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CONTROLE ESTATÍSTICO DO

PROCESSO
MEC162/MEC009

Prof. Diego Darci Langaro.

Passo Fundo, 2017. 1


© COPYRIGHT 1
Agenda
 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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Introdução ao Controle Estatístico
do Processo
 Na década de 1930, Walter A. Shewhart começou a pôr em prática nas
fábricas alguns conceitos básicos de estatística e metodologia científica.

 Surgiu assim o ‘Controle Estatístico do Processo’, fundindo conceitos


estatísticos à realidade produtiva da empresa;

 Propôs também o Ciclo PDCA (plan-do-check-act), o qual direcionava


as atividades de análise e solução de problemas.

 Surgiram também:

 Sistema de Medidas;

 Ferramentas de Controle Estatístico do Processo;

 Normas Específicas da Área;

 Técnicas de Amostragem (↓ Custos de Inspeção). 1891 - 1967


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Agenda
 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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Modelo Geral da Gestão da
Qualidade x CEP
Estratégico

Histórico e Perspectiva
Estratégica da Qualidade
Princípios
Gerenciamento

Sustentabilidade
das Diretrizes
TQM/Seis Sigma/ISO 9000

Serviço
Tático

Gestão por
Processos
Sistemas
Operacional

Gerenciamento Custos da Ferramentas da


CEP
da Rotina Qualidade Qualidade

Ferramentas

Geral Específico
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Agenda
 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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Qualidade Percebida pelo
Cliente x CEP
 O CEP é um método aplicado durante a produção para
supervisionar a qualidade do produto e controlar os
processos de fabricação.
 Alavanca da qualidade:

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 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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Melhoria Contínua da Qualidade
x CEP
 Melhoria da qualidade significa a eliminação sistemática de
desperdícios;
 O CEP proporciona na organização a busca pela melhoria contínua da
qualidade e da produtividade por meio da redução sistemática da
variabilidade.

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Agenda
 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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Análise dos Processos de
Fabricação
 O processo é considerado ‘sob controle’ quando as variações da
qualidade do produto forem atribuídas somente a causas aleatórias e
variarem dentro de certos limites.

 Causas aleatórias: são causas não identificáveis e


naturais.

 O processo é considerado ‘fora de controle’ quando as variações da


qualidade do produto forem atribuídas a fatores identificáveis e variarem
além dos limites aceitáveis.

 A ideia neste caso é solucionar os problemas no menor


tempo possível.

 O principal instrumento para a detecção de oscilações na linha de fabricação


são os gráficos de controle. 11
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Agenda
 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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Gráficos de Controle
 São elementos visuais para o monitoramento da
conformidade de características (mensuráveis ou não) dos
produtos e processos.

 Foram desenvolvidos para a determinação dos limites


aceitáveis de peças fora das especificações.

 Fases dos gráficos de controle (GC):

 1 – Montagem do G.C. (levantamento de dados e cálculo


das estatísticas envolvidas);

 2 – Monitoramento do processo a partir de novos


levantamentos de dados (geralmente mês a mês).
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Gráficos de Controle
 Dois grupos de gráfico de controle são encontrados na
literatura da área:

 1° – Gráficos para Variáveis Mensuráveis ‘GCVM’;

 2° – Gráficos para Atributos ‘GA’.

 G. C. para Variáveis Mensuráveis: são utilizados quando se


trabalhada com uma característica de qualidade que pode ser
expressa como uma medida.

 G. C. para Atributos: apenas contam-se as peças não-


conformes ou o número de defeitos, são implantados primeiro
que os GCVM e a amostragem é mais econômica.
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Gráficos de Controle
 O desvio-padrão ‘S’ é uma medida de dispersão, a qual mostra como os
dados se espelham ao redor da média.

𝟐 𝟐
𝐗𝐢 − 𝐗 𝐗𝐢 − 𝐗
𝐒= 𝐒𝟐 =
𝐧−𝟏 𝐧−𝟏
 Na área de CEP o ‘S’ pode ser estimado através de simplificações
desenvolvidas por Shewhart (desvio-padrão de Shewhart, com valores
de d2 tabelados).
𝑹 Facilita o trabalho em chão de
𝐒=
𝒅𝟐 fábrica.
 Um conceito para os G.C. é o desvio-padrão de uma coleção de médias,
ou erro-padrão como é chamado (define a posição dos limites de controle).
𝐑
𝐝
𝐒𝐗 = 𝟐
𝐧
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Gráficos de Controle
 Tabela de coeficientes para transformação do desvio-padrão:
Tamanho da amostra = n
n d2 B3 (S) B4 (S) D3 (R) D4 (R) A2 ( 𝐗 )
2 1,128 0 3,267 0 3,267 1,88
3 1,693 0 2,568 0 2,575 1,023
4 2,059 0 2,266 0 2,282 0,729
5 2,326 0 2,089 0 2,115 0,577
6 2,534 0,03 1,97 0 2,004 0,483
7 2,704 0,118 1,882 0,076 1,924 0,419
8 2,847 0,185 1,815 0,136 1,864 0,373
9 2,97 0,239 1,761 0,184 1,816 0,337
10 3,078 0,284 1,716 0,223 1,777 0,308
11 3,173 0,321 1,679 0,256 1,744 0,285
12 3,258 0,354 1,646 0,284 1,716 0,266
13 3,336 0,382 1,618 0,308 1,692 0,249
14 3,407 0,406 1,594 0,329 1,671 0,235
15 3,472 0,428 1,572 0,348 1,652 0,223
20 3,735 0,51 1,49 0,414 1,586 0,18
25 3,931 0,565 1,435 0,459 1,541 0,153
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© COPYRIGHT 16
Gráficos de Controle
 Exemplo de gráfico de controle:
Valor médio Problema (sob efeito de alguma causa especial)
da amostra Média/Alvo(Valor nominal)
Zona 2
μ + 3σ LCS

Zona 1
μ

Zona 1

μ - 3σ
LCI
Média dos Problema Zona 2
subgrupos

Número da amostra no tempo


 Tradicionalmente as linhas de controle ficam numa distância de três
desvios-padrão da média ou alvo o processo. 17
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Agenda
 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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© COPYRIGHT 18
Gráfico da Média 𝐗
 Com este gráfico costuma-se monitorar tanto o valor médio
de uma característica que pode ser expressa como uma
medida;
 Na indústria é comum atualizá-lo de mês em mês, excluindo os
subgrupos que apresentam influência de causas especiais;
 Fórmulas utilizadas no desenvolvimento do gráfico da média
𝐗:
𝐋𝐒𝐂 = 𝐗 + 𝐀𝟐 ∗ 𝐑

𝐋𝐂 = 𝐗

𝐋𝐈𝐂 = 𝐗 − 𝐀𝟐 ∗ 𝐑
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Gráfico da Amplitude R
 Utilizado na primeira fase de implantação dos G.C., quando os
processos estão bastante instáveis, monitorando a
variabilidade;
 Os coeficientes D3 e D4 convertem 𝐑 em limites de controle;
 Fórmulas utilizadas no desenvolvimento do gráfico da
amplitude R:
𝐑 = 𝐗 𝐦𝐚𝐱 − 𝐗 𝐦𝐢𝐧

𝐋𝐒𝐂 = 𝐃𝟒 ∗ 𝐑

𝐋𝐂 = 𝐑

𝐋𝐈𝐂 = 𝐃𝟑 ∗ 𝐑
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© COPYRIGHT 20
Gráfico do Desvio-padrão S
 Também utilizado na primeira fase de implantação dos G.C.,
sendo apropriado quando os subgrupos da amostra tem
tamanho maior que 10;
 Os coeficientes B3 e B4 transformam a média dos desvios-
padrão dos pequenos subgrupos em estimativas mais
representativas do desvio-padrão da população;
 Fórmulas utilizadas para o G.C. S:

𝐋𝐒𝐂 = 𝐁𝟒 ∗ 𝐒

𝐗𝐢 − 𝐗 𝟐
𝐋𝐂 = 𝐒 𝐒=
𝐧−𝟏

𝐋𝐈𝐂 = 𝐁𝟑 ∗ 𝐒
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© COPYRIGHT 21
Gráfico de Controle Individual Xi
 Este tipo de gráfico é utilizado quando os subgrupos tem
apenas 1 elemento;
 Como definir a variabilidade tendo apenas 1 elemento por
subgrupo?
 Trabalha-se com a amplitude móvel AM, que é a
diferença entre duas medições sequenciais.
 Fórmulas utilizadas no desenvolvimento do gráfico Xi:
𝐀𝐌
𝐋𝐒𝐂 = 𝐗 𝐢 + 𝟑 ∗
𝐝𝟐
𝐋𝐂 = 𝐗 𝐢

𝐀𝐌
𝐋𝐈𝐂 = 𝐗 𝐢 − 𝟑 ∗
𝐝𝟐
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© COPYRIGHT 22
Gráfico de Controle da Amplitude
Móvel AM
 Os conceitos inerentes ao G.C. Individual são válidos também
para o G.C. da Amplitude Móvel;

 Fórmulas utilizadas no desenvolvimento do gráfico AM:

𝐋𝐒𝐂 = 𝐃𝟒 ∗ 𝐀𝐌

𝐋𝐂 = 𝐀𝐌

𝐋𝐈𝐂 = 𝐃𝟑 ∗ 𝐀𝐌

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© COPYRIGHT 23
Agenda
 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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© COPYRIGHT 24
Gráfico de Controle da Porcentagem
de Peças Defeituosas p
 Geralmente implantado no final da linha de produção;
 A peça é inspecionada e julgada conforme ou não-conforme;
 O tamanho da amostra é grande, 100, 1000 ou 2000 peças;
 Fórmulas utilizadas no 𝐩∗ 𝟏−𝐩
𝐒=
desenvolvimento do gráfico p: 𝐧

𝐋𝐒𝐂 = 𝐩 + 𝟑 ∗ 𝐒

𝐋𝐂 = 𝐩

𝐋𝐈𝐂 = 𝐩 − 𝟑 ∗ 𝐒
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© COPYRIGHT 25
Gráfico de Controle np
 É uma simplificação do gráfico p, onde conta-se o número de
peças defeituosas;
 Esse gráfico é utilizado para itens de pequeno porte, baixo
custo e lotes muito grandes;
 O tamanho da amostra é maior que 2000 peças, enquanto que
os lotes tem geralmente 100000;
 Fórmulas utilizadas no desenvolvimento do gráfico np:

𝐋𝐒𝐂 = +𝟑 ∗ 𝐩 ∗ 𝟏 − 𝐩 ∗ 𝐧

𝐋𝐂 = 𝐩 𝐒= 𝐩∗ 𝟏−𝐩 ∗𝐧

𝐋𝐈𝐂 = −𝟑 ∗ 𝐩 ∗ 𝟏 − 𝐩 ∗ 𝐧
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© COPYRIGHT 26
Gráfico de Controle de Contagem
de Itens Defeituosos c
 Utilizado quando fabrica-se itens maiores, com custos
elevados, complexos e com infinitas possibilidades de defeitos;

 Conta-se o número de defeitos encontrados no item;

 Cada item é considerado um subgrupo de tamanho igual a 1;

 Fórmulas utilizadas no desenvolvimento do gráfico c:

𝐋𝐒𝐂 = 𝒄 + 𝟑 ∗ 𝒄

𝐋𝐂 = 𝐜 𝐒= 𝐜

𝐋𝐈𝐂 = 𝒄 − 𝟑 ∗ 𝒄
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© COPYRIGHT 27
Gráfico de Controle u de
Deméritos
 É derivado direto do gráfico c;
 O gráfico u não é unitário, ou seja, o subgrupo é formado por
vários itens;
 O número de defeitos de determinado subgrupo é ui;
 A média de defeitos de todos os subgrupos é u;
 Fórmulas utilizadas no desenvolvimento do gráfico u:

𝐮
𝐋𝐒𝐂 = 𝐮 + 𝟑 ∗
𝐧
𝐮
𝐋𝐂 = 𝐮
𝐒=
𝐮
𝐧
𝐋𝐈𝐂 = 𝐮 − 𝟑 ∗
𝐧
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© COPYRIGHT 28
Agenda
 Introdução ao Controle Estatístico do Processo ‘CEP’;

 Modelo Geral de Gestão da Qualidade x CEP;

 Qualidade Percebida pelo Cliente x CEP;

 Melhoria Contínua da Qualidade x CEP;

 Análise dos Processos de Fabricação;

 Gráficos de Controle;

 Gráficos de Controle para Variáveis Mensuráveis;

 Gráficos de Controle para Atributos;

 Conclusões.
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© COPYRIGHT 29
Conclusões
 Se o processo está ‘sob controle’ a probabilidade de que
ocorram pontos na zona 2 é de três para cada mil amostras
analisadas.

 A ocorrência de pontos na zona 2 pode representar a presença


de uma causa identificável que deve ser corrigida.

 As indicações de falta de controle são as seguintes:

 Um ponto na zona 2;

 Alguns pontos na zona 1, próximos da zona 2;

 Uma disposição anormal dos pontos na zona 1.


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© COPYRIGHT 30
Bibliografia
 ALBERTAZZI JR., A.; SOUZA, A. R.. Fundamentos de Metrologia
Científica e Industrial. Editora Manole, 2008.
 SAMOHYL, R. W. Controle Estatístico da Qualidade. Editora Campus,
2009.
 DE CARVALHO, M. M.; PALADINI, E. P.. Gestão da Qualidade:
Teoria e Casos. Editora Elsevier, 2012.
 NOTAS DE AULA. Disciplina ‘Aspectos Metrológicos de Sistemas de
Qualidade’. UFSC, 2011.

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