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Universidade Federal dodo


ABC
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ESTM006-17:
Materiais Poliméricos
POLIMERIZAÇÃO

Prof. Dr. Suel Eric Vidotti


suel.vidotti@ufabc.edu.br
Introdução
Polimerização
• Reação ou conjunto de reações nas quais moléculas menores (monômeros)
reagem entre si formando uma molécula de alta massa molar (polímero);
• Monômeros são moléculas (geralmente orgânicas) que possuem duas ou
mais funcionalidades (partes da molécula que podem reagir quimicamente);
• O GRAU DE POLIMERIZAÇÃO (n) representa a quantidade média de
meros existentes numa molécula (tamanho médio da cadeia).

OH OH
H H HOCH2 CH2OH CH2 CH2
H H
C C C C
H H
H H CH2OH CH2

Bifuncional: cadeia linear


Ex.:Termoplásticos Trifuncional (ou polifuncional):
estrutura em rede
Ex.: Termofixos 2
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Introdução
Subdivisão clássica dos tipos de polimerização (W.
H. Carothers - 1929)

Polimerização por condensação: a unidade repetitiva é diferente dos


monômeros dos quais o polímero foi formado.
 Os monômeros são polifuncionais;
 Reações que envolvem a eliminação de uma molécula de baixa
massa molar a cada etapa.
Ex.: HO-A-OH + HOOC-B-COOH → HO-A-OCO-B-COOH + H2O
diol diácido éster

Exemplos: PET, PA etc.

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Introdução
Subdivisão clássica dos tipos de polimerização (W.
H. Carothers - 1929)
Polimerização por adição: a unidade repetitiva é igual ao monômero
do qual o polímero foi formado.
 Os monômeros possuem ligações duplas;
 Não há eliminação de moléculas de baixa massa molar.
Ex.: n(H2C=CH2) → (−H2C−CH2−)n
Exemplos: PE, PP, PS, PMMA etc.

Problema!!! A classificação gerava erro em casos como o do


poliuretano (PU): polimerização por condensação mas não elimina
moléculas de baixa massa molar. uretano
Ex.: OCN−A−NCO + HO−B−OH → (O−A−O−C−N−B−N−C−)n
diisocianato diol
O H H O
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Introdução

Nova classificação
Baseada no mecanismo de polimerização:
• Polimerização por etapas: crescimento lento (em etapas) que
envolve somente um tipo de reação durante a polimerização,
podendo ou não eliminar uma molécula de baixa massa molar.
PU passa a ser incluído nesta categoria.

• Polimerização em cadeia: crescimento rápido (em cadeia) a


partir de moléculas que sofreram o processo de iniciação.

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Tipos de polimerização:

1. A−A + B−B → −(−A−AB−B−)−


Ex.: nNH2-R-NH2 + nHOOC-R’-COOH → H-[-N-R-N-C-R’-C-]n-OH + (n-1)H2O

H HO O

2. n A−B → −(−AB−)n−
Ex.: n HO-(CH2)x-COOH → HO-[-(CH2)x−C−O-]n-H + (n-1)H2O

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS

Estrutura básica dos polímeros:


–□–R–□–R–□–R–□–R–□–R–□–R–□–R–

Onde R pode ser –(CH2)n– ou fenila,


e a conexão –□– um grupo funcional que dá nome ao polímero:

–O–C– –C–N– –O–C–N–

O O H O H
éster amida uretano
(poliéster) (poliamida) (poliuretano)

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Etapas da polimerização

Altas massas molares são obtidas


apenas no final da reação!!!!!
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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Características da polimerização por etapas
 Reação sucessiva de grupos funcionais reativos existentes nos
monômeros;
 Em geral, há apenas um tipo de reação: usualmente há 2 grupos
funcionais nos monômeros (A e B). A pode reagir apenas com B e vice-
versa;
 Como os grupos funcionais são reativos entre si, não há necessidade da
adição de iniciadores para começar a reação;
 Durante a reação, moléculas de tamanhos variáveis coexistem;
 A massa molar aumenta com o tempo de reação: monômeros podem se
combinar com eles mesmos ou com outros de comprimentos variáveis​​. As
moléculas crescem durante todo o tempo de reação por colisões
aleatórias;

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS

Características da polimerização por etapas


 Reação lenta, favorecida a temperaturas elevadas; 
 Em geral, os polímeros obtidos têm massa molar baixa em comparação
com outros tipos de polimerização;
 Usualmente são produzidas cadeias lineares;
 Reação reversível: é necessário remover água (ou outro subproduto) da
mistura reacional para aumentar a conversão;
 Condição para sintetizar polímeros: Monômeros bifuncionais ou
polifuncionais:
 Funcionalidade = 2: PA, PET, PC (termoplásticos – cadeias lineares);
 Funcionalidade > 2: fenol-formaldeído (termofixo – estrutura em rede).

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Fatores que afetam a polimerização por etapas

1. Tempo de reação
- O aumento do tempo de reação permite obter polímeros com massas
molares maiores.

2. Temperatura
- O aumento na T: normalmente reduz as barreiras de energia de ativação,
facilitando a reação  molécula de maior massa molar.
- T = catalisador da reação.

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Fatores que afetam a polimerização por etapas
3. Adição não equimolar (estequiométrica) dos materiais iniciais
- Relação equimolar (mesmo nº de moléculas de cada grupo funcional): a
possibilidade de uma ponta de cadeia com um grupo funcional encontrar outra
ponta de cadeia com o outro grupo funcional é de ~ 50%;
- Quando a reação NÃO é equimolar (excesso de um dos componentes), haverá uma
concentração maior de pontas de cadeia com um dado grupo do que como o outro;
- Isso dificulta a polimerização, reduzindo sua velocidade de reação, diminuindo
o grau de polimerização e, portanto, gerando polímeros com baixa massa molar.

4. Funcionalidade (f) de um terceiro componente inicial


 f = 1: reduz a massa molar final;
 f = 3: surgimento de estrutura em rede (termofixo):
 Ex.: poliéster insaturado [ (diol + diácido) + anidrido maleico].
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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS

Maneiras de se terminar uma polimerização em etapas

• Adição não estequiométrica dos reagentes: quanto maior a


diferença de concentração, maior a probabilidade de se
encontrar o mesmo grupo funcional;

• Adição de um reagente monofuncional;

• Redução da temperatura: reduzindo a velocidade de reação


(aumentando a barreira energética da reação).

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS

Exemplos
• Poliésteres

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Exemplos
• Poliamidas

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Exemplos
• Poliuretanos

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Exemplos: Policarbonato

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS
Exemplos
• Poliaramida – principais reações

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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS –
POR ABERTURA DE ANEL
 Monômero na forma de um anel;

 Através da abertura deste anel, tem-se a geração de uma bifuncionalidade que,


se reagir consigo mesma muitas vezes, forma uma cadeia polimérica;

 Equação geral:

 Não há formação de subprodutos durante a reação;

 Ex.: polimerização da poliamida 6 (anel sofre ruptura a T acima de 200ºC e na


presença de água; ruptura da ligação amida – menor energia).

PA6
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POLIMERIZAÇÃO POR ETAPAS

Fenol-formaldeído (polímero em rede - termofixo).

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

 O centro ativo é uma insaturação (dupla ligação) e não há


formação de subprodutos.
 Crescimento rápido das cadeias com altos graus de conversão;
 Processo exotérmico (20 Kcal/mol): absorvidos 146 Kcal/mol
para a quebra da dupla ligação e liberados 166 Kcal/mol a cada
2 ligações simples formadas.
 Mecanismo: iniciação, propagação e terminação.

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Mecanismo de polimerização caracterizado por


três estágios distintos:
• Iniciação A A A A
A*
A A A A
R + CH2=CH2  R-CH2CH2

A* A A
• Propagação A A A*
A A A A
R-CH2CH2 + n CH2=CH2  R-(CH2CH2)nCH2CH2

• Terminação A A
A A A A
A A A A
R- (CH2CH2)nCH2CH2 + R’  R-(CH2CH2)nCH2CH2-R’

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA
Tipos de iniciadores
Os iniciadores podem reagir com a ligação dupla do
monômero quebrando a ligação de duas maneiras
distintas:

.C– . ⇌ C=C ⇌ +
C–C:–
C
Cisão Cisão
homolítica heterolítica

De acordo com o tipo de cisão, os iniciadores podem ser classificados:


 radicalares (cisão homolítica): polimerização via radicais livres;
 catiônicos ou aniônicos (cisão heterolítica): polimerização iônica.

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA
Polimerização via radicais livres
 Esquema básico de reação:

R .+ CH2=CHR1 => RCH2CHR. 1

Polimerização via radicais livres: Iniciação


Os iniciadores são moléculas capazes de se romperem por cisão homolítica
pela ação principalmente de:
 calor: peróxido de dibenzoila (BPO) (~70 ºC)
 luz: éteres de benzoína.

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA
Polimerização via radicais livres: Iniciação
Ex.: peróxido de dibenzoila (BPO) na polimerização do PS

Peróxido simétrico: 2 radicais iguais que atuam de forma semelhante

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Polimerização via radicais livres: Propagação

• A propagação é muito rápida (1000 unidades em 10-2 -10-3 s);


• Elevadas massas molares são atingidas logo no início da reação.

. .
RM1 + M1  RM2

. .
RMn + M1  RMn+1

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Polimerização via radicais livres: Terminação

Os radicais tendem a reagir o mais rapidamente para formarem ligações


covalentes. A terminação pode ocorrer por:
1. Interação entre dois extremos de cadeia ativos;
2. Transferência de cadeia.

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Polimerização via radicais livres: Terminação


A terminação pela interação entre duas cadeias ativas é a mais importante.
Há 2 rotas possíveis: combinação e desproporcionamento.

1A. Combinação: RMn. + R’. → RMnR’


 Ocorrência pode ser impedida pela presença de grupos laterais
volumosos.

Cadeias com alta massa molar

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Polimerização via radicais livres: Terminação


1B. Desproporcionamento: RMn .+ R’. → RMn(=) + R’
 Favorecido em detrimento da combinação qdo o grupo lateral é volumoso
(PS, PMMA).

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Polimerização via radicais livres: Terminação


2. Transferência de cadeia

- Formação de ramificações
longas (PEBD) 31
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Polimerização em cadeia (PP)

Iniciação

Propagação

Combinação Terminação Desproporcionamento

Polipropileno

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Polimerização iônica

• Carbono do centro ativo tem falta ou excesso de elétrons;


• Falta e-: gerada uma carga positiva (carbocátion) e a reação é
denominada polimerização catiônica;
• Excesso e-: carga negativa (carbânion)  polimerização
aniônica.

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA
Polimerização catiônica
• Apresenta iniciação, propagação e terminação.
• Os iniciadores são geralmente ácidos fortes (HCl, H2SO4, HClO4) ou
ácidos de Lewis (BF3, AlCl3), ácidos fortemente protônicos (H+).
Exemplo de iniciação com ácido de Lewis, formando um complexo
catalisador/co-catalisador (c/c):

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Polimerização catiônica - propagação

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA
Polimerização catiônica
A terminação pode ocorrer por uma reação de transferência de cadeia para o
monômero ou por um rearranjo molecular do par iônico:
1. Transferência
para o monômero:

2. Rearranjo com o
contra-íon:

3. Terminação
forçada:
nucleófilo

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

Polimerização aniônica ou polimerização “viva”


A polimerização aniônica é muitas vezes considerada “viva”, por não
apresentar a etapa de terminação.
 A propagação fica ativa indefinidamente, a não ser que hajam
impurezas;
 Adição de um terminador (H2O) interromperá a reação;
 Cadeias crescem até o tamanho termodinamicamente mais estável,
gerando cadeias com o mesmo tamanho, ou seja, estreita
distribuição de massa molar (polímeros com baixo índice de
polidispersão).

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA
Polimerização aniônica “viva”
Iniciação com catalisador do tipo base de Lewis:

Propagação:

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TIPOS DE POLIMERIZAÇÃO

Pode formar

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TIPOS DE POLIMERIZAÇÃO

Polimerização em cadeia

Massa molar

Polimerização em etapas

Tempo de reação

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Polimerização em cadeia - Copolímeros
• Durante a copolimerização de 2 comonômeros diferentes (M1 e M2), dependendo da
reatividade com ele mesmo ou com o outro, há a tendência de formação de copolímeros
diferentes (alternado, ao acaso ou em bloco ):

Kij = constante de reatividade;


r = razão de reatividade

• r é próxima a zero (r1 e r2 = valor pequeno e < 1): k de um monômero com ele mesmo (k11 e
K22) deve ser menor do que com o outro (k12 e k21), ou seja, a reação de comonômeros iguais é
dificultada  copolímero alternado;
• r valores grandes: reação de um comonômero com ele mesmo  copolímeros em bloco;
• r valor intermediário: não há preferência  copolímeros ao acaso.
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Polimerização em cadeia
Polimerização por coordenação
(via catálise Ziegler-Natta)
 Na década de 1950 Ziegler e Natta desenvolveram catalisadores sólidos
que permitem produzir polímeros altamente estereorregulares (PE
cadeia altamente linear - PEAD, PP iso ou sindiotático, dienos cis).
 Os catalisadores controlam a velocidade e a estereoespecificidade da
reação:
 regiosseletivos: inserção cabeça-cauda ou cabeça-cabeça;

 estereosseletivos: polímeros isotáticos ou sindiotáticos.

 A catálise é geralmente heterogênea: reação ocorre na superfície sólida


do catalisador presente no meio reacional.

Ex.: PP isotático (T ambiente); PP sindiotático (T menores).


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Polimerização por coordenação
(via catálise Ziegler-Natta)

 Em geral, os catalisadores Ziegler-Natta são complexos formados pela


combinação de haletos de metais de transição dos grupos IV-VIII com
compostos organometálicos de um metal dos grupos I a III da tabela
periódica.
Ex.: + eficientes  sais de Ti + alquila de Al = TiCl4 / (C2H5)3Al.

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Polimerização por coordenação
(via catálise Ziegler-Natta)
a) A olefina se coordena com o metal de
transição por meio da sobreposição dos
elétrons π da olefina com o orbitais d
vazio do metal.
b) A ligação entre o metal de transição e o
grupo R é enfraquecida por essa
(a) coordenação e a propagação da reação
ocorre pela inserção da olefina
complexada entre o metal e o grupo
alquila via estado de transição cíclico de
quatro membros.
c) O átomo de carbono não substituído da
(b) olefina liga-se ao metal durante a
(c;d) abertura da ligação dupla, que é sempre
uma adição cis  polímeros isotáticos.
Olefina ligada ao Ti =
d) A olefina alquilada ligada ao Ti no
R para ataque do
produto de reação será o grupo R para
monômero como no
ataque da próxima molécula de
início da reação
monômero.
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Polimerização por coordenação
(via catálise Ziegler-Natta)

 Polímeros isotáticos são produzidos


de olefinas e catalisadores desse tipo
porque o monômero sempre insere
por adição cis com o carbono não
substituído da olefina ligada ao
metal de transição.

 Se a cadeia do polímero e o orbital


vazio trocarem de posição inicial, o
posicionamento dos monômeros se
alternaria estereoquimicamente,
gerando um polímero sindiotático.

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Polimerização por
coordenação
(via catálise Ziegler-
Natta)

Terminação

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Polimerização por coordenação
(via catálise Ziegler-Natta)

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POLIMERIZAÇÃO EM CADEIA

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TÉCNICAS DE POLIMERIZAÇÃO
 Algumas vezes para um determinado monômero várias técnicas de
polimerização são possíveis.
 A escolha de uma técnica específica vai depender de uma série de
fatores:

 Fatores cinéticos relacionados ao comprimento e composição


da cadeia;
 Fatores tecnológicos, tais como troca de calor, velocidade de
reação, viscosidade da mistura reacional, morfologia do
produto;
 Fatores econômicos; custos de produção, aspectos ambientais,
etapas de purificação etc.

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TÉCNICAS DE POLIMERIZAÇÃO

Técnicas de polimerização quanto ao arranjo físico:

•Polimerização em massa (bulk);

•Polimerização em solução;

•Polimerização em suspensão;

•Polimerização em emulsão.

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PROCESSOS DE POLIMERIZAÇÃO
Polimerização em massa
• A reação ocorre apenas com o monômero, • Aplicações: chapas de acrílico.
não há outro meio líquido de • Os materiais em geral são
dispersão/solução (monômero + iniciador). opticamente transparentes e
• Muitas aplicações são limitadas por causa do livres de contaminantes.
aumento da viscosidade e do calor de
reação.
• Vantagem: qualidade do produto final que é
livre de impurezas, equipamentos simples,
não há uso de solventes orgânicos.
• Desvantagem: dificuldade em se controlar a
temperatura (pontos quentes no reator,
instabilizando o crescimento da cadeia,
aumentando a velocidade de término da
reação).
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PROCESSOS DE POLIMERIZAÇÃO

Polimerização em solução
 A presença de solvente facilita a remoção de calor da reação
(monômero + iniciador + solvente: solúveis).

 Algumas desvantagens são a possibilidade de transferência


de cadeia com o solvente e a dificuldade de remoção total
do solvente.

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PROCESSOS DE POLIMERIZAÇÃO
Polimerização em suspensão
 Água (solvente): dispersão de (gotas de monômero + iniciador) em água;
 O iniciador é dissolvido no monômero;
 Equivalente a polimerização em massa, com pequenas gotas dispersas em
água;
 O produto pode ser facilmente separado, partículas de 0,01-1mm;
 Evita problemas de calor de reação e viscosidade.

Exemplos de polímeros: PS, PVC, PVAc

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PROCESSOS DE POLIMERIZAÇÃO
Polimerização em emulsão
 Sistema composto por monômero (M), agente emulsificante
(surfactante), água (A) e iniciador (i) solúvel em água.

i i

i i

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PROCESSOS DE POLIMERIZAÇÃO
Polimerização em emulsão 1. Ao se adicionar o monômero
(apolar), parte fica na forma de gotas
e parte penetra nas micelas (região
hidrofóbica);
2. Adicionando-se o iniciador
(solúvel em água) a polimerização
nas gotas é evitada, mas ocorre nas
micelas;
3. Com a formação de polímero nas
micelas e consequente redução da
[monômero], o monômero será
forçado a sair das gotas (pressão
osmótica) e migrar para as micelas,
dando continuidade à
polimerização.
 As partículas de polímero têm de
0,05 a 1 μm de diâmetro.
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Bibliografia:
CANEVAROLO JÚNIOR, S V.; Ciência dos polímeros: um texto básico
para tecnólogos e engenheiros. Capítulo: Síntese de polímeros.
SPERLING, L H.; Introduction to physical polymer science. Capítulo:
Introduction.

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