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EQUIPAMENTOS DE
CONTROLE DIMENSIONAL
E GEOMÉTRICO
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 3
Introdução
Existem diversos tipos de sistemas de medição destinados às mais
variadas finalidades;
4
Introdução
Para minimizar os erros no momento da medição, devemos:
Considerar os efeitos ambientais sobre o resultado da medição (a
temperatura normalizada para uma medição é de 20 °C);
Manuseio do instrumento de medição (por exemplo, o usuário deve
controlar a força aplicada no manuseio de um instrumento);
Procurar evitar o erro de paralaxe (observação errada da escala de um
instrumento, ângulo de observação incorreto);
O mundo adotou o ‘metro’ como padrão para medições de comprimento,
surgindo assim instrumentos com as dimensões de seus submúltiplos e
múltiplos;
Existem também instrumentos que medem em polegadas.
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Agenda
Introdução;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 6
Limites de Especificação e Intervalo de Tolerância
Quando controlamos a qualidade a partir da mensuração de variáveis, a tolerância
representa a faixa de valores aceitáveis, enquanto que, os limites de especificação
representam os limites extremos da variável analisada.
X-t X X+t
IT
IT = LSE - LIE
Se o valor da variável estiver dentro dos limites LIE e LSE, o componente é
aprovado pelo controle de qualidade;
A faixa compreendida entre os limites LIE e LSE é denominada “Zona de
Conformidade”;
O valor numérico da Zona de Conformidade é chamado de Intervalo de Tolerância
“IT”, sendo calculado através da diferença entre LSE e LIE. 7
Limites de Aceitação
No controle de qualidade por variáveis as decisões são tomadas com base em
resultados de medições “RM” de características dos produtos;
Qualquer RM está associado a incertezas (zona de dúvidas acerca do RM);
Devido a isso, necessitamos de cuidados, para realizarmos a correta tomada de
decisões no controle de qualidade.
Exemplo: medir a massa líquida de um saco de café, com tolerância de (500 ± 10)g
utilizando uma balança com incerteza de 4 g;
Primeira mensuração: resultado base de 493 g, resultado de medição (493 ± 4)
g. Este saco de café está em conformidade com a tolerância?
493 g
8
Limites de Aceitação
Segunda mensuração: resultado base de 502 g, resultado de medição (502 ± 4)
g. Este saco de café está em conformidade com a tolerância?
502 g
Os limites de rejeição definem as faixas nas quais não há dúvidas de que o produto
não obedece a tolerância.
IM IM IM IM
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 11
Paquímetros
Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza
um cursor;
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Paquímetros
A norma ABNT NBR NM 216:2000 especifica os requisitos principais para
as características construtivas, dimensionais e de desempenho de
paquímetros com várias faixas de medição.
Aspectos a considerar:
Resolução (menor variação da
grandeza medida que causa uma
variação perceptível a indicação
correspondente);
𝑈𝐸𝐹
𝑅=
𝑁𝐷𝑁
Principais tipos:
Paquímetro universal:
Mais utilizado;
150 mm de abertura;
Exatidão de 0,05 mm ou
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0,02 mm.
Paquímetros
Principais tipos:
Paquímetro digital universal:
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Paquímetros
Principais tipos:
Paquímetro para serviços pesados:
Leitura:
Resposta: 12,65 mm
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Paquímetros
Principais técnicas de medição com paquímetro:
A pressão entre a peça e os encostos deve ser leve;
Para medições de peças prismáticas, a peça deve ficar perpendicular
aos encostos fixo e móvel do instrumento;
Evitar apoiar a peça nas pontas dos encostos (desgaste);
Para medir peças circulares deve-se apoiar a mesma na parte central
dos encostos.
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Agenda
Introdução;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 17
Micrômetros
Baseia-se no deslocamento de um parafuso rosqueado a uma porca fixa de
ajuste;
Aspectos a considerar:
Resolução:
𝑈𝐸𝐹
𝑅=
𝑁𝐷𝑁
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Micrômetros
Faixas de Medição:
0 a 25 mm;
25 a 50 mm;
50 a 75 mm;
Podendo chegar a mais de 2000 mm.
Principais técnicas:
Ajuste do ‘zero’ do micrômetro, limpando a sujeira das pontas de
contato;
Utilizando a chave de ajuste, girar o cilindro até que o traço do ‘zero’
da bainha coincida com o ‘zero’ do tambor;
Não forçar as pontas de contato contra a peça;
Quando o micrômetro estiver apoiado na peça, deve-se dar três voltas
na catraca para dar o ajuste fino;
Se possível realizar a medição em ambiente climatizado;
Em medições de peças prismáticas, os contatos devem ficar
perpendiculares a superfície da peça. 19
Micrômetros
Alguns tipos de micrômetros:
Micrômetro externo digital: Micrômetro digital de medição de
profundidade:
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Micrômetros
Alguns tipos de micrômetros:
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Micrômetros
Partes de um micrômetro:
Leitura:
Resposta: 21,905 mm
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Agenda
Introdução;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 23
Relógios Comparadores
Baseia-se na comparação entre a posição de um elemento e de um
segundo elemento tomado como referência;
As diferenças indicadas no relógio comparador, pela ponta de contato, são
amplificadas mecanicamente e movimentam o ponteiro rotativo diante da
escala;
Quando posiciona-se a ponta de contato do fuso sobre uma superfície, ele
movimenta-se verticalmente, assim a leitura indica a posição da ponta de
contato;
Limitadores de tolerância:
São referências móveis;
Permitem rápida inspeção de
grandes lotes de peças.
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Relógios Comparadores
Os modelos mais utilizados possuem resolução de 0,01 mm;
O curso do relógio pode variar de acordo com o modelo, os mais comuns
são: 1 mm, 5 mm e 10 mm;
Principais aplicações:
Alinhamento e centragem de peças em máquinas;
Medições internas;
Entre outras.
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Relógios Comparadores
Exemplo de aplicação:
Indicação da figura:
Peça montada na castanha de um
torno mecânico;
A peça é centralizada a partir da
utilização de um relógio
comparador.
Centragem de peças no torno:
Fixar o instrumento em uma base
magnética;
Montagem feita para que a peça
possa girar;
O contato peça/ponta de contato
possibilita a verificação de
excentricidade dessa peça.
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Agenda
Introdução;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 27
Calibres
São padrões geométricos largamente utilizados na indústria metal-mecânica;
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Calibres
Há uma infinidade de calibradores, para as mais variadas finalidades;
Mais comuns são:
Calibradores de boca;
Calibradores tampão;
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Calibres
A norma ABNT NBR 6406:1980 estabelece critérios para o cálculo de
calibradores de fabricação, levando em consideração se eles serão usados para
medidas internas ou externas;
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Calibres
No caso de calibradores de dimensões externas (eixos) até 180 mm, calcula-se
as dimensões desses calibradores por:
𝑯𝟏 𝑯𝟏
𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑵ã𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑳𝑵𝑷 = 𝒅𝒎𝒊𝒏 ± 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒔𝒔𝒂 𝑵𝒐𝒗𝒐 𝑳𝑷𝑵 = 𝒅𝒎𝒂𝒙 − 𝒛𝟏 ±
𝟐 𝟐
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Agenda
Introdução;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 33
Blocos Padrão
A definição do metro é utilizada para estabelecer o comprimento físico dos
padrões com exatidão de 0,00003 mm (um milionésimo de polegada), sendo
os mesmos chamados de blocos padrão;
Podem ser feitos de aço liga de boa estabilidade dimensional, metal duro
(carbonetos sinterizados de alta resistência ao desgaste), cerâmica à base de
zircônio (maior estabilidade dimensional que nos aços liga), entre outros.
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Blocos Padrão
Exemplo de jogo de blocos padrão contendo 114 peças:
2 blocos padrão protetores de 2,00 mm de espessura;
1 bloco padrão de 1,0005 mm;
9 blocos padrão de 1,001; 1,002; 1,003...1,009 mm;
49 blocos padrão de 1,01; 1,02; 1,03...1,49 mm;
49 blocos padrão de 0,50; 1,00; 1,50; 2,00...24,5 mm;
4 blocos padrão de 25, 50, 75 e 100 mm.
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Blocos Padrão
A fabricação de blocos-padrão é feita de acordo com quatro classes definidas
pela ISO em função da exatidão requerida:
00 Aplicações científicas e calibração de outros blocos-padrão .
Calibração de blocos-padrão destinados à inspeção e calibração de
0
instrumentos de medição .
1 Inspeção e ajuste de instrumentos de medição .
2 Uso geral em ferramentaria.
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Blocos Padrão
Exemplo: Uma empresa dispõe de um conjunto de blocos padrão classe 1,
como apresentado no slide 30. Quais os blocos padrão que devem ser
utilizados para calibrar um instrumento de medição com uma medida de
referência de 20,002 mm?
Solução:
Inicialmente, adotam-se dois blocos protetores que devem ser
posicionados na base e no topo da montagem somando 4 mm;
Atinge-se a medida requerida com o menor número de blocos
possíveis;
Os 16,002 mm restantes podem ser obtidos com um bloco de 15 mm
e outro de 1,002 mm.
20,002 mm
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Blocos Padrão
Exemplo: Utilizando os dados do exercício anterior determine a tolerância total
da montagem de blocos padrão.
Solução:
O jogo de blocos padrão é da
classe 1;
Consulta-se a tabela 8.2 do
livro base e encontra-se os
afastamentos;
A tolerância total é a região
que compreende os dois
afastamentos (inferior e
superior).
BP (mm) As Ai
2 +0,20 -0,20
2 +0,20 -0,20
15 +0,30 -0,30
1,002 +0,20 -0,20
+0,90 -0,90 A tolerância total é ± 0,90 μm 38
Agenda
Introdução;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 39
Projetores de Perfil
Utilizados para medição de peças pequenas, devido a dificuldade de manusear
e medir as mesmas com instrumentos convencionais;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 42
Microscópios de Medição
Utilizados para medição de peças através da
ampliação das suas imagens;
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Agenda
Introdução;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 44
Máquinas Tridimensionais de Medição
A medição em três dimensões foi possível a partir do desenvolvimento das
máquinas tridimensionais, que realizam medições em três eixos;
Os sensores percorrem os contornos da peça enquanto as coordenadas da sua
posição são registradas em relação aos eixos ‘xyz’;
São constituídas
basicamente de uma mesa
de granito;
Duas colunas verticais;
Travessão horizontal;
Conjunto de medição
apoiado ao travessão
horizontal;
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Máquinas Tridimensionais de Medição
Vantagens:
Maior exatidão;
Rapidez;
Programação de operações de medição;
Análise dados através de software;
Funcionamento integrado a máquinas operatrizes CNC e sistemas
robotizados;
A medição de grandes lotes de peças pode ser programada e repetida
inúmeras vezes.
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Agenda
Introdução;
Paquímetros;
Micrômetros;
Relógios Comparadores;
Calibres;
Blocos-padrão;
Projetores de Perfil;
Microscópios de Medição;
Conclusões e Recomendações. 47
Conclusões e Recomendações
Para realizar a escolha correta de um instrumento de medição é necessário o
conhecimento das características metrológicas e operacionais do mesmo.
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Bibliografia
GUIMARÃES, Vagner Alves. Controle dimensional e geométrico: uma introdução
à metrologia industrial. Editora UPF, 1999.
SILVA NETO, João Cirilo da. Metrologia e Controle Dimensional. Editora Elsevier,
2012.
Site: www.abnt.org.br.