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MSA

Análise de Sistemas
de Medição
3a. edição do manual do AIAG,
aplicado à indústria automobilística

Suporte Assessoria Empresarial


MSA – www.portalsuporte.com.br HST Qualidade Ltda. 1
Por que muitas empresas
implementam o MSA?
Para conhecer as variações de seus processos.
( ) SIM (X) NÃO
Para evitar a possibilidade de enviar produtos não-
conformes aos seus clientes.
( ) SIM (X) NÃO
Para reduzir o desperdício com meios de medição
sofisticados, mas de pouco resultado.
( ) SIM ( X) NÃO
Porque é requisito obrigatório para certificação de Sistema
da Qualidade para o ramo automobilístico (QS-9000,
ISO/TS 16949)
(X) SIM ( ) NÃO

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A “lógica” por trás
do requisito
Tornando honrosa a tarefa do
“MSA-man” da empresa

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Definição de Sistema de Medição
Conjunto de instrumentos,dispositivos, padrões,
operações, métodos, software, pessoal, ambiente e
premissas usado para quantificar uma unidade de
medida ou estabelecer avaliação para a
característica sendo medida
É o processo completo usado para se obter
medições
Peça Ambiente
Pessoa
Instrumento
Procedimento Padrão
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O Processo de Medição é parte do
processo de tomada de decisão
Saída
Processo de Medição Decisão
Entrada sobre o
Processo de produto ou
fabricação a ser Medição Análise processo
gerenciado (aceitar/
Valor rejeitar)

Critério para eficácia do processo de


medição:

Decisões corretas
a partir das medições com qualidade, ou seja,
com baixa variação e boa estabilidade.

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Componentes do Sistema =
Causas de Variação

procedimento
peça a ser medida

pessoa MEDIÇÃO padrão


MEDIÇÃO

ambiente
instrumento

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O que se busca !
Indesejável: Muita variação do sistema de
medição:
pode mascarar a variação do processo de produção da
peça
Desejável: Pouca variação do sistema de
medição
possibilitando uma análise correta do produto e
processo de produção, levando à decisões corretas
(mas … pode significar também que o sistema de medição não é
sensível às alterações da característica sendo medida)

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O grande objetivo do MSA
Conhecer a variação do Sistema de Medição !

assegurar que são utilizadas as propriedades


estatísticas mais importantes para o uso final da
medida, definindo-se a aceitabilidade do sistema de
medição.
analisar estatisticamente o sistema significa conhecer a
qualidade das medições que ele gera.
medições com qualidade garantem produtos conformes
enviados aos Clientes = Satisfação !

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Os estudos do
manual
Os estudos mais comuns

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3 questões a serem respondidas

O sistema tem discriminação e


sensibilidades adequadas ?
O sistema é estável ao longo do tempo ?
Suas propriedades estatísticas são
consistentes e aceitáveis para o controle
do produto e/ou o controle do processo

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Para responder às 3 questões
realizamos os estudos
Os mais usados na indústria automotiva são:
Tendência (“bias” ou desvio)
Repetibilidade
Reprodutibilidade
Estabilidade
Linearidade
Considerar também antes
Discriminação (sensibilidade a variações)
Variação própria da peça

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Discriminação
Uso para Controle do Uso para Análise do
NDC = Número de Distintas Categorias
Processo / Produto Processo /Produto
- Somente se a variação - Inaceitável para estimar
do processo é pequena parâmetros e índices
comparada coma as (p.ex.: Cpk)
especificações - Só indica se o processo
- A fonte de variação produz peças
causa uma mudança conformes ou não-
1 categoria significativa no conformes (como um
processo passa/não-passa)

- Pode ser usado com


técnicas de controle - Geralmente inaceitável
semi-variáveis, para estimar parâmetros
baseadas na e índices
distribuição - Apens produz
2-4 categorias - Pode produzir cartas de estimativas grosseiras
controle insensíveis

- Pode ser usado com


- Recomendado
cartas de variáveis
> 5 categorias

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Discriminação
Conclusão

Após a realização de vários estudos de


discriminação conclui-se que a resolução
aparente deveria ser, no mínimo, 1/10 da
variação do processo (6σ) e não 1/10 da
tolerância do processo.

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Variação própria das peças
A peça pode apresentar excentricidade,
falta de paralelismo, conicidade, diferença
de fechamento de moldes, etc…
Estas características podem levar a variações
na medição que não são devidas ao
equipamento ou operador
Para determinar esta variação devem ser
utilizadas técnicas estatísticas mais
sofisticadas como DOE ou ANOVA.

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Variação própria das peças
Conclusões
Pode ser evitada, marcando-se o local para se fazer as
medições
Entretanto, se não for considerável, deve-se evitar
excluir esta variação.
O motivo é que o sistema de medição leva também em
consideração a peça a ser medida, e não apenas
equipamento e operador
Algumas vezes, a função da peça depende do controle
desta variação
Os estudos de R&R, normalmente, a ignoram
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Estabilidade
É a variação total das medições obtidas :
mesmo padrão ou peças
mesma característica
ao longo de um período de tempo
Permite-nos predizer o desempenho do sistema de medição no
futuro
2
tante
ins ins
tan
te
1

valores

estabilidade

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Estabilidade
Importância
Sem este estudo, os resultados de R&R são
apenas descrições dos dados obtidos
naquele momento:
Não têm significado para o desempenho futuro.
Avaliar estes dados sem conhecer a estabilidade
do sistema pode causar mais danos do que bem.
A variação do sistema pode, então, aumentar na
tentativa de corrigi-lo (supercontrole)

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Estabilidade
Principal decisão: duração do estudo
Considerar quais são as condições que o equipamento estará sujeito
durante o tempo do estudo. A instabilidade pode ser causada, por
exemplo:
aquecimento (início da operação)
variações de temperatura ambiente
desgaste (se aparece rápido ou não)
corrosão, etc...
É praticamente impossível que todas as causas estejam presentes
durante o estudo.
Deve-se priorizar os fatores influentes que devem aparecer durante
o período.
As amostragens devem ser feitas quando estes fatores estiverem
acontecendo (p.ex.: início de turno, troca de operadores,
inverno/verão, noite/dia, etc...)

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Estabilidade
É determinada através do uso de uma carta
de controle (CEP):
separar causas especiais e comuns
devem ser verificados pontos fora de controle
Não há necessidade de calcular um índice
(como Cpk ou Ppk)
As melhorias podem ser vistas na própria
carta (eliminação de causas especiais,
estreitamento dos limites, etc.)

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Estabilidade
Critérios de aceitação
Carta demonstrando processo estável
O desvio padrão da amostragem para
estabilidade deveria ser, no máximo, 10% do
desvio padrão do processo.
O desvio padrão das medições pode ser usado como uma
aproximação da repetibilidade do sistema de medição
Se o processo de medição é estável, os dados podem ser usados
para calcular a tendência

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Estabilidade
Comentário do AIAG
Não se deve aplicar as mesmas regras de análise de
cartas de controle de um processo nas cartas de
estabilidade.
Se o seu sistema de medição é “perfeito”, você teria
uma linha reta sobre a média na carta de médias e
uma linha reta sobre o zero na carta de amplitudes.
O espírito é investigar pontos fora de controle e as
tendências que parecem não usuais ou não estáveis,
lembrando-se que você sempre está medindo a
mesma peça.

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Tendência
Diferença entre a média observada de medições e um
valor de referência
Valor de referência:
Valor consensado como padrão. Pode ser determinado por uma média
de medições feitas (n ≥10) com equipamento de maior nível (p.ex.:
3D/MMC)
Se houver valores de referência cobrindo início, meio e fim da variação
do processo, analise os dados usando um estudo de linearidade

tendência
valor s
de referência i ç õe
d
me

valores

valor
MSA – www.portalsuporte.com.br médio observado 22
Tendência

Critério de aceitação
A tendência é aceitável para o nível α (95% de
confiança) se o zero cair dentro do intervalo de
confiança:

⎛⎛d2 ⋅ σb⎞ ⎛ ⎞
⎞ ⎛⎛d2 ⋅ σb⎞ ⎛ ⎞
Desvio − ⎜⎜ ⎟ ⋅ ⎜tν,1 − ⎟⎟ ≤ zero ≤ Desvio + ⎜⎜
α
⎟ ⎞
⋅ ⎜tν,1 − α⎟⎟
d'
⎝⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠⎠
⎝⎝ d' 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠⎠

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Tendência
Análise dos resultados
Se a tendência não é estatisticamente zero, devem ser
analisadas possíveis causas:
erro no valor de referência adotado
equipamento de medição desgastado (poderia ser detectado
no estudo de estabilidade)
medição da característica errada
equipamento não calibrado
uso errado pelo operador

Se o sistema não pode ser ajustado para tendência zero, a leitura


pode ser ajustada, descontando a tendência. Como neste caso o
risco de erro pelo avaliador é grande, isto só deveria ser usado com a
concordância do cliente.

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Linearidade
É a diferença das tendências ao longo da faixa de
operação do equipamento
Pode-se raciocinar como uma mudança da tendência
com respeito ao tamanho

valor valor
de referência tendência de referência tendência
menor maior

parte inicial parte final


da faixa da faixa

valor valor
médio médio
observado observado

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Linearidade
Escolha peças cobrindo a faixa de operação do
equipamento (g ≥ 5), em função da variação do processo
Determine seus valores de referência (com um
equipamento mais preciso, ex.: 3D/MMC)
Operadores medem todas as peças várias vezes (m ≥ 10)
Determine as tendências das peças para cada medição e a
média das tendências para cada peça
Construa o gráfico com os pontos (tendências e médias x
valores de referência)
Calcule e inclua no gráfico os intervalos de confiança em
relação à reta ajustada

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Linearidade
Critério de aceitação
Trace a linha “tendência=0” e analise o gráfico para indicações de causas
especiais.
Para a linearidade do sistema de medição ser aceitável, a linha “tendência=0”
deve ficar inteiramente dentro dos intervalos de confiança da linha ajustada.
Além disto, R2 (fator de ajuste), deve ser aceitável (por exemplo, acima de 0,95).

Exemplo: Rejeitado (a linha zero


deveria estar entre os dois intervalos
de confiança)

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Linearidade
Se a linearidade não é aceitável, possíveis causas :
equipamento não calibrado apropriadamente no início ou fim
da faixa operacional
erro nos valores de referência (início ou fim)
equipamento desgastado
projeto próprio do equipamento é não linear (ex.: manômetro
de cóclea)
Se o sistema não pode ser ajustado para tendência zero, a
leitura pode ser ajustada, descontando a tendência. Como
neste caso o risco de erro pelo avaliador é grande, isto só
deveria ser usado com a concordância do cliente.

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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
Repetibilidade
Variação das medições obtidas com
mesmo equipamento de medição
várias vezes
por um mesmo avaliador
na mesma característica
na mesma peça
Verifica se a variabilidade do sistema de medição é consistente
Fontes de erro : 1) próprio equipamento, 2) variação da posição da
peça no equipamento
As duas fontes são representadas pelas amplitudes das medições
Por isso pode ser demonstrada pela carta das amplitudes (R)
s
iç õe
d
s me
ria

valores
repetibilidade

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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
Reprodutibilidade
Variação da média das medições obtidas com
mesmo equipamento de medição
várias vezes
por diferentes avaliadores s
i ç õe r A
na mesma característica d o
me erad
na mesma peça op
Verifica se a variabilidade entre operadores é s
consistente i ç õe r B
d o
me me erad
Fonte de erro : d op
op içõ
desvio adicionado pelo avaliador era es
do
rC

valores
reprodu
Se um desvio (além daquele do equipamento)
tibilidade
existe, a média das leituras entre operadores vai
diferir
Demonstrada pela carta das médias (⌧)

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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
Três técnicas mais utilizadas:
Amplitudes (só provê aproximação, não decompõe as fontes de
variação)
Médias e Amplitudes (mais utilizado)
ANOVA (requer maior amostragem e cuidados com o estudo e
posterior análise)
Todas são sujeitas ao pré-requisito de estabilidade
estatística (estudo de estabilidade)
O estudo de R&R não substitui Tendência,
Linearidade e Estabilidade, já que ele não analisa o
processo pro um longo período de tempo

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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
método das médias e amplitudes
1) Análise gráfica
Elaborar cartas de controle (⌧ / R, com limites)
Analisar se o sistema de medição está sob controle (carta R-
amplitudes). Só considerar pontos fora dos limites (não são dados
ordenados, não se pode analisar tendências).
Todos os pontos dentro dos limites da carta das amplitudes significa que
os avaliadores são consistentes.
Se não, detectar e eliminar causas especiais.
A área dentro dos limites de controle representa a sensibilidade da
medição.
Avaliar se o sistema de medição detecta as variações peça-a-peça.
Mais de 50% das médias devem estar fora dos limites (carta ⌧). Se
não, o sistema não é adequado para controle de processo.

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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
método das médias e amplitudes
2) Análise numérica
Existem várias planilhas disponíveis para fazer os cálculos
Repetir ou descartar qualquer leitura com amplitude maior que o Limite
Superior de Controle (LSCR). Trata-se de uma causa especial.
Identifique-a e elimine-a.
Estima-se a variação e o percentual da variação do processo:
Sistema de medição (variação total, TV):
repetibilidade (EV ou VE)
reprodutibilidade (AV ou VO)
variação peça-a-peça (PV ou VP)
R&R é dado por
R&R = (EV2 + AV2)1/2
%R&R = 100 (R&R/TV)

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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
2) Análise numérica
Critério de aceitação (mais utilizado):
%R&R < 10% = sistema aceitável
10% < %R&R < 30% = aceitável (depende de custo, importância, etc.)
%R&R > 30% = não aceitável, necessita correções
Se EV (repe) >> AV (repro), possíveis causas:
equipamento necessita manutenção
dispositivo necessita ser redesenhado para ganhar rigidez
fixação dos instrumentos precisa ser melhorada
muita variação da própria peça
Se AV (repro) >> EV (repe) , possíveis causas:
avaliador precisa ser melhor treinado (realização da medição e leitura)
leitura do equipamento não é clara
pode ser necessário um dispositivo para o avaliador utilizar o equipamento

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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
Comentários do AIAG
Os cálculos usados nas planilhas de R&R irão gerar PV
(variação do processo) e TV (variação total).
O uso destas estimativas só fazem sentido quando o
processo estudado é estável e as peças selecionadas
representam a faixa total de valores que se espera do
processo.
Se tais condições não existirem você deve comparar o valor
de R&R com a tolerância ou com uma situação desejada
(ex.: Ppk objetivado).
Se processo é altamente capaz e a carta de amplitudes mostra
baixa discriminação e o %RR é alto, o sistema de medição pode
servir para controlar o processo, mas não para calcular índices
de capabilidade.

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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
F-2.12 ANÁLISE DO SISTEMA DE MEDIÇÃO Grupo
ESTUDO DE R & R - MÉTODO DA MÉDIA E AMPLITUDE 3

Exemplo Nome Sistema de Medição: Paquimetro 600 - 0,01mm


Nome e nº Peça: C-2004 -Tubo
Código: 82.213
Especificação: 327,250 327,750 Tol: 0,500

⌧/R Característica: Altura


Cliente: Albano Cozzuol
O PERADO R Peça 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Médias
Medição 1 327,70 327,73 327,70 327,68 327,65 327,70 327,70 327,67 327,80 327,50 327,683
J. Roberto

Medição 2 327,68 327,72 327,71 327,68 327,67 327,71 327,69 327,66 327,80 327,47 327,679
A Medição 3 327,68 327,73 327,69 327,69 327,66 327,71 327,73 327,67 327,81 327,50 327,687
Média A 327,6867 327,7267 327,7000 327,6833 327,6600 327,7067 327,7067 327,6667 327,8033 327,4900 Xa = 327,683
Amplitude A 0,020 0,010 0,020 0,010 0,020 0,010 0,040 0,010 0,010 0,030 Ra = 0,018
Medição 1 327,68 327,76 327,73 327,66 327,66 327,79 327,71 327,67 327,81 327,47 327,69
Medição 2 327,72 327,75 327,73 327,68 327,69 327,80 327,73 327,68 327,81 327,50 327,71
Valto

B Medição 3 327,70 327,75 327,74 327,69 327,67 327,80 327,73 327,68 327,82 327,51 327,71
Média B 327,7000 327,7533 327,7333 327,6767 327,6733 327,7967 327,7233 327,6767 327,8133 327,4933 Xb = 327,704
Amplitude B 0,040 0,010 0,010 0,030 0,030 0,010 0,020 0,010 0,010 0,040 Rb = 0,021
Medição 1 327,68 327,76 327,73 327,66 327,66 327,70 327,70 327,67 327,80 327,50 327,686
Jõao Oliv.

Medição 2 327,72 327,75 327,73 327,68 327,69 327,71 327,69 327,66 327,80 327,47 327,69
C Medição 3 327,70 327,75 327,74 327,69 327,67 327,71 327,73 327,67 327,81 327,50 327,697
Média C 327,7000 327,7533 327,7333 327,6767 327,6733 327,7067 327,7067 327,6667 327,8033 327,4900 Xc = 327,691
Amplitude C 0,040 0,010 0,010 0,030 0,030 0,010 0,040 0,010 0,010 0,030 Rc = 0,022
X = 327,693
Média da peça 327,6956 327,7444444 327,7222 327,6789 327,6688889 327,7366667 327,7122 327,67 327,8066667 327,4911111
Rp = 0,31556
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R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade)
Repetições D4 Repetições K1 Operadores K2 Operadores K3
3 2,58 3 0,5908 3 0,5231 10 0,3146

Exemplo XDIFF= max(X) - min(X) R= (Ra+Rb+Rc)/3 UCLR= R * D4

⌧/R XDIFF= 0,0210 R= 0,0203 UCLR= 0,0525

Análise Numérica VARIAÇÃO


VARIAÇÃO TOTAL TOLERÂNCIA
1) . Repetibilidade (VE) 2) . % VE

VE = R * K1 VE = 0,0120 %VE = 100[VE/VT} %VE = 11,94 14,42

3) . Reprodutibilidade (VO) 4) . % VO

VO = ( X DIFF * K 2 ) 2 − (VE 2 /( nr )) VO = 0,0108 %VO = 100[VO/VT} %VO = 10,70 12,92

5) . Repetibilidade e Reprodutibilidade (R&R) 6) . % R&R

R&R = VE 2 + VO 2 R&R= 0,0161 %R&R = 100[R&R/VT} %R&R = 16,04 19,36

7) . Variação da Peça (VP) 8) . % VP

VP = RP * K 3 VP= 0,09927 %VP= 100[VP/VT} %VP= 98,71 119,13

9) . Variação Total (VT) 10) . Número de categorias distintas (ndc)

VT= R & R 2 + VP 2 VT= 0,1006 ndc = 1,41[VP/R&R] ndc = 8,68

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Estudos para Sistemas de Medição
por Atributo
Definição
O valor medido é um de um número finito de
categorias.
O mais comum destes é o dispositivo passa/não-
passa (dois resultados possíveis).
Outros dispositivos (ex.: padrões visuais) que resultam
em mais categorias não são cobertos pelo manual.
Os estudos de atributos que existiam no manual
anterior não permitiam “indecisão” na avaliação das
peças.

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Método de Análise de Riscos
Métodos de Análise de Riscos
Há sempre um risco quando tomamos decisões
baseadas no sistema de medição.
O maior risco está nos limites das especificações.

Objetivo
II II
I III I
LSE LIE
Zona de risco de classificação errada

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Método de Análise de Riscos
Dois métodos podem ser usados:
Análise de teste de hipótese
Teoria de detecção de sinais
Não quantificam a variabilidade
Usar com bom conhecimento estatístico das fontes de
variação que podem afetar o produto e o sistema de
medição, e do efeito de uma decisão incorreta para o
cliente
As fontes de variação podem ser minimizadas com
resultados de fatores humanos e estudos ergonômicos.

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Análise de teste de hipótese (exemplo)
50 peças (incluindo valores nas zonas de risco), 3 operadores,
3 tentativas – comparar com valor de referência
Peça A-1 A-2 A-3 B-1 B-2 B-3 C-1 C-2 C-3 Ref. Valor Cód
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0,476901 +
2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0,509015 +
3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,576459 -
4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,566152 -
5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,570360 -
6 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0,544951 x
7 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0,465454 x
... ... ... ... ... .. .. . . . . .
50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,446697 -

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Análise de teste de hipótese (exemplo)
Depois avalie o nível de coincidência (A*B, A*C, B*C)
utilizando kappa (soma das proporções observadas / soma
das proporções esperadas)
Se kappa > 0,75 = indica uma coincidência aceitável entre
os avaliadores, mas não indica se o sistema é eficaz para
separar o bom do ruim.
Compare cada avaliador com o valor de referência (A*Ref,
B*Ref, C*Ref). Mais uma vez kappa deve ser > 0,75.
Avalie a Eficácia = número de decisões corretas /
oportunidades totais para a decisão
Depois devem ser testada a hipótese se a Eficácia de
cada avaliador é a mesma (H0).

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Detecção de sinais (exemplo)
Determina uma aproximação da largura da região II
(zona de risco) e, a partir desta, o %RR (GRR) do
sistema de medição.
di = distância entre a última peça aceita por todos
avaliadores e a primeira peça rejeitada por todos, para
cada especificação (mesma tabela anterior),
d = média (di)
dLSE = 0,470832 – 0,446697 = 0,024135
dLIE = 0,566152 – 0,542704 = 0,023448
d = 0,0237915 ou %RR = 29%

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Sistemas de Medição
Complexos ou Não-
Repetitivos
Dependem de maior
conhecimento estatístico

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Sistemas complexos / não repetitivos
Cenários
Sistemas de medição não repetitivos
Cenário – Não destrutivos Exemplos
Dinamômetros de veículos
A peça não é modificado pelo sistema de medição Teste de vazamento com dados variáveis

A vida de prateleira da característica é conhecida e vai além da Espectrômetro de massa com amostras de
duração do estudo ( a característica medida não varia durante um lote único
o tempo de uso esperado)
Cenário – Destrutivos Exemplos
Bancada de teste de motor / transmissão /
dinamômetros
Dispositivos / bancadas de teste Teste de vazamento por atributo
Salt-spray / Umidade
Teste de solda destrutivo
Teste de camada destrutivo
Outros não repetitivos
Teste na linha onde a automação não
permite a repetição

MSA – www.portalsuporte.com.br 45
Sistemas complexos / não repetitivos
Estudos
Avaliação da Estabilidade
Cenário S1 S2 S3 S4 S5

A peça não é modificado pelo sistema de medição

A vida de prateleira da característica é conhecida e vai


além da duração do estudo ( a característica medida
não varia durante o tempo de uso esperado)

Sistemas de medição destrutivos

Sistemas de medição não repetitivos

Dispositivos / bancadas de teste

MSA – www.portalsuporte.com.br 46
Sistemas complexos / não repetitivos
Estudos de Estabilidade
S1: Peça única, Medição única por ciclo (usar carta X & mR: médias e
amplitudes móveis)
Estabilidade
Tendência
S2: n ≥ 3 peças, Medição única por ciclo por peça (usar carta z, R: z = x -
μ, e μ = valor de referência)
Estabilidade
Tendência
Linearidade
S3: Amostra grande de um processo estável (usar carta Xbar & R ou X &
mR)
Estabilidade
S4: Amostras divididas (porções), Amostra única por ciclo (usar carta R)
Estabilidade
S5: Bancada de testes - mesmas características, vários instrumentos
Atributivos : Estabilidade (mesma carta para todos ou separadas)
Variáveis : Estabilidade (carta Xbar & S e usar ANOVA)

MSA – www.portalsuporte.com.br 47
Sistemas complexos / não repetitivos
Estudos
Avaliação da Variabilidade
Cenário V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9
A peça não é modificado pelo sistema de
medição

Mesmo acima com p ≥ 2 instrumentos

Sistemas de medição destrutivos

Sistemas de medição não repetitivos

Sistemas de medição com características


dinâmicas (ex. bancadas de testes)

Mesmo acima com p ≥ 3 instrumentos

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Sistemas complexos / não repetitivos
Estudos de Variabilidade
V1: Estudos de R&R padrões (vistos anteriormente)
R&R
V2: Leituras múltiplas com p ≥ 2 instrumentos (usar estimativas de
Grubb ou Thompson)
Variabilidade do processo
Repetibilidade
Cálculo do intervalo de confiança
V3: Amostras divididas (porções), m = 2 (usar técnicas de regressão)
Repetibilidade
Linearidade
V4: Amostras divididas (porções), Geral (usar técnicas de R&R e
ANOVA)
R&R
V5: Mesmo de V1 com peças estabilizadas
R&R

MSA – www.portalsuporte.com.br 49
Sistemas complexos / não repetitivos
Estudos de Variabilidade
V6: Análise de séries de tempo (usar modelo de degradação para cada
peça amostrada)
Repetibilidade
Consistência da degradação (se n ≥ 2 )
V7: Análise linear (usar regressão linear)
Repetibilidade
Consistência da degradação (se n ≥ 2 )
V8: Tempo versus Degradação da característica (usar V6 e V7
modificados para determinar de a degradação é dependente do tempo
ou da atividade)
Repetibilidade
Consistência da degradação
V9: V2 com leituras múltiplas simultâneas e p ≥ 3 instrumentos
Variabilidade do processo
Repetibilidade
Cálculo do intervalo de confiança

MSA – www.portalsuporte.com.br 50
Quando realizar os
estudos
E principalmente, quando não
realizar...

MSA – www.portalsuporte.com.br 51
O que diz a ISO/TS 16949
7.6.1 Análise do Sistema de Medição
Estudos estatísticos devem ser conduzidos para analisar
a variação presente nos resultados de cada tipo de
sistema de equipamento de medição e ensaio.

Tradução para prática: Tradução para prática:

O que nos importa é a variação NÃO É POR FAMÍLIA DE


presente nos resultados e EQUIPAMENTOS !
quanto ela interfere no resultado Por favor, é por tipo de Sistema de
final. Medição.
O equipamento é só um dos
componentes do sistema!
MSA – www.portalsuporte.com.br 52
O que diz a ISO/TS 16949
7.6.1 Análise do Sistema de Medição (cont.)
Este requisito deve-se aplicar aos sistemas e medição
referenciados no plano de controle.

Tradução para prática:

A características do produto e processo que constam do Plano de


Controle lá estão porque são importantes para reduzir o risco ao
cliente (foram todas avaliadas no FMEA).
A variação delas pode afetar a satisfação do cliente.
Parte de sua variação vem da variação do sistema de medição.
Temos que avaliar a variação do sistema de medição sempre que ela
tem impacto na variação da característica.
MSA – www.portalsuporte.com.br 53
O que diz a ISO/TS 16949
7.6.1 Análise do Sistema de Medição
Os métodos analíticos e critérios de aceitação utilizados devem estar
conformes àqueles dos manuais de referência dos clientes sobre
análise de sistema de medição. Outros métodos analíticos e critérios
de aceitação podem ser utilizados se aprovados pelo cliente.

Tradução para prática:


O manual recomendado por todas montadoras (que requerem o MSA) é o do AIAG,
atualmente em sua terceira edição (março/2002).
Caso você esteja em um ramo de material a granel, geralmente os próprios métodos de
ensaio já definem a propriedade estatística do ensaio (normalmente a repetibilidade).
Utilize este método no lugar do manual de MSA (vide anexo F do manual de PPAP).
Qualquer outra variação, só com derroga (waiver) do cliente.

MSA – www.portalsuporte.com.br 54
Comentários do AIAG
O manual de MSA é um guia e não uma norma.
Deve ser feito o que é apropriado e faz sentido
para o sistema de medição em particular.
O requisito do cliente deve ser atendido.
Pode ser necessário realizar cada um dos
estudos para demonstrar ao cliente (ou ao
auditor) a capacidade de realizar tais estudos
quando eles fazem sentido.

MSA – www.portalsuporte.com.br 55
Quando realizar os estudos
Quando não há desculpa para não fazer...
Há suspeita que a estabilidade do sistema de medição é afetada por
causas especiais.
Não se conhece nem pode se estimar a estabilidade do sistema de
medição.
A variação da característica medida (Cpk/Ppk) é conhecida e é alta.
A variação da característica não é conhecida nem pode ser estimada.
Seu processo gera um alto percentual de produtos não conformes e o
sistema de medição é atributivo.
A característica é muito importante para o cliente (especial).
Você é obrigado pelo cliente ou por sua certificadora, independente
da argumentação...

MSA – www.portalsuporte.com.br 56
Quando não realizar os estudos
Quando não há necessidade ou viabilidade para fazer...
Característica atributiva (não há método coberto pelo manual ou aprovado pelo cliente)
Custo elevado para realizar o estudo (inviável – requer acordo com o cliente).
Impossibilidade de obter-se amostras suficientes ou confiáveis para o estudo.
Variação possível do sistema de medição irrelevante quando comparada com a
tolerância ou com a capabilidade do processo (alto Cpk/Ppk).
Linearidade: equipamento utilizado somente em um ponto ou em pequena faixa de
uso (recomenda-se realizar Tendência).
Estabilidade: característica se modifica durante o tempo do estudo .
Estabilidade: sem influência do ambiente ou ambiente controlado (incluem-se pessoas
com parte do ambiente).
Tendência: Sistema já estudado através de Linearidade.
Tendência/Linearidade: Avaliada preliminarmente através da calibração que indicou
não necessidade de realizar o estudo (equipamento linear por projeto).
Reprodutibilidade: Sem influência direta do operador/inspetor.
Repetibilidade: Avaliada preliminarmente através da calibração que indicou não
necessidade de realizar o estudo.

MSA – www.portalsuporte.com.br 57
Carlos Heitor Godoy Sabará
Engenheiro Mecânico
Consultor para Certificação de Sistemas da Qualidade
Auditor Qualificado ISO 9000, QS-9000 e ISO/TS 16949

.
Suporte Assessoria Empresarial
HST Qualidade Ltda.
Rua Sebastião Fabiano Dias, 30 / 903A
Belvedere
30.320-690, Belo Horizonte, MG
Fone: +(31) 9161 4810
e-mail : sabara@portalsuporte.com.br , hstq@uol.com.br

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