em estoques para o


item em análise. O nível máximo pode ser atingido pelo estoque virtual, quando da
emissão da ordem de compra até a entrega das mercadorias.

EMmax. =ES X 2

Em que:
ES = nível de ressuprimento, ou estoque de segurança ou médio.
Exemplo: Numa empresa o estoque para ressuprimento de um item é de 1715
peças, qual deverá ser seu estoque máximo?
EMmax = (1715 X 2) = 3430 pç.

6.4.1.2 Índice de Cobertura

IC (3): consiste no giro de estoques.

IC = QV / QC

Em que:
QV = quantidade vendida; (consumida, requisitada).
QC = quantidade comprada.
Exemplo: Numa empresa o item código 0372025 tem as seguintes movimentações:
Quantidade mensal de entradas: 15000 pç.
Quantidade mensal requisitada para o processo produtivo: 9600 pç.
IC = 9600 / 15000 = 0,64 (64%)
Eficiência do Índice de Cobertura – IC (4): destacam-se os valores estatísticos para
o índice de cobertura.
66

Em que:
0 até 30% = índice de cobertura ruim;
30% até 70% = índice de cobertura bom;
70% até 100% = índice de cobertura ótimo.

6.4.1.3 Estoque de Segurança

ES (5): considerado como estoque mínimo. Ou seja, é a quantidade mínima


aceitável de estoques para suportar o tempo de ressuprimento. Indica a quantidade
de estoques para iniciar os pedidos de encomendas.

ES = (CMM X TR) / 30 DIAS

Em que:
TR = tempo de ressuprimento;
CMM = consumo médio mensal.

Exemplo: analisando 6 meses de movimentação, o consumo médio mensal de um


item foi de 2450 pçs, para aquisição do mesmo o tempo de reposição é de 21 dias,
qual é o estoque de segurança do mesmo?

ES = (2450 X 21) / 30 = 1715 PÇ.

6.4.1.4 Estoque Real

ER (7): consiste na quantidade real de estoques em depósito. Não existem


estimativas matemáticas para este critério. O recomendado para verificar a
quantidade de estoques é a realização de inventários para a redução de risco,
perdas e depreciação de materiais.

6.4.1.5 Estoque Virtual

EV (8): é o estoque real acrescido das quantidades encomendadas aos


fornecedores.

EV = ER + ENCOMENDAS
67

Em que:
ER = estoque real.

6.4.1.6 Nível de Ressuprimento

NR (9): consiste na quantidade a ser atingida pelo estoque real. Indica o


nível médio de estoques em função das demandas de mercado.

NR = [(ES +CMM) X TR]/30

Em que:
ES = estoque de segurança;
CMM = consumo médio mensal;
TR = tempo de ressuprimento.
Exemplo: Qual nível de ressuprimento de um item com estoque de segurança de
1715 pç. consumo médio mensal de 2450pç e tempo de reposição 21 dias?
NR = [(1715 + 2450) X 21] / 30 = 2916 PÇ

6.4.1.7 Tempo de Ressuprimento

TR (10): é o intervalo de tempo entre a emissão da ordem de compra e o


recebimento de mercadorias oriundas dos fornecedores. É composto por tempos
internos e externos de movimentação de estoques.

TR = TPC + TAF + TT + TRR

Em que:
TPC = tempo de preparação de compra;
TAF = tempo de atendimento do fornecedor;
TT = tempo transporte;
TRR = tempo de recebimento e regularização.
Exemplo: Para colocação de pedido de um item gasta-se 2 dias, fornecedor produz
o mesmo em 12 dias, se gasta 5 dias de transporte e 2 dias para recebimento e
regularização da documentação, qual o tempo de ressuprimento deste material?
TR = 2 + 12 + 5 + 2 = 21 dias

6.4.1.8 Ponto de Ruptura


68

PR (11): indica que o estoque está nulo. Ocorre quando o consumo de


materiais chegou ao nível zero. Observa-se que a ocorrência do ponto de ruptura é
negativa para a área de materiais, devido a compras emergenciais e sem a
existência do poder de barganha com fornecedores.

7 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

7.1 CONCEITO DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

É a função na administração de materiais responsável pelas atividades de


receber, fornecer, devolver, transferir materiais e ou qualquer atividade de entrada e
saída de material realizada nas dependências internas da empresa.
O material por um bem estático, a movimentação de materiais torna-se uma
atividade indispensável dentro do processo de produção, no abastecimento das
unidades produtivas.

7.2 FORMAS DE MOVIMENTAR MATERIAIS

 Manual:
A força de tração executada na movimentação é gerada por humanos, sem o
auxilio de nenhum tipo de equipamento.
 Mecanizada:
Movimentações são realizadas por equipamento, dirigidas por humanos.
 Automatizada:
Movimentações realizadas por computador, geralmente neste tipo de atividade os
espaços são reduzidos de forma tal que não há possibilidade de acesso por
equipamentos convencionais e humanos.

7.3 FUNÇÕES DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

A movimentação de materiais pode ser considerada como tendo a função


de: movimento, lugar, tempo, quantidade e espaço.
 Movimento: deslocamento de peças, materiais e produtos, de maneira mais
eficiente.
69

 Lugar: responsabilidade de verificar se o material desejado esta entregue no lugar


correto.
 Tempo: os materiais devem chegar ao local de utilização no momento exato,
 Quantidade: providenciar para cada operação a quantidade exata dos materiais
necessários.
 Espaço: Local de guarda do material e ou produto, até quando de sua utilização e
ou consumo.

7.4 PRINCÍPIOS DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

 Mecanização: Usar equipamento de movimentação mecanizado ou automático,


sempre que possível e viável.
 Manutenção: Planejamento da manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos de movimentação para evitar desgaste ou paradas desnecessárias
nas operações. A manutenção preventiva é o processo de se vistoriar os pontos
frágeis dos equipamentos, originando a troca em tempo hábil das peças
desgastadas.
 Sistema integrado: A integração é de vital importância, como vimos
anteriormente, todas as áreas estão envolvidas e devemos dar suporte a todas,
analisando a operação dos equipamentos nas áreas de recebimento, estocagem,
produção, inspeção, embalagem, expedição e transporte. Quanto mais versátil
for o equipamento, maior a utilização do mesmo, isto quer dizer, quando não
estivermos utilizando o equipamento em uma determinada área, poderá a mesma
ser remanejada para atuar em outra.
 Fluxo de materiais: O fluxo de materiais é essencial para a aquisição do
equipamento, e deverá ser planificado o mais retilíneo possível, para que se
possa conseguir um ganho maior. Contendo um bom fluxo, obteremos economia
de combustível, Hora /máquina, Homem /hora.
 Simplificação: A redução de movimentos, a combinação ou eliminação de
equipamentos desnecessários, será de grande importância.
 Ergonomia: As limitações humanas devem ser observadas e precisam ser
reconhecidas e respeitadas no projeto das tarefas e equipamentos de
movimentação, para assegurar operações seguras e efetivas. A ergonomia é a
70

ciência que busca adaptar o trabalho ou as condições de trabalho as atividades


do homem.
 Tempo ocioso: Reduzir tempo ocioso tanto de equipamento quanto de mão de
obra empregada na movimentação.
 Controle: Empregar equipamento de movimentação de materiais para melhorar o
controle de: produção, estoque e preparação de pedidos.
 Desempenho: Determinar a eficiência do desempenho da equipe.

7.5 LEIS DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

Obediência ao fluxo das operações


O arranjo físico deve ser de forma que evite fluxos repetitivos na
movimentação, preferencialmente a trajetória na sequência das operações.
Mínima distância
Reduza as distâncias e transporte pela eliminação de ziguezagues no fluxo
dos materiais.
Mínima manipulação
Reduza a frequência de transporte manual. O transporte mecânico custa
menos que as operações de carga e descarga, levantamento e armazenamento.
Evite manipular os materiais tanto quanto possível ao longo do ciclo de
processamento.
Segurança e satisfação
Leve sempre em conta a segurança dos operadores e o pessoal circulante,
quando selecionar o equipamento de transporte de materiais.
Padronização
Use equipamento padronizado na medida do possível. O custo inicial é mais
baixo, a manutenção é mais fácil e mais barata e a utilização desse equipamento é
mais variada por ser mais flexível que equipamentos especializados.
Flexibilidade
O valor de determinado equipamento para o usuário é proporcional à sua
flexibilidade, isto é, à capacidade de satisfazer ao transporte de vários tipos de
cargas, em condições variadas de trabalho.
Máxima utilização do equipamento
Mantenha o equipamento ocupado tanto quanto possível. Evite acúmulo de
materiais nos terminais do ciclo de transporte.
71

Máxima utilização da gravidade


Use a gravidade sempre que possível.
Máxima utilização do espaço disponível
Faça uso da verticalização, através de estruturas e equipamentos
adequados, utilizar a máxima capacidade de cubagem das áreas de
armazenamento.
Método alternativo
Faça uma previsão de um método alternativo de movimentação em caso de
falha do meio mecânico de transporte. Essa alternativa pode ser bem menos
eficiente que o processo definitivo de transporte, mas pode ser de grande valor em
casos de emergência.
Menor custo total
O equipamento escolhido deve ser o que apresenta o menor custo total para
uma vida útil razoável.

7.6 EQUIPAMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

Existe uma ampla variedade de equipamentos de movimentação de


materiais, de marca, preço, de tamanhos, volumes e formas diversas.
Os equipamentos utilizados devem ser simples, flexíveis e de baixo custo.
Buscar sempre a alternativa de equipamento que se ajuste de forma mais
barata e adequada às necessidades de movimentação. Analise a conveniência de
terceirizar equipamentos e mão de obra, evitando riscos de parada por falta de
equipamentos e ou peças de manutenção.

7.6.1 Definição do Tipo de Equipamento para Movimentação

Alguns questionamentos devem ser feitos e analisados ante a aquisição e ou


terceirização de um equipamento de movimentação.
 Tipo do produto: conhecimentos sobre todas as características e volume do
produto ou material a ser movimentado;
 Instalações: tipo e resistência do piso, dimensões dos corredores, dimensões das
portas de passagem, pé direito, etc.;
 Método de armazenagem: tipo de estrutura de armazenagem;
 Custo da movimentação: baixo valor de manutenção;
72

 Área necessária para o funcionamento do equipamento: trânsito normal do


equipamento;
 Fonte de energia necessária: ter ou instalar locais de abastecimento;
 Deslocamento e direção do movimento: constante ou intermitente, movimento
vertical ou horizontal ou os dois?
 Mão-de-obra: qualificação;
 Flexibilidade do equipamento: opera em diversos locais diferentes;
 Grau de supervisão requerido para a operação (transportadores x empilhadeiras);
 Tipo de trajetória: (fixa: transportador, limitada: ponte rolante, livre:
empilhadeiras).

7.6.2 Classificação dos Equipamentos de Movimentação

Classificam-se em:
 Roteiro: É o tipo de mobilidade do equipamento, fixo e ou aleatório;
 Frequência de movimentação: Seu movimento é constante ou intermitente;
 Distância percorrida: Refere-se à capacidade de distância de transporte do
equipamento, podendo ser de curta e longa distância;
 Ambiente: Refere-se ao uso do ambiente interno ou externo da fábrica e ou
ambos;
 Direção do fluxo: Refere-se ao sentindo em que o equipamento percorre, ou seja,
horizontal ou vertical;
 Acionamento: O equipamento pode ser operado manualmente ou através de
motores.

7.6.3 Equipamentos de Movimentação

Dividem-se em;
 Veículos industriais
São veículos motorizados ou não, empregados para mover cargas mistas ou
uniformes, em caminhos variados com superfície adequada:
Empilhadeiras a gás e elétricas, paleteira manual, transpaleteira elétrica,
conforme fig.36/37 e quadro 3/4/5.
73

EMPILHADEIRA ELETRICA EMPILHADEIRA A GÁS

Figura 36 - Empilhadeira
Fonte: http://www.munckmaq.com.br/empilhadeiras.php

Roteiro Aleatório
Frequência Intermitente
Distância Curta
Interno/Externo (Gás/Diesel/Gasolina)
Ambiente
Interno (Elétrica)
Direção Horizontal e Vertical
Acionamento Elétrico/Gás/Diesel/Gasolina
Quadro 3 - Características do equipamento.
Fonte: Adaptado de
http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_7mod/adm_de_compras_suprimentos/pdf/aula11.pdf

Figura 37 - Paleteira Hidráulica e Elétrica.


Fonte: http://www.cpctransportes.com.br/site/paleteiras.html
PALETEIRA HIDRAULICA

Roteiro Aleatório
Frequência Intermitente
Distância Curta
Ambiente Interno
Direção Horizontal
Acionamento Manual
Quadro 4 - Características do equipamento.
Fonte: Adaptado de
http://arquivos.unama.br/nead/gol/goladm7mod/admdecomprassuprimentos/pdf/aula11.pdf
74

PALETEIRA ELÉTRICA

Roteiro Aleatório
Frequência Intermitente
Distância Curta
Ambiente Interno
Direção Horizontal
Acionamento Elétrico
Quadro 5 - Características do equipamento.
Fonte: Adaptado de
http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_7mod/adm_de_compras_suprimentos/pdf/aula11.pdf

7.6.4 Equipamentos de Elevação e Transportes

Dispositivos aéreos utilizados para movimentar cargas entre dois pontos


dentro de uma mesma área limitada, onde sua função principal é transferir:
guindastes, talhas, ponte rolante e monovias.

MONOVIA TALHA

Figura 38 - Comovia
Fonte: http://www.mollyn.com.br/monovias_curvas.html
Roteiro Fixo
Frequência Continua
Distância Longa
Ambiente Interno/Externo
Direção Horizontal
Acionamento Elétrico
Quadro 6 - Características do equipamento.
Fonte: Adaptado de
http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_7mod/adm_de_compras_suprimentos/pdf/aula11.pdf
75

PONTE ROLANTE

Figura 39 – Ponte Rolante.


Fonte: http://rodaponterolante.com/

Roteiro Fixo/Aleatório
Frequência Interminente
Distância Curta
Ambiente Interno
Direção Horizontal /Vertical
Acionamento Elétrico/Manual
Quadro 7 - Características do equipamento.
Fonte: Adaptado de
http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_7mod/adm_de_compras_suprimentos/pdf/aula11.pdf

7.6.5 Transportadores Contínuos

Dispositivos motorizados ou transportadores por meio da gravidade,


instalados em rotas fixas e de movimento contínuo, onde a função principal é
transportar transportadores de esteira, transportadores de rolo e plano elevado.

Transportador de esteira

Figura 40 - Transportador de esteira


Fonte: http://www.seesistemas.com.br/p/
76

Roteiro Fixo
Frequência Continua
Distância Longa
Ambiente Interno/Externo
Direção Horizontal
Acionamento Elétrico
Quadro 8 - Características do equipamento.
Fonte: Adaptado de
http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_7mod/adm_de_compras_suprimentos/pdf/aula11.pdf

7.6.6 Cuidados na Movimentação de Cargas Paletizadas

Na utilização das unidades de cargas paletizadas alguns cuidados devem


ser tomados quando da movimentação por empilhadeiras, conforme:
 Qualquer pessoa tem condições de operar uma empilhadeira, mas somente os
peritos podem fazê-lo com segurança. Portanto só operadores treinados e
qualificados devem dirigir empilhadeiras;
 Evite levantar ou transportar qualquer carga que possa cair sobre o operador ou
qualquer outra pessoa. Uma empilhadeira com protetor de operador e protetor de
carga protege o operador contra quedas de objetos, mas não protege o operador
contra todos os acidentes;
 Nunca leve “passageiro” na empilhadeira. Quando tiver que elevar pessoas use
uma plataforma de segurança, com protetores laterais, a qual deverá estar bem
presa aos garfos;
 Mantenha os braços e pernas dentro do compartimento do operador.
Principalmente ao operar em espaços apertados isso pode tornar-se
extremamente perigoso;
 Fique longe e não deixe que outras pessoas se aproximem do mecanismo de
elevação quando estiver movimentando a empilhadeira.
 Não permita que ninguém passe ou fique embaixo da carga ou do carro de
elevação;
 Comunique imediatamente ao seu supervisor qualquer falha ou dano com a
empilhadeira. Aguarde o conserto dos defeitos antes de continuar o trabalho;
 Evite a passagem por buracos, manchas de óleo e materiais soltos, que possam
fazer a empilhadeira derrapar ou tombar;
 Faça curvas lentamente e dirija com cuidado principalmente nas esquinas,
fazendo sempre uso da buzina;
77

 Quando deixar a empilhadeira, desligue o motor, engate uma marcha, abaixe


completamente os garfos e puxe o freio de mão. Calce as rodas quando
estacionar numa rampa e sempre que estiver fazendo um reparo na empilhadeira;
 Não desça rampas de frente com a máquina carregada. A carga além de
escorregar dos garfos, pode também tombar a máquina. Mantenha sempre a
carga voltada para o alto da rampa;
 Não abasteça a máquina com o motor em funcionamento. Incêndios e explosões
podem ocorrer da não observância desta simples regra;
 Evite partidas ou freadas bruscas. Freadas bruscas podem ocasionar queda de
carga. E lembre-se: marcas de pneus no piso são sinais de uma má operação;
 Observe cuidadosamente o espaço que você deverá usar, para evitar batidas
especialmente com os garfos, torre de elevação, protetor de operador e
contrapeso;
 Não transporte cargas superiores à capacidade nominal da máquina;
 Não movimente cargas instáveis ou desequilibradas;
 Centralize bem a carga sobre os garfos, de maneira que não fique muito peso
para um lado só, especialmente para cargas largas;
 Não transporte cargas apoiadas em um só garfo;
 Tome cuidado para que cargas cilíndricas e compridas não girem sobre os garfos.
 Mantenha a carga encostada no carro de elevação;
 Nunca transporte uma carga elevada. Quando as cargas são transportadas em
posição elevadas a estabilidade da máquina fica reduzida;
 Para melhor visibilidade e segurança, transporte cargas grandes em marcha ré,
mas sempre olhando na direção do movimento, mantendo a carga normalmente
inclinada para trás, especialmente em rampas com mais de 10% de inclinação;
 Eleve ou abaixe a carga sempre com a torre na vertical ou um pouco inclinada
para trás. Incline para frente cargas elevadas, somente quando elas estiverem
sobre o local de empilhamento;
 Dirija com cuidado, observe as regra de trânsito e mantenha sempre o controle da
empilhadeira. Conheça bem todas as regras de operação segura.

7.6.7 Movimentar Materiais com Segurança


78

Devida ao manuseio constante de cargas, a área de armazenagem merece


uma atenção maior referente aos cumprimentos das regras e a disposição dos
equipamentos de segurança, devem ser observadas:
 Manter do local de trabalho limpo e organizado, verificar principalmente as
condições do piso para evitar acidentes como tombamento de carga e
equipamento;
 O uso de equipamento de proteção pessoal é obrigatório, como: óculos, luvas,
botas e avental para o transporte de ácidos, sapatos com bicos de aço e sola de
proteção na movimentação de materiais, principalmente pesados;
 Somente executar uma movimentação de material em condições segura, caso
contrário não faça;
 Levantamento de peso em excesso é para maquina processar, não tendo o
equipamento para tal, não movimente se o peso estiver além de sua capacidade,
peça ajuda, caso contrario não faça o trabalho;
 Evitar brincadeiras e competições principalmente com equipamentos de
movimentação de carga motorizados ou não, geralmente causam acidentes de
alta gravidade;
 Quando realizar uma movimentação de carga manual, não carregar além de suas
capacidades, principalmente quando dificultar o seu deslocamento e visão;
 Verificar periodicamente as condições todos os equipamentos destinados à
movimentação dos materiais, tais como: empilhadeiras, elevadores, esteiras etc.,
esta prevenção evitará acidentes;
 Não sobrecarregar os equipamentos de movimentação;
 Proibir e denunciar o abuso excessivo de equipamentos de movimentação de
carga dentro das áreas de armazenagem;
 Respeitar e obedecer às sinalizações de segurança nas áreas de movimentação
de materiais;
 Em momento algum ficar sob cargas tanto paradas ou em movimento.

7.6.8 Custos da Movimentação de Materiais

Movimentar um material e ou produto não agrega valor aos mesmos e sim


custos significativos na formação final de seu preço, além de contar com possíveis
riscos de custo causados através de avarias quando do transporte.
79

O custo de movimentação esta baseado sobre os recursos de equipamentos


e mão de obra, os gastos com energia motora para estes equipamentos e com a
atividade de manutenção e manuseio de carga.
 Equipamentos: geralmente é capital empatado em constante desvalorização e
com crescente custo de manutenção e a má utilização dos mesmos pelos seus
operadores, são esses equipamentos: empilhadeiras, paleteiras mecânicas e
elétricas, talhas e esteiras;
 Combustível: despesas efetuadas com combustível ou energia para alimentar os
equipamentos de movimentação;
 Mão de obra: é o gasto com operadores de tais equipamentos, pessoal auxiliar e
pessoal de manutenção dos mesmos, são os: operadores de empilhadeiras e
talha, auxiliares para equipamentos com tração humana, mecânicos e auxiliares
de manutenção;
 Manutenção de equipamentos: despesas com manutenção e com oficinas de
consertos, peças e componentes de reposição, este tipo de manutenção poder
ser por conta da própria empresa e ou terceirizado;
 Perdas de material: decorrentes de manuseio, de acidentes na movimentação,
quebras, estragos em embalagens.

8 INVENTÁRIO

Inventário de materiais é uma atividade do almoxarifado e tem como objetivo


principal assegurar que as quantidades físicas ou existentes no almoxarifado
estejam de acordo com as listagens e os relatórios contábeis dos estoques.

8.1 ORGANIZAÇÃO DO INVENTÁRIO

Podemos considerar que é nesta fase que decidimos a qualidade do


resultado dos inventários que vamos aferir. Todos os detalhes desta operação não
podem ser esquecidos e devem estar devidamente detalhados e identificados. A
organização de um inventário esta determinada em cinco (5) fases.
1) Providências Básicas
2) Instruções e Procedimentos
3) Formação das Equipes
4) Treinamento das Equipes
80

5) Organização Física

8.2 PORQUE REALIZAMOS INVENTÁRIO?

Os inventários são realizados pelas organizações ou entidades, sejam


comerciais, industriais ou entidades governamentais (municipais, estaduais e
federais), para assegurar e determinar três (3) causas principais:
 Verificar as discrepâncias (diferenças) existentes entre o estoque físico verificado
e o estoque contábil registrado na empresa;
 Verificar a discrepância (diferenças existentes entre os registros dos estoques
sejam processados manualmente através de fichas de estoque ou através de
sistemas automatizados via computador) e as quantidades verificadas nos
inventários;
 Para apurar o valor total dos estoques contábeis das organizações para fins da
elaboração de balanços gerais (obrigatórios para as entidades privadas) ou
mesmo para fins de balancetes mensais, onde vão servir para redirecionar as
ações das organizações a curto prazo.

8.3 TIPOS DE INVENTÁRIOS

Existem dois (2) tipos de inventários que comumente são utilizados:

8.3.1 Inventário Geral

 O inventário geral é em geral executado a cada fim de exercício fiscal das


organizações;
 Esta regra não é fixa, podendo ser realizado este tipo de inventário conforme a
necessidade da empresa;
 O inventário geral abrange todos os itens controlados na organização;
 São em geral ações de longo prazo;
 O inventário geral impossibilita a condição de reconciliações ou análises
profundas, das divergências apuradas, sejam para acréscimo ou redução dos
valores registrados.
81

8.3.2 Inventários Rotativos ou Cíclicos

 Este tipo de inventário visa distribuir as contagens ao longo de um período, que


em geral é de um (1) ano;
 O inventário cíclico gera excelentes condições para análise das divergências
verificadas;
 Possibilita avaliar e efetuar ações corretivas nas causas das divergências.
 As realizações dos inventários cíclicos geram uma maior confiabilidade nos
resultados do inventário geral.
Para a realização dos inventários cíclicos devem-se estabelecer um
procedimento de contagem. Sem este método os resultados serão sem valor.
Podemos usar como ferramenta o sistema de classificação ABC, que deve ser
implantado na organização, antes dos inventários cíclicos.
A regra com a classificação ABC determina que os itens devam ser contados
da seguinte forma:
Itens A - Todos devem ser contados sistematicamente uma (1) vez ao mês. Desta
forma teremos um ciclo de 12 contagens ao ano.
Itens B- Todos os itens devem ser contados sistematicamente quatro (4) vezes ao
ano.
Itens C - Todos os itens devem ter uma contagem ao decorrer ao ano.
Para que se possa realizar o inventário cíclico, é necessário também que
estabeleça uma tabela de contagem diária, para isto, torna-se necessário saber
antecipadamente a quantidade de cada item por classe, existente em nosso
estoque, somente depois e que poderemos elaborar a seguinte tabela 9:

PROGRAMAÇÃO DE INVENTÁRIO CÍCLICO


Nº FREQUÊNCIA Nº
CLASSE ITENS CONTAGEM CONTAGENS
A 1000 12 12000
B 1500 4 6000
C 2500 1 2500
TOTAL CONTAGEM 20500
DIAS TRABALHO ANO 250
CONTAGEM DIÁRIA 82

Tabela 9 - Programação de inventário cíclico,


Fonte: http://www.slideshare.net/guest3d59/apostila-de-acuracidade-de-estoques-v6-presentation
82

Esta tabela tem que ser detalhada para as contagens diária por classe ABC
desta forma, contando (48 itens A, 24 itens B e 10 itens C) diariamente
completaremos o clico anual em 250 dias conforme programado.

8.4 IMPACTO QUANTO AS DIVERGÊNCIAS NOS INVENTÁRIOS

As possibilidades são inúmeras, mais quero afirmar que 90% das


divergências que tenho verificado ao longo de minha atuação na área de materiais,
são em decorrência ao fator humano.
Os erros nos “registros de estoque” causam impactos muitas vezes
“devastadores” nas organizações. As causas mais frequentes que consigo visualizar,
quanto aos registros de estoques são:
 Retirada de materiais sem autorização, isto é, a nossa tradicional informalidade, é
a política do “depois eu faço”. E geralmente estas ações caem no esquecimento,
de quem pediu e de quem cedeu o material;
 Depósito sem segurança adequada para guarda de materiais;
 Pessoal mal treinado. Muitas vezes as organizações não determinam
treinamentos e reciclagens de seus funcionários e baseiam-se apenas nas
experiências anteriores de seus funcionários. Cada organização tem as suas
características e não podemos nivelar em um só nível;
 Registro de transações indevido ou mesmo transações mal definidas pelas
organizações. Este tipo de erro pode ser evitado com treinamento e uma tabela
de registros de transações bem elaborada e difundida a todos da área de
materiais em geral;
 Falha de capacidade de realizar auditorias. Este erro pode ser eliminado com o
treinamento para que uma “equipe permanente” realize inventário cíclico.

8.5 O QUE OCORRE COM AS EMPRESAS QUANDO EXISTEM REGISTROS


IMPRECISOS?

 Vendas perdidas;
 Falta de material e consequentemente uma alteração nas programações já
determinadas;
 O erro a maior pode gerar um excesso indesejado, que pode não ter utilidade
83

para a organização, gerando somente uma queda nos resultados financeiros;


 Baixa produtividade é uma consequência do erro de registro, pois temos que
sistematicamente realizar modificações, seja em produção ou expedição de
materiais ao consumidor final;
 Recebimentos em excessos, o que pode gerar despesas adicionais, pois haverá
necessidade de trabalhos extras para que todo o excesso seja processado
entrada, movimentação e colocado à disposição para expedição. “Temos ainda
que considerar o ‘Desembolso de Frete” a maior para que os compromissos com
os clientes sejam mantidos;
 A “Taxa de Sobrevivência” da empresa é baixa, pois o mercado exige qualidade
total em nossas ações. Temos que ser 100% capaz de realizar todas as nossas
necessidades na hora certa e não com aditivos que vão nos levar a inviabilidade
da empresa.

8.6 REGISTRO DE ESTOQUE

Seja qual for o sistema de “registros” no estoque, conforme tabela 10/11,


manual ou através de sistemas computadorizados, como já mencionamos
anteriormente, é necessário que “uma perfeita tabela de transações seja
estabelecida”.
Código de
Item Registro Descrição da Transação no Registro de Estoque
Determinado
1 1 Entrada de Material – Saldo Inicial
2 100 Entrada de Material
3 101 Entrada – Devolução do Cliente
4 102 Entrada – Ajuste de Estoque a Maior (>)
5 103 Entrada – Devolução de Consumo ou Processo
6 104 Entrada – Devolução de Terceiros
7 105 Entrada – Material Fora do Prazo
8 200 Saída de Material
9 201 Saída – Devolução ao Fornecedor
10 202 Saída – Ajuste a menor (<)
11 203 Saída – Donativo
12 204 Saída – Brinde
13 205 Saída – Devolução ao fornecedor Mat. F. Prazo
14 206 Saída – Avaria
15 207 Saída – Retrabalho
16 300 Saída – Rejeito no Estoque
17 301 Saída – Rejeito no Processo de Transporte Inteiro

Tabela 10 - Transação de registro de estoque


Fonte: Cetam, Apostila de Técnicas e Métodos de Inventário (2011, p.32).
84

As tabelas de transações é o resultado de um plano maior, e que geralmente


é criado dentro da área fiscal das empresas. Uma tabela de transações bem
elaborada facilita os trabalhos de auditorias quando da realização dos inventários
rotativos.

CONTROLE DE SALDO DE ESTOQUE


CÓDIGO: 1015620001 LOCALIZAÇÃO: 31210703
DESCRIÇÃO: SUPORTE DE VENTILAÇÃO UNIDADE CONS.: PÇ.
NUMERO QUANT. QUANT. SALDO
DATA CÓD
DOCUMENTO ENTRADA SAÍDA ATUAL
01/11/2002 1 5000 150 - 150
06/11/2002 100 5001 150 - 300
08/11/2002 100 5002 150 - 450
10/11/2002 100 5003 250 - 700
10/11/2002 200 8000 - 100 600
12/11/2002 100 5004 300 - 900
12/11/2002 200 8001 - 150 750
13/11/2002 102 5006 50 - 800
14/11/2002 100 5005 350 - 1150
14/11/2002 202 8002 - 200 950
14/11/2002 101 8540 150 - 800
16/11/2002 100 5010 2.000 - 2800
16/11/2002 200 8020 - 250 2550
18/11/2002 200 8021 - 100 2450
19/11/2002 102 5400 50 - 2500
20/11/2002 202 9500 - 100 2400
21/11/2002 202 9501 - 80 2320
21/11/2002 202 4587 - 100 2220
22/11/2022 200 2541 - 200 2020
22/11/2002 102 1254 25 - 2045
28/11/2002 102 6523 25 - 2020
28/11/2002 202 8547 - 45 1.975

Tabela 10 - Transação de registro de estoque


Fonte: Cetam, Apostila de Técnicas e Métodos de Inventário (2011, p.33).

8.7 QUANDO DEVEMOS CONTAR NOSSOS ESTOQUES?

Devemos alertar que as contagens podem ser feitas a qualquer momento,


não precisando esperar que um inventário geral ou cíclico seja feito para que se
tenha a conferência de um determinado item.
Podemos contar os nossos estoques quando:
 Quando um pedido é emitido – Desta forma poderemos detectar qualquer falha de
registro ou de físico;
 Quando um pedido é recebido – Como da forma anterior, toda e qualquer
discrepância que possa impactar na elaboração de um produto ou na entrega do
85

pedido, são eliminadas;


 Quando um registro de estoque chega próximo de zero (0) – Este método tem a
vantagem de verificar qualquer divergência em função da natureza dos produtos,
nos casos de líquidos, que podem variar;
 Quando ocorre um número especifico e sistemático de uma mesma transação – É
aconselhável que se verifique a “tendência”, pois pode haver discreparias nos
registros, uma vez que o histórico de lançamentos nunca apresentou este tipo de
registro;
 Quando uma não conformidade é detectada – Deve ser realizado o inventário. E
em se tratando de itens destinados ao mesmo auditor de inventários cíclicos, é
aconselhável uma verificação geral de todo o lote que esta sob a
responsabilidade do auditor em questão.

8.8 ELABORANDO UM INVENTÁRIO

Para que um inventário tenha inicio, é necessário que uma “convocação”


seja realizada pela alta administração. Nesta reunião inicial, as áreas envolvidas os
responsáveis diretas por materiais (almoxarifado, expedição, processo, distribuição,
recebimento, garantia da qualidade, etc.), as metas são traçadas.
Nesta reunião deve ser elaborado a primeira “Ata de Reunião de Inventário”,
onde deve ser registrado:
 Nome dos participantes;
 Nome dos convocados e não presentes;
 Cópia aos destinatários interessados;
 Numeração sequencial dos itens tratados;
 Resumo dos tópicos tratados;
 Responsável pela execução do item tratado;
 Data de Inicio do item tratado;
 Termino da Atividade do item tratado.
Na reunião geral, que deve ser repetida no mínimo 3 vezes antes do
inventário, outros tópicos devem ser informados para que sirvam de “parâmetro” de
avaliação do resultado do novo inventário, são eles:
 Os resultados quantitativos e qualitativos obtidos no último inventário;
 Quais as metas para este novo inventário;
86

 Os impactos de maior relevância ocorridos no ultimo inventário;


 Qual foi o resultado do comportamento das equipes no ultimo inventário;
 Qual será a data para a realização do inventário.

8.8.1 Cronograma do Inventário

Neste cronograma, todas as atividades devem ser detalhadas para que se


possa verificar a viabilidade de execução ou as modificações de prazos necessários
para que o inventário esteja pronto para ser executado na data marcada.

8.8.2 Dimensão do Pessoal

Os novos sistemas de inventários existem uma equipe formada que segue o


seguinte esquema hierárquico.
 COORDENADOR DO INVENTÁRIO: Geralmente é um funcionário designado
pela alta administração. Ele tem a responsabilidade de esclarecer duvidas e pela
orientação de auditoria externa, bem como o fechamento do inventário;
 SUPERVISOR DO INVENTÁRIO: Trata-se dos chefes ou supervisores das áreas
onde o inventário será realizado. A eles cabe a tarefa de orientar e coordenar
todas as demais pessoas no inventário;
 VERIFICADORES DE INVENTÁRIO: São os funcionários que vão de fato realizar
as contagens nas áreas determinadas. Estas equipes devem ser permanentes,
pois somente desta forma é que poderemos melhorar os resultados dos
inventários já com as primeiras contagens. Para esta função, algumas
características devem ser observadas pela coordenação e supervisão do
inventário.
 Dinâmica
 Facilidade de Cálculos
 Experiência em áreas paralelas
 Proativo
 SUPORTE DO INVENTÁRIO: Estes funcionários serão utilizados diretamente
pelos verificadores de inventário, quando houver necessidade do uso de:
 Padronização de Produtos
 Troca de etiquetas de Produtos
87

 Pesagem de volume aberto


 Operações de movimentação de materiais.
 DIGITADORES: São os funcionários responsáveis em receber da coordenação os
resultados verificados, da primeira e da segunda contagem, bem como os
verificados quando necessária terceira contagem;
 SUPLENTES OU RESERVAS (BACKUP): O coordenador do inventário deve um
numero de pessoas que vão eventualmente cobrir as faltas dos colaboradores
escalados ao inventário.

8.8.3 Novos Colaboradores

Não podemos esquecer que a cada inventário, um número de funcionários,


que deve ser determinado pela coordenação, vai servir de “observadores” das
atividades do inventário. Eles não vão atuar diretamente nas ações de contagem,
sua tarefa é observar, por períodos que a coordenação vai determinar as várias
etapas do inventário. Desta forma, deveremos treinar novos funcionários para
substituição ou mesmo para ampliação dos quadros de atividades no inventário.

8.8.4 Produtividade Média

Temos que considerar que as pessoas vão ter fadiga no decorrer do


inventário, e em se mantendo um ritmo bastante acelerado, os resultados podem ser
abaixo do esperado.
Para isto é que se cria uma tabela de produtividade média. A média nacional
é de 40 itens por pessoa dia. Então se calcula, conforme a formula abaixo, a
quantidade de pessoas para execução do inventário.

PRODUTIVIDADE = Total Itens Estoque / Pessoas Dia


Exemplo: 1.200 / 25 = 48 itens por pessoa (dia)

8.8.5 Organização Física

É ai que começamos a ganhar ou a perder quanto à realização do inventário.


Todas as pessoas envolvidas no processo de organização para o inventário devem
88

saber da importância deste trabalho e suas consequências caso não sejam


realizados com qualidade total.
Algumas atividades são clássicas, tais como:
 Agrupar nos estoques os itens similares deve haver em alguns casos
movimentação de localização;
 Identificar todos os itens que estejam nos estoques ou processo, sem etiquetas,
onde: código, descrição, unidade, quantidade, prazos de validade e de lotes
devem ser mencionados;
 Troca de etiquetas rasuradas ou ilegíveis;
 Padronização de materiais com vários tamanhos ou quantidades diferenciadas.
Se possível, podem unitizar as cargas para maior rapidez nas contagens;
 Isolar todo e qualquer material que não seja inventariado, e colocar identificação e
o motivo da devolução em cada um deles;
 Não deixar materiais na área de recebimento ou controle de qualidade sem o
devido registro;
 Verificar o reforço de iluminação em todas as áreas;
 Verificar necessidade de manutenção em equipamentos de movimentação;
 Materiais não conforme devem ser isolados ou devolvidos antes da realização dos
inventários;
 Ficar atento aos “presentes de grego”, que são tão fáceis de receber, isto é,
verificar que em sua área de responsabilidade existem materiais que antes não
estavam e que você não foi comunicado antecipadamente. Este conflito deve ser
resolvido entre as supervisões de área.

8.8.6 Método de Registros das Contagens

Existem 3 métodos de registro que podem ser utilizados no inventário.


1) Medida de contagem através de fichas individuais, também conhecidas como
Boletos, conforme fig.38.
2) Método de contagem por listagem, por área ou localizações, conforme tabela 11.
3) Método de contagem por coletor de dados, por descarga de dados ou por radio
frequência. Neste caso é necessário que um sistema de etiquetas de código de
barras tenha sido implementado.
89

A sua assinatura em qualquer ficha tem que ser legível para que todos
saibam quem a fez.

8.8.6.1 Modelo de Contagem por Listagem

LISTAGEM DE CONFERÊNCIA DE INVENTÁRIO N°


BKR INDÚSTRIA LTDA 000194
31.12.2011
LOCALIZAÇÃO CÓDIGO DO DESCRIÇÃO QUANTIDADE
DE MATERIAL MATERIAL SUMARIA CONFERIDA
ITEM
1 103.102 150.200.012 PARAFUSO
2 103.202 150.300.015 SUPORTE A
3 103.302 159.300.016 SUPORTE B
4 103.402 170.210.012 ARRUELA ZN
5 103.502 180.220.001 PAINEL INF.
6 103.602 181.217.006 LATERAL ESQ.
7 103.702 100.045.702 PAINEL SUP.

CONFERENTE DIGITADOR
Tabela 11 - Listagem de conferência de inventário.
Fonte: Cetam, Apostila de Técnicas e Métodos de Inventário (2011, p.38).

8.8.6.2 Ficha ou Boleto de Contagem

INVENTÁRIO FISICO 31.12.2011


CODIGO: 150300015 N° 3042
DESCRIÇÃO: SUPORTE A
LOCALIZAÇÃO: 103202
UNID. PÇ
FIXA
INVENTÁRIO FISICO 31.12.2011
CODIGO: 150300015 N° 3042
DESCRIÇÃO: SUPORTE A
LOCALIZAÇÃO: 103202
UNID. PÇ
3ª CONTAGEM
QTD. CONFERIDA

CONFERENTE DIGITADOR
INVENTÁRIO FISICO 31.12.2011
CODIGO: 150300015 N° 3042
DESCRIÇÃO: SUPORTE A
LOCALIZAÇÃO: 103202
UNID. PÇ
2ª CONTAGEM
QTD. CONFERIDA

CONFERENTE DIGITADOR
90

INVENTÁRIO FISICO 31.12.2011


CODIGO: 150300015 N° 3042
DESCRIÇÃO: SUPORTE A
LOCALIZAÇÃO: 103202
UNID. PÇ
1ª CONTAGEM
QTD. CONFERIDA

CONFERENTE DIGITADOR

Figura 41 - Boleto e ou Ficha de Contagem.


Fonte: Cetam, Apostila de Técnicas e Métodos de Inventário (2011, p.40).

8.8.7 Característica do Material para Contagem

Quando formos determinar a quantidade de pessoas para a contagem, não


podemos esquecer as características do material.
Não podemos, por exemplo, mandar uma (1) pessoa realizar o inventário
em área que é necessária movimentação de materiais, é preciso estabelecer
critérios não só de produtividade, como também pela característica do material.

8.8.8 Mapa de Controle de Contagem

Este mapa é de grande valia nos inventários, conforme tabela 12, pois desta
forma teremos domínio total das áreas, quais as equipes que realizaram as
contagens e o posicionamento quanto ao andamento do inventário. Desta forma,
poderemos tomar medidas corretivas para que o cronograma seja mantido.

MAPA DE CONTROLE DE CONTAGEM PARA INVENTÁRIO


DATA: 31/12/2002
SEQ.
AREA 1ª 2ª 3ª AUDITORIA
DOCUMENTO
LOCAL DE ATÉ CONTAGEM CONTAGEM CONTAGEM EXTERNA
ALMOXARIFADO 1 1000 JOSE NETO
ALMOXARIFADO 1001 2000 ANTONIO AUGUSTO
ALMOXARIFADO 2001 3000 PEDRO JOSE
PROCESSO 2 3001 4000 CRIS ANTONIO
PROCESSO 4 4001 5000 JULIO JULIO
RECEBIMENTO 5001 8000 NETO PEDRO
G.Q 8001 8050 AUGUSTO CRIS
Tabela 12 - Controle de contagem
Fonte: Cetam, Apostila de Técnicas e Métodos de Inventário (2011, p.39).

8.8.9 Realização do Inventário Geral


91

 Verificação do local
Avaliar antes do início da contagem física, visitando: Almoxarifado, Processo
e Expedição, com objetivo de assegurar condições apropriadas para realização do
Inventário Geral.
Deverão atentar para os seguintes pontos:
 Preenchimento dos formulários de corte de documentos;
 Colocação das fichas de contagem nos itens a serem inventariados;
 Garantia de visualização de todo material de difícil acesso e/ou má localização.
 Controle de fichas de contagem
As fichas de contagem se compõem de: Somente os Srs. A / B, poderão
emitir fichas de contagem e, exclusivamente, nos seguintes casos:
 Ausência de ficha para material existente;
 Ficha inicial danificada e ou rasurada.
Somente os Responsáveis Fiduciários poderão autorizar o cancelamento e a
substituição de fichas de contagem, quando for estritamente necessário,
certificando-se que:
 Todas as vias da ficha cancelada estão identificadas com a palavra
“CANCELADA”;
 A ficha substituída possui no verso o número da ficha cancelada e vice-versa;
 As fichas de contagem não utilizadas deverão ser devolvidas a mesa de controle
para input no Sistema de Inventário Geral. As fichas adicionais deverão obedecer
à sequência numérica da última ficha emitida.
 Fichas de contagem.
 Prateleira: Destinada a fixação ao material/produto estocado e inventariado;
 1ª Contagem: Destinada a anotação da primeira contagem;
 2ª Contagem Destinada à anotação da segunda contagem;
 3ª Contagem Destinada à anotação da terceira contagem (auditoria), quando
ocorrer divergência entre a primeira e segunda contagem.
O preenchimento da ficha de contagem deverá ser efetuado da esquerda
para a direita e eliminar os campos em branco com traço na horizontal e também de
forma clara, com uma boa caligrafia para não causar dúvidas no impute no sistema
de inventário. O inventariante deverá assinar seu nome e não rubricar.
A sua assinatura em qualquer ficha tem que ser legível para que todos
saibam quem a fez.
92

8.9 RECONCILIAÇÃO DAS DIVERGÊCIAS DE ESTOQUE

Para que possamos realizar as reconciliações nos estoque é necessário ter


alguns posicionamentos da alta administração, tais como:
1- Que todos os setores que tiverem divergências, terão que proceder às
justificativas significantes para cada uma delas.
2- Devem ser acertados fatores aceitáveis de diferença no inventário, isto é, uma
meta, em valor (R$).
3- Para todos os itens classe A, não devem ser ajustados os estoques sem
justificativas com fundamentos, desta forma estaremos fortalecendo a posição
da empresa junto à auditoria.

8.10 AJUSTE DO ESTOQUE

Estamos falando da ultima fase do inventário, quando as reconciliações são


aceitas, procede-se o ajuste nos estoque, tanto contábil quanto físico, pois as
variações podem ter ocorrido para maior (>) ou para menor (<) quantos aos saldos.
Quando do encerramento do ajuste, a coordenação do inventário emite um
relatório de fechamento, onde as posições são informadas.

8.12 CALCULANDO A ACURACIDADE

Para exemplificar a acuracidade dos estoques através do resultado do


inventário, supomos que o resultado do inventário seja conforme quadro abaixo:

Resultado do Inventário
SISTEMA FISICO
Nº VALOR VALOR VALOR
IT ITEM UNITÁRIO QTD. TOTAL QTD. TOTAL DIVERG.
1 P1 0,50 5000 2500,00 5000 2500,00 0
2 P2 1,00 5000 5000,00 5000 5000,00 0
3 P3 2,50 500 1250,00 485 1212,50 -15
4 P4 0,15 6000 900,00 5940 891,00 -60
5 P5 0,10 525 52,50 525 52,50 0
6 D5 0,12 1077 129,24 1077 129,24 0
7 D4 0,15 2015 302,25 2015 302,25 0
8 D1 3,20 325 1040,00 325 1040,00 0
9 B1 1,25 254 317,50 253 316,25 -1
10 B2 4,00 180 720,00 180 720,00 0
93

11 B3 3,25 945 3071,25 945 3071,25 0


12 B4 4,25 680 2890,00 680 2890,00 0
13 B5 0,25 3580 895,00 3580 895,00 0
14 C4 0,30 700 210,00 700 210,00 0
15 C0 0,75 1890 1417,50 1885 1413,75 -5
16 C5 0,90 200 180,00 195 175,50 -5
17 C3 1,20 1500 1800,00 1494 1792,80 -6
18 C2 1,25 1620 2025,00 1620 2025,00 0
19 Q1 4,50 381 1714,50 381 1714,50 0
20 Q2 2,80 672 1881,60 672 1881,60 0
TOTAL 33044 28296,34 32952 28233,14
Tabela 13 - Resultado do Inventário
Fonte: Cetam, Apostila de Técnicas e Métodos de Inventário (2011, p.42).

Acuracidade
Nº DE ITENS = Nº ITENS CORRETOS/ Nº TOTAL DE ITENS X 100
= 14 / 20 X 100 = 70%
QTD. DE ITENS = QTDE DE ITENS / QTD. TOTAL DE ITENS X100
= 32952 / 33044 X 100 = 99,72 %
VALOR FINANCEIRO = VALOR INVENTARIADO/ VALOR TOTAL X 100
= 28233,14 / 28296,34 X100 = 99,78 %
94

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Informatizados, Ieditora, São Paulo, 2002.

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