Você está na página 1de 88

FÍSICA

CIÊNCIAS DA NATUREZA
E SUAS TECNOLOGIAS
Antonio Sérgio Martins de Castro

ck
st o
r
tte
hu
e /S
o un
teh
w hi

ELETROSTÁTICA
Capítulo 1 Carga elétrica 2
Capítulo 2 Força e campo elétrico 22
Capítulo 3 Potencial elétrico 44
Capítulo 4 Capacitores 66

Identificar, compreender e analisar aspectos relevantes sobre a diversidade dos fenômenos de natureza elétrica, presentes no
cotidiano, e estabelecer as bases teóricas para prosseguir com os estudos em Eletricidade.
1
Yu
r
iK
or
ch
ma
r/S
hu
tte
rs
CARGA ELÉTRICA
to c
k

OBJETIVOS
Professor, neste caderno voc• conta com mais de 255 atividades. DO CAPÍTULO
A eletricidade está presente em diversas situações do cotidiano. Uma melhor com-
► Compreender a propriedade
preensão dos fenômenos de natureza elétrica possibilitou o desenvolvimento de diversos
carga elétrica, definida
instrumentos, cujas aplicações contribuíram significativamente para o desenvolvimento
em razão do número de
científico, tecnológico e humano. Alguns exemplos são: a automatização de processos, o partículas elementares.
fornecimento de iluminação pública, além de diversos itens de conforto.
► Verificar atração e repulsão
Os ambientes que utilizam algumas das aplicações citadas acima requerem uma série entre elementos carregados.
de cuidados para que a eletricidade não se torne um problema. ► Identificar os diferentes
processos de eletrização.
Andrey Burmakin/Shutterstock

► Estabelecer relações entre os


processos de eletrização e as
Et_EM_3_Cad9_Fis_cap1_f003 situações do cotidiano.

Principais conceitos
que você vai aprender:
► Carga elétrica
► Eletrização por atrito
► Eletrização por contato
► Indução

Nos grandes parques gráficos, a eletricidade se faz presente não só a fim de gerar


energia para o funcionamento das impressoras rotativas, como também no processo de
impressão. A eletricidade estática é a base do funcionamento que permite à tinta aderir
ao papel. O atrito constante do papel com os componentes da impressora gera cargas
elétricas estáticas em grandes quantidades, as quais devem ser escoadas com segurança
por meio de um aterramento, deslocamento de cargas de um corpo para a Terra, evitando
choques e descargas elétricas no ambiente de trabalho. Com essa questão, é possível
levantar os conhecimentos prévios
Não só a eletrização por atrito como também os demais processos de eletrização ocor- dos alunos sobre os demais pro-
cessos de eletrização. Acrescente
rem em inúmeras situações vivenciadas no cotidiano. informações sobre a época do ano
em que a eletrização por atrito é
• Procure se lembrar de situações em que tomou um pequeno choque tocando em al- mais propensa. Fale um pouco
gum objeto ou em outra pessoa. Como você explicaria a origem desses choques? Pro- sobre a influência da umidade do
ar nesse processo, como fator de
cure recordar e listar os materiais envolvidos nessas situações. redução dessa ocorrência.

2
Introdu•‹o
Os fenômenos de natureza elétrica intrigam o homem desde sua mais remota existên-
cia. Os antigos habitantes das cavernas se assustavam e cultivavam uma grande curio-

Photo Inc/Science Source/Getty Images


sidade ao presenciarem o ofuscante flash de um raio seguido de um ensurdecedor es-
trondo de trovão. Nesse período, esses fenômenos eram interpretados como atitudes dos
deuses mitológicos. Não se conheciam as causas desse tipo de evento.
Foi um longo período de elaboração de hipóteses para tentar explicar os fenômenos
naturais, até que, no século VI a.C., o filósofo grego Tales de Mileto iniciou alguns ques-
tionamentos sobre os fenômenos da natureza, procurando compreendê-los por meio da
razão, e não como responsabilidade de seres divinos e sobrenaturais.
Uma das contribuições de Tales foi a descoberta de que alguns objetos, ao serem atri-
tados, adquirem a propriedade de atrair objetos leves, como sementes e pedaços de fo-
lhas. Alguns dados históricos relatam que ele descobriu essa propriedade atritando um
pedaço de âmbar contra um tecido de lã, o que também resultou no nome “eletricidade”, Tales de Mileto (640 a.C.-550 a.C.).
pois a palavra “âmbar” deriva do grego élektron.
No entanto, uma melhor compreensão dos fenômenos elétricos só foi desenvolvida
no período do Renascimento. Na virada do século XVIII, o cientista inglês Stephen Gray
(1666-1736) mostrou que a eletricidade podia ser transferida de um objeto para outro.
Pouco tempo depois, o francês Charles du Fay (1698-1739) constatou que havia dois ti-
pos diferentes de eletricidade, e o cientista e político estadunidense Benjamin Franklin
(1706-1790) descobriu que os raios eram fenômenos elétricos e atribuiu a notação de si-

utterstock
nais (+ ou −) para designar corpos “positivamente eletrizados” e corpos “negativamente

Falk Kienas/Sh
eletrizados”, respectivamente.

Carga elétrica
Alguns cientistas, como J. J. Thomson (1856-1940) e Ernest Rutherford (1871-1937), da O âmbar (do grego Žlektron)
área denominada Física moderna ao desenvolver suas pesquisas sobre a estrutura da é uma resina fóssil, translúcida
e alaranjada, muito utilizada
matéria propuseram um modelo para a estrutura dos átomos, no qual eles são compos- na manufatura de objetos
tos de duas regiões, o núcleo, no qual se encontram prótons e nêutrons, e a eletrosfera, ornamentais, como colares, anéis
na qual “orbitam” os elétrons. e pulseiras.

Eletrosfera
general-fmv/Shutterstock

Núcleo

Esquema da estrutura de um átomo: prótons e nêutrons se localizam no núcleo e os elétrons giram ao


redor do núcleo na eletrosfera.
FÍSICA

3
Atualmente sabemos que os prótons e os elétrons podem interagir entre si, por Definição
meio de forças de atração ou repulsão elétricas. A essa propriedade dá-se o nome de Carga elétrica (Q): propriedade
carga elétrica, que será simbolizada matematicamente pela letra Q. fundamental da matéria,
Verificações experimentais mostraram que os prótons e os elétrons têm cargas elétri- responsável pelas forças
cas de sinais opostos, com mesmo valor absoluto. Assim, se convencionou que os prótons elétricas de atração e repulsão
têm carga elétrica positiva (+) e os elétrons têm carga elétrica negativa (−). Atualmente, o à distância que ocorrem
entre partículas. No Sistema
valor absoluto das cargas do próton e do elétron é denominado de carga elementar (e) e
Internacional (SI), a unidade de
vale aproximadamente:
carga elétrica é o coulomb (C).

e = 1,6 · 10−19 C

• Próton w carga elétrica positiva w Qpróton = +1,6 · 10−19 C


• Elétron w carga elétrica negativa w Qelétron = −1,6 · 10−19 C
• Nêutron w carga elétrica nula w Qnêutron = 0
Como um coulomb representa um número grande comparado ao valor da carga des-
sas partículas, é comum utilizarmos os seguintes submúltiplos:
• 1 mC (milicoulomb) = 10−3 C
• 1 µC (microcoulomb) = 10−6 C
• 1 nC (nanocoulomb) = 10−9 C
• 1 pC (picocoulomb) = 10−12 C
Consideramos que a matéria é constituída por um grande número de átomos;
assim, para determinarmos se um objeto qualquer está eletrizado ou não, devemos
comparar o número de prótons np e o número de elétrons ne presentes nesse objeto.
Sabendo que os prótons e os elétrons têm cargas elétricas de sinais opostos, mas de
mesmo valor e = 1,6 · 10−19 C, temos:
• np = ne → o objeto está eletricamente neutro (Q = 0)
• np . ne → o objeto está eletrizado positivamente (Q . 0)
• np , ne → o objeto está eletrizado negativamente (Q , 0)
O valor da carga elétrica Q do objeto pode ser calculado pela expressão a seguir:

Q=n·e

em que n é o número de prótons ou elétrons em excesso.

Princ’pios b‡sicos da Eletrost‡tica


O avanço nos estudos sobre o comportamento dos corpos eletrizados permitiu aos
cientistas estabelecer dois princípios básicos da Eletrostática: o princípio da atração e
repulsão das cargas elétricas e o princípio da conservação das cargas elétricas. Como ve-
remos ao longo do estudo sobre a eletricidade, a explicação e a descrição dos fenômenos
eletrostáticos estão baseadas nesses dois princípios.

Atra•‹o e repuls‹o entre cargas elŽtricas


A partir das observações da interação entre os corpos eletrizados, tem-se que as car-
gas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas elétricas de sinais opostos se atraem,
conforme esquematizado na figura a seguir.

– –

Cargas elétricas
+ + de mesmo sinal
se repelem e
cargas elétricas
de sinais
opostos se
+ – atraem.

4 CAPÍTULO 1
Conservação das cargas elétricas
Outra característica observada no comportamento das cargas é que, em um sistema Observação
eletricamente isolado, a carga elétrica total do sistema se conserva, ou seja, a carga elé- 1 Na Química, os condutores
trica total do sistema antes de qualquer evento (Qantes) será igual à carga elétrica total do de eletricidade são
sistema após o evento (Qapós). caracterizados como materiais
que possuem átomos de 1 a
Qantes = Qapós 3 elétrons na última camada
eletrônica (camada de
valência). Nesse caso, esses
Interação elétrons são fracamente ligados
ao núcleo, e, durante uma

Nicku/Shutterstock
Os princípios de conservação se repetem no comportamento da ligação química, a tendência do
natureza, como nas leis de conservação da Física e da Química. átomo é doar elétrons.
O cientista francês Antoine Laurent de Lavoisier (1746-1794), Por outro lado, os isolantes de
por exemplo, demonstrou que, durante uma reação química, eletricidade são caracterizados
a massa total dos reagentes deve ser igual à massa total dos como materiais que possuem
produtos, princípio que ficou conhecido como lei da conser- átomos de 5 a 7 elétrons na
vação das massas. Já as leis da Mecânica, propostas por Isaac última camada eletrônica. Esses
Newton (1643-1727), garantem que, em um sistema isolado, a elétrons estão fortemente
quantidade de movimento do sistema se conserve. ligados ao núcleo, e, durante
uma ligação química, a
Antoine Laurent de Lavoisier, químico tendência do átomo é receber
francês que mostrou que a massa elétrons.
total em uma reação química
se conserva.

Condutores e isolantes elŽtricos


Os materiais possuem a estrutura atômica descrita acima, ou seja, são cons- Exemplos de materiais condutores
tituídos de cargas. Essa cargas podem ser transferidas de um corpo para outro, e isolantes de eletricidade: (A) fita
isolante e (B) fios de cobre.
como veremos nos processos de eletrização, ou se deslocarem dentro do corpo.
O movimento de cargas elétricas dentro do corpo pode ocorrer com maior fa-
A
cilidade em razão do arranjo dessas cargas em seu interior. No cotidiano,
podemos ouvir que alguns metais são bons condutores de eletricidade, en-
quanto outros como a borracha são isolantes elétrico. A capacidade que
os materiais têm de conduzir ou não eletricidade em seu interior pode ser
medida por uma grandeza denominada resistividade elétrica, que estuda-
remos posteriormente. Por enquanto, vamos nos restringir a uma descrição
qualitativa. 1
A partir da estrutura de um átomo, podemos observar que os elétrons giram
Images
ao redor do núcleo distribuídos em camadas. Esse movimento ocorre sob a influên- oto/Getty
/iStockph
ratmaner
cia de uma força entre os corpos carregados, o físico Charles Coulomb (1736-1806) mediu
quantitativamente essa força, obtendo uma expressão matemática para determiná-la.
De acordo com a lei de Coulomb, a intensidade da força de atração entre os elétrons
e os prótons do núcleo diminui com a distância entre eles. Com isso, quanto mais afas-
tados os elétrons estiverem do núcleo, menor será a força de atração que os mantém
presos ao átomo. B
Nos materiais condutores de eletricidade, os elétrons da última camada
eletrônica são fracamente atraídos pelo núcleo e, por isso, podem escapar
k
toc
ers

do átomo com maior facilidade. Esses elétrons, conhecidos como elétrons


utt h
v/S

livres, existem em grande abundância nos metais, fazendo com que estes
uro o

sejam bons condutores de eletricidade.


s
Ko
ry
Yu

De forma análoga, os materiais isolantes de eletricidade, como a borracha, o


plástico, a madeira e algumas cerâmicas, possuem todos os elétrons, até mesmo
os da última camada eletrônica, fortemente ligados ao núcleo, não havendo,
portanto, elétrons livres que possam escapar do átomo.
FÍSICA

5
Atividades
1. (PUC-MG) Assinale a afirmativa correta sobre o conceito 5. (Unitau-SP) Uma esfera metálica tem carga elétrica nega-
de carga elétrica. tiva de valor igual a 3,2 ∙ 10–4 C. Sendo a carga do elétron
a) É a quantidade de elétrons em um corpo. igual a 1,6 ∙ 10–19 C, pode-se concluir que a esfera contém:
b) É uma propriedade da matéria. a) 2 ∙ 1015 elétrons.
c) É o que é transportado pela corrente elétrica. b) 200 elétrons.
d) É o que se converte em energia elétrica em um circuito. c) um excesso de 2 ∙ 1015 elétrons.
A carga elétrica de um corpo está associada ao número de d) 2 ∙ 1010 elétrons.
partículas elementares.
Alternativa b
e) um excesso de 2 ∙ 1010 elétrons.
Se a carga da esfera é negativa, já podemos concluir que ela
tem elétrons em excesso.
Calculando a quantidade de elétrons, temos:
Q = n ∙ e s 3,2 ∙ 10−4 = n ∙ 1,6 ∙ 10−19 s n = 2 ∙ 1015 elétrons
2. (UEL-PR) Os corpos ficam eletrizados quando perdem ou Alternativa c
ganham elétrons. Imagine um corpo que tivesse um mol
de átomos e que cada átomo perdesse um elétron. Esse 6. (FMJ-SP) O cobalto é um elemento químico muito utilizado na
corpo ficaria eletrizado com uma carga, em coulombs, Medicina, principalmente em radioterapia. Seu número atô-
igual a: mico é 27 e cada elétron tem carga elétrica de −1,6 ⋅ 10−19 C.
(Dados: carga do elétron = 1,6 ∙ 10−19 C e 1 mol = 6,0 ∙ 1023) A carga elétrica total dos elétrons de um átomo de cobalto é,
em valor absoluto e em C, igual a:
a) 2,7 ∙ 10−43 d) 9,6 ∙ 104
−14 a) 1,68 ∙ 10−18 d) 4,32 ∙ 10−18
b) 6,0 ∙ 10 e) 3,8 ∙ 1042
−19
−4 b) 4,32 ∙ 10 e) 1,68 ∙ 10−19
c) 9,6 ∙ 10
−20
Q = n ∙ e s Q = 6 ∙ 1023 ∙ 1,6 ∙ 10−19 s Q = 9,6 ∙ 104 C c) 4,32 ∙ 10
Alternativa d Como o número atômico do cobalto é 27, ele tem 27 elétrons
em seu átomo.
Como Q = n ∙ e, temos:
Q = 27 ∙ 1,6 ∙ 10–19 s Q = 43,2 ∙ 10–19 s Q = 4,32 ∙ 10–18 C
Alternativa d
3. Num processo de transferência de elétrons de um corpo A
para um corpo B, 2,5 ∙ 1020 elétrons passam de A para B. 7. (Vunesp) De acordo com o modelo atômico atual, os
Considere que inicialmente ambos estão neutros. Após a prótons e nêutrons não são mais considerados partículas
transferência, podemos afirmar que: elementares. Eles seriam formados de três partículas ainda
a) as cargas de A e B são as mesmas. menores, os quarks. Admite-se a existência de 12 quarks
b) a carga de A é positiva e a de B é negativa. na natureza, mas só dois tipos formam os prótons e nêu-
2
c) a carga de A é negativa e a de B é positiva. trons, o quark up (u), de carga elétrica positiva, igual a
3
d) os módulos das cargas de A e B são diferentes.
do valor da carga do elétron, e o quark down (d), de carga
Quando A cede elétrons, fica positivo. Quando B recebe elé-
trons, fica negativo.
1
elétrica negativa, igual a do valor da carga do elétron.
Alternativa b 3
A partir dessas informações, assinale a alternativa que apre-
senta corretamente a composição do próton e do nêutron.
Próton Nêutron
4. A carga elétrica de um corpo é quantizada, ou seja, ela ocorre
a) d+d+d u+u+u
em múltiplos inteiros da unidade fundamental de carga e.
Entre as alternativas apresentadas a seguir, indique aquela b) u+d+d u+u+d

que não pode corresponder à carga elétrica de um corpo. c) u+u+d u+d+d


(Dado: e = 1,6 ∙ 10−19 C) d) u+u+u d+d+d
a) 1,6 ∙ 10−19 C d) 4,0 ∙ 10−19 C
e) d+d+d d+d+d
−6
b) 2,0 ∙ 10 C e) 3,2 ∙ 10−18 C
O próton (carga +e) deve ser formado por dois quarks up e um
c) 6,4 ∙ 10−12 C quark down, assim:
Dos valores apresentados, o único que não é múltiplo inteiro 2 2 1
da unidade fundamental de carga elétrica (1,6 ∙ 10−19 C) é o u+u+d=+ e+ e− e=+e
4,0 ∙ 10−19 C. 3 3 3
Alternativa d O nêutron (carga nula) deve ser formado por um quark up e
dois quarks down, pois:
2 1 1
u+d+d=+ e– e– e=0
3 3 3
Alternativa c

6 CAPÍTULO 1
8. +Enem [H21] Como se sabe, o cobre é um metal muito a) Os elétrons saem do material.
empregado na fabricação de fios para instalações elétri- b) Os elétrons não se movimentam.
cas. Os metais são condutores de eletricidade, pois neles c) Os elétrons ficam distribuídos de maneira uniforme
há os chamados “elétrons livres”, que são os elétrons sobre toda a superfície do material.
mais afastados do núcleo e, por isso, fracamente ligados d) Os elétrons ficam localizados no centro geométrico do
a ele. Esses elétrons se deslocam com facilidade dentro material.
do material. e) Os elétrons livres se ligam a um átomo ionizado
positivamente.
Uma vez que os elétrons livres buscam ficar mais afastados
entre si, a configuração mais favorável para que isso ocorra
será quando eles se distribuem de maneira uniforme na su-

TADDEUS/Shutterstock
perfície do material. Se os elétrons fossem ejetados do mate-
rial, eles ficariam mais afastados ainda. Entretanto, esse caso
ocorre somente se os elétrons adquirem energia cinética o
suficiente.
Alternativa c

Além disso, sabe-se que cargas elétricas de mesmo sinal


se repelem mutuamente, buscando ficar o mais afastadas
possível entre si, e cargas elétricas de sinal contrário se
atraem mutuamente.
Assinale a alternativa que descreve a distribuição de car-
gas elétricas dentro de um material condutor.

Tarefa proposta 1 a 11
Complementares
9. (Esam-RN) As palavras que completam corretamente as 11. (PUC-PR) Um corpo possui 5 ∙ 1019 prótons e 4 ∙ 1019 elétrons.
lacunas do texto abaixo são, respectivamente: Considerando a carga elementar igual a 1,6 ∙ 10–19 C, este
Se a um corpo eletricamente neutro acrescentarmos corpo está:
partículas negativas, desaparece o equilíbrio de cargas. a) carregado negativamente com uma carga igual a
O efeito total das partículas negativas supera o das posi- 1 ∙ 10 –19 C.
tivas e podemos dizer que o corpo está carregado nega- b) neutro.
tivamente. Podemos também carregar positivamente um c) carregado positivamente com uma carga igual a
objeto partículas e deixando, portanto, 1,6 C.
um excesso de cargas .
d) carregado negativamente com uma carga igual a 1,6 C.
a) acrescentando; negativas; positivas
e) carregado positivamente com uma carga igual a
b) retirando; negativas; positivas 1 ⋅ 10–19 C.
c) retirando; positivas; negativas
12. (UPE) Duas esferas isolantes, A e B, possuem raios iguais
d) acrescentando; positivas; negativas a RA e RB e cargas, uniformemente distribuídas, iguais a
e) retirando; positivas; positivas QA e QB, respectivamente. Sabendo-se que 5QA = 2QB e
10. (UFPE) Considere os materiais: ainda que 10RA = 3RB, qual a relação entre suas densidades
1. Borracha ρ Q
volumétricas de cargas A ? (Dado: ρ = )
2. Porcelana ρB V
3. Alumínio 100
a)
9
4. Nylon
5. Vidro 15
b)
6. Ouro 8
7. Mercúrio 200
c)
6
8. Madeira
Assinale a alternativa abaixo, na qual os três materiais ci- 400
d)
tados são bons condutores: 27
a) 5, 7 e 8 c) 3, 4 e 6 280
e)
b) 3, 5 e 6 d) 3, 6 e 7 9
FÍSICA

7
Processos de eletrização
De acordo com o que foi visto até o momento, podemos afirmar que um objeto cons-
tituído pelo mesmo número de prótons e elétrons possui carga elétrica total nula. Para
eletrizar esse objeto, é necessário desequilibrar suas cargas, ou seja, fazer com que ele
tenha mais prótons do que elétrons, ou vice-versa. Como não podemos alterar o número
de prótons dos átomos, pois eles não se movem no átomo, a eletrização deve ser realizada
adicionando-se ou retirando-se elétrons. Estudaremos agora os três principais processos
para eletrizar um corpo: a eletrização por atrito, a eletrização por contato e a eletrização
por indução.

Eletrização por atrito


Na clássica experiência realizada por Tales de Mileto, uma pedra de âmbar e um pe- Observação
daço de lã, ambos inicialmente neutros, foram atritados. Em razão das diferentes confi- 1 Se ocorrer eletrização
gurações atômicas dos dois materiais, haverá uma transferência de elétrons da lã para por atrito entre dois corpos
o âmbar. Com isso, o pedaço de lã, ao perder elétrons, fica eletrizado positivamente, e o inicialmente neutros, as cargas
âmbar, recebendo esses elétrons, ficará eletrizado negativamente. 1 elétricas adquiridas por esses
A eletrização por atrito pode ser observada em situações cotidianas. A criança da ima- corpos serão de mesmo módulo,
porém de sinais contrários.
gem a seguir escorregou por diversas vezes no brinquedo inflável. A cada descida, o atrito
do material emborrachado do brinquedo com suas roupas promove eletrização. Na ima-
gem em destaque, observe os cabelos da criança. Por ter sido carregado, cada fio, com
carga de mesmo sinal, se repele.
Após cada descida, o cabelo
Oleg Mikhaylov/Shutterstock

se eletrizou pelo atrito com o


brinquedo.

Curiosidade
1 Ao pentearmos nossos
cabelos, ocorre eletrização,
que pode ser acentuada de
acordo com o tipo de material
do pente e a umidade do
O processo de eletrização por atrito ocorre com maior facilidade em materiais iso- ar. Algumas pessoas, ao usar
lantes de eletricidade, pois nesses corpos as cargas transferidas permanecem neles. Nos escova ou pentes de náilon,
condutores as cargas podem escoar, ou seja, o corpo pode descarregá-las ao entrar em encontram dificuldade para
contato com outro corpo, como nossas mãos. 1 se pentear, pois a escova
passa a atrair os cabelos. Isso
deixará os fios eletrizados
Eletrização por contato com cargas elétricas de sinais
iguais, levando-os a se repelir
O processo de eletrização por contato ocorre preferencialmente em objetos e deixando o cabelo eriçado.
condutores de eletricidade, em presença de um objeto inicialmente eletrizado. Para que isso não aconteça,
Considere duas esferas metálicas, A e B, em que uma delas está eletrizada negati- é mais adequado utilizar um
vamente e a outra está neutra. Ao colocarmos essas esferas em contato, uma parte pente de madeira, pela menor
do excesso de elétrons da esfera A é transferida para a esfera B, que adquire carga eletrização entre esse material
elétrica negativa. e os fios de cabelo.

8 CAPÍTULO 1
Assim, ao final do processo, ambas as esferas estarão eletrizadas com cargas elé-
tricas de mesmo sinal.
− −
− −
Antes A B
− −
− − Elétrons
QA < 0 QB = 0

A B
− −
− −
Após A B
− −
− −
Q’A < 0 Q’B < 0

Caso a esfera A estivesse carregada positivamente, durante o contato haveria transfe- Observação
1 Na eletrização por contato,
rência de elétrons da esfera B para a esfera A. Ao perder parte dos seus elétrons, a esfera
B ficará eletrizada positivamente. Já a esfera A, mesmo recebendo elétrons, continua com os corpos ficam eletrizados com
cargas elétricas de mesmo sinal;
excesso de prótons, o que resulta em uma carga positiva. 1
se as esferas forem condutoras
+ + com mesmo formato e
+ +
Antes A B dimensões, a carga adquirida
+ + será de mesmo valor.
Elétrons
+ +
QA > 0 QB = 0

A B
+ +
+ +
Após A B
+ +
+ +
Q’A > 0 Q’B > 0

Para um sistema eletricamente isolado, a carga elétrica total se conserva.


Qantes = Qapós s QA + QB = Q'A + Q'B

Decifrando o enunciado Lendo o enunciado


Suportes isolantes: Observe que
Durante uma experiência para observar os efeitos eletrostáticos, um aluno coloca duas es-
esta condição é fundamental
feras condutoras idênticas, A e B, apoiadas em suportes isolantes. Inicialmente, a esfera A para que a análise sobre o fluxo
estava eletrizada positivamente com carga elétrica QA = +16 µC, e a esfera B estava neutra, de cargas de uma esfera para
como representado na figura A. Com um fio condutor, o aluno ligou as duas esferas, como outra ocorra apenas pelo fio
representado na figura B e observou que, após alguns segundos, ambas estavam eletrizadas. condutor.
QA = +16 μC QB = 0 Conservação da carga total:
Fio condutor
Lembre-se de que a carga total
A B A B do sistema é sempre constante.
Carga elementar: A carga
elétrica adquirida por cada uma
das esferas dependerá dessa
carga.
Atenção: Apenas os elétrons se
movimentam.
Para essa situação, estime a quantidade de elétrons que passaram pelo fio e em que sentido.
Resolução
Após a ligação, a esfera B adquire carga elétrica positiva ao perder elétrons para a esfera A.
Como as esferas são idênticas, elas ficarão com cargas iguais:
Q’A = Q’B = Q’
Pelo princípio da conservação das cargas, temos:
16
QA' + QB' = QA + QB s Q' + Q' = +16 + 0 s Q' = s Q' = + 8 ⋅ µ ⋅ C
2
Considerando que a carga elementar é e = 1,6 ∙ 10−19 C, podemos estimar o número de
elétrons perdidos pela esfera B.
8 ⋅ 10−6
Q = n ⋅ e s 8 ⋅ 10−6 = n ⋅ 1, 6 ⋅ 10−19 s n = = 5 ⋅ 1013 elétrons
1, 6 ⋅ 10−19
FÍSICA

9
Eletrização por indução
O processo de eletrização por indução difere dos processos estudados anteriormente
pelo fato de que para que ele ocorra os objetos não necessitam estar em contato.
Considere uma esfera condutora, inicialmente neutra, que será eletrizada; para isso
dispomos de um bastão eletrizado positivamente e um fio de aterramento. O processo da
eletrização por indução ocorre em quatro etapas descritas a seguir.

1 Aproximamos um bastão eletrizado (indutor) 3 Mantendo o indutor próximo ao induzido,


de uma esfera inicialmente neutra, que se corta-se o fio de ligação com a Terra,
eletrizará (induzido). Observe que a presença impossibilitando que os elétrons recebidos
do indutor provocará uma redistribuição da voltem para a Terra.
carga no corpo induzido.

+ + + –
Corpo eletrizado Corpo neutro
+ Q<0
+ + + –
– + – Terra
+ + + – +
+ Q=0
+ + + – +
– +

2 Após a redistribuição da carga no corpo 4 Afasta-se o indutor da esfera e se obtém


induzido, este é ligado à Terra por um um corpo eletrizado com carga de sinal
fio condutor. Como o indutor tem carga oposto ao da carga do indutor.
positiva, ele vai atrair elétrons da Terra para
a esfera, eletrizando-a negativamente. – –
Na primeira imagem, a adolescente
– Q<0 –
– toca a esfera metálica com o
+ + + – – gerador desligado; logo depois,
– –
+ Q<0 quando em contato com a esfera
+ + + –
– – com o gerador ligado, parte da
Terra
carga elétrica que se concentra na
superfície externa se transfere para
a jovem, causando o efeito dos
Gerador de Van de Graaff cabelos arrepiados.

Um dispositivo que pode gerar um excesso de cargas em sua ex-

FOTOS: Ted Kinsman/Science Source/Diomedia


tremidade é denominado gerador eletrostático e foi construído por
Robert Jemison van de Graaff (1901-1967) no início de 1931. O equipa-
mento é constituído de um sistema de correia de borracha e escovas
metálicas. Ao serem atritadas, as escovas retiram elétrons da correia.
Esses elétrons carregam eletricamente uma esfera grande; uma esfera
menor compõe o sistema para aterrar e descarregar a esfera maior.
O gerador de Van de Graaff é usado para carregar outros corpos por
contato ou para demonstrar o processo de eletrização por indução.
Esfera met‡lica Coletor

Vista interna de
um gerador de
Van de Graaff.
Correia

Voltagem
Receptor

10 CAPÍTULO 1
Eletroscópio
Identificar um corpo carregado de eletricidade não pode ser feito visualmente. Quan-
do há necessidade de avaliar a eletrização de um objeto, utiliza-se um aparelho denomi-
nado eletroscópio.
O eletroscópio é constituído por uma esfera metálica, fixada na extremidade de uma
haste também metálica, e duas tiras de papel-alumínio ou finas lâminas de ouro na extre-
midade oposta da haste.

Esfera metálica

Haste metálica
haryigit/Shutterstock

Tiras metálicas

Recipiente de vidro

Eletroscópio, do grego élektron, que significa “eletricidade”, e skopeuo, “observar”.

A extremidade da haste que contém as tiras fica imersa em uma garrafa transparente.
Dessa forma, as tiras não sofrem influências externas, como das correntes de ar.
Considere o eletroscópio do esquema anterior eletricamente neutro, ou seja, o núme-
ro de elétrons é igual ao número de prótons. Em certo instante, um corpo eletricamente
carregado se aproxima da esfera do eletroscópio sem tocá-la. Como todas as partes do
eletroscópio são metálicas, vai ocorrer uma indução eletrostática.
– –
– –
– – ++ +
– – +++
– –
haryigit/Shutterstock

Observação
1 Dois corpos se repelem
Um corpo carregado positivamente induz na esfera do eletroscópio carga elétrica ne- eletricamente quando ambos
gativa. Os elétrons em excesso na esfera são provenientes da região do eletroscópio mais estiverem carregados com
afastada do corpo, as tiras, que passam agora a armazenar cargas elétricas positivas e se cargas de sinais iguais. Dois
repelem provocando o afastamento entre elas observado na imagem. corpos se atraem quando
Assim, quando um corpo for aproximado da esfera de um eletroscópio neutro, podem ambos estiverem carregados
com cargas elétricas de sinais
ocorrer duas situações:
contrários, ou quando um corpo
• se as tiras não se afastarem, significa que o corpo se encontra eletricamente neutro; estiver carregado e o outro,
• se as tiras se afastarem, significa que o corpo está eletricamente carregado. 1 neutro.
FÍSICA

11
Pêndulo eletrostático
Existe um outro aparelho que pode ser utilizado nas experiências com cargas elétri-
cas, os pêndulos eletrostáticos – esferas condutoras muito leves e presas em um suporte
vertical por fios finos, flexíveis e isolantes elétricos. Para se obter uma esfera nessas condi-
ções, pode-se pintar uma esfera de isopor com uma tinta metálica, tornando-a condutora
de eletricidade.

Na presença de um corpo
carregado de eletricidade, a esfera
− + − − −
− − que está eletricamente neutra
− −
− + − sofre indução, sendo atraída pelo
− −
− − indutor se deslocando de sua
posição de equilíbrio.

Contextualize
As máquinas copiadoras
As copiadoras surgiram para facilitar o trabalho de escritórios por todo o mundo. Apesar de, inicialmente, terem sido consi-
deradas uma invenção desacreditada, concebida pelo físico americano Chester Floyd Carlson (1906-1968), em 1937, ganharam
força quando uma pequena empresa, a Haloid, resolveu bancar seu desenvolvimento 13 anos depois. A partir desse momento, o
sucesso de vendas foi tão significativo que a empresa se expandiu pelo mundo, já com um novo nome, tornando-se uma referên-
cia em copiadoras e até confundindo seu nome com o do próprio equipamento, a Xerox.
Um equipamento revolucionário com um princípio físico simples, relacionado com a atração e a repulsão de cargas elétricas.
Abaixo do vidro, no local em que colocamos a folha de papel para copiar, existe uma placa metálica ou um cilindro fotocondutor
que se carrega positivamente ao ser ligado.
Quando acionado o procedimento de cópia, uma luz percorre toda a folha de papel, refletindo nas partes em branco e sendo
absorvida nas partes escuras. Essa luz refletida retorna para a placa ou cilindro fotocondutor anulando a carga positiva dessa
região. Dessa forma, o cilindro, contendo regiões carregadas e descarregadas, está pronto para a parte final do processo.
Na sequência, entra em cena o toner, um pó preto, carregado previamente com carga negativa, que é lançado sobre o cilindro
fotocondutor. Então, um mecanismo puxa o papel em que será feita a cópia, o qual entra em contato com o cilindro, atraindo as
cargas opostas.
Após esse processo, o papel sofre um pequeno aquecimento, realizado pelo chamado fusor, suficiente para a perfeita fixação
do pó preto na folha.
A evolução desses equipamentos é constante; pesquise um pouco mais sobre os novos modelos e identifique as possíveis
diferenças existentes no processo físico da aquisição da imagem para a fixação no papel.

Atividades
13. (Cefet-MG) Um corpo A fica eletrizado positivamente quando atritado em um corpo B e, em seguida, são colocados em
suportes isolantes. Quando as barras metálicas C e D tocam, respectivamente, A e B, ocorre transferência de:
a) elétrons de C para A e de B para D. c) elétrons de C para A e prótons de D para B.
b) prótons de A para C e de D para B. d) prótons de A para C e elétrons de B para D.
Na eletrização por atrito, os corpos adquirem cargas de mesmo módulo e de sinais opostos. Assim, se o corpo A é eletrizado posi-
tivamente, o corpo B é eletrizado negativamente. Considerando que as barras metálicas C e D estão inicialmente neutras, passarão
elétrons de C para A e de B para D.
Alternativa a

12 CAPÍTULO 1
14. (Fatec-SP) Analise as afirmações a seguir:

Reprodução/FUVEST, 2002.
I. Todo objeto que tem grande quantidade de elétrons
está eletrizado negativamente.
II. Eletrizando-se por atrito dois objetos neutros, obtêm-
-se, ao final deste processo de eletrização, dois obje-
tos eletrizados com carga de mesmo sinal. a) QA , 0 QB . 0 QC . 0
b) QA , 0 QB = 0 QC = 0
III. Encostando-se um objeto A, eletrizado negativamen-
te, em um pequeno objeto B, neutro, após algum c) QA = 0 QB , 0 QC , 0
tempo o objeto A ficará neutro. d) QA . 0 QB . 0 QC = 0
Deve-se concluir, da análise dessas afirmações, que: e) QA . 0 QB , 0 QC . 0
a) apenas I é correta. O conjunto forma a configuração de uma eletrização por indu-
ção, em que A atua como indutor, assim ao retirar o fio conec-
b) apenas II é correta. tado à Terra A não se altera, e B e C ficam com carga positiva.
c) apenas II e III são corretas. Alternativa a
d) I, II e III são corretas.
e) não há nenhuma correta. 17. (UEL-PR) Na figura a seguir, está representado um ele-
I. (F) Mesmo tendo grande quantidade de elétrons, o cor-
po pode ter quantidade igual ou maior de prótons e estar ele- troscópio de lâminas eletrizado. Um eletroscópio, nessas
trizado positivamente, ou neutro. condições, fica com suas lâminas móveis separadas devido
II. (F) No atrito há passagem de elétrons de um corpo para à repulsão eletrostática. Como é sabido, o eletroscópio é
outro, portanto as cargas obtidas são iguais em módulo, mas um detector de cargas. Ele é constituído por condutores
têm sinais opostos.
III. (F) Depois de atingido o equilíbrio eletrostático, ambos de eletricidade, e uma parte desses condutores é envolvida
permanecerão eletrizados negativamente. por um isolante. O que ocorre ao se aproximar da cabeça
Alternativa e do eletroscópio eletrizado um bastão eletrizado de mesma
carga que a desse eletroscópio?

Cabeça

Isolante
15. (IFSC) Eletrizar um corpo significa deixá-lo com uma di-
ferença entre o número de cargas positivas e negativas.
Um corpo carregado positivamente significa que tem mais
cargas positivas do que negativas. Um corpo carregado ne-
Lâminas móveis
gativamente tem mais cargas negativas do que positivas.
É CORRETO afirmar que os três processos de eletrização são:
a) condução, radiação e convecção.
b) atrito, contato e condução.
a) As lâminas do eletroscópio permanecerão como estão,
c) indução, condução e radiação. pois o aparelho já se encontra eletrizado.
d) atrito, contato e indução. b) As lâminas do eletroscópio se aproximarão, pois o bas-
e) evaporação, ebulição e calefação. tão eletrizado atrairá as cargas de sinal oposto.
Alternativa d
c) As lâminas do eletroscópio se aproximarão, pois as
cargas do bastão eletrizado serão repelidas pelas car-
gas do aparelho.
d) As lâminas do eletroscópio irão se separar mais, pois
as cargas distribuídas pela cabeça e lâminas vão se
concentrar mais nestas últimas.
16. (Fuvest-SP) Três esferas metálicas iguais, A, B e C, estão e) As lâminas do eletroscópio permanecerão como estão,
apoiadas em suportes isolantes, tendo a esfera A carga pois as cargas do bastão eletrizado serão repelidas pe-
elétrica negativa. Próximas a ela, as esferas B e C estão em las cargas do aparelho.
contato entre si, sendo que C está ligada à terra por um A aproximação de um objeto eletrizado com a mesma carga
do eletroscópio faz com que haja maior concentração de car-
fio condutor, como na figura. A partir dessa configuração, gas desse sinal nas lâminas do eletroscópio, aumentando a
o fio é retirado e, em seguida, a esfera A é levada para repulsão entre elas.
muito longe. Finalmente, as esferas B e C são afastadas Alternativa d
uma da outra. Após esses procedimentos, as cargas das
três esferas satisfazem as relações
FÍSICA

13
18. +Enem [H17] A série triboelétrica é ordenada de acordo com 19. (UEPG-PR) Com o experimento da gota de óleo realizado
dois critérios. Cada material é eletrizado negativamente ou pelo físico Robert Andrews Millikan (1868-1953), foi pos-
positivamente se atritado com qualquer outro material que o sível observar a quantização da carga elétrica e estabelecer
antecede ou sucede na série. Considere a seguinte série: numericamente um valor constante para a mesma. Sobre
a carga elétrica e o fenômeno de eletrização de corpos,
SŽrie triboelŽtrica
assinale o que for correto.
Pele de coelho (01) A carga elétrica é uma propriedade de natureza ele-
Vidro
tromagnética de certas partículas elementares.
(02) Um corpo só poderá tornar-se eletrizado negativa-
+ Mica mente se for um condutor.
Lã (04) Quando atrita-se um bastão de vidro com um pano
de lã, inicialmente neutros, ambos poderão ficar
Pele de gato eletrizados. A carga adquirida por cada um será
igual em módulo.
Seda
Tendência (08) Qualquer excesso de carga de um corpo é um múl-
de Algodão tiplo inteiro da carga elétrica elementar.
eletrização 01. Verdadeira.
Madeira 02. Falsa. Os não condutores de eletricidade também po-
dem ser eletrizados. Como exemplos: um balão de borracha,
Âmbar uma régua ou um pente de plástico.
04. Verdadeira.
Ebonite 08. Verdadeira.
− Cobre
Soma 13 (01 + 04 + 08)

Enxofre

Celuloide

Atrita-se um pano de lã em uma barra de vidro, inicial- 20. (PUC-RJ) Dois bastões metálicos idênticos estão carregados
mente neutros. Posteriormente, coloca-se uma esfera de com a carga de 9 µC. Eles são colocados em contato com
cobre em contato com o pano de lã, separando-os logo um terceiro bastão, também idêntico aos outros dois, mas
em seguida. No final desse processo, os sinais das cargas cuja carga líquida é zero. Após o contato entre eles ser
elétricas do pano de lã, da esfera de cobre e da barra de estabelecido, afastam-se os três bastões.
vidro serão, respectivamente: Qual é a carga líquida resultante, em µC no terceiro bastão?
a) negativo, positivo e positivo. a) 3,0 b) 4,5 c) 6,0 d) 9,0 e) 18
b) positivo, negativo e positivo. Pelo processo de eletrização por contato e, considerando o
c) negativo, positivo e negativo. princípio da conservação de carga, temos:
Qt = Q1 + Q2 + Q3 sendo Qt = constante
d) positivo, positivo e negativo. Assim, a carga total é: 9 µC + 9 µC = 18 µC
e) negativo, negativo e positivo. Ao colocá-las em contato simultâneo, temos:
No primeiro processo, a barra de vidro adquire carga positiva, Q 18
enquanto o pano de lã, carga negativa. No segundo processo, Q3 = t s Q3 = = 6 µC
3 3
a esfera de cobre, inicialmente neutra, adquire carga negativa
oriunda do pano de lã. A sequência correta é negativo, nega- Alternativa c
tivo e positivo.
Alternativa e

Tarefa proposta 12 a 31
Complementares
21. (Mack-SP) Uma esfera metálica A eletrizada com carga elétrica igual a − 20 µC, é colocada em contato com outra esfera
idêntica B, eletricamente neutra. Em seguida, encosta-se a esfera B em outra C, também idêntica eletrizada com carga
elétrica igual a 50,0 µC. Após esse procedimento, as esferas B e C são separadas.
A carga elétrica armazenada na esfera B, no final desse processo, é igual a:
a) 20,0 µC d) 50,0 µC
b) 30,0 µC e) 60,0 µC
c) 40,0 µC

14 CAPÍTULO 1
22. (UFRGS-RS) Em uma aula de Física, foram utilizadas duas Inicialmente M1 e M3 têm cargas iguais, com valor Q, e
esferas metálicas idênticas, X e Y. X está suspensa por M2 está descarregada. São realizadas duas operações, na
um fio isolante na forma de um pêndulo e fica sobre um sequência indicada:
suporte isolante, conforme representado na figura abaixo. I. A esfera M1 é aproximada de M2 até que ambas fi-
As esferas encontram-se inicialmente afastadas, estando quem em contato elétrico. A seguir, M1 é afastada até
X positivamente carregada e Y eletricamente neutra. retornar à sua posição inicial.
Reprodução/UFRGS-RS, 2015

II. A esfera M3 é aproximada de M2 até que ambas fi-


quem em contato elétrico. A seguir, M3 é afastada até
retornar à sua posição inicial.
Após essas duas operações, as cargas nas esferas serão
Considere a descrição abaixo de dois procedimentos cerca de
simples para demonstrar possíveis processos de eletriza- M1 M2 M3
ção e, em seguida, assinale a alternativa que preenche Q Q Q
a)
corretamente as lacunas dos enunciados, na ordem em 2 4 4
que aparecem. Q 3Q 3Q
b)
I. A esfera Y é aproximada de X sem que elas se to- 2 4 4
quem. Nesse caso, verifica-se experimentalmente que 2Q 2Q 2Q
a esfera X é pela esfera Y. c)
3 3 3
II. A esfera Y é aproximada de X sem que elas se to- 3Q Q 3Q
quem. Enquanto mantida nessa posição, faz-se uma d)
4 2 4
ligação da esfera Y com a terra, usando um fio condu-
tor. Ainda nessa posição próxima de X interrompe-se e) Q zero Q
o contato de Y com a terra e, então, afasta-se nova- 24. (Fazu-MG) Tem-se quatro corpos – X, Y, Z e W – ini-
mente Y de X. Nesse caso, a esfera Y fica . cialmente neutros. Atrita-se X com Y. Eles se eletrizam.
a) atraída – eletricamente neutra O corpo Z é, a seguir, eletrizado por contato com X, e W
b) atraída – positivamente carregada é eletrizado por indução, utilizando-se Y como indutor.
c) atraída – negativamente carregada Os sinais das cargas elétricas que X, Y, Z e W poderiam
d) repelida – positivamente carregada ter adquirido são:
e) repelida – negativamente carregada X Y Z W
23. (Fuvest-SP) Três esferas metálicas, M1, M2 e M3, de mesmo
diâmetro e montadas em suportes isolantes, estão bem a) + + – –

afastadas entre si e longe de outros objetos. b) – – + +


Reprodução/FUVEST, 2008.

c) + – – +

d) + – + +

e) – + + +

Tarefa proposta
1. (Uece) Um condutor elétrico metálico, de formato irregular e isolado, está carregado com uma carga positiva total +Q.
Pode-se afirmar corretamente que a carga +Q:
a) é o somatório das cargas dos prótons que compõem o condutor.
b) está distribuída uniformemente por toda a superfície externa do condutor.
c) está distribuída uniformemente por todo o condutor, exceto pela sua superfície.
d) é o saldo do balanço entre as cargas dos prótons e dos elétrons que compõem o condutor.
2. (UFMG) Um isolante elétrico:
a) não pode ser carregado eletricamente.
b) não contém elétrons.
c) tem de estar no estado sólido.
d) tem, necessariamente, resistência elétrica pequena.
e) não pode ser metálico.
FÍSICA

15
3. (FGV-SP) Deseja-se eletrizar um objeto metálico, inicial- 7. (UFPB/PSS) A carga elétrica é conhecida pela humanidade
mente neutro, pelos processos de eletrização conhecidos, desde o ano de 600 a.C. O estudo de suas propriedades
e obter uma quantidade de carga negativa de 3,2 µC. possibilitou o controle da sua manipulação e, consequen-
Sabendo-se que a carga elementar vale 1,6 ∙ 10-19 C, para temente, o entendimento da eletrização da matéria. Esse
se conseguir a eletrização desejada será preciso: enorme progresso no estudo da carga elétrica ensejou ex-
a) retirar do objeto 20 trilhões de prótons. traordinários avanços tecnológicos, tais como as recentes
b) retirar do objeto 20 trilhões de elétrons. telas de toque (touch screen) dos computadores atuais.
c) acrescentar ao objeto 20 trilhões de elétrons. Sobre as propriedades das cargas elétricas, identifique as
afirmativas corretas.
d) acrescentar ao objeto cerca de 51 trilhões de elétrons.
e) retirar do objeto cerca de 51 trilhões de prótons. I. A carga elétrica é uma propriedade intrínseca das par-
tículas fundamentais que compõem a matéria.
4. (Fuvest-SP) A lei de conservação da carga elétrica pode ser
enunciada como segue: II. A carga elétrica é uma grandeza quantizada.
a) A soma algébrica dos valores das cargas positivas e III. A carga elétrica dá origem a uma força exclusivamen-
negativas em um sistema isolado é constante. te de repulsão, chamada de força elétrica.
b) Um objeto eletrizado positivamente ganha elétrons ao IV. A eletrização da matéria pode ocorrer quando um cor-
ser aterrado. po perde ou recebe elétrons.
c) A carga elétrica de um corpo eletrizado é igual a um V. A conservação da carga elétrica é sempre verificada em
número inteiro multiplicado pela carga do elétron. um sistema isolado de cargas elétricas que interagem.
d) O número de átomos existentes no Universo é constante. 8. (PUCC-SP) Os relâmpagos e os trovões são consequência
e) As cargas elétricas do próton e do elétron são, em mó- de descargas elétricas entre nuvens ou entre nuvens e o
dulo, iguais. solo. A respeito desses fenômenos, considere as afirma-
5. (UFC-CE) Uma esfera de cobre com raio da ordem de mi- ções que seguem.
crômetros possui uma carga da ordem de dez mil cargas I. Nuvens eletricamente positivas podem induzir cargas
elementares, distribuídas uniformemente sobre sua su- elétricas negativas no solo.
perfície. Considere que a densidade superficial é mantida
II. O trovão é uma consequência da expansão do ar aquecido.
constante. Assinale a alternativa que contém a ordem de
grandeza do número de cargas elementares em uma es- III. Na descarga elétrica, o relâmpago é consequência da
fera de cobre com raio da ordem de milímetros. ionização do ar.
a) 1019 Dentre as afirmações:
b) 1016 a) somente I e II são corretas.
c) 1013 b) I, II e III são corretas.
d) 1010 c) somente I é correta.
e) 101 d) somente II é correta.
e) somente III é correta.
6. (Unifor-CE) Sabemos que eletrostática é a parte da Física
responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso. 9. (UFRGS-RS) Considere dois balões de borracha, A e B.
A história nos conta que grandes cientistas como Tales de O balão B tem excesso de cargas negativas; o balão A, ao
Mileto conseguiram verificar a existência das cargas elétricas. ser aproximado do balão B, é repelido por ele. Por outro
Analise as afirmações abaixo acerca do assunto. lado, quando certo objeto metálico isolado é aproximado
I. Um corpo é chamado neutro quando é desprovido de do balão A, este é atraído pelo objeto.
cargas elétricas. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu-
nas do enunciado a seguir, na ordem em que aparecem.
II. A eletrostática é descrita pela conservação de cargas elétri-
A respeito das cargas elétricas líquidas no balão A e no
cas, a qual assegura que, em um sistema isolado, a soma
objeto, pode-se concluir que o balão A só pode e
de todas as cargas existentes será sempre constante.
que o objeto só pode .
III. A carga elétrica elementar é a menor quantidade de a) ter excesso de cargas negativas − ter excesso de car-
carga encontrada na natureza.
gas positivas
IV. No processo de eletrização por atrito, a eletrização b) ter excesso de cargas negativas − ter excesso de cargas
não depende da natureza do material. positivas ou estar eletricamente neutro
É CORRETO apenas o que se afirma em:
c) ter excesso de cargas negativas − estar eletricamen-
a) I e II te neutro
b) III e IV d) estar eletricamente neutro − ter excesso de cargas po-
c) I e IV sitivas ou estar eletricamente neutro
d) II e III e) estar eletricamente neutro − ter excesso de cargas
e) II e IV positivas

16 CAPÍTULO 1
10. (UFTM-MG) Em uma festa infantil, o mágico resolve a) inverter o passo III com IV, e que sua conclusão
fazer uma demonstração que desperta a curiosidade está correta.
das crianças ali presentes. Enche uma bexiga com ar, b) inverter o passo III com IV, e que sua conclusão está errada.
fecha-a, e, a seguir, após esfregá-la vigorosamente c) inverter o passo I com II, e que sua conclusão está errada.
nos cabelos de uma das crianças, encosta o balão em d) inverter o passo I com II, e que sua conclusão está correta.
uma parede lisa e perfeitamente vertical. Ao retirar a
e) inverter o passo II com III, e que sua conclusão está errada.
mão, a bexiga permanece fixada à parede. Qual foi a
“mágica”? 13. (Unifesp) Uma estudante observou que, ao colocar sobre
uma mesa horizontal três pêndulos eletrostáticos idênticos,
a) O ar da bexiga interage com a parede, permitindo o
equidistantes entre si, como se cada um ocupasse o vértice
repouso da bexiga.
de um triângulo equilátero, as esferas dos pêndulos se
b) Ao ser atritada, a bexiga fica eletrizada e induz a distri-
atraíram mutuamente. Sendo as três esferas metálicas, a
buição das cargas da parede, o que permite a atração.
estudante poderia concluir corretamente que:
c) O atrito estático existente entre a bexiga e a parede é
a) as três esferas estavam eletrizadas com cargas de mes-
suficiente para segurá-la, em repouso, na parede.
mo sinal.
d) A bexiga fica eletrizada, gerando uma corrente elétrica
b) duas esferas estavam eletrizadas com cargas de mes-
que a segura à parede. mo sinal e uma, com carga de sinal oposto.
e) Por ser bom condutor de eletricidade, o ar no interior c) duas esferas estavam eletrizadas com cargas de mes-
da bexiga absorve energia elétrica da parede, permi- mo sinal e uma, neutra.
tindo a atração.
d) duas esferas estavam eletrizadas com cargas de sinais
11. (UEM-PR) Sobre os fenômenos da eletrização e da indução opostos e uma, neutra.
eletrostática, assinale o que for correto. e) uma esfera estava eletrizada e duas, neutras.
(01) Um corpo metálico não eletrizado possui núme-
14. +Enem [H21] Na pilha de Volta, utilizam-se cobre e
ro igual de cargas elétricas positivas e de cargas
zinco para gerar uma corrente elétrica, ambos materiais
elétricas negativas.
metálicos. Se cada átomo de cobre libera 2 elétrons para
(02) Um corpo metálico eletrizado positivamente possui a pilha de Volta, o raio ocupado por cada átomo é de
excesso de prótons. 140 ∙ 10−12 m, o volume da placa de cobre é de 1 cm3
(04) A indução eletrostática é a separação de cargas que e a carga elétrica do elétron é de 1,6 ∙ 10−19 C, qual é a
acontece em um condutor eletricamente neutro, quantidade de carga dessa placa? (Considere π = 3 e o
quando um corpo eletrizado é aproximado desse formato do átomo esférico.)
condutor, fazendo com que cargas induzidas se acu- a) 6,2 ∙ 108 C
mulem em suas extremidades.
b) 7,8 ∙ 103 C
(08) Um dielétrico não pode ser polarizado por indu-
c) 3,4 ∙ 104 C
ção eletrostática.
d) 4,3 ∙ 106 C
(16) Quando dois corpos são atritados, prótons são des-
e) 5,4 ∙ 105 C
locados de um corpo para outro fazendo com que
esses corpos fiquem eletrizados. 15. (UFPB) Uma esfera condutora A, carregada positivamente,
é aproximada de uma outra esfera condutora B, que é
12. (UFTM-MG) A indução eletrostática consiste no fenô-
idêntica à esfera A, mas está eletricamente neutra. Sobre
meno da separação de cargas em um corpo condutor
processos de eletrização entre essas duas esferas, identifi-
(induzido), devido à proximidade de outro corpo ele-
que as afirmativas corretas:
trizado (indutor).
( ) Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato,
Preparando-se para uma prova de física, um estudante
uma força de atração surgirá entre essas esferas.
anota em seu resumo os passos a serem seguidos para
eletrizar um corpo neutro por indução, e a conclusão a ( ) Ao aproximar a esfera A da B, havendo contato, e
respeito da carga adquirida por ele. em seguida separando-as, as duas esferas sofrerão
Passos a serem seguidos: uma força de repulsão.
( ) Ao aproximar a esfera A da B, havendo contato, e
I. Aproximar o indutor do induzido, sem tocá-lo.
em seguida afastando-as, a esfera A ficará neutra e a
II. Conectar o induzido à Terra. esfera B ficará carregada positivamente.
III. Afastar o indutor. ( ) Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato,
IV. Desconectar o induzido da Terra. e em seguida aterrando a esfera B, ao se desfazer
Conclusão: esse aterramento, ambas ficarão com cargas elétri-
No final do processo, o induzido terá adquirido cargas de cas de sinais opostos.
sinais iguais às do indutor. ( ) Ao aproximar a esfera A da B, sem que haja contato,
Ao mostrar o resumo para seu professor, ouviu dele que, e em seguida afastando-as, a configuração inicial de
para ficar correto, ele deverá: cargas não se modificará.
FÍSICA

17
16. (PUC-SP) A mão da garota da figura toca a esfera eletrizada 18. (Ceeteps-SP) O transporte de grãos para o interior dos silos
de uma máquina eletrostática conhecida como gerador de de armazenagem ocorre com o auxílio de esteiras de borra-
Van der Graaff. cha, conforme mostra a figura, e requer alguns cuidados,
pois os grãos, ao caírem sobre a esteira com velocidade
diferente dela, até assimilarem a nova velocidade, sofrem
escorregamentos, eletrizando a esteira e os próprios grãos.
Essa eletrização pode provocar faíscas que, no ambiente
Reprodução/Puc-SP, 2006

repleto de fragmentos de grãos suspensos no ar, pode


acarretar incêndios.

Reprodução/Ceeteps-SP, 2015
A respeito do descrito são feitas as seguintes afirmações:
I. Os fios de cabelo da garota adquirem cargas elétricas
de mesmo sinal e por isso se repelem.
II. O clima seco facilita a ocorrência do fenômeno obser-
vado no cabelo da garota. Nesse processo de eletrização, os grãos e a esteira ficam
III. A garota conseguiria o mesmo efeito em seu cabelo, carregados com cargas elétricas de sinais:
se na figura sua mão apenas se aproximasse da esfera a) iguais, eletrizados por atrito.
de metal sem tocá-la. b) iguais, eletrizados por contato.
Está correto o que se lê em:
c) opostos, eletrizados por atrito.
a) I, apenas. d) II e III, apenas.
d) opostos, eletrizados por contato.
b) I e II, apenas. e) I, II e III.
e) opostos, eletrizados por indução.
c) I e III, apenas.
19. (UFRJ) Um aluno montou um eletroscópio para a feira
17. (IFSP) A tabela a seguir mostra a série triboelétrica. de ciências da escola, conforme ilustrado na figura a
Pele de coelho seguir. Na hora da demonstração, ele atritou um pedaço
Vidro de cano plástico com uma flanela, deixando-o eletriza-

+
Cabelo humano do positivamente, e em seguida encostou-o na tampa
Mica metálica e retirou-o.
Lã Cano plástico
Tampa de lata
Pele de gato
(metálica)
Seda
+
Algodão +
+ +
Âmbar +
+

Ð
Tampa isolante
Ebonite
Poliéster
Isopor
Fio de cobre
Plástico

Através dessa série é possível determinar a carga elé-


trica adquirida por cada material quando são atritados Fita de alumínio
entre si. O isopor ao ser atritado com a lã fica carrega-
do negativamente.
O aluno observou, então, um ângulo de abertura α1 na
O vidro ao ser atritado com a seda ficará carregado:
fita de alumínio.
a) positivamente, pois ganhou prótons.
a) Explique o fenômeno físico ocorrido com a fita
b) positivamente, pois perdeu elétrons.
metálica.
c) negativamente, pois ganhou elétrons.
b) O aluno, em seguida, tornou a atritar o cano com
d) negativamente, pois perdeu prótons.
a flanela e o reaproximou do eletroscópio sem en-
e) com carga elétrica nula, pois é impossível o vidro costar nele, observando um ângulo de abertura α2.
ser eletrizado. Compare α1 e α2, justificando sua resposta.

18 CAPÍTULO 1
20. (UEPG-PR) Considere quatro esferas metálicas idênticas e 23. (CN) Analise a figura abaixo.
isoladas uma da outra. Três esferas (A, B, C) estão, ini-
cialmente, descarregadas, e a quarta esfera (D) está ele-
trizada com carga igual a Q. A seguir, a esfera D é posta
sucessivamente em contato com as esferas A, B e C. Por
fim, todas as esferas estão eletrizadas. Sobre as cargas

Reprodução/EN, 2016
adquiridas pelas esferas, ao final do processo, assinale o
que for correto.
(01) As quatro esferas estarão igualmente eletrizadas.
Q
(02) A esfera A estará eletrizada com carga igual a .
2
(04) As esferas C e D estarão eletrizadas com cargas
Q
iguais a .
8
(08) As esferas A, B e C estarão eletrizadas com cargas
Q Na figura acima temos uma esfera AB, maciça, de ma-
iguais a .
3 terial isolante elétrico, dividida em duas regiões con-
Q cêntricas, A e B. Em B há um excesso de carga elétrica
(16) A esfera B estará eletrizada com carga igual a .
4 Q de sinal desconhecido. A região A está eletricamente
Dê a soma dos números dos itens corretos. neutra. No pêndulo eletrostático temos a esfera metá-
21. (Acafe-SC) Utilizado nos laboratórios didáticos de Física, lica C aterrada por um fio metálico. Ao se aproximar
os eletroscópios são aparelhos geralmente usados para a esfera isolante AB da esfera metálica C pela direita,
detectar se um corpo possui carga elétrica ou não. conforme indica a figura, qual será a inclinação Φ do
fio metálico?
a) Negativa, se Q , 0
b) Nula, se Q , 0
Reprodução/Acafe-SC, 2015

c) Positiva, independente do sinal de Q


d) Negativa, se Q . 0
e) Nula, independente do sinal de Q
24. (PUC-SP) Uma caixa contem n esferas metálicas idênti-
cas, neutras e apoiadas em suportes isolantes. Um aluno
separa essas esferas em três agrupamentos que contem
quantidades iguais de esferas; os agrupamentos estão
distantes entre si e foram nomeados por A, B e C. Nos
Considerando o eletroscópio da figura anterior, carrega- agrupamentos A e B, as esferas estão todas enfileiradas
do positivamente, assinale a alternativa correta que com- e encostadas umas com as outras. No agrupamento C,
pleta a lacuna da frase a seguir. as esferas também estão enfileiradas, porém bem distan-
Tocando-se o dedo na esfera, verifica-se que as lâminas se tes umas das outras. Após esse procedimento, o mesmo
fecham, porque o eletroscópio . aluno, segurando pelo suporte isolante uma outra esfera
a) perde elétrons metálica, inicialmente eletrizada com carga Q e idêntica
b) ganha elétrons as n esferas metálicas contidas nos agrupamentos A, B
c) ganha prótons e C, faz o contato sucessivo dessa esfera eletrizada com
d) perde prótons as esferas do agrupamento A, depois com as esferas do
agrupamento B e, finalmente, com cada esfera individual-
22. (Uespi) Uma pequena esfera condutora A, no vácuo, possui
mente do agrupamento C. Ao final desse procedimento,
inicialmente carga elétrica Q. Ela é posta em contato com
podemos afirmar que a carga final da esfera que estava
outra esfera, idêntica a ela, porém neutra, e ambas são
inicialmente eletrizada com carga Q, será:
separadas após o equilíbrio eletrostático ter sido atingido.
 3
Esse procedimento é repetido mais 10 vezes, envolvendo 9⋅Q   3⋅Q
a) ⋅ 2 n  d)  3
outras 10 esferas idênticas à esfera A, todas inicialmente (n + 3)2  
neutras. Ao final, a carga da esfera A é igual a: (n + 3)2 ⋅ 2 n 
Q Q 9⋅Q 9⋅Q
a) 9 d) b) e)
2 10  3
 
 3
 
Q Q (n + 3)2 ⋅ 2 n
(n + 3) ⋅ 2 n 
b) 10 e)
2 11 3⋅Q
Q c)  3
c) 11  
2 (n + 3) ⋅ 2 n 
FÍSICA

19
25. (Ufscar-SP) Considere dois corpos sólidos envolvidos em 28. (Ufla-MG) Duas esferas condutoras descarregadas e iguais, 1
processos de eletrização. Um dos fatores que podem ser e 2, estão em contato entre si e apoiadas em uma superfície
observados tanto na eletrização por contato quanto na isolante. Aproxima-se de uma delas um bastão eletrizado po-
por indução é o fato de que, em ambas: sitivamente sem tocá-la, conforme figura adiante. Em seguida,
a) torna-se necessário manter um contato direto entre as esferas são afastadas e o bastão eletrizado é removido.
os corpos.
b) deve-se ter um dos corpos ligado temporariamente a ++ 1 2
++ +
um aterramento. +
c) ao fim do processo de eletrização, os corpos adquirem
cargas elétricas de sinais opostos.
d) um dos corpos deve, inicialmente, estar carregado ele-
tricamente.
É correto afirmar que:
e) para ocorrer, os corpos devem ser bons condutores
elétricos. a) as esferas permanecem descarregadas, pois não há
transferência de cargas entre bastão e esferas.
26. (Cefet-MG) Três esferas idênticas, A, B e C, encontram-se
b) a esfera 1, mais próxima do bastão, fica carregada po-
separadas e suspensas por fios isolantes conforme ilustração.
sitivamente e a esfera 2, carregada negativamente.
c) as esferas ficam eletrizadas com cargas iguais e de si-
Reprodução/CFT-MG, 2010

nais opostos.
d) as esferas ficam carregadas com cargas de sinais
iguais e ambas de sinal negativo, pois o bastão atrai
cargas opostas.
29. (Cefet-MG) O eletroscópio da figura, eletrizado com car-
As seguintes ações e observações são, então, realizadas: ga desconhecida, consiste de uma esfera metálica ligada,
Ações Observações através de uma haste condutora, a duas folhas metálicas
e delgadas. Esse conjunto encontra-se isolado por uma
rolha de cortiça presa ao gargalo de uma garrafa de vidro
Reprodução/CFT-MG, 2010

Aproxima-se A de B
transparente, como mostra a figura.

Aproxima-se B de C

Das possibilidades apresentadas na tabela seguinte,


Cargas Das Esferas
Possibilidades
A B C
1ª + + 0
2ª 0 0 +
3ª – – 0
4ª – + –
Sobre esse dispositivo, afirma-se:
Aquelas que estão em conformidade com as observações são:
a) 1ª e 2ª c) 2ª e 4ª I. As folhas movem-se quando um corpo neutro é apro-
ximado da esfera sem tocá-la.
b) 1ª e 3ª d) 3ª e 4ª
II. O vidro que envolve as folhas delgadas funciona como
27. (Ufal) Um estudante dispõe de um kit com quatro pla-
uma blindagem eletrostática.
cas metálicas carregadas eletricamente. Ele observa
que, quando aproximadas sem entrar em contato, as III. A esfera e as lâminas estão eletrizadas com carga de
placas A e C se atraem, as placas A e B se repelem, e mesmo sinal e a haste está neutra.
as placas C e D se repelem. Se a placa D possui carga IV. As folhas abrem-se ainda mais quando um objeto, de
elétrica negativa, ele conclui que as placas A e B são, mesma carga do eletroscópio, aproxima-se da esfera
respectivamente: sem tocá-la.
a) positiva e positiva. d) negativa e negativa. Estão corretas apenas as afirmativas:
b) positiva e negativa. e) neutra e neutra. a) I e II c) II e III
c) negativa e positiva. b) I e IV d) III e IV

20 CAPÍTULO 1
30. (UFTM-MG) Na época das navegações, o fenômeno conhe- α α
cido como “fogo de santelmo” assombrou aqueles que α

atravessavam os mares, com suas espetaculares manifes-


tações nas extremidades dos mastros das embarcações. F
H
Hoje, sabe-se que o fogo de santelmo é uma consequência n
m’
da eletrização e do fenômeno conhecido na Física como o
m
“poder das pontas”. Sobre os fenômenos eletrostáticos,
considerando-se dois corpos, é verdade que:
a) são obtidas cargas de igual sinal nos processos de ele-
K
trização por contato e por indução. BA R
S’ R’
b) toda eletrização envolve contato físico entre os corpos L’ L
a serem eletrizados.
c) para que ocorra eletrização por atrito, um dos corpos
necessita estar previamente eletrizado.
d) a eletrização por indução somente pode ser realizada
Máquina de Wimshurst (1883).
com o envolvimento de um terceiro corpo.
e) um corpo não eletrizado é também chamado de corpo De fato, para podermos eletrizar um corpo, contando
neutro, por não possuir carga elétrica. com um segundo corpo eletricamente carregado, pelo
processo da indução, devemos essencialmente reproduzir
31. (CEFSA-SP) O conhecimento da eletricidade não se deu de
os passos descritos. São eles:
forma definida. Fenômenos conhecidos antes de Cristo
somente foram retomados a partir do século XVII, com a a) Afastam-se os corpos; o corpo neutro é aterrado, sen-
construção das primeiras máquinas eletrostáticas. No iní- do em seguida desfeito o aterramento; o corpo ele-
cio, as máquinas eletrostáticas eram baseadas no processo trizado é aproximado do corpo neutro; o corpo ini-
de eletrização por atrito. cialmente neutro fica com carga de sinal oposto à do
corpo previamente eletrizado.
b) Afastam-se os corpos; o corpo neutro é aterrado, sen-
do em seguida desfeito o aterramento; o corpo ele-
trizado é aproximado do corpo neutro; o corpo ini-
cialmente neutro fica com carga de sinal oposto à do
corpo previamente eletrizado.
c) O corpo eletrizado é aproximado do corpo neutro; o
corpo neutro é aterrado, sendo em seguida desfeito
o aterramento; afastam-se os corpos; o corpo inicial-
mente neutro fica com carga de sinal oposto à do cor-
po previamente eletrizado.
d) O corpo eletrizado é aproximado do corpo neutro;
afastam-se os corpos; o corpo neutro é aterrado, sen-
do em seguida desfeito o aterramento; o corpo inicial-
Máquina de Guericke (1663).
mente neutro fica com carga de mesmo sinal que a do
Foi somente no século IX que as primeiras máquinas ele- corpo previamente eletrizado.
trostáticas baseadas na indução eletrostática foram cons- e) O corpo eletrizado é aproximado do corpo neutro;
truídas, as chamadas máquinas de indução ou influência. afastam-se os corpos; o corpo neutro é aterrado, sen-
Essa defasagem é bastante coerente, visto que o processo do em seguida desfeito o aterramento; o corpo ini-
de eletrização por indução consiste em um procedimento cialmente neutro fica com carga de sinal oposto à do
que guarda determinada complexidade e ordem. corpo previamente eletrizado.

Vá em frente
Acesse
O vídeo disponível no site no MEC conta como os cientistas pioneiros quebraram os mistérios da Eletricidade.
A história da eletricidade – A faísca
Disponível em: ,https://tvescola.org.br/tve/videoteca/serie/a-historia-da-eletricidade.. Acesso em: 28 fev. 2018.

Autoavalia•‹o:
V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
FÍSICA

21
2
ye
vg
en
iy1
1/S
hu
tte
rs
to c
FORÇA E
k
CAMPO ELÉTRICO
OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
Atualmente temos ao alcance diversas formas para se realizar a impressão de um
► Compreender as relações
documento. Desde que os computadores e as impressoras substituíram a máquina de es-
entre carga elétrica nos
crever, com apenas um comando podemos observar uma folha saindo por uma bandeja
fenômenos de atração e
de impressão. repulsão.
No início, as primeiras impressoras, chamadas matriciais, utilizavam basicamente a mes- ► Compreender e aplicar a
ma estrutura das máquinas de escrever. Numa esfera metálica, os caracteres em alto relevo relação da intensidade da
entravam em contato com uma fita de tecido, impregnada de tinta para marcar o papel. O força elétrica com a distância
movimento da fita era sempre no sentido de percorrer toda a linha a ser impressa, retornando de separação.
ao lado esquerdo e novamente percorrendo a linha seguinte. Nesse processo as impressões ► Identificar as cargas elétricas
eram demoradas e, nas recomendações do fabricante, havia, inclusive, a sugestão: “aproveite que geram campos elétricos.
para tomar um cafezinho enquanto seu trabalho é impresso”. Esses equipamentos evoluíram ► Avaliar as interações entre
significativamente, tanto na velocidade quanto na qualidade da impressão a ser obtida. partículas carregadas e
Com os avanços tecnológicos, desenvolveu-se a impressora jato de tinta, cuja principal campo elétrico.
característica é a maior rapidez e qualidade, principalmente para as impressões de imagem. ► Identificar as múltiplas
aplicações no cotidiano da
Piotr Adamowicz/Shutterstock ação da força elétrica e do
campo elétrico.

Principais conceitos
que você vai aprender:
► Lei de Coulomb
► Força elétrica
Denis Dryashkin/Shutterstock

► Campo elétrico
► Linhas de força

Impressora jato de tinta com ► Carga de prova


detalhes dos cartuchos de ► Condutores e isolantes de
impressão em contato, na eletricidade
parte inferior, com as cabeças
de impressão.

Desenvolvidas pela empresa japonesa Epson, em 1990, que dominava o mercado das ma-
triciais, as impressoras jato de tinta apresentavam como inovação em um dos seus itens um
mineral ou um cristal Pizo elétrico, que altera seu formato ao receber um sinal elétrico.
Um outro componente desse tipo de impressora é o transdutor que, ao receber um sinal
elétrico, como é constituído pelo cristal, sofre deformação e produz uma pressão mecânica
que ejeta gotículas de tinta por determinados orifícios localizados na cabeça de impressão.
Com essa questão, os alunos
Essas gotículas carregadas passam entre duas placas defletoras nas quais existe um campo podem pesquisar as novas ten-
elétrico. Este, por sua vez, promoverá desvios de trajetória ao aplicar uma força elétrica nas dências na área da impressão,
principalmente impressão a laser,
gotículas, para levá-las aos pontos determinados na folha de papel. Com alta velocidade e que também utiliza princípios da
pulsos elétricos extremamente curtos, esse tipo de impressão apresentou uma grande me- Eletricidade e do Magnetismo
(estudados posteriormente), porém
lhoria na qualidade dos detalhes, principalmente em imagens coloridas. com algumas diferenças. Coloque
em questão a diferença de custo
• Existem diversos tipos de impressora, além da jato de tinta, como os modelos a laser. e, se possível, peça aos alunos
Do ponto de vista dos fenômenos físicos, quais diferenças existem entre as impresso- que apontem a relação de custo e
benefício entre os modelos de im-
ras jato de tinta e a laser? Há vantagens na utilização de uma em relação à outra? pressoras existentes no mercado.

22
Lei de Coulomb
Na virada do século XIX, a ciência estava em um processo de grande desenvolvimento, Curiosidade
e os estudos experimentais e qualitativos sobre os fenômenos elétricos avançavam cada 1 A balança de torção foi usada
vez mais. No entanto, as pesquisas deparavam com a dificuldade de formalizar matemati- pela primeira vez pelo cientista
camente tais fenômenos. Nesse contexto, o engenheiro e físico francês Charles A. Coulomb inglês Henry Cavendish (1731-
(1736-1806) desenvolveu uma lei para comportamento de cargas elétricas em contato. -1810), para medir a força de
atração gravitacional entre duas
Coulomb publicou uma série de tratados, entre os quais se destacam suas experiên-
pequenas esferas de chumbo.
cias sobre a força elétrica. Em 1785, utilizando um dispositivo para medir forças, conheci-
Essa memorável experiência
do como balança de torção, estabeleceu a lei matemática que quantifica a força elétrica
permitiu estimar o valor da
entre dois corpos eletrizados. Os resultados experimentais obtidos por Coulomb indica- constante universal da gravitação
ram que a força eletrostática entre duas cargas elétricas é diretamente proporcional ao (G H 6,7 · 10−11 N · m2/kg2) e a
valor das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa, massa da Terra. Décadas depois,
resultado que ficou conhecido como lei de Coulomb. 1 Coulomb usou o mesmo arranjo
experimental para medir a
Yuri Korchmar/Shutterstock

intensidade da força elétrica


entre esferas eletrizadas.

Fio de tor•‹o

Esferas carregadas

Balança de torção.

Considere duas cargas elétricas puntiformes, QA e QB, separadas por uma distância r.
De acordo com o princípio da atração e repulsão, se as cargas elétricas tiverem mesmo
sinal (QA · QB . 0), elas se repelem e, se tiverem sinais opostos (QA · QB , 0), se atraem, como
representado na figura a seguir.
• Cargas elétricas de mesmo sinal (QA · QB . 0)
QA QB
FBA FAB

r
• Cargas de sinais opostos (QA · QB , 0)
QA QB
FBA FAB

r
r
r FAB , que a carga QA aplica na carga QB, tem a rmesma
A força eletrostática
r
intensidade
da força eletrostática FBA , que a carga QB aplica na carga QA, ou seja, FAB = FBA = F.
A intensidade dessa força, de acordo com a lei de Coulomb, é dada por:

QA ⋅ QB
F =k⋅
r2
Observação
em que k é a constante eletrostática do meio, que depende do meio no qual as cargas 1 Uma carga elétrica
estão inseridas. Particularmente para o vácuo, o valor da constante eletrostática é deno- puntiforme é aquela em que
minado de k0 e, em unidades do Sistema Internacional, vale: 1 as dimensões do corpo que
contém a carga podem ser
N ⋅m2 desprezadas, ou seja, o corpo
k0 = 9 ⋅ 109 pode ser considerado como um
C2
ponto material.
FÍSICA

23
Observe que a expressão obtida por Coulomb depende do quadrado da distância que
separa as cargas, análoga à lei da gravitação universal de Newton, para atração entre mas-
sas. A partir da expressão, podemos afirmar que, se a distância dobrar, a força será quatro
vezes menor; se a distância triplicar, a força será nove vezes menor, e assim sucessivamen-
te. Essa característica pode ser representada em um gráfico da intensidade da força F em
função da distância r, como na figura.
F

F
4
F
9
0 1 2 3 r

For•a resultante
Quando um objeto eletrizado com carga elétrica q se encontra em uma região em que
r r r
há diversas cargas, Q1, Q2, ..., Qn,rele estará sujeito à ação de várias forças elétricas: F1 , F2, ..., Fn.
Nesse caso, a força resultante FR sobre o objeto deve ser determinada da mesma forma como
em mecânica, ou seja, somando-se vetorialmente todas as forças que atuam na carga.

r r r r
FR = F1 + F2 ... + Fn

Q2
F2
FR

F1
Q1 q q

Fn
Qn
Carga elétrica sujeita à
ação de diversas forças.

Decifrando o enunciado Lendo o enunciado


Atenção às unidades de
Em um átomo de hidrogênio, a distância média entre o próton e o elétron é de aproxima-
medida: Tome como referência
damente 30 pm. Determinar a intensidade da força elétrica de atração entre o próton e o as unidades da constante a ser
elétron, em newtons. utilizada nos cálculos, k0.
(Dados: carga elementar: e = 1,6 ⋅ 10–19 C; 1 pm (picômetro) = 10–12 m; constante elétrica
Observe que as cargas devem
N ⋅ m2 ser utilizadas em módulo para
do vácuo: k0 = 9 ⋅ 109
C2 o cálculo.
Resolu•‹o Identifique se as forças são de
Pela lei de Coulomb, temos: atração ou repulsão pelos sinais
Qp ⋅ Qe 1, 6 ⋅ 10−19 ⋅ 1, 6 ⋅ 10−19 das cargas envolvidas.
F = k⋅ s F = 9 ⋅ 109 ⋅ s F = 2, 56 ⋅ 10−7 N
r 2
(30 ⋅ 10−12 )2

24 CAPÍTULO 2
Atividades
1. Uma das principais contribuições para os estudos sobre ele- 3. (Ulbra-RS) Considere duas cargas, QA = 4 μC e QB = –5 μC,
tricidade foi a compreensão da natureza da força elétrica separadas por 3 cm no vácuo. Elas são postas em contato e,
realizada, principalmente, pelos trabalhos de Charles Au- após, separadas no mesmo local, por 1 cm. Qual o sentido
gustin de Coulomb (1736-1806). Coulomb realizou diver- e o valor da força eletrostática entre elas, após o contato?
sos experimentos para determinar a força elétrica existente N ⋅ m2
entre objetos carregados, resumindo suas conclusões em Considere: 1μC = 10−6 C, k0 = 9 ⋅ 109
c2
uma relação que ficou conhecida como lei de Coulomb.
a) Atração: 0,2 N
Considerando a lei de Coulomb, assinale a alternativa
correta. b) Atração: 2,5 N
a) A força elétrica entre dois corpos eletricamente car- c) Atração: 200,0 N
regados é diretamente proporcional ao produto das d) Repulsão: 0,2 N
cargas e ao quadrado da distância entre esses corpos. e) Repulsão: 22,5 N
b) A força elétrica entre dois corpos eletricamente car- A carga total é dada por:
Q total = 4 μC − 5 μC = −1μC
regados é inversamente proporcional ao produto das
Considerando as cargas idênticas, após o contato, temos que:
cargas e diretamente proporcional ao quadrado da Q −1
distância entre esses corpos. Q A' = QB' = total s Q A' = QB' = = −0, 5 μC
2 2
c) A força elétrica entre dois corpos eletricamente car- Calculando a força elétrica, temos:
regados é diretamente proporcional ao produto das Q A ⋅ QB 2
Q
cargas e inversamente proporcional à constante ele- F = k0 2
s F = k0 2
s
d d
trostática do meio em que os corpos estão inseridos.
( 0, 5 ⋅ 10−6 )
2
d) A força elétrica entre dois corpos eletricamente car- s F = 9 ⋅ 109 ⋅ s F = 22, 5 N
(1 ⋅ 10−2 )
2
regados é diretamente proporcional ao produto das
cargas e inversamente proporcional ao quadrado da Como as cargas são de mesmo sinal, elas se repelem.
distância entre esses corpos. Alternativa e
e) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carre-
gados é inversamente proporcional à distância entre
esses corpos e ao produto das cargas.
Pela lei de Coulomb, expressa matematicamente abaixo.
k 0 ⋅ Q1 ⋅ Q2
F =
d2 4. Em um átomo de hidrogênio, a distância entre o elétron
Temos que a força é diretamente proporcional às cargas e in- e o próton é denominada raio de Bohr e corresponde a
versamente proporcional ao quadrado da distância. aproximadamente 0,5 angstrom (0,5 Å). Sabe-se que 1 Å
Alternativa d equivale a 10–10 m e que a carga elétrica do próton é igual
à carga elétrica do elétron em módulo e vale e = 1,6 ⋅ 10–19 C.
Assim, se a constante eletrostática do vácuo é igual a
k0 = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, qual das alternativas a seguir melhor
representa a intensidade da força elétrica de atração entre
o próton e o elétron em um átomo de hidrogênio?
2. Duas partículas, carregadas com cargas elétricas de 8 ⋅ 10–6 C
e 4 ⋅ 10–6 C, respectivamente, são colocadas no vácuo a uma a) 2,3 ⋅ 10–3 N
distância de 30 cm uma da outra. b) 9,2 ⋅ 10–8 N
Sendo a constante eletrostática k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, c) 1,6 ⋅ 10–9 N
calcule a intensidade da força de interação eletrostática d) 2,8 ⋅ 10–12 N
entre essas cargas. e) 5,6 ⋅ 10–15 N
Lembre-se de que a distância r é em metros. | q1 | ⋅ | q 2 |
k ⋅ Q1 ⋅ Q2 9 ⋅ 109 ⋅ 8 ⋅ 10−6 ⋅ 4 ⋅ 10−6 F=k⋅ s
F = = d2
r 2
( 0, 3 )2 1, 6 ⋅ 10 –19 ⋅ 1, 6 ⋅ 10 –19 23 ⋅ 10 –29
s F = 9 ⋅ 109 ⋅ = s
∴ F = 3,2 N (
0, 5 ⋅ 10 –10 2
) 0, 25 ⋅ 10 –20

s F = 92 ⋅ 10−9 = 9,2 ⋅ 10−8 N


Alternativa b
FÍSICA

25
5. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa que preenche correta- 6. (EEAR-SP) Duas cargas são colocadas em uma região onde
mente as lacunas no fim do enunciado que segue, na há interação elétrica entre elas. Quando separadas por uma
ordem em que aparecem. Três esferas metálicas idên- distância d a força de interação elétrica entre elas tem módulo
ticas, A, B e C, são montadas em suportes isolantes. igual a F. Triplicando-se a distância entre as cargas, a nova
A esfera A está positivamente carregada com carga Q, força de interação elétrica em relação à força inicial, será:
enquanto as esferas B e C estão eletricamente neutras. a) diminuída 3 vezes.
Colocam-se as esferas B e C em contato uma com a b) diminuída 9 vezes.
outra e, então, coloca-se a esfera A em contato com c) aumentada 3 vezes.
a esfera B, conforme representado na figura.
d) aumentada 9 vezes.
A B C k ⋅ q1 ⋅ q 2
Na primeira condição, temos: F1 =
d2
Na segunda condição, temos:

k ⋅ q1 ⋅ q 2 1 k ⋅ q1 ⋅ q 2
F2 = s F2 = ⋅
(3 ⋅ d )2 9 d2
Depois de assim permanecerem por alguns instantes,
1
as três esferas são simultaneamente separadas. Consi- Comparando as duas situações, temos que: F2 = ⋅ F1
9
derando-se que o experimento foi realizado no vácuo
Alternativa b
(k0 = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) e que a distância final d entre
as esferas A e B é muito maior que seu raio, a força
eletrostática entre essas duas esferas é e de inten-
sidade igual a .
k0Q2
a) repulsiva –
( 9d )2

7. (PUC-RS) Para responder à questão a seguir considere as


k0Q2 informações que seguem.
b) atrativa –
( 9d )
2
Três esferas de dimensões desprezíveis A, B e C estão
eletricamente carregadas com cargas elétricas respectiva-
k0Q2
c) repulsiva – mente iguais a 2q, q e q. Todas encontram-se fixas, apoia-
( 6d )2
das em suportes isolantes e alinhadas horizontalmente,
k0Q2 como mostra a figura abaixo:
Reprodução/Puc-RS, 2016

d) atrativa –
( 4d )
2

k0Q2
e) repulsiva –
( 4d )2

Considerando um sistema eletricamente isolado e que as es- O módulo da força elétrica exercida por B na esfera C é F.
feras são idênticas, pode-se afirmar que, após o contato, as
O módulo da força elétrica exercida por A na esfera B é:
Q
esferas terão cargas elétricas iguais de valor Q ' = e de F F
3 a) b) c) F d) 2F e) 4F
mesmo sinal. Portanto, a força eletrostática entre as esferas 4 2
A e B será de repulsão e terá intensidade dada pela lei de
Coulomb. Calculando a força elétrica entre as esferas B e C, temos:
Q Q k ⋅q ⋅q k ⋅ q2 k ⋅ q2
⋅ FBC = −2 2
s FBC = −4
s FBC = =F
Q' ⋅ Q' 3 3 Q2 (2 ⋅ 10 ) 4 ⋅ 10 4
F = k0 2
s F = k 0 2
s F = k0 ⋅
d d 9 ⋅ d2 Calculando a força elétrica entre as esferas A e B, temos:
Alternativa a k ⋅ 2q ⋅ q k ⋅ 2q 2 k ⋅ q2
FAB = s FAB = −4
s FAB =
−2 2
(4 ⋅ 10 ) 16 ⋅ 10 8 ⋅ 10−4
Ao comparar os dois resultados:
k ⋅ q2 1 k ⋅ q2 1
FAB = −4
= ⋅ s FAB = ⋅ F
8 ⋅ 10 2 4 ⋅ 10−4 2
Alternativa b

26 CAPÍTULO 2
8. +Enem [H21] Dispõe-se de uma placa metálica M e de Sendo θ = 60°, assinale a alternativa que indica correta-
uma esfera metálica P, de peso 0,2 N, suspensas por um mente o sinal da carga elétrica que a esfera tem e o valor
fio isolante, ambas inicialmente neutras e isoladas, como da força de tração no fio.
mostra a figura 1. Um feixe de luz violeta é lançado sobre a) Positivo e 0,8 N
a placa, retirando elétrons dela, como mostra a figura 2. b) Negativo e 0,1 N
Com isso, a esfera é atraída, entrando em contato com a
c) Positivo e 0,2 N
placa, como mostra a figura 3, e, em seguida, é repelida,
d) Negativo e 0,3N
como indicado na figura 4.
e) Positivo e 0,4 N
Quando a luz retira elétrons da placa, esta fica eletrizada po-
sitivamente, atraindo a esfera. No contato entre a esfera e a
placa, a esfera perde elétrons para a placa e fica eletrizada
positivamente e repele a placa. As forças que atuam na esfera
são tração, peso e força elétrica. Uma vez que a esfera está
em equilíbrio, os vetores formam um polígono fechado.
1 2 P P 0, 2
cos θ = sT = = s T = 0, 4 N
T cos θ 0, 5
Alternativa e
θ
m
D

3 4

Tarefa proposta 1 a 17
Complementares
9. (Mack-SP) Duas cargas elétricas puntiformes, Q1 e Q2, 11. (PUC-RJ) Duas cargas pontuais q1 e q2 são colocadas a uma
atraem-se mutuamente com uma força de intensida- distância R entre si. Nesta situação, observa-se uma força
de F = 5,4 ⋅ 10 –2 N quando estão no vácuo, a 1 m de de módulo F0 sobre a carga q2.
distância uma da outra. Se Q1 = 2 μC, Q2 vale: Se agora a carga q2 for reduzida à metade e a distância
a) –3 μC c) 0,5 μC e) 3 μC R
entre as cargas for reduzida para , qual será o módulo
b) – 0,33 μC d) 2 μC 4
da força atuando em q1?
10. Duas cargas elétricas, Q1 = +2 nC e Q2 = +18 nC, estão F
fixas em dois pontos de um plano cartesiano x0y, como a) 0
32
mostra a figura.
F
y b) 0
2
c) 2 F0
d) 8 F0

Q2 e) 16 F0
3 12. (UFJF-MG) Duas pequenas esferas condutoras idênticas
2 4 estão eletrizadas. A primeira esfera tem uma carga de
2Q e a segunda uma carga de 6 Q. As duas esferas estão
Q1 separadas por uma distância d e a força eletrostática
1 entre elas é F1. Em seguida, as esferas são colocadas
em contato e depois separadas por uma distância 2d.
Nessa nova configuração, a força eletrostática entre as
esferas é F2.
0 x Pode-se afirmar sobre a relação entre as forças F 1 e
Uma terceira carga elétrica, Q3 = +1 nC, será colocada F2 que:
em um dos pontos 1, 2, 3 e 4. A força elétrica resultante a) F1 = 3F2
sobre a carga Q3 será nula quando ela for colocada: F
b) F1 = 2
a) somente no ponto 1. 12
b) somente no ponto 2. F
c) F1 = 2
c) somente nos pontos 1 e 2. 3
d) somente nos pontos 3 e 4. d) F1 = 4F2
e) nos pontos 1, 2, 3 e 4. e) F1 = F2
FÍSICA

27
Campo elétrico
Uma das maiores contribuições de Isaac Newton, publicada em sua obra Princípios
matemáticos de filosofia natural, é a lei da gravitação universal, que afirma que a inten-
sidade da força de atração gravitacional entre duas massas é inversamente proporcio-
nal ao quadrado da distância entre elas. Como vimos, no fim do século XVIII, Coulomb
demonstrou que a força eletrostática de atração e repulsão entre cargas elétricas segue
um comportamento análogo à lei da gravitação de Newton. Para descrever matematica-
mente como ocorrem as forças que interagem a distância, foi introduzido o conceito de
campo, um dos mais importantes para a Física contemporânea.
Esse conceito pode ser desenvolvido considerando o fato de que toda massa
gera uma região de influência no espaço ao seu redor, um campo de forças, deno-
minado campo gravitacional. Esse campo faz com que qualquer outro corpo, com
massa, colocado nessa região fique sujeito a uma força de atração gravitacional.
Analogamente, todo objeto eletrizado cria à sua volta um campo de forças, deno-
minado campo elétrico. A existência desse campo pode ser detectada ao se colocar
uma carga de prova nessa região, em que se verificará que ela sofre a ação de uma
força de origem elétrica.
Considere um objeto com carga elétrica Q colocado num dado ponto do espaço, geran-
do ao seu redor um campo elétrico, como mostra a figura A. Colocando-se uma carga de
prova q em um ponto P dessa região, ela ficará sujeita a uma força elétrica F, como mostra
a figura B.

Campo elétrico gerado Campo elétrico gerado


pela carga Q pela carga Q

q
F
Q Q
P P

A B
Para caracterizar matematicamente o campo elétrico nesse ponto do espaço, determi-
na-se uma grandeza física vetorial, denominada de vetor campo elétrico E , definida como
a razão entre a força elétrica F e a carga de prova q.

F
E=
q

em que a unidade de campo elétrico no Sistema Internacional é N/C (newton/coulomb).


Dessa forma, a cada ponto da região de campo elétrico se associa um vetor campo
elétrico, caracterizado por uma intensidade, uma direção e um sentido. Considerando que
existem infinitos pontos, temos infinitos vetores campo elétrico, que dá origem ao deno-
minado campo vetorial.
Para uma dada carga no espaço temos que, ao se conhecer o vetor campo elétrico E
num dado ponto, pode-se determinar a força elétrica F que age na carga elétrica q qual-
quer colocada nesse ponto.

• Módulo w F = q ⋅ E

• Direção w mesma que a do vetor E
F
 i q . 0 w mesma que o do vetor E
• Sentido w i q , 0 w oposto ao do vetor E
 

28 CAPÍTULO 2
Campo elétrico gerado por cargas puntiformes
As características (módulo, direção e sentido) do campo elétrico E num dado ponto do
espaço dependem do valor e da posição das cargas elétricas que geram esse campo elétri-
co. Inicialmente vamos considerar o campo elétrico gerado por uma única carga elétrica
puntiforme Q em um ponto P a uma distância r desse ponto. Nesse caso, o vetor campo
elétrico E no ponto P tem as seguintes características:

 Q
• Módulo w E = k ⋅
 r2

E • Direção w reta que liga Q ao ponto P

• Sentido w i Q . 0 w "afastamento"
 
 i Q , 0 w "aproximação"
As figuras a seguir ilustram essa regra; na figura A, observa-se que o vetor campo elé-
trico E , em um ponto P, gerado por uma carga elétrica positiva (Q . 0), é de afastamento; e
a figura B apresenta uma carga elétrica negativa (Q , 0) que gera um campo com sentido
contrário, de aproximação.

A B
E

P P

r r E

Q>0 Q<0
Carga Carga
geradora geradora

Para calcular o módulo do campo, vamos imaginar uma carga elétrica de prova q colo-
cada no ponto P. A intensidade da força elétrica sofrida pela carga de prova devida à carga
geradora Q segue a lei de Coulomb. Portanto, pela definição de campo elétrico, temos:

k⋅ Q ⋅ q
F r2 Q
E= = s E =k⋅
q q r2

Vale ressaltar que, independentemente do sinal da carga de prova q, o sentido do cam-


po elétrico será de afastamento, quando Q . 0, e de aproximação, quando Q , 0, como
representado nas situações a seguir.

Q q
F
+ +
E

Q q
F E
+ –

Q q
E F
– –

Para uma carga


Q q positiva, o campo é de
F afastamento, e para
– + um carga negativa, de
E aproxima•‹o.
FÍSICA

29
Considere agora o caso em que temos duas cargas elétricas geradoras, Q1 e Q2, para
r
determinar o vetor campo elétrico E num dado ponto P. Nesse caso, as cargas Q1 e Q2 ge-
r r
ram, independentemente, campos elétricos E1 e E2 no ponto P, como no caso de uma única
r
r r geradora. O campo elétrico resultante, ER , no ponto P é dado pela soma vetorial de
carga
E1 e E2 , como representado na figura.

Q1 > 0

P
E2 r r r
E1 ER = E1 + E2
Q2 < 0

ER
O mesmo raciocínio pode ser utilizado para determinar o campo de várias cargas gera-
r r r
doras Q1, Q2, …, Qn que geram campos elétricos E1, E2, ... En. Assim:
r r r r
ER = E1 + E2 + ... + En

Linhas de campo elŽtrico (linhas de for•a)


Conforme descrito anteriormente, em uma região do espaço há um campo elétrico, e Definição
nela existem infinitos pontos, estando cada um deles associado a um vetor campo elétri-
Linhas de campo elétrico: linhas
co; então, são infinitos vetores campo elétrico, o que é impossível de desenhar.
imaginárias orientadas que
Desse modo, o cientista inglês Michael Faraday (1781-1867), no século XIX, propôs uma representam geometricamente
ferramenta geométrica para representar esses infinitos vetores: as linhas de campo elé- o campo elétrico numa região
trico ou linhas de força. do espaço. As propriedades das
linhas de campo elétrico são:

Bettmann/CORBIS/Latinstock
Photos.com/Thinkstock/Getty Images

A B ► o vetor campo elétrico em


cada ponto do espaço é
tangente à linha de força
que passa por esse ponto
e orientado no mesmo
sentido;
► a intensidade do campo
elétrico numa dada região é
proporcional à densidade de
linhas de campo da região;
► as linhas de campo nunca se
cruzam.

(A) Faraday, o cientista inglês que introduziu o conceito de linhas de força para representar
geometricamente o campo elétrico. (B) Linhas de força geradas por dois condutores cilíndricos
carregados com cargas opostas.

EA Linhas de
A
força

O vetor campo elétrico é tangente


B à linha de campo e orientado
EB
no sentido da linha. Na região
em que se encontra o ponto B,
as linhas de campo estão mais
concentradas do que na região
EB > EA
em que se encontra o ponto A.

30 CAPÍTULO 2
Casos especiais de linhas de força
As linhas de força geradas por uma carga elétrica puntiforme positiva, em qualquer
ponto, terão um vetor campo elétrico que aponta para o sentido de afastamento da carga
geradora (campo de afastamento).

A EA
+
B
EB

O campo gerado por uma carga elétrica puntiforme negativa, em qualquer ponto, terá
o vetor campo elétrico que aponta para a carga geradora (campo de aproximação).
A
EA

B EB

As linhas de forças de duas cargas de mesmo módulo e sinais contrários se originam


na carga positiva e se dirigem em direção à carga negativa.

EA

+ –
+Q −Q

B EB

As linhas de campo geradas por duas placas planas e paralelas eletrizadas com cargas
opostas são paralelas, conforme representado na figura a seguir.

+ A E −
+ −
+ −
+ −
B E
+ −
+ −
+ −
C E
+ −
+ −
+ −

Nesse último caso, o campo elétrico tem mesma intensidade, mesma direção e mesmo
sentido em qualquer ponto entre as placas. Esse tipo de campo é denominado de campo
elétrico uniforme.
FÍSICA

31
Conexões
Gaiola de Faraday
Aos 13 anos de idade, Faraday teve a necessidade de abandonar os estudos para ajudar a família. Começou a traba-
lhar em uma livraria e se interessou pelos livros científicos. Depois de adquirir alguns conhecimentos das ciências, ele
realizou experiências com a distribuição de cargas elétricas nos condutores de eletricidade.
Uma das experiências realizadas por Faraday consistia em analisar o campo elétrico no interior de um condutor
de eletricidade, eletricamente carregado com as cargas em equilíbrio, ou seja, quando elas já estavam distribuídas no
condutor. As cargas elétricas, em razão da repulsão elétrica, sempre se distribuem pela superfície do condutor e nunca
permanecem fixas em seu interior. Dessa forma, o campo elétrico no interior de um condutor é sempre nulo.
Isso foi comprovado quando Faraday estruturou uma armação metálica (parecida com uma gaiola) e colocou um ele-
troscópio no seu interior. Ao eletrizar a armação metálica, observou que nada acontecia com as folhas do eletroscópio.
Se o eletroscópio não sofria influência das cargas elétricas armazenadas na estrutura metálica, significava que no local
onde esse aparelho se encontrava não havia campo elétrico.

Sheng Li/REUTERS/Latinstock
A roupa metalizada (gaiola de Faraday) não gera campo elétrico em seu interior, por isso o usuário não recebe uma descarga elétrica.

O resultado da experiência de Faraday passou a ser utiliza-


do no desenvolvimento de alguns aparelhos tecnológicos.
Quando desejamos isolar determinado objeto ou meio da
ação de campos elétricos, usamos um condutor elétrico oco ao
seu redor. Um exemplo prático disso é o cabo coaxial. Esses ca-
bos são amplamente empregados para transmitir sinais de te- Zwola Fasola/Shutterstock

levisão, pois evitam que campos elétricos externos interfiram


nas imagens produzidas.
Uma experiência que pode ser feita em casa para testar o cam-
po elétrico no interior de um condutor de eletricidade é a seguinte:
Material Este cabo é composto de uma camada dupla de condutores:
• Rádio fio de cobre no interior do cabo; isolante ao redor desse fio;
fios finos e trançados de cobre, em forma de rede, ao redor do
• Folha de jornal isolante; capa isolante para proteger o cabo do meio externo.
• Papel-alumínio
Ligue o rádio e sintonize em uma emissora que emita um som de boa qualidade. Embrulhe o rádio ligado na folha de
jornal. Em seguida, retire o papel e embrulhe o rádio, e também a antena, na folha de papel-alumínio.
Responda às perguntas a seguir.
1. Existe diferença entre os dois casos?
2. Sendo o papel-alumínio um condutor, elabore uma explicação para o funcionamento, ou não, do rádio nas duas situações.

32 CAPÍTULO 2
Interação
O campo elétrico é utilizado em diversas áreas tecnológicas como a Bioquímica.
A eletroforese é um fenômeno eletrocinético, observado pela primeira vez em 1807, por
Ferdinand Fréderic Reuss (1778-1852), da Universidade de Moscou. Ele notou que, ao aplicar
um campo elétrico a uma mistura de argila e água, partículas dispersas da argila se movimen-
tavam. Diante desse fato, concluiu que a movimentação era resultado da presença de uma
interface carregada entre a superfície das partículas e o líquido.

science photo/Shutterstock

Amostras aplicadas em gel de eletroforese.

Anos mais tarde, a técnica desenvolvida pelo químico Arne Tiselius, com base na eletroforese,
lhe renderia o prêmio Nobel de Química, em 1948.
A técnica desenvolvida por Tiselius consistia em separar moléculas previamente carregadas,
como DNA e proteínas, quando dissolvidas ou suspensas em um eletrólito, gel feito de agarose
ou poliacrilamida, sujeitos a um campo elétrico, originário de uma fonte de tensão conectado
à cuba que contém o gel.
Atualmente a eletroforese é utilizada em processos de Biologia molecular como: Ciência fo-
rense, Genética, Microbiologia e Bioquímica.

E se fosse possível? Tema integrador Educa•‹o em direitos humanos

O sistema penitenciário brasileiro, além da sua função social de reabilitar os detentos para retornar à vida em sociedade, é construí-
do com base em diversos conceitos e princípios físicos para manter a segurança do local.

Com frequência são veiculadas pelos jornais televisivos ou nos diversos canais de mídia notícias sobre fugas e rebeliões nos presídios
brasileiros. Tais fatos estão diretamente relacionados com organizações internas e externas desses locais e, principalmente, com a
comunicação entre detentos e integrantes de facções que não estão detidos. Essa comunicação deveria ser monitorada e/ou con-
trolada pelo sistema. Porém, a entrada de forma ilícita de celulares e smartphones no interior do prédio não é totalmente vetada.
A fiscalização existente é, em parte, ineficiente para evitar a comunicação dos detentos com o meio externo. Empresas de telefonia
móvel oferecem ao Estado bloqueadores sofisticados a custos extremamente altos para a segurança pública, que nem sempre ob-
tém aprovação na licitação pública.

E se fosse possível tornar cada um dos presídios uma gaiola de Faraday? A aplicação de um campo elétrico nessas construções se
apresenta uma ferramenta facilitadora para impedir que tal comunicação ocorra. É fato que a não geração de um campo elétrico
no interior de uma gaiola de Faraday bloquearia naturalmente todas as comunicações por telefonia móvel nos dois sentidos, impe-
dindo que a equipe de segurança se comunicasse. Como se poderia resolver essa questão?
FÍSICA

33
Atividades
13. (Ufscar-SP) Na figura estão representados uma linha de 16. (UFC-CE) Quatro cargas, todas de mesmo valor, q, sendo
força de um campo elétrico, um ponto P e os vetores A, duas positivas e duas negativas, estão fixadas em um se-
B, C, D e E. micírculo, no plano xy, conforme a figura a seguir.

Reprodução/UFC-CE, 1999

A

E

 
D P B

Assinale a opção que pode representar o campo elétrico



resultante, produzido por essas cargas, no ponto O.
C a) w
Se uma partícula de carga elétrica positiva, suficiente- b) q
mente pequena para não alterar a configuração desse c) vetor nulo
campo elétrico, for colocada nesse ponto P, ela sofre a d) r
ação de uma força F, melhor representada pelo vetor: e) e
a) A d) D Cargas positivas geram campo elétrico de afastamento, e car-
b) B e) E gas negativas, de aproximação, portanto, as cargas geram os
seguintes campos.
c) C
O vetor campo elétrico é sempre tangente à linha de força. y
Como a carga de prova é positiva, o vetor tem mesmo sentido
−q +q
da linha de força.
Alternativa a
+q −q

14. Uma carga de 6 μC, colocada em uma região do espaço, fica O


x
submetida a uma força elétrica de intensidade 12 ⋅ 10–3 N.
Calcule a intensidade do campo elétrico na região onde essa
carga foi colocada.
6 μC = 6 ⋅ 10−6 C.
Fazendo uma soma vetorial, temos a figura:
F 12 ⋅ 10−3
E = = s E = 2 ⋅ 103 N C
q 6 ⋅ 10−6

15. (PUC-SP) Seja Q (positiva) a carga geradora do campo elé-


trico e q a carga de prova em um ponto P, próximo de Q.
Podemos afirmar que:
a) o vetor campo elétrico em P dependerá do sinal de q.
b) o módulo do vetor campo elétrico em P será tanto
maior quanto maior for a carga q.
c) o vetor campo elétrico será constante, qualquer que Alternativa a
seja o valor de q.
d) a força elétrica em P será constante, qualquer que seja
o valor de q.
e) o vetor campo elétrico em P é independente da carga
de prova q.
O campo elétrico depende da carga geradora do campo, e não
da carga de prova.
Alternativa e

34 CAPÍTULO 2
17. (UFU-MG) A figura abaixo representa uma carga Q e um 19. (Uern) Os pontos P, Q, R e S são equidistantes das cargas
ponto P do seu campo elétrico, onde é colocada uma carga
Reprodução/UFU-MG, 2010 localizadas nos vértices de cada figura a seguir.

Reprodução/Uern, 2015
de prova q.

Analise as afirmativas abaixo, observando se elas repre-


Sobre os campos elétricos resultantes, é correto afirmar que:
sentam corretamente o sentido do vetor campo elétrico
a) é nulo apenas no ponto R.
em P e da força que atua sobre q.
b) são nulos nos pontos P, Q e S.
I. se Q . 0 e q , 0.
c) são nulos apenas nos pontos R e S.
II. se Q . 0 e q . 0.
d) são nulos apenas nos pontos P e Q.
III. se Q , 0 e q , 0. O campo elétrico é calculado por meio de:
IV. se Q , 0 e q . 0. F k ⋅Q
E = =
São corretas: q d2
a) todas as afirmações. Considerando que as cargas em cada um dos vértices são
b) apenas I, II e III. iguais e que em cada caso a distância do vértice ao ponto
seja igual, a força elétrica que cada uma das cargas exercerá
c) apenas II, III e IV. no ponto será igual a F.
d) apenas III e IV. Assim, analisando o ponto P, temos as seguintes forças atuan-
do nele:
e) apenas I e III.
I. Verdadeira. Força para esquerda (atração) e campo para di- F
reita (saindo da carga geradora).
II. Verdadeira. Força para direita (repulsão) e campo para direi-
ta (saindo da carga geradora).
III. Verdadeira. Força para direita (repulsão) e campo para es- Fcos (30°) P Fcos (30°)
querda (indo para a carga geradora).
IV. Verdadeira. Força para esquerda (atração) e campo para
esquerda (indo para a carga geradora). F F
Alternativa a
2 · Fsen (30°) = F

Sendo a força no ponto P nula, consequentemente, o campo


elétrico também será nulo.
18. (Faap-SP) Sabendo-se que o vetor campo elétrico no ponto Analogamente chegamos à mesma conclusão para o ponto Q.
Para o ponto R, temos:
A é nulo, a relação entre d1 e d2 é:
4q q F F
A

d1 d2
F F

Nesse caso, a força no ponto R não será nula e, portanto,


d d 1 existe campo elétrico não nulo.
a) 1 = 4 d) 1 = Para o ponto S, temos:
d2 d2 2
d1 d1 1 F F
b) =2 e) =
d2 d2 4
d1
c) =1
d2 S
Para que o vetor campo elétrico seja nulo, os campos gera-
dos pelas cargas devem ter o mesmo módulo; sendo assim,
temos:
4 ⋅q q d F F
E1 = E2 s k ∙ =k∙ 2 s 1 =2
d12 d2 d2
Nesse caso, as forças se anulam e, portanto, o campo elétrico
Alternativa b também será nulo.
Assim, nos pontos P, Q e S os campos elétricos são nulos.
Alternativa: b
FÍSICA

35
20. +Enem [H21] Sendo k 0 a constante eletrostática do vácuo e consi-
No ano de 1913, o dinamarquês especialista em Físi- derando-se que a massa do elétron é m e, a expressão
ca atômica Niels Bohr (1885-1962) estabeleceu o modelo que fornece a velocidade v do elétron é:
atômico semelhante ao sistema planetário que é usado k0
k0 ⋅ e 2 d) v =
atualmente. Bohr chegou a esse modelo baseando-se no a) v =
me ⋅ r0 me ⋅ r0 ⋅ e 2
dilema do átomo estável. Ele acreditava na existência de 2
princípios físicos que descrevessem os elétrons existentes k0 ⋅ r0 k ⋅m 
b) v = e) v =  0 2e 
nos átomos. Esses princípios ainda eram desconhecidos me ⋅ e 2  r0 ⋅ e 
e graças a esse físico passaram a ser usados. […] Com
essas conclusões Bohr aperfeiçoou o modelo atômico de k0 ⋅ me
c) v =
Rutherford e chegou ao modelo do átomo como sistema r0 ⋅ e 2
planetário, onde os elétrons se organizam na eletrosfera
A força elétrica faz o papel de força centrípeta. Portanto, te-
na forma de camadas. mos:
Líria Alves de Souza. Química geral.
k 0 +e −e v2 k ⋅ e2 v2
Disponível em: www.mundoeducacao.com Felét. = me ∙ acp s 2 = me ∙ s 0 2 = me ∙ s
d r0 r0 r0
O átomo de hidrogênio, proposto por Niels Bohr, é com-
2
posto de um núcleo, contendo um único próton (carga +e), k0 ⋅ e
sv=
ao redor do qual gira um elétron (carga – e) em uma órbita me ⋅ r0
circular de raio r0, sujeito à força de atração coulombiana. Alternativa a

Tarefa proposta 18 a 32
Complementares
21. (UFGD-MS) Uma carga elétrica A é colocada próximo de Nesse contexto, e considerando k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2,
uma carga elétrica B – ilustradas na figura a seguir –, for- é correto afirmar que o número de elétrons por metro
mando um padrão para as linhas do campo elétrico. quadrado, distribuídos homogeneamente na superfície
do planeta Terra, é de:
a) um bilhão. d) seis bilhões.
b) dois bilhões. e) doze bilhões.
c) três bilhões.
23. (Fuvest-SP) Os centros de quatro esferas idênticas, I, II, III
e IV, com distribuições uniformes de carga, formam um
A B
quadrado. Um feixe de elétrons penetra na região deli-
mitada por esse quadrado, pelo ponto equidistanter dos
centros das esferas III e IV, com velocidade inicial v na
direção perpendicular à reta que une os centros de III e IV,
conforme representado na figura.

O sinal das cargas para que isso seja possível é:


Reprodução/Fuvest, 2016

a) positivo e negativo.
b) negativo e negativo.
c) negativo e positivo.
d) positivo e positivo.
1 3
e) positivo e negativo.
2 2
r
22. (UFPB) O planeta Terra pode ser considerado um grande A trajetória dos elétrons será retilínea, na direção de v e
condutor elétrico, com um número imenso de elétrons eles serão acelerados com velocidade crescente dentro da
distribuídos homogeneamente na sua superfície. Portanto, região plana delimitada pelo quadrado, se as esferas I, II,
o planeta Terra gera um campo elétrico. O campo elétrico III e IV estiverem, respectivamente, eletrizadas com cargas.
terrestre nas proximidades da sua superfície é da ordem Note e adote: Q é um número positivo.
de 100 N/C. Admita que: a) + Q, – Q, – Q, + Q
• a Terra é uma esfera de raio 6 ⋅ 106 m; b) + 2Q, – Q, + Q, – 2Q
• a área da superfície terrestre seja de 4 ⋅ 1014 m2; c) + Q, + Q, – Q, – Q
• a carga elétrica de 1 C equivale a, aproximadamente, d) – Q, + 2Q, – 2Q, – Q
6 ⋅ 1018 cargas elementares. e) + Q, + 2Q, – 2Q, – Q

36 CAPÍTULO 2
24. (EsPCEx-SP) Uma partícula de carga q e massa 10–6 kg foi Sabendo que a partícula está em equilíbrio, consi-
colocada num ponto próximo à superfície da Terra onde derando a intensidade da aceleração da gravidade
existe um campo elétrico uniforme, vertical e ascendente g = 10 m/s2, o valor da carga q e o seu sinal são res-
de intensidade E = 105 N/C. pectivamente:
a) 10–3 μC negativa
Reprodução/Espcex, 2016

b) 10–5 μC positiva
c) 10–5 μC negativa
d) 10–4 μC positiva
e) 10–4 μC negativa

Tarefa proposta
1. (FEI-SP) Duas cargas elétricas puntiformes positivas e A força eletrostática resultante sobre a carga elétrica
iguais a Q estão situadas no vácuo a 3 m de distância. de prova:
Sabe-se que a força de repulsão entre as cargas tem in- a) tem direção horizontal e sentido da esquerda para
tensidade 0,1 N. Qual é o valor de Q? a direita.
(Dado: k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) b) tem direção horizontal e sentido da direita para a
a) 1 ⋅ 10–3 C d) 3 ⋅ 108 C esquerda.
b) 1 ⋅ 10 C
–8
e) 1 ⋅ 10–5 C c) tem direção vertical e sentido ascendente.
c) 3 ⋅ 10 C
–8
d) tem direção vertical e sentido descendente.
2. (UFTM-MG) Charles Coulomb, físico francês do século e) é um vetor nulo.
XVIII, fez um estudo experimental sobre as forças que se
4. (UEM-PR) Considere as duas possíveis configurações, A e B,
manifestam entre cargas elétricas. Analise as afirmações
dadas abaixo.
a seguir:
I. Duas cargas fixas exercem entre si forças de natureza
eletrostática de igual intensidade.
II. As forças eletrostáticas são de natureza atrativa, se as
cargas forem de sinais contrários, e de natureza repul-
Reprodução/UEM-PR, 2015

siva, se forem do mesmo sinal.


III. A intensidade da força eletrostática é inversamente
proporcional às cargas e diretamente proporcional ao
quadrado da distância que as separa.
Pode-se afirmar que está correto o contido em:
a) I, apenas. d) II e III, apenas.
b) I e II, apenas. e) I, II e III.
c) I e III, apenas.
3. (Mack-SP)
As cargas positivas Q são mantidas fixas nas posições in-
dicadas e a carga q pode ser deslocada por um agente
externo. Os deslocamentos, tanto horizontal (A) como
Reprodução/Mackenzie, 2016

vertical (B), são de 1 cm.


Assinale o que for correto.
(01) Na configuração A se q for positiva, ela tende a re-
tornar à origem.
(02) Na configuração A se q for negativa, ela tende a se
deslocar para a direita.
(04) Se o valor de q for positivo, o módulo da força elé-
trica sobre ela é menor em A do que em B.
Dois corpos eletrizados com cargas elétricas puntiformes (08) Se q for negativa em B, ela tende a se deslocar no
+ Q e – Q são colocados sobre o eixo x nas posições + x sentido positivo de y.
e – x, respectivamente. Uma carga elétrica de prova – q (16) No diagrama A, se q for positiva, ela atinge a origem
é colocada sobre o eixo y na posição + y como mostra a com velocidade nula permanecendo em repouso
figura acima. nesse ponto.
FÍSICA

37
5. (UFJF-MG) Em 1785, Charles Augustin de Coulomb, com
um auxílio de uma balança de torção, investigou a intera- 10 kQ2
ção entre cargas elétricas. A balança é composta por uma a) e F=
d2
haste isolante, com duas esferas em suas extremidades,
sendo uma isolante (contrapeso) e outra condutora, como
mostram as figuras abaixo. Todo o conjunto é suspenso
por um fio de torção. Quando o sistema entra em equilí- 4 kQ2
b) e F=
brio, a esfera condutora é carregada com uma carga q1 e d2
outra esfera, com carga q2 é aproximada da esfera metá-
lica. O sistema sofre uma torção, que depende do sinal e

Reprodução/Unesp, 2015
intensidade das cargas. Com isso, é possível determinar a
força de interação entre as esferas carregadas em função 10 kQ2
c) e F=
do ângulo de rotação. Assim, assinale a alternativa que d2
descreve a Lei de Coulomb.

2kQ2
d) e F=
d2
Reprodução/UFJF-MG, 2016

4 kQ2
e) e F=
d2

7. (UFPI) Considere duas partículas de material metálico conecta-


das por uma mola leve de constante elástica kmola = 100 N/m e
comprimento natural 0 = 0,300 m. O sistema repousa sobre
uma superfície horizontal com atrito desprezível. Uma carga Q
é adicionada lentamente ao sistema, dividindo-se igualmente
a) A força elétrica é proporcional ao produto das cargas
entre as duas partículas, fazendo a mola esticar até o com-
e inversamente proporcional ao quadrado da distância
primento final f = 0,400 m. Pode-se afirmar que a carga Q
entre elas.
adicionada vale aproximadamente:
b) A força elétrica é proporcional ao produto das massas
(Dado: constante eletrostática k = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2)
e inversamente proporcional ao quadrado da distância
a) 15,2 μC c) 26,7 μC e) 40,8 μC
entre elas.
b) 20,0 μC d) 32,5 μC
c) A força elétrica é proporcional ao somatório das car-
gas e inversamente proporcional à distância entre elas. 8. (UFPR) Uma esfera condutora, indicada pelo número 1
d) Independentemente dos sinais das cargas, a torsão no na figura, tem massa m = 20 g e carga negativa – q. Ela
fio não irá mudar de direção. está pendurada por um fio isolante de massa desprezível e
inextensível. Uma segunda esfera condutora, indicada pelo
e) Quanto maior a massa das esferas, maior a aceleração
número 2 na figura, com massa M = 200 g e carga positiva
causada pela força Coulombiana.
Q = 3 μC, está sustentada por uma haste isolante. Ao apro-
6. (Unesp-SP) Em um experimento de eletrostática, um ximar a esfera 2 da esfera 1 ocorre atração. Na situação de
estudante dispunha de três esferas metálicas idênticas, equilíbrio estático, o fio que sustenta a esfera 1 forma um
A, B e C, eletrizadas, no ar, com cargas elétricas 5Q, ângulo θ = 27° com a vertical e a distância entre os centros
3Q e – 2Q, respectivamente. das esferas é de 10 cm. Calcule a carga – q da esfera 1.
Reprodução/Unesp, 2015

Reprodução/UFPR, 2014

Utilizando luvas de borracha, o estudante coloca as três


esferas simultaneamente em contato e, depois de separá-
-las, suspende A e C por fios de seda, mantendo-as pró-
ximas. Verifica, então, que elas interagem eletricamente,
permanecendo em equilíbrio estático a uma distância d
uma da outra. Sendo k a constante eletrostática do ar,
assinale a alternativa que contém a correta representação
da configuração de equilíbrio envolvendo as esferas A e Para a resolução deste problema considere g = 10 m/s2,
C e a intensidade da força de interação elétrica entre elas. k = 9 ∙ 109 N ∙ m2/C2 e tg 27° = 0,5.

38 CAPÍTULO 2
9. (UFPE) O gráfico a seguir mostra a intensidade da força As esferas A e C estão fixas, e B pode mover-se livremente
eletrostática entre duas esferas metálicas muito pequenas, sobre a reta que liga A e C. As três estão apoiadas sobre
em função da distância entre os centros das esferas. uma superfície isolante.
F (µN) Figura 1 C
A B

40

30 10 cm

20
Na situação inicial, a esfera B é mantida em repouso na
10 posição indicada na figura 1 e, quando abandonada, mo-
ve-se no sentido C até tocá-la, quando as cargas de B e
0 2,0 4,0 6,0 8,0 r (m) C se redistribuem. Agora, com uma nova configuração
de cargas, B é repelida por C e o sistema se estabiliza na
Se as esferas têm a mesma carga elétrica, qual o valor
posição final de equilíbrio mostrada na figura 2.
desta carga?
Figura 2
a) 0,86 μC A B C
b) 0,43 μC
c) 0,26 μC
d) 0,13 μC
e) 0,07 μC x
10. (UFSE) Duas cargas puntiformes, Q1 e Q2, se atraem, no
vácuo, com uma força elétrica de intensidade 4,0 ⋅ 10–2 Pode-se afirmar que o valor de x, em cm, vale:
N, quando estão separadas por uma distância de 3,0 cm. a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8
Se Q1 = 2,0 ⋅ 10–8 C, então Q2, em coulombs, vale: 13. +Enem [H21] Uma molécula de água é considerada um
(Dado: constante eletrostática do vácuo = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) dipolo elétrico, ou seja, um lado é negativo e o outro é
a) 2,0 ⋅ 10–8, positiva. positivo, pois os átomos não estão alinhados em linha reta,
b) 2,0 ⋅ 10–7, positiva. mas em um ângulo de 105°, como na figura.
c) 2,0 ⋅ 10–6, positiva. Lado A

d) 2,0 ⋅ 10–7, negativa. H H


e) 2,0 ⋅ 10–8, negativa.
105o
11. (UPE) Duas cargas elétricas pontuais, Q = 2,0 μC e q = 0,5 μC,
estão amarradas à extremidade de um fio isolante. A carga
O
q possui massa m = 10 g e gira em uma trajetória de raio
R = 10 cm, vertical, em torno da carga Q que está fixa.
Lado B
Sendo o núcleo do oxigênio mais eletronegativo que o
Reprodução/UPE, 2015

do átomo de hidrogênio e considerando-se a lei de Cou-


lomb, quais são o lado negativo e o positivo em uma mo-
lécula de água? Como se explica essa polaridade?
a) A e B, os prótons do hidrogênio são atraídos para o
núcleo do oxigênio, gerando uma variação na distri-
buição de carga na molécula.
Sabendo que o maior valor possível para a tração no fio
b) B e A, os prótons do oxigênio são atraídos para o nú-
durante esse movimento é igual a T = 11 N, determine
cleo do hidrogênio, gerando uma variação na distri-
o módulo da velocidade tangencial quando isso ocorre.
buição de carga na molécula.
A constante eletrostática do meio é igual a 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2.
c) B e A, os elétrons do oxigênio são atraídos para o nú-
a) 10 m/s
cleo do hidrogênio, gerando uma variação na distri-
b) 11 m/s buição de carga na molécula.
c) 12 m/s d) A e B, os elétrons do oxigênio são atraídos para o nú-
d) 14 m/s cleo do hidrogênio, gerando uma variação na distri-
e) 20 m/s buição de carga na molécula.
12. (Fameca-SP) A figura 1 mostra três pequenas esferas idên- e) B e A, os elétrons do hidrogênio são atraídos para o
ticas – A, B e C – eletrizadas com cargas elétricas iguais a núcleo do oxigênio, gerando uma variação na distri-
9 μC, 15 μC e –7 μC, respectivamente. buição de carga na molécula.
FÍSICA

39
14. (Ifsul-RS) Considere duas cargas elétricas pontuais, sendo 18. (UFG-GO) A umidade relativa do ar no inverno de 2010,
uma delas Q1 localizada na origem de um eixo x e a outra em Goiânia, atingiu níveis muito baixos. Essa baixa umida-
Q2 localizada em x = L. Uma terceira carga pontual, Q3, é de pode provocar descargas elétricas nas pessoas quando
colocada em x = 0,4 L. elas aproximam seus dedos de superfícies condutoras de
Considerando apenas a interação entre as três cargas eletricidade. Considere que a descarga ocorre quando uma
pontuais e sabendo que todas elas possuem o mesmo pessoa aproxima seu dedo a uma distância de 3 mm da
Q2 superfície metálica e a carga elétrica na ponta do dedo
sinal, qual é a razão para que Q3 fique submetida a
Q1 corresponda à metade daquela que deve estar uniforme-
uma força resultante nula? mente distribuída em uma pequena esfera de raio 6 mm.
a) 0,44 b) 1,0 c) 1,5 d) 2,25 Nessas condições, a carga acumulada na ponta do dedo,
em coulomb, será de:
15. (FEI-SP) Duas cargas elétricas puntiformes, Q1 = 2 μC e
(Dados: campo de ruptura do ar = 3 ⋅ 106 V/m;
Q2 = –6 μC, estão fixas e separadas por uma distância de
k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2)
600 mm no vácuo (k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2). Uma terceira
a) 1,50 ⋅ 10–9 d) 1,35 ⋅ 10–8
carga q = 3 μC é colocada no ponto médio do segmento
que une as cargas Q1 e Q2. Qual o módulo da força elé- b) 6,00 ⋅ 10–9 e) 2,70 ⋅ 10–6
trica resultante a que a terceira carga q ficará submetida c) 1,20 ⋅ 10 –8

devido à presença de Q1 e Q2? 19. (PUC-RS) Para responder à questão, considere a figura
a) 1,2 N d) 1,2 ⋅ 10–3 N abaixo, que representa as linhas de força do campo elétrico
b) 2,4 N e) 3,6 ⋅ 10–3 N gerado por duas cargas pontuais QA e QB.
c) 3,6 N
16. (AFA-SP) Uma pequenina esfera vazada, no ar, com carga
elétrica igual a 1 μC e massa 10 g é perpassada por um
Reprodução/Puc-RS, 2016

aro semicircular isolante, de extremidades A e B, situado


num plano vertical.
Uma partícula carregada eletricamente com carga igual
a 4 μC é fixada por meio de um suporte isolante, no
centro C do aro, que tem raio R igual a 60 cm, conforme
ilustra a figura abaixo.

A soma QA e QB é necessariamente um número:


a) par. d) positivo.
Reprodução/AFA, 2015

b) ímpar. e) negativo.
c) inteiro.
20. (FEI-SP) Duas cargas puntiformes, q1 = +6 μC e q2 = –2 μC,
estão separadas por uma distância d. Assinale a alternativa
que melhor represente as linhas de força entre q1 e q2.

Despreze quaisquer forças dissipativas e considere a ace-


leração da gravidade constante. Ao abandonar a esfera, a a) +6 −2
partir do repouso, na extremidade A, pode-se afirmar que
a intensidade da reação normal, em newtons, exercida
pelo aro sobre ela no ponto mais baixo (ponto D) de sua
trajetória é igual a: b) +6 −2

a) 0,20 b) 0,40 c) 0,50 d) 0,60


17. (PUC-RJ) Dois objetos metálicos esféricos idênticos, con-
tendo cargas elétricas de 1 C e de 5 C, são colocados
c) +6 −2
em contato e depois afastados a uma distância de 3 m.
Considerando a constante de Coulomb k = 9 ∙ 109 N ⋅ m2/C2,
podemos dizer que a força que atua entre as cargas após
o contato é:
d) +6 −2
a) atrativa e tem módulo 3 ⋅ 109 N.
b) atrativa e tem módulo 9 ⋅ 109 N.
c) repulsiva e tem módulo 3 ⋅ 109 N.
d) repulsiva e tem módulo 9 ⋅ 109 N. e) +6 −2
e) zero.

40 CAPÍTULO 2
21. (Ciesp) Há pouco mais de 60 anos não existiam microchips, 24. (Acafe-SC) O diagrama a seguir representa as linhas de
transistores ou mesmo diodos, peças fundamentais força de um campo elétrico geradas por duas cargas pun-
para o funcionamento dos atuais eletroeletrônicos. tiformes, 1 e 2.
Naquela época, para controlar o sentido da corrente
elétrica em um trecho de circuito, existiam as válvulas
de diodo.

Z
1 2

Emissor
Grade X

Y
Os sinais das cargas 1 e 2, respectivamente, são:
Nesse tipo de válvula, duas peças distintas eram se- a) – e –.
ladas a vácuo: o emissor, de onde eram extraídos b) – e +.
elétrons, e a grade, que os recebia. O formato do c) + e +.
emissor e da grade permitia que entre eles se esta- d) + e –.
belecesse um campo elétrico uniforme. O terno dos e) impossíveis de serem determinados.
eixos desenhado está de acordo com a posição da 25. (UEG-GO) A figura a seguir descreve um anel metálico, de
válvula mostrada na figura anterior. Para que um elé- raio a, carregado positivamente com carga Q, no ponto P,
tron seja acelerado do emissor em direção à grade, o campo elétrico é dado pela expressão.
deve ser criado entre estes um campo elétrico orien-
tado na direção do eixo:
Reprodução/UEG, 2016

a) X, voltado para o sentido positivo. kQx


b) X, voltado para o sentido negativo. Ep =
(a2 + x 2 )3 2
c) Y, voltado para o sentido positivo.
d) Z, voltado para o sentido positivo.
e) Z, voltado para o sentido negativo.
No limite de x .. a (leia-se x muito maior que a), a ex-
22. (Acafe-SC) Em uma atividade de eletrostática, são dis- pressão do campo elétrico Ep é equivalente:
postas quatro cargas pontuais (de mesmo módulo) nos a) ao campo elétrico de uma carga pontual com a carga
vértices de um quadrado. As cargas estão dispostas em do anel.
ordem cíclica seguindo o perímetro a partir de qualquer
b) a aproximação de a .. x que leva a um valor nulo nas
vértice.
duas situações.
A situação em que o valor do campo elétrico no centro do
c) à mesma expressão apresentada no enunciado do
quadrado não será nulo é:
problema.
a) + | q |, − | q |, + | q |, − | q |
d) à equação Ep salvo uma correção necessária no valor
b) + | q |, + | q |, + | q |, + | q |
de Q.
c) + | q |, + | q |, − | q |, − | q |
26. (Uece) Imediatamente antes de um relâmpago, uma
d) − | q |, − | q |, − | q |, − | q |
nuvem tem em seu topo predominância de moléculas
23. (UPF-RS) Uma pequena esfera de 1,6 g de massa é eletri- com cargas elétricas positivas, enquanto sua base é
zada retirando-se um número n de elétrons. Dessa forma, carregada negativamente. Considere um modelo sim-
quando a esfera é colocada em um campo elétrico unifor- plificado que trata cada uma dessas distribuições como
me de 1 ⋅ 109 N/C, na direção vertical para cima, a esfera planos de carga paralelos e com distribuição unifor-
fica flutuando no ar em equilíbrio. Considerando que a me. Sobre o vetor campo elétrico gerado por essas
aceleração gravitacional local g é 10 m/s2 e a carga de um cargas em um ponto entre o topo e a base, é correto
elétron é 1,6 ⋅ 10–19 C, pode-se afirmar que o número de afirmar que:
elétrons retirados da esfera é: a) é vertical e tem sentido de baixo para cima.
a) 1 ⋅ 1019 b) é vertical e tem sentido de cima para baixo.
b) 1 ⋅ 1010 c) é horizontal e tem mesmo sentido da corrente de ar
c) 1 ⋅ 109 predominante no interior da nuvem.
d) 1 ⋅ 108 d) é horizontal e tem mesmo sentido no norte magnético
e) 1 ⋅ 107 da Terra.
FÍSICA

41
27. (Mack-SP) A intensidade do vetor campo elétrico gerado 29. (UFV-MG) A figura a seguir ilustra uma partícula com car-
por uma carga Q puntiforme, positiva e fixa em um ponto ga elétrica positiva (Q), inicialmente mantida em repouso
do vácuo, em função da distância (d) em relação a ela, no ponto B, presa a uma linha isolante inextensível. Esse
varia conforme o gráfico dado. A intensidade do vetor conjunto está em uma regiãor onde há um campo elétrico
campo elétrico, no ponto situado a 6 m da carga, é: uniforme representado pelo E .
E (N/C)
A B
Q
18 · 105


E
C

Arco do círculo
0 2 6 d (m)
D
a) 2 ⋅ 105 N/C
b) 3 ⋅ 105 N/C Supondo que, depois de a partícula ser abandonada, as
c) 4 ⋅ 105 N/C únicas forças que atuam sobre ela são a força elétrica e a
d) 5 ⋅ 105 N/C tensão na linha, é correto afirmar que a partícula:
e) 6 ⋅ 105 N/C a) se moverá ciclicamente entre os pontos B e D, percor-
28. (UFRN) Uma das aplicações tecnológicas modernas da rendo a trajetória pontilhada da figura.
eletrostática foi a invenção da impressora a jato de tinta. b) se moverá do ponto B para o ponto C, percorrendo a
Esse tipo de impressora usa pequenas gotas de tinta, que trajetória pontilhada, e então permanecerá em repou-
podem ser eletricamente neutras ou eletrizadas positiva so no ponto C.
ou negativamente. Essas gotas são jogadas entre as placas c) se moverá do ponto B para o ponto D, percorrendo a
defletoras da impressora, região onde existe um campo trajetória pontilhada, e então permanecerá em repou-
elétrico uniforme E, atingindo, então, o papel para formar so no ponto D.
as letras. A figura a seguir mostra três gotas de tinta, que d) se moverá em linha reta do ponto B para o ponto A e
são lançadas para baixo, a partir do emissor. Após atraves- então permanecerá em repouso no ponto A.
sar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o e) permanecerá em repouso no ponto B.
papel. (O campo elétrico uniforme está representado por 30. (UFJF-MG) Duas cargas elétricas, q1 = + 1 μC e q2 = – 4 μC,
apenas uma linha de força.) estão no vácuo, fixas nos pontos 1 e 2, e separadas por
uma distância d = 60 cm, como mostra a figura abaixo.
Reprodução/UEG, 2017
Reprodução/UFRN, 2000

Com base nas informações, determine:


a) a intensidade, a direção e o sentido do vetor campo
elétrico resultante no ponto médio da linha reta que
une as duas cargas.
b) o ponto em que o campo elétrico resultante é nulo à
esquerda de q1.
31. +Enem [H21] O átomo de hidrogênio, proposto por
Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que a gota 1, a 2 e Niels Bohr, é composto de um núcleo, contendo um
a 3 estão, respectivamente: único próton (e = 1,6 ∙ 10–19 C), ao redor do qual gira
a) carregada negativamente, neutra e carregada positi- um elétron (e = –1,6 ∙ 10–19 C) em uma órbita circular
vamente. de raio r0 = 5 ∙ 10–11 m, sujeito à força de atração cou-
b) neutra, carregada positivamente e carregada nega- lombiana. Sendo k0 a constante eletrostática do vácuo,
tivamente. qual é o valor do módulo do vetor campo elétrico no
c) carregada positivamente, neutra e carregada negati- ponto médio do raio do átomo de hidrogênio?
vamente. a) 5,4 ∙ 1012 N/C d) 4,6 ∙ 1012 N/C
d) carregada positivamente, carregada negativamente. 12
b) 6,6 ∙ 10 N/C e) 3,2 ∙ 1012 N/C
e) neutra. 12
c) 7,5 ∙ 10 N/C

42 CAPÍTULO 2
32. (Vunesp) Uma partícula de massa m, carregada com carga elétrica q e presa a um fio leve e isolante de 5 cm de comprimento,
encontra-se em equilíbrio, como mostra a figura, em uma região onde existe um campo elétrico uniforme de intensidade E,
cuja direção, no plano da figura, é perpendicular à do campo gravitacional de intensidade g.

Fio leve

5 cm 
g
4 cm

3 cm
Partícula
m, q

q
Sabendo que a partícula está afastada 3 cm da vertical, podemos dizer que a razão é igual a:
m
5 g 4 g 5 g 3 g 5 g
a) ⋅ b) ⋅ c) ⋅ d) ⋅ e) ⋅
3 E 3 E 4 E 4 E 4 E

Vá em frente
Acesse
Forças e campos – O simulador permite identificar, pelo comportamento de uma carga de prova, campos elétricos e for-
ças elétricas atuantes.
Disponível em: ,https://phet.colorado.edu/sims/html/charges-and-fields/latest/charges-and-fields_pt_BR.html.. Acesso em:
7 jan. 2018.

Autoavalia•‹o:
V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
FÍSICA

43
3
Ro
m
as
et
/Sh
utt
e rs
toc
k
POTENCIAL ELÉTRICO

OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
Os carros elétricos já são realidade nas ruas e avenidas de alguns países. São carros
► Compreender que o trabalho
que contribuem significativamente para melhor qualidade do meio ambiente, pelo fato
realizado por uma partícula
de não emitirem gases poluentes. Além disso, esses veículos são silenciosos e apresentam
carregada está associado a
o mesmo conforto dos carros convencionais com motores à combustão. Apesar dos avan- uma diferença de potencial,
ços na indústria de carros elétricos, uma das maiores dificuldades enfrentadas é conse- não nula.
guir elevar rapidamente o potencial elétrico durante o carregamento das baterias. Outra
► Analisar o movimento de
questão é o tamanho das baterias que ainda ocupam um espaço significativo nos carros, partículas em um campo
representando de 10% a 20% de seu peso. elétrico.
Ander Dylan/Shutterstock

► Compreender que a
movimentação de cargas
elétricas tem como pré-
-requisito uma diferença de
potencial elétrica.
► Identificar fenômenos
ligados à concentração
de cargas elétricas em
superfícies pontiagudas.

Principais conceitos
que você vai aprender:
► Potencial elétrico
► Energia potencial elétrica
► Trabalho da força elétrica
► Diferença de potencial
► Nas páginas 54 e 55,
trazemos um infográfico
detalhado sobre eletricidade
e suas manifestações.

A energia utilizada para que esses carros se movimentem é proveniente das estações
de carregamento. Ao serem conectados nas estações, estas deslocam cargas elétricas
para que sejam armazenadas nas baterias instaladas no interior dos carros. Quando o car-
ro está em movimento, temos a transformação de energia potencial elétrica em energia
cinética. Essa transformação de energia depende da diferença de potencial proporciona-
da pelas baterias, bem como da quantidade de carga disponível. Em média, para se carre-
garem essas baterias é necessário conectar o carro a elas por um período de 7 a 12 horas,
o que permite uma autonomia média de 500 km.
A movimentação de cargas elétricas é a base de funcionamento de diversos equipa-
mentos elétricos e pode ocorrer quando se aplica a elas uma diferença de potencial.
• Essa diferença de potencial pode ser encontrada também em alguns fenômenos da
natureza. Em que situações se pode observar a ação da diferença de potencial?
Essa questão permite apresentar para os alunos fenômenos da natureza que envolvem esse conceito da eletricidade, principalmente
as causas das descargas elétricas que se observam em dias de tempestade. Pode-se comentar também que a quantidade de energia
44 nesses eventos ainda é muito difícil de reaproveitar.
Energia potencial elétrica
Na Mecânica, estudou-se que os objetos em movimento possuem energia cinética. Observação
E quando esses objetos são elevados a uma determinada altura em relação ao solo, ou 1 Energia cinética (Ec) de uma
uma mola quando está comprimida, possuem energia potencial armazenada. 1 partícula com massa m que
Quando consideramos a situação de uma carga elétrica Q fixa que gera ao seu redor se move com velocidade v é
um campo elétrico, e então se coloca uma carga elétrica q a uma distância r da carga Q, ela 1
definida por Ec = ⋅ m ⋅ v 2.
2
sofrerá a ação de uma força elétrica e, se for abandonada, poderá se movimentar.
No SI, temos: m medido em kg;
v em m/s; energia cinética em
joules (J).

Epot. elét.

q
r

Campo
Q elétrico

Dizemos então que o sistema composto pelas duas cargas possui energia potencial de
natureza elétrica (Epot. elét.), dada pela expressão:

Q ⋅q
Epot.elet. = k ⋅
r

em que k é a constante eletrostática do meio.


Da mesma forma que a energia potencial gravitacional e a energia potencial elástica,
a energia potencial elétrica é uma energia “armazenada” pelo sistema, a qual pode se Atenção
transformar em energia cinética (movimento). Além disso, como as demais energias cita- 1 A energia potencial elétrica
das, a energia potencial elétrica é uma grandeza escalar (expressa por um número e uma de um par de cargas elétricas
unidade) e no SI é medida em J (joules). 1 pode ser positiva ou negativa,
de acordo com os sinais das
Potencial elétrico cargas.
► cargas elétricas de mesmo
O campo elétrico gerado pela presença de uma carga, em cada ponto do espaço, é de-
r sinal:
nominado vetor campo elétrico E , que é um campo vetorial. Vimos que as características
do vetor campo elétrico em um dado ponto nos permitem determinar a força elétrica que Q · q > 0 w Epot. elét. > 0
uma carga elétrica sofre quando colocada nessa região. ► cargas elétricas de sinal
oposto:
Esse campo possui uma grandeza física que se pode associar a ele, denominada
potencial elétrico, a qual, assim como o campo, está associada a cada ponto do espa- Q · q < 0 w Epot. elét. < 0
ço. No entanto, o potencial elétrico é definido como uma grandeza escalar que permi-
te determinar a energia potencial elétrica armazenada por uma carga em um ponto Definição
qualquer da região sob interferência do campo elétrico. Potencial elétrico: mede a energia
Considere que uma carga elétrica de prova q seja colocada num dado ponto do espaço, potencial elétrica por unidade
de carga em um determinado
em que há um campo elétrico, e por isso ela adquire uma energia potencial elétrica Epot. elét..
ponto do espaço em que exista
O potencial elétrico V desse ponto é definido como a razão:
um campo elétrico.

Epot.elét.
V=
q

No SI, o potencial elétrico é medido em joules/coulomb (J/C), que é denominado de volt


(V), ou seja, 1 V = 1 J/C.
FÍSICA

45
O potencial elétrico num dado ponto depende das cargas elétricas que geram esse Curiosidade
campo elétrico. Para elucidar esse conceito, vamos analisar a situação em que uma única 1 A unidade volt (V), utilizada
carga elétrica Q gera um campo elétrico no espaço ao seu redor e que existe um ponto P a para a tensão elétrica gerada
uma distância r dessa carga, como representado na figura. por pilhas e baterias, é uma
homenagem ao físico italiano
P
Alessandro Volta (1745-1827),
que, após uma longa batalha
intelectual com seu compatriota
r V Luigi Galvani (1737-1798) nos
estudos que investigavam a
origem da eletricidade nos seres
vivos, mostrou que era possível
gerar corrente elétrica a partir
Q de dois metais diferentes e
assim inventou a primeira pilha
Se uma carga de prova q for colocada no ponto P, vai adquirir uma energia potencial Epot. elét. elétrica.
Pela definição, o potencial elétrico V desse ponto será:
Q ⋅q
Epot.elét. k ⋅ r Q
V= = s V =k⋅
q q r

A partir da expressão definida, podemos afirmar que o potencial elétrico V pode ser
positivo ou negativo, de acordo com o sinal da carga Q, que gerou o campo elétrico, e varia

Nicku/Shutterstock
com o inverso da distância r.
• carga geradora positiva: Q . 0 w V . 0
• carga geradora negativa: Q , 0 w V , 0
Assim, o gráfico do potencial elétrico possui um comportamento como representado
na curva a seguir.
V

Gio.tto/Shutterstock
Q>0

0 r

Q<0

Quando o campo elétrico é gerado por diversas cargas Q1, Q2, …, Qn, o potencial elétrico
V em um ponto é obtido pela soma algébrica dos potenciais elétricos V1, V2, …, Vn gerados Alessandro Volta (1745-1827)
por cada uma das cargas. 1 e uma réplica da primeira pilha
elétrica.
Q1

r1

V = V1 + V2 + ... + Vn
Q2 P
r2 k ⋅ Q1 k ⋅ Q2 k ⋅ Qn
V= + + ... +
r1 r2 rn
rn
V

Qn

46 CAPÍTULO 3
Desenvolva
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a
que se destinam.
Os carros mais antigos apresentavam partes com sinais de ferrugem e bolhas na pintura. Elas apareciam, normalmente, nas
partes em que a proximidade com o solo era maior, em regiões em que a água suja podia entrar em contato. Com a evolução da
indústria automobilística, principalmente com as tecnologias de revestimento de superfícies e pinturas, os carros atuais não
apresentam tais manchas. Uma técnica importante de pintura utilizada atualmente é a pintura eletrostática ou eletropintura.
Esse tipo de pintura pode ser feita de duas maneiras: com tintas líquidas ou em pó. A tecnologia que utiliza o pó têm apresentado
maior eficiência e resultados mais satisfatórios. A diferença entre as técnicas está na condição da peça que receberá a tinta. Quando a
pintura é realizada com a tinta líquida, a peça é carregada com cargas negativas; já na pintura a pó, a peça é aterrada.
Relacione os conceitos estudados até o momento, para explicar como se pode garantir a eficiência do processo descrito.
Nos dois tipos de pintura, com tinta líquida ou em pó, ocorre a geração de um campo elétrico que tem a função de criar uma diferença
de potencial e, assim, promover o movimento de partículas carregadas da fonte de tinta, com cargas de sinais opostos ao da peça a
ser pintada, o que possibilitará obter total aderência em sua superfície.

.
Atividades
1. Duas pequenas partículas, eletrizadas positivamente, estão 3. Uma carga elétrica Q = 160 µC é fixada na origem de um
a uma distância d entre si, no vácuo. Ao serem abandona- sistema cartesiano x0y como mostra a figura. O meio é o
das, a partir do repouso, elas passam a se mover sob ação vácuo, cuja constante eletrostática é k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2.
exclusiva das forças elétricas. Com isso, pode-se afirmar Considere os pontos A (3 m; 4 m) e B (8 m; 0) representados.
que a energia potencial do sistema: y (m)
a) aumenta e as energias cinéticas das partículas aumentam.
5
b) diminui e as energias cinéticas das partículas diminuem. A
4
c) diminui e as energias cinéticas das partículas permane-
cem constantes. 3
d) aumenta e as energias cinéticas das partículas diminuem. 2
e) diminui e as energias cinéticas das partículas aumentam.
Como as partículas têm cargas de mesmo sinal, elas se repe- 1
lem, e a distância entre elas vai aumentar. Com isso, a energia Q B
potencial do sistema diminui e é convertida em energia cinéti- 0 1 2 3 4 5 6 7 8 x (m)
ca, que aumentará. Alternativa e
2. (UEG-GO) Considere uma esfera condutora carregada com Determine os potenciais elétricos dos pontos A e B.
carga Q que possua um raio R. O potencial elétrico dividi- Q 160 ⋅ 10−6 160 ⋅ 10−6
VA = k = 9 ∙ 109 ∙ 2 2
= 9 ∙ 109 ∙ s
do pela constante eletrostática no vácuo dessa esfera em dA 4 +3 5
função da distância d, medida a partir do seu centro, está s VA = 2,88 ∙ 105 V
descrito no gráfico a seguir. Q 160 ⋅ 10−6 160 ⋅ 10−6
VB = k d = 9 ∙ 109 ∙ 2 2
= 9 ∙ 109 ∙ s
B 8 +0 8
s VB = 1,80 ∙ 105 V
Reprodução/UEG, 2015

4. (Udesc) Ao longo de um processo de aproximação de duas


partículas de mesma carga elétrica, a energia potencial
elétrica do sistema:
a) diminui.
b) aumenta.
Qual é o valor da carga elétrica em Coulomb? c) aumenta inicialmente e, em seguida, diminui.
a) 2,0 ∙ 104 b) 4,0 ∙ 103 c) 0,5 ∙ 106 d) 2,0 ∙ 106 d) permanece constante.
De acordo com o gráfico, o potencial se mantém constante
até que a distância seja igual ao raio da esfera. Nas proximida- e) diminui inicialmente e, em seguida, aumenta.
des da superfície, temos d = R = 0,20 m. A energia potencial elétrica é dada por:
Isolando a carga na expressão do potencial elétrico, temos: k ⋅Q ⋅q
Ep =
V d
Q = ⋅ d s Q = 1 ⋅ 105 ⋅ 0, 20 s Q = 2 ⋅ 104 C Podemos concluir que, se a distância entre as partículas dimi-
k0 nui, a energia potencial elétrica aumenta.
Alternativa a Alternativa b
FÍSICA

47
5. Duas cargas elétricas puntiformes, QA e QB, estão fixas nos 7. (UEG-GO) Uma carga Q está fixa no espaço, a uma distân-
pontos A e B, respectivamente, como representado na figura. cia d dela existe um ponto P no qual é colocada uma carga
QA = −4 μC QB = +6 μC de prova q0. Considerando-se esses dados, verifica-se que
A B no ponto P:
a) o potencial elétrico devido a Q diminui com inverso de d.
b) a força elétrica tem direção radial e aproximando de Q.
2m
c) o campo elétrico depende apenas do módulo da carga Q.
d) a energia potencial elétrica das cargas depende do in-
Determine, entre A e B, a que distância de A está o ponto verso de d2.
onde o potencial é nulo. Q
Chamaremos de P o ponto cujo potencial elétrico é nulo. Sen- Da expressão do potencial elétrico V = k 0 ⋅ podemos con-
d
do assim, temos:
cluir que a distância aumenta e o potencial diminui, ou seja,
VP = VA + VB diminui com o inverso de d.
Q Alternativa a
VP = k QA + k B
dA dB
Sendo dA a distância entre A e P, substituiremos dB por (2 – dA);
assim:
( –4 ) ⋅ 10 –6 6 ⋅ 10 –6 8. +Enem [H21] Em uma aula de laboratório, para ilustrar o
VP = 9 ⋅ 109 + 9 ⋅ 109 =0s
dA (2 – d A ) conceito de potencial elétrico, um professor de Física faz a
4 ⋅ 10 –6
seguinte montagem: coloca duas pequenas esferas, carre-
6 ⋅ 10 –6
s = s 6 ∙ dA = 4 ∙ (2 – dA) s gadas eletricamente com cargas q1 e q2 a uma distância D
(2 – d A ) dA
entre elas, como representado na figura.
s 10 ∙ dA = 8 s dA = 0,8 m
Tampo da mesa (vista superior)

P
6. (Fuvest-SP) A energia potencial elétrica U de duas partículas
em função da distância r que as separa está representada
no gráfico da figura adiante.
D
6

4 D
q1 q2
U (10−18 J)

Em seguida, com medidas experimentais, os alunos verifi-


2
caram que o potencial elétrico do ponto P a uma distância
D da carga q2 é nulo.
Finalmente, o professor coloca no quadro a expressão que
0 permite calcular o potencial elétrico V gerado por uma car-
0 2 4 6 8 10 12
r (10−10 m) ga elétrica Q em um ponto a uma distância r da carga:
Q
Uma das partículas está fixa em uma posição, enquanto a V =k ⋅
r
outra se move apenas devido à força elétrica de interação
em que k é constante eletrostática do meio. Com isso, os
entre elas. Quando a distância entre as partículas varia q1
de ri = 3 ⋅ 10−10 m a rf = 9 ⋅ 10−10 m, a energia cinética da alunos concluem corretamente que a razão entre as
q2
partícula em movimento: cargas elétricas das esferas vale aproximadamente:
a) diminui 1 ⋅ 10−18 J. d) aumenta 2 ⋅ 10−18 J. a) +2,1 d) −1,4
b) aumenta 1 ⋅ 10−18 J. e) não se altera. b) +1,7 e) −1,0
c) diminui 2 ⋅ 10 J.
−18
c) +1,0
Pelo princípio da conservação da energia, temos que a energia
k ⋅ q1 k ⋅ q2 k ⋅ q1 k ⋅ q2 k ⋅ q1 k ⋅ q2
total (energia cinética + energia potencial) deve permanecer VP = + s0= + s =– s
constante. r1 r2 D 2 D D 2 D
i
E cf + Epf = E c + Epi q q
s 1 = – 2 s 1 H –1,4
Reordenado, temos q2 q2
E cf – E ci = Epi – Epf s ∆Ec = Epi – Epf Alternativa d
Pelo gráfico, temos:
∆Ec = 3 ⋅ 10–18 – 1 ⋅ 10–18 = +2 ⋅ 10–18 J.
Portanto, a energia cinética sofre um aumento de 2 ⋅ 10–18 J.
Alternativa d

48 CAPÍTULO 3
Tarefa proposta 1 a 17
Complementares
9. (PUC-RS) Uma carga elétrica pontual Q está colocada em Está(ão) correta(s):
um ponto P, como mostra a figura. a) apenas I.
4 5 b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas I e III.
P 11. (CN) Analise a figura abaixo.
+
Q 1

Reprodução/EN, 2015
2 3
Os pontos que se encontram no mesmo potencial elétrico Uma casca esférica metálica fina, isolada, de raio R = 4,00 cm
são, respectivamente: e carga Q produz um potencial elétrico igual a 10,0 V
no ponto P distante 156 cm da superfície da casca (ver
a) 1 e 2
figura). Suponha agora que o raio da casca esférica foi
b) 1 e 5
alterado para um valor quatro vezes menor. Nessa nova
c) 3 e 4 configuração, a ddp entre o centro da casca e o ponto P,
d) 1 e 4 em quilovolts, será:
e) 2 e 3 a) 0,01
10. (UFSM-RS) Entre as modernas tecnologias de impressão, b) 0,39
as impressoras por jato de tinta estão bastante disse- c) 0,51
minadas. Nesse tipo de impressora, pequenas gotas de d) 1,59
tinta são eletrizadas, passam entre duas placas metálicas
e) 2,00
(P1 e P2) e atingem o papel, conforme ilustra a figura.
O potencial elétrico em P1 é maior que o potencial elé- 12. (Unesp-SP) Três esferas puntiformes, eletrizadas com car-
trico em P2. gas elétricas q1 = q2 = + Q e q3 = − 2Q, estão fixas e
dispostas sobre uma circunferência de raio r e centro C
“Fonte” de gotículas eletrizadas
em uma região onde a constante eletrostática é igual a k0
conforme representado na figura.
Reprodução/Unesp, 2017

P1 P2

A C Considere VC o potencial eletrostático e EC o módulo do


campo elétrico no ponto C devido às três cargas. Os valo-
B
res de VC e EC são, respectivamente,
4 ⋅ k0 ⋅ Q
a) 0 e
r2
Papel
Sobre esse sistema, é possível afirmar: 4 ⋅ k0 ⋅ Q k0 ⋅ Q
b) e
r2 r2
I. Existe um campo elétrico com sentido que vai da placa
P1 para a placa P2. c) zero e zero

II. As gotas com trajetórias A, B e C têm cargas positiva, 2 ⋅ k0 ⋅ Q 2 ⋅ k0 ⋅ Q


d) e
nula e negativa, respectivamente. r r2
III. Se o campo elétrico entre as placas fosse uniforme, as 2 ⋅ k0 ⋅ Q
e) zero e
trajetórias A e C seriam parábolas entre as placas. r2
FÍSICA

49
Trabalho da força elétrica
Quando uma carga elétrica se desloca entre dois pontos de uma região em
que há um campo elétrico, a força elétrica que atua sobre ela pode reali-
zar trabalho, e modificar sua energia potencial elétrica. Como a força Campo
elétrica é conservativa, o trabalho realizado por ela não depende da elŽtrico
trajetória e pode ser determinado pelo teorema da energia potencial. q
A B
Considere que uma carga elétrica q que se encontra inicialmen- VA VB
te em um ponto A de um campo elétrico, cujo potencial elétrico é VA,
armazena uma energia potencial elétrica Ep(A) = q · VA. Ao ser deslocada
para o ponto B, cujo potencial elétrico é VB, a força elétrica realiza traba-
lho, alterando sua energia potencial elétrica para um valor Ep(B) = q · VB, como
representado na figura.
De acordo com o teorema da energia potencial, o trabalho τFe realizado pela força elé-
trica é dado pela diferença entre a energia potencial inicial e a energia potencial final.
Observação
• τFe = Ep(A) − Ep(B) • τFe = q ⋅VA − q ⋅VB • τFe = q ⋅ (VA − VB ) 1 Elétron-volt (1 eV) é a
O termo VA – VB é denominado diferença de potencial elétrico (ddp) e é simbolizado unidade de energia definida
por UAB, assim se pode escrever que: como o trabalho realizado
sobre um elétron que se desloca
τFe = q · UAB entre dois pontos de um campo
elétrico com diferença de
Portanto, o trabalho realizado pela força elétrica para transportar uma carga elétrica entre potencial de um volt.
dois pontos é dado pelo produto entre a carga e a diferença de potencial entre os pontos. 1 1 eV = 1,6 · 10−19 J

Decifrando o enunciado Lendo o enunciado


Observe que o fenômeno que
Em um tubo de raios catódicos para a produção de raios X, os elétrons, liberados inicial-
ocorre na situação descrita é
mente em repouso no cátodo, são acelerados por uma diferença de potencial de 18 kV, a transformação de energia
atingindo o ânodo e emitindo fótons de raios X. elétrica em energia de
Alvo de Feixe de movimento, e assim, pode-se
tungstênio elétrons utilizar o teorema da energia
cinética.
Atenção na identificação do
maior e do menor potencial.
Elétrons partem do menor para
o maior potencial, por serem
cargas negativas. Sendo assim,
partem do cátodo em direção
Ânodo Cátodo ao ânodo.
Importante identificar que
o esquema se refere à base
de funcionamento dos
equipamentos de raios X que
Raios X
encontramos em hospitais e
centros de radiologia.
+ −

U
Fonte de
alta-tensão

Sendo m a massa do elétron no valor de 9 ⋅ 10−31 kg e considerando a carga elementar


como 1,6 ⋅ 10−19, determinar a velocidade com que eles atingem o ânodo.
Resolução
1 1
τFe = ∆Ec = Ecfinal − Ecinicial s Q ⋅ U = ⋅ m ⋅ v 2 − ⋅ m ⋅ v 02
2 2
9 ⋅ 10−31 ⋅ v 2
s 1, 6 ⋅ 10−19 ⋅ 18 ⋅ 103 = − 0sv = 64 ⋅ 1014 s v = 8 ⋅ 107 m s
2

50 CAPÍTULO 3
Superfícies equipotenciais
Considere que uma carga elétrica Q gera um campo elétrico ao seu redor em uma su-
perfície esférica de raio r centrada nela. Para essa situação, pode-se notar que todos os
Q
pontos da superfície terão potenciais elétricos iguais a: V = k ⋅
r
Essa superfície em que os pontos apresentam o mesmo potencial elétrico é denomi- Definição
nada superfície equipotencial, dependendo do valor do potencial elétrico dos pontos da Superfície equipotencial: superfície
superfície esférica de seu raio r. Podemos, portanto, imaginar infinitas superfícies equipo- geométrica no espaço de uma
tenciais, em que cada uma delas corresponde a um potencial elétrico diferente. região de um campo elétrico
As propriedades das superfícies equipotenciais são: na qual todos os pontos têm o
mesmo potencial elétrico.
• as linhas de força de um campo elétrico sempre “cortam” as superfícies equipoten-
ciais sob um ângulo normal (90°);
• ao longo de uma linha de força e no sentido da linha, o potencial elétrico decresce.
V2
V1

V3 Linha de
for•a

Superfícies
equipotenciais

Retornando ao exemplo anterior, para o caso de um campo elétrico gerado a partir de


uma única carga puntiforme isolada, as superfícies equipotenciais são esferas concêntri-
cas com a carga no centro, como representado nas figuras.

V3 V3
V2 V2
V1 V1

+ −

V1 . V2 . V3 V 1 , V2 , V 3

Caso duas cargas elétricas, de sinais opostos, estejam próximas, as linhas de campo se
curvam, divergindo a partir da carga positiva e convergindo para a negativa, como na figura.
V3 = 0
V2 . 0 V4 , 0
V1 . 0 V5 , 0

+ −
+Q −Q

V1 . V2 . V3 . V4 . V5
FÍSICA

51
Para um campo elétrico uniforme, as superfícies equipoten- V1 V2 V3
ciais são planos paralelos entre si perpendiculares às linhas de
forças, como representado na figura.
Para o caso particular do campo elétrico uniforme, o potencial
decresce linearmente com a distância ao longo de uma linha de
força. Em outras palavras, a diferença de potencial elétrico U entre 
E
duas superfícies equipotenciais em um campo elétrico uniforme
de intensidade E é proporcional à distância d entre elas.

E⋅d=U
d
Na equação, se a ddp for expressa em V (volt) e a distância em
m (metro), a unidade do campo elétrico é expressa em V/m (volt/
metro). Dessa forma, verifica-se que N/C é equivalente a V/m. V1 . V2 . V3

Condutores em equil’brio eletrost‡tico


Até o momento, analisamos o campo elétrico gerado por uma carga elétrica puntifor-
me, quando suas dimensões são desprezíveis comparadas às demais cargas envolvidas.
No momento, vamos analisar o campo elétrico gerado por um objeto condutor esférico
eletrizado, em que suas dimensões não são desprezíveis.
Considere uma esfera condutora de raio R eletrizada com uma carga elétrica Q . 0. Ao
atingir o equilíbrio eletrostático, as cargas elétricas vão se distribuir uniformemente pela
sua superfície, como representado na figura.
+ +
+ +
+ Q +

+ +
0 r
+ R +

+ +
+ +
+ +

A análise para entender a característica do +


+ + Psup. Pext.
campo elétrico gerado por essa esfera deve consi- Pint.
derar três regiões: + O
Ppróx.
• interior da esfera (r , R): o campo elétrico é + +
nulo, o potencial elétrico é igual em todos os E
pontos e igual ao potencial de um ponto na su-
perfície. Portanto, temos:
Q
Eint. = 0; Vint. = k ⋅
R
• superfície da esfera (r = R): o potencial elétrico é
igual ao potencial interno, mas o campo elétri-
co não é nulo, dado pela expressão:
Q
Epróx. = k0 ·
1 Q Q R2
Esup. = ⋅ k ⋅ 2 ; Vsup. = k ⋅
2 R R
• exterior da esfera (r . R): o campo elétrico e o
1 Q
potencial elétrico são determinados conside- Esup. = · k0 · 2
2 R
rando-se toda a carga da esfera.
Q
Q Q Eext. = k0 ·
Eext. = k ⋅ ; Vext. = k ⋅ r2
r2 r Eint. = 0
0 r
O gráfico ao lado representa o comportamento r
do campo elétrico em função da distância. R

52 CAPÍTULO 3
Quando o objeto condutor não for esférico, as cargas elétricas também se distribuem
na sua superfície externa, e o campo elétrico no seu interior será nulo. Na região externa
ao condutor, as linhas de força serão normais (perpendiculares) à sua superfície, forman-
do uma superfície equipotencial. Além disso, se o objeto apresentar alguma região mais
pontiaguda, haverá maior concentração de cargas nessa região, e o campo elétrico, exter-
namente ao condutor, será mais intenso na ponta, como representado na figura.

Linhas de força

− −
− −
− − −
− Eint = 0 − −
−−
A− Vint = cte − − B



− −
− −

 
EB > EA

Esse fenômeno é conhecido como poder das pontas e explica o funcionamento dos para- Definição
-raios. Em dias quentes, as camadas de ar se movem rapidamente (convecção) e o atrito entre o
Rigidez dielétrica: o maior campo
ar e as nuvens e entre as próprias nuvens eletriza-as com cargas elétricas positivas ou negativas. elétrico que um isolante pode
Nos dias chuvosos, o para-raios, devidamente aterrado, sofre indução e se eletriza com suportar sem que passe a
carga elétrica de sinal contrário ao da nuvem. No momento em que o ar não consegue conduzir eletricidade.
mais suportar o campo elétrico entre as nuvens e o para-raios, quando o campo elétrico
supera a rigidez dielétrica, ocorre uma troca de cargas entre as nuvens e o para-raios, a
qual é denominada descarga elétrica ou raio. A luz emitida pelo raio, relâmpago, ocorre
pelo efeito Joule, o ar se aquece a milhares de graus Celsius e emite luz, e o som emitido,
trovão, é provocado pela expansão do ar durante o aquecimento.
Stefano Garau/Shutterstock

Campo elétrico
Campo elétrico
mais intenso

E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia

Alguns meses do ano, quando a estiagem atinge várias regiões do país, a diminuição dos níveis de água nos reservatórios das usinas
hidrelétricas pode afetar a produção de energia. O Brasil é um dos países com maior produção de energia proveniente de matriz
hidrelétrica, e nos períodos de seca o abastecimento de eletricidade pode ficar comprometido.

Por outro lado, nos períodos de chuvas, o Brasil apresenta índices elevados de incidências de raios.

E se fosse possível capturar e armazenar a energia proveniente das descargas elétricas dos raios? Para realizar esse armazenamento,
seria necessário desenvolver sistemas complexos capazes de controlar as descargas intensas.

Em 2007, durante uma tentativa, um cientista da Universidade de Harvard desenvolveu um sistema capaz de capturar um raio.
Com isso, ele conseguiu manter uma lâmpada de 60 W funcionando por 20 segundos.
FÍSICA

53
INFO ENEM +
Eletricidade Benjamin Franklin

D
ificilmente há um transtorno comparável ao de passar por um corte de energia elétrica em Nascido em 1706, é difícil
nosso lar. Sem luz ficamos sem geladeira, televisor, computador, ar-condicionado e, em alguns definir o perfil multifacetado
casos, também sem bomba de água; provavelmente seja o único momento no qual reparamos de uma das existências mais
na importância de uma das formas de energia mais difundidas e utilizadas. O primeiro a observar a ricas da história. Político,
energia elétrica com olhos de cientista foi Tales de Mileto, na Grécia, há 27 séculos, apesar de estar jornalista, inventor, assim
muito longe de imaginar as implicações do fenômeno que tanto chamou sua atenção. como também um dos líderes
independentistas dos Estados
Unidos, foi pioneiro no estudo
da Eletricidade. É lembrado,
além disso, como o autor
de uma famosa experiência
Questão de elétrons durante a qual elevou uma
O fenômeno da eletricidade tem sua origem em escala atômica e se pipa com uma estrutura
relaciona com o comportamento e movimento dos elétrons livres (elétrons metálica durante uma
separados dos núcleos atômicos) em um determinado meio. tormenta, demonstrando que
os raios são descargas elétricas
e as nuvens estão carregadas
de eletricidade. Inventou o
para-raios, as lentes bifocais
Eletricidade estática e o hodômetro, entre outros
Conhecemos essa forma de eletricidade ao sermos surpreendidos, de numerosos engenhos. Morreu
modo incômodo, por uma pequena descarga elétrica que recebemos ao idoso, em 1790.
tocar algumas vezes na pele de outra pessoa, em um objeto metálico ou
em uma peça de roupa.

Ao esfregar um objeto
contra o outro, os
Geralmente, os objetos elétrons passam de Corrente elétrica
têm uma carga neutra, um para o outro
ou seja, as cargas (um cede e o outro Assim como a água de um rio,
Régua que corre de um ponto para o
positivas dos prótons Régua recebe) e se produz
são equivalentes às um desequilíbrio. O outro, os elétrons livres circulam
cargas negativas dos corpo que cede se através dos materiais condutores,
elétrons. Tecido carrega positivamente. como os metais, manifestando-
O que ganha se carrega
-se como um tipo de energia com
negativamente.
infinitas aplicações úteis para a
humanidade.

Tecido Corpo carregado


Um corpo carregado
negativamente negativamente pode atrair um
corpo neutro. Nesse caso, a régua
se carrega (recebe elétrons) ao ser
esfregada contra um tecido. Logo,
colocada diante de um papel neutro, Quando uma diferença de potencial é
a régua carregada negativamente aplicada entre os extremos de um condutor
repele as cargas negativas do (por exemplo, um cabo), os elétrons
papel em direção ao lado oposto, circulam gerando uma corrente elétrica.
Essa corrente permite que a eletricidade
deixando as cargas positivas do
seja transportada, inclusive a distâncias de
lado que dá para a régua. Como milhares de quilômetros, para depois ser
as cargas negativas e positivas se distribuída e utilizada.
Corpo neutro atraem, o papel fica “grudado”
à régua.
Se um objeto carregado entra em contato com
algo que esteja em contato com o solo (como um
corpo humano), produz-se uma descarga elétrica.
Nesse caso, o dedo, carregado positivamente, se
aproxima de um metal carregado negativamente
(com excesso de elétrons). Se a pessoa não está
isolada eletricamente, funciona como condutora e
uma desagradável faísca é produzida.

54 CAPÍTULO 3
Acesse a questão Info + Enem e mais conteúdos do exame

Os raios utilizando seu celular. Saiba mais em <www.plurall.net>.

No interior das nuvens de tempestade chamadas


cumulonimbos, as partículas de gelo em

©Sol 90 Images
movimento são carregadas por fricção.

Aquelas carregadas positivamente


tendem a se localizar na parte superior
da nuvem.

Aquelas carregadas negativamente


tendem a se localizar na base.
Dentro da
nuvem são A descarga pode
produzidas ser de nuvem
descargas. a nuvem.

48 horas
Ininterruptas funcionou a
Algumas vezes
acontece uma poderosa
primeira lâmpada elétrica, descarga entre a base
invento atribuído ao norte- da nuvem (carregada
-americano Thomas Alva negativamente)
Edison, em 1879. e a superfície da
Terra, sempre
disposta a aceitar
elétrons (carregada
positivamente).
Efeitos da
Condutores e isolantes
Os materiais podem ser capazes de conduzir eletricidade
ou não a eletricidade. Os primeiros mostram Como toda forma de energia, a
diversos índices de condutividade, já que nem eletricidade pode se transformar
todos realizam isso com a mesma eficiência. em outras formas úteis para
determinadas aplicações.

Efeito térmico
Quando uma corrente elétrica atravessa
Os condutores um material condutor, parte da energia
Nos átomos elétrica se converte em calor. É utilizado
de materiais em aquecedores elétricos.
condutores, os
elétrons estão
unidos de forma Efeito luminoso
fraca com seus Alguns materiais sólidos e gasosos
núcleos. Isso produzem luz ao ser atravessados por
permite aos uma corrente elétrica.
elétrons circular
facilmente como
energia elétrica. Efeito magnético
A corrente elétrica gera magnetismo
Os metais são e vice-versa. Por exemplo, guindaste
bons condutores
eletromagnético ou trens de levitação
já que, em termos
atômicos, a união magnética.
dos núcleos com
os elétrons das Os isolantes Efeito químico
últimas camadas Nos isolantes, a A eletricidade pode ser utilizada
é fraca. Isso união entre o núcleo para modificar a estrutura química

600 volts
permite que tais e os elétrons dos
elétrons circulem átomos é forte, de alguns materiais. É o caso da
livremente. assim, o trânsito eletrólise para purificar elementos ou
de elétrons é muito
mais complicado ou, Uma enguia elétrica pode gerar para galvanizar aço e, assim, deixá-lo
diretamente, nulo. durante uma de suas descargas. menos corrosivo.

55
Conexões
OS NÚMEROS (SURPREENDENTES) DE MORTES POR RAIOS NO BRASIL
No Brasil, ocorrem 132 mortes por ano devido a descargas elétricas atmosféricas, os raios, o que nos coloca na quinta po-
sição de fatalidade entre os países com estatísticas confiáveis. E a probabilidade de um homem ser atingido por uma dessas
descargas, curiosamente, é dez vezes maior que a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio na
fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto por idosos. Viver na zona rural ou urbana também altera essas
chances. Na área rural, a probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior.
[…] Na década passada, no Brasil, morreram 1 321 pessoas atingidas por raios, número muito acima das estimativas disponíveis
antes do estudo (as menos conservadoras indicavam cerca de cem raios). O que essas vítimas tinham em comum eram as atividades
que praticavam quando foram atingidas pelas descargas. Exatos 19% das vítimas eram trabalhadores rurais que recolhiam animais
ou se ocupavam de plantações com enxadas, pás e facões. A segunda circunstância mais comum foi estarem próximas aos meios
de transportes (14%), cujas estruturas metálicas elevam a chance de receber descarga. Aqui convém ressaltar que refugiar-se no
interior de um veículo, como um automóvel ou avião, é seguro. A sorte de um piloto e seu copiloto em 2008, no interior de São Paulo,
poderia ter sido diferente se eles tivessem seguido essa recomendação. Ambos perceberam a aproximação de uma tempestade com
o avião pousado em uma fazenda e buscaram abrigo sob uma das asas e morreram atingidos por um raio.

Scientific American Brasil, jul. 2011.

Empregando o conceito do poder das pontas, cite algumas medidas para se proteger em uma tempestade com raios.

Atividades
13. (UEL-PR) Uma carga elétrica positiva Q gera um campo a) zero q⋅Q
elétrico à sua volta. Duas superfícies equipotenciais e o q⋅Q d) 2 ⋅ k0 ⋅
b) k0 ⋅ r
percurso de uma carga elétrica q = 2 µC, que se desloca r 1 q⋅Q
de A para B, estão representados na figura. Q e) ⋅ k0 ⋅
c) k0 ⋅ 2 r
r
Se os pontos A e B são equidistantes de Q, o potencial elétri-
co gerado em cada um deles terá o mesmo valor, ou seja, a
A diferença de potencial (U) entre eles é zero. Sendo o trabalho
da força elétrica calculado por:
Q τ=Q⋅U
Sendo U = 0, o trabalho também terá seu valor igual a zero.
B Alternativa a

5V
3V
O trabalho realizado pelo campo elétrico de Q sobre a 15. (UFRGS-RS) Na figura, estão representadas, no plano XY,
carga q nesse deslocamento de A até B vale: linhas equipotenciais espaçadas entre si de 1V.
a) +4 ⋅ 10−6 J d) −4 ⋅ 10−6 J
b) +6 ⋅ 10−6 J e) −6 ⋅ 10−5 J
c) +1 ⋅ 10 J
−5
Reprodução/UFRGS, 2014

τE = q ⋅ U = q ⋅ (VA − VB) = 2 ⋅ 10−6 (5 − 3) s τE = 4 ⋅ 10−6 J


Alternativa a

14. (Mack-SP) O sistema representado pelo esquema está no


vácuo, cuja constante eletrostática é k0. A carga Q está fixa
e os pontos A e B são equidistantes de Q. Se uma carga q
for deslocada de A até B, o trabalho realizado pelo campo
elétrico, nesse deslocamento, será igual a: Considere as seguintes afirmações sobre essa situação.
Q I. O trabalho realizado pela força elétrica para mover
A B
uma carga elétrica de 1 C de D até A é de –1 J.
II. O módulo do campo elétrico em C é maior do que em B.
r r III. O módulo do campo elétrico em D é zero.

56 CAPÍTULO 3
Quais estão corretas? Abandonando-se uma partícula de massa 1,0 ⋅ 10−27 kg,
a) Apenas I. d) Apenas II e III. eletrizada positivamente com carga q = +1,0 ⋅ 10−19 C no
b) Apenas II. e) I, II e III. ponto A, esta será submetida a uma aceleração de:
c) Apenas I e II. a) 3 ⋅ 1013 cm/s2 d) 30 ⋅ 1013 m/s2
I. Correta. Calculando o trabalho para levar a carga de D até A, b) 3 ⋅ 1013 m/s2 e) 9,8 m/s2
temos:
c) 48 ⋅ 10 m/s
13 2
τD → A = (VD − V A ) ⋅ q = ( 0 − 1) ⋅ 1 s τD → A = −1 J.
E ⋅ d = U s E ⋅ 0,04 = 12 000 s E = 3 ⋅ 105 V/m
II. Correta. O vetor campo elétrico é mais intenso, quanto Como F = q ⋅ E, temos: m ⋅ a = q ⋅ E
mais próximas estiverem as superfícies. q ⋅E 1 ⋅ 10−19 ⋅ 3 ⋅ 105
II. Incorreta. O potencial é nulo. Se o campo fosse nulo, não a = s a = s a = 3 ⋅ 1013 m/s2
m 1 ⋅ 10−27
haveria diferença de potencial.
Alternativa c Alternativa b
Professor, o peso da partícula é desprezível em relação à força
elétrica.
16. (Mack-SP)
18. (Fuvest-SP) A região entre duas placas metálicas, planas e
paralelas está esquematizada na figura abaixo. As linhas
Reprodução/Mackenzie, 2015

tracejadas representam o campo elétrico uniforme existen-


te entre as placas. A distância entre as placas é 5 mm e a
diferença de potencial entre elas é 300 V.
As coordenadas dos pontos A, B e C são mostradas na
figura. Determine:

Uma carga elétrica de intensidade Q = 10,0 μC no vácuo


gera um campo elétrico em dois pontos A e B, conforme
figura acima. Sabendo-se que a constante eletrostática
Reprodução/Fuvet, 2015

do vácuo é k0 = 9 ∙ 109 N · m2/C2 o trabalho realizado pela


força elétrica para transferir uma carga q = 2,00 µC do
ponto B até o ponto A é, em mJ, igual a:
a) 90,0 d) 100
b) 180 e) 200
c) 270
Conforme o teorema da energia potencial, temos:
B A k ⋅ Q ⋅ q k0 ⋅ Q ⋅ q
τFr = EPot − EPot = 0 − s
dB dA
 1 1  a) os módulos EA, EB e EC do campo elétrico nos pontos A,
s τFr = k 0 ⋅ Q ⋅ q  −
 dB d A  B e C respectivamente;
 1 1 b) as diferenças de potencial VAB e VBC entre os pontos A
s τFr = 9 ⋅ 109 ⋅ 10 ⋅ 10−6 ⋅ 2 ⋅ 10−6  −  s
 1 2 e B e entre os pontos B e C respectivamente;
s τFr = 90 ⋅ 10−3 s τFr = 90 mJ c) o trabalho τ realizado pela força elétrica sobre um elé-
Alternativa a tron que se desloca do ponto C ao ponto A.
Note e adote:
O sistema está em vácuo.
17. (Unilavras-MG, adaptada) A figura a seguir representa Carga do elétron = − 1,6 ∙ 10–19C
um campo elétrico uniforme cuja ddp entre suas placas, a) Calculando a intensidade do campo elétrico uniforme com
distantes 4 cm uma da outra, é de VAB = 12 000 V. os dados fornecidos, temos:
V 300
4 cm E⋅d = V s E = = = 60 ⋅ 103 s E = 6 ⋅ 104 V/m
d 5 ⋅ 10−3
b) De acordo com a figura, xA = 1 mm e xB = 4 mm. Assim, o
+ –
 potencial VAB será:
E
+ – VAB = E ⋅ d AB = E ⋅ ( x B − x A ) = 6 ⋅ 104 ( 4 − 1) ⋅ 10−3 s
+ – s VAB = 180 V

+ A B – Já o potencial VBC tem os pontos B e C na mesma equipoten-


cial. Portanto:
+ – VBC = 0

E c) Da figura temos: VCA = VBA = −VAB = −180 V
+ –
Então o trabalho realizado pela força elétrica será:
+ –
τ = q ⋅ VCA = −1, 6 ⋅ 10−19 ⋅ ( −180 ) s τ = 2, 88 ⋅ 10−17 J
FÍSICA

57
19. (EEAR-SP) São dadas duas cargas, conforme a figura: 20. +Enem [H21] Uma das maiores invenções tecnológicas do
século passado foi a televisão. Em sua versão original, esse
Reprodução/Eear, 2016

dispositivo era composto por um tubo evacuado dentro


do qual elétrons eram acelerados por meio de uma tensão
elétrica V, atingindo uma tela com material fosforescente,
para formar a imagem. Considere que um elétron, com
massa de 9 ∙ 10−31 kg e carga elétrica de 1,6 ∙ 10−19 C, em
Considerando E1 o módulo do campo elétrico devido à valor absoluto, seja acelerado no interior de um tubo de
carga Q1 . E2 o módulo do campo elétrico devido à carga TV com uma tensão de 4,5 kV. Partindo do repouso, sua
Q2 · V1 o potencial elétrico devido à carga Q1 e V2 o po- velocidade, ao atingir a tela, será de, aproximadamente:
tencial elétrico devido à carga Q2. Considere Ep o campo a) 1 ∙ 104 m/s d) 4 ∙ 107 m/s
elétrico e Vp o potencial, resultantes no ponto P. b) 2 ∙ 105 m/s e) 5 ∙ 108 m/s
Julgue as expressões abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F). 6
c) 3 ∙ 10 m/s
r r r 1 1
( ) Ep = E1 + E2 ( ) Ep = E1 + E2 τFe = Ec s q ∙ V = ∙ m ∙ v2 – ∙ m ∙ v 02 s
r r r 2 2
( ) Vp = V1 + V2 ( ) V = V +V
p 1 2
9 ⋅ 10−31 ⋅ v 2
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. s 1,6 ∙ 10–19 ∙ 4,5 ∙ 103 = sv= 16 ⋅ 1014 s
2
a) V − V − F − F c) F − F − V − V s v = 4 ∙ 107 m/s
b) V − F − F − V d) F − V − V − F Alternativa d
Sabendo-se que o campo elétrico é uma grandeza vetorial e o
potencial elétrico, uma grandeza escalar, temos:
r r r
Ep = E1 + E 2

Vp = V1 + V2

Alternativa d

Tarefa proposta 18 a 32
Complementares
21. Consideremos o campo elétrico criado por duas cargas 23. (Unirio-RJ) Michael Faraday, um dos fundadores da moder-
elétricas puntiformes de +6 μC e −6 μC fixas a 20 cm do na teoria da eletricidade, introduziu o conceito de campo
ponto A e a 12 cm e 8 cm, respectivamente, do ponto B, na filosofia natural. Uma de suas demonstrações da exis-
no vácuo. Sabe-se que a constante eletrostática do vácuo tência do campo elétrico se realizou da seguinte maneira:
é k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2. Faraday construiu uma gaiola metálica perfeitamente con-
A dutora e isolada do chão e a levou para uma praça. Lá ele
se trancou dentro da gaiola e ordenou a seus ajudantes
que a carregassem de eletricidade e se afastassem. Com
a gaiola carregada, Faraday caminhava sem sentir qual-
20 cm 20 cm
quer efeito da eletricidade armazenada em suas grades,
enquanto quem de fora encostasse nas grades sem estar
devidamente isolado sofria uma descarga elétrica dolorosa.
12 cm B 8 cm Por que Faraday nada sofreu, enquanto as pessoas fora da
−6 µC +6 µC gaiola podiam levar choques?
a) Determine os potenciais elétricos dos pontos A e B. a) O potencial elétrico dentro e fora da gaiola é diferente
b) Qual é o trabalho das forças elétricas quando uma carga de zero, mas dentro da gaiola esse potencial não reali-
q = 2 ⋅ 10−9 C é transportada do ponto A para o ponto B? za trabalho.
22. (PUC-PR) Um sistema de cargas pontuais é formado por b) O campo elétrico no interior de um condutor em equi-
duas cargas positivas + q e uma negativa − q todas de líbrio eletrostático é nulo; no entanto, fora da gaiola,
mesma intensidade, cada qual fixa em um dos vértices de existe um campo elétrico não nulo.
um triângulo equilátero de lado r. Se substituirmos a carga c) O campo elétrico não é capaz de produzir choques em
negativa por uma positiva de mesma intensidade, qual pessoas presas em lugares fechados.
será a variação da energia potencial elétrica do sistema? d) O valor do potencial elétrico e o do campo elétrico são
A constante de Coulomb é denotada por k. constantes dentro e fora da gaiola.
2kq2 −4kq2 kq2 e) A diferença de potencial elétrico entre pontos dentro da
a) c) e)
r r r gaiola e entre pontos da gaiola com pontos do exterior
−2kq2 4kq2 é a mesma, mas, em um circuito fechado, a quantidade
b) d)
r r de carga que é retirada é igual àquela que é posta.

58 CAPÍTULO 3
24. (Fuvest-SP) Em uma aula de laboratório de Física, para Note e adote:
estudar propriedades de cargas elétricas, foi realizado • carga do elétron = –1,6 ∙ 10–19 C
um experimento em que pequenas esferas eletrizadas • carga do próton = +1,6 ∙ 10–19 C
são injetadas na parte superior de uma câmara, em vá- • aceleração da gravidade = 10 m/s2
cuo, onde há um campo elétrico uniforme na mesma
a) o mesmo número de elétrons e de prótons.
direção e sentido da aceleração local da gravidade. Ob-
b) 100 elétrons a mais que prótons.
servou-se que, com campo elétrico de módulo igual a
2 ⋅ 103 V/m, uma das esferas, de massa 3, 2 ⋅ 10–15 kg, c) 100 elétrons a menos que prótons.
permanecia com velocidade constante no interior da d) 2 000 elétrons a mais que prótons.
câmara. Essa esfera tem: e) 2 000 elétrons a menos que prótons.

Tarefa proposta
1. (OBF) Duas cargas elétricas puntiformes, +q e −q, localiza- c) existem alguns fios de cabelo com carga positiva e ou-
das no vácuo, estão separadas por uma distância fixa D, tros com carga negativa.
como ilustra a figura. d) a queratina contida nos fios de cabelo tem a proprie-
+q Ðq dade de enrijecer-se quando eletrizada.
P
4. (Fepar-PR)

Reprodução/Fepar, 2016
D

O ponto P está localizado na posição média entre as duas


cargas. Assinale a alternativa correta:
a) A força elétrica resultante sobre uma terceira carga co-
locada no ponto P é nula.
b) O campo elétrico resultante no ponto P é nulo.
c) O potencial elétrico resultante no ponto P é zero. O ano de 2014 entrou para a história de São Paulo como
o ano da seca. Os níveis dos reservatórios de todo o Esta-
d) Como temos duas cargas de mesmo módulo e sinais
do caíram, e em muitas cidades os moradores enfrenta-
contrários, o valor do campo elétrico ao longo da reta
ram torneiras secas e falta de água.
que as une é constante.
Outro fenômeno que se acentua com a baixa umidade do
e) Como temos duas cargas de mesmo módulo e sinais
ar é a eletrização estática por atrito: muitas pessoas podem
contrários, o valor do potencial elétrico ao longo da
sentir um choque elétrico ao tocar a carroceria de um carro
reta que as une é sempre zero.
r ou a maçaneta de uma porta (principalmente em cômodos
2. (Mack-SP) A intensidade do campo elétrico (E) e do po- de piso recoberto por carpete). Centelhas ou faíscas elétri-
tencial elétrico (V) em um ponto P gerado pela carga cas de aproximadamente um centímetro de comprimento
puntiforme Q são, respectivamente, 50 N/C e 100 V. podem saltar entre os dedos das pessoas e esses objetos.
A distância d que a carga puntiforme se encontra do Entre dois corpos isolados no ar, separados por uma de-
ponto P imersa no ar, é: terminada distância, uma faísca elétrica ocorre quando
a) 1,0 m d) 4,0 m existe uma diferença de potencial suficiente entre eles.
b) 2,0 m e) 5,0 m Considere essas informações e avalie as afirmativas.
c) 3,0 m ( ) O choque elétrico é sentido por uma pessoa em ra-
3. (UFSJ-MG) Um gerador de Van der Graaff é uma máquina zão da passagem de corrente elétrica por seu corpo.
eletrostática capaz de produzir, por atrito, um potencial ( ) No processo de eletrização por atrito, quando a pes-
eletrostático muito alto em sua esfera metálica oca. Uma soa toca a maçaneta da porta, os choques elétricos
vez carregado, esse equipamento pode ser usado para podem ser fatais, já que cargas estáticas acumulam
eletrizar outros materiais. Em dias secos, se uma estudante grande quantidade de energia.
de cabelos lisos e longos, que está sob uma plataforma ( ) O processo de eletrização por indução é o principal
de isopor, coloca uma de suas mãos na esfera do gerador responsável pelo surgimento do fenômeno descrito
e este é ligado, após o gerador se carregar, o cabelo da no texto.
estudante fica em pé. Esse fenômeno acontece porque: ( ) O ar é um excelente condutor de eletricidade e favo-
a) cada fio de cabelo fica carregado com carga oposta à rece a eletrização em qualquer situação.
da esfera. ( ) O valor absoluto do potencial elétrico da carroceria
b) cada fio de cabelo fica carregado com a mesma carga de um carro aumenta em consequência do armaze-
da esfera. namento de cargas eletrostáticas.
FÍSICA

59
5. (UEM-PR) Considere duas esferas condutoras, com raios iguais 9. (Ifsul-RS) Analise as seguintes afirmativas, relacionadas aos
a 10 cm e cargas de +10 C e −10 C, respectivamente. As conceitos e aos fenômenos estudados em Eletrostática.
esferas se encontram separadas por uma distância de 10 m. I. O potencial elétrico aumenta, ao longo de uma linha
Usando k = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, assinale o que for correto. de força e no sentido dela.
(01) A intensidade da força elétrica, que atua sobre cada II. Uma partícula eletrizada gera um campo elétrico na
uma das esferas, vale, aproximadamente, 9,0 ⋅ 109 N. região do espaço que a circunda. Porém, no ponto
(02) A intensidade do campo elétrico resultante, no pon- onde ela foi colocada, o vetor campo elétrico, devido
to médio da distância entre as esferas condutoras, à própria partícula, é nulo.
vale, aproximadamente, 7,2 ⋅ 109 N/C.
III. Uma partícula eletrizada com carga positiva, quando
(04) O potencial elétrico, no ponto médio da distância abandonada sob a ação exclusiva de um campo elé-
entre as esferas condutoras, é nulo. trico, movimenta-se no sentido da linha de força, diri-
(08) Ao dobrar-se o raio das esferas, a intensidade da for- gindo-se para pontos de menor potencial.
ça eletrostática entre elas aumentará quatro vezes.
IV. A diferença de potencial elétrico (ddp) entre dois pon-
(16) Ao se retirar 5 C de carga da esfera negativamente tos quaisquer de um condutor em equilíbrio eletrostá-
carregada e depositar-se sobre a esfera positivamen- tico é sempre diferente de zero.
te carregada, a intensidade da força eletrostática Estão corretas apenas as afirmativas:
passará a valer, aproximadamente, 2,25 ⋅ 109 N.
a) I e III
(32) Considerando o enunciado desta questão, se uma ter-
b) II e IV
ceira esfera for colocada no ponto médio da distância
c) II e III
entre as duas já existentes, possuindo, também, uma
carga de +10 C, a força elétrica resultante sobre essa d) I e IV
esfera valerá, aproximadamente, 7,2 ⋅ 1010 N. 10. (UFV-MG) Uma esfera condutora de raio R está carregada
Dê a soma dos números dos itens corretos. com uma carga elétrica negativa. O gráfico que representa
6. (Uerj) Admita que a distância entre os eletrodos de um corretamente o potencial elétrico da esfera em equilíbrio
campo elétrico é de 20 cm e que a diferença de potencial eletrostático em função de uma coordenada x definida ao
efetiva aplicada ao circuito é de 6 V. longo de um eixo que passa pelo centro da esfera, com
Nesse caso, a intensidade do campo elétrico, em V/m, origem no centro desta, é:
equivale a: V
a) 40 c) 20
b) 30 d) 10 R R
7. (UFPI) Em condições ideais, o ar consegue suportar um a) x
campo elétrico máximo de intensidade 3,0 ⋅ 106 V/m antes
de sofrer ionização e haver faíscas. Esse valor é denomi-
nado rigidez dielétrica do ar. A melhor estimativa para o
maior potencial com que se pode carregar uma esfera V
metálica de raio r = 10 cm, no ar, é:
(Dado: constante eletrostática: k = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2)
R R
a) 1,0 ⋅ 105 V d) 3,0 ⋅ 105 V b)
x
b) 1,5 ⋅ 10 V
5
e) 4,0 ⋅ 105 V
c) 2,0 ⋅ 10 V
5

8. (UFPE) O gráfico mostra o potencial elétrico em função da


distância ao centro de uma esfera condutora carregada de V
1,0 cm de raio, no vácuo.
V (V) R R
c) x

186

R R
0 1,0 2,0 3,0 d (cm) d)
x
Calcule o potencial elétrico a 3,0 cm do centro da esfera,
em volts.

60 CAPÍTULO 3
11. (Mack-SP) Uma pequena partícula de massa m e carga Assinale a alternativa correta.
elétrica q positiva é lançada com velocidade v0 no campo a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
elétrico representado pelas linhas de força da figura. b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
V0
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
A B 14. (FGV-SP) Muitos experimentos importantes para o desen-
volvimento científico ocorreram durante o século XIX. Entre
eles, destaca-se a experiência de Millikan, que determinou
a relação entre a carga q e a massa m de uma partícula
eletrizada e que, posteriormente, levaria à determinação da
carga e da massa das partículas elementares. No interior de
Então: um recipiente cilíndrico, em que será produzido alto vácuo,
a) nos pontos A e B a carga possui acelerações iguais. duas placas planas e paralelas, ocupando a maior área pos-
b) a aceleração da carga no ponto A é menor que no sível, são mantidas a uma curta distância d e entre elas é
ponto B. estabelecida uma diferença de potencial elétrico constante U.
c) a aceleração da carga no ponto A é maior que no Variando-se d e U é possível fazer com que uma partícula
ponto B. de massa m eletrizada com carga q fique equilibrada, man-
d) a velocidade da carga em A é maior que no ponto B. tida em repouso entre as placas. No local da experiência, a
aceleração da gravidade é constante de intensidade g.
e) a velocidade da carga é a mesma em A e B.
12. (EFOMM) Em um experimento de Millikan (determinação Reprodução/FGV, 2016

da carga do elétron com gotas de óleo), sabe-se que cada


gota tem uma massa de 1,60 pg e possui uma carga ex-
cedente de quatro elétrons. Suponha que as gotas são
mantidas em repouso entre as duas placas horizontais
separadas de 1,8 cm. A diferença de potencial entre as
placas deve ser, em volts, igual a: q
Dados: carga elementar e = 1,6 ⋅ 10–19 C; 1 pg = 10–12 g Nessas condições, a relação será dada por:
m
e g = 10 m/s2
d ⋅ U2 d⋅g d⋅g
a) 45,0 d) 450 a) c) e)
g U2 U
b) 90,0 e) 600
g ⋅ U2 d⋅U
c) 250 b) d)
d g
13. (UFPR)
15. (IFSP) Na figura a seguir, são representadas as linhas de
força em uma região de um campo elétrico. A partir dos
pontos A, B, C e D situados nesse campo, são feitas as
Reprodução/UFPR, 2016

seguintes afirmações:
Reprodução/IFSSP, 2011

I. A intensidade do vetor campo elétrico no ponto B é


Verificou-se que, numa dada região, o potencial elétrico V
maior que no ponto C.
segue o comportamento descrito pelo gráfico V × r acima.
(Considere que a carga elétrica do elétron é −1,6 ⋅ 10–19 C) II. O potencial elétrico no ponto D é menor que no ponto C.
Baseado nesse gráfico, considere as seguintes afirmativas: III. Uma partícula carregada negativamente, abandona-
1. A força elétrica que age sobre uma carga q −4 µC da no ponto B, se movimenta espontaneamente para
colocada na posição r = 8 cm vale 2,5 ⋅ 10–7 N. regiões de menor potencial elétrico.
2. O campo elétrico, para r = 2,5 cm, possui módulo IV. A energia potencial elétrica de uma partícula positiva
E = 0,1 N/C. diminui quando se movimenta de B para A.
3. Entre 10 cm e 20 cm o campo elétrico é uniforme. É correto o que se afirma apenas em:
4. Ao se transferir um elétron de r = 10 cm para r = 20 cm a) I c) II e III e) I, II e III
a energia potencial elétrica aumenta de 8,0 ∙ 10–22J. b) I e IV d) II e IV
FÍSICA

61
16. (Uece) Os aparelhos de televisão que antecederam a tec- 19. (PUC-RS) Uma esfera condutora, oca, encontra-se ele-
nologia atual, de LED e LCD, utilizavam um tubo de raios tricamente carregada e isolada. Para um ponto de sua
catódicos para produção da imagem. De modo simplifi- superfície, os módulos do campo elétrico e do potencial
cado, esse dispositivo produz uma diferença de potencial elétrico são 900 N/C e 90 V. Portanto, considerando um
da ordem de 25 kV entre pontos distantes de 50 cm um ponto no interior da esfera, na parte oca, é correto afirmar
do outro. Essa diferença de potencial gera um campo elé- que os módulos para o campo elétrico e para o potencial
trico que acelera elétrons até que estes se choquem com elétrico são respectivamente:
a frente do monitor, produzindo os pontos luminosos que a) zero N/C e 90 V
compõem a imagem. b) zero N/C e zero V
Com a simplificação acima, pode-se estimar correta- c) 900 N/C e 90 V
mente que o campo elétrico por onde passa esse feixe
d) 900 N/C e 9,0 V
de elétrons é:
e) 900 N/C e zero V
a) 0,5 kV/m
20. (Ufop-MG) O campo elétrico em uma dada região é cons-
b) 25 kV
tante e uniforme e tem módulo E = 100 N/C, como mostra
c) 50 000 V/m a figura.
d) 1,250 kV/cm
0,10 m

Reprodução/UFOP-MG, 2010
17. +Enem [H17] O gráfico a seguir representa o potencial A B
elétrico dos pontos de um eixo x com origem no centro
de uma esfera condutora eletrizada com uma carga elé- 0,050 m E
trica Q . 0. O meio que envolve a esfera é o vácuo, cuja
constante eletrostática é k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2. C

V (volts)
a) Determine a diferença de potencial entre os pontos
A e B (UAB), entre os pontos B e C (UBC) e entre os pon-
450 tos A e C (UAC).
b) Determine a força elétrica que age sobre a carga pontual
q = 3 ⋅ 10−6 C, colocada no ponto A deste campo elétrico.
V’ c) Determine o trabalho realizado pelo campo elétrico
quando a carga pontual do item b for transportada do
0 50 90 x (cm) ponto A até o ponto B.
21. (UFV-MG) Na figura a seguir estão representadas algu-
Sendo assim, pode-se dizer que a carga Q da esfera e o
mas linhas de força do campo elétrico criado por carga q.
potencial elétrico V’ de um ponto a 90 cm de seu centro
Os pontos A, B, C e D estão sobre circunferências cen-
são, respectivamente:
tradas na carga.
a) 25 nC e 450 V
b) 25 nC e 250 V B

c) 50 nC e 100 V
A
d) 90 nC e 90 V
e) 450 nC e 150 V
18. (Uerj) O esquema
r abaixo representa um campo elétrico C
uniforme E no qual as linhas verticais correspondem às q
superfícies equipotenciais. Uma carga elétrica puntiforme,
de intensidade 400 µC colocada no ponto A, passa pelo
ponto B após algum tempo.
100 V 20 V
E
Reprodução/Uerj, 2016

D
A
Assinale a alternativa falsa:
B a) Uma carga elétrica positiva colocada em A tende a se
afastar da carga q.
b) O campo elétrico em B é mais intenso do que o campo
Determine, em joules, o trabalho realizado pela força elé- elétrico em A.
trica para deslocar essa carga entre os pontos A e B. c) Os potenciais elétricos em A e C são iguais.

62 CAPÍTULO 3
d) O potencial elétrico em A é maior do que o potencial (08) Em uma região pontiaguda de um condutor, há uma
elétrico em D. concentração de cargas elétricas maior do que em
e) O trabalho realizado pelo campo elétrico para deslocar uma região plana, por isso a intensidade do campo
uma carga de A para C é nulo. elétrico próximo às pontas do condutor é muito maior
22. (UEM-PR) Uma molécula é formada por dois íons, um do que nas proximidades de regiões mais planas.
positivo e outro negativo, separados por uma distância (16) Como a rigidez dielétrica do ar é 3 ⋅ 106 N/C, a carga
de 3,00 ∙ 10 –10 m. Os módulos da carga elétrica do íon máxima que podemos transferir a uma esfera de 30
positivo e do íon negativo são iguais a 1,6 ∙ 10 –19 C. cm de raio é 10 microcoulombs.
Considere k = 9 ∙ 109 N ∙ m2/C2 e assinale a(s) alterna- (32) Devido ao poder das pontas, a carga que podemos
tiva(s) correta(s). transferir a um corpo condutor pontiagudo é me-
(01) A força elétrica de atração entre estes íons é de 2,56 nN nor que a carga que podemos transferir para uma
(n = 10–9). esfera condutora que tenha o mesmo volume.
(02) Se a molécula é inserida em um campo elétrico exter- (64) O potencial elétrico, no interior de um condutor car-
no uniforme de intensidade 2,00 ∙ 1010 V/m, a inten- regado, é nulo.
sidade da força elétrica sobre a carga positiva devido Dê a soma dos números dos itens corretos.
a este campo é de aproximadamente 3,20 nN. 25. (Unesp-SP) Modelos elétricos são frequentemente uti-
(04) O módulo do campo elétrico na posição do íon negati- lizados para explicar a transmissão de informações em
vo, devido à carga do íon positivo, é de 1,60 ∙ 1010 N/C. diversos sistemas do corpo humano. O sistema nervoso,
(08) Se o módulo da carga elétrica do íon positivo e a distân- por exemplo, é composto por neurônios (figura 1), cé-
cia entre os íons dobrarem, a força entre os íons dobra. lulas delimitadas por uma fina membrana lipoproteica
(16) Se a molécula for deslocada 1,0 µC em um caminho que separa o meio intracelular do meio extracelular.
perpendicular ao campo elétrico uniforme de intensida- A parte interna da membrana é negativamente carregada
de 2,00 ∙ 1010 V/m, o trabalho realizado será de 1,0 mJ. e a parte externa possui carga positiva (figura 2), de ma-
neira análoga ao que ocorre nas placas de um capacitor.
23. (UFC-CE) Coloca-se uma carga puntiforme no interior de
uma esfera condutora oca, em uma posição deslocada do
centro da esfera. Nas figuras a seguir, a carga puntiforme
é representada por um ponto preto no interior da esfera.
Assinale a alternativa que melhor representa a distribui-
ção das linhas de campo elétrico no exterior da esfera.
Reprodução/Unesp, 2015

a) d)

b) e)

c) A figura 3 representa um fragmento ampliado dessa mem-


brana, de espessura d que está sob ação de um campo elé-
trico uniforme, representado na figura por suas linhas de
força paralelas entre si e orientadas para cima. A diferença
24. (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) corretas(s):
de potencial entre o meio intracelular e o extracelular é V.
(01) O campo elétrico, no interior de um condutor eletri- Considerando a carga elétrica elementar como e, o íon de
zado em equilíbrio eletrostático, é nulo. potássio K+ indicado na figura 3, sob ação desse campo
(02) O campo elétrico, no interior de um condutor eletri- elétrico, ficaria sujeito a uma força elétrica cujo módulo
zado, é sempre diferente de zero, fazendo com que o pode ser escrito por:
excesso de carga se localize na superfície do condutor. V ⋅d e⋅V
a) e ⋅ V ⋅ d c) e)
(04) Uma pessoa dentro de um carro está protegida de raios e d
e descargas elétricas, porque uma estrutura metálica e⋅d e
b) d)
blinda o seu interior contra efeitos elétricos externos. V V ⋅d
FÍSICA

63
26. (UPE) Na figura a seguir, considere o campo elétrico originado Com base nesse arranjo, sendo k a constante eletrostáti-
por duas cargas puntiformes Q1 = 8,0 C e Q2 = −8,0 C. ca, considere as seguintes afirmações.
Adote d = 8,0 cm. I. O campo elétrico resultante no centro do hexágono
(Dado: constante eletrostática no vácuo: 6⋅k ⋅Q
k0 = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2) tem módulo igual a .
R2
D II. O trabalho necessário para se trazer uma carga q,
desde o infinito até o centro do hexágono, é igual a
6⋅k ⋅Q⋅q
d d .
R
III. A força resultante sobre uma carga de prova q, colo-
A B C cada no centro do hexágono, é nula.
Q1 Q2
Quais estão corretas?
d d d d
4 4 4 4 a) Apenas I. d) Apenas II e III.
b) Apenas II. e) I, II e III.
Julgue (V ou F):
c) Apenas I e III.
I. A energia potencial elétrica do sistema das duas car-
29. +Enem [H21] Duas superfícies condutoras planas e
gas vale 7,2 J.
paralelas estão eletrizadas com cargas opostas, crian-
II. O potencial elétrico no ponto A vale 2,4 ⋅ 106 V. do-se entre elas um campo elétrico uniforme, como
III. O potencial elétrico no ponto B e o potencial elétrico mostra a figura. Sabe-se que a diferença de potencial
no ponto D são nulos. entre as placas é de 6 000 V e que a distância entre
IV. O trabalho da força elétrica sobre uma carga elas é de 20 cm. Abandona-se entre as placas uma
q = 2,0 ⋅ 10 −9 C que se desloca do ponto D ao pon- pequena partícula de massa 4 ⋅ 10 −5 kg e eletrizada
to A vale 2,4 ⋅ 10−3 J. com carga elétrica q = +8 ⋅ 10−8 C. Desprezando-se a
ação de outras forças que não a elétrica, pode-se dizer
V. Ao se colocar a carga elétrica q = 2,0 ⋅ 10−9 C no ponto
que a aceleração adquirida pela partícula será de:
D, a energia potencial elétrica do sistema composto
pelas três cargas elétricas vale −7,2 J. 
E
27. (Vunesp) Quando a atmosfera está em condições de estabili- + −
dade – não se avizinham tempestades, por exemplo – existe
+ −
um campo elétrico uniforme nas proximidades da superfície
terrestre de intensidade 130 V/m, aproximadamente, tendo
+ −
a Terra carga negativa e a atmosfera carga positiva.
a) Faça uma linha horizontal para representar a superfí- + −
cie da Terra, atribuindo a essa linha o potencial 0,0 V.
Represente as linhas equipotenciais acima dessa linha, + −
correspondentes às alturas 1,0 m, 2,0 m, 3,0 m, 4,0 m
e 5,0 m, assinalando, de um lado de cada linha, a altura + −
e, do outro, o respectivo potencial elétrico.
b) Qual deveria ser a carga elétrica de um corpo de 20 cm
massa 1,3 kg para que ele ficasse levitando graças a a) 3 m/s2 d) 60 m/s2
esse campo elétrico? (Adote g = 10 m/s2.) Isso seria b) 30 m/s2 e) 90 m/s2
possível na prática? Considere que uma nuvem de c) 45 m/s2
tempestade tem algumas dezenas de coulombs e jus-
30. (UFJF-MG) A figura a seguir mostra o esquema de um
tifique sua resposta.
equipamento usado para determinar massas molecu-
28. (UFRGS-RS) Seis cargas elétricas iguais a Q estão dispos- lares denominado espectrômetro por tempo de voo.
tas, formando um hexágono regular de aresta R conforme Esse equipamento possui uma placa onde a amostra é
mostra a figura abaixo. injetada e ionizada para formar íons positivos que são
acelerados por um campo elétrico, uniforme, mantido
entre a placa e a grade, que estão separadas por uma
Reprodução/UFRGS-RS, 2017

distância d = 10 cm, como mostra a figura. Em seguida,


penetram em uma região sem campo elétrico e deslo-
cam-se com velocidade constante até atingir o detector,
colocado a uma distância D = 50 cm, como indica a
figura. O tempo entre o acionamento do campo elétrico
e a detecção do íon é medido e a massa é determinada
em função desse tempo.

64 CAPÍTULO 3
Despreze os efeitos do campo gravitacional da Terra e calcule: As placas podem ser colocadas na horizontal (situação A) ou
10 cm na vertical (situação B), em um local em que g = 10 m/s2.
Uma pequena esfera, de massa m = 8,0 ⋅ 10−3 kg e carga
+ −
+ −
Grade Detector elétrica positiva q = 1,0 ⋅ 10−6 C, encontra-se suspensa entre
 + − as placas por meio de um fio isolante, inextensível e de massa
E
+ − desprezível.
+ − Região livre de campos
a) Determine a diferença de potencial elétrico entre as
50 cm placas.
Placa
b) Calcule a razão entre as trações nos fios para as situa-
a) o valor do campo elétrico quando se aplica uma dife-
ções A e B.
rença de potencial V = 1 250 V entre a placa e a grade;
32. (Unifesp) Uma carga elétrica puntiforme Q > 0 está fixa
b) a aceleração de um íon H+ no trecho entre a placa e
em uma região do espaço e cria um campo elétrico ao seu
a grade.
redor. Outra carga elétrica puntiforme q, também positiva,
31. (Uerj) Entre duas placas condutoras, planas e paralelas, é colocada em determinada posição desse campo elétrico,
separadas por uma distância d = 4,0 ⋅ 10−2 m, existe um podendo mover-se dentro dele.
campo elétrico uniforme de intensidade E = 6,0 ⋅ 104 V/m. A malha quadriculada representada na figura está conti-
Situação A da em um plano xy que também contém as cargas.
+ + + + + + + + + + + + +

Reprodução/Unifesp, 2015
d

− − − − − − − − − − − − −

+ −
+ −
+ −
+ −
+ − Quando na posição A, q fica sujeita a uma força eletros-
+ − tática de módulo F exercida por Q.
+ − a) Calcule o módulo da força eletrostática entre Q e
+ −
+ −
q em função apenas de F quando q estiver na posi-
+ − ção B.
+ − b) Adotando 2 = 1, 4 e sendo k a constante eletrostá-
+ −
d tica do meio onde se encontram as cargas, calcule o
+ −
+ − trabalho realizado pela força elétrica quando a carga q
Situação B é transportada de A para B.

Vá em frente
Leia
Conheça a biografia de Michael Faraday, um importante físico da área experimental que produziu diversos conteúdos na
área de Eletricidade, na obra intitulada:
DION, S. M. Michael Faraday e o manuscrito Matter: uma solução metafísica para o problema da ação a distância.
Scientiae Studia, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 615-620. 2016.

Autoavalia•‹o:
V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
FÍSICA

65
4
Da
nn
yI
ac
ob
/S
hu
tte
rs
toc
CAPACITORES
k

OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
Graham French/Masterfile/Latinstock

► Compreender a função
dos processos de carga e
descarga dos capacitores em
equipamentos em que esses
dispositivos são utilizados.
► Avaliar e analisar a
intensidade da capacitância
de capacitores de placas
paralelas.
► Identificar os tipos de
associação de capacitores
e calcular as capacitâncias
equivalentes.

Principais conceitos
que você vai aprender:
► Capacitor plano
► Dielétrico
► Carga e descarga de
capacitores
► Energia e carga no capacitor

Desfibrilador utilizado para


restabelecer o ritmo cardíaco.
O primeiro capacitor da história foi a garrafa de Leiden, dispositivo criado em 1745, por
Von Musschenbroek (1692-1761), em Leiden (ou Leyden) na Holanda, quando desenvolvia
estudos sobre armazenamento de cargas.
Com o avanço da tecnologia, ao longo do tempo, os capacitores sofreram diversas
transformações em sua forma, tamanho e tipo de material. O impulso para o desenvolvi-
mento desses dispositivos é o fato de eles terem uma função importante, principalmente
em equipamentos eletrônicos, pois podem ser utilizados em circuitos do mais simples ao Nessa introdução, podem-se
mais complexo, sendo observados nas placas dos circuitos dos aparelhos. apresentar alguns disposi-
tivos que fazem parte de
Equipamentos como flash de máquinas fotográficas e desfibriladores fazem uso de uma placa de circuito. Se
capacitores que se encontram em seu interior e podem armazenar carga elétrica. Ao se possível, mostrar uma placa
antiga em que se pode iden-
ativar o circuito, há uma descarga rápida, fornecendo energia para o caso de o flash pro-
tificar alguns capacitores.
duzir uma luminosidade intensa; no desfibrilador, por exemplo, promove-se uma descarga Quanto à célula, a questão
intensa para ajustar o batimento cardíaco de um coração. se refere aos neurônios.
De maneira simplificada,
Com diversas aplicações, os capacitores se tornaram dispositivos imprescindíveis os neurônios convertem
para os circuitos elétricos. estímulos em impulsos elé-
tricos, semelhante às des-
• No corpo humano, temos um tipo de célula que funciona semelhante a um capacitor. cargas promovidas por um
Qual seria ela? De maneira simplificada, como agem essas células? capacitor.

66
Capacitor de placas paralelas
Um capacitor pode ser obtido colocando-se dois condutores que podem armazenar
cargas ao serem ligados a uma fonte. A forma mais simples de um capacitor consiste em
duas placas condutoras (armaduras) planas e paralelas entre si, separadas por um meio
isolante. Quando submetidas a uma diferença de potencial elétrico U, as placas adquirem
cargas opostas +Q e –Q, como representado na figura.

+Q −Q
− Representação de um
+ −
+ − capacitor em um circuito
+ − + −
+
+ −

U U

Experimentalmente, observou-se que a quantidade de carga Q armazenada em


qualquer uma das armaduras é diretamente proporcional à tensão U entre elas. Com
isso, pôde-se definir a razão entre a carga armazenada e a tensão como capacitância C
de um capacitor.

Q
C=
U

No SI, a unidade de capacitância é coulomb/volt (C/V), denominada de farad (F), ou


C
seja, 1 F = 1 . Os principais submúltiplos do farad são:
V
• 1 mF (milifarad) = 10–3 F • 1 nF (nanofarad) = 10–9 F
• 1 μF (microfarad) = 10–6 F • 1 pF (picofarad) = 10–12 F
Com base nessa definição, conhecendo a capacitância de um capacitor e a di-
ferença de potencial entre suas armaduras, podemos determinar a carga elétrica
armazenada:
Q=C⋅U

Para o caso particular de um capacitor de placas planas e paralelas, particularmente,


podemos demonstrar que sua capacitância C é diretamente proporcional à área A das pla-
cas e inversamente proporcional à distância d entre elas.

ε⋅A
C=
d

A grandeza ε é uma característica do material entre as placas, denominada de permis-


sividade elétrica, cujo valor no vácuo é:

F
ε = 8,85 ⋅ 10−12
m

Além disso, entre as placas de um capacitor plano carregado, há um campo elétrico,


aproximadamente, uniforme.
FÍSICA

67
Assim, podemos determinar a intensidade do campo
elétrico E, da região, a partir da diferença de potencial U
entre as placas e da distância d entre elas, por meio da Haste de
bronze
relação: 1

U
E= Jarro de
d vidro

+ –
+ –
+ –
+ –

+ E –
+ – Folha de
+ – chumbo
interna
+ –
+ – Folha de
chumbo
d externa
+ − Fonte de alimentação
elétrica
U (máquina estática)

Esquema de uma garrafa de Leyden.


Fio terra

Energia armazenada em um capacitor


O trabalho realizado para separar as cargas elétricas nas armaduras de um capa- Curiosidade
citor é armazenado na forma de energia elétrica potencial; então, o capacitor é um 1 A construção do
dispositivo que armazena energia elétrica. Uma maneira de calcular essa energia é primeiro capacitor é
pelo gráfico da tensão U nos terminais do capacitor em função da carga elétrica Q usualmente creditada ao
que ele armazena. cientista holandês Pieter
van Musschenbroek, da
U Universidade de Leyden.
1 Constituída por uma garrafa
U= Q
C cujas faces interna e externa
U
são revestidas por folhas de
chumbo, a garrafa de Leyden,
como ficou conhecido o
dispositivo, impulsionou as
pesquisas sobre a Eletricidade
A durante os séculos XVIII e XIX.

0 Q Q
Lane V. Erickson/Shutterstock

Nesse gráfico, a área entre a curva e o eixo da carga elétrica corresponde


à energia potencial elétrica armazenada no capacitor.

Q ⋅U
Área A = Epot.elét. =
2
Considerando a relação Q = C · U, temos:

C ⋅U2 Q2
Epot.elét. = =
2 2 ⋅C

Nos dispositivos de flash das máquinas


fotográficas, a energia elétrica
armazenada em um capacitor se
transforma em energia luminosa.

68 CAPÍTULO 4
Contextualize
Entre as inúmeras aplicações dos capacitores, po-

oneinchpunch/Shutterstock
demos citar a utilização nos comandos do teclado de
um computador, que está envolvido com a variação
da capacitância.
Cada uma das teclas de um computador funciona
como um pequeno capacitor. Na parte de baixo da tecla,
há uma minúscula placa, que não é visível; essas placas se
encontram na base do teclado e possuem, entre si, uma
distância de alguns milímetros. Sem o acionamento da te-
cla, a distância entre as placas não se altera, não alterando
sua capacitância. Ao pressioná-la, o circuito eletrônico de
seu computador detecta uma variação na capacitância,
reconhecendo que aquela determinada tecla foi acionada
e o símbolo a que ela corresponde aparece na tela.
Normalmente o espaço entre as placas é preenchido
por um material flexível.
Vamos encontrar a capacitância de uma tecla de computador utilizando as seguintes informações:
ε = 3,01.10–11 C2/(N ∙ m2), permissividade elétrica
Área da tecla = 9,5 ∙ 10–5 m2
Alteração na distância de separação entre as placas = 0,15.10–3 m
Para realizarmos essa cálculo, basta utilizarmos a equação para a capacitância. Sendo assim, temos:
ε⋅A 3, 01 ⋅ 10−11 ⋅ 9, 5 ⋅ 10−−5
C = = ⇒ C ; 1, 9 ⋅ 10−11 ou 19 pF
d 0,15 ⋅ 10−3

Desenvolva
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da Termodinâmica
e(ou) do Eletromagnetismo.

Denes Meszaros/Shutterstock
Existem vários tipos de raios que podem ser observados quando
há temporais.
Os menos perigosos para nós são aqueles que ocorrem entre uma nu-
vem e outra e representam cerca de 70% dos raios que ocorrem em nosso
planeta. Podem parecer perigosos para os aviões, mas estes são equipa-
dos com para-raios, além das orientações e dos treinamentos dados aos
pilotos, caso sejam atingidos por uma descarga elétrica.
Já os raios entre nuvens e solo podem ocorrer nos dois sentidos e pro-
vocar descargas elevadas, sendo, por isso, perigosos.
Estudos apontam que, no Brasil, anualmente ocorrem cerca de
100 milhões de raios nuvem-solo, principalmente no território da re-
gião da Amazônia. As descargas nuvem-solo representam 99% e as
descargas solo-nuvem são mais raras, ocorrendo no alto de monta-
nhas ou em edifícios muito altos.
A ocorrência dessas descargas também pode ser sentida nas grandes
cidades, onde a concentração de poluentes aumenta a incidência de raios.
Sejam nuvem-solo ou solo-nuvem, essas formações se assemelham
bastante aos capacitores de placas paralelas.
Elabore um mapa, identificando as áreas de maior incidência de raios no Brasil, com destaque para as capitais. Após esse
levantamento, faça um comparativo entre onde a incidência é maior, estabelecendo uma relação com ambientes onde a
concentração de gases poluentes é maior.
FÍSICA

As pesquisas devem ser apresentas para a turma. Cada trabalho, como sugestão, poderia ser compartilhado com os alunos da turma por algum
canal digital (sugestão: <www.padlet.com>).
69
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
Fique atento às unidades de
(UFPE)
medida antes de iniciar os
Uma nuvem eletrizada está situada a 1 000 m de altura, paralelamente à superfície da cálculos. Quando necessário,
Terra, formando com esta um capacitor plano de 15 nF. Quando o campo elétrico no ar utilize um dos submúltiplos.
(entre a nuvem e a Terra) atinge o valor de 3,0 ∙ 106 N/C, ocorre um relâmpago. Calcule
Observe que, para uma
a carga elétrica, em C, que se encontrava armazenada na nuvem, no instante da des- análise correta das grandezas
carga elétrica. envolvidas, deve-se considerar
Resolução que o campo elétrico entre a
nuvem e o solo seja uniforme.
Considerando o campo elétrico entre a nuvem e o solo uniforme, podemos calcular a
diferença de potencial no momento do relâmpago. Lembre-se das operações
U = E ∙ d s U = 3 ∙ 106 ∙ 1 000 s U = 3 ∙ 109 V com potências de 10, muito
importantes para esse tipo de
Sendo a capacitância do sistema nuvem-solo C = 15 nF = 15 ∙ 10–9 F, temos:
resolução.
Q = C ∙ U s Q = 15 ∙ 10–9 ∙ 3 ∙ 109 s Q = 45 C

Atividades
1. A função de um capacitor ligado em um circuito elétrico 4. (Uespi) O desfibrilador é um aparelho capaz de liberar
é a de: rapidamente energia armazenada para combater a fibrila-
a) transformar energia. ção nas vítimas de ataques cardíacos. Considere um des-
b) armazenar carga elétrica. fibrilador portátil contendo um capacitor de capacitância
c) armazenar energia química. 80 μF. Se esse capacitor for carregado a uma diferença
de potencial de 4 000 V, que quantidade de energia po-
d) aumentar a energia do circuito.
tencial elétrica o desfibrilador terá armazenado?
e) criar energia para o circuito.
(Dado: 1 μF = 10−6 F)
Alternativa b
a) 80 J d) 640 J
b) 160 J e) 800 J
2. Um condutor eletrizado com carga elétrica de 4,0 μC apre-
c) 320 J
senta um potencial elétrico de 200 V.
( )
2
C ⋅ U2 80 ⋅ 10−6 ⋅ 4 ⋅ 103
a) Qual é a capacitância desse condutor? E = sE = s E = 640 J
2 2
Q 4, 0 ⋅ 10−6
C = = s C = 2, 0 ⋅ 10−8 F Alternativa d
U 200

b) Qual será a quantidade de carga elétrica no condutor 5. (Ifsul-RS) Analise as seguintes afirmativas, referentes a um
quando o potencial elétrico for de 600 V? capacitor de placas planas e paralelas:
Como a capacitância do condutor é constante, temos: I. A capacitância do capacitor depende da carga armazena-
Q = C ⋅ U = 2,0 ⋅ 10–8 ⋅ 600 s Q = 12 ⋅ 10–6 C = 12 μC da em cada uma de suas placas em determinado instante.
II. A diferença de potencial elétrico entre as placas do capa-
3. (Uema) Uma das aplicações dos capacitores é no circuito citor depende da capacitância e da carga de cada placa.
eletrônico de um flash de máquina fotográfica. O capacitor III. Quando as placas do capacitor se aproximam, sem
acumula carga elétrica por um determinado tempo (alguns que outros fatores sejam alterados, a sua capacitância
segundos) e, quando o botão para tirar a foto é acionado, aumenta.
toda carga acumulada é “despejada” sobre a lâmpada do Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
flash, daí o seu brilho intenso, porém de curta duração. a) I e III apenas. c) II e III apenas.
Se nesse circuito houver um capacitor de dados nominais b) III apenas. d) I, II e III.
315 V e 100 μF corresponderá a uma carga, em coulomb, I. Incorreta. A capacitância depende da área das placas, da
máxima, acumulada de distância entre elas e do material do dielétrico em seu
 ε⋅ A
a) 3,1500 d) 0,0315 interior  C = .
 d 
b) 0,3175 e) 3,1750 Q
II. Correta. A ddp no capacitor é U = .
c) 0,3150 C
Podemos encontrar a carga elétrica por meio de: III. Correta. A capacitância é inversamente proporcional à dis-
Q = C ⋅ U s Q = 100 ⋅ 10−6 F ⋅ 315 V s Q = 0, 0315 C tância entre as placas; diminuindo a distância entre elas, a
Alternativa d capacitância aumenta.
Alternativa c

70 CAPÍTULO 4
6. (Unifor-CE, adaptada) Um circuito possui um capacitor 8. +Enem [H17] Um aluno de Física recebeu o trabalho de
de capacidade C = 6,0 ∙ 10–12 F ligado a uma fonte ideal de montar um capacitor de placas paralelas. Pesquisando em um
força eletromotriz E = 1,5 V. Pode-se afirmar que a carga livro de Eletricidade, ele encontrou a seguinte equação, que
do capacitor é de: fornece a capacitância C de um capacitor de placas planas:
a) 1,5 ∙ 10–12 C ε⋅ A
C =
b) 3,0 ∙ 10–12 C d
c) 4,0 ∙ 10–12 C em que A é a área de cada placa, d é a distância entre elas
d) 7,5 ∙ 10–12 C e ε é a permissividade elétrica do meio entre elas. Após
e) 9,0 ∙ 10–12 C fazer um rápido levantamento sobre o material disponível
Q = C ∙ U s Q = 6 ∙ 10–12 ∙ 1,5 s Q = 9 ∙ 10–12 C no laboratório da escola, ele conseguiu montar três capa-
Alternativa e
citores diferentes, como mostra a tabela a seguir.
Permissividade
Área Distância
elétrica do
Capacitância de cada entre as
material entre
placa placas
placas
7. (Ueba) Um capacitor de um circuito de televisão tem uma C1 ε 4A 2d
capacitância de 1,2μF. Sendo a diferença de potencial en- A
tre seus terminais de 3 000 V, a energia que ele armazena C1 2ε 4d
3
é de:
C3 3ε 2A 6d
a) 6,7 J
b) 5,4 J A relação entre as capacitâncias C1, C2 e C3 é:
c) 4,6 J a) C1 . C2 . C3 d) C3 . C1 . C2
d) 3,9 J b) C3 . C2 . C1 e) C1 . C3 . C2
e) 2,8 J c) C2 . C3 . C1
A energia armazenada pode ser encontrada por: Pela relação fornecida, temos:

E =
C ⋅U 2
=
1, 2 ⋅ 10 −6
(
⋅ 3 ⋅ 10 )
3 2
⇒ E = 5, 4 J ε⋅4⋅A 2⋅ε⋅A 2⋅ε⋅
A
3 = ε⋅A
2 2 C1 = = ; C2 =
2d d 4d 6d
Alternativa b 3⋅ε⋅2⋅A ε⋅A
C3 = =
6d d
Portanto, temos: C1 . C3 . C2
Alternativa e

Tarefa proposta 1 a 18
Complementares
9. (UEG-GO) A quantidade de carga armazenada em um ca- b)
pacitor em função do tempo é dada pelo gráfico a seguir,
no qual a letra C representa a capacitância do capacitor e
V a diferença de potencial entre as suas placas.
Reprodução/Ueg, 2015

c)

Qual é o gráfico que representa a diferença de potencial


no capacitor no processo de carga?
a) d)
FÍSICA

71
10. (Unilavras-MG) A energia armazenada em um capacitor de • a distância entre uma tecla e a base do seu teclado
10 000 μF, submetido a uma ddp de 16 V, se descarrega igual a 1,0 mm;
em um motor sem atrito, arranjado para erguer um bloco • a permissividade do ar, ε0 igual a 9,0 ⋅ 10–12 F/m;
de 0,10 kg de massa. Qual é a altura máxima atingida pelo • a tensão aplicada em cada tecla igual a 6,0 V no ins-
bloco? (Dado: g = 10 m/s²) tante que uma tecla é empurrada para baixo cerca de
11. (EBMSP-BA) 0,4 mm da sua posição de origem.
A era digital acabou por alterar hábitos da comunicação Determine a carga armazenada na armadura do capacitor.
dentro da família. Se por um lado a internet rompe barrei-
ras da comunicação e permite a interação com pessoas de 12. (ITA-SP) Um capacitor de capacitância igual a 0,25 ⋅ 10−6 F
partes distintas do país e do mundo, por outro ela quebra é carregado até um potencial de 1,00 ⋅ 105 V, sendo então
diálogos rotineiros. Filhos que antes sentavam à mesa com descarregado até 0,40 ⋅ 105 V em um intervalo de tempo de
os pais, hoje preferem a internet e o “bate-papo” de amigos. 0,10 s, enquanto se transfere energia para um equipamento
Disponível em: <www.lagoinha.com/ibl-noticia/ de raios X. A carga total, Q, e a energia E, fornecidas ao
familias-do-seculo-xxi-nao-sao-mais-as-mesmas/>.
tubo de raios X, são mais bem representadas, respectiva-
Acesso em: 6 out. 2015.
mente, por:
Sabe-se que as teclas de computadores utilizadas para di-
a) Q = 0,005 C e E = 1 250 J
gitar mensagens se comportam como os capacitores de
placas planas e paralelas imersas no ar. b) Q = 0,025 C e E = 1 250 J
Considerando c) Q = 0,025 C e E = 1 050 J
• a área média de cada tecla de um computador igual a d) Q = 0,015 C e E = 1 250 J
1,0 cm2; e) Q = 0,015 C e E = 1 050 J

Associa•‹o de capacitores
Alguns circuitos elétricos devido a sua complexidade apresentam diversos capacito-
res associados. Essas associações de capacitores podem ter várias finalidades dentro do
circuito, entre elas obter uma capacitância específica, menor ou maior do que as capaci-
tâncias dos capacitores associados.

Associa•‹o de capacitores em sŽrie


Dizemos que dois ou mais capacitores estão ligados em série quando não há bifurca-
ção (nó) no circuito entre eles. Na figura a seguir, temos três capacitores com capacitân-
cias C1, C2 e C3 ligados em série.

C1 C2 C3
− − −
+ + +
− − −
+ + +
Q Q Q
U1 U2 U3

+ −

Nesse tipo de associação, quando uma tensão U é aplicada entre os extremos do con-
junto, todos os capacitores armazenam a mesma carga elétrica Q, e a soma das tensões U1,
U2 e U3 em cada capacitor é igual à tensão total U. Para calcularmos a capacitância equi-
valente Ceq(s) dessa associação, imaginamos um capacitor único que, submetido à mesma
tensão U, obtém a mesma carga elétrica Q.

Q Q Q Q 1 1 1 1
U = U1 + U2 + U3 s = + + s = + +
Ceq(s) C1 C2 C3 Ceq(s) C1 C2 C3

Quando temos apenas dois capacitores C1 e C2 em série, a equação anterior pode ser
simplificada para:

1 1 1 1 C +C
= + s = 1 2
Ceq(s) C1 C2 Ceq(s) C1 ⋅ C2

72 CAPÍTULO 4
1 1 1 1
Quando temos n capacitores de capacitância C ligados em série, a capacitância equivalente é: = + + ... +
Ceq(s) C1 C2 Cn
Se a capacitância dos n capacitores for igual, pode-se calcular sua capacitância equivalente pela expressão simplificada abaixo:
1 1 1 C
= n⋅ s =
Ceq(s) C Ceq(s) n

Associação de capacitores em paralelo


Capacitores estão ligados em paralelo quando seus terminais estão ligados na mesma polaridade, ou seja, as arma-
duras positivas estão ligadas entre si e o mesmo ocorre com as negativas. Na figura, temos três capacitores com capaci-
tâncias C1, C2 e C3 ligados em paralelo.
C1

+

+
Q1
C2

+

+
Q2
C3

+

+
Q3
+ −

U
Nesse tipo de associação, todos os capacitores ficam submetidos à mesma diferença de potencial U, mas armazenam
cargas elétricas diferentes, Q1, Q2 e Q3, que, somadas, resultam na carga elétrica total Q da associação. A partir dessas
características, pode-se calcular a capacitância equivalente Ceq(p) da associação.
Q = Q1 + Q2 + Q3 s Ceq(p) · U = C1 · U + C2 · U + C3 · U s Ceq(p) = C1 + C2 + C3
Quando temos n capacitores de capacitância C ligados em paralelo, a capacitância equivalente é:
Ceq(p) = C1 + C2 + C3 +...+ Cn

Atividades
13. (Uece) Considere dois capacitores, C1 = 2 μF e C2 = 3 μF, 14. (UFGD-MS) Na figura a seguir, os capacitores C1, C2 e C3
ligados em série e inicialmente descarregados. Supondo apresentam, respectivamente, os valores de 10 μF, 10 μF
que os terminais livres da associação foram conectados e 4 μF. Qual deve ser o valor do capacitor equivalente que
aos polos de uma bateria, é correto afirmar que, após substitui o circuito dessa figura?
cessar a corrente elétrica, C1
a) as cargas nos dois capacitores são iguais e a tensão
elétrica é maior em C2.
b) a carga é maior em C2 e a tensão elétrica é igual nos dois.
C3
c) as cargas nos dois capacitores são iguais e a tensão
elétrica é maior em C1. C2

d) a carga é maior em C1 e a tensão elétrica é igual nos dois. a) 2,20 μF c) 2,45 μF e) 0,41 μF
Na associação em série, a carga é a mesma para os capacito- b) 3,33 μF d) 2,44 μF
res. Sendo assim: Os capacitores 1 e 2, associados em paralelo, fornecem:
U C 3 C1-2 = C1 + C2 s C1-2 = 10 + 10 s C1-2 = 20 μF
Q1 = Q2 s C1 ⋅U1 = C 2 ⋅U 2 s 1 = 2 = s U1 = 1, 5 U 2 s
U2 C1 2
Esse capacitor está em série com o capacitor 3. Assim:
s U1 > U2 20 ⋅ 4 80
Ce = s Ce = = 3,33 μF
Alternativa c 20 + 4 24
Alternativa b
FÍSICA

73
15. Dois capacitores de capacidades eletrostáticas C1 = 4 μF e 18. +Enem [H5] Um dos componentes mais importantes nos
C2 = 6 μF são associados em paralelo e conectados a uma circuitos eletrônicos é o capacitor. Entre muitas funções,
fonte de tensão constante de 60 V. Calcule: esse dispositivo é capaz de armazenar carga elétrica, quan-
a) a capacidade eletrostática equivalente do circuito; do submetido a uma diferença de potencial. Matematica-
Ceq. = C1 + C2 = 4 + 6 s Ceq. = 10 μF s Ceq. = 10 ⋅ 10– 6 F mente, um capacitor é descrito pela equação
Q=C·U
em que Q é a carga elétrica armazenada, U é a tensão
elétrica e C é a capacitância do capacitor. Na associa-
b) a carga elétrica armazenada em cada capacitor.
ção de capacitores do trecho AB de um circuito, repre-
Q1 = C1 ⋅ U = 4 ⋅ 10– 6 ⋅ 60 s Q1 = 240 ⋅ 10– 6 C s Q1 = 240 μC
sentado na figura, quando S está aberta, a capacitân-
Q2 = C2 ⋅ U = 6 ⋅ 10– 6 ⋅ 60 s Q2 = 360 ⋅ 10– 6 C s Q2 = 360 μC
cia equivalente vale 6 μF. O valor da capacitância C e
a capacitância equivalente quando S está fechada são,
16. (Ifsul-RS) Capacitores são componentes eletrônicos que respectivamente:
têm por função básica armazenar cargas elétricas e, con-
sequentemente, energia potencial elétrica. Em circuitos C 6 μF
elétricos compostos apenas por capacitores, eles podem
ser associados em série, em paralelo ou de forma mista.
Em relação às características desses tipos de associação, A B
quando associados em série: s
2 μF
a) os capacitores armazenam cargas iguais.
b) os capacitores submetem-se sempre à mesma diferen-
ça de potencial.
c) a carga total estabelecida na associação é igual à soma
4 μF
das cargas de cada capacitor.
d) a capacitância equivalente da associação é igual à a) 2 μF e 1,5 μF d) 3 μF e 1,5 μF
soma das capacitâncias individuais. b) 2 μF e 8 μF e) 3 μF e 8 μF
Em uma associação em série de capacitores, todos estão liga- c) 1 μF e 1,5 μF
dos em um único ramo do circuito.
Quando a chave está aberta, a expressão da capacitância equi-
Nesse tipo de associação, a carga elétrica armazenada em valente é:
cada capacitor é a mesma.
6 ⋅C
Alternativa a + 4 = 6 s 6 · C = 12 + 2 · C s C = 3 μF
6 +C
Quando a chave está fechada, a expressão da capacitância é:
6⋅3
Ceq = + 4 + 2 s Ceq = 8 μF
6+3
17. (UEPG-PR) As afirmativas abaixo dizem respeito à grandeza
Alternativa e
potencial elétrico. Nesse âmbito, marque o que for correto.
(01) O potencial elétrico é uma grandeza escalar.
(02) O potencial elétrico pode ser medido em coulomb/
segundo, grandeza esta que no sistema internacio- 19. (Enem) Um cosmonauta russo estava a bordo da estação
nal é chamada de joule (J). espacial MIR quando um de seus rádios de comunicação
(04) O potencial elétrico num ponto localizado a uma quebrou. Ele constatou que dois capacitores do rádio de
certa distância de uma carga elétrica negativa, é 3 μF e 7 μF ligados em série estavam queimados. Em fun-
também negativo e independe do valor das cargas ção da disponibilidade, foi preciso substituir os capacitores
de prova que por ventura sejam aí colocadas. defeituosos por um único capacitor que cumpria a mesma
(08) Nas associações em série de capacitores, cada capa- função.
citor será submetido à mesma diferença de poten- Qual foi a capacitância, medida em μF, do capacitor utili-
cial da associação. zado pelo cosmonauta?
Soma = 5 (01 + 04) a) 0,10 d) 10
01. Correta. b) 0,50 e) 21
02. Incorreta. O potencial elétrico é medido em volt, que repre-
senta a razão entre a energia potencial elétrica, em joules, c) 2,1
e a carga elétrica de prova, dada em coulombs, portanto: A capacitância equivalente para a associação é calculada por:
joule C ⋅C 3⋅7
volt = . C eq = 1 2 = ⇒ C eq = 2,1 μF
coulomb C1 + C 2 3+7
04. Correta.
Alternativa c
08. Incorreta. Essa característica ocorre na associação em paralelo.

74 CAPÍTULO 4
20. Três capacitores, de capacitâncias 30 μF, 20 μF e 12 μF, associados em série, estão submetidos a uma ddp de 100 V. Podemos
afirmar que:
a) a capacitância equivalente da associação vale 62 μF.
b) a ddp no capacitor de 12 μF é 50 V.
c) a ddp no capacitor de 30 μF é maior do que nos outros dois.
d) a carga elétrica é diretamente proporcional à capacitância de cada capacitor.
e) o potencial elétrico é o mesmo para os três capacitores.
Q 600 μ
A capacitância equivalente da associação vale: • U12 = = s U12 = 50 V
C12 12 μ
1 1 1 1 1 4 + 6 + 10
= + + s = s Ceq = 6 μF Q 600 μ
C eq 30 20 12 C eq 120 • U20 = = s U20 = 30 V
C 20 20 μ
A carga elétrica da associação é:
Q 600 μ
Q = Ceq ⋅ U = 6 ⋅ 100 s Q = 600 μC (igual para os três capacitores) • U30 = = s U30 = 320 V
C 30 30 μ
Alternativa: b

Tarefa proposta 19 a 32
Complementares
21. (PUC-PR) Fibrilação ventricular é um processo de contração 23. (UFPR) No circuito esquematizado abaixo, deseja-se que o
desordenada do coração que leva à falta de circulação san- capacitor armazene uma energia elétrica de 125 μJ.
guínea no corpo, chamada parada cardiorrespiratória. O des-

Reprodução/UFPR, 2014
fibrilador cardíaco é um equipamento que aplica um pulso
de corrente elétrica através do coração para restabelecer o
ritmo cardíaco. O equipamento é basicamente um circuito de
carga e descarga de um capacitor (ou banco de capacitores).
Dependendo das características da emergência, o médico
As fontes de força eletromotriz são consideradas ideais e
controla a energia elétrica armazenada no capacitor dentro
de valores ε1 = 10 V e ε2 = 5 V.
de uma faixa de 5 a 360 J. Suponha que o gráfico dado
Assinale a alternativa correta para a capacitância C do
mostra a curva de carga de um capacitor de um desfibrilador.
capacitor utilizado.
O equipamento é ajustado para carregar o capacitor através
a) 10 μF
de uma diferença de potencial de 4 kV. Qual o nível de ener-
gia acumulada no capacitor que o médico ajustou? b) 1 μF
c) 25 μF
d) 12,5 μF
e) 50 μF
24. (Mack-SP) No circuito representado a seguir, o gerador de força
Reprodução/Puc-PR, 2014

eletromotriz 10 V é ideal e todos os capacitores estão inicial-


mente descarregados. Giramos inicialmente a chave Ch para
a posição (1) e esperamos até que C1 adquira carga máxima.
A chave Ch é então girada para a posição (2). A nova dife-
rença de potencial entre as armaduras de C1 será igual a:
Reprodução/Mackenzie, 1996

a) 100 J d) 300 J
b) 150 J e) 400 J
c) 200 J
22. (UPE) Um capacitor de capacitância C é ligado, em série, a
outro de capacitância 2 C. O conjunto é ligado aos termi-
nais de uma bateria que fornece uma ddp U. Qual a ddp
a) 8V
do capacitor de capacitância 2 C?
U U b) 6V
a) c) e) 2U
3 2 c) 5V
U U d) 4V
b) 2 d) 3
3 2 e) zero
FÍSICA

75
Tarefa proposta
1. (Uespi) A figura à esquerda ilustra um capacitor eletrolí- uniforme, produzido por duas placas ligadas a uma fonte
tico do tipo bastante usado em dispositivos elétricos em de voltagem, conforme ilustrado na figura a seguir.
geral, tais como placas-mães (figura à direita) e placas de
vídeo de computadores. A sua função é essencialmente Placa A

armazenar pequenas quantidades de energia, de modo +


a absorver variações na corrente elétrica, protegendo os d Gotícula VAB
demais componentes eletrônicos do circuito ligados a ele. −
Qual a quantidade de energia elétrica armazenada por Placa B
um capacitor eletrolítico de capacitância 100 μF = 10−4 F,
submetido a uma tensão de 60 V entre os seus terminais? Supondo que cada gotícula contenha cinco elétrons em
excesso, ficando em equilíbrio entre as placas separadas
por d = 1,50 cm e submetendo-se a uma diferença de
potencial VAB = 600 V, a massa de cada gota vale, em kg:
Reprodução/Uespi, 2011

a) 1,6 ⋅ 10–15
b) 3,2 ⋅ 10–15
c) 6,4 ⋅ 10–15
d) 9,6 ⋅ 10–15
5. (ITA-SP) Uma esfera de massa m e carga q está suspensa
a) 0,09 J d) 0,36 J por um fio frágil e inextensível, feito de um material ele-
tricamente isolante. A esfera se encontra entre as placas
b) 0,18 J e) 0,42 J
paralelas de um capacitor plano, como mostra a figura.
c) 0,27 J
A distância entre as placas é d, a diferença de potencial
2. (Unifal-MG) Duplicando-se a diferença de potencial entre entre elas é V e o esforço máximo que o fio pode suportar
as placas de um capacitor, é correto afirmar que: é igual ao quádruplo do peso da esfera.
a) a carga e a capacitância do capacitor também são
duplicadas. g
b) a carga e a capacitância do capacitor permanecem
constantes.
c) a carga do capacitor é duplicada, mas sua capacitância
permanece constante.
d
d) a carga do capacitor é reduzida à metade do valor inicial.
Para que a esfera permaneça imóvel, em equilíbrio está-
e) a carga do capacitor é duplicada e sua capacitância é
vel, é necessário que:
reduzida à metade. 2
q ⋅ V
3. (PUC-MG) Um capacitor ideal de placas paralelas está li- a)  < 15 m ⋅ g
 d 
gado a uma fonte de 12 V. De repente, por um processo
2
q ⋅ V
b) 
mecânico, a distância entre as placas dobra de valor.
< 4 (m ⋅ g)
2
A fonte é mantida ligada em todos os instantes. Nes-  d 
sa nova situação, pode-se afirmar, em relação àquela 2
q ⋅ V
inicial, que: c)  < 15 ( m ⋅ g )
2
 d 
a) O campo elétrico dobra e a carga acumulada também.
2
q ⋅ V
b) O campo elétrico dobra e a carga fica reduzida à metade. d)  < 16 ( m ⋅ g )
2

c) O campo elétrico e a carga não mudam de valor.  d 


2
q ⋅ V
e) 
d) O campo elétrico e a carga ficam reduzidos à metade
> 15 m ⋅ g
do valor inicial.  d 
e) O campo elétrico fica reduzido à metade, mas a carga 6. (EFOMM) Os capacitores planos C1 e C2 mostrados na fi-
não muda. gura têm a mesma distância d e o mesmo dielétrico (ar)
4. (UEG-GO) Embora as experiências realizadas por Millikan entre suas placas. Suas cargas iniciais eram Q1 e Q2 res-
tenham sido muito trabalhosas, as ideias básicas nas pectivamente, quando a chave CH1 foi fechada. Atingido
quais elas se apoiam são relativamente simples. Em suas o equilíbrio eletrostático, observou-se que a tensão V1
experiências, R. Millikan conseguiu determinar o valor da mostrada na figura não sofreu nenhuma variação com o
carga do elétron equilibrando o peso de gotículas de óleo fechamento da chave. Podemos afirmar que os dois capa-
eletrizadas, colocadas em um campo elétrico vertical e citores possuem:

76 CAPÍTULO 4
c) um excesso de 1,0 ∙ 1012 prótons, em relação ao nú-
Reprodução/EFOMM, 2016
mero de elétrons.
d) um excesso de 6,4 ∙ 1012 elétrons, em relação ao nú-
mero de prótons.
a) a mesma energia potencial elétrica armazenada. e) um excesso de carga elétrica, porém impossível de ser
b) a mesma carga elétrica positiva na placa superior. determinado.
c) a mesma carga elétrica, em módulo, na placa superior. 10. +Enem [H21] As imagens nos televisores de plasma são
d) a mesma capacitância. geradas pela luz emitida pela descarga elétrica em gases
e) o mesmo valor do campo elétrico uniforme presente contidos em pequenas células, que funcionam como ca-
entre as placas. pacitores de placas planas e paralelas. Sabe-se que nesse
7. (UFU-MG) Um capacitor, de capacidade desconhecida, ε ⋅A
tipo de capacitor, a capacitância C é dada por C = 0 ,
tem sido usado para armazenar e fornecer energia a um d
aparelho de tevê. O capacitor é carregado com uma fonte em que ε0 = 8,9 ∙ 10–12 F/m é a permissividade elétrica,
de 1 000 V, armazenando uma carga de 10 C. O televisor A é a área das placas e d é a distância entre elas, como
funciona num intervalo de diferença de potencial entre mostra a figura.
80 V e 260 V. Quando ocorre falta de energia, liga-se o ca-
pacitor ao televisor, e este consegue funcionar durante cerca
de 5 minutos. A carga que fica armazenada no capacitor, A
no instante em que o televisor deixa de funcionar, é de:
a) 1 C d) 0,8 C
b) 10 C e) 42 C
c) 2,6 C d
8. (UFU-MG) Considere as seguintes afirmações:
+ −
I. Uma molécula de água, embora eletricamente neutra,
produz campo elétrico. V
II. A energia potencial elétrica de um sistema de cargas A capacitância C de um capacitor é definida como a razão
puntiformes positivas diminui ao ser incluída uma car- entre a carga elétrica Q armazenada e a tensão V a que
ga negativa no sistema. Q
ele está submetido, ou seja, C = . Sendo assim, consi-
III. A capacitância de um capacitor de placas planas e V
dere uma célula na qual a área das placas é 1,5 ∙ 10–7 m2 e a
paralelas depende da diferença de potencial à qual o
distância entre elas é de 0,1 mm. Se uma tensão aplicada
capacitor é submetido.
entre as placas for de 200 V, a carga elétrica armazenada
Estão corretas:
será de:
a) II e III, apenas.
a) 8,9 ∙ 10–10 C d) 1,3 ∙ 10–13 C
b) I e II, apenas. –11
b) 6,4 ∙ 10 C e) 3,1 ∙ 10–14 C
c) I e III, apenas. –12
c) 2,6 ∙ 10 C
d) I, II e III, apenas.
11. (UFF-RJ) Um elétron é retirado de uma das placas de um ca-
9. +Enem [H21] Uma pequena esfera de isopor, de massa
pacitor de placas paralelas e é acelerado no vácuo, a partir
0,576 g, está em equilíbrio entre as armaduras de um
do repouso, por um campo elétrico constante. Esse campo
capacitor de placas paralelas, sujeito às ações exclusivas do
é produzido por uma diferença de potencial estabelecida
campo elétrico e do campo gravitacional local.
entre as placas e imprime no elétron uma aceleração cons-
tante, perpendicular às placas, de módulo 6,4 ⋅ 103 m/s2.
A intensidade do campo elétrico é grande o suficiente
+ para que se possam desprezar os efeitos gravitacionais
ε = 360 V sobre o elétron. Depois de 2 ms (2 ⋅ 10–3 s), a polaridade
− da diferença de potencial estabelecida entre as placas é
1,00 cm
bruscamente invertida, e o elétron passa a sofrer uma força
de mesmo módulo que o da força anterior, porém de sen-
tido inverso. Por causa disso, o elétron acaba por retornar
Considerando g = 10 m/s2, pode-se dizer que essa peque- à placa de onde partiu, sem ter alcançado a segunda placa
na esfera tem: do capacitor.
a) um excesso de 1,0 ∙ 1012 elétrons, em relação ao nú- a) Esboce, em um plano cartesiano, o gráfico da veloci-
mero de prótons. dade do elétron em função do tempo, desde o instan-
b) um excesso de 6,4 ∙ 1012 prótons, em relação ao nú- te em que ele é retirado da placa até o instante em
mero de elétrons. que ele retorna à mesma placa.
FÍSICA

77
b) Determine a distância mínima que deve existir entre as 14. (Unicamp-SP) Com base na questão anterior, considere
placas do capacitor de modo que o elétron não atinja que, no ar, a ruptura dielétrica ocorre para campos elétri-
a segunda placa, conforme foi relatado. cos a partir de E = 3,0 ⋅ 106 V/m. Suponha que ocorra uma
c) Calcule o tempo que o elétron levou no percurso des- descarga elétrica entre a fita e o rolo para uma diferença
de o instante em que ele é retirado da placa até o de potencial V = 9 kV. Nessa situação, pode-se afirmar que
instante em que retorna ao ponto de partida. a distância máxima entre a fita e o rolo vale:
d) Determine o módulo do campo elétrico responsável a) 3 mm
pela aceleração do elétron, sabendo-se que sua massa b) 27 mm
é 9,0 ⋅ 10–31 kg e que sua carga é 1,6 ⋅ 10–19 C. c) 2 mm
12. (UEPG-PR) Um capacitor plano a vácuo é constituído por d) 37 mm
duas placas metálicas com área de 0,10 m2 cada e separadas 15. (CN) Analise a figura abaixo.
por uma distância de 5 cm. Este capacitor é ligado a uma

Reprodução/EN, 2015
bateria de 500 V. Sobre o assunto, assinale o que for correto.
Dados: ε0 = 8, 85 ⋅ 10−12 F m
(01) Umas das funções básicas de um capacitor é o ar-
mazenamento de energia elétrica.
(02) O valor da carga armazenada no capacitor será igual
a 8,85 . 10–9 C. O capacitor C1 encontra-se inicialmente com uma tensão
constante V = 4 volts. Já o capacitor C2 estava descarre-
(04) Mantendo as condições apresentadas no enuncia-
gado. Fechando-se a chave CH1 o sistema atinge o equi-
do, se for colocado entre as placas do capacitor um 4 8
material dielétrico de constante elétrica igual a 2 e líbrio com uma tensão de volts e redução de joule
3 3
que irá preencher totalmente a região entre as pla- da energia armazenada. A carga inicial Q, em coulombs,
cas, o valor da carga elétrica armazenada nas placas é igual a:
irá dobrar em relação ao valor sem dielétrico. 4 3 5 7
a) b) c) d) 2 e)
(08) Uma das consequências da introdução de um material 3 2 3 3
dielétrico entre as placas de um capacitor é o aumento
16. (AFA-SP) Duas grandes placas metálicas idênticas, P1 e P2,
do valor do campo elétrico na região entre as placas.
são fixadas na face dianteira de dois carrinhos, de mesma
(16) A capacitância do capacitor a vácuo, apresentado massa, A e B.
no enunciado, é 3 ⋅ 10–11 F. Essas duas placas são carregadas eletricamente, consti-
tuindo, assim, um capacitor plano de placas paralelas.
Texto para as questões 13 e 14.
Lançam-se, simultaneamente, em sentidos opostos, os
Quando um rolo de fita adesiva é desenrolado, ocorre carrinhos A e B, conforme indicado na figura abaixo.
uma transferência de cargas negativas da fita para o rolo,
conforme ilustrado na figura a seguir. Quando o campo elé-
Reprodução/AFA, 2015

trico criado pela distribuição de cargas é maior que o campo


elétrico de ruptura do meio, ocorre uma descarga elétrica.
Foi demonstrado recentemente que essa descarga pode ser
usada como uma fonte econômica de raios X.
Reprodução/Unicamp, 2011

Desprezadas quaisquer resistências ao movimento do sis-


tema e considerando que as placas estão eletricamente
isoladas, o gráfico que melhor representa a d.d.p., U, no
capacitor, em função do tempo t contado a partir do lan-
çamento é:
a) c)
13. (Unicamp-SP) Para um pedaço da fita de área A = 5,0 ⋅ 10–4 m2
mantido a uma distância constante d = 2,0 mm do rolo,
a quantidade de cargas acumuladas é igual a Q = C ⋅ V,
sendo V a diferença de potencial entre a fita desenrolada
ε ⋅A
e o rolo e C = 0 , em que ε0 H 9,0 ⋅ 10–12 C/(V ⋅ m).
d b) d)
Nesse caso, a diferença de potencial entre a fita e o rolo
para Q = 4,5 ⋅ 10–9 C é de:
a) 1,2 ⋅ 102 V c) 2,0 ⋅ 103 V
b) 5,0 ⋅ 10 V
–4
d) 1,0 ⋅ 10–20 V

78 CAPÍTULO 4
17. (UFPR) Considere um capacitor composto por duas placas No circuito da figura há três capacitores iguais, com
paralelas que está sujeito a uma diferença de potencial de C = 1 000 μF inicialmente descarregados. Com as cha-
100 V, representado na figura a seguir: ves (2) abertas e as chaves (1) fechadas, os capacitores
são carregados. Na sequência, com as chaves (1) abertas
e as chaves (2) fechadas, os capacitores são novamente
A descarregados e o processo se repete. Com a tensão no
+ + + + + + + + resistor R variando segundo o gráfico da figura, a carga
transferida pelos capacitores em cada descarga é igual a:
− − − − − − − − a) 4,8 ∙ 10–2 C d) 0,6 ∙ 10–2 C
B
b) 2,4 ∙ 10–2 C e) 0,3 ∙ 10–2 C
–2
c) 1,2 ∙ 10 C
É correto afirmar:
21. (Furg-RS) Três capacitores de capacitância C 1 = 20 μF,
(01) O potencial elétrico na placa A é maior que na placa B. C2 = 40 μF e C3 = 40 μF estão associados em série. Essa
(02) Entre as placas há um campo elétrico cujo sentido associação é ligada a uma ddp U, conforme a figura.
vai da placa B para a placa A. Sabendo-se que a carga em uma das placas do capacitor
(04) Se a capacitância desse capacitor for igual a 1,00 μF, C1 é q = 30 μC, a ddp U tem o valor de:
a carga elétrica em cada placa terá módulo igual a q
10,0 μC.
(08) Um elétron que estiver localizado entre as placas C1 C2 C3

será acelerado em direção à placa A.


(16) Se a distância entre as placas for reduzida à metade,
a capacitância do capacitor irá duplicar.
(32) Esse capacitor pode ser usado como um elemento U
para armazenar energia. a) 24 V d) 4,5 V
D• a soma dos nœmeros dos itens corretos. b) 12 V e) 3,0 V
18. (UFC-CE) Três capacitores idênticos, quando devidamente c) 6,0 V
associados, podem apresentar uma capacitância equiva- 22. (UEM-PR) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
lente máxima de 18 μF. A menor capacitância equivalente (01) Duas chapas metálicas planas de formato retan-
que podemos obter com esses mesmos três capacitores é, gular são posicionadas de forma paralela entre
em μF: si e mantidas a uma distância d no vácuo. Estas
a) 8 d) 2 duas chapas são conectadas a uma bateria de 12
b) 6 e) 1 V. Uma é conectada ao polo positivo e a outra é
c) 4 conectada ao polo negativo da bateria. Em se-
19. (Uern) O capacitor equivalente de uma associação em sé- guida, uma carga de – 4,0 μF é abandonada nas
rie, constituída por 3 capacitores iguais, tem capacitância proximidades da chapa ligada ao polo negativo
2 μF. Utilizando-se 2 destes capacitores para montar uma da bateria e se desloca para a chapa ligada no
associação em paralelo, a mesma apresentará uma capa- polo positivo da bateria. Para que este desloca-
citância de: mento ocorresse, a força elétrica realizou um tra-
balho de + 48 μJ.
a) 3 μF c) 12 μF
(02) Um capacitor está inicialmente conectado a uma
b) 6 μF d) 18 μF
bateria de 6,0 V. Este capacitor é desconectado des-
20. (ITA-SP) ta bateria e então conectado a uma bateria de 12 V
e, por isso, dobra a sua capacitância.
(04) Em um determinado experimento é necessário qua-
druplicar a capacitância de um capacitor de placas
paralelas. Para que isso ocorra deve-se reduzir a dis-
tância entre as suas placas pela metade.
Reprodução/Ita, 2016

(08) Um material que possui constante dielétrica k é in-


serido entre as placas de um capacitor que está co-
nectado a uma bateria. Após a inserção do material a
carga elétrica armazenada pelo capacitor aumenta.
(16) Três capacitores com capacitâncias C1, C2 e C3 são
associados em paralelo e ligados a uma bateria.
Com esta configuração todos os capacitores pos-
suem a mesma diferença de potencial.
FÍSICA

79
23. (Mack-SP) Nas figuras a seguir, estão ilustradas duas asso- Num experimento de eletrostática, Ana

Reprodução/UFJ, 2015
ciações de capacitores, as quais serão submetidas a uma quer construir garrafas de Layden com
mesma ddp de 12 V, assim que as respectivas chaves, kA frascos de vidro. Ela usa dois frascos de
e kB, forem fechadas. As relações entre as cargas elétricas maionese, A e B, de tamanhos iguais,
(Q) adquiridas pelos capacitores serão: mas a espessura das paredes de vidro
do frasco A é 4,0 mm e a espessura
das paredes do frasco B é de 2,0 mm.
Os terminais dos dois frascos são sub-
Reprodução/Mackenzie, 2005

metidos a uma tensão de 12,0 V com


o uso de baterias, durante bastante
tempo. Considere que área total das
folhas metálicas em cada uma das garrafas é de 0,02 m2.
a) Considerando a garrafa de Layden como capacitores
de placas paralelas, calcule o campo elétrico entre as
paredes dos condutores para as garrafas A e B.
b) Sabe-se que o campo elétrico entre as placas do ca-
σ
pacitor é calculado aproximadamente por E =
a) Q1 = Q3 e Q2 = Q4 ε
Nesta equação, σ é a densidade superficial de carga
1 acumulada no capacitor e tem unidades de Coulomb
b) Q1 = Q3 e Q2 = ⋅ Q4
5 por metro quadrado, e ε = 4, 5 ⋅ 10−11 C2 N ⋅ m2 é a
c) Q1 = 4 ∙ Q3 e Q2 = 4 ∙ Q4 permeabilidade elétrica do meio. Com base nestas in-
formações, calcule a capacitância de cada garrafa.
5
d) Q1 = ⋅ Q3 e Q2 = 5 ∙ Q4 c) Depois disso, Ana montou um circuito em série com os
4
dois capacitores de Layden A e B. Calcule a capacitân-
1 1 cia equivalente do circuito.
e) Q1 = ⋅ Q3 e Q2 = ⋅ Q4
4 4 27. (FMABC-SP) Dois capacitores planos a vácuo, de capaci-
24. (FEI-SP) Associando-se quatro capacitores de mesma capa- dades C1 = 2,0 μF e C2 = 6,0 μF, inicialmente isolados,
cidade de todas as maneiras possíveis, as associações de estão eletrizados com cargas Q1 = 400 μC e Q2 = 600 μC,
maior e de menor capacidade são, respectivamente: respectivamente. Se os capacitores forem ligados entre
a) dois a dois em série ligados em paralelo e dois a dois si, conforme mostra a figura, suas novas cargas Q1 e Q2
em paralelo ligados em série. valerão, respectivamente (em μC):
b) dois a dois em série ligados em paralelo e os quatro
em série.
c) os quatro em paralelo e dois a dois em paralelo ligados
C1 C2
em série.
d) os quatro em série e os quatro em paralelo.
e) os quatro em paralelo e os quatro em série.
25. (FEI-SP) Dispõe-se de cinco condensadores de capacidade
a) 250; 750 c) 500; 500 e) 400; 1 000
C = 1,0 μF cada um. Eletriza-se um deles com uma dife-
b) 400; 600 d) 200; 800
rença de potencial de 1 000 volts. Coloca-se o segundo em
paralelo com o primeiro, separando-os. Depois, o terceiro 28. (UEM-PR) Considere dois capacitores de placas paralelas geo-
em paralelo com o segundo, separando-os. Assim, suces- metricamente idênticos, um preenchido com vácuo e outro
sivamente, até colocar o quinto em paralelo com o quarto. com um dielétrico ideal de constante dielétrica K, associados
Calcule as cargas Q1, Q2, Q3, Q4 e Q5 dos condensadores. em série e submetidos a uma diferença de potencial V0. Ana-
lise as alternativas a seguir e assinale o que for correto.
26. (UFJF-MG) Uma garrafa de Leyden é um capacitor de alta
tensão, inventado por volta do ano de 1745. Consiste num (01) Nessa configuração, o módulo da carga em todas as
pote cilíndrico de material altamente isolante com folhas placas dos capacitores é o mesmo.
metálicas fixadas nas superfícies interna e externa do frasco, (02) As diferenças de potencial entre as placas dos capa-
como mostra a figura. Um terminal elétrico, atravessando citores individuais são as mesmas.
a tampa do pote, faz contato com a folha interior; e um (04) A capacitância do capacitor preenchido com o dielé-
terminal externo faz contato com a folha exterior. Ligando trico é maior que a capacitância do capacitor preen-
os terminais a uma bateria, pode-se acumular carga nas chido com vácuo.
superfícies metálicas. A ideia de usar pote tampado veio (08) K indica quantas vezes a capacitância do capacitor
da teoria antiga de que a eletricidade era um fluido, e que preenchido com o dielétrico é maior que a capaci-
poderia ser armazenado na garrafa. tância do capacitor preenchido com vácuo.

80 CAPÍTULO 4
(16) O campo elétrico e a densidade de energia poten- Nessa nova situação, apenas uma alternativa está ade-
cial elétrica no interior do capacitor preenchido quada. Qual é?
com o dielétrico diminuem de um fator de 1 K, a) O capacitor C1 armazena mais energia.
quando comparados com o capacitor preenchido b) O capacitor C1 acumula mais cargas que C2 e C3.
com vácuo. c) A capacitância equivalente torna-se cinco vezes maior.
Dê a soma dos números dos itens corretos.
d) A ddp entre as placas de C3 é maior do que a ddp
29. (UFPA) Uma partícula de massa m e carga q (negativa) pe- entre as placas de C1 e C2.
netra num capacitor plano com velocidade V paralela, no e) Com a introdução do dielétrico, C2 e C3 deixam de se
ponto médio entre as placas que são quadradas de área A comportar como capacitores.
e separadas de uma distância d, conforme mostra a figura
31. (ITA-SP) Uma diferença de potencial eletrostático V é
a seguir. O capacitor está carregado com uma tensão U,
estabelecida entre os pontos M e Q da rede cúbica de
com cargas positivas na placa de cima e negativas na de
capacitores idênticos mostrada na figura. A diferença
baixo. Considere o efeito da força gravitacional da Terra
de potencial entre os pontos N e P é:
sobre a massa m, como sendo desprezível diante do efeito
da força elétrica.

Reprodução/ITA, 2011
Reprodução/UFPA, 2016

V V V V V
Com base nos dados, a alternativa que contém a relação a) b) c) d) e)
2 3 4 5 6
correta para velocidade de maneira que a carga q atraves-
se o capacitor sem tocar nas placas é: 32. (IME-RJ)
1 UqA A Uq
a) V > d) V >
d m d m
1 UqA 1
b) V > e) V > UqA
d2 m dm
Reprodução/IME, 2015

U qA
c) V >
d m
30. (Acafe-SC) Três capacitores iguais, com ar entre suas
placas, são ligados a uma bateria, como mostra a figura
adiante. Em seguida, é inserida mica (k = 6) entre as placas
do capacitor C2 e, entre as placas do capacitor C3, é inseri-
do vidro (k = 8), sendo k a constante do material isolante.

Um circuito é composto por capacitores de mesmo valor


C e organizado em três malhas infinitas. A capacitância
Reprodução/Acafe, 2015

equivalente vista pelos terminais A e B é:


1 1
C C
a) (32 + 7) d) (32 + 5)
6 2
1 1
C C
b) (32 + 1) e) (32 + 1)
3 2
1
C
c) (32 + 1)
6

Vá em frente
Acesse
No link abaixo, pode-se acessar um simulador para visualizar melhor seu funcionamento de forma mais dinâmica.
Capacitor. Disponível em: ,https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/capacitor-lab.. Acesso em: 11 jan. 2018.

Autoavalia•‹o: Et_EM_3_Cad9_Fis_cap4_f028
V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
FÍSICA

81
Gabaritoo
Capítulo 1 Capítulo 3 Capítulo 4
Complementares Complementares Complementares
9. b 11. c 21. a 23. b 9. b 9. d
10. d 12. d 22. c 24. d 10. e 10. h = 1,28 m
11. d 11. C = 9 ⋅ 10−13 F
Tarefa proposta
12. e Q = 5, 4 ⋅ 1012 C
1. d 3. c 5. d 21. a) 2,25 ∙ 105 V 12. e 22. a 24. a
2. e 4. a 6. d
b) – 4,5 ∙ 10–4 J 21. c 23. a
7. V – V – F – V – V
22. d 24. b Tarefa proposta
8. b 9. b 10. b
23. b
11. Soma 07 (01 + 02 + 04) 1. b 5. c 9. a
12. b 13. d 14. c Tarefa proposta 2. c 6. e 10. c
15. V – V – F – V – V 1. c 3. b 3. d 7. d
16. b 17. b 18. c 2. b 4. b 8. b
19. a) Ao encostar o cano na tampa, 4. V – F – F – F – V 11. a) V
a parte metálica do eletroscópio 5. Soma = 55 (01 + 02 + 04 + 16 + 32) Va
fica carregada positivamente, 6. b 11. b 16. c
isto é, elétrons migram da tampa 7. d 12. d 17. b t
para o cano, e as duas metades 8. 62 V 13. d
da fita de alumínio se repelem. 9. c 14. e
b) Por indução, cargas negativas (elé- 10. a 15. b b) 2,56 ∙ 10–2 m
trons) se deslocaram para a tampa, 18. 32 · 10–3 J 19. a c) 6,8 ⋅ 10–3 s
ficando as lâminas de alumínio ain- 20. a) UAB = 10 V e UAC = 14 V UBC = 0 V d) 3,6 ⋅ 10–8 N/C
da mais carregadas positivamente, b) 3 ∙ 10–4 N 12. Soma = 07 (01 + 02 + 04)
afastando-se mais, logo α1, α2. 13. c 14. a 15. d
c) 3 ∙ 10–5 J
20. Soma = 22 (02 + 04 + 16) 16. a
21. b
21. b 24. b 27. a 30. d 17. Soma = 57 (01 + 08 + 16 + 32)
22. Soma = 7 (01 + 02 + 04)
22. c 25. d 28. c 31. c 18. d
23. a
23. c 26. b 29. b 19. c
24. Soma = 45 (01 + 04 + 08 + 32)
25. e 20. c
Capítulo 2 21. e
26. F – V – V – F – V
Complementares 27. a) V = 650 V
5
5,0 m 22. Soma = 25 (01 + 08 + 16)
9. a 11. d 21. d 23. c V4 = 520 V 4,0 m 23. d
10. b 12. a 22. d 24. d V3 = 390 V 3,0 m 24. e
V2 = 260 V 2,0 m 25. Q1 = 5 ∙ 10–4 C;
Tarefa proposta V1 = 130 V  1,0 m Q2 = 2,5 ∙ 10–4 C;
E
1. e 2. b 3. a V0 = 0,0 V 0,0 m Q3 = 1,25 ∙ 10–4 C;
4. Soma = 03 (01 + 02) b) q = – 0,10 C Q4 = Q5 = 6,25 ∙ 10–5 C
5. a 6. b 7. c 28. d 26. a) EA = 3 ⋅ 103 V/m
8. 37 nC 29. d EB = 6 ⋅ 103 V/m
9. d 15. b 21. a 27. a 30. a) 4
1,25 ∙ 10 N/C b) C A = 2, 25 ⋅ 10−10 F
10. d 16. b 22. c 28. c
b) 1,25 ∙ 1012 m/s2
11. a 17. d 23. d 29. a CB = 4, 5 ⋅ 10−10 F
31. a) 2,4 · 103 V
12. c 18. d 24. d c) C eq = 1, 5 ⋅ 10−10 F
TA 7
13. e 19. d 25. a b) = 27. a
TB 5
14. d 20. c 26. b 28. Soma = 13 (01 + 04 + 08)
30. a) E = 5 ∙ 105 N/C (horizontal para F 29. a
32. a) F' =
direita) 2 30. c
b) d = 60 cm 3⋅k ⋅Q⋅q 31. d
b) τ AB =
31. d 32. d 40 d 32. a

82
1-2 REVISÃO
Nome: Data:
Escola: Turma:

Física – Eletrostática
Capítulo 1 – Carga elétrica
Capítulo 2 – Força e campo elétrico

H21 Utilizar leis físicas e/ou químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica
e/ou do eletromagnetismo.
1. Mais de dois milênios atrás, no século 6 a.C., o filósofo e matemático grego Tales de Mileto notou que, ao se atritar um
bastão de âmbar com um pedaço de lã, o bastão adquiria a propriedade de atrair pequenos corpos, como sementes ou
pedaços de folhas.

francesco de marco/Shutterstock
Im to/
es
tty pho
ag
Ge tock
/iS
rev
y
old
rB
Igo

Atualmente, esse fenômeno pode ser entendido lembrando-se de que os prótons e os elétrons, dois constituintes dos
átomos, têm cargas elétricas de sinais opostos, mas de mesmo valor absoluto, estimado em 1,6 ∙ 10–19 C. Se, durante a ex-
periência realizada por Tales, o pedaço de lã perdeu 20 trilhões de elétrons para o bastão de âmbar, estime a carga elétrica
adquirida por cada objeto, em μC.
Considerando-se que o bastão de âmbar e o pedaço de lã estavam inicialmente neutros, o bastão, ao receber elétrons, fica eletrizado
negativamente e a lã, ao perder elétrons, fica eletrizada positivamente.
Q = n ∙ e = 20 ∙ 1012 ∙ 1,6 ∙ 10–19 s Q = 3,2 ∙ 10–6 C = 3,2 μC
Qbastão = –3,2 μC e Qlã = +3,2 μC

83
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
2. (Fuvest-SP) Uma pequena esfera, com carga elétrica positiva Q = 1,5 ⋅ 10–9 C, está a uma altura D = 0,05 m acima da su-
perfície de uma grande placa condutora, ligada à Terra, induzindo sobre essa superfície cargas negativas, como na figura 1.
O conjunto dessas cargas estabelece um campo elétrico que é idêntico, apenas na parte do espaço acima da placa, ao
campo gerado por uma carga +Q e uma carga –Q, como se fosse uma “imagem” de Q que estivesse colocada na posição
representada na figura 2
Reprodução/Fuvest, 2006

a) Determine a intensidade da força F, em N, que age sobre a carga +Q, devida às cargas induzidas na placa.
b) Determine a intensidade do campo elétrico E0, em V/m, que as cargas negativas induzidas na placa criam no ponto onde
se encontra a carga +Q.
c) Represente, no diagrama da folha de resposta, no ponto A, os vetores campo elétrico E+ e E−, causados, respectivamen-
te, pela carga +Q e pelas cargas induzidas na placa, bem como o campo resultante, EA. O ponto A está a uma distância
D do ponto O da figura e muito próximo à placa, mas acima dela.
d) Determine a intensidade do campo elétrico resultante EA, em V/m, no ponto A.
NOTE E ADOTE
k ⋅ Q1 ⋅ Q2
F = ;
r2
k⋅Q
E = 2 ; onde k = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2
r
1 V/m = 1 N/C

a) Usando a lei de Coulomb, temos: d) Calculando o campo EA, temos:


Q ⋅Q r r Q r r Q
F =k ⋅ 1 2 2 s E+ = E− = k ⋅ s E+ = E− = k ⋅ s
r d 2 ⋅ D2

(1, 5 ⋅ 10−9 ) r r
2 9
1, 5 ⋅ 10
Q2 s E + = E − = 9 ⋅ 109 ⋅ s
sF = k ⋅ = 9 ⋅ 10 9
⋅ = 2, 0 ⋅ 10−6 N 2. ( 0, 05 )2
( 2 ⋅ D )2 4 ⋅ ( 0, 05 )2 r r
s E + = E − = 2, 7 ⋅ 103 V m
b) Da relação entre força e campo elétricos, temos:
2, 025 ⋅ 10−6 Assim, para o campo EA, temos:
F = Q ⋅ E0 s E0 = = 1, 35 ⋅ 103 V m r 2 r 2 r 2 r 2
1, 5 ⋅ 10−9 EA = E+ + E− s EA = E+ ⋅ 2 s
c) s E A H 3, 8 ⋅ 103 V m
+Q
D 2

D
D
O A

E
’ 45° 45°
E+
EA

84
3-4 REVISÃO
Nome: Data:
Escola: Turma:

Física – Eletrostática
Capítulo 3 – Potencial elétrico
Capítulo 4 – Capacitores

H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a
que se destinam.
1. (Fuvest-SP) A determinação da massa da molécula de insulina é parte do estudo de sua estrutura. Para medir essa massa,
as moléculas de insulina são previamente ionizadas, adquirindo, cada molécula, a carga de um elétron. Esses íons (I) são
liberados com velocidade inicial nula a partir de uma amostra submetida a um potencial V = –20 kV. Os íons são acelerados
devido à diferença de potencial entre a amostra e um tubo metálico, em potencial nulo, no qual passam a se mover com
velocidade constante. Para a calibração da medida, adiciona-se à amostra um material padrão cujas moléculas também são
ionizadas, adquirindo, cada uma, a carga de um elétron; esses íons (P) têm massa conhecida igual a 2 846 u. A situação
está esquematizada na figura.
Reprodução/Fuvest, 2017

a) Determine a energia cinética E dos íons, quando estão Determine:


dentro do tubo. b) a partir dos tempos indicados no gráfico, a razão
O gráfico a seguir mostra o número N de íons em função v
R v = I entre os módulos das velocidades VI de um
do tempo t despendido para percorrerem o comprimen- vP
to L do tubo. íon de insulina, e VP de um íon P, em movimento den-
tro do tubo;
m
c) a razão Rm = I entre as massas mI e mP respectiva-
mP
mente, de um íon de insulina e de um íon P;
d) a massa mI de um íon de insulina, em unidades de
massa atômica (u).
Note e adote:
A amostra e o tubo estão em vácuo.
u = unidade de massa atômica.
Carga do elétron: e = −1, 6 × 10−19 C
1 μs = 10−6 s
a) Se as trajetórias das partículas são retilíneas, a única força responsável pela aceleração é a força elétrica, que é então a força
resultante.
Como os dois tipos de íons têm mesma carga e são acelerados na mesma tensão, eles adquirem a mesma energia cinética que
pode ser calculada pelo teorema da energia cinética:
( )
τres = ∆E cin s q ⋅ U = E − E 0 s − 1, 6 ⋅ 10−19 ⋅ −20 ⋅ 103 − 0 = E = 3, 2 ⋅ 10−15 J
b) No gráfico, lê-se que os tempos gastos pelos íons (P) e pelos íons (I) na travessia do tubo de comprimento L são ∆tP = 35 μs e
∆tI = 50 μs, respectivamente.
 L
v I = ∆t v ∆t P v
 I 35 7
Como no interior do tubo as velocidades são constantes, vem:  s I = = = s I = 0, 7
v = L v P ∆ t I 50 10 v P
 P ∆t P
2 2
mI v I2 m v2 m v   10  m 100
c) Como as energias cinéticas são iguais, têm-se: EI = EP s = P P s I =  P =   s I =
2 2 mP  vI   7 mP 49
d) É dada a massa do íon (P): m P = 2 849 u.
mI 100 100 100
Do item anterior: = s mI = mP = ⋅ 2 846 u s mI ≅ 5 808 u
mP 49 49 49

85
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a
que se destinam.
2. A figura a seguir ilustra um conjunto de garrafas de Leyden, precursora dos capacitores modernos, ligadas em paralelo entre
si. Submetendo o conjunto a uma diferença de potencial U, ele armazena uma carga elétrica total Q. Considere agora que
essas mesmas garrafas sejam associadas em série e que o novo conjunto seja submetido à mesma diferença de potencial U.
Qual será o valor da carga elétrica armazenada nessa nova situação, em função de Q?
Morphart Creation/Shutterstock

De acordo com a figura, temos nove garrafas (capacitores) associadas em paralelo. Sendo C a capacitância de cada uma, a capaci-
tância equivalente será Ceq(p) = 9 · C.
C
Na nova montagem, as garrafas são ligadas em série e, portanto, a capacitância equivalente será Ceq(s) = . A razão entre as cargas
9
Qp e Qs armazenadas nos dois arranjos é:
C
Qs C eq(s)
eq(s) ⋅ U 1 Qp Q
= = 9 = s Qs = =
Qp C eq(p) ⋅ U 9 ⋅C 81 81 81
Q
Portanto, a carga armazenada na nova montagem será .
81
Esta atividade é voltada para o aluno ler e interpretar informações em outros formatos, levantar dados e hipóteses.

86
Autoavaliação
Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir.

Escala de desempenho
Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala:
4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim.

Carga elétrica
4 3 2 1 Compreendeu que a carga elétrica é uma propriedade relacionada ao número de partí-
culas de um elemento?
4 3 2 1 Identificou os processos de eletrização e assimilou o sinal da carga dos elementos após
cada processo?
4 3 2 1 Compreendeu o significado do aterramento no processo de indução?
Força e campo elétrico
4 3 2 1 Identificou a ocorrência de forças de atração e/ou repulsão em função das cargas envol-
vidas?
4 3 2 1 Compreendeu que a força varia com o inverso do quadrado da distância?
4 3 2 1 Conseguiu identificar o sentido do campo elétrico em função da carga geradora?
Potencial elétrico
4 3 2 1 Conseguiu compreender a energia potencial elétrica relacionada a uma partícula carrega-
da num ponto do espaço?
4 3 2 1 Compreendeu o significado de potencial elétrico e diferença de potencial?
4 3 2 1 Compreendeu que a movimentação de cargas ocorre somente se houver uma diferença
de potencial não nula?
Capacitores
4 3 2 1 Conseguiu identificar um capacitor em circuitos elétricos diversos?
4 3 2 1 Compreendeu que a função básica do capacitor é carregar e descarregar?
4 3 2 1 Compreendeu que a capacitância pode sofrer variações com a distância de separação
entre as placas ou com a inserção de um dielétrico?

Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifique seu desempenho geral no caderno e a
recomendação feita a você.
Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns
conteúdos para reforçar o aprendizado.
Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos
cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1.
Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do
professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais.
Procure refletir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identificar seus erros e corrigi-los.
FÍSICA

87
Conclus‹o
Revise seu trabalho com este caderno. Com base
Direção geral: Guilherme Luz
em sua autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas
aquilo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy,
Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata
Edição e diagramação: Texto e Forma
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira,
Carlos Eduardo de Macedo, Mayara Crivari
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.),
Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais,
Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama,
Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma
Arte: Daniela Amaral (ger.), Leandro Hiroshi Kanno (coord.),
Daniel de Paula Elias (edição de arte)
Iconografia: Sílvio Kligin (ger.), Claudia Bertolazzi (coord.), Denise Durand Kremer (coord.),
Roberto Silva (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfica)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Cristina Akisino (coord.),
Liliane Rodrigues, Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos), Erika Ramires e
Claudia Rodrigues (analistas adm.)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin
Ilustrações: Luis Moura
Cartografia: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte),
Ericson Guilherme Luciano
Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfico)

Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A.


Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro
São Paulo – SP – CEP 04755-070
Tel.: 3273-6000
© SOMOS Sistemas de Ensino S.A.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Ético Sistema de Ensino : ensino médio : livre :


física : cadernos 9 a 12: professor / obra
coletiva : responsável Renato Luiz Tresolavy. --
1. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2019.

Bibliografia.

1. Física (Ensino médio) I. Tresolavy, Renato


Luiz.

18-14094 CDD-530.7

Índices para catálogo sistemático:


1. Física : Ensino médio 530.7

2019
ISBN 978 85 5716 111 5 (PR)
Código da obra 2149927
1a edição
1a impressão

Impressão e acabamento

Uma publicação

626698

88

Você também pode gostar