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Controle Dimensional e Geométrico


MEC162

EQUIPAMENTOS DE
CONTROLE DIMENSIONAL
E GEOMÉTRICO

Prof. Diego Darci Langaro.

Passo Fundo, 2017.


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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 3
Introdução
 Existem diversos tipos de sistemas de medição destinados às mais
variadas finalidades;

 A escolha adequada do sistema de medição é fundamental para qualquer


atividade de controle dimensional e geométrico;

 Para a escolha correta do sistema de medição é importante observarmos


alguns parâmetros, tais como: incerteza de medição associada ao
instrumento, resolução, tamanho da peça a ser medida, etc.

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Introdução
 Para minimizar os erros no momento da medição, devemos:
 Considerar os efeitos ambientais sobre o resultado da medição (a
temperatura normalizada para uma medição é de 20 °C);
 Manuseio do instrumento de medição (por exemplo, o usuário deve
controlar a força aplicada no manuseio de um instrumento);
 Procurar evitar o erro de paralaxe (observação errada da escala de um
instrumento, ângulo de observação incorreto);
 O mundo adotou o ‘metro’ como padrão para medições de comprimento,
surgindo assim instrumentos com as dimensões de seus submúltiplos e
múltiplos;
 Existem também instrumentos que medem em polegadas.

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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 6
Limites de Especificação e Intervalo de Tolerância
 Quando controlamos a qualidade a partir da mensuração de variáveis, a tolerância
representa a faixa de valores aceitáveis, enquanto que, os limites de especificação
representam os limites extremos da variável analisada.

 LIE: Limite Inferior de Especificação;


 LSE: Limite Superior de Especificação;
LIE LSE
Zona de Conformidade

X-t X X+t
IT
IT = LSE - LIE
 Se o valor da variável estiver dentro dos limites LIE e LSE, o componente é
aprovado pelo controle de qualidade;
 A faixa compreendida entre os limites LIE e LSE é denominada “Zona de
Conformidade”;
 O valor numérico da Zona de Conformidade é chamado de Intervalo de Tolerância
“IT”, sendo calculado através da diferença entre LSE e LIE. 7
Limites de Aceitação
 No controle de qualidade por variáveis as decisões são tomadas com base em
resultados de medições “RM” de características dos produtos;
 Qualquer RM está associado a incertezas (zona de dúvidas acerca do RM);
 Devido a isso, necessitamos de cuidados, para realizarmos a correta tomada de
decisões no controle de qualidade.
 Exemplo: medir a massa líquida de um saco de café, com tolerância de (500 ± 10)g
utilizando uma balança com incerteza de 4 g;
 Primeira mensuração: resultado base de 493 g, resultado de medição (493 ± 4)
g. Este saco de café está em conformidade com a tolerância?

493 g

LIE 500 g LSE


490 g 510 g

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Limites de Aceitação
 Segunda mensuração: resultado base de 502 g, resultado de medição (502 ± 4)
g. Este saco de café está em conformidade com a tolerância?
502 g

LIE 500 g LSE


490 g 510 g
 O conjunto de valores do RB, para os quais todo RM permanece integralmente
dentro da “Zona de Conformidade” é denominado “Zona de Aceitação”, sendo que
seus limites são chamados de Limite Inferior de Aceitação LIA e Limite Superior de
Aceitação LSA; 494 g 506 g
LIE LIA LSA LSE

LIA = LIE + IM 490 g 500 g 510 g


LSA = LSE - IM
IM = IT/10 Zona de Aceitação 9
Limites de Rejeição
 Os produtos que não estiverem dentro da zona de aceitação serão rejeitados,
conforme o controle de qualidade;

 Entre os produtos rejeitados há alguns que claramente não atendem as


especificações, outros permanecem próximos dos limites de especificação,
deixando dúvidas se atendem ou não as especificações;

 Os limites de rejeição definem as faixas nas quais não há dúvidas de que o produto
não obedece a tolerância.

Zona de Zona de Zona de Zona de


Zona de Aceitação
Rejeição Dúvida Dúvida Rejeição

LIR LIA LSA LSR


LIE LSE

IM IM IM IM

𝐋𝐈𝐑 = 𝐋𝐈𝐄 − 𝐈𝐌 𝐋𝐒𝐑 = 𝐋𝐒𝐄 + 𝐈𝐌


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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 11
Paquímetros
 Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza
um cursor;

 É utilizado para medir rebaixos, dimensões lineares internas e externas,


além de profundidade de uma peça.

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Paquímetros
 A norma ABNT NBR NM 216:2000 especifica os requisitos principais para
as características construtivas, dimensionais e de desempenho de
paquímetros com várias faixas de medição.

 Aspectos a considerar:
 Resolução (menor variação da
grandeza medida que causa uma
variação perceptível a indicação
correspondente);
𝑈𝐸𝐹
𝑅=
𝑁𝐷𝑁

 Principais tipos:

 Paquímetro universal:

 Mais utilizado;
 150 mm de abertura;
 Exatidão de 0,05 mm ou
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0,02 mm.
Paquímetros
 Principais tipos:
 Paquímetro digital universal:

 Paquímetro digital de profundidade:

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Paquímetros
 Principais tipos:
 Paquímetro para serviços pesados:

 Leitura:
 Resposta: 12,65 mm

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Paquímetros
 Principais técnicas de medição com paquímetro:
 A pressão entre a peça e os encostos deve ser leve;
 Para medições de peças prismáticas, a peça deve ficar perpendicular
aos encostos fixo e móvel do instrumento;
 Evitar apoiar a peça nas pontas dos encostos (desgaste);
 Para medir peças circulares deve-se apoiar a mesma na parte central
dos encostos.

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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 17
Micrômetros
 Baseia-se no deslocamento de um parafuso rosqueado a uma porca fixa de
ajuste;

 Cada volta corresponde a um avanço do parafuso no sentido axial;

 Possibilitam leituras mais exatas que os paquímetros, geralmente da


ordem de 0,01 a 0,001 mm, possuindo várias formas e tamanhos;

 A ABNT NBR NM ISO 3611:1997 (Micrômetro para medições externas)


especifica características dimensionais, funcionais e qualitativas dos
micrômetros para medições externas.

 Aspectos a considerar:

 Resolução:

𝑈𝐸𝐹
𝑅=
𝑁𝐷𝑁
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Micrômetros
 Faixas de Medição:
 0 a 25 mm;
 25 a 50 mm;
 50 a 75 mm;
 Podendo chegar a mais de 2000 mm.

 Principais técnicas:
 Ajuste do ‘zero’ do micrômetro, limpando a sujeira das pontas de
contato;
 Utilizando a chave de ajuste, girar o cilindro até que o traço do ‘zero’
da bainha coincida com o ‘zero’ do tambor;
 Não forçar as pontas de contato contra a peça;
 Quando o micrômetro estiver apoiado na peça, deve-se dar três voltas
na catraca para dar o ajuste fino;
 Se possível realizar a medição em ambiente climatizado;
 Em medições de peças prismáticas, os contatos devem ficar
perpendiculares a superfície da peça. 19
Micrômetros
 Alguns tipos de micrômetros:
 Micrômetro externo digital:  Micrômetro digital de medição de
profundidade:

 Micrômetro tipo paquímetro  Micrômetro interno com três contatos:


para medições internas:

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Micrômetros
 Alguns tipos de micrômetros:

 Micrômetro extragrande  Micrômetro externo com contato em forma


tubular: de V para medição de ferramentas de corte
como: fresas de topo, macho, alargadores,
etc.:

 Micrômetro para caldeiraria (mede


espessuras de paredes em locais de difícil
acesso):

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Micrômetros
 Partes de um micrômetro:

 Leitura:
 Resposta: 21,905 mm

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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 23
Relógios Comparadores
 Baseia-se na comparação entre a posição de um elemento e de um
segundo elemento tomado como referência;
 As diferenças indicadas no relógio comparador, pela ponta de contato, são
amplificadas mecanicamente e movimentam o ponteiro rotativo diante da
escala;
 Quando posiciona-se a ponta de contato do fuso sobre uma superfície, ele
movimenta-se verticalmente, assim a leitura indica a posição da ponta de
contato;
 Limitadores de tolerância:
 São referências móveis;
 Permitem rápida inspeção de
grandes lotes de peças.

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Relógios Comparadores
 Os modelos mais utilizados possuem resolução de 0,01 mm;
 O curso do relógio pode variar de acordo com o modelo, os mais comuns
são: 1 mm, 5 mm e 10 mm;

 Principais aplicações:
 Alinhamento e centragem de peças em máquinas;

 Verificação de excentricidade de peças;

 Verificação de paralelismo entre faces;

 Medições internas;

 Medições de detalhes de difícil acesso;

 Verificação de planeza e simetria;

 Entre outras.
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Relógios Comparadores
 Exemplo de aplicação:

 Indicação da figura:
 Peça montada na castanha de um
torno mecânico;
 A peça é centralizada a partir da
utilização de um relógio
comparador.
 Centragem de peças no torno:
 Fixar o instrumento em uma base
magnética;
 Montagem feita para que a peça
possa girar;
 O contato peça/ponta de contato
possibilita a verificação de
excentricidade dessa peça.

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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 27
Calibres
 São padrões geométricos largamente utilizados na indústria metal-mecânica;

 Na fabricação de peças sujeitas a ajustes, as respectivas dimensões tem


tolerâncias de fabricação fixadas em projeto, sendo qualificadas através da
utilização de calibradores tipo ‘passa/ não passa’, por exemplo;

 A ABNT NBR 6406:1980 fixa os princípios e as características construtivas dos


calibradores usados na verificação de peças fabricadas segundo a ABNT NBR
6158:1995.

 São divididos em três grupos:


 Calibradores de fabricação para dimensões limites: usados na
verificação de peças;
 Calibradores de referência e contracalibradores: usados no controle e
regulagem de calibradores;
 Blocos padrão: usados para verificar outros tipos de calibradores e para
aferir instrumentos de medição por leitura;

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Calibres
 Há uma infinidade de calibradores, para as mais variadas finalidades;
 Mais comuns são:
 Calibradores de boca;
 Calibradores tampão;

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Calibres
 A norma ABNT NBR 6406:1980 estabelece critérios para o cálculo de
calibradores de fabricação, levando em consideração se eles serão usados para
medidas internas ou externas;

 Considera também os cálculos para dimensões até 180 mm e acima de 180


mm.

 Outro ponto considerado é se o calibrador é usado ou é novo;

 O comprimento do lado ‘Passa’ do calibrador deve ser igual ao comprimento


de ajustagem da peça;

 O lado ‘Não Passa’ deve apalpar a peça em dois pontos opostos;

 No caso de calibradores de dimensões internas (furos) até 180 mm, calcula-se


as dimensões desses calibradores por:
𝑯 𝑯
𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑵ã𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑳𝑵𝑷 = 𝑫𝒎𝒂𝒙 ± 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑵𝒐𝒗𝒐 𝑳𝑷𝑵 = 𝑫𝒎𝒊𝒏 + 𝒛 ±
𝟐 𝟐
𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑼𝒔𝒂𝒅𝒐 𝑳𝑷𝑼 = 𝑫𝒎𝒊𝒏 − 𝒚 30
Calibres
 Exemplo: Calcular as dimensões de um calibrador tampão (dimensões
internas) com a especificação 23,800H7.
𝑯 𝑯
𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑵ã𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑳𝑵𝑷 = 𝑫𝒎𝒂𝒙 ± 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑵𝒐𝒗𝒐 𝑳𝑷𝑵 = 𝑫𝒎𝒊𝒏 + 𝒛 ±
𝟐 𝟐

𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑼𝒔𝒂𝒅𝒐 𝑳𝑷𝑼 = 𝑫𝒎𝒊𝒏 − 𝒚

Dmax=dimensão máxima do furo (mm);


Dmin=dimensão mínima do furo (mm);
z=valor tabelado em micrometros, a ser acrescentado no calibrador;
H=tolerância de fabricação do calibrador (mm);
y=tolerância de desgaste do calibrador (mm).

Observação: os valores de H/2, z e y são dados contidos na tabela 2 da norma


ABNT NBR 6409:1980.

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Calibres
 No caso de calibradores de dimensões externas (eixos) até 180 mm, calcula-se
as dimensões desses calibradores por:
𝑯𝟏 𝑯𝟏
𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑵ã𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑳𝑵𝑷 = 𝒅𝒎𝒊𝒏 ± 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑵𝒐𝒗𝒐 𝑳𝑷𝑵 = 𝒅𝒎𝒂𝒙 − 𝒛𝟏 ±
𝟐 𝟐

𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑼𝒔𝒂𝒅𝒐 𝑳𝑷𝑼 = 𝒅𝒎𝒂𝒙 + 𝒚𝟏

 Exemplo: Calcular as dimensões de um calibrador de boca (externo) com a


especificação 92,500h8.

dmax=dimensão máxima do eixo (mm);


dmin=dimensão mínima do eixo (mm);
z1=valor tabelado em micrometros, a ser subtraído na dimensão do calibrador;
H1=tolerância de fabricação do calibrador (mm);
y1=tolerância de desgaste do calibrador (mm).

Observação: os valores de H1/2, z1 e y1 são dados contidos na tabela 1 da norma


ABNT NBR 6409:1980.

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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 33
Blocos Padrão
 A definição do metro é utilizada para estabelecer o comprimento físico dos
padrões com exatidão de 0,00003 mm (um milionésimo de polegada), sendo
os mesmos chamados de blocos padrão;

 Blocos padrão de precisão são padrões primários utilizados no controle da


qualidade dimensional na fabricação de elementos intercambiáveis;

 São usados também para calibrar instrumentos de medição e também para


ajustar calibradores por comparação;

 A ABNT NBR NM 215, de fevereiro de 2000 define o bloco padrão como um


bloco de seção retangular fabricado com um material resistente ao desgaste,
com as superfícies planas e paralelas entre si

 Podem ser feitos de aço liga de boa estabilidade dimensional, metal duro
(carbonetos sinterizados de alta resistência ao desgaste), cerâmica à base de
zircônio (maior estabilidade dimensional que nos aços liga), entre outros.
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Blocos Padrão
 Exemplo de jogo de blocos padrão contendo 114 peças:
 2 blocos padrão protetores de 2,00 mm de espessura;
 1 bloco padrão de 1,0005 mm;
 9 blocos padrão de 1,001; 1,002; 1,003...1,009 mm;
 49 blocos padrão de 1,01; 1,02; 1,03...1,49 mm;
 49 blocos padrão de 0,50; 1,00; 1,50; 2,00...24,5 mm;
 4 blocos padrão de 25, 50, 75 e 100 mm.

 É possível inúmeras dimensões


através da combinação desses
blocos (técnica do
empilhamento);

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Blocos Padrão
 A fabricação de blocos-padrão é feita de acordo com quatro classes definidas
pela ISO em função da exatidão requerida:
00 Aplicações científicas e calibração de outros blocos-padrão .
Calibração de blocos-padrão destinados à inspeção e calibração de
0
instrumentos de medição .
1 Inspeção e ajuste de instrumentos de medição .
2 Uso geral em ferramentaria.

 Os blocos padrão, apesar de serem fabricados em condições muito rígidas,


apresentam desvios em relação à dimensão nominal, assim as montagens
devem ser feitas utilizando o menor número possível de peças.

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Blocos Padrão
 Exemplo: Uma empresa dispõe de um conjunto de blocos padrão classe 1,
como apresentado no slide 30. Quais os blocos padrão que devem ser
utilizados para calibrar um instrumento de medição com uma medida de
referência de 20,002 mm?

 Solução:
 Inicialmente, adotam-se dois blocos protetores que devem ser
posicionados na base e no topo da montagem somando 4 mm;
 Atinge-se a medida requerida com o menor número de blocos
possíveis;
 Os 16,002 mm restantes podem ser obtidos com um bloco de 15 mm
e outro de 1,002 mm.

20,002 mm

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Blocos Padrão
 Exemplo: Utilizando os dados do exercício anterior determine a tolerância total
da montagem de blocos padrão.
 Solução:
 O jogo de blocos padrão é da
classe 1;
 Consulta-se a tabela 8.2 do
livro base e encontra-se os
afastamentos;
 A tolerância total é a região
que compreende os dois
afastamentos (inferior e
superior).
BP (mm) As Ai
2 +0,20 -0,20
2 +0,20 -0,20
15 +0,30 -0,30
1,002 +0,20 -0,20
+0,90 -0,90  A tolerância total é ± 0,90 μm 38
Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 39
Projetores de Perfil
 Utilizados para medição de peças pequenas, devido a dificuldade de manusear
e medir as mesmas com instrumentos convencionais;

 Também são chamados de comparadores ópticos;

 Possibilitam uma vasta gama de funções:


 Comparar as especificações de um desenho sobreposto a tela com
silhueta projetada;

 Mede automaticamente componentes que necessitam tolerâncias


apertadas para severas especificações;

 Inspeciona peças combinadas em níveis críticos na fase final de retífica na


produção;

 A imagem vertical, a tela de grande diâmetro e a capacidade de avanço da


mesa, aliadas a elevados graus de exatidão , beneficiam o operador,
eliminando erros e diminuindo o tempo de inspeção.
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Projetores de Perfil
 Funcionamento:
 Projeção de uma luz sobre
determinado objeto;

 Através de lentes apropriadas a


imagem é projetada em uma tela
de vidro, que além de ampliá-la
pode mostrar detalhes
construtivos;

 A ampliação da imagem pode


chegar a até 100 vezes;

 O projetor de perfil pode ser


utilizado também na medição
angular ou de roscas.
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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 42
Microscópios de Medição
 Utilizados para medição de peças através da
ampliação das suas imagens;

 Os mais simples dispõe de uma mesa com


tampo de vidro onde a peça é posicionada;

 Os deslocamentos da mesa no sentido


longitudinal e transversal são medidos através
da leitura de escalas micrométricas ou réguas
padrão;

 A visualização é feita por um microscópio


posicionado sobre a mesa;

 O foco ideal é obtido através do deslocamento


vertical do conjunto óptico.

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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 44
Máquinas Tridimensionais de Medição
 A medição em três dimensões foi possível a partir do desenvolvimento das
máquinas tridimensionais, que realizam medições em três eixos;
 Os sensores percorrem os contornos da peça enquanto as coordenadas da sua
posição são registradas em relação aos eixos ‘xyz’;

 São constituídas
basicamente de uma mesa
de granito;
 Duas colunas verticais;
 Travessão horizontal;
 Conjunto de medição
apoiado ao travessão
horizontal;

45
Máquinas Tridimensionais de Medição
 Vantagens:
 Maior exatidão;
 Rapidez;
 Programação de operações de medição;
 Análise dados através de software;
 Funcionamento integrado a máquinas operatrizes CNC e sistemas
robotizados;
 A medição de grandes lotes de peças pode ser programada e repetida
inúmeras vezes.

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Agenda
 Introdução;

 Limites de Especificação, Aceitação e Rejeição;

 Paquímetros;

 Micrômetros;

 Relógios Comparadores;

 Calibres;

 Blocos-padrão;

 Projetores de Perfil;

 Microscópios de Medição;

 Máquinas Tridimensionais de Medição;

 Conclusões e Recomendações. 47
Conclusões e Recomendações
 Para realizar a escolha correta de um instrumento de medição é necessário o
conhecimento das características metrológicas e operacionais do mesmo.

 Também, deve-se considerar aspectos técnicos, logísticos e econômicos.

 Há no mercado uma gama imensa de instrumentos e sistemas de medição, onde


os mesmos atendem a necessidade de medição de inúmeras grandezas.

 Nesta apresentação foram abordados os instrumentos mais comuns e de maior


relevância para que em conjunto com outros temas abordados na disciplina,
possamos realizar o controle de dimensões e geometrias de elementos
manufaturados.

48
Bibliografia
 GUIMARÃES, Vagner Alves. Controle dimensional e geométrico: uma introdução
à metrologia industrial. Editora UPF, 1999.

 SILVA NETO, João Cirilo da. Metrologia e Controle Dimensional. Editora Elsevier,
2012.

 AGOSTINHO, O. L.. Tolerâncias, Ajustes, Desvios e Análise de Dimensões. Editora


Edgard Blücher, 1977.

 Site: www.abnt.org.br.

 STARRETT: Catálogo geral da empresa. Disponível em : www.starrett.com.br.

 ALBERTAZZI JR., A.; SOUZA, A. R.. Slides do Livro Fundamentos de Metrologia


Científica e Industrial. Editora Manole, 2008.

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