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PISPT.QSSA.001.M01 Rev 00 .

06/2014

Procedimento de Ensaios 00
Procedimento para Calibração de Paquímetros
1/

HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Revisão Descrição
00 Emissão Inicial

CONTROLO DE REVISÕES
Responsabilidades
Revisão Elaborado por: Verificado por: Aprovado por:
Nome completo/Área Nome completo/Área Nome completo/Área

aTéc: Adilson Andrade


00

Data:17.08.2020

1. OBJECTIVO

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Procedimento de Ensaios 00
Procedimento para Calibração de Paquímetros
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O objetivo do trabalho é a calibração de um paquímetro universal, porém será abordada somente a


calibração do medidor externo do mesmo, utilizando determinadas montagens de blocos padrão. Busca-
se com isso efetuar o controle em certo número de posições da capacidade de medição, obtendo algumas
características metrológicas do instrumento de medição, tais como: erros, incertezas e curva de erros.

Os resultados obtidos devem ser verificados com as tolerâncias admissíveis apresentadas em norma
regulamentadora.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

 Norma NP EN ISO/IEC 17025 - Requisitos gerais de competência para laboratórios de


ensaio e calibração;
 Norma ISO 9001:2008 - Controle de equipamentos de monitoramento e medição;
 Norma NBR 6393/1980 - Procedimentos, tolerâncias e demais condições para a
calibração dos paquímetros.

 Norma ISO 3599:1976 – Paquímetros com leitura de 0,1 e 0,05 mm;


 Norma ISO 6906:1984 – Paquímetros com leitura de 0,02 mm;
 Norma ISO 13385-1: 2011 – Design e características metrológicas de paquímetros

Nota: As normas acima referenciadas serviram apenas de base. Este procedimento não tem como
finalidade atender a todos os requisitos das normas citadas.

3. ABRANGÊNCIA

O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de


profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual
desliza um cursor

4. DESCRIÇÃO

4.1. NOMECLATURA

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Figura 1- Paquímetro

1: encostos, 2: orelhas, 3: haste de profundidade, 4: escala inferior (graduada em mm), 5: escala


superior (graduada em polegadas), 6: nônio ou vernier inferior (mm), 7: nônio ou vernier superior
(polegada), 8: trava.

4.2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O paquímetro é um tipo de instrumento de metrologia dimensional que, como explicamos acima, é


muito utilizado para medir as dimensões, profundidade e ressaltos (saliências) de diversos elementos.
Em especial pequenas peças e objetos, como: parafusos, porcas, tubos, etc. Basicamente, o paquímetro é
uma régua graduada que tem um encosto fixo, sobre o qual desliza um cursor, que conta com outra
escala graduada auxiliar (chamada de nônio ou vernier). Enquanto a parte fixa compara medidas em
milímetros e polegadas, é a segunda escala, do nônio, que desliza sobre a régua e permite fazer a leitura
das dimensões de um objeto com precisão mais aproximada.

Para fazer uma medição com o paquímetro (do tipo universal) deve-se:

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a) Posicionar a parte do instrumento indicada para o tipo de medição desejada (externa, interna, de
profundidade ou de salto) no objeto que se quer medir. Na imagem abaixo é possível ver para que
serve cada uma das partes do paquímetro.

Figura 2. Tipos de medições com feitas com Paquímetro

b) Após colocar a peça na parte correta do paquímetro é observar onde o 0 (zero)  da parte móvel

(nônio) está e com qual número da parte fixa ele está coincidindo, isto indicará o primeiro
número da medida.

c) Neste
caso o 0 (zero) do nônio está entre o 4mm e o 5mm da escala fixa milimétrica, isto indica que o
primeiro número da medida é o 4mm.

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d) Em seguida vemos qual a marcação que coincide em ambas as escalas, na fixa e na móvel e
observamos o número da escala móvel que coincidiu, este será o segundo número,
representando os décimos de milímetros.

No

exemplo coincidiu com o número 1, este será os décimos da medida 0,1mm. Para este primeiro
exemplo a medida final da peça seria 4,1mm.

5. CALIBRAÇÃO

5.1. CONDIÇÕES AMBIENTAIS E MEIOS

Determinação do erro de indicaçãoo total, máximo crescente, máximo decrescente e erro de retorno,
através de comparação direta com um padrão.

 Recursos Humanos: Técnicos e Assistentes com conhecimentos em Metrologia

 A faixa de temperatura e umidade operacional do laboratório deve ser


 Faixa de temperatura: 20 ºC ± 3 º

 Faixa de umidade: 58% ± 15% RH

5.2. PRECISÃO DE LEITURA

As tolerâncias admissíveis são apresentadas na tabela a seguir.

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L1 representa o comprimento, em milímetro, medido dentro da capacidade de medição.

Tolerância admissível
Comprimento medido L1 Precisão de leitura 
mm m
0 50
100 60
200 70
300 80
400 90
500 100
600 110
700 120
800 130
900 140
1000 150

Quando se trata de comprimentos intermediários, deve-se admitir a exatidão correspondente ao


comprimento imediatamente inferior.

A tolerância de planeza das superfícies de medição é de 10 m para 100 mm de comprimento dos
medidores.

A tolerância admissível de paralelismo das superfícies de medição é de 20 m para 100 mm de


comprimento dos medidores.

5.3. Método de controle

 Medição externa - O erro de leitura é determinado perpendicularmente à direção longitudinal


das superfícies de medição, mediante o emprego de blocos-padrão ou seus derivados. O
resultado dessa operação inclui os erros de planeza e de paralelismo das superfícies de medição.

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A medição será efetuada em três posições diferentes de comprimento dos medidores, com a
mesma força aplicada sobre o cursor. Além disso, deve-se efetuar a verificação num certo
número de posições da capacidade de medição e de tal modo que a cada medição individual
possam coincidir diferentes traços do nônio. Isso quer dizer que devem ser verificados pontos
aleatórios, evitando-se concentrar apenas nos valores inteiros da escala, por exemplo 5, 10, 15,
20 etc. Sempre que possível, devem ser considerados valores intermediários, como 5,25; 7,8
etc., dependendo da facilidade de montagem dos blocos-padrão.

 Medição interna - Os erros devem ser verificados com calibradores-padrão internos,


espaçamento de blocos-padrão, micrômetros etc., seguindo o mesmo critério do item anterior.

 Paralelismo das superfícies de medição - Deve ser verificado pela apalpação de um certo
espaço com blocos-padrão ou pinos-padrão. A posição relativa de ambas as superfícies de
medição não deverá alterar-se, mesmo após a fixação do cursor. Isso poderá ser confirmado
observando, contra a luz, um pequeno espaço deixado entre as superfícies de medição. Esse
pequeno espaço não deverá alterar-se após a fixação do cursor.

 Planeza das superfícies de medição - Emprega-se para verificar a planeza, por meio de régua
de fio, blocos-padrão ou pinos-padrão.

5.4. PROCEDIMENTOS DE CALIBRAÇÃO

a) Equipamento necessário ( blocos-padrão e certificado de calibração, termómetro, luvas);

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b) Verificar o estado de funcionamento e limpeza do paquímetro;


c) Fechar as maxilas e verificar o zero na escala;
d) Selecionar o bloco-padrão calibrado a utilizar (50,00 mm):
e) Deixar o paquímetro a estabilizar em temperatura durante 2 horas junto aos padrões a utilizar na
calibração;
f) Abrir as maxilas do paquímetro, deslocando o cursor a um comprimento maior do que o valor nominal
do bloco padrão a utilizar;
g) Colocar o bloco-padrão (valor de referência) entre as duas maxilas do paquímetro utilizada para
medições de comprimentos exteriores, aproximar as maxilas às faces do bloco-padrão;
h) Registar a leitura da indicação da escala do paquímetro na folha de registos: . Exemplo: Se o zero da
escala de nónio não coincide com a linha da graduação da escala fixa e se o zero do nónio se situar entre
o valor 50 e 51 da escala fixa, lê-se 50 mm e procura-se o traço da escala do nónio que coincide com um
da escala fixa. Adiciona-se a 50 mm o nº de traços do nónio, até haver coincidência, multiplicado pela
resolução do nónio.
i) Registar a temperatura;
j) Repetir n vezes os passos anteriores;
k) Determinar a média dos n registos da leitura da indicação da escala, a qual corresponde ao valor
medido

Figura 3. Conjunto de Blocos-Padrão e Paquímetro

5.5. TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS DADOS

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 VALOR MÉDIO DAS MEDIÇÕES

O valor mais provável da grandeza é a média aritmética dos valores encontrados, logo quanto maior o
número de medições efetuadas de uma grandeza mais próximo do valor exacto está o valor mais
provável encontrado.

Onde: - o valor médio, - são os valores das medidas (ou amostras), N - o numero de medições
(número das amostras)

 DESVIO PANDRÃO OU VARIÂNCIA

Dado um conjunto de dados, a variância ou desvio padrão ( ) é uma medida de dispersão que mostra o
quão distante cada valor desse conjunto está do valor central (médio)

 HISTERESE

A histerese de um instrumento de medição é um erro de medição, que ocorre  quando há diferença


entre a medida, para um dado valor do mensurado quando esta foi atingida por valores crescentes, e a
medida quando atingida por valores decrescentes do mensurado.

 INCERTEZA DA MEDIÇÃO

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Quando dispomos de uma série de N observações de uma variável x, a incerteza de medição ( )


pode ser estimada por:

5.6. RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS

Para que as medições realizadas apresentem resultados confiáveis, é necessário tomar alguns
cuidados:

a) Selecione o paquímetro mais adequado para atender plenamente a necessidade de medição


(exatidão e capacidade de medição);
b) Verifique se o movimento do cursor é suave e sem folgas em toda a sua capacidade útil;
c) Evitar choques, arranhões e oxidações;
d) Manter o paquímetro sempre limpo, evitando depósito de poeira e outros materiais;
e) Não expor o paquímetro ao calor, inclusive aos raios solares;
f) Examinar se as peças a medir não têm rebarbas que possam danificar as faces de medição do
paquímetro;
g) Utilizar sempre que possível o tipo de paquímetro adequado à parte da peça a ser medida;
h) Nunca executar medições em peças que adquiram, pela usinagem, uma temperatura maior ou
menor do que a do ambiente. Deixar que ocorra o equilíbrio térmico da peça com o ambiente
antes de se efetuar a medição.
i) Recomenda-se que a temperatura do ambiente seja mais próxima possível da referência (20°C)
j) Utilizar as orelhas de medição unicamente para medir ranhuras, furos e partes semelhantes;

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k) Não colocar os paquímetros juntamente com ferramentas para as quais não sejam requeridos os
mesmos cuidados e tratamentos;
l) Usar, para depositá-los, uma peça de madeira, um tapete de borracha, pano ou camurça e não
colocá-los sobre o barramento ou mesa de máquinas;
m) Colocar a peça a medir mais perto possível da régua principal para evitar inclinação do cursor ao
efetuar a leitura;
n) Levar o paquímetro à peça a medir em qualquer caso, e não ao contrário;
o) Nunca medir peças em movimento;
p) Ao terminar o trabalho, guardar o paquímetro em seu respectivo estojo, deixando as faces de
medição ligeiramente abertas;
q) Nunca utilizar o paquímetro para outras finalidades, que não suas próprias, tais como traçar
riscos com as pontas de medição interna;
r) Evite o erro de paralaxe ao fazer a leitura. Posicione sua vista em direção perpendicular à escala
principal e ao nônio;
s) Fazer a leitura olhando frontalmente as escalas, podendo ser utilizada uma lupa para facilitar a
leitura do nônio;
t) Manter as faces de medição e da peça sempre limpas
u) Executar as medições exercendo uma ligeira pressão, a fim de assegurar o contato entre as
superfícies de medição do instrumento e a peça, lembrando que a exatidão.

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Referências

Pesquisa online: Acesso em Maio de 2014

http://www.fatecsorocaba.edu.br/principal/pesquisas/metrologia/apostilas/apostila_medidores_de_desloc
amento-relogios_comparadores.pdf

http://www.albertoferes.com.br/menu_esquerdo/downloads/mecanica/Metrologia%
20A15.pdf

http://www.edsolique.com/metrologia/relogio-comparador/

http://www.labmetro.ufsc.br/Disciplinas/EMC5236/Relogio_comparador.pdf

http://www.labmetro.ufsc.br/Disciplinas/EMC5236/Relogio_comparador.pdf

http://www.portalaction.com.br/incerteza-de-medicao/31-calculo-de-incerteza-de-um-relogio-
comparador

https://tecmecanico.blogspot.com/2012/09/relogio-comparador.html

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