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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


DEPARTAMENTO DE ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGENHARIA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

PLANO ANALÍTICO

UNIDADE CURRICULAR: ELECTROTECNIA GERAL (ELGE)

Nível: 2º Ano Académico: 2024


Semestre: III Número de Créditos: 5
Docente: Alberto Ch. Seco, Hon. Engo. Número de Horas: 80
Horário das Aulas:
Aula Teórica Prática
Contacto: +258 84 77 32 646
Laboral Terça-feira Quarta-feira
+258 87 77 32 646 Hora 14h:50–17h:30 12h:15–13h:55
Sala 09 (antigo edifício)
E-mail: alberto.seco@uzambeze.ac.mz Pós-Laboral Terça-feira Quarta-feira
Hora 17h:35–19h:55 17h:35–19h:05
albertochicavaseco@gmail.com Sala 13 (novo edifício)
Pré – Requisito/Precedência: Física II Orientação a Estudante: Terça-feira: 11‒14h

Objectivos Gerais da Disciplina:

No fim desta disciplina os estudantes devem ser capazes de:


 Conhecer e Interpretar: os princípios gerais da aplicação técnica dos fenómenos
eléctricos e magnéticos nos materiais electrotécnicos;
 Conhecer e Saber utilizar aparelhos de medidas eléctricas, controlo e automação
industrial: amperímetro, voltímetro, multímetro e controladores lógicos (PLC);
 Aplicar os métodos de cálculo e Conceber: circuitos simples e complexos de
corrente continua e alternada com elementos passivos, activo, linear e não linear;
 Conhecer a constituição e as bases regem o funcionamento: máquinas eléctricas;
 Compreender os princípios de operação das plantas de produção, transporte e
distribuição de energia eléctrica: as suas infra-estruturas e os seus equipamentos.

Prof. B. Eng⁰. Alberto Ch. Seco, Tech. Hon. 1


Metodologia de Ensino:
Serão ministradas, na disciplina em epígrafe, aulas teóricas e práticas. Onde:
 As aulas teóricas expositivas envolverão os conceitos teóricos e a sua aplicação;
igualmente intercalando com situações de diálogo com os estudantes que visam
o desenvolvimento eficaz e eficiente dos capítulos da disciplina, enaltecendo o
sentido crítico e da capacidade de formular conceitos dos estudantes. Assim
como obras científicas dos professores de experiencia, com auxílio: DataShows.
 Por requerer o debate e interpretação dos temas tratados e a sua eficaz difusão,
as aulas práticas serão desenvolvidas em forma de aplicação prática do conteúdo
teórico (teoria-prática empírica), seminários e laboratoriais. Isto é:
a) Nas aulas teórico-práticas serão desenvolvidas em forma de aplicação do
conteúdo teórico na resolução analítica dos problemas/exercícios práticos
concretos, a fim de os estudantes adquirirem habilidades de operar, usar e
interligarem os conhecimentos teóricos obtidos nas aulas teóricas
b) Nos seminários: serão onde os estudantes irão expor as suas investigações
técnica-bibliográficas sobre um tema previamente orientado sob o domínio
das técnicas e metodologias científicas;
c) Nas aulas laboratoriais: realizar-se-ão de forma presencias e/ou virtuais os
ensaios que permitem de um lado desenvolver e verificar os
conhecimentos teóricos e de outro lado adquirir as habilidades práticas de
montar os circuitos, realizar as medições das grandezas diferentes, analisar
os resultados e fazer conclusões em relação aos problemas experimentais.
NB: Tanto as aulas teóricas, práticas e laboratoriais são de carácter obrigatório.

Plano Temático da Disciplina:

TEMAS H.C H.E.I H.T


1 Grandezas Eléctricas Fundamentais 12 6 18
2 Medidas e Aparelhos de Medidas Eléctricas 5 9 14
3 Circuitos eléctricos em Corrente Contínua (CC) 23 15 38
4 Produção, transporte e distribuição de energia eléctrica 10 12 22
Programa 5 Circuitos eléctricos em Corrente Alternada (CA) 22 14 36
Temático
6 Máquinas Eléctricas 8 14 22
Total 80 70 150
H.C ‒ Horas de Contacto
H.E.I ‒ Horas de Estudo Individual
H.T ‒ Horas Totais

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TEMA 1: Grandezas Eléctricas Fundamentais
T1.1. Objectivos
Conhecer as grandezas eléctricas fundamentais;
Interpretar os fenómenos eléctricos e magnéticos com base nas grandezas
fundamentais.

T1.2. Conteúdos
 Fenómenos eléctricos-magnéticos e Lei de Ohm;
 Carga e Corrente eléctrica;
 Tensão eléctrica ou diferença de potencial;
 Resistência eléctrica;
 Potência e Energia eléctrica.
TEMA 2: Medidas e Aparelhos de Medidas Eléctricas
T2.1. Objectivos
Conhecer os vários tipos de aparelhos de Medidas Eléctricas;
Saber operar/manusear com o Amperímetro, Voltímetro, Multímetro e PLC.

T2.2. Conteúdos

 Os aparelhos de medidas eléctricas analógicos, digitais e controladores;


 Erros de medidas; ● Galvanómetro;
 Amperímetro; ● Voltímetro;
 Multímetro; ● Controladores Lógicos Programáveis (PLC);

TEMA 3: Circuitos eléctricos em Corrente Continua (CC)


T3.1. Objectivos
Conhecer as principais leis dos algoritmos de resolução de circuitos eléctricos;
Difundir os métodos e técnicas de cálculo e resolução de circuitos simples e
complexos excitados por fontes continuas (CC).

T3.2. Conteúdos
 Algumas definições e notações electrotécnicas;
Cálculo de circuitos simples:
 Aplicações da lei de Ohm e Kirchhoff, Divisão de Tensão e Corrente;
 Generalidades das fontes de energia eléctrica;
 Princípios dos circuitos em serie e paralelo, e transformação estrela-triângulo;
Cálculo de circuitos complexos:
 Método das equações de Kirchhoff;
 Método de sobreposição;
 Método de malhas independentes;
 Método de Pares de Nós/Nodal;
 Teorema de Thevenin e Norton.

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TEMA 4: Produção, Transporte e Distribuição de energia eléctrica

T4.1. Objectivos
Conhecer as várias formais aplicadas na Geração de energia eléctrica (EE);
Conhecer os princípios que norteiam o Transporte e Distribuição de (EE).

T4.2. Conteúdos
 Introdução a Produção de energia eléctrica (EE);
 Centrais hidroeléctricas;
 Centrais termoeléctricas;
 Centrais eólicas;
 Centrais heliotermicas;
 Linhas de Transporte e Distribuição de energia eléctrica (EE);
 Subestações (SE’s) e Postos de Transformação (PT’s).

TEMA 5: Circuitos eléctricos em Corrente Alternada (CA)

T5.1. Objectivos
Conhecer os fenómenos e leis relacionados com a excitação Senoidal (CA);
Saber aplicar os algoritmos de cálculos nos circuitos eléctricos em (CA);
Ter noções comparativas das excitações em CC vs CA;
Introduzir o laboratório digital de resolução: NI Multisim (Circuit Design).

T5.2. Conteúdos
 Representação de quantidades sinusoidais;
 Elementos principais dos circuitos de corrente alternada (CA);
 Leis dos circuitos eléctricos alternados (CA) para valores instantâneos;
 Processos electro-energéticos nos elementos RLC;
 Aplicação dos métodos de cálculos dos circuitos eléctricos;
 Ressonância e Factor de Potência nos circuitos eléctricos.

TEMA 6: Máquinas Eléctricas

T5.1. Objectivos

Saber as generalidades das máquinas eléctricas rotativas e estáticas;


Ter noções da constituição das máquinas eléctricas;
Conhecer o princípio de funcionamento das máquinas eléctricas.

T5.2. Conteúdos

 Classificação das máquinas eléctricas;


 Princípio de funcionamento das máquinas eléctricas;
 Constituição das máquinas eléctricas;
 Tipos de máquinas eléctricas;
 Aplicações das máquinas eléctricas.

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Critério de Avaliação:
A disciplina terá exame final. Avaliação final (Mfinal ) considerará as médias das
frequências (Mi ). Segundo o estipulado no regulamento académico, a media de frequência
terá em conta a (s) avaliação (ões), trabalho (s) de casa e/ou seminário (s). isto é:
∑nk=1(1k )𝐓𝐭𝐞𝐬𝐭𝐞−k
𝐌𝐢 = 50% [ ] + 20%𝐓𝐬𝐞𝐦𝐢𝐧𝐚𝐫𝐢𝐨 + 15%𝐓𝐓𝐏𝐂𝐬/𝐎𝐟𝐢𝐜𝐢𝐧𝐚 + 15%𝐓𝐩𝐫𝐨𝐠/𝐩𝐫𝐞𝐬
n
NOTA: A frequência (𝐓𝐩𝐫𝐨𝐠/𝐩𝐫𝐞𝐬 ) terá em conta os elementos subjectivos tais como:
Assiduidade, participação e nível de progressão e interacção teórica e prática (nas aulas).
A aprovação ou dispensa ao exame escrito se verificará se a frequência nas aulas
presencias corresponderem no mínimo 75% (24 aulas das 32).
A aprovação ao exame na disciplina se verificará se, 10 ≤ Mi < 14, e ficarão dispensados
ao exame os estudantes que obtenham a frequência global Mi ≥ 14 e Tteste−k ≥ 10.
A nota mínima a obter no exame (Nexame ≥ 10). A média final de conclusão na disciplina
será: 𝐌𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 = 50%𝐌𝐢 + 50%𝐍𝐞𝐱𝐚𝐦𝐞

Calendário de Actividade Pedagógica:

Semana Unidade Temática Conteúdo Aula


 Fenómenos eléctricos - 1ª
magnéticos e Lei de Ohm; [Teórica]
I Expositiva
 Carga e Corrente eléctrica;
Grandezas Eléctricas
 Tensão eléctrica ou d.d.p. 2ª
Fundamentais
[Prática]
 Resistência eléctrica; Resolução de
II
 Potência e Energia eléctrica. Exercícios

 Os aparelhos de medidas
[Teórica]
Cronograma eléctricas analógicos e digitais;
Medidas e Expositiva
Pedagógico  Erros de medidas;
III Aparelhos de
 Galvanómetro; 2ª
Medidas Eléctricas [Prática]
 Amperímetro;
Prática
 Voltímetro. experimental
 Algumas definições e notações 1ª
electrotécnicas; [Teórica]
 Cálculo de circuitos simples: Expositiva
Circuitos eléctricos
IV em Corrente a) Apl. de Leis de Ohm e Kirchhoff, 2ª
Contínua (CC) Divisão de Tensão e Corrente; [Prática]
Preparação do Teste Escrito ‒ 1; Resolução de
[Temas: i e ii] Exercícios

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b) Generalidades das fontes de 1ª
energia eléctrica; [Avaliativa]
c) Particularidades dos circuitos em
V serie e paralelo; 2ª
d) Transformação estrela-triângulo. [Teórica]
Teste Escrito ‒1 Expositiva
Circuitos eléctricos
em Corrente  Cálculo de circuitos complexos: 1ª
VI Contínua (CC) [Teórica]
a) Método de Kirchhoff;
b) Método de sobreposição. Expositiva

c) Método de Malhas Independentes; 2ª


d) Método de Pares de Nós/Nodal; [Prática]
VII Resolução de
 Teorema de Thevenin e Norton. Exercícios

 Laboratório Digital 01; 1ª


Preparação do Teste Escrito ‒ 2; [Prática]
VIII Semana Avaliativa
[Tema: iii] 2ª
Entrega do Teste ‒1 [Avaliativa]
 Introdução a Produção de energia
eléctrica (EE); 1ª
 Centrais hidroeléctricas; [Avaliativa]
IX  Centrais termoeléctricas;
Produção, 2ª
Transporte e  Outros tipos de centrais.
[Seminário]
Distribuição de Teste Escrito ‒2
Energia Eléctrica  Linhas de TDEE;
 Subestações (SE’s) e Postos de
X Transformação (PT’s). Seminários

Entrega do Teste ‒2
 Representação de quantidades
sinusoidais;
XI
 Elementos principais dos
circuitos de corrente alternada. 1ª
 Leis dos circuitos eléctricos [Teórica]
alternados (CA) para valores Expositiva
Circuitos eléctricos instantâneos;
XII em Corrente  Processos electro-energéticos nos
Alternada (CA) elementos RLC; 2ª
 Lei de Ohm em notação [Prática]
complexa.
Resolução de
 Aplicação dos métodos de Exercícios
cálculos dos circuitos eléctricos;
XIII
 Ressonância e Factor de Potência
nos circuitos eléctricos.

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 Classificação das máquinas
eléctricas;
 Princípio de funcionamento e
constituição das máquinas
XIV Máquinas Eléctricas Seminários
eléctricas;
 Tipos de máquinas eléctricas;
 Aplicações de máquinas
eléctricas.

 Laboratório Digital 02; 1ª


Preparação do Teste Escrito ‒3; [Prática]
XV Semana Avaliativa
[Temas: iv, v e vi] 2ª
Teste Escrito ‒3 [Avaliativa]
 Informações das notas/médias;
Semana  Entrega dos Trabalhos/Teste;
XVI
Extracurricular Preparação para Exame;
[Temas: i ‒ vi]

Referencias Bibliográficas Recomendadas:

[1] WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análise de Circuitos


em Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.
[2] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circuitos Eléctricos”.
(5ª ed). Porto Alegre : AMGH,
[3] BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos”. (12ª ed). São
Paulo: Pearson Prentice Hall.
[4] BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal: Editora Porto.
[5] BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Federal de Itajubá.
Brasil: ISEPG.
[6] EDUARDO. (2010). “Instrumentos de Medidas Eléctricas I: voltímetro, amperímetro
e ohmímetro”. Universidade de São Paulo. Brasil: IFSC.
[7] CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5ª ed). Porto
Alegre: AMGH.
[8] UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”. (7ª ed). Porto
Alegre : AMGH.

O Docente O Chefe do Dept/Graduação


_________________________ ____________________________
(Engo. Alberto Ch. Seco) (Engo. Orlando Viana Guta)

Prof. B. Eng⁰. Alberto Ch. Seco, Tech. Hon. 7


HORÁRIO
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
Faculdade Ciências e Tecnologias
LABORAL, 2024 ― 09 a.e Curso Engenharia de Processos Industriais
1. Aula Teórica: 2º Ano Laboral/Pós-laboral
Terça-feira: 14h:50‒17h:30

2. Aula Prática: ELECTROTECNIA GERAL (ELGE)


Quarta-feira: 12h:15‒13h:55
Tema 01: Introdução a Electrotecnia Geral
PÓS-LABORAL, 2024 ― 13 n.e
Ficha Teórica 01
1. Aula Teórica:

Terça-feira: 17h:35‒19h:55

2. Aula Prática:

Quarta-feira: 17h:35‒19h:05 Docente: Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.

Beira, 28 de Fevereiro de 2024


INTRODUÇÃO A ELECTROTECNIA GERAL

Sumario: Apresentação do docente, considerações gerais sobre


o plano Temático/programa da disciplina.

Objectivo geral: Introduzir a disciplina Electrotecnia Geral.

Objectivos específicos:
Apresentar:

1) O plano temático;
2) Principais referenciais bibliográficas utilizadas na disciplina;
3) Metodologia de ensino e de avaliação;
4) Formação de grupos em função das actividades práticas.
28-02-2024 09:57 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 2
ELECTROTECNIA GERAL (ELGE)

DOCENTE:

B. Engº. Alberto Chicava Seco, Hon.

 Telef: +258 847732646/877732646


albertochicavaseco@gmail.com
 Email:
alberto.seco@uzambeze.ac.mz

28-02-2024 09:57 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 3


PLANO TEMÁTICO

TEMAS H.C H.E.I H.T

Grandezas Eléctricas Fundamentais 12 6 18


Aparelhos de Medidas Eléctricas 5 9 14
Circuitos eléctricos em Corrente Contínua (CC) 23 15 38
Produção, transporte e distribuição de energia eléctrica* 10 12 22
Circuitos eléctricos em Corrente Alternada (CA) 22 14 36
Máquinas Eléctricas* 8 14 22

Total 80 70 150

H.C ‒ Horas de Contacto


H.E.I ‒ Horas de Estudo Individual
H.T ‒ Horas Totais
* ‒ Temas para Trabalho de Investigação

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METODOLOGIAS

Método predominante: Expositivo, ilustrativo, explicativo.

Procedimentos: Interativo, exercícios de consolidação e


questionários.

Meios de ensino: Datashow, computador, ficheiro físico/digital,


quadro branco, marcador e apagador.

Bibliografias:

 WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análi


se de Circuitos em Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.
 ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circui
tos Eléctricos”. (5ª ed). Porto Alegre : AMGH

28-02-2024 09:57 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 5


METODOLOGIAS (Cont..)

Bibliografias:

 BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos


”. (12ª ed). São Paulo: Pearson Prentice Hall.
 BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal:
Editora Porto.
 BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Feder
al de Itajubá: Apostila ELE505.
 CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5
ª ed). Porto Alegre: AMGH.
 UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”.
(7ª ed). Porto Alegre : AMGH.

28-02-2024 09:57 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 6


Objectivos Gerais da Disciplina

No fim desta disciplina deverão ser capazes de:

 Conhecer e Interpretar: os princípios gerais da aplicação técnica dos


fenómenos eléctricos e magnéticos nos materiais electrotécnicos;
 Conhecer e Saber utilizar aparelhos de medidas eléctricas, controlo e
automação industrial: amperímetro, voltímetro, multímetro e controladores
lógicos (PLC);
 Aplicar os métodos de cálculo e Conceber: circuitos simples e complexos de
corrente continua e alternada com elementos passivos, activo, linear e não-L;
 Conhecer a constituição e as bases regem o funcionamento: máquinas
eléctricas;
 Compreender os princípios de operação das plantas de produção, transporte e
distribuição de energia eléctrica: as suas infra-estruturas e os seus
equipamentos.
28-02-2024 10:05 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 7
Critério de Avaliação

A disciplina terá exame final. Avaliação final (Mfinal ) considerará as


médias das frequências (Mi ). Segundo o estipulado no regulamento
académico, a media de frequência terá em conta a (s) avaliação (ões),
trabalho (s) de casa e/ou seminário (s). isto é:

n
k=1 1k 𝐓𝐭𝐞𝐬𝐭𝐞−k
𝐌𝐢 = 50% + 20%𝐓𝐬𝐞𝐦𝐢𝐧𝐚𝐫𝐢𝐨 + 15%𝐓𝐓𝐏𝐂𝐬/𝐎𝐟𝐢𝐜𝐢𝐧𝐚 + 15%𝐓𝐩𝐫𝐨𝐠/𝐩𝐫𝐞𝐬
n

NOTA: A frequência (𝐓𝐩𝐫𝐨𝐠/𝐩𝐫𝐞𝐬 ) terá em conta os elementos


subjectivos tais como (nas aulas):

 Assiduidade e participação, e;
 Nível de progressão e interacção teórica e prática

28-02-2024 09:57 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 8


Critério de Avaliação (Cont..)

NOTA: A aprovação ou dispensa ao exame escrito se verificará se a


frequência nas aulas presencias corresponderem no mínimo 75%
(24 aulas das 32).

 A aprovação ao exame na disciplina se verificará se, 10 ≤ Mi < 14, e


ficarão dispensados ao exame os estudantes que obtenham a media
de frequência global Mi ≥ 14. [𝐌𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 = 𝐌𝐢 ] e quaisquer Tteste−k ≥ 10.

 A nota mínima a obter no exame (Nexame ≥ 10). A média final de


conclusão na disciplina será:

𝐌𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 = 50%𝐌𝐢 + 50%𝐍𝐞𝐱𝐚𝐦𝐞

28-02-2024 10:11 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 9


Programa dos Seminários

Face as actividades consolidaras teórico-práticas, laboratoriais e


extra-actividades agendado na disciplina em epigrafe, convoca-se ao
agrupamento de elementos da classe estudantil na seguinte
proporção:
𝐍(elementos−turma)
Roteiro de agrupamento: 𝐍(elementos − grupo) ≤
12

Restrigindo-se a: 𝐍(grupos formados) = 12

ONDE:
𝐍(grupos formados) — Numero de grupos formados;
𝐍(elementos−grupo) — Numero total de estudantes por grupo;
𝐍(elementos− turma) — Numero total de estudantes do curso.

NOTA: A lista dos grupos e os nomes dos elementos compositores dos mesmos
deverá ser enviada por Whatsapp do Docente (+258 847732646) até 06/03/2022.
28-02-2024 09:57 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 10
GRANDEZAS ELÉCTRICAS FUNDAMENTAIS
(Próximo Encontro)

1. Fenómenos eléctricos-magnéticos e Lei de Ohm;


2. Carga e Corrente eléctrica;
3. Tensão eléctrica ou diferença de potencial.

4. Resistência eléctrica;
5. Potência e Energia eléctrica.

AULA ENCERRADA!
28-02-2024 09:57 ELECTROTECNIA GERAL 2024, III SEMESTRE 11
Universidade
Zambeze

GRACIOSAMENTE AGRADECIDO PELA ATENÇÃO!

DISPENSADOS!
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE ELECTROMECÂNICA

DEPT (s): ELECTROMECÂNICA & PROCESSOS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL


CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon TEMA: Grandezas Eléctricas Fundamentais
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz AULA TEÓRICA 2 (01-2)

1. FUNDAMENTOS DA MATÉRIA E ELECTRODINÂMICA

Há poucas décadas desenvolveram-se inúmeras possibilidades de aplicação da energia elétrica,


presente em todos os setores da vida; seja no lar, na indústria, no comércio ou no trânsito. Com o
emprego da eletricidade em aparelhos, máquinas e equipamentos industriais, os trabalhos manuais
e mentais foram facilitados ou mesmo substituídos. Através da energia eléctrica, pode-se produzir
luz, calor, acção magnética, acção mecânica ou fenômenos químicos.

Para o estudo dos fenômenos elétricos, não se pode imaginar uma disciplina de estudo
isoladamente. Serão necessários estudos em outras disciplinas, como a química, por exemplo.
Assim como a física visa a explicar os fenômenos da natureza, a eletricidade (parte da física) visa
explicar os fenômenos elétricos, às vezes sem justificá-los, afinal são fenômenos da natureza. Mas
a explicação ou compreensão dos fenômenos são muito úteis para aplica-los, seja na operação
e/ou elaboração de um aparelho ou de uma máquina eléctrica, trazendo benefícios.

Bem-vindo a ELECTROTECNIA GERAL!

1.1. ESTRUTURA ATÓMICA E MOLECULAR DA MATÉRIA


Matéria é tudo que existe e ocupa lugar no espaço. Todo qualquer um material, isto é ‒ matéria,
(condutor ou não ‒ de electricidade) é constituído por moléculas e estas por átomos.

1.1.1. Molécula
A molécula duma substância (matéria) é a mais pequena porção de matéria dessa substância
que ainda mantém as suas características.

Electrotecnia Geral | ELGE, 2024 – UZ-FCT 1


Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.
1.1.2. Átomo
O átomo é a menor partícula divisível, da molecula, que ainda conserva seu estado da matéria.
Constituição do átomo
O modelo atómico proposto por Bohr no início do século, embora actualmente não seja
considerado inteiramente, é contudo útil para a visualização da estrutura atómica.
Electrons

Nucleons/Nucleo
Neutrons

Protons Orbita Electronica

Figura 1.1 ‒ O átomo e as suas partículas subatómicas

Assim, Bohr considerou o átomo constituído por um núcleo central cuja carga eléctrica se
convencionou positiva, onde se encontram os protões/protons e os neutrões/neutrons. Os protões
possuem carga eléctrica positiva e os neutrões não possuem carga eléctrica.

Ao redor do núcleo, isto é, gravitando em movimento à volta desse núcleo, em orbitas definidas
e em camadas, existem partículas cuja carga eléctrica se considerou negativa, chamada electrões.

Os electrões são atraídos ao núcleo por força electrostática, mas, como estão em movimento,
não se chocam com o núcleo, devido à força centrífuga que tende a afastá-los.

A massa do átomo encontra-se praticamente toda concentrada no núcleo; os electrões têm massa
aproximadamente desprezável relativamente à massa do núcleo.

CARGA MASSA RELATIVA A


PARTÍCULA SÍMBOLO LOCALIZAÇÃO UNIDADE DE MASSA
ELEMENTAR (𝐪𝐞 ) ATÓMICA
Protão p Núcleo +1.602𝑥10−19 C 1,007276 ≈ 1
Distribuídos em níveis 1
Electrão e− −1.602𝑥10−19 C 0,00055 =
1840
de energia
Neutrão n Núcleo 0 1,008665 ≈ 1
Tabela 1.1 – Propriedades intrínsecas das partículas atómicas

Electrotecnia Geral | ELGE, 2024 – UZ-FCT 2


Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.
1.1.3. Estado fundamental e estado excitado de um átomo
No estado fundamental/normal o átomo é constituído por igual número de protões e electrões e
como a carga eléctrica do protão é numericamente igual à do electrão (embora uma seja positiva e
outra negativa), resulta que no conjunto o átomo não tem carga eléctrica, isto é, é electricamente
neutro.

Todavia, a medida que nos afastamos do núcleo os electrões ficam menos atraídos por este, e
estes tais electrões situados na camada mais externa são chamados de electrões de valência.

Quando se aplica a certos materiais energia externa como calor, luz, energia eléctrica ou
magnética, os electrões adquirem energia. Isto faz com que estes se desloquem para um nível de
energia mais alto.

Contudo, se a energia aplicada ao átomo for suficientemente grande, alguns dos electrões de
valência abandonarão o átomo. Estes electrões são chamados de electrões livres.

Aos electrões livres que devido à sua fraca ligação ao núcleo, se “libertam” e circulam
livremente pela estrutura atómica/cristalina do material; faz com que os átomos da matéria/corpo
a possam ganhar ou perder um ou mais electrões, tornando-se assim electricamente carregados e
recebem o nome de iões positivos (catiões) ou iões negativos (aniões).

E a este movimento dos electrões livres é a que produz a corrente eléctrica num material.

Quanto maior a diferença entre o número de protões e de electrões, entre dois corpos/matérias,
maior será a sua carga eléctrica (Q = n𝑥q e ). Se dois corpos estão carregados electricamente,
podemos comparar seus potenciais eléctricos e saber qual corpo está mais carregado. A isto damos
o nome de tensão eléctrica ou diferença de potencial (ddp).

1.2. CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS MATERIAIS


A grande variedade de aplicações da matéria é determinada pêlo total conhecimento das
características dos materiais, e do seu comportamento em função do tempo.

Os materiais electrotécnicos dividem-se em:

i. Materiais condutores; iii. Materiais semicondutores;

ii. Materiais isoladores; iv. Materiais magnéticos.

Electrotecnia Geral | ELGE, 2024 – UZ-FCT 3


Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.
MAUS BONS
CONDUTORES CONDUTORES

CONDUTORES

SEMICONDUTORES MATERIAIS ISOLADORES

MAGNETICOS

Figura 1.2 ‒ Classificação geral dos materiais

1.2.1. Estado físico dos materiais


Os materiais utilizados em electrotecnia encontram-se nos três (3) estados fundamentais da
matéria. Em qualquer um dos estados encontramos materiais condutores e materiais isolantes.
a) Estado solido; b) Estado liquido, e; c) Estado gasoso.

1.2.1.1 Estado sólido

Sendo caracterizado quando os átomos das moléculas constituintes da matéria estão em um


estado de agitação baixo, podendo ser concentrados mais átomos em um mesmo espaço físico. A
sua forma e volume são fixos.

Nestes materiais existem electrões livres que podem se deslocar com um movimento que
depende da temperatura e de outras condições físicas a que estejam sujeitos. Estes electrões estão
constantemente submetidos a um movimento de agitação térmica, com velocidades da ordem dos
100 km/s, movimento desordenado e equilibrado no seu conjunto, não constituindo portanto uma
corrente eléctrica.

Se, no entanto, esta substância for sujeita a um campo eléctrico, os electrões vão sendo
arrastados no seu movimento, formando assim uma corrente eléctrica.

O sentido positivo desta corrente foi arbitrado como o contrário ao do deslocamento dos
electrões. A corrente eléctrica dá-se a uma velocidade muito mais baixa que a da agitação térmica.

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Quando os electrões se deslocam ao longo duma rede cristalina dum condutor/material, estes
vão se chocando com os átomos da rede deste material, perdendo parte da sua energia sob a forma
de calor e aquecendo. Isto é chamado de “efeito de joule”, e ocorre em todo condutor normal.

Em aplicações electrotécnicas: são usados como condutores na fabricação de fios, cabos e


barramentos (cobre, alumínio e ligas metálicas), dieléctricos em capacitores (mica,
cerâmicas e plásticos), isoladores (porcelana, vidro e borracha), estrutura de suporte e
núcleos magnéticos (ferro e suas ligas), entre outros.

1.2.1.2 Estado líquido

Nos líquidos, o corpo mantém a quantidade de matéria e aproximadamente o volume; a forma


e posição relativa das partículas não se mantém. É particularmente estudado nas áreas da
hidrostática e da hidrodinâmica.

Pela hipótese de Arrenhius sabemos que, quando se dissolve um ácido, uma base ou um sal na
água, dá-se a dissociação das suas moléculas em iões que podem se deslocar no seio do líquido.

Sob a acção de um campo eléctrico estes iões, positivos ou negativos, irão se deslocar em
sentidos contrários, de acordo com a respectiva carga.

Daqui se conclui que a corrente eléctrica nos electrólitos é conduzida de forma diferente da
que ocorre nos condutores sólidos, já que nos líquidos há movimento nos dois sentidos. As
acelerações dos aniões e catiões são diferentes porque dependem das suas massas e sua carga
eléctrica.

Em aplicações electrotécnicas: são usados em relés para contacto (mercúrio) solução iónica
em baterias (electrólitos), como isolantes em transformadores (óleos minerais), tintas e
vernizes isolantes, etc.

1.2.1.3 Estado gasoso

Os corpos no estado gasoso, mantém apenas a quantidade de matéria, podendo variar


amplamente a forma e o volume. É particularmente estudado nas áreas da aerostática e da
aerodinâmica.

Um gás à pressão atmosférica é considerado um bom isolante, mas se for submetido a um campo
eléctrico suficientemente forte, ele deixa de o ser.

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Quando o campo atinge um determinado valor alguns electrões se libertam dos átomos ficando
estes consequentemente com carga positiva. A este fenómeno é dado o nome de ionização do gás.
Se, uma vez o gás ionizado, nele existir um campo eléctrico, haverá através dele a passagem de
uma corrente eléctrica, geralmente acompanhada de efeitos luminescentes (arco eléctricos).

Em aplicações electrotécnicas: são usados principalmente em lâmpadas (néon, vapor de


sódio, vapor de mercúrio e fluorescente – argónio + mercúrio), como meio isolante entre
cabos aéreos e cabos subterrâneos e disjuntores de potência (hexafluoreto de enxofre-SF6).

1.3. GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS ELÉCTRICOS

1.3.1. Resistência
É a maior ou menor dificuldade que um corpo apresenta á passagem da corrente eléctrica.
Representa-se por 𝐑 e a sua unidade no Sistema Internacional (S.I.) é o Ohm (𝛀).

1.3.2. Condutância
É a maior ou menor facilidade que o material oferece á passagem da corrente eléctrica.
Representa-se por 𝐆 e a sua unidade no Sistema Internacional (S.I.) é o Siemens (𝐒).

1.3.3. Resistividade
Grandeza relacionada com a constituição do material. Define-se como sendo a resistência
eléctrica de um material com 1 metro de comprimento e 1 milímetro quadrado de secção; e
representa-se por 𝛒. Exprime-se em (𝛀𝐦𝐦𝟐 /𝐦) ou em (𝛀. 𝐦)

Ao inverso da resistividade chama-se condutividade.

1.3.4. Coeficiente de Temperatura


Grandeza que permite determinar a variação da resistência em função da temperatura.
Representa-se por 𝜶, e expressa a variação duma resistência de 1 Ohm quando a temperatura varia
de 1ºC.

1.3.5. Rigidez Dieléctrica


É a tensão máxima, por unidade de comprimento, que se pode aplicar aos isolantes sem
danificar as suas características isolantes. Expressa em (𝐤𝐕/𝐦𝐦). O material com melhor rigidez
dieléctrica é a mica.

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1.3.6. Permeabilidade Magnética
Propriedade dos materiais conduzirem com maior ou menor facilidade as linhas de força do
campo magnético. Exemplos: ferro-silício, aço, ferro-fundido.

1.3.7. Resistência á Corrosão


Propriedades dos materiais manterem as suas propriedades químicas, por acção de agentes
exteriores (atmosféricos, químicos, etc.). Esta propriedade tem particular importância nos
materiais expostos e enterrados (linhas, cabos ao ar livre ou enterrados, contactos eléctricos).

Os materiais combinam-se (uns mais, outros menos) com o oxigénio do ar, originando óxidos.
Estes óxidos, em grande parte dos casos, acabam por destruir os materiais. A este fenómeno dá-se
o nome de corrosão. Quanto à oxidação, podemos dividir os materiais em dois (2) grupos:

1. Cobre, prata, alumínio e zinco – que se oxidam ligeiramente. Esta oxidação é


responsável pela deficiência dos contactos eléctricos.
2. Ferro e aços – onde é importante o fenómeno da corrosão. Esta oxidação dá origem á
destruição completa da estrutura respectiva.

1.3.8. Maleabilidade
É a propriedade que os materiais têm de se deixar reduzir a chapas. Exemplo: ouro, prata.

1.3.9. Ductilidade
Propriedade dos materiais se deixarem reduzir a fios. Exemplo: ouro, prata, cobre, ferro.

1.3.10. Elasticidade
É a propriedade do material retornar á forma inicial, depois de cessar a acção que lhe provoca
deformação. Exemplo: Mola.

1.3.11. Fusibilidade
Propriedade dos materiais passarem do estado sólido ao estado líquido por acção do calor.

1.3.12. Tenacidade
Propriedade dos materiais resistirem à tensão de ruptura, por torção ou compressão. A tensão
de rotura é expressa em (𝐤𝐠/𝐦𝐦𝟐 ). Exemplos dos tenazes: bronze, silicioso, cobre duro.

1.3.13. Dilatabilidade
Propriedade que certos corpos têm de aumentarem as suas dimensões sob a acção do calor.

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1.4. MATERIAIS ELECTROTÉCNICOS

1.4.1. Materiais Condutores


Os principais materiais eléctricos utilizados para o fabrico de condutores são:

Cobre, Alumínio e a Prata.

Além destes materiais existem ainda ligas condutoras e resistentes com variadíssimas
aplicações, como por exemplo:

Bronze, Latão e o Almelec— ligas condutoras;


Mailhechort, Manganina e ferro - níquel — ligas resistentes.

Outro material bom-condutor é de salientar: O ouro. Sendo o metal mais dúctil e maleável, o
que lhe permite facilmente ser reduzido a fios e chapas. Porem, é no entanto caro de aquisição.

1.4.2. Materiais Isolantes


Os materiais isolantes existem nos circuitos eléctricos sob diversas formas e têm finalidades
variadas, desde: proteger pessoas, evitar curtos - circuitos nas instalações, evitar fugas de corrente.

Podem ser subdivididos em sólidos (exemplo: vidro, mica, policloreto de vinilo, porcelana,
papel seco), líquidos (exemplo: óleo mineral, verniz) e gasosos (exemplo: ar, azoto, SF6).

Os materiais sólidos e líquidos utilizados para o fabrico de isolantes provém de 3 origens:


isolantes minerais, isolantes orgânicos e isolantes plásticos/inorgânicos.

Com a utilização estes tipos de materiais, como quaisquer materiais, envelhecem. Os factores
principais que contribuem para este envelhecimento são:
iii. Agentes atmosféricos;
i. Temperatura e Campo eléctrico;
iv. Agentes químicos.
ii. Esforços mecânicos e Humidade;

As principais propriedades dos materiais isolantes são indicas a seguir:


i. Resistividade eléctrica;
ii. Rigidez dieléctrica;
iii. Estabilidade térmica;
iv. Temperatura máxima de utilização
Para cada aplicação será escolhido o material que melhores condições reúna, de acordo com as
exigências da função.

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A (tabela 1.2) resume, para cada um dos principais materiais, as principais propriedades e as aplicações mais usuais.

RESISTIVIDADE COEFICIENTE DE DENSIDADE TEMP.


CONDUTORES COMPOSIÇÃO 𝐠
CAMPO
𝛀𝐦𝐦𝟐 TEMPERATURA [𝐜𝐦𝟑 ] DE
E [ ] DE
QUÍMICA 𝐦 [℃−𝟏 ] FUSÃO
LIGAS CONDUTORAS [℃] APLICAÇÃO
(𝐓 = 𝟐𝟎℃) (𝐓 = 𝟐𝟎℃) (𝐓 = 𝟐𝟎℃)
Condutores e
Cobre macio Cobre 0.0172 0.00393 8.89 1080
Contactos
Cobre + Estanho
Cobre duro ou Silício
0.0179 0.0039 8.89 1080 Linhas Aéreas

Cabos e
Alumínio Alumínio 0.0282 0.0040 2.70 657
Linhas Aéreas
Contactos e
Prata Prata 0.0160 0.0036 10.50 960
Fusíveis
Tungsténio + Filamentos de
Tungsténio Niquel + Cobre
0.056 0.0052 19 3400
Lampadas
Contactos e
Latão Cobre + Zinco 0.0850 0.0010 8.40 640
Terminais
Cabos e
Almelec Alumínio + Silício 0.0323 0.0036 2.70 660
Linhas Aéreas
Contactos e
Mercúrio Mercúrio 0.9620 0.0009 13.60 -39
Interruptores
Resistencias para
Grafite Carvão 0.5000 a 4.0000 -0.0004 2.25 _____
electronica
Cobre + Zinco + Reostatos de
Mailhechort Niquel
0.3000 0.0003 8.5 1290
Maquinas Electricas
Cobre + Manganês Resistencias de
Manganina + Niquel
0.4200 0.00002 8.15 910
Precisão
Ferro + Niquel + Resistencia de
Ferro-Niquel Cromo
1.0200 0.0009 8.05 1500
Aquecimento
Resistencia de
Comet _____ 0.8700 0.0007 _____ _____
Aquecimento
Tabela 1.2 – Propriedades e aplicações dos materiais (ligas condutoras e resistentes)

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Por análise dos materiais existentes na (tabela 1.2), podemos concluir e tirar, entre outras, as
seguintes conclusões:

O condutor mais leve é o alumínio;


A prata é o melhor condutor;
O material condutor com ponto de fusão mais elevado é o Tungsténio;
O condutor com menor coeficiente de temperatura é o mercúrio, seguido do latão;
As ligas resistentes têm todas resistividades elevada;
A liga resistente com maior ponto de fusão é o ferro - níquel (daí a sua utilização em
aquecimento);

Outras propriedades dos condutores são de salientar: O ouro e a prata são os metais mais dúcteis
e maleáveis, o que lhes permite facilmente serem reduzidos a fios e chapas, são no entanto caros.

1.5. FACTORES QUE AFECTAM A RESISTÊNCIA DE UM CONDUTOR

1.5.1. Resistividade x (comprimento e área de secção do condutor)


A resistência de um condutor com uma secção uniforme é dependente do material, é directamente
proporcional ao comprimento e inversamente proporcional à área de secção, ou seja:

𝒍
𝐑=𝛒 (1.5.1)
𝐀

Onde:
R ‒ Resistência eléctrica - (Ω)
ρ ‒ Resistividade do material (lê-se “ ró ”) - (Ωmm2 /m)
𝑙 – Comprimento do condutor - (m)
A ‒ Área de secção do condutor - (m2 )

Como já referido anteriormente, um bom condutor possui uma resistividade da ordem dos
Ωmm2 Ωmm2
10−4 , os materiais com resistividades superiores a 1014 são designados por isoladores.
m m

1.2.1.4 Resistência eléctrica vs (comprimento do condutor)


A resistência que os electrões terão que superar ao longo duma rede cristalina dum condutor, é
tanto maior quanto maior for o comprimento deste condutor eléctrico. A resistência e comprimento
são, portanto, grandezas directamente proporcionais.

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1.2.1.5 Resistência eléctrica vs (área de secção do condutor)

A resistência é tanto menor quanto maior for a secção do condutor, e vice-versa. Traduz-se este
facto dizendo que a resistência é inversamente proporcional à secção, razão por que esta se escreve
em denominador da mesma fracção (1.5.1).

Ainda pautando na resistividade eléctrica dos materiais (𝛒), na (tabela 1.2), ela é uma variável que
depende da temperatura. Por exemplo, nos materiais condutores a resistividade aumenta de forma
directamente proporcional com o aumento da temperatura e nos isolantes diminui. Vejamos:

1.5.2. Coeficiente de temperatura vs (variação da temperatura)


Apesar de materiais diferentes terem resistividades diferentes, verifica-se que para cada material
a resistividade depende da temperatura e, portanto a resistência dos condutores também depende da
temperatura.

A lei de variação da resistividade e da resistência com a temperatura são, respectivamente:

𝛒𝟐 = 𝛒𝟏 [𝟏 + 𝛂(𝐓𝟐 − 𝐓𝟏 )] (1.5.2)

𝐑 𝟐 = 𝐑 𝟏 [𝟏 + 𝛂(𝐓𝟐 − 𝐓𝟏 )] (1.5.3)

Onde:
ρ2 ‒ Resistividade do material á temperatura T2 (temperatura mais alta ) - (Ωmm2 /m)
ρ1 ‒ Resistividade do material á temperatura T1 (temperatura mais baixa) - (Ωmm2 /m)
α ‒ Coeficiente de temperatura - (℃−1 )
T2 ‒ Temperatura mais alta - (℃)
T1 ‒ Temperatura mais baixa - (℃)
R1 ‒ Resistência do material á temperatura T2 (temperatura mais alta) - (Ω)
R1 ‒ Resistência do material á temperatura T2 (temperatura mais baixa) - (Ω)

As expressões que caracterizam as leis de variação de resistividade com a temperatura e de


resistência com a temperatura, são idênticas; uma vez que a resistência de um material condutor é
proporcional à sua resistividade.

Há substâncias para as quais 𝛂 é positivo, isto é, a resistividade e portanto a resistência aumentam


com a temperatura – é o caso dos metais; para outras substâncias 𝛂 é negativo e então a resistividade
e a resistência diminuem quando a temperatura aumenta – é o caso dos líquidos e gases condutores.

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2. FUNDAMENTOS DE CIRCUITOS ELÉCTRICOS

O “Circuito Eléctrico” é o caminho fechado onde a corrente eléctrica circula.

O “Circuito Eléctrico” é o conjunto de componentes eléctricos/electrotécnicos ligados de forma a


possibilitarem o estabelecimento de uma corrente eléctrica através deles. É evidente que um circuito
eléctrico para funcionar terá de ser fechado, caso contrário não haverá o fluxo de corrente (electrões).

E o seu objectivo é fornecer energia eléctrica a um consumidor de energia eléctrica. A corrente


eléctrica circula partindo da fonte, passando pelos elos de ligação que ligam a fonte ao consumidor
retornando finalmente à fonte. Qualquer circuito eléctrico é composto de elementos activos e
passivos.

2.1. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS E SUAS FUNÇÕES

Na (figura 2.1) está representado um circuito eléctrico cuja composição e configuração, muito
simples, nos permite identificar elementos essenciais comuns a todos os circuitos eléctricos. Nele
podemos distinguir as seguintes partes: Interruptor/chave - K

1. Fonte de Alimentação;

2. Carga do Circuito; E R

3. Canalização (condutor/ramo) Eléctrica/o.


Figura 2.1 ‒ Circuito eléctrico básico

2.1.1. Fonte de Alimentação

É o elemento activo dum circuito eléctrico, dotado de capacidade de fornecer energia ao circuito
eléctrico; e é normalmente constituída por um Gerador 𝐄.

Existem diversos tipos de geradores. Numa primeira análise podemos distinguir entre Geradores
de corrente contínua (CC) E geradores de corrente alternada (CA).

Os primeiros produzem uma corrente unidireccional, isto é, uma corrente sempre com o mesmo
sentido, ao passo que os segundos geram uma corrente alternada ou bidireccional, isto é, uma corrente
que muda constantemente de sentido.

Os geradores de corrente alternada são também conhecidos por Alternadores.

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Dentro dos geradores de corrente contínua existem ainda diversos tipos, sendo os mais comuns as
Pilhas e as Baterias de Acumuladores, que convertem a energia química em eléctrica, e ainda os
Dínamos, que fazem a conversão da energia mecânica de rotação do veio em energia eléctrica.

As células fotoeléctricas, as piezoeléctricas e os termopares são também são outros tantos


geradores de corrente contínua, mas de potência reduzida, o que limita o campo da sua utilização.

U [V] E [V] J [A]

a) b) c)
Figura 2.2 ‒ Fontes de energia independentes. a) Bateria/célula fotovoltaica
b) Dínamo/Gerador CC/CA c) Fonte de Corrente CC/CA

Uma fonte de alimentação não é necessariamente um gerador. Por exemplo, uma simples tomada
ou um transformador-rectificador de corrente alternada em contínua não são propriamente geradores,
no entanto constituem-se em fontes de alimentação.

• Pilhas (grandes variedades)

• Electroquímicos
• Acidas
• Baterias
Geradores
• Alcalinas

• Dínamos
• Electrodinâmicos

• Alternadores

Figura 2.3 ‒ Tipos e classes das fontes e geradores de energia eléctrica

Fonte de Alimentação é, por conseguinte, a designação dada a qualquer aparelho que


produza ou alimente uma corrente eléctrica num circuito.

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2.1.2. Carga do Circuito

O pequeno rectângulo existente na parte inferior da (figura 2.1) representa a Resistência 𝐑 de um


receptor qualquer alimentado pelo circuito.

O receptor ou conjunto de receptores existentes num circuito eléctrico constituem o que se designa
pela sua Carga Eléctrica.

São, por isso; os receptores, a parte integrante e fundamental dos circuitos eléctricos, pois é a eles
que se destina a energia eléctrica que é absorvida à rede. Digamos que os circuitos eléctricos existem
com o objectivo de alimentar os receptores, em condições predeterminadas.

Existe, por isso, uma grande variedade de receptores, em função da transformação energética que
operam. Assim, temos receptores de: iluminação, aquecimento, força-motriz, sinalização,
electroquímicos, etc.

Vejamos alguns exemplos de cada um dos tipos referidos acima:

Receptores de iluminação – Lâmpadas de incandescência (ou de filamento), lâmpadas


fluorescentes, lâmpadas de vapor de sódio, lâmpadas de vapor de mercúrio, lâmpadas de
halogénio e etc. O filamento das lâmpadas de incandescência pode atingir temperaturas da
ordem dos milhares de graus centígrados.

Receptores de aquecimento – Convectores, irradiadores, ferros de engomar, fogões


eléctricos, torradeiras, etc. Estes receptores funcionam a temperaturas entre as várias dezenas
e centenas de graus centígrados.

Receptores de força-motriz – Máquinas de lavar (roupa e louça), aspiradores, ventoinhas,


batedeiras, gira-discos, frigoríficos, electrobombas e etc. Todos estes receptores transformam
a energia eléctrica em energia mecânica.

Receptores de sinalização eléctricas – buzinas, besouros, quadros de alvos, lâmpadas, etc.

Receptores electroquímicos – Acumuladores/Baterias (durante a carga/carregamento), cubas


de electrólise (para electrólise da água, para galvanoplastia e galvanostegia) e etc.

Muitos outros exemplos poderíamos aqui referir, evidentemente.

Receptor é qualquer aparelho ou dispositivo que realiza fundamentalmente a


transformação de energia eléctrica numa outra forma de energia.

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2.1.3. Canalização Eléctrica

Os fios condutores de ligação ou, simplesmente, condutores, permitem a ligação física e o trânsito
da corrente entre a fonte de alimentação e a respectiva carga.

São, nestas condições, condutores isolados, formados por uma Alma Condutora Central em cobre
ou alumínio, revestida em toda a sua extensão por uma ou mais camadas concêntricas em (PVC -
policloreto de vinilo, XLPE - Polietileno Reticulado e etc), matéria plástica de excelentes qualidades
isoladoras. Ou em condutores nús, em sistemas eléctricos de distribuição de energia eléctricas em alta
tensão eléctrica.

O conjunto dos condutores eléctricos duma instalação ou circuito constituem, no


geral, oque se designa por Canalização/Ramo Eléctrica/o

2.1.4. Aparelhagem Diversa

Para além dos elementos já referidos, há um número apreciável de aparelhos que podem ser
incluídos num circuito eléctrico, nuns casos por ser vantajosa a sua presença, noutros por ser
imprescindível a sua função.

2.1.4.1. Aparelhagem de corte


É imprescindível no circuito, por exemplo (figura 2.1), a existência de um Interruptor 𝐊 que
permita a ligação ou o corte do circuito.

São órgãos de comando, por exemplo: interruptores.

2.1.4.2. Aparelhagem de comando


Há aparelhos cuja inclusão num circuito eléctrico se destina a estabelecer e alterar, quando se
pretender, o seu estado ou regime de funcionamento. É esta a função da Aparelhagem De Comando.

São órgãos de comando, por exemplo: interruptores, comutadores e contactores.

Contactores – são aparelhos que realizam as operações de ligação e corte por comando
electromagnético e não mecânica e directamente como a restante aparelhagem de corte.

É com este tipo de comando, por exemplo, que podemos inverter o sentido de rotação de um motor
eléctrico actuando por simples pressão de um dedo sobre um botão.

Assim, chamamos ao interruptor um aparelho de corte e ao comutador de escada um aparelho de


comando, embora cada um execute, em simultâneo, ambas as funções.

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2.1.4.3. Aparelhagem de protecção
A aparelhagem de protecção destina-se a promover o corte de um circuito, quando, devido a uma
situação anormal, a intensidade da corrente se eleva para além dos valores normais de funcionamento.

São aparelhos de protecção: Corta-Circuitos Fusíveis e os Disjuntores.

A aparelhagem de protecção actua de forma automática, isto é, não requer a intervenção de


qualquer operador, e a ela vem sempre associada também uma operação de corte.

Entre outras, devem ser evitadas as situações de Sobrecargas e Sobreintensidades.

Se não forem interrompidas de imediato, essas tais situações de defeitos ao longo do circuito,
podem provocar a fusão dos próprios condutores e danificação de toda a instalação.

Designam-se por Sobreintensidades as correntes muito elevadas que se originam


em consequência de um curto-circuito.

E por Sobrecargas, correntes que ultrapassam em alguma medida os valores de


regime, como resultado de um aumento de potência útil pedido.

2.1.4.4. Aparelhagem de regulação


A aparelhagem de regulação destina-se a controlar o valor da intensidade da corrente eléctrica num
circuito eléctrico.

Exemplo: reóstatos de arranque de motores, reguladores de fluxo de brilho e etc.

2.1.4.5. Aparelhagem de medida


A necessidade de conhecer o valor assumido por diversas grandezas eléctricas leva-nos à utilização
da chamada Aparelhagem de Medida. São de diversos tipos e recebem designação conforme a
grandeza a medir: Voltímetros, Amperímetros, Ohmímetros, Wattímetros e etc.

2.1.4.6. Aparelhagem de sinalização


Existe ainda aparelhagem que se destina a permitir, por aviso óptico (lâmpada avisadora) ou
acústico (campainha), identificar a situação de funcionamento de um determinado aparelho ou
circuito.

Exemplo: Sinalizadores de fase dos quadros eléctricos, sinalizadores de funcionamento das


electrobombas, sinalizadores de emergência e etc.

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2.2. GRANDEZAS ELÉCTRICAS FUNDAMENTAIS

Não podemos observar a electricidade propriamente dita, mas podemos identificar facilmente os
efeitos que ela causa. Esses efeitos são conhecidos como fenómenos eléctricos.

De todos os fenómenos eléctricos, alguns são muito importantes para que possamos entender a
natureza da electricidade. Alguns fenómenos eléctricos específicos e as acções que os criaram foram
estudados e a partir dessas observações foram isoladas as chamadas “Grandezas Eléctricas”.

Existem varias grandezas eléctricas importantes, mas são consideradas como grandezas eléctricas
fundamentais, também chamadas de grandezas eléctricas básicas as seguintes:
Carga/Corrente Eléctrica; Resistência Eléctrica, e;
Diferença de Potencial/Tensão Eléctrica Potência/Energia Eléctrica.

2.2.1. Carga Eléctrica


O átomo é, como vimos no capítulo 01, uma partícula electricamente neutra.
O número de electrões em excesso ou defeito, num átomo/corpo, define a Carga Eléctrica ou
Quantidade de Electricidade que esse átomo/corpo possui.

Seria, no entanto, inadequado expressá-la desta forma, já que num corpo electrizado a grandeza
desse número ultrapassa os milhares de triliões.

Saindo dos limites da nossa imaginação, esse número é, além do mais, desproporcionado à escala
em que se exprimem outras grandezas eléctricas que normalmente se relacionam com a carga.
Escolheu-se, por conseguinte, uma unidade mais conveniente: o Colomb (abreviatura 𝐂).

O coulomb é, ainda assim, uma carga eléctrica relativamente pequena, quando comparada com
valores correntes, por exemplo o correspondente à carga de uma bateria de acumuladores, que é da
ordem das centenas de milhares de coulombs. Mesmo assim representa a existência de:

6 250 000 000 000 000 000 electrões

Mais simplificadamente: 1C = 0.625𝑥1019 electrões

GRANDEZA
UNIDADE (S.I) ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SÍMBOLO
Carga Eléctrica
Q Coulomb C
Quantidade de Electricidade
Tabela 2.1 ‒ Padronização no (S.I) da grandeza Carga Eléctrica.

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2.2.1.1.Natureza das cargas eléctricas
Se, por excitação, um átomo/corpo em equilíbrio energético adquire electrões; ao incorporá-los na
sua estrutura deixa de existir equilíbrio na sua carga, prevalecendo um excesso de cargas negativas.
Convertendo-se num Ião Negativo ou Anião. Se, pelo contrário, perde electrões, o excesso de cargas
positivas converte-o num Ião Positivo ou Catião.

Q = 𝐧𝑥𝐪e (2.1)
Onde:
Q ‒ Carga eléctrica - (𝐶)
q 𝑒 ‒ Carga elementar do protão/electrão (1.602𝑥10−19 𝐶)
n – Numero/quantidade de protões/electrões - (unit)

Matéria e Condutibilidade
Iões e electrões são, efectivamente, as partículas transportadoras de carga e únicas responsáveis
pela condução da corrente eléctrica.

A natureza das cargas eléctricas que compõem uma determinada corrente eléctrica está
intimamente ligada com o tipo do meio condutor considerado. Portanto, para os seguintes meios:

1. Gasosos: o fluxo de carga/energia é realizado pelo deslocamento de iões e electrões;


2. Líquidos: o fluxo de carga eléctrica é efectuado pelo deslocamento de iões, e;
3. Sólidos: o fluxo de carga é efectuado pelo deslocamento de electrões.

Particularmente, para esta disciplina Electrotecnia Geral, será dedicado a perspectiva de condução
nos sólidos; o meio de interesse e, portanto onde os estudos a respeito de correntes eléctricas são
analisados. Sendo assim, como os circuitos eléctricos de interesse consistem quase inteiramente de
materiais sólidos (p. ex. condutores metálicos, elementos de circuito, e outros), somente os electrões
produzem fluxo de corrente em todos os circuitos compostos de materiais condutores.

Em circuitos compostos por materiais semicondutores (p. ex. díodos, transístores, e outros), os
quais são estudados em detalhes na disciplina Electrónica Analógica, os electrões continuam sendo
as únicas partículas atómicas a se deslocar. No entanto, devido à natureza deste deslocamento, que se
realiza através de átomos que compartilham electrões de valência (p. ex. silício, germânio, e outros),
observa-se o deslocamento de cargas eléctricas positivas (buracos ou lacunas) e negativas (electrões).
Com relação à direcção (ou sentido) do deslocamento das cargas eléctricas (especificamente de
electrões livres em materiais condutores), será feito em estudo detalhado mais adiante.

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2.2.2. Corrente Eléctrica
A corrente eléctrica, em qualquer outra situação, é definida como o movimento orientado de cargas
eléctricas numa determinada direcção e sentido. Vejamos:

GRANDEZA
UNIDADE (S.I) ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SÍMBOLO
Intensidade da Corrente Eléctrica I Ampere A

Densidade de Corrente Eléctrica J Ampere por m2 A/m2

Tabela 2.2 ‒ Padronização no (S.I) da grandeza Corrente Eléctrica.

Se dispusermos de dois corpos metálicos electrizados, um corpo 𝑨 electrizado positivamente e,


um corpo B electrizado negativamente e, os colocarmos perto um do outro entre eles estabelece-se,
⃗ , orientado do corpo 𝑨 (potencial mais elevado) para o corpo 𝑩 (potencial mais
um campo eléctrico 𝐄
baixo).

—>
E

A B

Figura 2.4 - Campo eléctrico criado pelos dois corpos

Então, se ligarmos estes dois corpos por um condutor metálico, o campo eléctrico “concentrar-se-
⃗ ),
á” no condutor e passará a existir um movimento de electrões de 𝑩 para 𝑨 (sentido contrário a 𝐄
pois como o corpo 𝑨 está a um potencial mais elevado terá menos cargas negativas que o corpo 𝑩.

Este movimento de electrões de 𝑩 para 𝑨 , para estabilizar as cargas, terminará quando os


⃗ = 0), o que acontece num pequenos espaço de tempo.
potenciais dos dois corpos forem iguais (𝐄

Neste caso, dizemos que ocorreu um a corrente eléctrica transitória, pois foi de curta duração.
—>
A E(Campo Transitorio) B

Figura 2.5 – Corrente Eléctrica Transitória num condutor (Sentido Real)

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Para se conseguir uma corrente eléctrica permanente é necessário manter durante mais tempo o
campo eléctrico nos condutores, ou seja é necessário manter mais tempo a diferença de potencial.

Isto consegue-se recorrendo a geradores eléctricos ou baterias de acumuladores. Os quais são


aparelhos que transformam energia não eléctrica em energia eléctrica.
—>
A E(Campo Permanente) B

E [V]

Figura 2.6 – Corrente Eléctrica Estacionaria/permanente num condutor (Sentido Real)

Então se ligarmos o circuito anterior (fig. 2.5) a um gerador, utilizando fios condutores, como
existe um gerador (de tensão), estabelece-se um campo eléctrico permanente ao longo destes corpos.
Este campo durará enquanto o circuito estiver estabelecido e a corrente diz-se permanente (fig. 2.6).

2.2.2.1. Sentido da corrente eléctrica


Sabemos que a corrente eléctrica; isto é, o fluxo de electrões em um circuito eléctrico vai do pólo
negativo (ânodo) para o pólo positivo (cátodo). Este é o sentido real da corrente eléctrica, mas, por
convenção, analisa-se o fluxo de corrente eléctrica fluindo do pólo positivo ao pólo negativo.

Sentido real da corrente eléctrica – é o sentido dos potenciais mais baixos para os potenciais
mais altos. É o sentido dos movimentos dos electrões livres.
Sentido convencional da corrente eléctrica – é o sentido dos potenciais mais altos para os
potenciais mais baixos. É o sentido do campo eléctrico no interior de um condutor. Coincide,
portanto, com o movimento das cargas positivas. Este é o sentido que iremos adoptar.
Interruptor/chave - K
I(Sentido Convencionado)

I(Sentido Real)

E R

Figura 2.7 – Sentido Corrente Eléctrica (Real vs Convencional).

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2.2.2.2. Intensidade da corrente eléctrica
A corrente eléctrica é, como se sabe, o movimento orientado de electrões numa determinada
direcção e sentido. E existem correntes eléctricas (fluxo de electrões) bastantes fortes, capazes de pôr
comboios eléctricos em movimento, e outras fracas, como as das máquinas de calcular.

Ora, a quantidade de electrões em movimento vária de circuito para circuito, de situação para
situação, imergindo assim a necessidade de medir a corrente do fluxo de electrões (corrente eléctrica).

Vejamos um condutor (fig. 2.8), com a seguinte forma, sob a acção de um campo eléctrico/ddp:

Figura 2.8 – Movimento Convencional das cargas no intervalo ∆𝑡 sobre a secção dS.

Assim, define-se intensidade de corrente eléctrica 𝐈 como a quantidade de electricidade (ou de


cargas eléctricas) 𝐐 que passa numa determinada secção 𝐒 de um condutor, na unidade de tempo 𝐭.

Matematicamente, temos a seguinte equação (𝑑𝑡 - em segundos):

𝑑𝑞
di(t) = (2.2)
𝑑𝑡
Para a intensidade de corrente constante (∆𝑡 - em segundos):
∆Q
I= (2.2.1)
∆𝑡

Em muitas situações práticas, como por exemplo no cálculo de secções de condutores e fios de
bobinas, há necessidade de definir a grandeza densidade de corrente eléctrica 𝐉; que é a intensidade
de corrente por unidade de secção do condutor:
I
J= [A/m2 ] (2.3)
S

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A secção circular 𝐒 do condutor (fig. 2.8) por onde o fluxo de partículas portadoras de cargas
eléctricas fluirão será dada pela expressão:
θ1 r1

dS = ∫ ∫ rdrdθ (2.3.1)
θ0 r0

Tratando-se de condutores de almas condutoras não sectoriais e coaxiais, área da secção segundo
a expressão (2.2) será limitada entre (0 ≤ θ ≤ 2π e 0 ≤ r ≤ 𝑑(𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟) /2), sendo 𝐝𝐒 = 𝛑𝒓𝟐 .
I
J= [A/m2 ] (2.3.2)
π𝑟 2
2.2.2.3. Efeitos da corrente eléctrica

A corrente eléctrica é, como se sabe, o movimento orientado de electrões numa determinada


direcção e sentido. E existem correntes eléctricas (fluxo de electrões) bastantes fortes, capazes de pôr
comboios eléctricos em movimento, e outras fracas

A corrente eléctrica não é algo que possamos ver, avalia-se simplesmente a sua presença pelos
seus efeitos. São, fundamentalmente, os Efeitos Calorifico ou Efeito de Joule, Luminoso, Químico e
Magnético.

Um condutor se aquece ao ser percorrido por uma corrente


EFEITOS TÉRMICOS
eléctrica. Qualquer aquecedor eléctrico demonstra isto.

Um gás rarefeito emite luz quando atravessado por uma corrente


eléctrica. É o caso, por exemplo, dos luminosos (tubos de néon).
Devemos nos lembrar que a luz emitida por uma lâmpada de
EFEITOS LUMINOSOS incandescência não é um efeito luminoso da corrente eléctrica,
mas uma consequência do seu efeito térmico. A corrente
eléctrica aquece o filamento da lâmpada. É este que, por
incandescência, emite luz.

Uma solução electrolítica sofre o fenómeno da electrólise ao ser


EFEITOS QUÍMICOS
percorrida por uma corrente eléctrica.

Uma agulha imantada sofre um desvio ao ser colocada nas


EFEITOS MAGNÉTICOS proximidades de um condutor por uma corrente eléctrica.

Tabela 2.3 ‒ Fenómenos que caracteriza a corrente eléctrica.

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2.2.3. Tensão Eléctrica e Diferença da Potencial

GRANDEZA
UNIDADE (S.I) ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SÍMBOLO
Potencial/Tensão eléctrica φ ou ψ
Diferença de Potencial eléctrico U Volt V
FEM – Força Electromotriz E
Tabela 2.4 ‒ Padronização no (S.I) da FEM, potencial e tensão eléctrica

2.2.3.1. Potencial/Tensão eléctrica


O potencial eléctrico de um corpo é uma medida do seu estado ou nível electrização, reflectindo,
por um lado, a carga eléctrica que o caracteriza e, por outro, a sua densidade de distribuição.

2.2.3.2. Diferença de potencial/queda de tensão


Quando dois corpos a potenciais diferentes são postos em contacto, estabelece-se uma corrente
eléctrica entre ambos. As características dessa corrente são definidas unicamente pela diferença de
potencial ou de níveis eléctricos.

I1

R1 E1 R2 E2 R3
a b c d e f

Uab
Uac
Uad
Uae
Uaf

𝑈𝑎𝑏 = 𝜑𝑎 − 𝜑𝑏 (2.4)

𝑈𝑏𝑐 = 𝜑𝑏 − 𝜑𝑐 = −𝐸1 (2.5)

𝑈𝑑𝑒 = 𝜑𝑑 − 𝜑𝑒 = 𝐸2 (2.6)

NOTA: O sentido da queda de tensão (d.d.p) não é arbitrário, mas sim concordante com o da
circulação da corrente no circuito.

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2.2.4. Resistência Eléctrica: Resistores

A noção de resistência de um condutor já foi explicada anteriormente no texto. Nos focaremos cá


nos aspectos circundantes a resistência oferecida ao fluxo de electrões por receptores, denominados
de resistências da carga.
R R

Figura 2.9a ‒ Simbologia electrotécnica da resistência eléctrica fixa.

Quando um gerador alimenta uma lâmpada/carga, um motor ou outro receptor eléctrico, estes serão
percorridos por uma dada intensidade de corrente. Sabe-se que, apesar de alimentados pela mesma
fonte de alimentação, a intensidade de corrente é diferente de receptor para receptor.

Isto sucede-se porque, cada receptor oferece uma oposição diferente à passagem da corrente
eléctrica. Esta oposição, maior ou menor, tem a ver com o material (condutor) do receptor e com as
próprias dimensões (secção e comprimento) do mesmo material.

A esta oposição do receptor à passagem da corrente dá-se o nome de resistência eléctrica 𝐑 – carga.

GRANDEZA
UNIDADE (S.I) ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SÍMBOLO
Resistência Eléctrica R Ohm Ω
Condutância Eléctrica G Siemens ou Ohm-1 S ou Ω-1
Tabela 2.5 ‒ Padronização no (S.I) da resistência e condutância eléctrica

Assim, quanto maior for a resistência eléctrica do receptor, tanto menor será a intensidade da
corrente 𝐈 que o percorre.

Qualquer receptor/carga tem resistência eléctrica. Há, inclusivamente, receptores que têm o nome
de “resistências eléctricas/resistores” e que são bastante utilizados em montagens eléctricas e nos
mais diversificados circuitos e aparelhagens.

2.2.4.1 Aplicações

Conforme apresentado anteriormente, os materiais condutores de corrente eléctrica são


classificados em dois grandes grupos:

Materiais de elevada condutividade (Bons condutores);


Materiais de elevada resistividade (Maus condutores).

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Ao primeiro grupo destinam-se todas as aplicações em que a corrente eléctrica deve circular com
menores perdas de energia possíveis (tal como elementos de ligação entre aparelhos, dispositivos,
etc.), ou ainda como elementos de circuitos que devem dar origem a uma segunda forma de energia
por transformação eléctrica (tal como em bobinas electromagnéticas dos transformadores e motores).

Os materiais do segundo grupo destinam-se, por um lado, à transformação da energia eléctrica em


térmica (tal como em fornos eléctricos) e, por outro lado, para criar num circuito eléctrico certas
condições destinadas a provocar quedas de tensão e limitação de corrente (resistores) para se obter
um ajuste às condições adequadas ao circuito.

2.2.4.2 Resistores

Resistores são componentes capazes de transformar a energia eléctrica em energia térmica,


diminuir a tensão e limitar a corrente em vários pontos de um circuito.

a) b) c)
Figura 2.9b ‒ Elementos e Equipamentos resistivos. a) Resistor eléctrico b) Resistor/filamento
da lâmpada incandescente c) resistor/filamento do chuveiro

Existem muitos tipos de resistores, porém em sua grande maioria são pequenos demais para se
escrever o valor no corpo do mesmo. Desta forma, os fabricantes utilizam de um código de cores, que
informa o seu valor.

Os resistores menores ainda, que são soldados directamente na superfície da placa, nem sempre
têm o valor impresso no seu corpo, sendo necessário recorrer ao manual técnico de equipamento para
saber o valor correcto.

Os resistores possuem pequenas variações na fabricação que fazem com que cada um deles
apresente valor diferente do outro, mesmo que a aparência seja idêntica e que os valores nominais
sejam iguais. Devido a isto, além do valor nominal do resistor, na superfície do mesmo vem impressa
a tolerância, ou seja, quanto o valor daquele resistor pode variar acima e abaixo do valor nominal.

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Os resistores mais comuns são fabricados dentro da com tolerância de 5 ou 10% e possuem
4 faixas coloridas, enquanto os resistores mais precisos, com tolerância de 2 ou 1% ou menos, são
marcados com 5 faixas coloridas para permitir um dígito a mais de precisão. Quando não apresentam
a quarta faixa têm tolerância de 20%.

Preto Castanho Vermelho Ouro Prata Laranja Amarelo Verde Azul Violeta Cinza Branco
— 100PPM/℃ 50PPM/℃ — — 15PPM/℃ 25PPM/℃ 10PPM/℃ — 5PPM/℃ — —
— ±1% ±2% ±5% ±10% — — ±0.5% ±0.25% ±0.1% ±0.05% —
100 101 102 10−1 10−2 10 3
10 4
10 5 106 107 — —
𝟎 𝟏 𝟐 — — 𝟑 𝟒 𝟓 𝟔 𝟕 𝟖 𝟗

1. Descodificação dum resistor de 𝟑 ou 𝟒 faixas

Para ler um resistor de 3 ou 4 faixas coloridas deve-se prestar atenção ao seguinte: há uma cor que
está mais próxima do extremo. Esta é a primeira cor a ser considerada na leitura.

A primeira cor deste extremo representa o primeiro dígito do valor. A segunda cor representa o
segundo dígito. A terceira cor representa o factor exponencial multiplicativo.

a) b)

Figura 2.10 – Descodificação do resistor de 3 e 4 faixas.

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Exemplo a): Exemplo b):
Amarelo = 4 Verde = 5
Vermelho = 2 Azul = 6
Verde = 105 Vermelho = 102
O valor deste resistor será: Castanho = ±1%
42x105Ω ±20%, ou seja: 3.36-5.04 MΩ. 56x102Ω ±1%, ou seja: 5.54-5.66 kΩ

2. Descodificação dum resistor de 𝟓 ou 𝟔 faixas

Quando o resistor é de precisão, apresenta 5 faixas coloridas. Como a última faixa destes resistores
normalmente é marrom ou vermelha, pode haver uma confusão a respeito de onde é o lado certo para
iniciar a leitura, já que a primeira faixa que representa o valor do resistor também pode ser castanho.

Sendo assim, a exemplo do resistor de 4 listras coloridas, o melhor a fazer é observar a faixa que
está mais próxima do extremo do resistor. Esta será a primeira faixa, por onde se deve iniciar a leitura.

Outra opcional é verificar a faixa que está mais afastada das outras. Esta é a última faixa de cor.

A descodificação nestes resistores é semelhante à dos resistores com 4 cores, mas é adicionada
mais uma cor no início, fazendo existir mais um algarismo significativo na medição. Assim, os três
primeiros dígitos são os algarismos significativos, o que confere maior precisão na leitura. O quarto
é o elemento multiplicador. O quinto dígito é a tolerância e o sexto dígito (quando existir) fará
referência ao coeficiente de temperatura, ou seja, como a resistência vária de acordo com a
temperatura ambiente. Este último valor é dado em PPM/℃ (partes por milhão por graus Celsius).

c) d)
Figura 2.11 – Descodificação do resistor de 5 e 6 faixas.

Exemplo c): Exemplo d):


Vermelho = 2 Branco = 9
Azul = 6 Vermelho = 2
Castanho = 1 Castanho = 1
Amarelo = 104 Azul = 106
Prata = ±10% Ouro = ±5%
O valor deste resistor será: Castanho = 100 PPM/℃ (∆R=0.0921MΩ/oC)
261x104Ω ±10%, ou seja: 2.35-2.87 MΩ 921x106Ω ±5%, ou seja: 875-967 MΩ

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2.2.5. Lei de Ohm

Consideremos um receptor/condutor eléctrico ligando dois pontos a potenciais diferentes, vamos


observar uma determinada corrente eléctrica através desse receptor/condutor. Essa corrente é
proporcional à tensão aplicada ou seja, duplicar a tensão corresponde a duplicar a corrente.

O físico alemão Georg Simon Ohm estabeleceu uma lei que relaciona a intensidade de corrente, a
diferença de potencial e a resistência

Há receptores/condutores em que a diferença de potencial (𝑼) aplicada nos seus extremos é, para
uma dada temperatura, directamente proporcional á intensidade de corrente (𝑰) que os percorre.

Esta lei, designa-se por Lei de Ohm.

Atendendo á definição de resistência de um condutor podemos concluir que : um receptor/condutor


em que se verifique a lei de ohm tem resistência constante. Tais receptores/condutores dizem-se
ohmicos. Podemos assim estabelecer a lei de ohm:
𝐔
= constante = 𝐑 (2.7)
𝐈

E I

Figura 2.12 – Circuito Eléctrico simples (Sentido Convencional).

𝐄 = 𝐑𝐈 (2.7.1)

“A corrente eléctrica é directamente proporcional à tensão aplicada e inversamente


proporcional à resistência a percorrer.”

2.2.6. Lei de Joule: Potência e Energia Eléctrica


Em um circuito, a corrente eléctrica é quem irá executar trabalho!

1. Mas qual trabalho necessita maior corrente eléctrica?


2. Um chuveiro ligado em 220V ou uma electrobomba ligada em 380V?

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Um mesmo trabalho - por exemplo, extrair água de um poço - pode ser realizado por dois motores
em condições muito distintas, se nomeadamente um deles o efectuar em 5 minutos enquanto o outro
demorar 1 hora. Diremos, naturalmente, que os dois motores são diferentes.

No entanto, o trabalho realizado pelos dois motores é exactamente o mesmo.

O que vai distinguir um motor do outro é a sua capacidade para realizar o mesmo trabalho,
conforme o tempo o tempo que necessita. Diremos que o primeiro motor é mais potente que o outro.

Quanto maior a potência de um receptor eléctrico maior será a capacidade realizar trabalho.

GRANDEZA
UNIDADE (S.I) ABREVIATURA
DESIGNAÇÃO SÍMBOLO
Potencia Eléctrica P Watt W
Trabalho/Energia Eléctrica W Joule ou Watt-hora J ou Wh
Tabela 2.7 ‒ Padronização no (S.I) da Energia e Potencia eléctrica

2.2.6.1. Energia eléctrica


A energia de um corpo é a capacidade que ele possui de produzir trabalho. A saber que: a energia
não se perde nem se cria ou destrói, simplesmente se transforma. E existem muitas situações em que
se manifesta a produção de trabalho.

Energia e trabalho são conceitos fisicamente equivalentes. Sem o rigor próprio de uma definição,
podemos dizer que energia é tudo aquilo que produz trabalho ou tudo o que dele pode resultar.

Consideremos um circuito como o da (fig. 2.13), constituído essencialmente por um gerador de


f.e.m. 𝐄, alimentando um circuito exterior cuja carga se representa por 𝐑 (𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎) . Esta carga irá ser
atravessada por uma corrente à qual corresponde um determinado consumo de energia.
R (carga)

E I

Figura 2.13 – Circuito Eléctrico simples

É intuitivo que esse consumo será tanto maior quanto maiores forem os valores da d.d.p, 𝐔R . nos
terminais da carga, a intensidade da corrente e o tempo da sua passagem.

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Representando essa energia por 𝐖, podemos traduzir matematicamente esta relação da seguinte
maneira (t em segundo,

𝑾= 𝐄∗𝐈∗𝐭 (2.8)
Aplicando as expressões da lei de Ohm, obteremos:

𝑊 = (RI) ∗ I ∗ t (2.8.1)
𝑾 = 𝐑𝐈𝟐 ∗ 𝐭 (2.8.1.1)

E
𝑊 = E ∗ ( R) ∗ t (2.8.2)
𝐄𝟐
𝑾= ∗𝐭 (2.8.2.1)
𝐑

Como unidade prática de energia, é comum utilizar-se o watt-hora (Wh). Um watt-hora é a energia
fornecida por um gerador ou absorvida por um receptor, com a potência de 1 watt, durante 1 hora:

𝟏𝐖𝐡 = 𝟑𝟔𝟎𝟎𝐉𝐨𝐮𝐥𝐞𝐬
2.2.6.2. Potência eléctrica

Um conceito intimamente ligado ao de energia é o de potência. A potência é, pois, uma medida da


maior ou menor rapidez com que uma determinada energia é utilizada ou fornecida.

A sua equação de definição é, por conseguinte:


𝑾
𝐏= (2.9)
𝒕

Simplificando as equações (2.8.1 e 2.8.2) teremos:

𝐏 = 𝐑𝐈𝟐 (2.9.1)

𝐄𝟐
𝐏= (2.9.2)
𝐑

É usual exprimir-se a potência em Cavalos-Vapor ou ainda em Horse-Power. São unidades que


não pertencem ao Sistema Internacional. A conversão é a seguinte:

𝟏𝐂𝐕 = 𝟕𝟑𝟔 𝐖𝐚𝐭𝐭𝐬

𝟏𝐇𝐏 = 𝟕𝟒𝟔 𝐖𝐚𝐭𝐭𝐬

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2.2.6.3. Eficiência energética

Uma máquina ou aparelho tem como função transformar uma forma de energia noutra. Contudo a
energia que se obtém é inferior á energia absorvida inicialmente pela máquina, pois uma parte
transforma-se em energia não desejada.

A análise do rendimento/eficiência poderá ser realizada considerando energias ou potências, pois


como vimos atrás

Desta forma, considere-se uma máquina qualquer (gerador, motor, bomba de calor, forno e etc),
teremos uma determinada potência que é absorvida pela máquina, uma determinada potência de
perdas e finalmente, a potência útil para utilização. A (figura 2.14 ) seguinte ilustra a hipótese:

W(absorvida) W(util)
Conversor/Maquina
P(absorvida) P(util)

W(perdas)

P(perdas)

Figura 2.14 – Representação das potências numa máquina/aparelho

Define-se rendimento da máquina pelo quociente entre a potência/energia útil (potência á saída) e
a potência/energia absorvida (potência á entrada).

O rendimento eléctrico representa-se por 𝜼. É uma grandeza adimensional (não tem unidades) e
exprime-se em percentagem. O seu valor não excede 1,0. Limitando-se a: 𝜂 ≤ 1.

A expressão matemática que traduz o rendimento é:

𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚/𝐄𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚 𝐮𝐭𝐢𝐥 (saida)


𝛈= 𝑥100% (2.10)
𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚/𝐄𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚 𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐯𝐢𝐝𝐚 (entrada)
𝐖𝐮𝐭𝐢𝐥 (saida) 𝐏𝐮𝐭𝐢𝐥 (saida)
𝛈= 𝑥100% = 𝑥100% (2.10.1)
𝐖𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐯𝐢𝐝𝐚 (entrada) 𝐏𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐯𝐢𝐝𝐚 (entrada)

𝐖𝐝𝐞𝐠𝐫𝐚𝐝𝐚𝐝𝐚(perdas) 𝐏𝐝𝐞𝐠𝐫𝐚𝐝𝐚𝐝𝐚(perdas)
𝛈 = (1 − ) 𝑥100% = (1 − 𝐏 ) 𝑥100% (2.12)
𝐖𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐯𝐢𝐝𝐚 (entrada) 𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐯𝐢𝐝𝐚 (entrada)

𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚 (degradada/perdas) = 𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚 (absorvida) − 𝐏𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚 (util) (2.13)

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3. APARELHOS DE MEDIDAS ELÉCTRICAS
`

CONTEÚDO P’RA TEMA SEGUINTE!


(Próxima aula: _____________)
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE ELECTROMECÂNICA

DEPT (s): ELECTROMECÂNICA & PROCESSOS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL


CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. TEMA: Fund. da Matéria e Electrodinâmica.
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz FICHA PRÁTICA 01

1. Os materiais utilizados na industria eléctrica podem ser classificados em: materiais condutores
(onde se encontram os bons condutores e os resistentes), materiais isolantes, materiais
semicondutores e materiais magnéticos.
a) Cite alguns materiais electrotécnicos em função da sua classe e a sua aplicação.

2. “O Coeficiente de temperatura do alumínio é 0.004 ℃−1” e isto significa que uma resistência
de 1Ω de alumínio varia 0.004Ω quando a temperatura vária 1℃.

a) Apresente algumas aplicações do alumínio na electrotécnica?


b) Descreva de forma sucinta o comportamento das partículas subatómico do alumínio
quando este estiver sob uma forte intensidade de campo eléctrico externo?

3. Descreva, sucintamente, a diferença entre condutância, resistividade e resistência eléctrica e,


refira qual a unidade, no sistema internacional (S.I), em que cada uma se expressa?

4. Os materiais resistentes são caracterizados pelo seu muito baixo coeficiente de temperatura.
a) Defina coeficiente de temperatura?

5. Comente a seguinte afirmação: “O cobre é tenaz, dúctil e maleável”

Electrotécnia Geral | ELGE, 2024 – UZ-FCT 1


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6. Classifique as seguintes frases em verdadeiro e falso e, corrija convenientemente as falsas.
a) A ductilidade é a propriedade dos materiais se deixarem reduzir a fios ( ___)
b) Os materiais resistentes são seleccionados pela sua baixa resistividade ( ___)
c) Os óleos minerais são utilizados para refrigeração dos enrolamentos dos transformadores
de baixa potência ( ___)
d) Duas propriedades dos materiais resistentes são a sua grande resistividade e o seu baixo
coeficiente de temperatura ( ___)
e) A fusibilidade é a propriedade de certos materiais passarem do estado sólido ao estado
líquido por acção do calor ( ___)

7. Uma lâmpada de incandescência tem um filamento de tungsténio com comprimento de 70mm e


0,075𝑚𝑚 de diâmetro. Pretende-se saber qual a sua resistência óhmica. A resistividade do
tungsténio à temperatura de 20℃ é 𝜌20℃ = 0,056 μΩ. m.
Solução (A = 0.0044𝑥10−6 m2 e R = 0.891Ω)

8. Quando se liga a lâmpada do exercício anterior, o filamento atinge quase instantaneamente uma
temperatura elevada de 2200℃. Sabendo que o coeficiente de temperatura do tungsténio a
20℃ é 𝛼20℃ = 0.005℃−1, calcule o valor da resistência e da resistividade a 2200℃.
Solução (R 2 = 10.6Ω e 𝜌 = 0.6664𝑥10−6 Ω. m ou 0.6664μΩ. m)

9. Qual é o comprimento do fio necessário de um fio de ferro-níquel, de 0.5 mm de diâmetro para


se obter uma resistência de 220Ω à temperatura de 20 ℃.

10. Determine a resistência de um condutor de alumínio de secção circular com 100m de


comprimento e 1.626 mm de diâmetro, á temperatura de 20℃.

11. Um fio metálico apresenta, à temperatura de 20℃, uma resistência de 200Ω, e à temperatura
de 70℃ uma resistência cujo valor é de 240Ω. Calcule o valor do coeficiente de temperatura
do material do fio.

12. Mediu-se a resistência de um fio desconhecido, com 15.46 m de comprimento e 0.3 mm de


diâmetro e obtiveram-se 3.5Ω.
a) Qual é a resistividade do fio?
b) A que metal corresponde?

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13. Um condutor de cobre tem um comprimento de 10km e 0.1cm2 de secção. Determine á
temperatura de 20℃.
a) A resistência do condutor à temperatura indicada.
b) A resistência do condutor se o diâmetro aumentasse para o dobro.
c) A resistência á temperatura de 70℃.

14. Determine a resistência de um cabo de alumínio de 200m de comprimento e 1.0mm de


diâmetro, á temperatura de 35℃.

15. Pretende-se construir um resistor para equipar um disco de um fogão eléctrico. Para o efeito
usamos um fio de liga maillechort, cuja resistividade é de 35,6 μΩ. cm e 0.5mm de diâmetro.
Para se obter uma determinada potência deverá ter uma resistência de 20Ω . Qual o
comprimento do fio a utilizar?
Solução (𝑙 = 11m e 𝐴 = 0,00196 cm2 )

16. Um cabo monocondutor tem 60 metros de comprimento e 35mm2 de secção. A sua resistência
é de 48 𝑚Ω (0.048Ω). Determinar o valor da resistividade e, recorrendo aos valores de tabela,
identificar o material utilizado.
Solução (𝜌 = 0.028 Ωmm2 /m, ALUMINIO)

17. Um fio de secção circular tem 200 metros de comprimento e 2 milímetros de diâmetro.
Calcular a sua resistividade, sabendo que, sob uma d.d.p. de 220𝑉, é atravessado por uma
corrente de 5𝐴.
Solução (𝜌 = 0.69 Ωmm2 /m)

18. Um condutor de prata apresenta uma resistência de 67Ω à temperatura ambiente de 20℃. Qual
o valor da sua resistência a 70℃? Solução (R = 79Ω)

19. Um filamento de tungsténio de uma lâmpada tem uma resistência de 125Ω à temperatura de
1600℃. Qual é o valor dessa resistência à temperatura ambiente (20℃)? 𝛼 = 0.0057 ℃−1.
Solução (R = 14Ω)

20. Um dínamo sofreu uma sobreelevação de temperatura de 43℃. Nesta situação apresentava uma
resistência interna de 0.53Ω . Os condutores são em cobre. Calcular a sua resistência à
temperatura normal de funcionamento.
Solução (R = 0.45Ω)

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21. Calcular o coeficiente de temperatura e identificar o material utilizado na construção de um
filamento de uma lâmpada de incandescência que tem uma resistência de 150Ω a uma
temperatura de 1200℃. A 0℃ a sua resistência é de 288.5Ω.
Solução (𝛼 = 0.0004 ℃−1 : Filamento de Carbono — grafite ou amorfo)

22. Construiu-se um resistor em comet, cuja resistência é de 27Ω à temperatura de 20℃. Na


situação mais desfavorável de temperatura a sua resistência é de 30Ω.
Calcular:
a) A sobreelevação de temperatura. Solução (∆𝑡 = 158.7 °C)
b) A temperatura a que está submetida a bobina na referida situação. Solução (T2 = 178.7 °C)

23. Calcular a sobreelevação da temperatura que sofre um motor cujos enrolamentos são em cobre,
sabendo que as medidas de resistência efectuadas à temperatura ambiente e de funcionamento
deram, respectivamente, 30Ω e 36.9Ω.
Solução (∆𝑡 = 59 °C)

24. Sabendo que um material, cujo coeficiente de temperatura é 𝛼 = 0.0036 ℃−1 , apresenta uma
resistência de 16Ω à temperatura de 15℃ e que, após um determinado aquecimento, a sua
resistência se modificou para 18Ω, calcular a temperatura atingida.
Solução (T2 = 49.7 °C)

25. Um fio de determinado material tem uma resistência de 10Ω à temperatura de 20°C. Calcule:
a) A resistência do fio, a 40°C, se o material for de:
i. Cobre; ii. Alumínio; iii. Manganina; iv. Ferro-Níquel

b) O quociente R𝑓 /R 𝑖 , para cada material, e compare-os.

26. Um conjunto de cabos de baixa tensão, em alumínio, estão calibrados para funcionar a uma
determinada temperatura. Admite-se que, nas condições de montagem mais desfavoráveis,
tenham de suportar temperaturas superiores em 30℃ às suportadas na situação ideal.
a) Qual o factor de correcção a aplicar às respectivas resistências iniciais?
b) Qual o valor da resistência de um desses cabos na situação mais desfavorável, sabendo
que inicialmente a sua resistência era de 0.65Ω?

Solução (K = 1.12 e R = 728𝑚Ω)

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27. O enrolamento (em cobre) de um motor tem uma resistência de 1.5Ω a 20℃. Sabendo que, em
funcionamento nominal do motor, a sua temperatura atinge os 80℃, calcule:
a) A resistividade e a resistência eléctrica do enrolamento a 80℃.
b) O aumento percentual da resistência eléctrica do motor 20 a 80 ℃.
c) Se a máquina estiver sendo alimentada por uma rede de 220V, a corrente e potencia
eléctrica sendo absorvida na rede a pleno funcionamento.
d) A potencia mecânica útil e o rendimento do motor se as perdas mecânicas forem 10%
da potencia total.

28. Pretende-se construir uma resistência de aquecimento, de 97Ω, com fio de ferro-níquel. Para o
efeito, utiliza-se 11.2 metros de fio. Calcule:
a) A secção e o diâmetro do fio a 20℃.
b) A intensidade de corrente absorvida pela resistência, se a ligarmos a 230 V
c) A potência e energia eléctrica dissipada em 30min pelo termoressistor a 120℃.

29. Um reóstato de 85Ω é construído com fio de Manganina, de diâmetro igual a 0.5 mm. Calcule:
a) A secção e o comprimento do fio a 20℃.
b) O número de espiras, se o comprimento de cada uma for de 20 cm.
c) A tensão máxima que se pode aplicar, se a sua corrente máxima for de 2𝐴 a 150℃.
d) A energia dissipada em 5min pelo reóstato a 150℃.

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CONDUTORES RESISTIVIDADE COEFICIENTE DE DENSIDADE TEMP. CAMPO
COMPOSIÇÃO 𝐠
𝛀𝐦𝐦𝟐 TEMPERATURA [𝐜𝐦𝟑 ] DE
E [ ] DE
QUÍMICA 𝐦 [℃−𝟏 ] FUSÃO
LIGAS CONDUTORAS (𝐓 = 𝟐𝟎℃) [℃] APLICAÇÃO
(𝐓 = 𝟐𝟎℃) (𝐓 = 𝟐𝟎℃)
Condutores e
Cobre macio Cobre 0.0172 0.00393 8.89 1080
Contactos
Cobre + Estanho
Cobre duro ou Silício
0.0179 0.0039 8.89 1080 Linhas Aéreas

Cabos e
Alumínio Alumínio 0.0282 0.0040 2.70 657
Linhas Aéreas
Contactos e
Prata Prata 0.0160 0.0036 10.50 960
Fusíveis
Tungsténio + Filamentos de
Tungsténio Niquel + Cobre
0.056 0.0052 19 3400
Lampadas
Contactos e
Latão Cobre + Zinco 0.0850 0.0010 8.40 640
Terminais
Cabos e
Almelec Alumínio + Silício 0.0323 0.0036 2.70 660
Linhas Aéreas
Contactos e
Mercúrio Mercúrio 0.9620 0.0009 13.60 -39
Interruptores
Resistencias para
Grafite Carvão 0.5000 a 4.0000 -0.0004 2.25 _____
electronica
Reostatos de
Cobre + Zinco +
Mailhechort Niquel
0.3000 0.0003 8.5 1290 Maquinas
Electricas
Cobre + Manganês Resistencias de
Manganina + Niquel
0.4200 0.00002 8.15 910
Precisão
Ferro + Niquel + Resistencia de
Ferro-Niquel Cromo
1.0200 0.0009 8.05 1500
Aquecimento
Resistencia de
Comet _____ 0.8700 0.0007 _____ _____
Aquecimento

Tabela 1 – Propriedades e aplicacoes dos materiais (ligas condutoras e resistentes)

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS:

[1] WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análise de Circuitos


em Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.

[2] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circuitos Eléctricos”.


(5ª ed). Porto Alegre : AMGH,

[3] BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos”. (12ª ed). São
Paulo: Pearson Prentice Hall.

[4] BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal: Editora Porto.

[5] BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Federal de Itajubá:


Apostila ELE505.

[6] CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5ª ed). Porto Alegre:
AMGH.

[7] UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”. (7ª ed). Porto
Alegre : AMGH.

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE ELECTROMECÂNICA

DEPT (s): ELECTROMECÂNICA & PROCESSOS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL


CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. TEMA: Grandezas Eléctricas Fundamentais
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz FICHA PRÁTICA 02

1. Para os grupos de resistores 3, 4, 5 e 6 faixas, determine os seus respectivos valores


aproximados ohmicos e as gamas de variações das resistências dos resistores:
cc

a) a1) a2) a3)

b) b1) b2) b3)

c) c1) c2) c2)

d) d1) d2) d3)

e) e1) e2) e3)

f) f1) f2) f3)

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2. Para os grupos de resistores reais de 4, 5 e 6 faixas, determine os seus respectivos valores
aproximados ohmicos e as gamas de variações das resistências dos resistores:

a) b) c)

d) e) f)

3. Durante a carga de uma bateria consome-se uma quantidade de electricidade igual a 360kC.
Supondo que a carga se fez a uma intensidade de corrente constante de 10A , quanto tempo
demorou a bateria a carregar? (Sol: 36000s)

4. Um fio metálico condutor é percorrido durante 2 minutos por uma corrente eléctrica de
intensidade 300 mA. Admitindo que o valor da intensidade de corrente é constante, determine
a carga eléctrica que atravessa uma secção transversal do condutor, nesse intervalo de tempo.

5. Considere um fio condutor percorrido por uma corrente eléctrica cuja intensidade varia com o
tempo de acordo com o gráfico.

I (A)

60

40

t (s)
12 24 32 50
Figura 1.1 - Variação da intensidade da corrente eléctrica em função do tempo

Calcule a carga eléctrica que atravessa uma secção transversal desse fio entre os instantes:

a) t = 0s a t = 24s. c) t = 12s a t = 32s.


b) t = 24s a t = 32s. d) t = 0s a t = 50s

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6. Dado um condutor, nele flui uma corrente de 6A. Quantos electrões passaram através da secção
transversal durante 3s?

7. Através da secção transversal circular de 6mm de diâmetro de um condutor metálico passa em


média 5x1020 electrões a cada segundo. Determine:
a) A quantidade de carga que passa pela secção transversal neste intervalo de tempo.
b) A intensidade média da corrente no condutor.
c) A densidade de corrente eléctrica no condutor.

8. A uma lâmpada com 160Ω de resistência é aplicada uma tensão/d.d.p. de 12V. Qual a
intensidade da corrente que a percorre?

9. Determine a potência dissipada por uma resistência de 18kΩ quando percorrida por uma
corrente eléctrica de 2mA?

10. Uma resistência linear é percorrida por 0,5A quando submetida a uma tensão de 12V. Calcule:
a) O valor da resistência.
b) O valor da intensidade absorvida se lhe aplicarmos uma tensão de 20 V.

11. No laboratório, aplicámos a um reóstato uma tensão de 12V. Quando a resistência está toda
intercalada no circuito, a intensidade absorvida é de 0,2A; ao deslocarmos o cursor do reóstato
para uma dada posição, o amperímetro indicou 0,5A. Calcule:
a) O valor da resistência total do reóstato.
b) O valor da resistência intercalada no 2º ensaio.

12. Um reóstato tem as seguintes características: R = 85Ω e Imáx = 2A. Calcule:


a) A tensão máxima que se pode aplicar a este reóstato.
b) A intensidade que o percorre, se lhe aplicarmos uma tensão de 100 V.
c) O valor da tensão que lhe foi, aplicada, sabendo que medimos uma intensidade de 0,5A

13. Determine a potência dissipada por uma resistência de 18kΩ quando percorrida por uma
corrente eléctrica de 2mA?

14. Qual a energia consumida por um aquecedor eléctrico de 1500W de potência durante 5 dias de
funcionamento ininterrupto?

15. Determine a máxima potência que se pode aplicar a uma resistência de 4,7kΩ sabendo que esta
é de ¼ de Watt ?

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16. Um condutor com a resistência de 10Ω é percorrido por uma corrente de 2A.
a) Calcule a potência dissipada pelo condutor.
b) Determine a energia dissipada no conduto durante 20 minutos.

17. Um aquecedor eléctrico ao fim de 5 horas consome a energia de 6 kWh. Calcule a resistência
do aquecedor, sabendo que funciona com a d.d.p. de 220 V.

18. Ao ligar um receptor calorífico, sob uma determinada tensão, ele consumiu 1200W com uma
intensidade de 5,7 A. Calcule a potência que o receptor consumirá quando absorver 3 A.

19. Um condutor com a resistência de 30Ω é percorrido por uma intensidade de corrente eléctrica
de 2 A. Determine a energia dissipada por efeito de Joule.

20. Um calorífero, ligado a 220 V, absorve uma intensidade de 2,3A. Calcule:


a) A potência eléctrica do calorífero
b) A resistência eléctrica do calorífero
c) A energia consumida (em joules e em kWh) durante 45min.

21. Duas resistências de 20Ω e 40Ω são ligadas à rede de 24V.


 Admitindo que se encontram ligadas em série, calcule:
a) As potências dissipadas em cada uma
b) A potência total fornecida e a potência total dissipada
c) A energia consumida em 3/4 de hora

 Admitindo que se encontram ligadas em paralelo, calcule:


a) As potências dissipadas em cada uma
b) A potência total dissipada
c) A energia consumida em 15 minutos

22. Pretende-se construir uma resistência eléctrica para um aquecedor de 750 W/220 V. Utiliza-se
fio de ferro-níquel de secção igual a 0,5 mm2 . Calcule:
a) A resistência do fio, a quente
b) O comprimento do fio
c) A intensidade absorvida
d) A resistência do fio, a frio (20°C), sabendo que a quente atingiu 160 °C

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23. Duas lâmpadas de incandescência, ligadas em paralelo a 220 V, têm as seguintes características:
40 W/220 V e 65 W/220 V. Calcule:
a) As intensidades parciais e total
b) A resistência (a quente) do filamento de cada lâmpada
c) A potência total consumida
d) O custo da iluminação das lâmpadas de 40/65 W cada, durante 30 dias se por dia ficam
ligadas 6 horas. O preço do kWh é de 9.0 meticais.

24. Um gerador tem nos seus terminais a tensão de 50 V e a sua f.e.m. é de 52 V. Sabendo que a
potência fornecida a carga é de 250 W, calcule:
a) A corrente eléctrica.
b) A potência eléctrica total.
c) O rendimento do gerador eléctrico.

25. O enrolamento (em cobre) de um motor tem uma resistência de 1.5Ω a 20℃. Sabendo que, em
funcionamento nominal do motor, a sua temperatura atinge os 80℃, calcule:
a) A resistividade e a resistência eléctrica do enrolamento a 80℃.
b) O aumento percentual da resistência eléctrica do motor 20 a 80 ℃.
c) Se a máquina estiver sendo alimentada por uma rede de 220V, a corrente e potencia
eléctrica sendo absorvida na rede a pleno funcionamento.
d) A potencia mecânica útil e o rendimento do motor se as perdas mecânicas forem 10%
da potencia total.

26. Um gerador fornece uma potência eléctrica de 3 kW, absorvendo uma potência mecânica de
3,5 kW. Sabendo que a tensão aos seus terminais é de 220 V, calcule:
a) A intensidade debitada pelo gerador
b) O rendimento do gerador
c) A potência de perdas
d) A energia eléctrica fornecida durante 3 horas

27. Um motor eléctrico, com um rendimento de 82%, absorve 1700 W, sob 220 V. Calcule:
a) A intensidade absorvida
b) A potência mecânica
c) A potência de perdas

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28. Um motor eléctrico absorve da rede uma intensidade de 8 A, sob 220 V. Sabendo que o seu
rendimento é de 78%, calcule:
a) A potência eléctrica absorvida
b) A potência mecânica do motor
c) A potência de perdas
d) A energia eléctrica consumida ao fim de 2,5 horas

29. Uma rede eléctrica fornece 30A a 4 motores iguais. A tensão aplicada é de 220 V. Sabe-se que
as perdas totais dos 4 motores são de 1400 W. Calcule:
a) A intensidade absorvida por cada motor
b) A potência absorvida por cada motor
c) A potência útil de cada motor
d) O rendimento de cada motor

30. Um dínamo, cuja potência útil é de 5 kW, tem 1000 W de perdas internas. Sabendo que a sua
tensão nominal é de 220 V, calcule:
a) A potência absorvida
b) O rendimento
c) A intensidade fornecida

31. Numa certa transformação de energia (eléctrica - mecânica), realizado por um motor de corrente
contínua de 5 CV/ 220V, há uma degradação de 30% da potência de transformação. A energia
útil, durante um determinado tempo de operação que durou o referido processo, foi de 66,24
MJ.
Calcular:
a) O tempo que a máquina permaneceu em operação.
b) A energia absorvida durante a transformação.
c) A energia de perdas (em Wh).
d) A intensidade da corrente eléctrica absorvida da rede eléctrica.
e) A resistência interna do receptor/motor.

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P1 C1 V1 O P2 L A1 V2 A2 V3 C2 B

PRETO CASTANHO VERMELHO OURO PRATA LARANJA AMARELO VERDE AZUL VIOLETA CINZA BRANCO

— 𝟏𝟎𝟎𝐏𝐏𝐌/℃ 𝟓𝟎𝐏𝐏𝐌/℃ — — 𝟏𝟓𝐏𝐏𝐌/℃ 𝟐𝟓𝐏𝐏𝐌/℃ 𝟏𝟎𝐏𝐏𝐌/℃ — 𝟓𝐏𝐏𝐌/℃ — —

— ±𝟏% ±𝟐% ±𝟓% ±𝟏𝟎% — — ±𝟎. 𝟓% ±𝟎. 𝟐𝟓% ±𝟎. 𝟏% ±𝟎. 𝟎𝟓% —

𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟏 𝟏𝟎𝟐 𝟏𝟎−𝟏 𝟏𝟎−𝟐 𝟏𝟎𝟑 𝟏𝟎𝟒 𝟏𝟎𝟓 𝟏𝟎𝟔 𝟏𝟎𝟕 — —

𝟎 𝟏 𝟐 — — 𝟑 𝟒 𝟓 𝟔 𝟕 𝟖 𝟗

Tabela 2.1 ‒ Código de cores para descodificação dos valores ohmicos dos resistores.

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CONDUTORES RESISTIVIDADE COEFICIENTE DE DENSIDADE TEMP. CAMPO
COMPOSIÇÃO 𝐠
𝛀𝐦𝐦𝟐 TEMPERATURA [𝐜𝐦𝟑 ] DE
E [ ] DE
QUÍMICA 𝐦 [℃−𝟏 ] FUSÃO
LIGAS CONDUTORAS (𝐓 = 𝟐𝟎℃) [℃] APLICAÇÃO
(𝐓 = 𝟐𝟎℃) (𝐓 = 𝟐𝟎℃)
Condutores e
Cobre macio Cobre 0.0172 0.00393 8.89 1080
Contactos
Cobre + Estanho
Cobre duro ou Silício
0.0179 0.0039 8.89 1080 Linhas Aéreas

Cabos e
Alumínio Alumínio 0.0282 0.0040 2.70 657
Linhas Aéreas
Contactos e
Prata Prata 0.0160 0.0036 10.50 960
Fusíveis
Tungsténio + Filamentos de
Tungsténio Niquel + Cobre
0.056 0.0052 19 3400
Lampadas
Contactos e
Latão Cobre + Zinco 0.0850 0.0010 8.40 640
Terminais
Cabos e
Almelec Alumínio + Silício 0.0323 0.0036 2.70 660
Linhas Aéreas
Contactos e
Mercúrio Mercúrio 0.9620 0.0009 13.60 -39
Interruptores
Resistencias para
Grafite Carvão 0.5000 a 4.0000 -0.0004 2.25 _____
electronica
Reostatos de
Cobre + Zinco +
Mailhechort Niquel
0.3000 0.0003 8.5 1290 Maquinas
Electricas
Cobre + Manganês Resistencias de
Manganina + Niquel
0.4200 0.00002 8.15 910
Precisão
Ferro + Niquel + Resistencia de
Ferro-Niquel Cromo
1.0200 0.0009 8.05 1500
Aquecimento
Resistencia de
Comet _____ 0.8700 0.0007 _____ _____
Aquecimento
Tabela 2.2 – Propriedades e aplicacoes dos materiais (ligas condutoras e resistentes)

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS:

[1] WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análise de Circuitos


em Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.

[2] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circuitos Eléctricos”.


(5ª ed). Porto Alegre : AMGH,

[3] BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos”. (12ª ed). São
Paulo: Pearson Prentice Hall.

[4] BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal: Editora Porto.

[5] BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Federal de Itajubá:


Apostila ELE505.

[6] CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5ª ed). Porto Alegre:
AMGH.

[7] UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”. (7ª ed). Porto
Alegre : AMGH.

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DEPT (s): ELECTROMECÂNICA & PROCESSOS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL


CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. TEMA: Medidas e Aparelhos de medidas el.
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3. INSTRUMENTAÇÃO E APARELHOS DE MEDIDAS ELÉCTRICAS

Na maioria das operações realizadas nos processos industriais é muito importante efectuar a
medição e o controle da quantidade/magnitude de certas grandezas físicas, a saber: fluxo de
líquidos, gases e até sólidos granulados; temperatura, corrente eléctrica, tensão eléctrica,
pressão, velocidade e etc; não só para fins contábeis, como também para a verificação do
rendimento do processo.

Já, a medição vem a ser um conjunto de operações, manuais ou automatizadas, que visa
comparar uma grandeza com outra da mesma espécie, a qual é tomada como unidade padrão, e
determinando o seu valor momentâneo. Cujo objectivo, é para estabelecer a extensão, o grau, a
qualidade, as dimensões ou a capacidade com relação a um padrão, ou seja, para estimar.

Deste jeito, a instrumentação é a ciência que aplica e desenvolve técnicas para adequação de
instrumentos de medição, transmissão, indicação, registro e controle de variáveis físicas em
equipamentos nos processos industriais e sistemas.

Nas indústrias de processos tais como siderúrgica, petroquímica, alimentícia, papel, etc., ou até
nos sistemas eléctricos de: produção, transporte, distribuição e consumo de energia eléctrica; a
instrumentação é responsável pelo controle, medição e rendimento máximo do processo/sistema.

Assim, estão disponíveis no mercado diversas tecnologias de medição destas grandezas físicas.
Neste capítulo/tema abordaremos algumas destas tecnologias de medição das grandezas eléctricas,
suas aplicações, e os princípios físicos envolvidos, bem com as suas interligações eléctricas.

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3.1. FUNDAMENTOS DE MEDIDAS ELÉCTRICAS

As grandezas eléctricas, ex.: resistência, corrente, frequência, tensão eléctrica e etc.; elas não
são verificáveis pelos sentidos humanos. Todavia, a sua existência e presença num sistema ou
circuito, produz os seus próprios efeitos físicos proporcionais ao seu grau, magnitude e qualidade.

Portanto, há a necessidade de se fazer corresponder estas grandezas eléctricas a outras


grandezas físicas de acesso e manipulação mais fácil aos sentidos humanos.

Desta forma, um instrumento de medição eléctrica é um dispositivo que permite aferir o estado
de uma fenómeno/grandeza físicoa (intensidade da corrente e tensão eléctrica, por exemplo)
corresponda a outra grandeza (movimento, aquecimento e etc.; por exemplo), sendo esse, porém,
acessível aos sentidos humanos (à visão, geralmente).

3.1.1. Operação de Medição


Em função do exposto até o momento, a operação de medição (eléctrica) constitui-se,
basicamente em:

Fenómeno físico/ Instrumento de Órgão de Percepção


Grandeza Medida /Visão-ex.
eléctrica
Figura 3.1 ‒ Fluxograma representativo da amostragem dum sinal a aferir.

Se, por exemplo, a medida tem a finalidade de manter uma máquina/equipamento num
determinado regime de funcionamento, o esquema de medição é acrescido de mais uma etapa, ex.:

Fenómeno físico/ Instrumento de Órgão de Percepção


Grandeza Medida /Visão-ex.
eléctrica

Órgão de Actuação/controlo
/Decisão.

Figura 3.2 ‒ Fluxograma da amostragem e controlo dum sinal a aferir.

Portanto, um instrumento é um dispositivo utilizado para uma medição, sozinho ou em


conjunto; sendo um conjunto completo destes instrumentos e outros equipamentos acoplados para
executar uma medição específica denominado de sistema de medição.

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3.1.1. Categorias Básicas dos Instrumentos (Aparelhos)

De uma forma geral os instrumentos/aparelhos de medição eléctrica podem ser:

a) Instrumentos (aparelhos) analógicos: são aparelhos nos quais o sinal de saída ou a


indicação é apresentada por uma variação contínua no tempo da grandeza eléctrica (ex.:
corrente, tensão eléctrica e etc.) que está sendo medida ou do sinal de entrada, e;

b) Instrumentos (aparelhos) digitais: sendo nos quais o sinal de saída ou a indicação é


apresentada por uma variação com valores fixos em períodos de tempo da grandeza que
está sendo medida ou do sinal de entrada.

a) b)

Figura 3.3 ‒ Instrumento/aparelho de medição eléctrica (Grandeza Tensão).


a) Voltímetro analógico. b) Voltímetro digital.

Observa-se na (fig. 3.3a), que o voltímetro analógico possui um ponteiro indicador, que se
deslocará em movimento constante ao efectuar uma medida. O voltímetro digital da (figura 3.3b), por
outro lado, apresenta sua indicação das tensões medidas através de números que mudam de intervalo
em intervalo.

Dessa forma, é importante ressaltar que os termos analógicos e digitais referem-se à forma de
apresentação do sinal ou da indicação e do princípio de funcionamento do instrumento.

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3.1.2. Classificação dos Instrumentos (Aparelhos)
Considerando-se o exposto, tem-se que os instrumentos de medição eléctrica se dividem em duas
categorias, ou seja, em instrumentos electromecânicos, os quais são sempre analógicos; e
instrumentos electrónicos, os quais podem ser analógicos ou digitais (ou ambos). Sendo classificados
quanto a grandeza eléctrica a medir:

a) Amperímetro (Corrente eléctrica) c) Ohmímetro (Resistência eléctrica)

Figura 3.4c ‒ Ohmímetro


Figura 3.4a ‒ Amperimetro (electromecânico)
(electromecânico)

b) Voltímetros (Tensão eléctrica) d) Wattímetro (Potencia eléctrica)

Figura 3.4b ‒ Voltímetro Figura 3.4d ‒ Wattimetro


(electrónico/digital) (electromecânico)

Os instrumentos de medidas eléctricas electromecânicos elas podem ser classificados de acordo


com o modo de funcionamento do elemento motor (sistema de medição) nos seguintes sistemas:

1. Instrumentos electromagnéticos: os quais se baseiam nos efeitos magnéticos da corrente.


Existem dois tipos: instrumentos de bobina novel e imã fixo e instrumentos de ferro móvel;
2. Fio aquecido: Instrumentos baseados no efeito térmico da corrente eléctrica;
3. Instrumentos electrodinâmicos: os quais se baseiam nos efeitos electrodinâmicos da corrente
eléctrica.
4. Instrumentos de indução: os quais se baseiam, como o próprio nome indica, nos fenómenos
de indução. Também são conhecidos pelo nome de instrumentos de campo girante ou
instrumentos Ferraris;
5. Instrumentos electrostáticos: cujo funcionamento se explica pelos efeitos de cargas
eléctricas em repouso (electricidade estática).

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3.1.3. Escala dos Instrumentos (Aparelhos)

Escala (range) ou faixa de indicação: são termos empregados como sinónimos e referem-se ao
conjunto de valores compreendidos entre os de máximo e os de mínimos capazes de serem medidos
por um determinado instrumento/aparelho.

Espelho/Auxiliar
de leitura

a) b)

Figura 3.5 ‒ Instrumentos/aparelhos de medição eléctrica analógicos.


a) Voltímetro com escala fixa e multiplicadores. b) Amperímetro com duas escalas.

No entanto, ao se realizar uma leitura da medida num aparelho analógico/electromecânico, deve-


se ter atenção de observar-se o ponteiro/indicador e a escala em uma posição perpendicular (90°)
aos olhos para evitar erros de paralaxe (ou seja, à diferença aparente na localização de um ponteiro
quando observado por diferentes ângulos). Aliás, esse procedimento deve ser adoptado em qualquer
leitura, sendo que o espelho existente em muitos desses instrumentos auxilia nessa tarefa.

3.1.4. Erros de Medidas

A operação da quantificação/medição duma grandeza, supõe a priori que ela tenha um valor
verdadeiro, não obstante as dificuldades logicas que aparecem, quando se trata de estabelecer com
rigor o significado deste conceito.

Não existem, e nem poderiam existir instrumentos que permitam medir


sem erro algum, uma grandeza física!

Pode-se medir por ex.: a carga do electrão, com uma aproximação tanto maior, quanto melhor for
o método imaginado para fazê-lo; mas em nenhum caso pode-se medir a verdadeira carga do electrão.

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Os erros não podem ser eliminados, nem mesmo totalmente corrigidos, uma vez que, sendo
irregulares as suas causas, não se pode estabelecer relações precisas entre tais causas e seus efeitos.

Pode-se entretanto, atenuar o efeito desses erros com auxílio das Teorias da Probabilidade.
Baseadas nessas teorias, foi criada a Teoria Clássica dos Erros, de importância considerável.

Postulados de Gauss

a) A probabilidade de que um erro esteja compreendido entre dois valores 𝒙 e 𝒅𝒙, é função
de 𝒙, ou seja, é proporcional a 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, sendo 𝑓(𝑥) a função expressada.
b) Erros de igual valor absoluto e de sinais contrários, são igualmente prováveis, ou seja:
𝑓(+𝑥) = 𝑓(−𝑥). isto implicando que a função 𝑓(𝑥) ee simétrica relativamente a 𝑥 = 0
(função par).
c) A probabilidade de que o erro esteja compreendido entre −∞ e +∞ é igual a unidade
(certeza).
d) Se forem realizadas 𝒏 medições de uma certa grandeza, todas nas mesmas condições, o
valor mais provável da grandeza é a Média Arimética dessas medições.

3.1.4.1. Classificação dos erros

De um modo em geral, os erros são classificados em:

1. Erros grosseiros;
2. Erros sistemáticos, e;
3. Erros acidentais.

i. Erros Grosseiros

Decorrem da falta de prática ou da falta de cuidados do observador. Isto é, advêm com os erros
cometidos pelo ser humano na aferição da grandeza física. Por exemplo:

Erros de leitura do valor (no espelho/display/visor do aparelho de medição);


Erros de paralaxe (cometido por uma leitura efectuada num ângulo desigual a 90 graus);
Erros de cálculo, e;
Erros oriundos do manuseio defeituoso do instrumento de medida.

Estes, erros grosseiros, geralmente são os maiores erros encontrados em medições e são possíveis
de ser diminuídos ou eliminados.

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ii. Erros Sistemáticos

São oriundas das imperfeições do fabrico dos instrumentos; hábitos do observador/técnicoa, do


método empregue na aferição da grandeza, ou da acção permanente de uma causa externa.

Esta classe de erros de medida/quantificação, são caracterizadas por ocorrerem sempre/


continuamente em um mesmo sentido e conservarem mesmo valor em medições sucessivas. Por
exemplo:

Erros cometidos por deficiência de visão do observador/técnicoa;


Erros cometidos pela introdução duma “escala de medição” no instrumento que difere na
magnitude do valor aferido;

iii. Erros Acidentais

Pertencem aos conjuntos erros atribuídos de origens imprevisíveis, ou desconhecidas.


Caracterizando-se por surgirem ao acaso nas medições; não importando a experiencia técnica do
observador/técnicoa, qualidade de instrumento empregue ou os métodos.

Esses erros raramente se repetem entre duas medições consecutivas efectuadas; surgindo numa
medição, e, ora numa outra medição. Por exemplo:

Erros cometidos pela influência das pequenas variações ambientais (temperatura, pressão, e
etc.) na medição, e;
Erros cometidos pelas pequenas variações de atrito mecânico, desbalanceamento do sistema
móvel nos instrumentos electromecânicos (analógicos).

3.1.4.2. O valor mais provável duma grandeza

De acordo com o 4º postulado de Gauss, este enuncia: “O valor mais provável de uma grandeza
medida n vezes com a mesma precisão/exactidão, é a média aritmética das n medidas efectuadas”.

Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 , … 𝑥𝑛 , os resultados obtidos na mensuração de uma determinada grandeza


(eléctrica). O valor mais provável desta grandeza será:

𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + ⋯ + 𝑥𝑛
̅=
𝐗 (3.1)
𝑛
∑𝑛𝑖=1 𝒙𝑖
̅=
𝐗 (3.1.1)
𝑛

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3.1.4.3. Erro Absoluto

̅ o melhor valor que representa a esta


Seja o 𝒙 o resultado obtido na medida duma grandeza, e 𝐗
grandeza física sendo aferida (4º postulado de Gauss); define-se desta forma o erro absoluto
(desvio/resíduo) sendo a diferença entre o resultado obtido 𝒙, e o valor que melhor representa a tal.

𝜺=𝑥−̅
X (3.2)
3.1.4.4. Erro Relativo

É o erro expresso pela razão entre o erro absoluto (ε) da medida e o valor que melhor representa a
̅).
aferição da grandeza (X
𝜺
𝜺𝒓 = (3.3)
̅
X
𝜺
𝜺𝒓(%) = ∗ 100% (3.3.1)
̅
X
Para o caso em que se deseja averiguar a qualidade de uma medida, o erro relativo inerente a
quantificação da grandeza é mais importante do que o erro absoluto a ser cometido pelo aparelho.

CLASSIFICAÇÃO ERRO RELATIVO CAMPO DE APLICAÇÃO

Baixa precisão 10% ou mais Equipamentos e Maquinas


Precisão normal 5 − 10% Quadros de Controlo
Media Precisão 1 − 5% Instrumentos de medidas portáteis CC/CA
Alta Precisão 0.1 − 1% Instrumentos de Laboratórios Convencionais
Muito Alta Precisão Inferiores a 0.1% Instrumentos de Investigação Científica
Tabela 3.1 ‒ Classificação da precisão dos instrumentos/aparelhos de medição.

3.1.4.5. Classe de exactidão

A classe de exactidão dum instrumento quantifica a qualidade percentual da sua exactidão na


aferição duma determinada grandeza (3º postulado de Gauss).

FAIXA DO VALOR VERDADEIRO vs PRECISÃO DO APARELHO


Classe de Exactidão Limites do Erro Classe de Exactidão Limites do Erro
Precisão Normal 6 ±6% Precisão Baixa 12 ±12%
Media Precisão 2 ±2% Media Precisão 4 ±4%
Alta Precisão 0.7 ±0.7% Muito Alta Precisão 0.03 ±0.03%
Tabela 3.2 ‒ Classes de exactidão e erros.

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Como se observa na (tabela 3.2), um instrumento da classe-2 poderá ter, no máximo, um erro de
±2% sobre o seu valor final da escala (fundo da escala).

No caso, por exemplo: de um voltímetro com escala 0 − 500𝑉, o erro em uma medida é de, no
máximo, ±10V em qualquer ponto da escala, pois:

±𝟐% de 𝟓𝟎𝟎𝐕 = ±𝟏𝟎𝐕

1. Assim, se em uma medição, a indicação do instrumento for: 𝟐𝟑𝟎 𝐕

O valor real estará compreendido na faixa entre: 230 − 10 = 220 V e 230 + 10 = 240 V

Ou seja, o valor real correspondente à leitura de 230 V está entre: 𝟐𝟐𝟎𝐕 ≤ 𝐔 ≤ 𝟐𝟒𝟎𝐕

Observa-se que, como o erro absoluto é sempre menor ou igual a ±10V, o erro cometido em
relação à medida (erro relativo) é:
𝜺
𝜺𝒓(%) = ∗ 100%
̅
X
10
𝜺𝒓(%) = ∗ 100% = 𝟒. 𝟑𝟒%
230

2. Se, entretanto, a indicação do instrumento é de: 𝟒𝟎 𝐕

O valor real estará compreendido na faixa entre: 40 − 10 = 30 V e 40 + 10 = 50 V

Ou seja, o valor real correspondente à leitura de 40 V está entre: 𝟑𝟎𝐕 ≤ 𝐔 ≤ 𝟓𝟎𝐕

O erro cometido em relação a medida (erro relativo), por sua vez será:

10
𝜺𝒓(%) = ∗ 100% = 𝟐𝟓%
40

Assim, verifica-se que a classe de precisão estabelece, na realidade, os limites de um erro absoluto.
Entretanto, o erro que se comete em relação à leitura (erro relativo) é, na prática, muito mais
interessante na definição da exactidão, mas, como ilustrado, seus valores variam com a leitura.

Os exemplos apresentados mostraram claramente que, quanto menor é a quantidade a ser medida
em relação ao fim da escala do instrumento, tanto maior é o erro cometido. O facto físico é lamentável,
mas, infelizmente, inevitável. Nos aparelhos analógicos, contrapõe-se essa questão: tornando o valor
da grandeza a medir na metade do valor/seleccionado do fundo da escala do instrumento/aparelho.

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3.2. APARELHOS DE MEDIDAS ELÉCTRICAS

Como difundido anteriormente, os aparelhos ou instrumentos de medidas (eléctricas) são


devidamente projectadas de forma a medir determinadas grandezas (eléctricas).

E estes instrumentos de medidas podem ser ELECTROMECÂNICOS (analógicos—quanto a


tecnologia de construção e analógicos/digital—quanto a tecnologia do visualizador
“readout/display”) ou ELECTRÓNICOS (digitais/analógicos—quanto a tecnologia de construção:
circuitos microprocessados ou amplificadores operacionais).

3.2.1. Galvanómetro

A grande maioria dos instrumentos/aparelhos de medidas analógicos utilizam o galvanómetro


como o seu princípio fundamental de construção; ex.: os aparelhos de medidas electromecânicos.

Todavia, o galvanómetro, é nada mais e nem nada menos que um instrumento de grande
sensibilidade na detecção/medição de grandezas eléctricas. E este consiste de uma bobina –
dispositivos mecânicos móveis, ponteiro/indicador e escala – com ou sem marcação.

Sua função é deslocar o ponteiro sobre a escala em função de baixos sinais de corrente e tensão
eléctrica aplicados na bobina (ordem de 10𝜇A − 100𝑚𝑉, isto é: 0.00001A − 0.1𝑉).

G
Ig Rg

Ug
a) b) c)

Figura 3.6 ‒ Galvanómetro. a) Circuito interno/esquema eléctrico.


– Símbolo incorporado nos aparelhos de b) bobina móvel, c) ferro móvel.

Os galvanómetros medirão duas grandezas fundamentais: tensão e corrente eléctrica. Para medir
tensão, o galvanómetro deve possuir uma grande resistência para não interferir no circuito, já que será
ligado em paralelo. Já o galvanómetro de corrente será ligado em série, sua resistência deve ser muito
baixa. Portanto, os galvanómetros são:

Galvanómetro de Tensão: construído de fio fino com muitas espiras, e;

Galvanómetro de Corrente: construído de fio grosso com poucas espiras.

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3.2.1.1. Galvanómetro de Bobina Móvel

Os instrumentos de medidas eléctricas dotados de bobina móvel são dos mais utilizados em
medições eléctricas. São também chamados de instrumentos de imã permanente, imã fixo.

Eles também são conhecidos por instrumentos que utilizam o sistema Jacques D’Arsonval por ter
sido o físico francês de mesmo nome que o desenvolveu em 1882.

Estes equipamentos são desenvolvidos tendo como base o seguinte princípio do


electromagnetismo: “na presença de um campo magnético 𝐁, um condutor de comprimento 𝐋, fica
submetido a uma força 𝐅 cujo sentido é dado pela regra dos três dedos da mão esquerda: 𝐅 = 𝐁𝐈𝐋 𝐬𝐢𝐧 𝜽

Vejamos (fig. 3.7) : uma bobina de fio (enrolados de fios) é montada em um eixo móvel, e instalada
entre os pólos de um íman fixo, interage com o campo do íman, e a bobina gira, movendo um ponteiro,
ou agulha, sobre uma escala graduada. Como o movimento do ponteiro é proporcional à corrente
eléctrica que percorre a bobina, o valor da corrente é indicado na escala graduada.

Através de circuitos apropriados, o galvanómetro pode ler outras grandezas eléctricas, por ex.:
tensão, resistência, potencia e etc.

Figura 3.7 ‒ Principio de funcionamento do galvanómetro de bobina móvel.

Neste tipo de galvanómetro (bobina móvel), a direcção do deslocamento do ponteiro irá depender
da polaridade magnética da bobina fixa (íman permanente) e da polaridade da tensão aplicada. Logo,
o galvanómetro de bobina móvel só pode ser usado para medir tensões contínuas (CC). Em caso de
medição de sinais em tensão alternada, o aparelho terá que ser dotado duma rectificação (CA-CC).

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3.2.1.2. Galvanómetro de Ferro Móvel

Os instrumentos de ferro móvel, ferromagnéticos ou electromagnéticos são bastante utilizados em


medições industriais, por possuir uma construção simples além de serem económicos e de fácil
manutenção.

O princípio de construtivo e de
funcionamento deste tipo de
galvanómetro (fig. 3.8) caracteriza-se
por possuir uma bobina fixa e, na parte
móvel, um elemento ferroso.

Entretanto, ao receber um sinal de


tensão/corrente eléctrica na bobina fixa,
esta começa a gerar um campo
magnético que irá atrair o elemento
ferroso para dentro da bobina,
deslocando o ponteiro.

Como o campo magnético da bobina é


proporcional à tensão/corrente aplicada, Figura 3.8 ‒ Principio de funcionamento do galvanómetro/
instrumento de ferro móvel.
o deslocamento do ponteiro também será
proporcional a esta tensão eléctrica.

Devido a seu aspecto construtivo, são instrumentos que possuem certa resistência às vibrações ou
choques mecânicos.
Simbologia dos medidores analógicos (Ex.)

1. Princípio de funcionamento em Bobina Móvel; 1. Princípio de funcionamento em Ferro-móvel;


2. Classe de exactidão 0.3%, medição em (CC); 2. Classe de exactidão 2%, medição em (CC/CA).
3. Angulo de leitura apropriado (60º), e rigidez 1kV. 3. Angulo de leitura apropriado (0º), e rigidez 0.5kV.

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3.2.2. Voltímetro

O Voltímetro é um instrumento de medida eléctrica que tem por objectivo medir a diferença de
potencial (tensões eléctricas) entre dois pontos (nós) quaisquer (aplicadas em seus terminais) dum
circuito eléctrico. É formado de um galvanómetro com uma escala graduada em Volts.

Existem voltímetros para medições em corrente contínua e alternada, ou ambas.

Em qualquer caso, entretanto, eles devem ser ligados sempre em paralelo com o circuito entre os
dois pontos quaisquer que se deseja medir a diferença de potencial.

a) b) V

Figura 3.9 ‒ Voltímetro. a) Ligação dum voltímetro em paralelo.


b) Símbolo dum voltímetro num circuito eléctrico.

A medida será ideal se o instrumento tiver resistência interna infinita (𝐑 𝒗 = ∞), isto é, se ele
constituir um circuito aberto entre os pontos do circuito em que se encontra instalado, pois somente
nesta condição é que as correntes e tensões do circuito não serão alteradas (desviadas) pelo
instrumento.

Entretanto, o voltímetro deve sempre possuir a maior resistência interna possível para não
interferir significativamente nas grandezas do circuito a ser aferido a sua magnitude da tensão
eléctrica.

Ora, o galvanómetro, o elemento chave nos voltímetros analógicos, esta mede potenciais de baixo
valor de tensão, mas, para medir valores maiores, é colocado na sua entrada um divisor de tensão.

O voltímetro comum, esquematizado na (figura 3.10), utiliza um galvanómetro tipo quadro móvel
que, através de uma chave selectora, é posto em série com resistores internos convenientemente
dimensionados denominados “resistências multiplicadoras” permitindo, desse modo, que se varie a
escala de leitura de tensão.

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Rs-5

Rs-4
Ig Rg
Rs-3
V
Rs-2
G
Rs-1
G

a) b)

Figura 3.10 ‒ Voltímetro analógico. a) Construído a partir de um galvanómetro G de resistência Rg.


b) O circuito/símbolo equivalente num circuito eléctrico.

3.2.2.1. Aumento da faixa de medição (fundo de escala) dos voltímetros

Com o auxílio de um resistor inserido em série com o voltímetro é possível obter-se leituras
superiores ao fundo de escala do instrumento (divisor de tensão).

Desta forma, caso o voltímetro deva ser utilizado para uma determinada faixa de medição, esta
passará para n vezes superior a existente (factor de amplificação n), então uma parte da tensão será
nele aplicada e (n-1) partes na resistência de incremento (Rs).
Rs

U Us
Uv V

Figura 3.11 ‒ Resistência serie (divisor de tensão).

Para que seja possível a ampliação, a resistência serie (Rs) deverá ser:

𝑹𝒔 = (𝑛 − 1) ∗ 𝑹𝒗 (3.4)
𝑼𝒂𝒎𝒑𝒍
𝒏= (3.4.1)
𝑼𝒇𝒖𝒏𝒅𝒐−𝒆𝒔𝒄𝒂𝒍𝒂
Onde: 𝑅𝑣 − é a resistência interna do voltímetro; 𝑈𝑎𝑚𝑝𝑙 − é a tensão ampliada; 𝑈𝑓−𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 − é a
tensão máxima (fundo) de escala.

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Exercícios de fixação

1. Qual deve ser o valor de uma resistência série para ampliar o fundo de escala de voltímetro,
cuja resistência interna é de 20kΩ , de 120V para 600V?
𝑼𝒂𝒎𝒑𝒍
R%: O factor de amplificação n é: 𝒏 = 𝑼
𝒇𝒖𝒏𝒅𝒐−𝒆𝒔𝒄𝒂𝒍𝒂

600𝑉
𝑛= ⇒ 𝒏 = 𝟓 𝒗𝒆𝒛𝒆𝒔
120𝑉

Ou seja, deseja-se aumentar o fundo de escala em 5 vezes. Portanto:

𝑅𝑠 = (5 − 1)𝑥20kΩ = 4𝑥20kΩ

𝑅𝑠 = 80kΩ

Assim, a resistência a ser conectada em serie é de: 𝟖𝟎 𝐤𝛀

2. Se o voltímetro do exercício anterior for usada para medição da tensão eléctrica nos
terminais duma certa carga, e este indicar 90𝑉, qual é a tensão real nos terminais da carga?

R%: Visto que o aparelho foi ampliado a sua faixa de medição para 5 vezes superior aos valores
do fundo de escala a ser apresentado pelo aparelho; desta forma, o valor real da tensão eléctrica
nos terminais da carga/receptor, será:

𝑼𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂
𝒏= ⇒ 𝑼𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 = 𝒏𝑼𝒆𝒔𝒄𝒂𝒍𝒂
𝑼𝒆𝒔𝒄𝒂𝒍𝒂

𝑈𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 = 5𝑥90 = 450𝑉

Decerto, a ddp nos terminais da carga é: 𝟒𝟓𝟎𝑽

3.2.3. Amperímetro

O Amperímetro é um aparelho de medida eléctrica que também utiliza o galvanómetro com uma
escala graduada em Amperes. Estes aparelhos têm por objectivo a aferição da intensidade da corrente
eléctrica num ramo eléctrico ou dum circuito eléctrico.

Existem amperímetros para medições em corrente contínua e alternada, ou ambas.

Em qualquer caso, eles devem ser ligados sempre em serie com o circuito a ser mensurado a
intensidade da corrente eléctrica.

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a) b) A

Figura 3.12 ‒ Amperímetro. a) Ligação dum amperímetro em serie.


b) Símbolo dum amperímetro num circuito eléctrico.

A medida será ideal se o instrumento tiver resistência interna zero (𝐑 𝒂 = 0), isto é, se ele
constituir-se num curto-circuito entre os pontos do circuito em que se encontra instalado, pois
somente nesta condição é que a corrente do circuito a ser mensurado não ira causar perda/queda de
potencial eléctrico do circuito a aferir, dentro do instrumento.

Entretanto, o amperímetro deve sempre possuir a menor resistência interna possível para não
interferir significativamente nas grandezas do circuito a ser aferido a sua magnitude da corrente.

Ora, o galvanómetro, é igualmente o elemento chave nos amperímetros analógicos, esta mede
corrente de baixo valor de intensidade da corrente eléctrica, mas, para medir valores maiores, é
colocado na sua entrada um divisor de corrente.

Alguns amperímetros permitem que se utilizem varias escalas, esquematizado na (figura 3.13).
Nestes casos são utilizados um galvanómetro tipo quadro móvel que, através de uma chave selectora,
é posto em paralelo (shunt) com resistores internos convenientemente dimensionados denominados,
permitindo assim, que se varie a escala de leitura de corrente.

b)
Rp-4

Rp-3

Rp-2

Rp-1

a)
Ig Rg
A
G
G

Figura 3.13 ‒ Amperímetro analógico. a) Construído a partir de um galvanómetro G de resistência Rg.


b) O circuito/símbolo equivalente num circuito eléctrico.

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3.2.2.1. Aumento da faixa de medição (fundo de escala) dos amperímetros

Com o auxílio de um resistor inserido em paralelo com o amperímetro é possível obter-se leituras
superiores ao fundo de escala do instrumento (divisor de corrente). Tal resistor é conhecido com shunt
ou derivador.

Todavia, caso o amperímetro tenha ser utilizado para uma determinada faixa de medição, esta
passará para n vezes superior a existente (factor de amplificação n), então uma parte da corrente
passará nele (amperímetro) e (n-1) partes na resistência shunt (Rp).

Imed

Ip Rp Ia A

Figura 3.14 ‒ Resistência paralelo/shunt (divisor de corrente).

Para que seja possível a ampliação, a resistência paralelo (Rp) deverá ser:

𝑹𝒂
𝑹𝒑 = (3.5)
(𝑛 − 1)
𝑰𝒂𝒎𝒑𝒍
𝒏= (3.5.1)
𝑰𝒇𝒖𝒏𝒅𝒐−𝒆𝒔𝒄𝒂𝒍𝒂

Onde: 𝑅𝑎 − é a resistência interna do amperímetro; 𝐼𝑎𝑚𝑝𝑙 − é a corrente ampliada; 𝐼𝑓−𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 − é


a corrente máxima (fundo) de escala.

Exercícios de fixação

1. Qual deve ser o valor de uma resistência shunt para ampliar o fundo de escala de
amperímetro, cuja resistência interna é de 18Ω , de 10A para 100A?
𝟏𝟎𝟎𝑨
R%: O factor de amplificação n é: 𝒏 = = 𝟏𝟎 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬
𝟏𝟎𝑨

Ou seja, deseja-se aumentar o fundo de escala em 10 vezes. Portanto:

18Ω
𝑹𝒑 = = 𝟐𝛀
10 − 1

Assim, a resistência a ser conectada em paralelo/shunt é de: 𝟐 𝛀

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3.2.4. Ohmímetro

É um instrumento destinado a medir resistência eléctrica. É composto por um galvanómetro de


tensão, fonte de tensão e resistores de polarização.

O circuito é formado de um divisor de tensão onde a variação de resistência provoca uma variação
de tensão que é medida pelo galvanómetro.

Rs

Ig Rg
𝛀
Rp

G
Efonte G

a) b)

Figura 3.15 ‒ Ohmímetro analógico. a) Circuito eléctrico dum ohmímetro.


b) O circuito/símbolo equivalente num circuito eléctrico.

Em princípio, a medida da resistência eléctrica de um dado elemento pode ser obtida simplesmente
pela razão entre a tensão em seus terminais e a corrente que o atravessa. Sendo assim, é visível que o
esquema 3.15a é a composição/combinação de um voltímetro, amperímetro e uma fonte de tensão.

3.2.5. Multímetro

O multímetro, é o principal instrumento de teste e reparo de circuitos eléctricos e electrónicos,


consiste basicamente de um galvanómetro, ligado a uma chave selectora, uma bateria e vários
resistores internos, para onde optamos pelo seu funcionamento como por ex.: amperímetro,
ohmímetro, voltímetro e etc.

Os multímetros com galvanómetro são chamados de multímetros analógicos, em oposição aos


multímetros digitais, que possuem um mostrador de cristal líquido e integrados de microprocessador.

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Os parâmetros a considerar dos galvanómetros:

Corrente de fundo de escala (Ig): é a corrente eléctrica que passa pelo galvanómetro
provocando a máxima deflexão do seu ponteiro.
Resistência eléctrica do galvanómetro (Rg): é a resistência da bobina de fio condutor pela
qual passa a corrente.

a) b)

Figura 3.16 ‒ Multímetro. a) Electromecânico-analógico.


b) Electrónico-digital.

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1. CIRCUITOS ELÉCTRICOS EM CORRENTE CONTÍNUA

CONTEÚDO P’RA TEMA SEGUINTE!


(Próxima aula: _________)
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE ELECTROMECÂNICA

DEPT (s): ELECTROMECÂNICA & PROCESSOS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL


CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. TEMA: Medidas e Aparelhos de medidas el
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz FICHA PRÁTICA 03

1. Suponha que num dos testes ocorrido nas instalações laboratoriais de electricidade da
Universidade Zambeze, uma estudante de engenharia procedeu usando um ohmímetro
analógico de precisão de 1% para um fundo escala de 1000Ω; a aferição do valor aproximado
da resistência eléctrica. Após uma serie de 5 mensurações, esta obteve os seguintes valores:
50.8Ω, 51.2Ω, 49.9Ω, 50.4Ω e 50.7Ω. Determine;

a) O valor ohmico do erro absoluto no fundo de escala do aparelho (10 ohms).


b) O melhor valor mais representativo da aferição (50.6 ohms).
c) O erro relativo percentual cometido da mensuração (19.8%).
d) A faixa do valor verdadeiro/exactidão da alínea b).

2. Sabendo-se que o range (fundo de escala) de um amperímetro é de 0-100 mA, de 5% de


precisão, e a sua resistência interna de 2.7Ω pergunta-se: Ao inserir uma resistência "shunt" de
0.3Ω; qual será:

a) O factor de ampliação.
b) A nova faixa de medição.
c) Se o amperímetro indicar/mostrar 95mA, qual é o valor real da corrente sendo aferida?
d) O erro relativo cometido na aferição da alínea c)?
e) A faixa de exactidão do valor aferido na alínea c)?

3. Criar um voltímetro que meça tensão eléctrica de 0 a 200V (range), a partir de um


galvanómetro com fundo de escala de 50mV, se 𝑅𝑔 = 20kΩ.

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4. Um voltímetro cujo campo de medida é de 200V, e de resistência interna é de 1,2 kΩ. Pretende-
se alargar o seu alcance para que possa medir tensões até 500V. Procura-se saber:

a) Valor da resistência adicional a montar em série. (1.8kΩ)


b) Se a sua classe de exactidão for 10%, qual é o erro percentual cometido
na aferição duma tensão de 400V?
c) A faixa de exactidão do valor exacto aferido pelo aparelho, na alínea b).
d) O erro absoluto cometido em quaisquer tentativas de aferição da tensão com o
instrumento.

5. Na figura a direita, representa-se, muito


simplificadamente, a constituição de um voltímetro de
bobina móvel com as seguintes escalas de medida: 30V,
60V e 120V. A resistência interna da bobina é de 800Ω.
Sabendo que o campo de medida do aparelho é o que
corresponde à primeira escala, calcular:

a) A resistência adicional a instalar nas duas restantes


situações. (800Ω e 2400Ω)
b) Se a sua classe de exactidão for 5%, qual é o erro
percentual cometido na aferição em cada escala do
instrumento, duma tensão de 25V?
c) O erro absoluto cometido em cada escala de
aferição da tensão com o aparelho.

6. Um voltímetro tem uma tensão máxima de escala de 100V. A sua resistência interna é de 0,9kΩ.
Pretende-se usar este aparelho para medir tensões até 450V.
a) Calcular a resistência adicional a intercalar (3.15kΩ).
b) Qual a verdadeira tensão no circuito quando o voltímetro agrupado com a referida
resistência marcar uma tensão de 83V? (373,5V)

7. lJm voltímetro está preparado para medir tensões até 300V. A respectiva resistência interna é
de 750Ω. Pretende-se que faça leituras até 700V.
a) Qual o valor da resistência adicional? (1000Ω)
b) Qual o factor por que devemos multiplicar a indicação dada pelo voltímetro? (n=2.33)

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8. Com vista a alargar o campo de medida de um voltímetro que mede tensões até 250V, utilizou-
se uma resistência adicional de l,12kΩ. Para o máximo valor da tensão que assim permite medir
é atravessado por uma corrente de 0,31A.
a) Calcular a resistência interna do aparelho. (806Ω)
b) Qual o valor máximo da tensão que permite agora medir? (597V)
c) Qual o factor a aplicar à graduação da sua escala? (n=2,4)
d) Qual o verdadeiro valor da tensão quando a indicação dada pelo ponteiro está a 1/3 do
seu deslocamento na escala? (199V)

9. Pretendemos construir um voltímetro com as seguintes escalas: 15V, 60V e 120V. A primeira
escala corresponde às possibilidades máximas do aparelho sem qualquer artifício. A resistência
interna da bobina é de 1000Ω. Calcular:
a) A resistência adicional respeitante às escalas de 60V e l20V.
b) Se a sua classe de exactidão for 0.1%, qual é o erro percentual cometido na aferição nas
escalas 60V/120V do instrumento, duma tensão de 50V?
c) O erro absoluto cometido nas escalas 60V/120V de aferição da tensão com o aparelho.

10. Um amperímetro tem uma escala cujo valor máximo é 500 mA. A sua resistência interna é igual
a 2,5Ω. Pretendemos utilizar este galvanómetro num circuito onde a corrente máxima prevista
seja de 3A.
a) Calcular o valor do shunt. (0,5Ω)
b) Calcular o factor multiplicativo do shunt. (n=6)
c) Se o amperímetro indicar 130 mA, qual será o verdadeiro valor da corrente no circuito?

11. Consideremos um amperímetro que indica 20 A na sua escala para uma corrente real de 180 A.
O shunt usado tem 3Ω de resistência. Qual é o desvio que indicará o amperímetro para a mesma
corrente no circuito principal, se o shunt for substituído por outro cuja resistência seja de 2Ω?

(n1=9; n2=13; Rg=24Ω e Ig=13.85A)

12. O campo de medida num amperímetro é de 5A. A sua resistência interna é de 3Ω. Pretendemos
calibrá-lo para 10A e 30A .
a) Calcular o valor do shunt a utilizar em cada caso. (3Ω e 0,6Ω)
b) Se o amperímetro indicar 4.5A, qual será o verdadeiro valor da corrente no circuito para
as escalas 10A e 30A?

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13. Pretendemos construir um amperímetro como o
da figura a direita, com escalas de 0,1A , 1A e
10A . Este, através do galvanómetro de bobina,
mede directamente correntes de intensidade até
0,1A. A sua resistência interna é de 3Ω. Calcular

a) Os valores dos shunts a seleccionar em


cada um dos casos. (0,33Ω; 0.03Ω;)
b) Os valores dos factores de aplicação.
c) Se a sua classe de exactidão for 2%, qual é
o erro percentual cometido na aferição em
cada escala do instrumento, duma corrente
de 0,8A?
d) O erro absoluto cometido em cada escala
de aferição da corrente com o aparelho.

14. Um amperímetro mede correntes até 50 A . A sua resistência interna é de 0,6Ω. A corrente no
circuito principal é de 80A quando no amperímetro se lê 27A .
a) Calcular o valor da resistência de shunt. (0,3Ω)
b) Calcular o F.M.S (factor multiplicador shunt). (n=2,96)
c) Calcular a corrente que produz desvio máximo. (148A)

15. Um amperímetro tem uma resistência interna de 2,5 O . O máximo desvio da agulha é de 15 A
. Pretende-se calibrar o amperímetro para uma intensidade de corrente de 35 A .
a) Calcular o valor do shunt.
b) Calcular o F.M.S.
c) Quando a agulha/ponteiro do amperímetro indica 7A , qual é a intensidade da corrente no
circuito?

16. Pretende-se construir um amperímetro com os seguintes campos de medida; 1A , 15 A e 50 A.


A sua resistência interna é de 1,7Ω . Até 1A, a leitura é directa.
a) Calcular os valores de shunt necessários para as restantes escalas.
b) Calcular o F.M.S.

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17. Observe atentamente o circuito abaixo. Cada círculo representa um aparelho ideal de medida
eléctrica, ligado correctamente.

20Ω


30Ω

100V

a) Diga qual é um amperímetro e qual é um voltímetro. Justifique


b) Determine os valores marcados pelos aparelhos.

18. No circuito representado no esquema a seguir, as resistências R1, R2, R3 tem valores iguais a
12Ω e os aparelhos são ideais.

R1

36V X R3
R2

a) Identifica os aparelhos eléctricos representados pelas letras K e X.


b) Determine os valores marcados pelos aparelhos.

19. No circuito esquematizado, o voltímetro e o amperímetro são ideias. O amperímetro indica uma
corrente de 2A.

Calcula:

a) A indicação do voltímetro. V 6Ω
b) A tensão no resistor de 2Ω.
A
c) A potência dissipada no resistor de 6Ω.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS:

[1] WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análise de Circuitos


em Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.

[2] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circuitos Eléctricos”.


(5ª ed). Porto Alegre : AMGH,

[3] BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos”. (12ª ed). São
Paulo: Pearson Prentice Hall.

[4] BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal: Editora Porto.

[5] BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Federal de Itajubá:


Apostila ELE505.

[6] CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5ª ed). Porto Alegre:
AMGH.

[7] UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”. (7ª ed). Porto
Alegre : AMGH.

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CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. SEMESTRE: I Semestre — 2023, 2º Ano
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PREPARAÇÃO — TESTE 01

1. Para os grupos de resistores 6 faixas, determine os seus respectivos valores aproximados ohmicos e as
gamas de variações das resistências dos resistores:
V3 A1 P1 V2
O P2 A2 L B C2 C1 V1

b) a)

`
2. Pretende-se construir uma resistência de aquecimento para equipar um disco de um fogão eléctrico, de
97Ω, com fio de: i. Mailhechort, ii . Ferro-níquel, e; iii. Comet.
Para o efeito, utiliza-se condutores de 0.5mm de diâmetro de fio. Calcule:
a) A secção e o comprimento total de cada termoresistor vs material a 20℃.
b) A resistividade e a resistência eléctrica de cada termoresistor vs material a 160℃.
c) O número de espiras de cada termoresistor, se o comprimento de cada uma for de 20cm.
d) O aumento percentual da resistência eléctrica cada termoresistor de 20 a 160℃.

3. Suponha que num dos testes ocorrido nas instalações laboratoriais de electricidade da Universidade
Zambeze, uma estudante de engenharia procedeu usando um voltímetro analógico de precisão de 0.8%
para um fundo escala de 500𝑉; a aferição do valor aproximado da diferença de potencial eléctrica sobre
uma resistência térmica de ferro-níquel (do problema anterior). Após uma serie de 6 mensurações, a
160℃, esta obteve os seguintes valores: 230.3V, 228.9V, 231V, 227.8V, 229.5V e 228.6V. Determine;
a) O melhor valor mais representativo da aferição da tensão eléctrica a 160℃
b) O valor do erro absoluto no fundo de escala do aparelho
c) A faixa de exactidão e o erro relativo percentual cometido na aferição do melhor valor 𝑈̅.
̅.
d) A intensidade de corrente absorvida pelo termoresistor de ferro-níquel, sob a tensão 𝑈
e) A potência e energia eléctrica absorvida da rede eléctrica em 30min a 160℃.
f) O rendimento e a energia térmica do disco de ferro-níquel se as perdas de transformação
energética forem de 80𝑊.

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4. O enrolamento (em cobre macio) de 2.5mm de diâmetro de um motor em CC tem uma resistência de
1.5Ω a 20℃. Sabendo que, em funcionamento nominal do motor, a sua temperatura atinge os 80℃,
calcule:
a) A secção e o comprimento total do bobinado (enrolamento) do motor 20℃.
b) A resistividade e a resistência eléctrica do enrolamento a 80℃.
c) O aumento percentual da resistência eléctrica do bobinado de 20 a 80℃.
d) O número de espiras do bobinado, se o comprimento de cada uma for de 40cm.

5. Suponha que num dos testes ocorrido nas instalações laboratoriais de electricidade da Universidade
Zambeze, um estudante de engenharia procedeu usando um amperímetro analógico de precisão de 0.5%
para um fundo escala de 60𝐴; a aferição do valor aproximado da intensidade da corrente eléctrica
absorvida pelo motor de CC (do problema anterior). Após uma serie de 4 mensurações, a 80℃, este
obteve os seguintes valores: 30.4A, 29.6A, 31.8A e 28.2A. Determine:

a) O melhor valor mais representativo da aferição da corrente eléctrica a 80℃.


b) O valor do erro absoluto no fundo de escala do aparelho.
c) A faixa de exactidão e o erro relativo percentual cometido na aferição do melhor valor 𝐼 .̅
d) A tensão eléctrica nos terminais do motor CC, quando absorve 𝐼 .̅
e) A potência e energia eléctrica absorvida da rede eléctrica em 5h a 80℃.
f) O rendimento e a potencia mecânica do motor CC se as perdas diversas forem de 12% da potencia
absorvida.

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6. Na figura a direita, representa-se, muito simplificadamente, a constituição de um voltímetro de bobina
móvel de 2% de precisão e 300𝑉 de campo de escala de medida. Pretende-se alargar a sua escala de
medição para seguintes níveis: 600𝑉, 900𝑉 e 1200𝑉. A resistência interna da bobina/galvanómetro é
de 800kΩ. Sabendo que o fundo de medida do aparelho é o que corresponde à primeira escala (300𝑉),
determine:

a) Factor de ampliação e resistência adicional a instalar 100 150 200


50
nas três restantes situações. 0

V
(Volts)
b) Após uma serie de 6 mensurações, esta obteve os
seguintes valores na escala dos 300V: 230.3V, 228.9V,
231V, 227.8V, 229.5V e 228.6V. A faixa de exactidão
Rv (g)
do instrumento em cada escala do instrumento aferindo
̅.
o melhor valor 𝑈
c) O erro relativo percentual cometido na mensuração no
Rs-3
̅ , em cada escala do
melhor valor da tensão de 𝑈
Rs-2
instrumento.
Rs-1
d) O verdadeiro valor da tensão em cada escala, quando a
900V
indicação dada pelo ponteiro está a 2/3 do seu 1200V 600V

deslocamento na escala?
300V

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7. Propôs-se dimensionar a ampliação do fundo de escala dum amperímetro analógico da figura a direita.
Muito simplificadamente, o amperímetro constitui-se de uma bobina móvel e de 4% de precisão e 6𝐴
do fundo de escala de medida. Pretende-se alargar a sua escala de medição para seguintes níveis: 20𝐴,
40𝐴 e 60𝐴. A resistência interna da bobina do galvanómetro é de 0.2Ω. Sabendo que o campo de
medida do aparelho é o que corresponde à primeira escala (6𝐴), determine:

2 3 4
a) Factores de ampliação e resistências shunts adicionais a 1 5
0 6

A
instalar nas três escalas laterais. (Amperes)

b) Após uma serie de 4 mensurações, obteve-se os seguintes


valores na escala de 40A: 30.4A, 29.6A, 31.8A e 28.2A.
Ra (g)
Qual é a faixa de exactidão do instrumento nas escalas
40A/60A do instrumento aferindo o melhor valor 𝐼 .̅
c) O erro relativo percentual cometido na aferição no melhor Rp-1
valor da corrente 𝐼 ,̅ nas escalas 40A/60A do instrumento.
Rp-2
d) Quando a agulha/ponteiro do amperímetro indica 4.7A ,
Rp-3
qual é a intensidade da corrente no circuito, para as escalas
6A

40A/60A? 20A
40A
60A

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8. Observe atentamente o circuito abaixo. Cada círculo representa um aparelho ideal de medida
eléctrica, ligado correctamente.

R2=20Ω

R1=8Ω

R3=30Ω
E=100V

a) Diga qual é um amperímetro e qual é um voltímetro. Justifique!


b) Determine os valores marcados pelos aparelhos.

9. No circuito representado no esquema a seguir, as resistências R1, R2, R3 tem valores iguais a
12Ω e os aparelhos são ideais.

R1

E=36V R2 R3
X

a) Identifica os aparelhos eléctricos representados pelas letras K e X.


b) Determine os valores marcados pelos aparelhos.

10. No circuito esquematizado, o voltímetro e o amperímetro são ideias. O amperímetro indica uma
corrente de 2A. R1 =2Ω

Calcula:
R3=3Ω
a) A indicação do voltímetro. V E R2=6Ω
b) A tensão no resistor de R1. A
c) A potência dissipada no resistor de R2.

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P1 C1 V1 O P2 L A1 V2 A2 V3 C2 B

PRETO CASTANHO VERMELHO OURO PRATA LARANJA AMARELO VERDE AZUL VIOLETA CINZA BRANCO

— 𝟏𝟎𝟎𝐏𝐏𝐌/℃ 𝟓𝟎𝐏𝐏𝐌/℃ — — 𝟏𝟓𝐏𝐏𝐌/℃ 𝟐𝟓𝐏𝐏𝐌/℃ 𝟏𝟎𝐏𝐏𝐌/℃ — 𝟓𝐏𝐏𝐌/℃ — —

— ±𝟏% ±𝟐% ±𝟓% ±𝟏𝟎% — — ±𝟏𝟎% ±𝟏𝟎% ±𝟏𝟎% ±𝟏𝟎% —

𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟏 𝟏𝟎𝟐 𝟏𝟎−𝟏 𝟏𝟎−𝟐 𝟏𝟎𝟑 𝟏𝟎𝟒 𝟏𝟎𝟓 𝟏𝟎𝟔 — — —

𝟎 𝟏 𝟐 — — 𝟑 𝟒 𝟓 𝟔 𝟕 𝟖 𝟗

Tabela 1 ‒ Código de cores para descodificação dos valores ohmicos dos resistores.

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CONDUTORES RESISTIVIDADE COEFICIENTE DE DENSIDADE TEMP. CAMPO
COMPOSIÇÃO 𝐠
𝛀𝐦𝐦𝟐 TEMPERATURA [𝐜𝐦𝟑 ] DE
E [ ] DE
QUÍMICA 𝐦 [℃−𝟏 ] FUSÃO
LIGAS CONDUTORAS (𝐓 = 𝟐𝟎℃) [℃] APLICAÇÃO
(𝐓 = 𝟐𝟎℃) (𝐓 = 𝟐𝟎℃)
Condutores e
Cobre macio Cobre 0.0172 0.00393 8.89 1080
Contactos
Cobre + Estanho
Cobre duro ou Silício
0.0179 0.00390 8.89 1080 Linhas Aéreas

Cabos e
Alumínio Alumínio 0.0282 0.0040 2.70 657
Linhas Aéreas
Contactos e
Prata Prata 0.0160 0.0036 10.50 960
Fusíveis
Tungsténio + Filamentos de
Tungsténio Niquel + Cobre
0.056 0.0052 19 3400
Lampadas
Contactos e
Latão Cobre + Zinco 0.0850 0.0010 8.40 640
Terminais
Cabos e
Almelec Alumínio + Silício 0.0323 0.0036 2.70 660
Linhas Aéreas
Contactos e
Mercúrio Mercúrio 0.9620 0.0009 13.60 -39
Interruptores
Resistencias para
Grafite Carvão 0.5000 a 4.0000 -0.0004 2.25 _____
electronica
Reostatos de
Cobre + Zinco +
Mailhechort Niquel
0.3000 0.0003 8.5 1290 Maquinas
Electricas
Cobre + Manganês Resistencias de
Manganina + Niquel
0.4200 0.00002 8.15 910
Precisão
Ferro + Niquel + Resistencia de
Ferro-Niquel Cromo
1.0200 0.0009 8.05 1500
Aquecimento
Resistencia de
Comet _____ 0.8700 0.0007 _____ _____
Aquecimento

Tabela 2 – Propriedades e aplicacoes dos materiais (ligas condutoras e resistentes)

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS:

[1] WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análise de Circuitos em


Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.

[2] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circuitos Eléctricos”. (5ª


ed). Porto Alegre : AMGH,

[3] BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos”. (12ª ed). São Paulo:
Pearson Prentice Hall.

[4] BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal: Editora Porto.

[5] BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Federal de Itajubá: Apostila


ELE505.

[6] CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5ª ed). Porto Alegre:
AMGH.

[7] UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”. (7ª ed). Porto Alegre
: AMGH

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Engº. Alberto Ch. Seco, BSc Do mais simples ao mais complexo ataque!
BOA APLICAÇÃO
Boa sorte a todos!

(Terça-feira — 28/03/2023; Realização do Teste-01/escrito)

ADVERTÊNCIAS PRELIMINARES!

Venha com o seu rascunho, as duas tabelas inclusa neste


documento e sua própria calculadora!

Atraso >1h não será tolerada. Assiduidade:

LABORAL: 15h:00 (inicio do teste) e 15h:30-50


(barramento ao teste). 17:20 – FIM DO TESTE.

PÓS-LABORAL: 17h:40 (inicio do teste) e 18h:30-40


(barramento ao teste). 19:30 – FIM DO TESTE.
ARKANGELS

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DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 28/03/2023: 2º Ano — Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz TESTE 01 — Duração: 120 min.

(2.5V) 1. Classifique as seguintes frases em verdadeiro e falso e, corrija convenientemente as falsas.


a) A ductilidade é a propriedade dos materiais se deixarem reduzir a fios ( ___) (0.50V)
b) Os materiais resistentes são seleccionados pela sua baixa resistividade ( ___) (0.50V)
c) Os óleos minerais são utilizados para refrigeração dos enrolamentos dos transformadores de
baixa potência ( ___) (0.50V)
d) Duas propriedades dos materiais resistentes são a sua grande resistividade e o seu baixo
coeficiente de temperatura ( ___) (0.50V)
e) A fusibilidade é a propriedade de certos materiais passarem do estado sólido ao estado líquido
por acção do calor ( ___) (0.50V)
(1.5V) 2. Os materiais utilizados na industria eléctrica podem ser classificados em: materiais condutores (onde se
encontram os bons condutores e os resistentes), materiais isolantes, materiais semicondutores e
materiais magnéticos.
a) Cite dois (2) materiais electrotécnicos para cada classe e as suas aplicações técnicas. (1.5V)

(2.5V) 3. Para os grupos de resistores de 5 e 6 faixas, determine os seus respectivos valores aproximados ohmicos
e as gamas de variações das resistências dos resistores:
V1 A1 V3
C1 V1 P1 C1 C1 A2 L V1

a) (1.0V) b) (1.5V)

(4.5V) 4. Pretende-se construir uma resistência de aquecimento para equipar um disco de um fogão eléctrico, de
60Ω, com fio de: i. Mailhechort, ii . Ferro-níquel, e; iii. Comet.
Para o efeito, utiliza-se condutores de 0.5mm de diâmetro de fio. Calcule:
a) A secção da área e o comprimento total de cada termoresistor vs material a 20℃. (1.5V)
b) A resistividade e a resistência eléctrica de cada termoresistor vs material a 150℃. (1.5V)
c) O número de espiras de cada termoresistor, se o comprimento de cada uma for de 20cm.
(0.75V)
d) O aumento percentual da resistência eléctrica de cada termoresistor de 20 a 150℃. (0.75V)

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(4.5V) 5. Suponha que num dos testes ocorrido nas instalações laboratoriais de electricidade da Universidade
Zambeze, uma estudante de engenharia procedeu usando um voltímetro analógico de precisão de 1%
para um fundo escala de 500𝑉; a aferição do valor aproximado da diferença de potencial eléctrica sobre
uma resistência térmica de ferro-níquel (do problema anterior). Após uma serie de 6 mensurações, a
150℃, esta obteve os seguintes valores: 240.3V, 238.9V, 241V, 237.8V, 239.5V e 238.6V. Determine;
a) O melhor valor mais representativo da aferição da tensão eléctrica a 150℃ (0.5V)
b) O valor do erro absoluto no fundo de escala do aparelho. (0.5V)
̅. (1.0V)
c) A faixa de exactidão e o erro relativo percentual cometido na aferição do melhor valor 𝑈
d) A intensidade e densidade de corrente absorvida pelo termoresistor de ferro-níquel, a tensão 𝑈̅.
(0.5V)
e) A potência e energia eléctrica absorvida da rede eléctrica em 60min a 150℃. (1.0V)
f) O rendimento e a energia térmica do disco de ferro-níquel se as perdas de transformação
energética forem de 54.10𝑊. (1.0V)

(4.5V) 6. Na figura a direita, representa-se, muito simplificadamente, a constituição de um voltímetro de bobina


móvel de 5% de precisão e 300𝑉 de campo de escala de medida. Pretende-se alargar a sua escala de
medição para seguintes níveis: 500𝑉, 700𝑉 e 900𝑉. A resistência interna da bobina/galvanómetro é de
950kΩ. Sabendo que o fundo de medida do aparelho é o que corresponde à primeira escala (300𝑉),
determine:

100 150 200


a) Factor de ampliação e resistência adicional a instalar 50
0
nas três restantes situações. (1.5V)

V
(Volts)
b) Após uma serie de 6 mensurações, esta obteve os
seguintes valores na escala dos 300V: 240.3V, 238.9V,
241V, 237.8V, 239.5V e 238.6V. A faixa de exactidão Rv (g)
do instrumento em cada escala do instrumento aferindo
̅. (0.75V)
o melhor valor 𝑈
c) O erro relativo percentual cometido na mensuração no Rs-3
̅ , em cada escala do
melhor valor da tensão de 𝑈 Rs-2
instrumento. (0.75V) Rs-1
d) O verdadeiro valor da tensão em cada escala, quando a
700V
indicação dada pelo ponteiro está a 2/3 do seu 900V 500V

deslocamento na escala? (1.5V) 300V

BOA APLICAÇÃO!
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POWERS

UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 28/03/2023: 2º Ano — Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz
TESTE 01 — Duração: 120 min.

(2.5V) 1. Classifique as seguintes frases em verdadeiro e falso e, corrija convenientemente as falsas.


a) A ductilidade é a propriedade dos materiais se deixarem reduzir a fios ( ___) (0.50V)
b) Os materiais resistentes são seleccionados pela sua baixa resistividade ( ___) (0.50V)
c) Os óleos minerais são utilizados para refrigeração dos enrolamentos dos transformadores de
baixa potência ( ___) (0.50V)
d) Duas propriedades dos materiais resistentes são a sua grande resistividade e o seu baixo
coeficiente de temperatura ( ___) (0.50V)
e) A fusibilidade é a propriedade de certos materiais passarem do estado sólido ao estado líquido
por acção do calor ( ___) (0.50V)
(2.5V) 2. “O Coeficiente de temperatura do cobre flexível é 0.00393 ℃−1” e isto significa que uma resistência
de 1Ω do cobre varia 0.00393Ω quando a temperatura vária 1℃.
a) Apresente algumas aplicações do cobre na electrotécnica? (1.0V)
b) Descreva de forma sucinta o comportamento das partículas subatómico do cobre quando este
estiver sob uma forte intensidade de campo eléctrico externo? (1.5V)

(2.5V) 3. Para os grupos de resistores de 5 e 6 faixas, determine os seus respectivos valores aproximados ohmicos
e as gamas de variações das resistências dos resistores:
C1 A1 V3
V1 V2 B L V1 P2 A2 L

a) (1.0V) b) (1.5V)

(3.5V) 4. O enrolamento (em cobre macio) de 2.5mm de diâmetro de um motor em CC tem uma resistência de
3.5Ω a 20℃. Sabendo que, em funcionamento nominal do motor, a sua temperatura atinge os 85℃,
calcule:
a) A secção e o comprimento total do bobinado (enrolamento) do motor 20℃. (1.0V)
b) A resistividade e a resistência eléctrica do enrolamento a 85℃. (1.5V)
c) O aumento percentual da resistência eléctrica do bobinado de 20 a 85℃. (0.5V)
d) O número de espiras do bobinado, se o comprimento de cada uma for de 40cm. (0.5V)

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(4.5V) 5. Suponha que num dos testes ocorrido nas instalações laboratoriais de electricidade da Universidade
Zambeze, um estudante de engenharia procedeu usando um amperímetro analógico de precisão de 0.8%
para um fundo escala de 40𝐴; a aferição do valor aproximado da intensidade da corrente eléctrica
absorvida pelo motor de CC (do problema anterior). Após uma serie de 4 mensurações, a 85℃, este
obteve os seguintes valores: 20.4A, 19.6A, 21.8A e 18.2A. Determine:
a) O melhor valor mais representativo da aferição da corrente eléctrica a 85℃. (0.5V)
b) O valor do erro absoluto no fundo de escala do aparelho. (0.5V)
c) A faixa de exactidão e o erro relativo percentual cometido na aferição do melhor valor 𝐼 .̅ (1.0V)
d) A tensão eléctrica nos terminais do motor CC, quando absorve 𝐼 .̅ (0.5V)
e) A potência e energia eléctrica absorvida da rede eléctrica em 5h a 85℃. (1.0V)
f) O rendimento e a potencia mecânica do motor CC se as perdas diversas forem de 14% da P(ent/abs).
(1.0V)

(4.5V) 6. Propôs-se dimensionar a ampliação do fundo de escala dum amperímetro analógico da figura a direita.
Muito simplificadamente, o amperímetro constitui-se de uma bobina móvel e de 4% de precisão e 6𝐴
do fundo de escala de medida. Pretende-se alargar a sua escala de medição para seguintes níveis: 30𝐴,
40𝐴 e 50𝐴. A resistência interna da bobina do galvanómetro é de 0.4Ω. Sabendo que o campo de
medida do aparelho é o que corresponde à primeira escala (6𝐴), determine:

a) Factores de ampliação e resistências shunts adicionais a


instalar nas três escalas laterais. (1.5V) 2 3 4
1 5
b) Após uma serie de 4 mensurações, obteve-se os seguintes 0 6

valores na escala de 30A: 20.4A, 19.6A, 21.8A e 18.2A.


Qual é a faixa de exactidão do instrumento nas escalas
A (Amperes)

30A/40A/50A do instrumento aferindo o melhor valor 𝐼 .̅ Ra (g)

(0.75V)
c) O erro relativo percentual cometido na aferição no melhor
Rp-1
valor da corrente 𝐼 ̅ , nas escalas 30A/40A/50A do
Rp-2
instrumento. (0.75V)
d) Quando a agulha/ponteiro do amperímetro indica 4.2A, Rp-3
6A
qual é a intensidade da corrente no circuito, para as escalas 30A
40A
30A/40A/50A? (1.5V) 50A

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DEPARTAMENTO DE ELECTROMECÂNICA

DEPT (s): ELECTROMECÂNICA & PROCESSOS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL


CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. TEMA: Circuitos Eléctricos Lineares (DC).
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz AULA TEÓRICA 04 (2-3)

4. CIRCUITOS ELÉCTRICOS LINEARES


O “Circuito Eléctrico” é o caminho fechado onde a corrente eléctrica circula.

É igualmente, o “Circuito Eléctrico”, o conjunto de componentes eléctricos/electrotécnicos que


interligam-se de forma a possibilitarem o estabelecimento (fluxo) de corrente eléctrica através
deles (fontes e receptores/consumidores).

E o seu objectivo fundamental é fornecer energia eléctrica a um receptor/consumidor de energia


eléctrica. A corrente eléctrica circula partindo da fonte, passando pelos elos de ligação que ligam
a fonte ao consumidor retornando finalmente à fonte. Qualquer circuito eléctrico é pode ser
composto de elementos activos, passivos ou ambos.

Os fenómenos electromagnéticos que se processam num circuito eléctrico podem ser descritos
em função de tensão, força electromotriz (f.e.m) , resistência, indutância e capacidade.

As fontes de energia ou (f.e.m). são dispositivos que convertem outras formas de energia
(química, mecânica, etc.) em energia eléctrica.

A energia eléctrica fornecida é depois transformada, nos conversores/receptores (cargas), em


outras formas de energia (trabalho mecânico, calor, luz, etc.).

Quando se é estudante, é fundamental estudar: matemática, ciências e


engenharia; com o propósito de torná-lo/a capaz de aplicar esses
conhecimentos na resolução de problemas de engenharia (2013, p.23).
Prof. PhD. Engo. Charles K. Alexander, e;
Prof. PhD. Tech. Matthew N. O. Sadiku.

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Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.
4.1. TIPOS DE ALIMENTAÇÃO DOS CIRCUITOS LINEARES

Para satisfazer as diferentes necessidades técnicas, desenvolveram-se dois (02) tipos de tensão
(corrente) eléctrica:

1. Tensão (Corrente) Continua: geradas por pilhas, baterias, dínamos e painéis fotovoltaicos.
2. Tensão (Corrente) Alternada: (G –Alternadores), e consumidas nas residências e indústrias.

Dependendo do tipo de fonte excitando o circuito eléctrico:

1) Podemos considerar circuitos de corrente contínua (CC ou DC) – isto é, alimentados com
uma fonte contínua, aquela que é invariável no tempo.

Como a tensão eléctrica é a causa da corrente eléctrica, quando se aplica uma tensão contínua
em um circuito, circulará uma corrente contínua (CC ou no inglês DC – Direct Current). As
cargas movem-se em um só sentido.

U(V) I(A)

20

12

t(s) t(s)
a) b)

Figura 4.0 ‒ a) Forma da Tensão eléctrica continua.


b) Forma da corrente eléctrica continua.

Ao condutor que transporta a corrente eléctrica: chamam-se de Polo Positivo.


Ao condutor que faz o retorno da corrente eléctrica: chamam-se de Polo Negativo.

2) Podemos igualmente ter circuitos de corrente alternada (CA ou AC) – alimentados com
fontes que variam de forma alternada no tempo. Por ex.: A forma variável da corrente eléctrica
da rede eléctrica de Moçambique é 50 ciclos por segundo (𝑓 = 50𝐻𝑧).

E quando se aplica uma tensão alternada em um circuito, circulará uma corrente alternada
(CA ou do inglês AC – Alternated Current). As cargas eléctricas variam de sentido em função (t).

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No caso das redes de distribuição energia do país, a troca de sentido do movimento dos electrões
faz-se 100 vezes por segundo, ou seja, a sua frequência é de 50 ciclos por segundo, 50 Hz (Hertz).

U(V) I(A)

+20
+12

t(s) t(s)
-12
(f=1/T=1/0.02s=50Hz) -20
T=1.0 ciclo=0.02s f=1/T=1/0.02s=50Hz
T=1.0 ciclo=0.02s

a) b)

Figura 4.1 ‒ a) Forma da Tensão eléctrica alternada.


b) Forma da corrente eléctrica alternada.

Ao condutor que transporta a corrente eléctrica: chamam-se de fase (R, S,T ou L1, L2, L3)
Ao condutor que faz o retorno da corrente eléctrica/receptor: chamam-se de neutro; e
muitas vezes encontram-se ligadas a terra (N).
A palavra “terra” designa-se: uma região do solo suficientemente afastado/isolado das
instalações eléctricas para que o seu potencial (𝜑 = 0𝑉, nulo/zero-volts) permaneça fixo,
quaisquer sejam os valores da tensão das instalações.

4.2. ALGUMAS DEFINIÇÕES E ANOTAÇÕES

𝝋 — Potencial Eléctrico [V] 𝑮 — Condutância Eléctrica [Ω−1 ou 𝑆]

𝑼 — Tensão Eléctrica ou DDP [V] 𝑿 — Reactância Eléctrica [Ω — 𝑂ℎ𝑚]

𝑬 — FEM, Força Electromotriz [V] 𝑩 — Susceptância Eléctrica [Ω−1 ou 𝑆]

𝑰 — Intensidade da Corrente Eléctrica [𝐴] 𝒁 — Impedância Eléctrica [Ω — 𝑂ℎ𝑚]

𝑹 — Resistência Eléctrica [Ω — 𝑂ℎ𝑚] 𝒀 — Admitância Eléctrica [Ω−1 ou 𝑆]

4.2.1. Circuito aberto e curto-circuito

Por definição, um circuito aberto é aquele que possui uma resistência infinita (𝑅 = ∞). Portanto,
não circula corrente nele quando aplicada uma voltagem finita aos seus terminais. Diagramaticamente
ele é representado por dois terminais não ligados.

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Pelo contrário, um curto-circuito possui uma queda de tensão nula (𝑅 = 0Ω, isto é: ∆𝑈 = 0𝑉),
qualquer que seja a corrente finita nele circulando. Diagramaticamente é representado por um
condutor ideal, isto é, com resistência nula. Os terminais ficam conectados sem resistência alguma.

Nem o curto-circuito, nem o circuito aberto são desejáveis. A sua ocorrência indica um defeito
ou mau funcionamento do circuito.

4.2.2. Fontes de Energia (Tensão e de Corrente)

4.2.2.1. Fontes ideias (perfeitas)

Uma fonte ideal de tensão é aquela na qual a tensão nos seus terminais não depende (é
independente) da carga conectada a este terminal.

Numa fonte ideal de corrente, a corrente na saída da fonte não depende da carga a ela acoplada.

Nas figuras que se seguem estão mostradas as representações gráficas de fontes ideais de tensão e
corrente e as respectivas características Tensão/Corrente.

+ +
E Terminais de
J Terminais de
Conexão Conexão
- -

i) ii)

U(V) U(V)

12

I(A) 20 I(A)
a) b)
Figura 4.2 ‒ (i) e (ii) Representação gráfica, e, (a) e (b) comportamento Tensão vs Corrente.
(i) (a) fonte de tensão ideal. (ii) (b) fonte de corrente ideal.

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4.2.2.2. Fontes reais (não perfeitas)/ resistência interna das fontes

Qualquer fonte de energia real possui uma determinada resistência correspondente aos processos
intrínsecos de funcionamento. A esta resistência intrínseca se chama de resistência interna da fonte.
Ela interfere no funcionamento da fonte.

A fonte de tensão: possui uma resistência interna em serie que tende a zero.
A fonte de corrente: possui uma resistência interna em paralelo que tende ao infinito.

Fonte de
tensão real Rs (int) Fonte de corrente real
+ a

+ - E = J𝑥R (int)
Resistencia
Ip I (Fonte)
+
interna

Rp (int)
Fonte de
E

Resistencia
U J Terminais de

interna
tensão ideal

Conexão
- -
Fonte de
corrente
E

ideal
I (Fonte) J=
R (int)
-
i) ii)
U(V) U(V)

12

I(A) 20 I(A)
a) b)

Figura 4.3 ‒ (i) e (ii) Representação gráfica, e, (a) e (b) comportamento Tensão vs Corrente.
(i) (a) fonte de tensão real. (ii) (b) fonte de corrente real.

4.2.3. Topologia dos Circuitos Eléctricos

No que concerne à topologia ou configuração, um circuito eléctrico é uma combinação de


elementos activos e passivos de modo a formarem um ou mais caminhos fechados.

Quando é constituído por vários caminhos, cada um deles chama-se malha ou laço. O ramo é
uma combinação de um ou mais elementos que são atravessados pela mesma corrente. Os pontos de
convergência ou junção de dois (2) ou mais ramos chamam-se nós.

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Pontos de
Conexão (Nós)
E2
R1 a b

E1 Malha-1 R2 J R3
Malha-2

Ramal (Ramos):
de Nó para Nó.

Figura 4.4 ‒ Topologia de um circuito eléctrico.

5. CIRCUITOS ELÉCTRICOS EM CORRENTE CONTINUA (CC)

Neste capítulo vamos apresentar e discutir algumas Leis, Teoremas e Procedimentos que
governam a análise dos circuitos eléctricos de corrente contínua (CC/DC). Juntamente com as leis de
Ohm e Kirchhoff para Correntes e Tensões estes procedimentos são também válidas para a análise
de circuitos de corrente alternada contendo Indutâncias e Capacitância. Também são válidas para a
análise de circuitos no domínio de frequência.

De que maneira marcamos o sentido da corrente e da tensão em um ramo?

A corrente em um ramo é marcado através de uma seta, do potencial mais alto ao mais baixo.

A (d.d.p) em um ramo é marcado também através de uma seta, do potencial mais baixo ao alto.

Análises de quedas de tensão e correntes em um ramo

1º Caso: Ramo sem fonte de tensão e de corrente:


φ𝑎𝑏 = U𝑎𝑏 = UR
φ𝑎 = φ𝑏 + 𝐼𝑅
φ𝑎 φ𝑏
φ𝑎 − φ𝑏 = 𝐼𝑅 + R -
(𝛗𝒂 − 𝛗𝒃 ) 𝐔𝒂𝒃 I
𝑰= =
𝑹 𝑹

Sendo que a Condutância 𝒈 = 1/𝑹, Então: 𝑰 = (𝛗𝒂 − 𝛗𝒃 )𝑥𝒈 = 𝐔𝒂𝒃 𝑥𝒈

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2º Caso: Ramo com fonte de tensão geradora:
UR
φ𝑎 = φ𝑏 + 𝐼𝑅 − 𝐸
E
φ𝑎 φ𝑏
φ𝑎 − φ𝑏 + 𝐸 = 𝐼𝑅 + R -
(𝛗𝒂 − 𝛗𝒃 + 𝑬) (𝐔𝒂𝒃 + 𝑬)
𝑰= = I
𝑹 𝑹
φ𝑎𝑏 = U𝑎𝑏
Sendo que a Condutância 𝒈 = 1/𝑹, Então:

𝑰 = (𝛗𝒂 − 𝛗𝒃 + 𝑬)𝑥𝒈 = (𝐔𝒂𝒃 + 𝑬)𝑥𝒈

3º Caso: Ramo com fonte de tensão consumidora:


UR
φ𝑎 = φ𝑏 + 𝐼𝑅 + 𝐸
E
φ𝑎 φ𝑏
φ𝑎 − φ𝑏 − 𝐸 = 𝐼𝑅 + R -
(𝛗𝒂 − 𝛗𝒃 − 𝑬) (𝐔𝒂𝒃 − 𝑬)
𝑰= = I
𝑹 𝑹
φ𝑎𝑏 = U𝑎𝑏
Sendo que a Condutância 𝒈 = 1/𝑹, Então:

𝑰 = (𝛗𝒂 − 𝛗𝒃 − 𝑬)𝑥𝒈 = (𝐔𝒂𝒃 − 𝑬)𝑥𝒈

5.1. MÉTODOS E LEIS BÁSICAS DE RESOLUÇÃO DOS CIRCUITOS SIMPLES

Calcular um circuito eléctrico significa determinar todas as


correntes em todos os seus ramos.

5.1.1. Leis de Kirchhoff

As leis de Kirchhoff permitem analisar e determinar os valores e sentidos das correntes e das
tensões para qualquer dispositivo dos circuitos eléctricos de qualquer grau de complexidade. Elas são
o alicerce de toda a análise dos circuitos eléctricos. E todo circuito eléctrico obedece as suas duas leis

Kirchhoff formulou duas leis, que passamos a enunciar:

1ª Lei de Kirchhoff [LKI]: Leis das Correntes ou Leis dos Nós.

2ª Lei de Kirchhoff [LKT]: Leis das Tensões ou Leis das Malhas.

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1ª Lei de Kirchhoff [LKI/C]: Leis das correntes ou Leis dos nós.

A primeira lei (também conhecida por “lei das correntes” ou “lei dos nós”) de Kirchhoff pode ser
enunciada de duas maneiras, nomeadamente:
I4
1 – A soma algébrica das correntes que fluem para
E2
a derivação ou nó de um circuito é igual a zero. R1 a b

𝒏 Malha-3
∑ 𝑰𝒊 = 𝟎 ⟹ 𝑛ó (𝐶) ⟹ 𝑰𝟑 − 𝑰𝟏 − 𝑰𝟐 − 𝑱 = 𝟎
E1 R2 J R3
𝒊=𝟏
I2
2 – A corrente total que entra em qualquer I1 I3
derivação (ou nó) de um circuito é igual à
c
corrente total que sai ou deixa essa derivação(nó).

𝒏 𝒌

∑ 𝑰𝒘 = ∑ 𝑰𝒎 ⟹ 𝑛ó (𝐶) ⟹ 𝑰𝟑 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑱 (5.2.1)
𝒘=𝟏 𝒎=𝟏

2ª Lei de Kirchhoff [LKT]: Leis das tensões ou Leis das malhas.

A segunda lei (“lei das tensões” ou “leis das malhas”) pode de igual ser enunciada de duas maneiras:

1 – O total das quedas de tensão à volta de um circuito fechado (malha) é igual à soma das
forças electromotrizes no mesmo sentido à volta desse circuito fechado (malha):

𝒏 𝒌

∑(𝑰𝑹)𝒊 = ∑ 𝑬𝒎 ⟹ 𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎 (3) ⟹ 𝐼1 𝑅1 + 𝐼3 𝑅3 = 𝐸1 − 𝐸2 (5.3)


𝒊=𝟏 𝒎=𝟏

As quedas de tensão e as forças electromotrizes entram na respectiva soma com sinal positivo (+)
se os sentidos coincidem com o atribuído à circulação em volta do circuito e com o sinal negativo
(-) se não coincidem.

2 – A soma algébrica das tensões à volta de qualquer circuito fechado é igual a zero:

∑ 𝑼𝒊 = 𝟎 ⟹ 𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎 (3) ⟹ −𝐼1 𝑅1 − 𝐼3 𝑅3 + 𝐸1 − 𝐸2 = 0 (5.3.1)


𝒊=𝟏

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5.1.2. Troca Energética nos Circuitos Eléctricos

O facto de a corrente percorrer elementos resistivos isso provoca a dissipação de energia. Com
base na lei de conservação de energia, esta energia dissipada tem que entrar no circuito através de
determinados elementos geradores.

Num circuito eléctrico qualquer, quando a corrente I tem o mesmo sentido que E, a fonte fornece
energia ao circuito, e a quantidade de energia fornecida (ou potência E*I em watts), entra na equação
que rege as trocas de energia com sinal positivo (+).

Quando o sentido da corrente I é contrário ao da E, a fonte absorve energia do circuito (por ex.:
quando uma bateria está carregando), ficando esta (ou produto –E*I) com sinal negativo “–“ na
equação da troca de energia.

Quando num circuito operam unicamente geradores de tensão, a equação de equilíbrio de


potência será:

𝑛 𝑘 𝑛 𝑘

∑ 𝑃(𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎)𝑖 = ∑ 𝑃(𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎)𝑤 ⟹ ∑ 𝑃𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑃𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤) (5.4)


𝑖=1 𝑤=1 𝑖=1 𝑤=1

𝒏 𝒌

∑ 𝑬𝒊 𝑰𝒊 = ∑ 𝑹𝒘 𝑰𝟐𝒘 (5.4.1)
𝒊=𝟏 𝒘=𝟏

Se o circuito tiver também geradores de corrente e houver correntes a entrarem ou a


saírem dos nós, a equação que traduz as trocas de energia tem que conter termos que
representam a energia devida aos geradores de corrente.

A equação das trocas de energéticas (prova de potencia) será dada:


𝒖 𝒕 𝒌

± ∑ 𝑬𝒅 𝑰𝒅 + ∑ 𝑼𝑱 (𝒎) 𝑱𝒎 = ∑ 𝑹𝒘 𝑰𝟐𝒘 (5.5)


𝒅=𝟏 𝒎=𝟏 𝒘=𝟏

Para o circuito eléctrico anterior, a expressão de equilíbrio de potência será:

𝐸1 𝐼1 − 𝐸2 𝐼4 + 𝑈(𝐽) 𝐽 = 𝑅1 𝐼12 + 𝑅2 𝐼22 + 𝑅3 𝐼32 (5.5.1)

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5.1.2.1. Trocas energéticas internas nos Geradores e Motores

A energia eléctrica é produzida por geradores, que são unidades capazes de transformar outras
formas de energia em energia eléctrica.

1. Por exemplo, os alternadores e os dínamos são máquinas geradoras que transformam a


energia mecânica em eléctrica; as pilhas e os acumuladores são geradores que transformam
energia química em eléctrica; e os painéis solares (fotovoltaicos) são geradores que
transformam energia luminosa em eléctrica; e etc.

2. Por outro lado, a utilização de energia é feita por receptores, como por exemplo, os motores
que transformam a energia eléctrica em energia mecânica; os acumuladores que transformam
a energia eléctrica em energia química; as resistências que transformam a energia eléctrica em
energia calorífica; as lâmpadas que transformam a energia eléctrica em calorífica e luminosa.

A energia eléctrica pode também ser produzida a partir de outras fontes de energia, tais como:
energia nuclear, energia eólica, energia das marés etc.

As transformações de energia referidas, podem ser agrupadas em dois conjuntos.

O grupo das transformações reversíveis, isto é, passa-se da energia A para a energia B e


posteriormente da energia B para a energia A (ver o caso do alternador e do motor).
E o grupo das transformações irreversíveis em que se passa da energia A para energia B
“calorífica”. Como se sabe, o calor que se liberta para a atmosfera é uma forma de energia
irrecuperável depois de produzida.

Esquematicamente, um gerador pode ser representado como uma fonte de tensão não ideal, isto é:

Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff, (+ger) e (–mot):


Gerador
I (ger)
ou
Motor
Rs (int) a
𝑬 = 𝑼ab ± 𝑹𝒔(int) 𝑰 (5.6)
+ -
I (mot) Teoremas das potências (no gerador):

E
Força Electromotriz
𝑬𝑰(ger) = 𝑼ab 𝑰(ger) ± 𝑹𝒔(int) 𝑰𝟐(ger) (5.7)
(FEM)

Força Contra-electromotriz
Uab
-
(FCEM)

Potência produzida pelo gerador = 𝑬𝑰(ger)

Potência perdida internamente = 𝑹𝒔(int) 𝑰𝟐(ger)


b
Potência fornecida pelo gerador = 𝑼ab 𝑰(ger)

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5.1.3. Particularidades dos Circuitos Eléctricos

Num circuito eléctrico, normalmente existem vários receptores/resistências/reactâncias.


Dependendo das suas posições relativas, ou do tipo de ligação; os circuitos podem ter os receptores
associados/ligados em série, paralelo, misto, estrela e triângulo.

5.1.3.1. Conexão Série


Diz-se que dois ou mais receptores estão associados (ligados) em série quando são ligados de tal
forma que a corrente que percorre um deles é a mesma que percorre os outros, ou seja, o movimento
dos electrões, só tem um caminho de circulação. Desta forma – estamos perante um
circuito/associação série. Tal como se sugere na (figura 5.1).
R1 R2 R3 Rn

I I
E E Req
W

Figura 5.1 ‒ Circuito eléctrico/associação em serie.

Onde pela segunda lei de Kirchhoff, a expressão analítica que define as interacções potenciais no
circuito eléctrico genérico (fig.: 5.1 — Malha W) será:

𝑰 ∗ 𝑹𝟏 + 𝑰 ∗ 𝑹𝟐 + 𝑰 ∗ 𝑹𝟑 + ⋯ + 𝑰 ∗ 𝑹𝒏 = 𝑬 (5.8)
𝐼 ∗ (𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + ⋯ + 𝑅𝑛 ) = 𝐸 (5.8.1)
𝑰 ∗ 𝑹𝒆𝒒 = 𝑬 (5.8.2)

Desta forma, a resistência equivalente dum circuito eléctrico/associação em serie série será dada
pela soma das resistências que se encontram num determinado ramal/ramo sub mesmo/a
trânsito/passagem de corrente/carga eléctrica.

𝑹𝒆𝒒 = ∑ 𝑹𝒏 (5.9)
𝒏=𝟏

𝑹𝒆𝒒 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑 + ⋯ + 𝑹𝒏 (5.9.1)

Para o caso do circuito eléctrico em serie da (fig.: 5.2) a resistência equivalente/total será igual:

𝑹𝒆𝒒 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 (5.10)

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5.1.3.1.1. Divisor de Tensão
Para circuitos ou receptores eléctricos associados/conectados em série, pode-se de forma rápida
obter-se o nível de tensão/DDP sobre (nos terminais de) cada uma através de equações simplificadas
e directas.

Vejamos abaixo (fig.: 5.2) um circuito eléctrico contendo dois receptores eléctricos em série.

R1

I
E

Figura 5.2 ‒ Circuito eléctrico com dois (2) receptores em serie.

O método de Divisor de Tensão, é aplicado a circuitos eléctricos simples (serie); e permite-nos


determinar a tensão/DDP (𝑼𝑘 ) dum determinado receptor (𝑹𝑘 ) que está associado em serie com um
ou mais receptores e alimentados pela tensão total/fonte (𝑼 𝑇 ou 𝑬 𝑇 ).

𝑹𝑘
𝑼𝑘 = 𝑬 𝑇 𝒎 (5.11.1)
∑𝒏=𝟏 𝑹𝒏
𝑹𝑘
𝑼𝑘 = 𝑬 𝑇 (5.11.2)
𝑹eq−serie

Ora, no caso genérico e canónico, composto por n receptores em serie, do circuito eléctrico da
(fig.: 5.1) a tensão nas resistências 𝑹1 e 𝑹2 , serão:

𝑹1
𝑼1 = 𝑬 (5.12.1)
𝑹1 + 𝑹2 + 𝑹2 + ⋯ + 𝑹𝑛
𝑹2
𝑼2 = 𝑬 (5.12.2)
𝑹1 + 𝑹2 + 𝑹2 + ⋯ + 𝑹𝑛
De forma análoga, para o caso do circuito eléctrico em serie da (fig.: 5.2) a tensão nas resistências
𝑹1 e 𝑹2 , serão:
𝑹1
𝑼1 = 𝑬 (5.13.1)
𝑹1 + 𝑹2
𝑹2
𝑼2 = 𝑬 (5.13.2)
𝑹1 + 𝑹2

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5.1.3.2.Conexão em Paralelo/Derivação
Diz-se que dois ou mais receptores estão associados (ligados) em paralelo quando são ligados de
tal forma que a tensão eléctrica (diferença de potencial) de um deles é a mesma que nos outros. Ou
seja, o trabalho/energia eléctrico/a num deles é directamente proporcional a quantidade do
fluxo/movimento dos electrões em cada uma delas.

De salientar que, nos circuitos em paralelos, o fluxo dos electrões em unidade de tempo (corrente
eléctrica) num determinado receptor será proporcional à dificuldade oferecida ao nível atómico (da
rede cristalina) “condutância eléctrica” do material electrotécnico usado na construção do elemento-
útil da carga (do receptor).

Deste jeito, pauta-se que, nas associações em paralelo, a tensão eléctrica nos receptores são iguais
e a corrente eléctrica é desigual (se e só se, a resistência eléctrica dos receptores forem desiguais).
a

I I
I1 1 I2 2 I3 In E Req

Figura 5.3 ‒ Circuito eléctrico/associação em paralelo.

Onde pela primeira lei de Kirchhoff, a expressão analítica que define as interacções das correntes
no circuito eléctrico genérico (fig.: 5.1 — Nó A) será:

𝑰 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑 + ⋯ + 𝑰𝒏 (5.14)
𝐸 𝑈1 𝑈2 𝑈3 𝑈𝑛
= + + + ⋯+ (5.14.1)
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑛
Todavia, os circuitos em paralelo conservam a propriedade: 𝑬 = 𝑼𝟏 = 𝑼𝟐 = 𝑼𝟑 = 𝑼𝒏

𝐸 𝐸 𝐸 𝐸 𝐸
= + + +⋯+ (5.14.2)
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑛

𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝑬( ) = 𝑬( + + +⋯+ ) (5.14.3)
𝑹𝑒𝑞 𝑹1 𝑹2 𝑹3 𝑹𝑛
𝟏
Onde outrora: 𝒈 =
𝑹

𝑬 ∗ 𝒈𝑒𝑞 = 𝑬 ∗ (𝒈1 + 𝒈2 + 𝒈3 + ⋯ + 𝒈𝑒𝑞 ) (5.14.4)

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Desta forma, a resistência equivalente dum circuito eléctrico/associação em paralelo será dada pela
soma das inversas das resistências eléctricas (condutâncias eléctricas) que se encontram em ramais
em derivação sub a mesma tensão eléctrica.
𝒎 𝒎
𝟏 𝟏
=∑ = ∑ 𝒈𝑛 (5.15)
𝑹𝑒𝑞 𝑹𝑛
𝒏=𝟏 𝒏=𝟏

1 1 1 1 1
= + + +⋯+ (5.15.1)
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑛

𝑔𝑒𝑞 = 𝑔1 + 𝑔2 + 𝑔3 + ⋯ + 𝑔𝑛 (5.15.2)

Para o caso do circuito eléctrico em paralelo da (fig.: 5.4) a resistência equivalente/total será igual:
𝟏 𝑹1 ∗ 𝑹2
𝑹𝑒𝑞 = = (5.16)
𝟏 𝟏 𝑹1 + 𝑹2
𝑹1 + 𝑹2
𝒈𝑒𝑞 = 𝒈1 + 𝒈2 (5.16.1)

5.1.3.2.1. Divisor de Corrente


Para circuitos ou receptores eléctricos associados/conectados em paralelo, pode-se de forma rápida
obter-se a magnitude da corrente/carga eléctrica que transita (no ramal de) cada uma através de
equações simplificadas e directas.

Consideremos abaixo (fig.: 5.4) um circuito linear contendo dois receptores eléctricos em paralelo.
J

I1 I2

Figura 5.4 ‒ Circuito eléctrico com dois (2) receptores em paralelo.

O método de Divisor de Corrente, é aplicado a circuitos eléctricos simples (paralelo); e permite-


nos determinar corrente eléctrica (𝑰𝑘 ) dum determinado receptor (𝑹𝑘 ) que está associado em paralelo
com um ou mais receptores e alimentados pela corrente total/fonte (𝑰 𝑇 ou 𝑱𝑇 ).
𝟏
𝟏
∑𝒎
𝒏=𝟏 ( 𝑹𝒏 )
𝑰𝑘 = 𝑱 𝑇 (5.17)
𝑹𝑘

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𝑹eq−paralelo
𝑰𝑘 = 𝑰 𝑇 (5.17.1)
𝑹𝑘
Ora, no caso genérico e canónico, composto por n receptores em paralelo, do circuito eléctrico da
(fig.: 5.3) a corrente eléctrica nas resistências 𝑹1 e 𝑹2 , serão:

1
1 1 1 1
(𝑅 + 𝑅 + 𝑅 + ⋯ + 𝑅 )
𝑰1 = 𝑱 1 2 3 𝑛
(5.18.1)
𝑹1
1
1 1 1 1
(𝑅 + 𝑅 + 𝑅 + ⋯ + 𝑅 )
𝑰2 = 𝑱 1 2 3 𝑛
(5.18.2)
𝑹2
De forma análoga, para o caso do circuito eléctrico em serie da (fig.: 5.4) a corrente eléctrica nas
resistências 𝑹1 e 𝑹2 , serão:

𝑹2
𝑰1 = 𝑱 (5.19.1)
𝑹1 + 𝑹2
𝑹1
𝑰2 = 𝑱 (5.19.2)
𝑹1 + 𝑹2

5.1.3.3. Conexão/Transformação Estrela-Triangulo


Diz-se que três (03) receptores estão associados (ligados) em estrela ou triangulo quando são
ligados de tal forma que a corrente e tensão eléctrica (diferença de potencial) de cada um deles
diferem-se.

Figura 5.5 ‒ Circuito eléctrico com receptores em estrela-triangulo

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5.1.3.3.1. Transformação estrela
Qualquer circuito/receptores conectados em delta/triângulo (Fg.: 5.5), pode-se rapidamente obter-
se o seu equivalente estrela; observemos:
a

Receptores em Estrela

Figura 5.6 ‒ Circuito eléctrico com receptores em estrela

𝑹3 ∗ 𝑹 2
𝑹𝑎 = (5.20.1)
𝑹1 + 𝑹2 + 𝑹3
𝑹1 ∗ 𝑹3
𝑹𝑏 = (5.20.2)
𝑹1 + 𝑹2 + 𝑹3
𝑹1 ∗ 𝑹2
𝑹𝑐 = (5.20.3)
𝑹1 + 𝑹2 + 𝑹3

5.1.3.3.2. Transformação triangulo


Outrora, quando pretende-se rapidamente realizar a transformada/conversão duma associação de
receptores em estrela para triangulo/delta, pode-se sucintamente proceder-se a seguinte equivalência:

Receptores em Triangulo

Figura 5.7 ‒ Circuito eléctrico com receptores em triângulo

𝑹𝑎 ∗ 𝑹𝑏 + 𝑹𝑎 ∗ 𝑹𝑐 + 𝑹𝑏 ∗ 𝑹𝑐
𝑹1 = (5.21.1)
𝑹𝑎
𝑹𝑎 ∗ 𝑹𝑏 + 𝑹𝑎 ∗ 𝑹𝑐 + 𝑹𝑏 ∗ 𝑹𝑐
𝑹2 = (5.21.2)
𝑹𝑏
𝑹𝑎 ∗ 𝑹𝑏 + 𝑹𝑎 ∗ 𝑹𝑐 + 𝑹𝑏 ∗ 𝑹𝑐
𝑹3 = (5.21.3)
𝑹𝑐

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5.1.4. Associações de Geradores

Num circuito eléctrico, faz-se necessário que as fontes energéticas sejam associadas entre si, de
modo que tal agrupamento possa prover energia necessária sub-determinados parâmetros a um
conjunto de receptores!

Existem dois tipos principais de associação de geradores: a associação em série e em paralelo.

5.1.4.1. Conexão serie


Na associação serie dos geradores de energia [tensão] tem por finalidade dois (02) objectivos, que
são: (i) o aumento da disponibilidade energética, e; (ii) a elevação da tensão eléctrica no provimento
da energia eléctrica.
UR−1 UR−2
E1 E2
φ𝑎 φ𝑏
+ R1 - + R2 -

φ𝑎𝑏 = U𝑎𝑏

Figura 5.8 ‒ Associação em serie de duas (02) fontes/geradores de tensão reais.

Do circuito eléctrico (fig.: 5.8), aplicando 2ª lei de Kirchhoff, chegaremos a conclusão:


𝑰 ∗ 𝑹𝟏 + 𝑰 ∗ 𝑹𝟐 − 𝑼𝒂𝒃 = 𝑬𝟏 +𝑬𝟐 (5.22)
𝐼 ∗ (𝑅1 + 𝑅2 ) − 𝑈𝑎𝑏 = 𝐸1 + 𝐸2 (5.22.1)
𝑰 ∗ 𝑹𝒆𝒒 − 𝑼𝒂𝒃 = 𝑬𝒆𝒒 (5.22.2)

UReq
Eeq
φ𝑎 φ𝑏
Req
+ -

I
φ𝑎𝑏 = U𝑎𝑏

Figura 5.9 ‒ Circuito equivalente das associações de fontes de tensão reais-serie.

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Observa-se que, para o circuito eléctrico (fig.: 5.9):
𝑘
𝑹𝒆𝒒 = ∑ 𝑅𝑛 = 𝑅1 + 𝑅2 (5.22.3)
𝑛=1
𝑘
𝑬𝒆𝒒 = ∑ 𝐸𝑛 = 𝐸1 + 𝐸2 (5.22.4)
𝑛=1

Desta forma, nas associações de geradores de tensão em serie, a resistência interna equivalente
(𝑹𝒆𝒒 ) do agrupamento será dada pela soma parcial das resistências internas de cada fonte. Assim de
mesmo modo, a tensão eléctrica [ou FEM] equivalente (𝑬𝒆𝒒 ) da associação de 𝒏 fontes, será dada
pela soma das mesmas (se o sentido, ou a polaridade eléctrica dos mesmos serem iguais).

Se se tratar duma associação serie de geradores de tensão eléctrica de idêntica e iguais


propriedades; isto é: (𝐸1 = 𝐸2 = 𝐸3 = 𝐸𝑛 e 𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 𝑅𝑛 ), onde 𝒏 é o número de fontes de
tensões iguais associados em serie; a resistência interna e a tensão eléctrica (ou FEM) equivalente é
expresso:

𝑹𝒆𝒒 = 𝒏𝑅1 (5.22.3)

𝑬𝒆𝒒 = 𝒏𝐸1 (5.22.4)

5.1.4.2. Conexão paralela


Ora, já na associação paralelo dos geradores de energia [tensão] tem igualmente por finalidade
dois objectivos, dos quais faz-se saber:

(i) O aumento da disponibilidade energética, e;


(ii) A elevação da intensidade da corrente eléctrica no provimento da energia eléctrica.
a a

Ieq
R1 R2 Req
φ𝑎𝑏 = U𝑎𝑏

I1 I2 Ieq

E1 E2 Eeq φ𝑎𝑏 = U𝑎𝑏

b b

Figura 5.10 ‒ (a) Associação em paralelo de duas (02) fontes/geradores de tensão reais. (b) Figura 5.9 ‒ Circuito
equivalente das associações de fontes de tensão reais-paralelo.

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Todavia, aplicando a 1ª lei de Kirchhoff a (nó A) do circuito eléctrico (fig.: 5.10) e a 2ª lei de
Kirchhoff nas duas (2) malhas possíveis, coadunaremos nas seguintes manifestações:

𝑰𝟏 +𝑰𝟐 = 𝑰𝒆𝒒 (5.23)

𝐼1 ∗ 𝑅1 + 𝑈𝑎𝑏 = 𝐸1 (5.23.1)
𝑬𝟏 − 𝑼𝒂𝒃
𝑰𝟏 = (5.23.2)
𝑹𝟏
𝐼2 ∗ 𝑅2 + 𝑈𝑎𝑏 = 𝐸2 (5.23.3)
𝑬𝟐 − 𝑼𝒂𝒃
𝑰𝟐 = (5.23.4)
𝑹𝟐
Através das expressões (5.23), (5.23.1) e (5.23.4) converge-se para:

𝐸1 − 𝑈𝑎𝑏 𝐸2 − 𝑈𝑎𝑏
𝐼𝑒𝑞 = + (5.23.5)
𝑅1 𝑅2
𝐸𝑒𝑞 − 𝑈𝑎𝑏
𝐼𝑒𝑞 = (5.23.6)
𝑅𝑒𝑞

Nisto igualando as expressões (5.23.5) e (5.23.6) chega-se analogamente a:

𝐸𝑒𝑞 − 𝑈𝑎𝑏 𝐸1 − 𝑈𝑎𝑏 𝐸2 − 𝑈𝑎𝑏


= + (5.23.7)
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2

𝐸𝑒𝑞 𝑔𝑒𝑞 − 𝑈𝑎𝑏 𝑔𝑒𝑞 = 𝐸1 𝑔1 − 𝑈𝑎𝑏 𝑔1 + 𝐸2 𝑔2 − 𝑈𝑎𝑏 𝑔2 (5.23.8)

𝐸𝑒𝑞 𝑔𝑒𝑞 = 𝐸1 𝑔1 + 𝐸2 𝑔2 + 𝑈𝑎𝑏 (𝑔𝑒𝑞 − 𝑔1 − 𝑔2 ) (5.23.9)

𝒈𝒆𝒒 = 𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 (5.23.10)
𝑬 𝟏 𝒈𝟏 + 𝑬 𝟐 𝒈𝟐
𝑬𝒆𝒒 = (5.23.11)
𝒈𝒆𝒒

É notório que para o circuito eléctrico (fig.: 5.10):


2 1 −1 2 1
𝑹𝒆𝒒 = ∑ ( ) = ∑ 𝒈𝑛 −1 = (5.23.12)
𝑛=1 𝑹𝑛 𝑛=1 1 1
(𝑹 + 𝑹 )
1 2

∑𝑘𝑛=1 𝑬𝑛 𝒈𝑛
𝑬𝒆𝒒 = (5.23.13)
∑𝑘𝑛=1 𝒈𝑛

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Contudo, nas conexões de geradores de tensão em paralelo, a inversa da resistência interna
equivalente (𝑹𝒆𝒒 −1) do agrupamento será dada pela soma parcial das inversas das resistências internas
de cada fonte. Outrora, a tensão eléctrica [ou FEM] equivalente (𝑬𝒆𝒒 ) da conexão de 𝒏 fontes, será
dada pela soma do produtorio das mesmas pelas suas respectivas condutâncias parciais (𝑬𝒌 𝒈𝒌 ) (se o
sentido, ou a polaridade eléctrica dos mesmos serem iguais).

Se se tratar duma conexão paralelo de geradores de tensão eléctrica de idêntica e iguais


propriedades; isto é: (𝐸1 = 𝐸2 = 𝐸3 = 𝐸𝑛 e 𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 𝑅𝑛 ), onde 𝒏 é o número de fontes de
tensões iguais associados em paralelo; a resistência interna e a tensão eléctrica (ou FEM) equivalente
é expresso:
𝑅1
𝑹𝒆𝒒 = (5.23.14)
𝒏
𝑬𝒆𝒒 = 𝐸1 (5.23.15)

5.1.5. Geradores de Luz (Díodo LED – Semicondutor Emissor de Luz)

Os díodos emissores de luz (LED) são muito usados actualmente em aparelhos electrónicos e
quadros de comandos e accionamentos em indústrias. Um LED produz luz de forma muito eficiente,
com um consumo eléctrico de apenas alguns miliwatts (10−3 Watts).

Os LEDs (Light Emitting Diodes) são construídos com materiais electrotécnicos (cristais)
semicondutores, dotados de diferentes formas, tamanhos e cores; e têm um tempo de duração muito
elevado. A luz que é produzida por um LED tem uma cor própria que não muda com a corrente ou as
condições de operação.

Figura 5.11 ‒ Díodos (semicondutores) Emissores de Luz.

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Os díodos emissores de luz (LED) são dispositivos com um cátodo (polo positivo “+”) e um ânodo
(polo negativo “–”), identificados como mostra a (figura 5.12).

Ligando uma diferença de potencial superior a um valor mínimo, com o ânodo (-) a maior potencial
que o cátodo, o LED produzirá a sua luz monocromática correspondente.

Quando o potencial do ânodo (-) for menor que o potencial do cátodo, o LED não deixa passar
corrente e não produzirá Luz.

Cátodo (+) + Ânodo (–) Cátodo (+)

+
Ânodo (–)

a) b)

Figura 5.12 ‒ (a) Díodo LED - Verde. (b) Diagrama/símbolo do Díodo LED num circuito eléctrico.

COMPRIMENTO DE
Materiais Electrotécnicos (Díodo LED) COR DA LUZ
ONDA (𝝀)
Arsenieto de Gálio e Alumínio Infravermelho 880 nm
Arsenieto de Gálio e Alumínio Vermelho 645 nm
Fosfato de Alumínio, Índio e Gálio Amarelo 595 nm
Fosfato de Gálio Verde 565 nm
Nitreto de Gálio Azul 430 nm

Figura 5.1 ‒ As cores de luz emitidas por semicondutores (DLEDs) VS materiais electrotécnicos e 𝝀 (nm).

Em geral, os LEDs operam com nível de tensão de 1.6𝑉 a 3.3𝑉, sendo compatíveis com os
circuitos eléctricos em excitados em corrente continua (DC). É interessante notar que a tensão é
dependente do comprimento da onda emitida.

Assim, os díodos LEDS: (1) – infravermelhos geralmente funcionam com menos de 1.5𝑉; (2) –
vermelhos com 1.7𝑉; (3) – amarelos com 1.7𝑉 até 2.0𝑉; (4) – verdes entre 2.0𝑉 até 3.0𝑉. Outrora
os díodos LEDs: (5) – azuis, violeta e ultravioleta geralmente precisam de mais de (3.0𝑉). A potência
necessária está na faixa típica de 10 − 150 𝑚𝑊, com um tempo de vida útil de 100.000 h, ou mais.

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6. ALGORITMO DE ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉCTRICOS COMPLEXOS

[Calcular] um circuito eléctrico significa [determinar] (todas) as correntes


em todos os seus ramos.

[Analisar] um circuito eléctrico significa [encontrar] ou [determinar] e em


alguns casos, se necessário, [medir] (todos) os parâmetros eléctricos que
permitem perceber e entender o funcionamento normal dos circuitos.

Tendo compreendido as leis fundamentais da teoria dos circuitos (lei de Ohm e leis de Kirchhoff),
agora estamos preparados para aplicar essas tais leis no desenvolver de cinco (05) técnicas poderosas
para análise de circuitos eléctricos, sejam elas: lineares ou não-lineares; em CC (DC) ou CA (AC).

Nesta unidade didáctica, nós nos concentraremos a [determinar] ou [calcular]:

i. As correntes dos ramos ou das malhas;


ii. As tensões ou quedas de tensão nos distintos componentes;
iii. Os potenciais dos nós, e;
iv. As potências dissipadas pelos componentes e fornecidas pelas fontes.

Para que esta actividade se torne fácil, vamos, como anteriormente dissemos; fazer aplicações
maioritariamente as leis de Kirchhoff e de Ohm. E para a análise, cinco (5) métodos foram propostos,
mas você pode investigar outros:

1. Método de Análise de Kirchhoff;


2. Método de Análise de Malhas Independentes;
3. Método de Análise de Fontes Separadas (sobreposição);
4. Método de Análise dos Nós (Nodal), e;
5. Método de Thevenin e Norton.

6.1. MÉTODO DE ANALISE DE KIRCHHOFF

Este método de análise de circuitos eléctricos é baseado nas suas próprias leis (de Kirchhoff). As
duas (2) leis de Kirchhoff são escritas uma de cada vez e as equações resultantes são agrupadas de
modo a obter-se um sistema de equações quadrada, em que vai permitir calcular directamente as
correntes de ramos–desconhecidas.

NOTA: A aplicação deste método obedece um algoritmo!

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6.1.1. Algoritmo de cálculo | Analise de Kirchhoff:

1-Etapa: Determinar o número total de nós (𝐍), o número total de ramos (𝒓) e o número de ramos
com fonte de corrente (𝒓𝒄 ) no circuito;

2-Etapa: Marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos;

3-Etapa: [Determinar] o número de modelos matemáticos ou equações, a serem escritas pela (1ª lei
da Kirchhoff).
O número de equações nodais (LKI/C) é dado pelo número de nós (𝑵) menos um (1):

𝐍𝑒𝑞 (𝑛𝑜𝑑𝑎𝑙) = 𝐍 − 1 (6.1.1)

4-Etapa: [Escrever] os modelos matemáticos nodais das correntes nos nós (1ª lei de Kirchhoff), cuja
quantidade numérica das equações a serem escritas foram determinadas pela equação (6.1.1)

5-Etapa: [Determinar] o número de modelos matemáticos ou equações, a serem escritas pela (2ª lei
da Kirchhoff.

O número de equações de malhas (LKT) é dado pela diferença entre o número total de
ramos (𝒓) e o número de ramos com fonte de corrente (𝒓𝒄 ) e o número de nós (𝑵) menos (1):

𝐍𝑒𝑞 (𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠) = (𝒓 − 𝒓𝒄 ) − (𝐍 − 1 ) (6.1.2)

6-Etapa: Marcar arbitrariamente os (iguais) sentidos de circulação das malhas. Isto é: deve-se escolher
o mesmo sentido de circulação para todas as malhas;

7-Etapa: [Escrever] os modelos matemáticos de malhas (2ª lei de Kirchhoff), cuja quantidade
numérica das equações a serem escritas foram determinadas pela equação (6.1.2).

ATENÇÃO: Cada malha escolhida não deve conter nenhuma fonte de corrente (Jk )

8-Etapa: [Escrever] o sistema de equações a partir das equações escritas nas etapas (4ª e 7ª);
9-Etapa: Resolver o sistema de equações, obtido na (8ª Etapa), e determine as correntes de ramos;

NOTA: Se alguma corrente, num determinado ramo for negativa, significa que na realidade o
sentido da corrente é oposto;

Final: Quando se é requerido no problema, ou por certificação dos valores obtidos; segue-se: Fazendo
a Prova das Soluções usando a equação das potências fornecidas e consumidas (Balanço de Potência).

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6.1.2. Exercício de Fixação | Analise de Kirchhoff:

1. Analisar o circuito abaixo (fig.: 6.1), usando o Método de Analise de Kirchhoff:


a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de potência usando o balanço de potência.

E2=40V
R1=10

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V

J2=6A

6.1.2.1. Resolução por Método de Kirchhoff


Começamos por indicar:

Número total de nós: 𝐍 = 4;


Número total de ramos: 𝒓 = 6;
Número de ramos com fonte de corrente: 𝒓𝒄 = 2.

Vamos marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos:

E2=40V
R1=10 a b

I4
R3=20
R2=14

J1=3A

E1=20V I1 I2 I3

d c

J2=6A
Figura 6.1a ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Kirchhoff-parcial.

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Número de equações da (1ª lei de Kirchhoff):

𝐍𝑒𝑞 (𝑛𝑜𝑑𝑎𝑙) = (𝐍 − 1) = (4 − 1) = (𝟑) 𝑒𝑞. 𝑛𝑜𝑑𝑎𝑖𝑠

Uma vez que o número de equações que devem ser constituídas à base da (1ª lei de Kirchhoff) é
igual a três (3); vamos então escrever apenas para três (3) nós as equações a base da LKI dos quatro
nós existentes nos circuito (fig.: 6.1a).

Como dito no parágrafo anterior, existem quatro nós (a, b, c e d) no circuito eléctrico proposto
acima, mas devemos escolher apenas três (3). A escolha é aleatória (das 4 existentes). Porem,
pautamos aqui a escolha dos nós (a, b, c).

Nó A (∑𝒏𝒊=𝟏 𝑰𝒊 = 𝟎): 𝐼1 − 𝐼2 − 𝐼4 = 0

Nó B (∑𝒎
𝒌=𝟏 𝑰𝒌 = 𝟎): 𝐼3 + 𝐼4 + 𝐽1 = 0

Nó C (∑𝒉𝒘=𝟏 𝑰𝒘 = 𝟎): −𝐽1 − 𝐽2 − 𝐼3 = 0

Número de equações a serem constituídas pela (2ª lei de Kirchhoff):

𝐍𝑒𝑞 (𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠) = (𝒓 − 𝒓𝒄 ) − (𝐍 − 1 ) = (6 − 2) − 3 = (𝟏) 𝑒𝑞. 𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠

Devemos escrever uma e única (1) equação. Existem quatro malhas mas devemos escolher apenas
uma, onde vamos marcar arbitrariamente os sentidos de circulação com as letras (por ex.: W, X, Y
ou I, II, III); atentando que esta (s) circulação (ões) não transite (m) por algum ramo possuidora duma
fonte de corrente. E2=40V
R1=10 a b

I4
R3=20
R2=14

J1=3A

E1=20V I1 W I2 I3

d c

J2=6A
Figura 6.1b ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Kirchhoff-completa

Malha W (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰𝑹)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): 𝑅1 𝐼1 +𝑅2 𝐼2 = 𝐸1

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Sistema de equações obtido pelas equações da 1ª e 2ª leis de Kirchhoff:

𝐼1 − 𝐼2 − 𝐼4 = 0 𝐼1 − 𝐼2 + 0𝐼3 − 𝐼4 = 0
𝐼3 + 𝐼4 + 𝐽1 = 0 0𝐼1 + 0𝐼2 + 𝐼3 + 𝐼4 = 𝐽1

−𝐽1 − 𝐽2 − 𝐼3 = 0 0𝐼1 + 0𝐼2 − 𝐼3 + 0𝐼4 = 𝐽1 + 𝐽2
{ 𝑅1 𝐼1 +𝑅2 𝐼2 = 𝐸1 { 𝑅1 𝐼1 +𝑅2 𝐼2 + 0𝐼3 + 0𝐼4 = 𝐸1
Vamos substituir os valores dos resistores, forças electromotrizes e das fontes de corrente:

𝐼1 − 𝐼2 + 0𝐼3 − 𝐼4 = 0 𝑰𝟏 − 𝑰𝟐 + 0𝑰𝟑 − 𝑰𝟒 = 0
0𝐼1 + 0𝐼2 + 𝐼3 + 𝐼4 = −3 0𝑰𝟏 + 0𝑰𝟐 + 𝑰𝟑 + 𝑰𝟒 = −3

0𝐼1 + 0𝐼2 − 𝐼3 + 0𝐼4 = 3 + 6 0𝑰𝟏 + 0𝑰𝟐 − 𝑰𝟑 + 0𝑰𝟒 = 9
{10𝐼1 +14𝐼2 + 0𝐼3 + 0𝐼4 = 20 { 10𝑰𝟏 +14𝑰𝟐 + 0𝑰𝟑 + 0𝑰𝟒 = 20

Os métodos de resolução do último sistema de equação de dimensão (4𝑥4) não são escopo desta
didáctica; dos quais circundarão os métodos de: adição, substituição, eliminação de Gauss,
eliminação de Gauss-Jordan, Cramer, cofactores e outras álgebras equivalentes.

O cálculo cuidadoso do sistema de equação acima nos dará as seguintes soluções para as correntes
de ramos do circuito acima [pelo Método de analise de Kirchhoff]:

𝟏𝟑
𝑰𝟏 = 𝑨 ≅ 𝟒. 𝟑𝟑𝟒𝑨
𝟑
𝟓
𝑰𝟐 = − 𝑨 ≅ −𝟏. 𝟔𝟔𝟕𝑨
𝟑
𝑰𝟑 = −𝟗𝑨
{ 𝑰𝟒 = 𝟔𝑨

É de notar que as correntes de ramo 𝑰𝟐 e 𝑰𝟑 têm sinais negativos. Isso significa que os sentidos
arbitrados para essas duas correntes não são verdadeiros. E se tornamos ao circuito eléctrico (fig. 6.1
a/b) e colocarmos os sentidos verdadeiros dessas correntes (invertendo o sentido actual), isso
significará que os seus valores tornar-se-á dedutivamente em sinais positivos (𝐼2 ≅ 1.67𝐴 e 𝐼3 = 9𝐴).

6.1.2.2. Equilíbrio Energético | Método de Kirchhoff


Ora, façamos agora o balanço de potência para termos a garantia de que as correntes de ramos
obtidas anteriormente estão certas.
𝑛 𝑘

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1
𝑢 𝑡 𝑘

± ∑ 𝑬𝑑 𝑰𝑑 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱𝑚 = ∑ 𝑹𝑤 𝑰2𝑤
𝑑=1 𝑚=1 𝑤=1

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𝑘=3 𝑘=3

∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤) = ∑ 𝑹𝑤 𝑰2𝑤 = 𝑹1 𝑰12 + 𝑹2 𝑰22 + 𝑹3 𝑰23


𝑤=1 𝑤=1

13 2 5 2 𝟓𝟓𝟒𝟎
𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎/𝑐𝑜𝑛𝑠 = 10 ∗ ( ) + 14 ∗ (− ) + 20 ∗ (−9)2 = 𝑾 ≅ 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾
3 3 𝟑

Não se esquecendo que se trata de um circuito que também contém fonte de corrente: devemos
primeiramente determinar as tensões [𝐔(𝐽1 ) ] e [𝐔(𝐽2 ) ] nos terminais das fontes de corrente; de modo
que procedamos no cálculo da energia/potência cedida pelas fontes energéticas contidas no circuito.
𝑛=4 𝑢=2 𝑡=2

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ± ∑ 𝑬𝑑 𝑰𝑑 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱𝑚 = 𝑬1 𝑰1 − 𝑬2 𝑰4 + 𝑼(𝐽1 ) 𝑱1 + 𝑼(𝐽2 ) 𝑱2


𝑖=1 𝑑=1 𝑚=1

E2=40V
R1=10 a b

I4
UJ2

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V I1 W I2 UJ1 I3

d c

J2=6A
Figura 6.1c ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação do algoritmo de prova de potência

Malha UJ1 (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰𝑹)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): −𝑅3 𝐼3 = 𝑈(𝐽1)

𝑈(𝐽1) = −𝑅3 𝐼3

𝑈(𝐽1) = −20 ∗ (−9) = 𝟏𝟖𝟎 𝑽

Malha UJ2 (∑𝒙𝒘=𝟏(𝑰𝑹)𝒘 = ∑𝒛𝒚=𝟏 𝑬𝒚 ): −𝑅2 𝐼2 −𝑅3 𝐼3 = 𝑈(𝐽2) − 𝐸2

𝑈(𝐽2) = 𝐸2 − 𝑅2 𝐼2 −𝑅3 𝐼3
5 𝟕𝟑𝟎
𝑈(𝐽2) = 40 − 14 ∗ (− ) − 20 ∗ (−9) = 𝑽 ≅ 𝟐𝟒𝟑. 𝟑𝟑𝟒 𝑽
3 𝟑

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Já calculadas as duas tensões sobre as fontes de corrente em vazio, voltemos ao balanço de potência
(potência fornecida):

𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒/𝑓𝑜𝑟𝑛 = 𝑬1 𝑰1 − 𝑬2 𝑰4 + 𝑼(𝐽1 ) 𝑱1 + 𝑼(𝐽2 ) 𝑱2

13 730 𝟓𝟓𝟒𝟎
𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒/𝑓𝑜𝑟𝑛 = 20 ∗ ( ) − 40 ∗ (6) + (180) ∗ (3) + ( ) ∗ (6) = 𝑾 ≅ 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾
3 3 𝟑
𝑛 𝑘

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1

𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾 = 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾

Isto significa que a potência fornecida/gerada é exactamente igual à potência consumida/dissipada,


logo os valores das correntes e das tensões anteriormente determinadas estão correctas.

6.2. MÉTODO DE ANALISE DE MALHAS INDEPENDENTES

Para Sadiku e Alexander (2013, p. 91): Malhas Independentes é um dos métodos de análise
considerado como uma das mais poderosas ferramentas de análise de circuitos eléctricos!

Todavia, no que concerne a este método, dever-se-á assinalar-se por um símbolo a corrente que
circula em cada uma das malhas da rede ou do circuito, consideradas independentes uma das outras.

As equações são escritas em função destes símbolos de corrente de malha, e é a partir deles que,
depois de resolvidos os sistemas de equações se encontram as correntes em todos os ramos. Este
método diferencia-se do anterior (Kirchhoff) oriundo ao facto deste poder colmatar as equações
escritas pela (1ª lei de Kirchhoff – Nodais), remanescendo apenas as escritas pela (2ª lei - LKT).

NOTA: A aplicação deste método obedece um algoritmo ligeiramente distinto à Kirchhoff!

6.2.1. Algoritmo de cálculo | Analise de Malhas Independentes:

1-Etapa: Determinar o número total de nós (𝐍), o número total de ramos (𝒓) e o número de ramos
com fonte de corrente (𝒓𝒄 ) no circuito;

2-Etapa: Marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos;

3-Etapa: [Determinar] o número de malhas independentes (ou numero de equações), a serem escritas
pela (2ª lei da Kirchhoff).

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O número de equações de malhas (LKT) é dado pela diferença entre o número total de
ramos (𝒓) e o número de ramos com fonte de corrente (𝒓𝒄 ) e o número de nós (𝑵) menos (1):
𝑜
𝐍𝑒𝑞 (𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠) = (𝒓 − 𝒓𝒄 ) − (𝐍 − 1 ) (6.2.1)

4-Etapa: Designar o sentido arbitrário (igual) de circulação das correntes de malha em cada malha.

5-Etapa: É preciso tomar em conta a influência das fontes de corrente. Para tal é preciso marcar
também as correntes das malhas conhecidas, tantas quantas forem para as fontes de corrente
existentes no circuito. Para isso, devemos sempre tentar obter um ramo contendo uma fonte
de corrente como ramo independente, para que a corrente de malha coincida com a corrente
da fonte de corrente;

6-Etapa: [Escrever] as equações de malhas para (2ª lei de Kirchhoff), para as malhas escolhidas na
etapa - 3, em consonância comas etapas 4-5. Cuja quantidade numérica das equações a serem
escritas foram determinadas pela equação (6.2.1).

ATENÇÃO: Cada malha escolhida não deve conter nenhuma fonte de corrente (Jk )

7-Etapa: Resolver o sistema de equações, obtido na (6ª Etapa), e determine as correntes de malhas;

NOTA: Se alguma corrente, numa determinada malha for negativa, significa que na realidade o
sentido da corrente de malha é oposto;

8-Etapa: [Determinar] as correntes reais (de ramo).


 Nos ramos independentes a corrente real é igual a corrente de malha, e;
 Já nos ramos dependentes (ramos por onde circulam as correntes de malhas vizinhas), a
corrente real (de ramo) é igual à soma algébrica das correntes de malhas nesse mesmo ramo.

Final: Quando se é requerido no problema, ou por certificação dos valores obtidos; segue-se: Fazendo
a Prova das Soluções usando a equação das potências fornecidas e consumidas (Balanço de Potência).

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6.2.2. Exercício de Fixação | Analise de Malhas Independentes:

1. Analisar o circuito abaixo (fig.: 6.2), usando o Método de Analise de Malhas Independentes:
a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de potência usando o balanço de potência.

E2=40V
R1=10

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V

J2=6A

6.2.2.1. Resolução por Método de Malhas Independentes


Começamos por indicar:

Número total de nós: 𝐍 = 4;


Número total de ramos: 𝒓 = 6;
Número de ramos com fonte de corrente: 𝒓𝒄 = 2.

Vamos marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos:

E2=40V
R1=10 a b

I4
R3=20
R2=14

J1=3A

E1=20V I1 I2 I3

d c

J2=6A
Figura 6.2a ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Malhas Independentes-parcial.

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Número de equações independentes a serem constituídas pela (2ª lei de Kirchhoff):

𝑜
𝐍𝑒𝑞 (𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠) = (𝒓 − 𝒓𝒄 ) − (𝐍 − 1 ) = (6 − 2) − (4 − 1) = (𝟏) 𝑒𝑞. 𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠

Devemos escrever uma e única (1) equação. Existem quatro malhas mas devemos escolher apenas
uma, onde vamos marcar arbitrariamente os sentidos de circulação com as letras (por ex.: W, X, Y
ou 𝑰𝒂 , 𝑰𝒃 , 𝑰𝒄 ); atentando que esta (s) circulação (ões) não transite (m) por algum ramo possuidora
duma fonte de corrente.

As fontes de correntes estabelecerão, se existirem no circuito eléctrico, as suas próprias malhas


independentes influenciadoras; sendo estas escritas em função da sua quantidade no circuito.
E2=40V
R1=10 a b

I1
I4
J2

R3=20
R2=14

Ia J1=3A
E1=20V I2 J1 I3

d c

J2=6A
Figura 6.2b ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Malhas Independentes-completa

Decerto, na Malha 𝐈𝑎 :

A corrente de malha 𝑰𝒂 transita pelos resistores 𝑹𝟏 e 𝑹𝟐 provocando queda de tensão 𝐼𝑎 (𝑅1 +


𝑅2 ). A fonte de corrente de malha 𝑱𝟐 provoca uma queda de tensão negativa (oposta a 𝑰𝒂 ) no resistor
𝑹𝟐 que deve ser compensada:

Malha 𝐈𝒂 (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰𝑹)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): (𝑅1 +𝑅2 )𝐼𝑎 − 𝑅2 𝐽2 = 𝐸1

Sistema de equações obtido pelas equações da 2ª leis de Kirchhoff:

{(𝑅1 +𝑅2 )𝐼𝑎 − 𝑅2 𝐽2 = 𝐸1 ⇒ {(𝑅1 +𝑅2 )𝐼𝑎 = 𝐸1 + 𝑅2 𝐽2

Vamos substituir os valores dos resistores, forças electromotrizes e das fontes de corrente:

{(10 + 14)𝐼𝑎 = 20 + 14 ∗ 6 ⇒ {24𝑰𝒂 = 104

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Os métodos de resolução do último sistema de equação de dimensão (1𝑥1) são de domínio geral
dos níveis elementares (equações lineares). O cálculo cuidadoso do sistema de equação acima nos
dará a seguinte solução para a corrente de malha do circuito acima [pelo Método de analise de malhas
independentes]:

𝟏𝟑
{𝑰 𝒂 = 𝑨 ≅ 𝟒. 𝟑𝟑𝟒𝑨
𝟑

Tornando ao circuito (fig. 6.2b), é fácil observar que as correntes de ramos serão iguais a:

13 𝟏𝟑
𝐼1 = 𝐼 𝑎 𝐼1 = 𝐴 𝑰 = 𝑨 ≅ 𝟒. 𝟑𝟑𝟒𝑨
3 𝟏
𝟑
𝐼2 = 𝐼𝑎 − 𝐽2 13 𝟓
𝐼3 = −𝐽1 − 𝐽2 ⟹ 𝐼2 = ( 3 − 6) 𝐴 ⟹ 𝑰𝟐 = − 𝟑 𝑨 ≅ −𝟏. 𝟔𝟔𝟕𝑨
{ 𝐼 4 = 𝐽2 𝐼3 = (−3 − 6) 𝐴 𝑰𝟑 = −𝟗 𝑨
{ 𝐼4 = 6𝐴 { 𝑰𝟒 = 𝟔 𝑨

6.2.2.2. Equilíbrio Energético | Método de Malhas Independente


Ora, façamos agora o balanço de potência para termos a garantia de que as correntes de ramos
obtidas anteriormente estão certas; embora que já o havíamos balanceado por Método de Kirchhoff.
𝑛 𝑘

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1
𝑢 𝑡 𝑘

± ∑ 𝑬𝑑 𝑰𝑑 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱𝑚 = ∑ 𝑹𝑤 𝑰2𝑤
𝑑=1 𝑚=1 𝑤=1
𝑘=3 𝑘=3

∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤) = ∑ 𝑹𝑤 𝑰2𝑤 = 𝑹1 𝑰12 + 𝑹2 𝑰22 + 𝑹3 𝑰23


𝑤=1 𝑤=1

13 2 5 2 𝟓𝟓𝟒𝟎
𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎/𝑐𝑜𝑛𝑠 = 10 ∗ ( ) + 14 ∗ (− ) + 20 ∗ (−9)2 = 𝑾 ≅ 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾
3 3 𝟑

Não se esquecendo que se trata de um circuito que também contém fonte de corrente: devemos
primeiramente determinar as tensões [𝐔(𝐽1 ) ] e [𝐔(𝐽2 ) ] nos terminais das fontes de corrente; de modo
que procedamos no cálculo da energia/potência cedida pelas fontes energéticas contidas no circuito.
𝑛=4 𝑢=2 𝑡=2

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ± ∑ 𝑬𝑑 𝑰𝑑 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱𝑚 = 𝑬1 𝑰1 − 𝑬2 𝑰4 + 𝑼(𝐽1 ) 𝑱1 + 𝑼(𝐽2 ) 𝑱2


𝑖=1 𝑑=1 𝑚=1

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E2=40V
R1=10 a b

I4
UJ1

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V I1 W I2 UJ1 I3

d c

J2=6A
Figura 6.1c ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação do algoritmo de prova de potência

Malha UJ1 (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰𝑹)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): −𝑅3 𝐼3 = 𝑈(𝐽1)

𝑈(𝐽1) = −𝑅3 𝐼3

𝑈(𝐽1) = −20 ∗ (−9) = 𝟏𝟖𝟎 𝑽

Malha UJ2 (∑𝒙𝒘=𝟏(𝑰𝑹)𝒘 = ∑𝒛𝒚=𝟏 𝑬𝒚 ): −𝑅2 𝐼2 −𝑅3 𝐼3 = 𝑈(𝐽2) − 𝐸2

𝑈(𝐽2) = 𝐸2 − 𝑅2 𝐼2 −𝑅3 𝐼3
5 𝟕𝟑𝟎
𝑈(𝐽2) = 40 − 14 ∗ (− ) − 20 ∗ (−9) = 𝑽 ≅ 𝟐𝟒𝟑. 𝟑𝟑𝟒 𝑽
3 𝟑

Já calculadas as duas tensões sobre as fontes de corrente em vazio, voltemos ao balanço de potência
(potência fornecida):
𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒/𝑓𝑜𝑟𝑛 = 𝑬1 𝑰1 − 𝑬2 𝑰4 + 𝑼(𝐽1 ) 𝑱1 + 𝑼(𝐽2 ) 𝑱2

13 730 𝟓𝟓𝟒𝟎
𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒/𝑓𝑜𝑟𝑛 = 20 ∗ ( ) − 40 ∗ (6) + (180) ∗ (3) + ( ) ∗ (6) = 𝑾 ≅ 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾
3 3 𝟑
𝑛 𝑘

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1

𝟓𝟓𝟒𝟎 𝟓𝟓𝟒𝟎
𝑾= 𝑾
𝟑 𝟑

Demonstrando assim que a potência gerada é exactamente igual à potência consumida, logo os valores
das correntes de ramo anteriormente determinadas representam as interacções energéticas do circuito.

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6.3. MÉTODO DE ANALISE DE FONTES SEPARADAS (SOBREPOSIÇÃO)

Este método de análise de circuitos eléctricos é baseado nas leis de Kirchhoff e Ohm. E afirma
que, em qualquer circuito eléctrico linear, a tensão (ou corrente) sobre uma carga ou ramo, pode ser
calculada como o resultado da soma algébrica das diversas tensões (ou correntes) produzidas
individualmente por cada fonte independente do circuito, quando todas as outras fontes independentes
existentes no circuito são (colocadas em repouso) eliminadas.

NOTA A: Uma fonte de tensão está em repouso se está curto-circuitada (0𝑉): resistência (0Ω);

NOTA B: Uma fonte de corrente está em repouso se está em circuito-aberto (0𝐴): resistência (∞);

NOTA C: Este teorema aplica-se apenas a fontes independentes; as fontes dependentes não são
colocadas em repouso;

NOTA D: Este teorema é sobretudo útil em corrente alternada, onde por vezes é o único método
possível de resolução dos problemas; em respostas de frequência (harmónicas).

NOTA E: O principio de sobreposição não pode ser aplicado para calcular a potencia fornecida em
um circuito, já que a dissipação de potência em um resistor varia de acordo com o
quadrado da tensão aplicada ao resistor ou à corrente.

NOTA F: A aplicação deste método obedece um algoritmo!

6.3.1. Algoritmo de cálculo | Método de Sobreposição:

1-Etapa: Marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos;

2-Etapa: Manter uma determinada fonte energética independente e todas dependentes no circuito, e
eliminar (repousar) todas as demais fontes energéticas independentes no circuito eléctrico;

3-Etapa: [Determinar] as correntes de ramos no circuito eléctrico resultante, para cada fonte, fazendo
o uso dos demais métodos/teoremas de resolução de circuitos eléctricos;

4-Etapa: [Calcular] a corrente real (total) transitando em cada ramo, pela soma algébrica das correntes
do mesmo ramo-parciais;

Final: Quando se é requerido no problema, ou por certificação dos valores obtidos; segue-se: Fazendo
a Prova das Soluções usando a equação das potências fornecidas e consumidas (Balanço de Potência).

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6.3.2. Exercício de Fixação | Analise de Sobreposição:

1. Analisar o circuito abaixo (fig.: 6.3), usando o Método de Analise de Fonte Separadas:
a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de potência usando o balanço de potência.

E2=40V
R1=10

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V

J2=6A

6.3.2.1.Resolução por Método de Sobreposição

Vamos marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos:


E2=40V
R1=10 a b

I4
R3=20
R2=14

J1=3A

E1=20V I1 I2 I3

d c

J2=6A
Figura 6.3 ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Sobreposição-parcial.

1º Caso: Considerando a fonte [𝑬𝟏 ]

Neste caso inicial, atentemos em determinar as correntes de ramos parciais desenvolvidas no


circuito eléctrico devido a fonte de tensão (𝐸1 ), e eliminemos (repousemos) todas as demais fontes
energéticas (𝐸2 , 𝐽1 e 𝐽2 ) no circuito eléctrico da (fig.: 6.3).

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R1=10 a b

I 4ı

R3=20
R2=14
E1=20V I1ı I 2ı I 3ı

d c

Figura 6.3a ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Sobreposição-fonte (𝐸1 ).

Olhando para o circuito (fig.: 6.3a) é notório de imediato que os resistores 𝑅1 e 𝑅2 estão
ligados em série, dai que aplicando a 2ª lei de Kirchhoff sobre aquele contorno (malha a-d-a) tem-se:

𝑬1 20 𝟐𝟎
𝑰1𝑖 = 𝑰𝑖2 = = = 𝑨
𝑹1 + 𝑹2 10 + 14 𝟐𝟒

Visto que para o circuito (fig.: 6.3a) nos nós (b e c) ocorre descontinuidades eléctricas; deste jeito,
não haverá um caminho fechado para o trânsito de electrões que definirão as correntes (𝐼3𝑖 e 𝐼4𝑖 ).

𝑰𝑖4 = 𝑰𝑖3 = 𝟎𝑨

2º Caso: Considerando a fonte [𝑬𝟐 ]

Outrora tomando o caso da fonte de tensão (𝐸2 ), procedamos igualmente em determinar as


correntes de ramos parciais desenvolvidas no circuito eléctrico devido a esta fonte de tensão (𝐸2 ), e
repousemos todas as outras demais fontes energéticas independentes (𝐸1 , 𝐽1 e 𝐽2 ) no circuito eléctrico
da (fig.: 6.3). E2=40V
R1=10 a b

I4ıı
R3=20
R2=14

I1ıı I2ıı I3ıı

d c

Figura 6.3b ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Sobreposição-fonte (𝐸2 ).

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Analisando o circuito (fig.: 6.3b) observa-se que nos nós (a, b, c e d) ocorre descontinuidades
eléctricas em função da fonte de tensão (𝐸2 ); desta forma, não haverá um caminho fechado para o
trânsito de electrões a ser provida por (𝐸2 ), que definiriam as correntes (𝐼1𝑖𝑖 , 𝐼2𝑖 , 𝐼3𝑖𝑖 e 𝐼4𝑖𝑖 ).

𝑰1𝑖𝑖 = 𝑰𝑖𝑖2 = 𝑰𝑖𝑖4 = 𝑰𝑖𝑖3 = 𝟎𝑨

3º Caso: Considerando a fonte [𝑱𝟏 ]

Ora, atentemos agora em determinar as correntes de ramos parciais desenvolvidas no circuito


eléctrico devido a fonte de corrente (𝐽1 ), e eliminemos todas as outras fontes energéticas (𝐸1 , 𝐸2 e 𝐽2 )
existentes no circuito eléctrico da (fig.: 6.3).

R1=10 a b

I4ııı

R3=20
R2=14

J1=3A
I1ııı
I2ııı I3ııı

d c

Figura 6.3c ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Sobreposição-fonte (𝐽1 ).

Observando para o circuito (fig.: 6.3c) é notório de imediato que a corrente parcial 𝐼3𝑖𝑖𝑖 é igual ao
negativo de 𝐽1 ; pois encontram-se no mesmo ramos e com sentido oposto de trânsito.

E pelas particularidades dos circuitos eléctricos, num mesmo ramo só poderá transitar uma e única
corrente eléctrica. Desta forma tem-se:

𝑰𝑖𝑖𝑖
3 = −𝑱1 = −𝟑𝑨

Ainda para o circuito (fig.: 6.3c) nos nós (a e d) ocorre descontinuidades eléctricas; deste jeito,
não haverá um caminho fechado para o trânsito de electrões que definirão as correntes (𝐼1𝑖𝑖𝑖 , 𝐼2𝑖𝑖𝑖 e 𝐼4𝑖𝑖𝑖 ).

𝑰1𝑖𝑖𝑖 = 𝑰𝑖𝑖𝑖 𝑖𝑖𝑖


2 = 𝑰4 = 𝟎𝑨

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4º Caso: Considerando a fonte [𝑱𝟐 ]

Já para este caso final, dedicar-nos-emos em determinar as correntes de ramos parciais


desenvolvidas no circuito eléctrico devido a fonte de corrente (𝐽2 ), e eliminemos (repousemos) todas
as outras demais fontes energéticas (𝐸1 , 𝐸2 e 𝐽1 ) no circuito eléctrico da (fig.: 6.3).

R1=10 a b

I4ıv

R3=20
R2=14
I1ıv
I2ıv I3ıv

d c

J2=6A
Figura 6.3d ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Sobreposição-fonte (𝐽2 ).

Atentando cuidadosamente para o circuito (fig.: 6.3d) é notório de imediato que os resistores
𝑅1 e 𝑅2 estão ligados em paralelo e 𝑅3 e 𝐽2 encontram-se em series, dai que aplicando o método de
divisor de corrente sobre o (nó d) nos concederia rapidamente:

𝑹2 14 𝟖𝟒
𝑰1𝑖𝑣 = 𝑱2 = 6∗ = 𝑨
𝑹1 + 𝑹2 10 + 14 𝟐𝟒

𝑹1 10 𝟔𝟎
𝑰𝑖𝑣
2 = −𝑱2 = −6 ∗ =− 𝑨
𝑹1 + 𝑹2 10 + 14 𝟐𝟒

Visto que para o circuito (fig.: 6.3d) nos nós (b e c) ocorre parcialmente descontinuidades
eléctricas; tornando assim as correntes (𝐼3𝑖𝑣 e 𝐼4𝑖𝑣 ) elementos do mesmo ramo, e consequentemente de
mesma magnitude colombiana.

A observação atenciosa para o circuito (fig.: 6.3d) tornar-se-á claro que a corrente parcial 𝐼3𝑖𝑣 é
igual ao negativo de 𝐽2 e a corrente parcial 𝐼4𝑖𝑣 é igual ao positivo de 𝐽2 pois encontram-se no mesmo
ramos e com sentido (oposto – 𝐼3𝑖𝑣 VS 𝐽2 ) (coincidente – 𝐼4𝑖𝑣 VS 𝐽2 ) de trânsito.

𝑰𝑖𝑣
3 = −𝑱2 = −𝟔𝑨

𝑰𝑖𝑣
4 = 𝑱2 = 𝟔𝑨

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As correntes do circuito original serão determinadas em função das correntes correspondentes nos
circuitos com fontes removidas. Contudo, as correntes reais de ramo no circuito (fig.: 3.6) será:

20 84 𝟏𝟑
𝐼1 = 𝐼𝑖1 + 𝐼𝑖𝑖1 + 𝐼𝑖𝑖𝑖 + 𝐼 𝑖𝑣 𝐼1 = [( ) + 0 + 0 + ( )] 𝐴 𝑰𝟏 = 𝑨 ≅ 𝟒. 𝟑𝟑𝟒𝑨
1 1 24 24 𝟑
𝑖 𝑖𝑖 𝑖𝑖𝑖 𝑖𝑣
𝐼2 = 𝐼2 + 𝐼2 + 𝐼2 + 𝐼2 20 60 𝟓
𝑖 𝑖𝑖 𝑖𝑖𝑖 𝑖𝑣 ⟹ 𝐼2 = [( ) + 0 + 0 + (− )] 𝐴 ⟹ 𝑰𝟐 = − 𝑨 ≅ −𝟏. 𝟔𝟔𝟕𝑨
𝐼3 = 𝐼3 + 𝐼3 + 𝐼3 + 𝐼3 24 24 𝟑
𝑖 𝑖𝑖 𝑖𝑖𝑖 𝑖𝑣 𝐼 = [0 + 0 + (−3 ) + (−6 )] 𝐴 𝑰𝟑 = −𝟗 𝑨
{ 𝐼4 = 𝐼4 + 𝐼4 + 𝐼4 + 𝐼4 3
{ 𝐼4 = [0 + 0 + 0 + (6)] 𝐴 { 𝑰𝟒 = 𝟔 𝑨

6.3.2.2.Equilíbrio Energético | Método de Sobreposição


Ora, façamos agora o balanço de potência para termos a garantia de que as correntes de ramos
obtidas anteriormente estão certas. Embora já os tenha determinado:
𝑛 𝑘 𝑢 𝑡 𝑘

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤) ⇒ ± ∑ 𝑬𝑑 𝑰𝑑 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱𝑚 = ∑ 𝑹𝑤 𝑰2𝑤


𝑖=1 𝑤=1 𝑑=1 𝑚=1 𝑤=1
𝑘=3 𝑘=3

∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤) = ∑ 𝑹𝑤 𝑰2𝑤 = 𝑹1 𝑰12 + 𝑹2 𝑰22 + 𝑹3 𝑰23


𝑤=1 𝑤=1

13 2 5 2 𝟓𝟓𝟒𝟎
𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎/𝑐𝑜𝑛𝑠 = 10 ∗ ( ) + 14 ∗ (− ) + 20 ∗ (−9)2 = 𝑾 ≅ 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾
3 3 𝟑

Não se esquecendo que se trata de um circuito que também contém fonte de corrente: devemos
primeiramente determinar as tensões [𝐔(𝐽1 ) ] e [𝐔(𝐽2 ) ] nos terminais das fontes de corrente; de modo
que procedamos no cálculo da energia/potência cedida pelas fontes energéticas contidas no circuito.

E2=40V
R1=10 a b

I4
UJ2
R3=20
R2=14

J1=3A

E1=20V I1 I2 UJ1 I3

d c

J2=6A
Figura 6.3e ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação do algoritmo de prova de potência

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𝑛=4 𝑢=2 𝑡=2

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ± ∑ 𝑬𝑑 𝑰𝑑 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱𝑚 = 𝑬1 𝑰1 − 𝑬2 𝑰4 + 𝑼(𝐽1 ) 𝑱1 + 𝑼(𝐽2 ) 𝑱2


𝑖=1 𝑑=1 𝑚=1

Malha UJ1 (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰𝑹)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): −𝑅3 𝐼3 = 𝑈(𝐽1)

𝑈(𝐽1) = −𝑅3 𝐼3

𝑈(𝐽1) = −20 ∗ (−9) = 𝟏𝟖𝟎 𝑽

Malha UJ2 (∑𝒙𝒘=𝟏(𝑰𝑹)𝒘 = ∑𝒛𝒚=𝟏 𝑬𝒚 ): −𝑅2 𝐼2 −𝑅3 𝐼3 = 𝑈(𝐽2) − 𝐸2

𝑈(𝐽2) = 𝐸2 − 𝑅2 𝐼2 −𝑅3 𝐼3
5 𝟕𝟑𝟎
𝑈(𝐽2) = 40 − 14 ∗ (− ) − 20 ∗ (−9) = 𝑽 ≅ 𝟐𝟒𝟑. 𝟑𝟑𝟒 𝑽
3 𝟑

Já calculadas as duas tensões sobre as fontes de corrente em vazio, voltemos ao balanço de potência
(potência fornecida):

𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒/𝑓𝑜𝑟𝑛 = 𝑬1 𝑰1 − 𝑬2 𝑰4 + 𝑼(𝐽1 ) 𝑱1 + 𝑼(𝐽2 ) 𝑱2

13 730 𝟓𝟓𝟒𝟎
𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒/𝑓𝑜𝑟𝑛 = 20 ∗ ( ) − 40 ∗ (6) + (180) ∗ (3) + ( ) ∗ (6) = 𝑾 ≅ 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾
3 3 𝟑
𝑛 𝑘

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1

𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾 = 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾

Isto significa que a potência fornecida/gerada é exactamente igual à potência consumida/dissipada,


logo os valores das correntes e das tensões anteriormente determinadas estão correctas.

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6.4. MÉTODO DE ANALISE NODAL (MÉTODO DOS NÓS)

A corrente em qualquer ramo de uma rede pode ser calculada pela lei de Ohm como se se tratasse
de um ramo isolado contendo uma força electromotriz. Basta para isso conhecer a diferença de
potencial entre os seus extremos ou entre os nós que limitam o ramo.

O método de cálculo no qual, para aplicação deste raciocínio, figuram como grandezas
desconhecidas as tensões a que estão submetidos os diferentes ramos é chamado de Método de Análise
de Nós ou Método de Análise Nodal.

 Este método tem vantagens para circuitos eléctricos com muitos ramos e poucos nós;
 Neste método as incógnitas são os potenciais dos nós. Vamos ver o algoritmo de análise:

6.4.1. Algoritmo de cálculo | Analise Nodal:

1-Etapa: Determinar o número total de nós (𝐍), e o número de ramos com fonte de tensão ideal (𝒓𝑓𝑖 )
no circuito;
2-Etapa: Definir os nós do circuito e enumera-los;

3-Etapa: Potencial de um único nó de ser igual a zero, isto é, escolher-se-á um nó qualquer e ligá-lo
à terra para que o seu potencial seja nulo (𝜑𝑘 = 0𝑉);

4-Etapa: Marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos;

5-Etapa: [Determinar] o numero das equações necessárias e escrevê-las a partir da 1ª lei de Kirchhoff:

O número de equações nodais (LKI – Método Nodal) é dado pela diferença entre o número
total de nós (𝐍) pelo numero de ramos existentes com fonte de tensão ideal (𝒓𝑓𝑖 ) menos (1):
𝑜
𝐍𝑒𝑞 (𝑛𝑜𝑑𝑎𝑙) = (𝐍 − 1 − 𝒓𝑓𝑖 ) (6.4.1)

6-Etapa: Constituir as equações segundo o método de análise nodal:


 Escrever equações da lei de Ohm para cada um dos ramos contendo correntes desconhecidas;
 Expressar as correntes desconhecidas em cada uma das equações escritas no ponto anterior;
 Converter todas as resistências em condutâncias.
 Agrupar os potenciais desconhecidos num membro e os valores conhecidos no outro;
7-Etapa: Resolver o sistema de equações obtido em relação aos potenciais desconhecidos;
8-Etapa: Já calculados os potenciais de cada nó, procede-se na determinação das correntes de ramos;

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6.4.2. Exercício de Fixação | Analise Nodal:

1. Analisar o circuito abaixo (fig.: 6.2), usando o Método de Analise Nodal:


a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de potência usando o balanço de potência.
E2=40V
R1=10

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V

J2=6A
6.4.2.1. Resolução por Método de Analise Nodal
Começamos por indicar:

Número total de nós: 𝐍 = 4;


Número total de ramos com fonte de tensão ideal: 𝒓𝑓𝑖 = 1;
NOTA A: O numero de ramos com fonte de tensão ideal irá expressar a quantidade de pares de
nós que são chamados de: Super-Nós.

Vamos marcar arbitrariamente os sentidos das correntes nos ramos e enumeração dos nós:

E2=40V Super-nó (ab)


R1=10 φa φb

I4
R3=20
R2=14

J1=3A

E1=20V I1 I2 I3

φd φc
J2=6A
Figura 6.4a ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Analise Nodal-parcial.

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Número de equações nodais a serem constituídas pela (1ª lei de Kirchhoff) será igual:

𝑜
𝐍𝑒𝑞 (𝑛𝑜𝑑𝑎𝑖𝑠) = (𝐍 − 1) − 𝒓𝑓𝑡 = (4 − 1) − 1 = (𝟐) 𝑒𝑞. 𝑛𝑜𝑑𝑎𝑖𝑠

Entretanto devemos assim escrever duas (2) equações nodais pela (1ª lei de Kirchhoff). Existem
quatro nós no circuito eléctrico (fig.: 6.4a), porém, há de se observar que os nós (a e b) perfazem um
e único nó-super (ab); remanescendo desta forma três (3) nós (ab, c e d), dos quais uma delas (de
acordo com a etapa-3) deverá ser aterrada (zerada: 0𝑉).

Os super-nós estabelecem a si mesmos o princípio equipotencial entre os nós que conectam a fonte
de tensão ideal. Para o caso do circuito (fig.: 6.4a) será dado por: 𝑬𝟐 = 𝝋𝒂 − 𝝋𝒃 .

Comumente opta-se em assumir um dos nós dum super-nó como a de referência; o que afecta
positivamente no cálculo, tornando-o mais suave e rápida. Mas por fins didácticos e abrangentes,
escolher-se-á aqui o (nó c) como o nó de referencia (zero volts).

E2=40V Super-nó (ab)


R1=10 φa φb

I4
R3=20
R2=14

J1=3A

E1=20V I1 I2 I3

φd φc=0V
J2=6A
Figura 6.4b ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Analise Nodal-completa.

Procedendo assim na determinação da 1ª lei de Kirchhoff para os nós uteis (ab e d), teremos:

Nó D (∑𝒏𝒊=𝟏 𝑰𝒊 = 𝟎): −𝐼1 + 𝐼2 + 𝐽2 = 0

Super-Nó AB (∑𝒎
𝒌=𝟏 𝑰𝒌 = 𝟎): 𝐼1 −𝐼2 +𝐼3 + 𝐽1 = 0

Contudo, as correntes de ramos desconhecidas (𝐼1 , 𝐼2 , 𝐼3 e 𝐼4 ) podem rapidamente ser obtidas pela
lei que Ohm que relaciona a queda de tensão ao longo dum ramo, como visto anteriormente!

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𝜑𝑑 − 𝜑𝑎 + 𝐸1
𝐼1 =
𝑅1 𝐼1 = (𝜑𝑑 − 𝜑𝑎 + 𝐸1 )𝑔1
𝜑𝑎 − 𝜑𝑑
𝐼2 = 𝐼 = (𝜑𝑎 − 𝜑𝑑 )𝑔2
𝑅2 ⇒{ 2 ⇒ 𝑠𝑒 (𝝋𝒃 = 0𝑉), 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑛ó (𝑎𝑏) 𝝋𝒃 = 𝝋𝒂 − 𝑬𝟐
𝜑𝑐 − 𝜑𝑏 𝐼3 = (𝜑𝑐 − 𝜑 𝑏 )𝑔3
𝐼3 = (𝑛ó 𝒄) 𝐼4 = 𝐼1 − 𝐼2
𝑅3
{(𝑛ó 𝒄) 𝐼4 = 𝐼1 − 𝐼2

𝐼1 = (𝜑𝑑 − 𝜑𝑎 + 𝐸1 )𝑔1 𝑰1 = (𝝋𝑑 𝒈1 − 𝝋𝑎 𝒈1 + 𝑬1 𝒈1 )


𝐼 = (𝜑𝑎 − 𝜑𝑑 )𝑔2 𝑰2 = (𝝋𝑎 𝒈2 − 𝝋𝑑 𝒈𝟐 ) −𝐼 + 𝐼2 + 𝐽2 = 0
{ 2 ⇒{ ⇒ 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡. 𝑒𝑚 ⇒ { 1
𝐼3 = (0 − 𝜑𝑎 + 𝐸2 )𝑔3 𝑰3 = (−𝝋𝑎 𝒈3 + 𝑬2 𝒈3 ) 𝐼1 −𝐼2 +𝐼3 + 𝐽1 = 0
(𝑛ó 𝒄) 𝐼4 = 𝐼1 − 𝐼2 (𝑛ó 𝒄) 𝑰4 = 𝑰1 − 𝑰2

Tornando assim o nosso sistema de equação linear, nodal, (2𝑥2) em:

−(𝜑𝑑 𝑔1 − 𝜑𝑎 𝑔1 + 𝐸1 𝑔1 ) + (𝜑𝑎 𝑔2 − 𝜑𝑑 𝑔2 ) + 𝐽2 = 0
{
(𝜑𝑑 𝑔1 − 𝜑𝑎 𝑔1 + 𝐸1 𝑔1 ) − (𝜑𝑎 𝑔2 − 𝜑𝑑 𝑔2 ) + (−𝜑𝑎 𝑔3 + 𝐸2 𝑔3 ) + 𝐽1 = 0

−𝜑𝑑 (𝑔1 +𝑔2 ) + 𝜑𝑎 (𝑔1 + 𝑔2 ) − 𝐸1 𝑔1 + 𝐽2 = 0


{
𝜑𝑑 (𝑔1 + 𝑔2 ) − 𝜑𝑎 (𝑔1 + 𝑔2 + 𝑔3 ) + 𝐸1 𝑔1 + 𝐸2 𝑔3 + 𝐽1 = 0

−𝝋𝒅 (𝒈𝟏 +𝒈𝟐 ) + 𝝋𝒂 (𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 ) = 𝑬𝟏 𝒈𝟏 − 𝑱𝟐


{
𝝋𝒅 (𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 ) − 𝝋𝒂 (𝒈𝟏 + 𝒈𝟐 + 𝒈𝟑 ) = −(𝑬𝟏 𝒈𝟏 + 𝑬𝟐 𝒈𝟑 + 𝑱𝟏 )

1 1
𝑔1 = = = 0.10 𝑆
𝑅1 10
1 1
𝑔2 = = ≅ 0.0714 𝑆
𝑅2 14
1 1
𝑔3 = = = 0.05 𝑆
{ 𝑅3 20

−𝜑𝑑 (0.10 + 0.0714) + 𝜑𝑎 (0.10 + 0.0714) = 20 ∗ 0.10 − 6


{
𝜑𝑑 (0.10 + 0.0714) − 𝜑𝑎 (0.10 + 0.0714 + 0.05) = −(20 ∗ 0.10 + 40 ∗ 0.05 + 3)

−𝝋𝒅 (𝟎. 𝟏𝟕𝟏𝟒) + 𝝋𝒂 (𝟎. 𝟏𝟕𝟏𝟒) = −𝟒


{
𝝋𝒅 (𝟎. 𝟏𝟕𝟏𝟒) − 𝝋𝒂 (𝟎. 𝟐𝟐𝟏𝟒) = −𝟕

A resolução do sistema de equação acima nos trará as seguintes soluções algébricas:

𝝋𝒅 = 𝟐𝟒𝟑. 𝟑𝟒 𝑽 𝜑 = 𝜑𝑎 − 𝐸2 𝝋 = 𝟏𝟖𝟎 𝑽
{ ⇒{ 𝑏 ⇒{ 𝒃
𝝋𝒂 = 𝟐𝟐𝟎 𝑽 𝜑𝑏 = 220 − 40 𝝋𝒄 = 𝟎𝑽

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Finalizando com o algoritmo, avancemos agora em calcular as correntes eléctricas nos ramos:

𝐼1 = (243.34 − 220 + 20) ∗ 0.10 𝑰𝟏 = 𝟒. 𝟑𝟑𝟒 𝑨


𝐼2 = (220 − 243.34) ∗ 0.0714 𝑰 = −𝟏. 𝟔𝟔𝟕𝑨
⇒{ 𝟐
𝐼3 = (−220 + 40) ∗ 0.05 𝑰𝟑 = −𝟗 𝑨
{ (𝑛ó 𝒄) 𝐼4 = 𝐼1 − 𝐼2 𝑰𝟒 = 𝟔 𝑨

6.4.2.2. Equilíbrio Energético | Método de Analise Nodal


Ora, façamos agora o balanço de potência para termos a garantia de que as correntes de ramos
obtidas anteriormente estão certas; embora que já o havíamos balanceado por Método de Kirchhoff.
𝑛 𝑘

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1
𝑢 𝑡 𝑘

± ∑ 𝑬𝑑 𝑰𝑑 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱𝑚 = ∑ 𝑹𝑤 𝑰2𝑤
𝑑=1 𝑚=1 𝑤=1
𝑘=3 𝑘=3

∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤) = ∑ 𝑹𝑤 𝑰2𝑤 = 𝑹1 𝑰12 + 𝑹2 𝑰22 + 𝑹3 𝑰23


𝑤=1 𝑤=1

𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎/𝑐𝑜𝑛𝑠 = 10 ∗ (4.334)2 + 14 ∗ (−1.667)2 + 20 ∗ (−9)2 ≅ 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾

Não se esquecendo que se trata de um circuito que também contém fonte de corrente: devemos
primeiramente determinar as tensões [𝐔(𝐽1 ) ] e [𝐔(𝐽2 ) ] nos terminais das fontes de corrente; de modo
que procedamos no cálculo da energia/potência cedida pelas fontes energéticas contidas no circuito.

E2=40V
R1=10

I4
UJ1
R3=20
R2=14

J1=3A

E1=20V I1 I2 UJ1 I3

J2=6A
Figura 6.4c ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação do algoritmo de prova de potência

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𝑛=4 𝑢=2 𝑡=2

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ± ∑ 𝑬𝑑 𝑰𝑑 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱𝑚 = 𝑬1 𝑰1 − 𝑬2 𝑰4 + 𝑼(𝐽1 ) 𝑱1 + 𝑼(𝐽2 ) 𝑱2


𝑖=1 𝑑=1 𝑚=1

Malha UJ1 (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰𝑹)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): −𝑅3 𝐼3 = 𝑈(𝐽1)

𝑈(𝐽1) = −𝑅3 𝐼3

𝑈(𝐽1) = −20 ∗ (−9) = 𝟏𝟖𝟎 𝑽

Malha UJ2 (∑𝒙𝒘=𝟏(𝑰𝑹)𝒘 = ∑𝒛𝒚=𝟏 𝑬𝒚 ): −𝑅2 𝐼2 −𝑅3 𝐼3 = 𝑈(𝐽2) − 𝐸2

𝑈(𝐽2) = 𝐸2 − 𝑅2 𝐼2 −𝑅3 𝐼3

𝑈(𝐽2) = 40 − 14 ∗ (−1.667) − 20 ∗ (−9) ≅ 𝟐𝟒𝟑. 𝟑𝟑𝟒 𝑽

Já calculadas as duas tensões sobre as fontes de corrente em vazio, voltemos ao balanço de potência
(potência fornecida):
𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒/𝑓𝑜𝑟𝑛 = 𝑬1 𝑰1 − 𝑬2 𝑰4 + 𝑼(𝐽1 ) 𝑱1 + 𝑼(𝐽2 ) 𝑱2

𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒/𝑓𝑜𝑟𝑛 = 20 ∗ (4.334) − 40 ∗ (6) + (180) ∗ (3) + (243.334) ∗ (6) ≅ 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾

𝑛 𝑘

∑ 𝑷𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝑷𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1

𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾 = 𝟏𝟖𝟒𝟔. 𝟔𝟕 𝑾

Demonstrando assim que a potência gerada é exactamente igual à potência consumida, logo os valores
das correntes de ramo anteriormente determinadas representam as interacções energéticas do circuito.

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6.5. MÉTODOS DE THEVENIN E NORTON

Calcular um circuito eléctrico significa determinar as


correntes em seus ramos; sejam elas parciais ou nucleares.

Na prática, muitas vezes pode acontecer de um determinado elemento em um circuito ser variável
(normalmente, denominado carga), enquanto outros elementos são fixos.

 Como exemplo característico temos: numa tomada de uma residência, onde se pode conectar
diferentes aparelhos, constituindo-se em uma carga variável. Cada vez que o elemento variável
for alterado, todo o circuito tem de ser analisado por completo novamente.

Para evitar esses problemas, os teoremas do (Comandante: Leon Thevenin, Engo. 1857-1926) e
(Cientista: Edward Norton, Engo. 1898-1983) fornecem uma técnica pela qual a parte fixa e linear
do circuito é substituída por um circuito equivalente.

6.5.1. Teorema de Thevenin (𝐓𝐡)

O teorema de Thevenin permite calcular correntes em ramos de uma rede activa, com um ou vários
geradores (circuito complexo), através de uma técnica especial que consiste em dividir o circuito em
duas partes, entre dois terminais definidos em função do problema proposto.

Tal como o teorema anterior (teorema de sobreposição), também este permite calcular as
correntes, uma a uma. É, portanto, mais um método interessante, geralmente utilizado para cálculos
parcelares. Mas vejamos em que consiste este método!

O teorema de Thevenin afirma que um circuito linear de dois terminais (fig. 6.5a) pode ser
substituído por um circuito equivalente formado por uma fonte de tensão 𝐔𝑇ℎ em série com um
resistor 𝐑 𝑇ℎ (fig. 6.5b). Onde 𝐔𝑇ℎ é a tensão de circuito aberto nos terminais (a-b) e 𝐑 𝑇ℎ , a
resistência de entrada ou equivalente nos terminais (a-b) quando todas as fontes independentes forem
desactivadas (repousadas) da (figura 6.5a).
𝐈𝑘 𝐑 𝑇ℎ 𝐈𝑘
a a' a
Circuito/Rede
Carga (k)
Carga (k)

activo–linear de 𝐔𝑘 𝐔𝑇ℎ 𝐔𝑘
dois terminais
b Circuito equivalente de Thevenin (Th)
b' b
a) b)
Figura 6.5 ‒ (a) Circuito linear com dois terminais [a-b]. (b) Circuito equivalente de Thevenin [a′-b′].

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6.5.1.1. Perspectiva laboratorial | Teorema de Thevenin (Th)
A tensão equivalente de Thevenin, 𝐔𝑇ℎ , é a tensão em circuito aberto medida por um Voltímetro
aos terminais (a-b) e a resistência equivalente, 𝐑 𝑇ℎ , é a resistência do circuito eléctrico, vista dos
terminais (a-b), ou medida por um Ohmímetro (nos terminais | a-b), quando todas as fontes internas
independentes são desligadas(repousadas), isto é, substituídas pelas respectivas impedâncias internas.
Havendo fontes de tensão dependentes, estas são mantidas activas no circuito (não repousadas).

Observou-se que na aferição da resistência/impedância de entrada, 𝐑 𝑇ℎ , as dificuldades associadas


no repousamento prático das fontes energéticas torna-se impraticável esta via; assim, convencionou-
se o uso do potenciómetro, ajustável até que a tensão nos seus terminais (a-b) conectado o
potenciómetro seja de 50% da tensão de marcha vazio, 𝐔𝑇ℎ . Cujo valor ohmico do potenciómetro
será igual a 𝐑 𝑇ℎ .

NOTA: A aplicação deste método obedece um determinado algoritmo!

6.5.1.2. Algoritmo de cálculo | Teorema de Thevenin (Th):

1-Etapa: Retirar o resistor/impedância ou o ramo em estudo/analise (temporariamente), e marcar os


terminais por “a” e “b” (você pode usar outra designação);
2-Etapa: Determinar a resistência em vazio equivalente, ou 𝐑 𝑇ℎ , que o bipolo apresenta quando vista
desses dois terminais “a” e “b”. Neste caso todas as fontes de energia independentes são
repousadas/desligadas (Tensão — em curto-circuito e Corrente — em circuito-aberto),
ficando no esquema as suas resistências internas (assim como no método de sobreposição).
NOTA: As fontes de energia dependentes não deverão ser repousadas/desligadas; sejam
elas controladas por tensão ou por corrente.

ATENÇÃO: Quando o valor obtido da resistência/impedância de entrada for 𝐑 𝑎𝑏 = 0Ω,


o método será obrigatoriamente restringido à Teorema de Thevenin (Th). [𝐑 𝑎𝑏 = 𝐑 𝑇ℎ ]

3-Etapa: Reactivar todas as fontes energéticas independentes repousadas na (Etapa-2), e determinar a


tensão em vazio entre os terminais “a” e “b” ou 𝐔𝑇ℎ , quando o respectivo ramo ou
resistor/impedância é retirado/removido;
4-Etapa: Calcular a corrente no(a) ramo ou resistor/impedância que se removeu pela equação:

𝐔𝑇ℎ
𝐈𝑘 = ( ) (6.5.1.1)
𝐑 𝑇ℎ + 𝐑 𝑘

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6.5.1.3. Exercício de Fixação | Análise de Thevenin (Th):

1. Analisar o circuito abaixo (fig.: 6.5.1), usando o Método do Engenheiro Leon Thevenin:
a) Determine a corrente de ramo fluindo sobre 𝑹2 ?

E2=40V
R1=10

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V

J2=6A

6.5.1.4. Resolução por Método de Thevenin

Vamos remover o receptor/ramo em estudo, e polarizar arbitrariamente (a-b):

Para calcular 𝑰2 vamos "abrir" o circuito entre os terminais (a-b) donde se encontra o receptor
ohmico 𝑹2 , indicado na figura acima. Isto é, o ramo de 𝑹2 (onde flui a corrente de ramos 𝑰2 ) é
desligado. De seguida, vamos obter sucessivamente a resistência de Thevenin/circuito aberto (a-b)
[𝐑 𝑎𝑏 = 𝐑 𝑇ℎ ; 𝑠𝑒 𝑒 𝑠𝑜 𝑠𝑒: 𝐑 𝑎𝑏 ≠ ∞Ω] e a tensão eléctrica de marcha vazio (𝐔𝑎𝑏 = 𝐔𝑇ℎ ) do circuito
equivalente de Leon Thevenin, para calcular finalmente o valor de 𝑰2 .

E2=40V
R1=10

a
R3=20
J1=3A

E1=20V
b

J2=6A

Figura 6.5.1a ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Leon Thevenin.

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1º Caso: Determinação da Resistência Vazio, ou Thevenin [𝐑 𝒂𝒃 = 𝐑 𝑻𝒉 ]

a. Neste caso inicial, atentemos em determinar [analiticamente] a resistência em vazio, vista nos
terminais (a-b) quando todas as fontes energéticas independentes no circuito (6.5.1a) são
repousadas.
b. Pauta-se igualmente que, a resistência em vazio (nos terminais a-b) pode-se obter facilmente
pela técnica [experimental], empregando o Ohmímetro; aferindo-se deste jeito directamente a
resistência eléctrica nos terminais (a-b) quando são repousadas todas as fontes energéticas
independentes no circuito.
c. Ainda, fixa-se uma outra técnica experimental [laboratorial] comumente empregada para a
estimativa da resistência em marcha vazio (nos terminais a-b) nos circuitos eléctricos com
fontes energéticas tanto dependentes e independentes. Donde a resistência nos terminais (a-b)
é estimada sem a necessidade de repousar alguma fonte energética; pelo emprego duma
resistência variável (potenciómetro) conectado nos terminais (a-b). Deste jeito, faz-se variar
a sua resistência até que a tensão nos seus terminais, sendo aferida por um Voltímetro, seja
igual a 50% da tensão de Marcha em Vazio (nos pólos/terminais a-b pelo qual pretende-se
obter o Equivalente de Leon Thevenin).

Assim sendo, o circuito (fig.: 6.5.1a) tornar-se-á, segundo a suposição sistemática da alínea a), no
seguinte circuito (6.5.1b).

R1=10

Imed a +
R3=20


b -

Figura 6.5.1b ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Leon Thevenin (𝑅𝑎𝑏 ⟹ 𝑅𝑇ℎ ).

Olhando para o circuito (fig.: 6.5.1b) é notório de imediato que a corrente de medida, sendo emanada
do Ohmímetro, trafegará simplesmente sobre o resistor 𝑅1 ; sendo o resistor 𝑅3 um receptor que
encontra-se numa rede em descontinuidade eléctrica. Desta forma, é ainda dedutivo e observável que
a resistência equivalente nos terminais (a-b) é sistematicamente equivalente ao resistor 𝑅1 .

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𝑹𝑎𝑏 = 𝑹1 = 10Ω

Ora, contudo já é do domínio que, se a resistência 𝑹𝑎𝑏 assumir um valor inteiro este poderá ser
sistematicamente igual a resistência equivalente de Thevenin ou Norton. Todavia, o iremos equivaler
na resistência de Leon Thevenin.

𝑹𝑎𝑏 ⟹ 𝑹𝑻𝒉 logo, 𝑹𝑻𝒉 = 𝟏𝟎𝛀

2º Caso: Determinação da Tensão em Vazio, ou Thevenin [𝐔𝒂𝒃 = 𝐔𝑻𝒉 ]

a. Para esta segunda particularidade do Teorema de Leon Thevenin, atenta-se em determinar


[analiticamente] a tensão em vazio, vista nos terminais (a-b) quando todas as fontes energéticas
no circuito (6.5.1a) são mantidas (activadas, pra o caso 6.5.1b).
b. Pauta-se igualmente que, a tensão em vazio (nos terminais a-b) pode-se obter com facilidade
empregando a técnica [experimental], usando o Voltímetro; mensurando-se assim directamente
a tensão eléctrica nos terminais (a-b) quando são mantidas todas as fontes energéticas no
circuito (6.5.1a).
c. Contudo, o circuito (fig.: 6.5.1a) equivaler-se-á, de acordo com as suposições sistemáticas das
alíneas (a) e (b), no seguinte circuito (6.5.1c).
E2=40V
R1=10

+ a
R3=20
J1=3A

E1=20V V
- b

J2=6A
Figura 6.5.1c ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Leon Thevenin (𝑈𝑎𝑏 ⟹ 𝑈𝑇ℎ ).

Para o circuito (fig.: 6.5.1c), a tensao de marcha vazio (nos terminais a-b) pode ser obtida por vários
métodos de resolução de circuitos eléctricos (introduzidos anteriormente). Porém, no circuito (6.5.1c)
é caso notável de imediato que, a fonte de corrente [𝐽2 ] transitará sobre os elementos 𝑅1 , 𝐸1 e 𝐸2 ; e
aplicado um sentido de contorno que trafegue sobre os terminais (a-b), teremos:

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E2=40V
R1=10

+ a

R3=20
K

J1=3A
E1=20V Uab=UTh
- b

I1=I4=J2

J2=6A
Figura 6.5.1d ‒ Circuito eléctrico linear DC, determinação da Tensão de Thevenin nos terminais (a-b).

Aplicando a (2ª Lei de Kirchhoff) sobre a malha K, teremos a seguinte equação:

Malha K: (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰𝑹)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): 𝑅1 𝐽2 = 𝐸1 − 𝑈𝑇ℎ (6.5.1.2)

𝑼 𝑇ℎ = 𝑬1 − 𝑹1 𝑱2 (6.5.1.3)

𝑼 𝑇ℎ = 20 − 10 ∗ 6 ⇒ 𝑼𝑻𝒉 = −𝟒𝟎𝑽

3º Caso: Desenho do Circuito Bipolar Equivalente Thevenin

Nesta terceira fase do Teorema de Leon Thevenin, atenta-se em apresentar o desenho do


circuito equivalente de Thevenin; do qual será composto por:

1. Uma tensão (𝑼𝑻𝒉 ) em serie com uma resistência (𝑹𝑻𝒉 ), e;


2. Receptor (𝑹𝟐 ) anteriormente removido da circuito (6.5.1), sendo este conectado nos
terminais bipolares (a-b), e trafegado pela corrente (𝑰𝟐 ).

RTh=10 a

I2

UTh=-40V R2=14

b
Figura 6.5.1e ‒ Circuito eléctrico equivalente de Thevenin

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Para o circuito equivalente de Thevenin (6.5.1e) a corrente eléctrica (𝑰2 ) será dada pela equação
(6.5.1.1):

𝑼 𝑇ℎ −40𝑉 5
𝑰2 = = ⇒ 𝑰2 = − 𝐴
𝑹2 + 𝑹 𝑇ℎ (14 + 10)Ω 3

𝑰𝟐 = −𝟏. 𝟔𝟔𝟕𝑨

Verifica-se que, a corrente de ramo 𝑰2 , é correspondente ao seu valor verdadeiro obtido nos
algoritmos anteriores. Esta é a síntese básica sobre aplicação do teorema de Leon Thevenin à circuitos
eléctricos lineares.

6.5.2. Teorema de Norton (𝐍)

O teorema de Norton é o espelho inverso do Leon Thevenin; ambos permitem calcular correntes
em ramos de uma rede activa, com um ou vários geradores (circuito complexo), através de suas
técnicas próprias. Este teorema similarmente consiste em dividir o circuito em duas partes, entre dois
terminais definidos em função do problema proposto.

A similaridade dos dois métodos (Norton vs Thevenin) é estabelecido através dos teoremas de
equivalências entre as fontes energéticas reais (fonte de corrente vs fonte de tensao), dos quais foram
observados no capítulo 4 (ponto 4.2.2.2).

O teorema de Edward Norton afirma que um circuito linear de dois terminais (fig. 6.5a) pode ser
substituído por um circuito equivalente formado por uma fonte de corrente 𝐈𝑁 em paralelo com um
resistor 𝐑 𝑁 (fig. 6.6b). Onde 𝐈𝑁 é a corrente de curto-circuito (shunt) nos terminais (a-b) e 𝐑 𝑁 , a
resistência de entrada ou equivalente nos terminais (a-b) quando todas as fontes independentes forem
desactivadas (repousadas) da (figura 6.6a).

𝐈𝑘 𝐈𝑘
a a' a
Circuito/Rede
Carga (k)
Carga (k)

activa–linear de 𝐔𝑘 𝐈𝑁 𝐑𝑁 𝐔𝑘
dois terminais
b Circuito equivalente de Thevenin (Th)
b' b
a) b)

Figura 6.6 ‒ (a) Circuito linear com dois terminais [a-b]. (b) Circuito equivalente de Norton [a′-b′].

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6.5.2.1. Perspectiva laboratorial | Teorema de Norton (N)
A fonte de corrente equivalente de Norton, 𝐈𝑁 , é a corrente em curto-circuito (shunt) medida por
um Amperímetro aos terminais (a-b) e a resistência equivalente, 𝐑 𝑁 , é a resistência do circuito
eléctrico, vista dos terminais (a-b), ou medida por um Ohmímetro (nos terminais | a-b), quando todas
as fontes internas independentes são desligadas (repousadas), isto é, substituídas pelas respectivas
impedâncias internas. Havendo fontes de tensão dependentes, estas são mantidas activas no circuito.
É de frisar que, a resistência equivalente de Norton (𝐑 𝑁 ) é de igual magnitude à de Thevenin (𝐑 𝑇ℎ ).
Na aplicação prática do teorema de Edward Norton, a estimativa da resistência/impedância de
entrada, 𝐑 𝑁 , convenciona-se o uso do potenciómetro; o qual ajusta-se até que a corrente fluindo nos
seus terminais (a-b) conectado o potenciómetro seja de 50% da corrente de curto-circuito, 𝐈𝑁 . Cujo
valor ohmico do potenciómetro será igual a 𝐑 𝑁 .

NOTA: A aplicação deste método de Edward Norton obedece um determinado algoritmo!

6.5.2.2. Algoritmo de cálculo | Teorema de Norton (N):

1-Etapa: Retirar o resistor/impedância ou o ramo em estudo/analise (temporariamente), e marcar os


terminais por “a” e “b” (você pode usar outra designação);
2-Etapa: Determinar a resistência em vazio equivalente, ou 𝐑 𝑁 , que o bipolo apresenta quando vista
desses dois terminais “a” e “b”. Neste caso todas as fontes de energia independentes são
repousadas/desligadas (Tensão — em curto-circuito e Corrente — em circuito-aberto),
ficando no esquema as suas resistências internas (assim como no método de sobreposição).
NOTA: As fontes de energia dependentes não deverão ser repousadas/desligadas; sejam
elas controladas por tensão ou por corrente.

ATENÇÃO: Quando o valor obtido da resistência/impedância de entrada for 𝐑 𝑎𝑏 = ∞Ω,


o método será obrigatoriamente restringido à Teorema de Norton (N). [𝐑 𝑎𝑏 = 𝐑 𝑁 ]

3-Etapa: Reactivar todas as fontes energéticas independentes repousadas na (Etapa-2), e determinar a


corrente eléctrica no ramal (ab), ou 𝐈𝑁 , quando o respectivo resistor/impedância é
retirado/removido e substituído por um (shunt) condutor ideal (unindo os pólos a-b);
4-Etapa: Calcular a corrente no (a) ramo ou resistor/impedância que se removeu pela equação:

𝐑𝑁
𝐈𝑘 = ( ) ∗ 𝐈𝑁 (6.6.1.1)
𝐑𝑁 + 𝐑𝑘

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6.5.2.3. Exercício de Fixação | Análise de Norton (N):

1. Analisar o circuito abaixo (fig.: 6.6.1), usando o Método do Engenheiro Edward Norton:
a) Determine a corrente de ramo fluindo sobre 𝑹2 ?

E2=40V
R1=10

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V

J2=6A

6.5.2.4. Resolução por Método de Norton

Vamos remover o receptor/ramo em estudo, e polarizar arbitrariamente (a-b):

Para calcular 𝑰2 avancemos em "abrir" o circuito entre os terminais (a-b) donde se encontra o
receptor ohmico 𝑹2 , indicado na figura acima. Isto é, o ramo de 𝑹2 (onde flui a corrente de ramo 𝑰2 )
é removido. Em seguida, determinemos sequencialmente a resistência de Norton/circuito aberto (ab)
[𝐑 𝑎𝑏 = 𝐑 𝑁 ; 𝑠𝑒 𝑒 𝑠𝑜 𝑠𝑒: 𝐑 𝑎𝑏 ≠ 𝟎Ω] e a corrente eléctrica de curto-circuito (𝐈𝑎𝑏 = 𝐈𝑁 ) do circuito
equivalente de Edward Norton, para calcular finalmente o valor de 𝑰2 .

E2=40V
R1=10

a
R3=20
J1=3A

E1=20V
b

J2=6A

Figura 6.6.1a ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Edward Norton.

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1º Caso: Determinação da Resistência Vazio, ou Norton [𝐑 𝒂𝒃 = 𝐑 𝑵 ]

a. Neste caso inicial, foquemo-nos em determinar [analiticamente] a resistência em vazio, vista


nos terminais (a-b) quando todas as fontes energéticas independentes no circuito (6.6.1a) são
repousadas.
b. Borda-se igualmente que, a resistência em vazio (nos terminais a-b) pode-se obter facilmente
pela técnica [experimental], empregando o Ohmímetro; aferindo-se deste jeito directamente a
resistência eléctrica nos terminais (a-b) quando são repousadas todas as fontes energéticas
independentes no circuito.
c. Ainda, fixa-se uma outra técnica experimental [laboratorial] empregada frequentemente para
a determinação estimada da resistência em marcha vazio (nos terminais a-b) nos circuitos
eléctricos com fontes energéticas tanto dependentes e independentes não repousadas. Donde a
resistência nos terminais (a-b) é estimada sem a necessidade de repousar alguma fonte
energética; pelo emprego duma resistência variável (potenciómetro) conectado nos terminais
(a-b). Deste jeito, faz-se variar a sua resistência até que a corrente eléctrica trafegando nos seus
terminais (do pólo a para b), sendo aferida por um Amperímetro, seja igual a 50% da corrente
eléctrica aferida directamente (em curto-circuito) nos pólos/terminais (a-b) pelo qual pretende-
se obter o Equivalente de Edward Norton.

Assim sendo, o circuito (fig.: 6.6.1a) tornar-se-á, de acordo com a suposição sistemática da alínea
a), no seguinte circuito (6.6.1b).

R1=10

Imed a +
R3=20


b -

Figura 6.6.1b ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Edward Norton (𝑅𝑎𝑏 ⟹ 𝑅𝑁 ).

Olhando para o circuito (fig.: 6.6.1b) é notório de imediato que a corrente de medida, sendo emanada
do Ohmímetro, trafegará simplesmente sobre o resistor 𝑅1 ; sendo o resistor 𝑅3 um receptor que
encontra-se numa rede em descontinuidade eléctrica.

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Desta forma, é ainda observável que a resistência equivalente nos terminais (a-b) é sistematicamente
igual ao resistor 𝑅1 , assim como analisado no teorema de Thevenin, para obtenção do 𝑹𝑎𝑏 .

𝑹𝑎𝑏 = 𝑹1 = 10Ω

ATENÇÃO: Outrora, já é do domínio que, se a resistência 𝑹𝑎𝑏 assumir um valor inteiro este poderá
ser sistematicamente igual a resistência equivalente de Thevenin ou Norton. Todavia, o iremos
equivaler na resistência do Engº. Edward Norton.

𝑹𝑎𝑏 ⟹ 𝑹𝑁 logo, 𝑹𝑵 = 𝟏𝟎𝛀

2º Caso: Determinação da Corrente em Curto-Circuito, ou Norton [𝐈𝒂𝒃 = 𝐈𝑵 ]

a. Para esta segunda particularidade do Teorema de Edward Norton, concatena-se em determinar


[analiticamente] a corrente em curto-circuito (Shunt), transitada entre os terminais (a-b) [on
shunt], quando todas as fontes energéticas no circuito (6.6.1a) são mantidas (activadas, pra o
caso 6.6.1b).
b. Conota-se ainda que, a corrente em curto-circuito (de Norton, I𝑁 ), nos terminais a-b (on-shunt)
poder-se-á determinar com mais facilidade empregando a técnica [experimental]. Isto é,
usando o Amperímetro; mensurando-se assim directamente a corrente eléctrica nos terminais
(a-b) quando são mantidas todas as fontes energéticas no circuito (6.6.1a).
c. Contudo, o circuito (fig.: 6.6.1a) equivaler-se-á, de acordo com as suposições sistemáticas das
alíneas (a) e (b), no seguinte circuito (6.6.1c).
E2=40V
R1=10

+ a
R3=20
J1=3A

A
E1=20V
-
b

J2=6A
Figura 6.6.1c ‒ Circuito eléctrico linear DC, sob anotação de algoritmo de Edward Norton (𝐼𝑎𝑏 ⟹ 𝐼𝑁 ).

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Para o circuito (fig.: 6.6.1c), a corrente de curto-circuito (devido ao acoplamento directo do
amperímetro de grande precisão (nos terminais a-b) pode ser obtida por vários métodos de resolução
de circuitos eléctricos (introduzidos anteriormente). Porém, no circuito (6.6.1c) é mais um caso
notável (de imediato) que, os nós (a e b) estão em curto-circuito (shunt), tal que, o potencial eléctrico
do nó-a (𝝋𝑎 ) é igual ao potencial eléctrico do nó-b (𝝋𝑏 ).

E a este estabelecimento equipotencial dos potenciais eléctricos dos nós (a-b), torna a (𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎 Y)
numa malha que obedece as propriedades dos teoremas de reciprocidade cos circuitos eléctricos.
Nisto, aplicado um sentido de contorno que trafegue sobre os terminais/nós (a-b), teremos:

E2=40V
R1=10 a

I1
I4
+

R3=20
J1=3A
IN
E1=20V
Y - I3

J2=6A

Figura 6.6.1d ‒ Circuito eléctrico linear DC, determinação da Corrente de Norton nos pólos (a-b).

Aplicando a (2ª Lei de Kirchhoff) sobre a (𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎 Y), teremos a seguinte equação:

Malha Y: (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰𝑹)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): 𝑅1 𝐼1 = 𝐸1 (6.6.1.2)

𝑬1 20𝑉
𝑰1 = = ⟹ 𝑰𝟏 = 𝟐𝑨 (6.6.1.3)
𝑹1 10Ω

Aplicando a (1ª Lei de Kirchhoff) sobre o (𝑛ó b), teremos a seguinte equação:

Nó-b: (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰)𝒊 = 𝟎): 𝐼𝑁 + 𝐽2 − 𝐼1 = 0 (6.6.1.4)

𝑰𝑁 = 𝑰1 − 𝑱2 ⟹ 𝐼1 = (2 − 6) 𝐴 (6.6.1.5)

𝑰𝑁 = −𝟒𝑨

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3º Caso: Desenho do Circuito Bipolar Equivalente de Norton

A terceira fase do Teorema de Edward Norton, concatena-se em apresentar o desenho do


circuito equivalente de Norton; do qual será composto por:

1. Uma fonte de corrente (𝑰𝑵 ) em paralelo com uma resistência (𝑹𝑵 ), e;


2. Receptor (𝑹𝟐 ) anteriormente removido da circuito (6.6.1), sendo este conectado nos
terminais bipolares (a-b), e trafegado pela corrente (𝑰𝟐 ).

I2
RN=10
IN=-4A R2=14

b
Figura 6.5.1e ‒ Circuito eléctrico equivalente de Norton

Para o circuito equivalente de Thevenin (6.6.1e) a corrente eléctrica (𝑰2 ) será dada pela equação
(6.5.1.1):

𝑹𝑁 10 5
𝑰2 = 𝑰𝑁 = (−4𝐴) ⇒ 𝑰2 = − 𝐴
𝑹2 + 𝑹𝑁 14 + 10 3

𝑰𝟐 = −𝟏. 𝟔𝟔𝟕𝑨

Verifica-se que, a corrente de ramo 𝑰2 , é correspondente ao seu valor verdadeiro obtido nos
algoritmos anteriores. Esta é mais uma síntese básica sobre aplicação do teorema de Edward Norton
à circuitos eléctricos lineares.

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6.5.1. Teorema de Máxima Transferência de Potência

Ao se projectar um circuito, muitas vezes é importante ser capaz de responder a uma das seguintes
perguntas abaixo:

Qual carga deve ser aplicada a um sistema para assegurar que ela esteja recebendo
a potência máxima do sistema?

De maneira contrária:

Para uma carga em particular, quais condições devem ser impostas sobre a fonte
para assegurar que ela vá transferir a Máxima Potência disponível?

Outrora, pode-se ainda indagar:

Que carga poderá ser acoplada a um sistema eléctrico, tal que ela possa receber
(𝜼 = 𝒌%) da Capacidade Máxima que o sistema lhe poderia transferir?

Mesmo que uma carga não possa ser configurada no valor que resultaria na máxima transferência
de potência, muitas vezes é interessante ter alguma ideia do valor que solicita a máxima potência, de
maneira que você possa compará-lo com a carga aplicada.

A título de exemplo: se num determinado projecto pede-se a aplicação de uma carga de 𝟏𝟎𝟎𝛀 para
assegurar que esta receba a Potencia Máxima, a aplicação dum outro resistor
de 𝟏𝛀 ou 𝟏𝟎𝟎𝟎𝛀 , resultaria assim em uma transferência de potência
relativamente muito menor do que a máxima possível!

Todavia, a aplicação de uma carga de 𝟖𝟎𝛀 ou 𝟏𝟐𝟎𝛀 provavelmente resultaria


em um nível relativamente aceitável e bom de transferência de energética.

Felizmente, o processo de descoberta da carga que receberá a potência máxima de um sistema em


particular é bastante directo e fácil pelo Teorema de Máxima Transferência de Potência, que
declara o seguinte:

A potência transferida a uma carga por um circuito (sistema) eléctrico será máxima quando a
resistência (impedância) dessa carga for exactamente igual à resistência (conjugado da impedância)
vista através dos terminais dessa carga (resistência/impedância em marcha vazio a-b).

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O circuito equivalente de Thevenin (fig.: 6.5.1e), onde 𝑘 = 2, é útil para descobrir a potência
máxima que um circuito linear pode liberar a uma carga.

Avancemos do pressuposto de que podemos ajustar a resistência de carga 𝐑 𝑘 (𝐑 2 ). Se todo o


circuito for substituído pelo equivalente de Thevenin, excepto a carga, conforme mostra a (figura:
6.5.1e), a potência liberada para a carga será igual a:

𝑷𝑘 = 𝑹𝑘 𝑰2𝑘 (6.7.1.1)

𝑼 𝑇ℎ
𝑷𝑘 = 𝑹𝑘 ( )2 (6.7.1.2)
𝑹𝑘 + 𝑹 𝑇ℎ

Para provarmos a definição do teorema de máxima transferência de potência apresentado na página


anterior, prossigamos em diferenciar a equação (6.7.1.2) da potência sendo transferida a carga (𝑘) em
relação a carga (𝑘); isto é, 𝑹𝑘 ; e tornemos que o resultado da diferenciação seja igual a zero.
Obteremos deste forma:

𝑹𝑘 ∗ 𝑼 𝑇ℎ 2
𝜕𝑷𝑘 𝜕𝑷𝑘 𝜕[ ]
( 𝑹𝑘 + 𝑹 𝑇ℎ )2
=0 ⟹ = =0 (6.7.1.3)
𝜕𝑹𝑘 𝜕𝑹𝑘 𝜕𝑹𝑘

2
𝜕𝑷𝑘 2 [( 𝑹𝑘 + 𝑹 𝑇ℎ ) − 2𝑹𝑘 ( 𝑹𝑘 + 𝑹 𝑇ℎ )
= [ 𝑼 𝑇ℎ ]=0 (6.7.1.4)
𝜕𝑹𝑘 ( 𝑹𝑘 + 𝑹 𝑇ℎ )4

2
𝜕𝑷𝑘 ( 𝑹𝑘 + 𝑹 𝑇ℎ ) − 2𝑹𝑘
= 𝑼 𝑇ℎ [ ] = 0 ⇒ ( 𝑹𝑘 + 𝑹 𝑇ℎ ) − 2𝑹𝑘 = 0 ⇒ 𝑹 𝑇ℎ − 𝑹𝑘 = 0
𝜕𝑹𝑘 ( 𝑹𝑘 + 𝑹 𝑇ℎ )3

𝑹 𝑇ℎ = 𝑹𝑘 (6.7.1.5)

É de extrema importância saber que, a condição de máxima transferência de potência apresentado


pela expressão (6.7.1.5) é valida para o Teorema de Edward Norton [𝑹𝑁 = 𝑹𝑘 ]. Ainda e de se conotar
que para os sistemas eléctricos em CA, a equação (6.7.1.5) seria igual a:

𝒁∗𝑇ℎ = 𝒁𝑘 (6.7.1.5)

𝒁𝑇ℎ = 𝑹 𝑇ℎ ± 𝑗𝑿𝑇ℎ (6.7.1.6𝑎)

𝒁𝑘 = 𝑹 𝑇ℎ ∓ 𝑗𝑿𝑇ℎ (6.7.1.6𝑏)

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Assim sendo, a potência máxima transferida a uma determinada carga, seja ela em sistema CC (eq.
6.7.1.5) ou CA (eq. 6.7.1.5), é obtida substituindo a equação (6.7.1.5) na equação (6.7.1.2); obtendo:

𝑼2𝑇ℎ 𝑰2𝑁
𝑷𝑚𝑎𝑥−𝑘 = ⇒ 𝑷𝑚𝑎𝑥−𝑘 = 𝑹 (6.7.1.8)
4𝑹 𝑇ℎ 4 𝑁

Outrora como citado anteriormente sobre as três (03) indagações inerentes a projecção dos
elementos passivos que compõem o circuito (sistema) eléctrico, comumente há necessidade de se
conhecer uma determinada magnitude da resistência (𝑹𝑘 ) ou impedância da carga (𝒁𝑘 ) que seja capaz
de desenvolver 𝜼 (%), da máxima capacidade que um certo circuito/sistema eléctrico poder-lhe-ia
despachar.

Partindo do pressuposto da equação (6.7.1.8), certa potência (𝑘) transferida a uma determinada
carga, que seja (𝜂) da sua máxima capacidade, de acordo com a figura (6.5.1e) teríamos:

𝑈
𝑷𝑘 𝑅𝑘 ( 𝑅 +𝑇ℎ𝑅 )2
𝑘 𝑇ℎ
𝜼= ⇒ 𝜂= 2 (6.7.2.1)
𝑷𝑚𝑎𝑥−𝑘 𝑈𝑇ℎ
(4𝑅 )
𝑇ℎ

4 𝑅𝑇ℎ 𝑅𝑘
𝜂= (6.7.2.2)
( 𝑅𝑘 + 𝑅𝑇ℎ )2

2
𝑹2𝑘 + 2𝑹 𝑇ℎ (1 − ) 𝑹𝑘 + 𝑹2𝑇ℎ = 0 (6.7.2.3𝑎)
𝜼

2
𝑹2𝑘 + 2𝑹𝑁 (1 − ) 𝑹𝑘 + 𝑹2𝑁 = 0 (6.7.2.3𝑏)
𝜼

A resolução das equações polinomiais de segundo grau (eq. 6.7.2.3a) e/ou (eq. 6.7.2.3b) irão
conduzir às duas (2) raízes que serão proporcionais as possíveis resistências/impedâncias resistivas
da carga (𝑘) que poderão desenvolver 𝜼 (%) da máxima capacidade que poder-lhe-ia ser entregue.

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6.5.2.5. Exercício de Fixação | Teorema de Transferência de Potência (Th/N):

1. Analisar o circuito abaixo (fig.: 6.7.1), usando o Método do Thevenin/Norton:

a) Qual é a potência eléctrica sendo dissipada sobre 𝑹2 ?


b) Determine o valor de 𝑹2 para que este dissipe a máxima potência, e a potência máxima ?
c) Determine os valores de 𝑹𝟐 para que este dissipe 82% da máxima potência?
d) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea c) ?

E2=40V
R1=10

R3=20
R2=14

J1=3A
E1=20V

J2=6A

6.5.2.6. Resolução por Método de Thevenin/Norton

Visto que o ramal de estudo ( 𝑹2 ,) já tenha sindo debatida e difundida anteriormente, so


apresentaremos as informações ainda existentes.:

5
𝑰2 = (− ) 𝐴 𝑼 𝑇ℎ = −40V
{ 3 ⇒ {
𝑹 𝑇ℎ = 10Ω
𝑹2 = 14Ω

Assim, a potência sendo desenvolvida no regime nominal (proposto), será obtido pela equação
(6.7.1.1), onde:
5 2 350
𝑷2 = 𝑹2 𝑰22 = 14 ∗ (− ) = 𝑊 ≅ 𝟑𝟖. 𝟖𝟖 𝑾
3 9

Para a determinação da resistência da carga (𝑅2 ), de modo que este desenvolva a máxima potencia,
será obtido pela equação (6.7.1.5), onde:

𝑹𝟐=𝒎𝒙 = 𝑹𝑻𝒉 = 𝟏𝟎𝛀

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Em consonância com a equação (6.7.18), a máxima potencia a ser despachada a carga (𝑅2 ), será
igual à:

𝑼2𝑇ℎ (−40𝑉)2
𝑷𝟐=𝒎𝒙 = = = 𝟒𝟎𝑾
𝟒𝑹𝑻𝒉 4 ∗ 10

O cálculo da resistência da carga (𝑅2 ), de modo que este desenvolva (𝜂 = 82%) da máxima
potência, será obtido pela equação (6.7.2.3a), onde:

2 2
𝑹22 + 2𝑹 𝑇ℎ (1 − ) 𝑹2 + 𝑹2𝑇ℎ = 0 ⇒ [𝑅22 + 2 ∗ 10 (1 − ) 𝑅 + 102 ] = 0
𝜼 0.82 2

𝟏𝟏𝟖𝟎
𝑹𝟐𝟐 + (− )𝑹𝟐 + 𝟏𝟎𝟎 = 𝟎
𝟒𝟏
A resolução da equação quadrática acima produzirá seguintes zeros da função; que são os dois
valores ohmicos que habilitar-lhe-ia a desenvolver (𝜂 = 82%) da máxima potência:

𝑹′𝟐 ≅ 𝟒. 𝟎𝟒𝛀
{
𝑹′′𝟐 ≅ 𝟐𝟒. 𝟕𝟒𝛀

Das expressões acima, a potência equivalente a (𝜂 = 82%) da potência máxima obtida acima, será
de 32.8 𝑊.

𝑃2−𝜂 𝑃2−𝜂
𝜂= ⇒ 0.82 = ⇒ 𝑷𝟐−𝜼 = 𝟑𝟐. 𝟖𝑾
𝑃𝑚𝑎𝑥−2 40𝑊

Finalmente atentemos em demonstrar que as duas (2) raízes (zeros) da função acima demonstram
os dois valores ohmicos pelo qual o circuito eléctrico poder-lhe-ia despachar 32.8 𝑊!

𝑈𝑇ℎ −40
𝑃2′−𝜂 = 𝑅′2 ( )2 𝑃 = 4.04( )2
𝑅′2 + 𝑅𝑇ℎ 2′−𝜂
4.04 + 10 𝑷𝟐′−𝜼 ≅ 𝟑𝟐. 𝟕𝟗𝟏𝟗 ≈ 𝟑𝟐. 𝟖𝑾
⇒{ ⇒{
𝑈𝑇ℎ −40 𝑷𝟐′′−𝜼 ≅ 𝟑𝟐. 𝟕𝟗𝟗 ≈ 𝟑𝟐. 𝟖𝑾
𝑃2′′−𝜂 = 𝑅′′2 ( )2 𝑃2′′−𝜂 = 24.74( )2
{ 𝑅′′2 + 𝑅𝑇ℎ 24.74 + 10

O [Bom Conhecimento] é todo aquele que trás [Bom Proveito] interno


como externo; (da) própria pessoa, sociedade e crença!

[Engº. Alberto Ch.Seco, Hon. | Junho–2023]

Electrotecnia Geral | ELGE, 2024 – UZ-FCT 64


Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.
7. CIRCUITOS ELÉCTRICOS LINEARES EM CORRENTE ALTERNADA

CONTEÚDO P’RA TEMA SEGUINTE!


(Próxima aula: 19-24/05/2023)
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE ELECTROMECÂNICA

DEPT (s): ELECTROMECÂNICA & PROCESSOS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL


CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. TEMA: Circuitos Eléctricos (CC) – Simples.
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz FICHA PRÁTICA 04

1. Associaram-se em série 3 resistências, R1, R2 e R3. O conjunto apresenta um valor ohmico de


870 kΩ. Se as resistências R1 e R2 tiverem, respectivamente, 220 kΩ e 470 kΩ, quanto é R3?

2. Determine a tensão nos terminais das resistências R1 e R2 do agrupamento representado abaixo.


R1 =4Ω
a b
c

Uab Ucd

3. Três resistências de 330 Ω, 470 Ω e 1.0 kΩ estão ligadas em série a uma fonte de alimentação
de 220 V. Calcule:
a) O valor da resistência total do agrupamento?
b) A intensidade de corrente que percorre o circuito?
c) As tensões U1, U2 e U3 nos terminais de cada resistência?

4. Determine as correntes que fluem nas resistências R2 e R3, verifique o teorema de Kirchhoff
(1ª Lei — LKI/C), a f.e.m (E) e as diferenças de potências U1 e U2 da fig. que se segue abaixo.
R1
R2

R3

I1 = 0.99A
E I2 I3

Electrotécnia Geral | ELGE, 2024 – UZ-FCT 1


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5. Determine para o circuito dado abaixo, aplicando o método de transformação estrela-triangulo:
(i) as correntes nos ramos. (ii) a prova energética, usando o balanco de potência.
R1=10 R4=40
J=10A R2=10 R5=10
R3=10 R6=20
R5

I5
R2 R3
a b c

I2 I3
J R1 I1 R4 I4 R6 I6

6. Entre os terminais dum agrupamento de duas (02) resistências em paralelo existe uma d.d.p.
de 220 V. Uma das resistências é de 40𝛺. A corrente no circuito principal é de 20𝐴.
a) Calcule a corrente que transita a resistência de 40Ω?
b) Calcule a corrente que irá transitar a outra resistência?
c) Determine o valor desta resistência?
d) Determine o valor da resistência equivalente?

7. No esquema abaixo, representa-se sucintamente um circuito eléctrico construído por uma


associação mista [uma (01) - serie e duas (02) - paralelo]. Os valores das resistências são os
indicados. Determine:
E

I=3.5A

R1=10kΩ R3=5kΩ

R4=5kΩ

R2=5kΩ R5=5kΩ

a) A resistência combinada do circuito?


b) A intensidade da corrente nos receptores R2 e R4?
c) A queda de tensão/ddp em cada um dos paralelos?
d) A tensão eléctrica nos terminais do gerador?

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8. Um gerador fornece uma intensidade de corrente eléctrica de 0.8𝐴 a um circuito, quando a sua
d.d.p. é de 109𝑉. Sendo a sua f.e.m de 120𝑉, calcule a sua resistência interna.

9. Um gerador tem uma F.E.M. de 20 V e uma resistência interna de 0.5Ω. Sabendo que fornece
uma intensidade de corrente eléctrica de 2𝐴, determine a tensão nos seus terminais.

10. Um dínamo com 𝐸 = 220𝑉 e resistência interna de 1.0Ω alimenta um receptor térmico com
resistência de 25Ω. Calcule:
a) A intensidade de corrente absorvida pelo receptor?
b) A tensão nos terminais do gerador?

11. Um gerador electroquímico (bateria), cuja F.E.M. é de 12 𝑉 e a resistência interna igual a


0.05 Ω, alimenta um receptor R com uma intensidade de 4 𝐴. Calcule:
a) A queda de tensão interna do gerador?
b) A tensão U aos terminais do receptor?
c) A resistência do receptor?
d) A potência útil?
e) O rendimento eléctrico do gerador?

12. Um gerador tem nos seus terminais a tensão de 50𝑉 e a sua f.e.m. é de 52𝑉. Sabendo que a
potência fornecida a uma carga é de 250𝑊, calcule:
a) A corrente eléctrica fornecida a carga?
b) O rendimento do gerador eléctrico?
c) A potência de perdas?
d) A resistência interna?

13. Um gerador fornece 132𝑊, com uma intensidade de corrente de 220𝑚𝐴. Sabendo que o seu
rendimento eléctrico é de 80%, determine:
a) A tensão eléctrica nos terminais do gerador?
b) A sua força electromotriz?
c) A sua resistência interna?
d) A potência absorvida?
e) A potência de perdas?

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14. Um dínamo alimenta um receptor de 40 Ω, sob uma tensão 𝑈 = 226 𝑉 . Sabe-se que a
resistência interna do dínamo é igual a 1.5 Ω. Calcule:
a) A intensidade fornecida?
b) A queda de tensão interna do dínamo?
c) A força electromotriz do dínamo?
d) O rendimento eléctrico do dínamo?
e) O rendimento industrial, sabendo que absorve uma potência mecânica de 1580 𝑊?

15. Para alimentar um determinado aparelho foi necessário associar em série seis (06) geradores
iguais sendo a f.e.m de cada um de 1.5𝑉 e a resistência interna de 0.1Ω . Defina as
características de um gerador equivalente á associação utilizada?

16. Três elementos de pilha de f.e.m. 1.5𝑉 e resistência interna de 0. 5Ω estão ligados em série e
alimentam um receptor de 7.5Ω. Determine:
a) As características do gerador equivalente (FEM total e resistência interna total)?
b) A intensidade da corrente no circuito?
c) A tensão nos terminais do receptor?

17. Um receptor é alimentado por seis (06) pilhas de 1.5 𝑉 de f.e.m. e 0.08Ω de resistência interna,
ligadas em série. Sabendo que, num determinado instante, fornecem uma intensidade de 0.5 𝐴,
calcule:
a) A tensão aplicada à carga?
b) A resistência de carga R?
c) A potência útil?

18. Três geradores idênticos estão associados em paralelo, tendo cada um 𝐸 = 12𝑉 e uma
resistência interna 0.2Ω. Determinar a corrente fornecida a uma carga de 39𝛺?

19. Associaram-se em paralelo dois (02) geradores, tendo cada um uma f.e.m. de 12𝑉 e resistência
interna de 0. 5Ω. Este agrupamento alimenta uma resistência/carga com valor igual a 14.9Ω
Calcule:
a) As características do gerador equivalente?
b) A intensidade absorvida pelo receptor?
c) A tensão nos terminais do gerador?

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20. Três geradores iguais, ligados em paralelo, alimentam, numa fábrica, um conjunto de
receptores. Os geradores têm as seguintes características individuais: 𝐸 = 230𝑉 e 𝑅 = 1.4 Ω.
Sabe-se que a tensão aplicada às cargas é de 220 𝑉. Calcule:
a) As características do gerador equivalente?
b) A intensidade de corrente total?
c) A intensidade fornecida por cada gerador?
d) A queda de tensão interna em cada gerador?
e) A resistência R do conjunto dos receptores?

21. Dois geradores iguais ligados em paralelo alimentam 60 lâmpadas iguais, em paralelo, de
potência individual igual a 60 𝑊, sob 220 𝑉. A resistência interna de cada gerador é de 1.15 Ω.
Calcule:
a) A potência total das lâmpadas?
b) A intensidade total absorvida?
c) As características do gerador equivalente?
d) A intensidade fornecida por cada gerador?

22. Uma bateria, com F.C.E.M. 𝐸 = 10 𝑉 𝑅 = 0.2 Ω, é carregada por uma fonte de corrente
contínua cuja tensão é 𝑈 = 12 𝑉. Calcule:
a) A intensidade absorvida pelo receptor?
b) A potência el. total fornecida pela rede?
c) A potência eléctrica útil do receptor?
d) As perdas internas no receptor?

23. Um motor eléctrico, alimentado a 220 𝑉 , absorve uma intensidade de 4 𝐴. Sabe-se que a
resistência do enrolamento é 𝑅 = 1.4 Ω. Calcule:
a) A força contra-electromotriz do motor?
b) A potência eléctrica absorvida pelo motor?
c) A potência eléctrica útil do motor?
d) As perdas no enrolamento?
e) A eficiência do motor?

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24. Um motor eléctrico absorve da rede uma potência eléctrica de 3250 𝑊, quando alimentado a
220 𝑉. Sabendo que a sua potência eléctrica útil é de 3120 𝑊 calcule:
a) A força contra-electromotriz?
b) A resistência interna?
c) A queda de tensão interna?
d) As perdas por efeito de Joule?
e) O rendimento da máquina?

25. No circuito eléctrico representado abaixo temos um gerador a alimentando um motor. A


resistência R limita o valor da corrente. Os elementos representados têm os seguintes valores:
𝐸𝐺 = 230 𝑉, 𝑅𝐺 = 1.25 Ω; 𝑅 = 2.1 Ω; 𝐸𝑀 = 210𝑉, 𝑅𝑀 = 1.10 Ω. Calcule:

a) A intensidade no circuito?
b) A queda de tensão no gerador?
c) A tensão UG, aos terminais do gerador?
d) A queda de tensão na resistência UR?
e) A queda de tensão no motor?
f) A tensão aplicada ao motor UM?
g) Confirme a expressão: UG = UR + UM?
h) A potência útil fornecida pelo gerador PG?
i) A potência dissipada na resistência R?
j) A potência absorvida pelo motor Pa?
k) Verifique que PG = PR + Pa?

+ +
G UR M
UG UM
RG RM
I

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS:

[1] WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análise de Circuitos em


Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.

[2] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circuitos Eléctricos”. (5ª


ed). Porto Alegre : AMGH,

[3] BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos”. (12ª ed). São Paulo:
Pearson Prentice Hall.

[4] BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal: Editora Porto.

[5] BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Federal de Itajubá: Apostila


ELE505.

[6] CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5ª ed). Porto Alegre:
AMGH.

[7] UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”. (7ª ed). Porto Alegre
: AMGH.

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Nota de Informação:

Resolvam de forma individual os exercícios numa


Folha A4, e submetam-no na chegada:
_____________.

Advertências:

1. Busque resolve-los e não meramente afogar-


se nos rios das “copias”.

2. Compreenda os problemas propostos, e se não


compreende-los por si só, então recorra as
demais fontes auxiliares e complementares
(Livros, colegas e vídeo aulas).
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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE ELECTROMECÂNICA

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CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. TEMA: Circuitos Elect. (CC)–Complexos.
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1. Analisar o circuito abaixo (fig.: abaixo), usando o Método de Analise de Kirchhoff:


a) Determine as correntes de ramos, e; b) Faça a prova de potência.

R '=4Ω
1

R 2''=4Ω

2. Obtenha as equações do circuito abaixo, usando o Método de Analise de Kirchhoff


R =3Ω R '=12Ω
3 2

R 5 =6Ω

R 4 =4Ω R 2''=6Ω

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3. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Fontes Separada:
a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R =16Ω
3

R =2Ω
4

4. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Fontes Separada:


a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R =4Ω
3

R4 =4Ω

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5. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Malhas Independentes:
a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R3 =8Ω

R 4 =4Ω

6. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Malhas Independentes:


a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R =5Ω R =6Ω
2 1

R 6=12Ω

R 5 =15Ω R 4 =4Ω

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7. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Nós:
a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R =2Ω
3

R =3Ω
5

R =9Ω
4

8. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Nós:


a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R =10Ω R =12Ω
5 1

R 6 =6Ω

R 2=0.5Ω R =6Ω
4

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9. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Thevenin/Norton:
a) Determine a corrente e a potência eléctrica sobre 𝑅3 .
b) Determine o valor de 𝑅3 para que este dissipe a máxima potência?
c) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea b) ?

R2=15Ω R1=10Ω

R6=10Ω R3=20Ω

R =5Ω R4=10Ω
5

10. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Thevenin/Norton:


a) Determine o valor de 𝑅2 para que este dissipe 92% da máxima potência?
b) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea a) ?

R
2

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11. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Thevenin/Norton:
a) Determine o valor de 𝑅2 para que este dissipe 68% da máxima potência?
b) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea a) ?

R2

12. Determine as correntes de ramos e faca prova de potência do circuito eléctrico abaixo, usando
seguintes métodos:
a) Análise de Kirchhoff;
b) Análise de Fontes Separadas;
c) Análise de Malhas Independentes, e;
d) Análise de Nós (Nodal).

R₁=10Ω J₁=3A Rˈ₄=16Ω


d
R₅=20Ω

E₄=32V
R₂=30Ω
e a c
R₆=5Ω

b
R₃=15Ω E₃=30V Rˈˈ₄=8Ω

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Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS:

[1] WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análise de Circuitos em


Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.

[2] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circuitos Eléctricos”. (5ª


ed). Porto Alegre : AMGH,

[3] BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos”. (12ª ed). São Paulo:
Pearson Prentice Hall.

[4] BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal: Editora Porto.

[5] BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Federal de Itajubá: Apostila


ELE505.

[6] CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5ª ed). Porto Alegre:
AMGH.

[7] UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”. (7ª ed). Porto Alegre
: AMGH.

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Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.
Nota de Informação:

Resolvam de forma individual os exercícios numa


Folha A4, e submetam-no na chegada:
__________.

Advertências:

1. Busque resolve-los e não meramente afogar-


se nos rios das “copias”.

2. Compreenda os problemas propostos, e se não


compreende-los por si só, então recorra as
demais fontes auxiliares e complementares
(Livros, colegas e vídeo aulas).
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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: B. Engo. Alberto Ch. Seco, Hon. SEMESTRE: I Semestre — 2024, 2º Ano
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PREPARAÇÃO — TESTE 02

1. Numa instalação de produção de Energia Eléctrica Fotovoltaica foi incumbido (a) ao (a) Engo/a.
de Gestão da Planta (Processos) que reduzisse o coeficiente de intermitência da Usina
Fotovoltaica no período de baixo (HSP), para isto, o Departamento de Engenharia decidiu
incrementar a capacidade do Banco de Baterias de 200 para 320 de baterias. Cujas
características são: 𝐸 = 14.6 𝑉 𝑅 = 0.0065 Ω 𝐼𝑏𝑎𝑡 = 220 𝐴ℎ; e deverão ser carregadas sob
uma tensão contínua (DC) a 𝑈𝑐ℎ = 468 𝑉 e descarregadas a 𝑈𝑑𝑖𝑠𝑐ℎ = 462.7 𝑉 através dum
Inversor Hibrido Solar On-Grid. Nestas condições, determine:
a) A configuração (assoc.) eficaz das 320 baterias nos terminais do inversor? (Sol: 32S-10P)
b) A intensidade de corrente total do grupo-paralelo; quando alimentam uma carga de 27kW?
c) Por quanto tempo a Usina Eléctrica-Fotovoltaica poderá intervir sem disponibilidade solar?
d) As características do (a) gerador (bateria) equivalente do agrupamento de 320 baterias?
e) A queda de tensão interna em cada agrupamento-serie do gerador?
f) As perdas energéticas internas no banco de baterias, na alínea b)?
g) A potência eléctrica fornecida pela FEM equivalente do Banco de Baterias?
h) O rendimento energético do Banco de Baterias?

2. Uma excitatriz dum gerador síncrono duma Usina Hidroeléctrica é composta por dínamo que
alimenta os enrolamentos de cobre do indutor deste alternador de 80Ω, sob uma tensão 𝑈 =
2.5 𝑘𝑉. Sabe-se que a resistência interna do dínamo é igual a 2.5Ω. Calcule:
a) A intensidade da corrente DC fornecida pela excitatriz ao circuito de campo do gerador?
b) A queda de tensão interna do dínamo excitador?
c) A tensão electromotriz DC do dínamo?
d) A eficiência eléctrica da excitatriz?
e) O rendimento industrial, sabendo que absorve do veio uma potência mecânica de 85 𝑘𝑊?

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3. Quatro (04) geradores em corrente contínua igual, são ligados em paralelo, e alimentam, numa
instalação fabril: um conjunto de compressores (16𝑘𝑊), electrobombas e motores (25𝑘𝑊) e
lavadoras de garrafas (9𝑘𝑊). Os geradores têm as seguintes características individuais: 𝐸 =
420𝑉 e 𝑅 = 0.575Ω. Sabe-se que a tensão aplicada às cargas é de 400 𝑉. Calcule:
a) As características do gerador equivalente?
b) A intensidade de corrente total fornecida as maquinas e para cada máquina?
c) A intensidade fornecida por cada gerador eléctrico?
d) A queda de tensão interna em cada gerador?
e) A resistência R do conjunto das máquinas?
f) A potência eléctrica produzida pela FEM equivalente?
g) As perdas energéticas do grupo gerador a plena carga?
h) A eficiência industrial do grupo gerador quando alimentam a plena carga?

4. No circuito eléctrico representado abaixo temos um gerador DC alimentando um motor DC. A


resistência R(cabo) é o efeito ohmico do material condutor de interligação entre as maquinas. Os
elementos representados têm os seguintes valores: 𝐸𝐺 = 380 𝑉 , 𝑅𝐺 = 1.4 Ω ; 𝑅 = 3.8 Ω ;
𝐸𝑀 = 350𝑉, 𝑅𝑀 = 1.8 Ω. Calcule:

a) A intensidade na linha eléctrica? f) A potência útil fornecida pelo Dínamo/


b) A queda de tensão no gerador? Gerador PG?
c) A tensão UG, aos terminais do gerador? g) A potência perdida na linha eléctrica (na
d) A queda de tensão na resistência URcabo? resistência) R(cabo)?
e) A tensão aplicada ao motor UM? h) A potência absorvida pelo motor Pa?

Rcabo

+ +
G UR M
UG UM
RG RM
I

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5. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Fontes Separada:
a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R =16Ω
3

R =2Ω
4

6. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Malhas Independentes:


a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R =16Ω R =16Ω
2 1

R 6=12Ω

J5=8A

R 5 =15Ω R 4 =4Ω

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7. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Analise de Nós:
a) Determine as correntes de ramos, e;
b) Faça a prova de Potencia.

R =10Ω R =12Ω
5 1

J5=3A
R 6 =6Ω

R =15Ω R =6Ω
2 4

8. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Thevenin/Norton:


a) Determine a corrente e a potência eléctrica sobre 𝑅3 .
b) Determine o valor de 𝑅3 para que este dissipe a máxima potência?
c) Determine os valores de 𝑅3 para que este dissipe 88% da máxima potência?
d) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea c) ?

R₁=10Ω J₁=3A Rˈ₄=16Ω


d
R₅=20Ω

E₄=32V
R₂=30Ω
e a c
R₆=5Ω

b
R₃=15Ω E₃=30V Rˈˈ₄=8Ω

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS:

[1] WILLIAM, H. Jr.; KEMMERLY, J. E.; DURBIN, S. M. (2008). “Análise de Circuitos em


Engenharia”. (7ª ed). São Paulo: McGraw-Hill.

[2] ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. (2013). “Fundamentos de Circuitos Eléctricos”. (5ª ed).
Porto Alegre : AMGH,

[3] BOYLESTAD, Robert L. (2012). “Introdução à Análise de Circuitos”. (12ª ed). São Paulo:
Pearson Prentice Hall.

[4] BADONI, A. (1989). “Electrotécnica: Teoria e Aplicada”. Portugal: Editora Porto.

[5] BELCHIOR, F. N. (2014). “Medidas Eléctricas”. Universidade Federal de Itajubá: Apostila


ELE505.

[6] CHAPMAN, S. J. (2013). “Fundamentos de Máquinas Eléctricas”. (5ª ed). Porto Alegre: AMGH.

[7] UMANS, S. D. (2014). “Máquinas Eléctricas: Fitzgerald e Kingsley”. (7ª ed). Porto Alegre :
AMGH

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BOA APLICAÇÃO
Boa sorte a todos!

(Terça-feira — 16/05/2023; Realização do Teste-02/escrito)

ADVERTÊNCIAS PRELIMINARES!

Venha com o seu rascunho e sua própria calculadora!

Atraso >1h não será tolerada. Assiduidade:

LABORAL: 15h:00 (inicio do teste) e 15h:30-50


(barramento ao teste). 17:20 – FIM DO TESTE.

PÓS-LABORAL: 17h:40 (inicio do teste) e 18h:30-40


(barramento ao teste). 19:30 – FIM DO TESTE.
NIMRODE (Gênesis 10:8-9)

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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 16/05/2023: 2º Ano – Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz
TESTE 02 — Duração: 120 min.

(6.0V) 1. Numa instalação de produção de Energia Eléctrica Fotovoltaica foi incumbido (a) ao (a) Engo/a. de
Gestão da Planta (Processos) que reduzisse o coeficiente de intermitência da Usina Fotovoltaica no
período de baixo (HSP), para isto, o Departamento de Engenharia decidiu incrementar a capacidade do
Banco de 224 para 480 de baterias. Cujas características são: 𝐄bat = 14.6 𝑉 , 𝐑 bat = 0.0065Ω e
𝐈C20−bat = 220 𝐴ℎ ; e deverão ser carregadas sob uma tensão contínua (DC) a 𝐔𝑐ℎ = 468 𝑉 e
descarregadas a 𝐔𝑑𝑖𝑠𝑐ℎ = 462.7 𝑉 através dum Inversor Hibrido Solar On-Grid. Nestas condições,
determine:
a) A configuração (assoc.) eficaz das 320 baterias nos terminais do inversor? (1.0V)
b) A intensidade de corrente total do grupo-paralelo; quando alimentam uma carga de 50 kW? (1.0V)
c) Por quanto tempo a Usina Eléctrica-Fotovoltaica poderá intervir sem disponibilidade solar? (0.5V)
d) As características do (a) gerador (bateria) equivalente do agrupamento de 320 baterias? (1.0V)
e) A queda de tensão interna em cada agrupamento-serie do gerador? (0.5V)
f) As perdas energéticas internas no banco de baterias, na alínea b)? (0.5V)
g) A potência eléctrica fornecida pela FEM equivalente do Banco de Baterias? (0.5V)
h) O rendimento energético do Banco de Baterias? (1.0V)

(4.0V) 2. Obtenha as equações necessárias do circuito eléctrico abaixo usando o Método de Analise Nodal:
R 5 =12Ω R 1 =12Ω

J5=9A
R =8Ω
6

R 2 =17Ω R4 =12Ω

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(6.0V) 3. Analisar o circuito eléctrico dado a seguir, usando o Método de Analise de Malhas Independentes:
a) Determine as correntes de ramos, e; (4.0V)
b) Faça a prova de Potencia. (2.0V)

R =16Ω
3

R
4 =12Ω

(4.0V) 4. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Thevenin/Norton:


a) Determine a corrente e a potência eléctrica sobre 𝑅6 . (2.0V)
b) Determine o valor de 𝑅6 para que este dissipe a máxima potência? (0.5V)
c) Determine os valores de 𝑅6 para que este dissipe 77% da máxima potência? (1.0V)
d) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea c) ? (0.5V)

R₁=4Ω J₁=9A R₄=160Ω


R3=250Ω

J₄=5A
R₂=60Ω
R₆=8Ω

E₃=30V R5=120Ω

BOA APLICAÇÃO!
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SANSÃO (Jz 13:24-25, 15:14-16)

UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 16/05/2023: 2º Ano – Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz TESTE 02 — Duração: 120 min.

(6.0V) 1. Propôs-se do Departamento de Engenharia que uma estação fabril deveria contar com um grupo de
geradores de emergência acoplada à estação rectificadora AC-DC. Observou-se após a integração do
sistema eléctrico de potência, que quatro (04) geradores iguais fornecendo nos seus finais: energia em
corrente contínua, sendo estes ligados em paralelo com vista à alimentarem: três (3) conjuntos de
compressores (16𝑘𝑊/unit), electrobombas e motores (25𝑘𝑊) e lavadoras de garrafas (12𝑘𝑊). Os
geradores (AC-DC final) possuem as seguintes características individual: 𝐄𝑠 = 630𝑉 e 𝐑 𝑠 = 0.847Ω.
Sabe-se que a tensão aplicada às cargas é de 𝑼𝐿 = 600 𝑉. Desta forma, determine:
a) As características do gerador equivalente? (1.0V)
b) A intensidade de corrente total fornecida as maquinas e para cada máquina? (1.0V)
c) A intensidade fornecida por cada gerador eléctrico (AC-DC final)? (0.5V)
d) A queda de tensão interna em cada gerador (AC-DC final)? (1.0V)
e) A resistência 𝐑 do conjunto das máquinas? (0.5V)
f) A potência eléctrica produzida pela FEM equivalente? (0.5V)
g) As perdas energéticas do grupo gerador (AC-DC final) a plena carga? (0.5V)
h) A eficiência industrial do grupo gerador (AC-DC final) a plena carga? (1.0V)

(4.0V) 2. Obtenha as equações necessárias do circuito eléctrico abaixo usando o Método de Análise de Kirchhoff:
R 2 =8Ω R 4 =24Ω

J2=5A
R =90Ω
5

R 6 =20Ω R1 =14Ω

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(6.0V) 3. Analisar o circuito eléctrico dado a seguir, usando o Método de Analise Nodal:
a) Determine as correntes de ramos, e; (4.0V)
b) Faça a prova de Potencia. (2.0V)

R =16Ω R =16Ω
4 2

E4 =50V

J5=8A

R 5 =15Ω R 3 =4Ω

(4.0V) 4. Analisar o circuito abaixo usando o Método de Thevenin/Norton:


a) Determine a corrente e a potência eléctrica sobre 𝑅3 . (2.0V)
b) Determine o valor de 𝑅3 para que este dissipe a máxima potência? (0.5V)
c) Determine os valores de 𝑅3 para que este dissipe 93% da máxima potência? (1.0V)
d) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea c) ? (0.5V)

R₁=9Ω J₁=6A R5=90Ω


R3=140Ω

J₄=12A
R₂=30Ω
R₆=65Ω

E₃=300V R₄=60Ω

BOA APLICAÇÃO!

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ALEXANDRE, O GRANDE

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DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Prof. Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 06/06/2023: 2º Ano – Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz TESTE 03 — Duração: 120 min.

(4.0V) 1. Os sistemas eléctricos de potência (SEP) são sistemas constituídos por: centrais de produção de energia
eléctrica, subestações de transformação e de interligação, linhas de transmissão e de distribuição, e
cargas/receptores (LEÃO, 2009). De acordo com o difundido nos seminários:

a) Cite três (03) tipos de Centrais Eléctricas inexistentes no país? (1.00V)


b) Apresente as características e princípios de funcionamento das Centrais Hídricas e Solares? (1.00V)
c) O que são Postos de Transformações e Subestações Eléctricas? (1.00V)
d) Quais são os aparelhos de protecções, comando e manobras empregues em sistemas industriais
e residências (cite o tipo de protecção provida)? (1.00V)

(6.0V) 2. Uma indústria de refinaria de sabão, fábrica Fasorel, é dotada duma subestação receptora (SE02), donde
a subestação de distribuição (SE01) da Munhava [EDM, E.P] despacha o fluxo energético à subestação
receptora da indústria Fasorel (SE02) através duma Linha Eléctrica em corrente alternada (CA) sob a
tensão de 12.8 kV (SE02); o sector de molding da refinaria possui:
i. Quatro (04) Maquinas de Injecção: 𝐒1 = 14.0 kVA/unit e 𝐅𝐩1 = 0.69 indutivo;
ii. Dez (10) Compressores de Frio: 𝐒2 = 9.5 kVA/unit e 𝐅𝐩2 = 0.75 atrasado.

Se a impedância da linha eléctrica for igual à 𝒁𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 = (25.66 + 𝑗5.34) Ω, nestas condições, determine:

a) Corrente complexa e instantânea sendo fornecida da (SE01) à (SE02), se 𝑓 = 50Hz? (2.00V)


b) Impedância complexa equivalente 𝒁Ind−F , do Sector de Molding da industria Fasorel? (0.25V)
c) A potência activa, reactiva e complexa sendo despachada da subestação (SE01)? (1.50V)
d) O factor de potência global do Sector de Molding? (0.25V)
e) O valor da potencia reactiva capacitiva em (kVar) e a capacitância em (Farads) do banco de
capacitores a ser instalado em paralelo com o Sector de Molding, de modo que o seu factor de
potencia global seja igual à 0.92 indutivo? (1.00V)
f) O valor da corrente eléctrica complexa e instantânea na situação após e), sendo transferida da
subestação da Munhava (SE01) à subestação da industria Fasorel (SE02)? (1.00V)

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3. Abaixo apresenta-se rapidamente (figura – 1) um circuito eléctrico linear excitado por corrente
alternada a 50Hz, nestas condições, observe atentamente os seus parâmetros:

L6 L4

J1 J4
R5
J6

Z0 C5
L1
R4
R1
E2

R3 L3
C2 J2

𝐑1 = 𝐑 3 = 𝐑 4 = 𝐑 5 = 60Ω; 𝐋1 = 𝐋3 = 𝐋4 = 𝐋6 = 102 𝑚H; 𝐂2 = 𝐂5 = 63 𝜇F; 𝐙0 = 10 − 𝑗20 Ω


𝐉1 = 4∠20° A; 𝐉2 = 10∠35° A; 𝐉4 = 8∠15° A; 𝐉6 = 6∠36.87° A

𝐄2 = 220∠30° V

(6.0V) 3.1 Para o circuito eléctrico acima, aplicando o método de Análise de Malhas Independentes:
a) Determine as correntes de ramo. e; (4.00V)
b) Faça a prova das potências. (2.00V)

(4.0V) 3.2 Usando o (s) teorema (s) de Leon Thevenin [ou, Edward Norton] sobre o circuito acima:
(2.25V)
a) Determine a corrente eléctrica complexa sobre 𝒁0 ?
b) Determine o valor de 𝒁0 para que este dissipe a máxima potência? (0.25V)
c) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea anterior (b)? (0.25V)
d) Determine os valores de 𝒁0 para que este dissipe 69% da sua máxima potencia? (1.00V)
e) A taxa de dissipação energética, da alínea anterior (d)? (0.25V)

BOA APLICAÇÃO!

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DOCENTE: Prof. Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 06/06/2023: 2º Ano – Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz GUIÃO DO TESTE 03 — Duração: 120 min.

1. Os sistemas eléctricos de potência (SEP) são sistemas constituídos por: centrais de produção de energia
eléctrica, subestações de transformação e de interligação, linhas de transmissão e de distribuição, e
cargas/receptores (LEÃO, 2009). De acordo com o difundido nos seminários:

a) Cite três (03) tipos de Centrais Eléctricas existentes no país?


 Central Hidroeléctrica;
(1.00V)  Central Eléctrica Fotovoltaica;
 Central Térmica à Gás (Carvão).

b) Apresente as características e princípios de funcionamento das Centrais Hídricas e Solares?


Centrais Hídricas – São estações eléctricas donde produz-se a Energia Eléctrica através da conversão da Energia
Mecânica Potencial das quedas das águas armazenadas numa albufeira; do quais são conduzidas
por condutas de admissão até a colisão com as pás das turbinas hidráulicas, e estes encontram-se
conectadas com um veio accionador de um gerador eléctrico; que por força rotacional provida
(0.50V) pela turbina hidráulica irá produzir a energia eléctrica proporcional a energia mecânica fornecida
da turbina através do veio accionador ao gerador eléctrico. Cujo principio de conversão
Mecânica-Eléctrica é regido pelas Leis Electromagnéticas de Maxwell, Lenz e Faraday.

Centrais Solares – São igualmente estações eléctricas onde pode-se gerar a Energia Eléctrica através da conversão
da energia solar tremo-luminosa a energia eléctrica de forma Directa ou Indirecta. O principio de
conversão directa da energia solar para energia eléctrica é o diferencial característico das Centrais
Eléctricas Fotovoltaicas, donde a energia luminosa dos fotões emitido pelas radiações do
processo de fusão dos núcleos leves da estrela [solar] é colectada directamente pelas placas
(2x25V) solares fotovoltaicas semicondutoras, que pelos processos energéticos das partículas subatómicas
que constituem a placa solar, sendo exposta à luz, surgirá uma diferença de potencial eléctrico e
fluxo de electrões ao longo da matéria (placa solar) semicondutora dopada. Nisto, produzindo a
energia eléctrica proporcional a energia solar luminosa incidente nas placas fotovoltaicas.

Outrora, na conversão indirecta da energia termo-luminosa proveniente da radiações (fotões) na


fusão dos núcleos leves na estrela solar, faz-se o emprego das placas reflectoras da luz; dos quais

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as irradiações luminosas incidente são propositalmente reflectidas por placas espelhares ao um
ponto de colisão. Deste ponto de colisão das radiações solares, irá; devido a energia térmica sendo
portadas pelas radiações solares; fazer com que a temperatura se eleve sobre o ponto de colisão
[donde encontra-se o fluido/H2O do circuito térmico]. Tornando o fluido no interior do ponto de
colisão, em vapor, e que seja conduzindo às turbinas térmicas à vapor; em que o principio geral
de conversão energética [Térmica-Eléctrica] segue o mesmo principio das Centrais Térmicas.

c) O que são Postos de Transformações e Subestações Eléctricas?

Postos de Transformações de E.E – Os postos de transformações de Energia Eléctrica são estações responsáveis
pelo controle, protecção e manuseamento de energia eléctrica que será despachada pelas linhas
(0.50V) eléctricas de distribuição de energia aos pequenos consumidores. Ex.: Bairros, Residências e
Instituições Civis e Comerciais. Constituídos basicamente por dispositivos de Manobras,
Protecções, Medidas e Transformadores Eléctricos (o seu coração operacional).

Subestacoes Electricas – As subestações eléctricas são conjugais aos postos de transformações, e que o seu
princípio de operação e funcionamento identifica-se com os postos de transformações e
seccionamentos. As subestações eléctricas são estacões terminais e de interligações das linhas
eléctricas de transmissão e distribuição de E.E. Sendo elas igualmente em estações que são
(0.50V) responsáveis por receber a energia eléctricas dos blocos/central de produção energética e adequar
os parâmetros energéticos para que a energia gerada por uma determinada central seja despachada
à centenas de quilómetros das grandes carga [província, distritos e cidades, ou ate mesmo,
grandes industriais (ex.: Mozal, Fabrica de Cimentos de Dondo e Beira, e etc.)].

d) Quais são os aparelhos de protecções, comando e manobras empregues em sistemas industriais


e residências (cite o tipo de protecção provida)?

Disjuntores – Os disjuntores são aparelhos empregues em sistemas residenciais e industrias; provendo as funções
básicas como: Manobras, Protecção (contra sobrecarga e sobrecorrentes). Em sistemas eléctricos
(0.50V) de Potencia estes não igualmente associados aos reles, os quais habilitam o disjuntor a ser dotado
de funcionalidade de Comando Inteligente.

Seccionadores Fusiveis – Os seccionadores fusíveis, também conhecidos de Drop-Out, são chaves “manobráveis”

(0.50V) e com poder de corte visível [manobrar o circuito eléctrico a ele associado enquanto se encontra
energizado] e dotado do elemento fusível [responsável pela “protecção” contra sobrecorrente].

2. Uma indústria de refinaria de sabão, fábrica Fasorel, é dotada duma subestação receptora (SE02), donde
a subestação de distribuição (SE01) da Munhava [EDM, E.P] despacha o fluxo energético à subestação
receptora da indústria Fasorel (SE02) através duma Linha Eléctrica em corrente alternada (CA) sob a
tensão de 12.8 kV (SE02); o sector de molding da refinaria possui:

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i. Quatro (04) Maquinas de Injecção: 𝐒1 = 14.0 kVA/unit e 𝐅𝐩1 = 0.69 indutivo;
ii. Dez (10) Compressores de Frio: 𝐒2 = 9.5 kVA/unit e 𝐅𝐩2 = 0.75 atrasado.

Se a impedância da linha eléctrica for igual à 𝒁𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 = (25.66 + 𝑗5.34) Ω, nestas condições, determine:

a) Corrente complexa e instantânea sendo fornecida da (SE01) à (SE02), se 𝑓 = 50Hz?

Zlinha

I (carga)
E (SE01) Z1 Z2
U (carga)=U (SE02)

𝑡=2

𝐏 (carga−total) = ∑ 𝒏𝑗 ∗ 𝐒𝑗 ∗ cos 𝝋𝑗 = 𝒏1 ∗ 𝐒1 ∗ cos 𝝋1 + 𝒏2 ∗ 𝐒2 ∗ cos 𝝋2


𝑗=1

kVA kVA
𝐏 (carga−total) = 4unit ∗ 14 ( ) ∗ (0.69) + 10unit ∗ 9.5 ( ) ∗ (0.75)
unit unit

(0.50V) 𝐏 (carga−total) = 38.64 + 71.25 = 𝟏𝟎𝟗. 𝟖𝟗 𝐤𝐖

𝐐 (carga−total) = ∑𝑡=2
𝑗=1 𝒏𝑗 ∗ 𝐒𝑗 ∗ sin(± cos
−1
𝐅𝐏𝑗 ) = 𝒏1 ∗ 𝐒1 ∗ sin(+ cos−1 𝐅𝐏1 ) + 𝒏2 ∗ 𝐒2 ∗ sin(+ cos−1 𝐅𝐏2 )

𝐐 (carga−total) = 4 ∗ 14 ∗ sin(cos−1 0.69) + 10 ∗ 9.5 ∗ sin(cos −1 0.75)

(0.50V) 𝐐 (carga−total) = 40.54 + 62.83 = 𝟏𝟎𝟑. 𝟑𝟕 𝐤𝐕𝐀𝐫

A corrente complexa fornecida do [SE01] ao sector de Molding [SE02] será igual:


2
𝐒 (carga−total) 𝐐 (carga−total) √𝐏(carga−total) +𝐐2(carga−total) 𝐐 (carga−total)
𝐈(carga) = [𝐔 ]∠arctan(− 𝐏 )=[ 𝐔 (carga−total)
]∠arctan(− 𝐏 )
(carga−total) (carga−total) (carga−total)

√(109.89)2 + (103.37)2 103.37


𝐈(carga) = [ ]∠arctan(− )
12.80 109.89
(0.50V) 𝐈(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚) = 𝟏𝟏. 𝟕𝟗∠ − 𝟒𝟑. 𝟐𝟓°, 𝐀

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A corrente instantânea fornecida do [SE01] ao sector de Molding [SE02]será igual:

𝒊(carga)[𝑡] = √2𝐈(carga) sin(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜃𝑖 )

𝒊(carga)[𝑡] = √2 ∗ 11.79 sin(2𝜋 ∗ 50𝑡 + (−43.25°)), 𝐴

(0.50V) 𝒊(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚)[𝒕] = 𝟏𝟔. 𝟔𝟕 𝐬𝐢𝐧(𝟑𝟏𝟒. 𝟏𝟓𝒕 − 𝟒𝟑. 𝟐𝟓°) , 𝑨

b) Impedância complexa equivalente 𝒁Ind−F , do Sector de Molding da industria Fasorel?

Zlinha

I (carga)
E (SE01) ZInd-F
U (carga)=U (SE02)

𝐔 (cargal) 𝐐 (carga−total) 𝐔 (cargal)


𝒁Ind−F = [ ] ∠ arctan ( ) 𝒁Ind−F =
𝐈 (cargal) 𝐏 (carga−total) 𝐈 (cargal)
(0.25V) 12.8𝑥10 3
103.37 ⟹ 𝑜𝑢 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 ⟹ 12800∠0° 𝑉
𝒁Ind−F = ( )∠ arctan ( ) 𝒁Ind−F =
11.79 109.89 11.79∠ − 42.25°
{ 𝒁𝐈𝐧𝐝−𝐅 = 𝟏𝟎𝟖𝟓. 𝟔𝟔∠𝟒𝟑. 𝟐𝟓° 𝛀 {𝒁𝐈𝐧𝐝−𝐅 = 𝟏𝟎𝟖𝟓. 𝟔𝟔∠𝟒𝟑. 𝟐𝟓° 𝛀

c) A potência activa, reactiva e complexa sendo despachada da subestação (SE01)?

𝐏 (SE01) = 𝐏 (carga−total) + 𝐏 (Linha) 2


𝐏 (SE01) = 𝐏 (carga−total) + 𝐑 (Linha) 𝐈(carga)
{𝐐 (SE01) = 𝐐 (carga−total) + 𝐐 (Linha) ⟹ contudo ⟹ {𝐐 (SE01) = 𝐐 (carga−total) + 𝐗 (Linha) 𝐈2
(carga)
𝐒(SE01) = 𝐏 (SE01) + 𝑗𝐐 (SE01) __________

𝐏 (SE01) = 109.89 + 25.66 ∗ (11.79)2 𝑥10−3 𝐏 (𝐒𝐄𝟎𝟏) = 𝟏𝟏𝟑. 𝟒𝟔 𝐤𝐖


(3x0.50V) { 𝐐 (SE01) = 103.37 + 5.34 ∗ (11.79)2 𝑥10−3 ⟹ contudo ⟹ { 𝐐 (𝐒𝐄𝟎𝟏) = 𝟏𝟎𝟒. 𝟏𝟏 𝐤𝐕𝐀𝐑
__________ 𝐒(𝐒𝐄𝟎𝟏) = 𝟏𝟏𝟑. 𝟒𝟔 + 𝒋𝟏𝟎𝟒. 𝟏𝟏 𝐤𝐕𝐀

d) O factor de potência global do Sector de Molding?


avançado
𝐏 (carga−total) 𝐐 (carga−total) < 0 ⟶ Factor de potência /capacitivo
𝐅𝐏 (Ind−F) = ⟺ { adiantado
𝐒 (carga−total) 𝐐 (carga−total) > 0 ⟶ Factor de potência atrasado/indutivo
109.89 kW
(0.50V) 𝐅𝐏 (Ind−F) = ⟹ 𝐅𝐏 (Ind−F) ≅ 𝟎. 𝟕𝟐𝟖 𝐢𝐧𝐝𝐮𝐭𝐢𝐯𝐨
√(109.89)2 + (103.37)2 kVA

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e) O valor da potencia reactiva capacitiva em (kVar) e a capacitância em (Farads) do banco de
capacitores a ser instalado em paralelo com o Sector de Molding, de modo que o seu factor de
potencia global seja igual à 0.92 indutivo?

Zlinha

I (carga)
E (SE01) ZInd-F C(Correcção)
U (carga)=U (SE02)

𝐅𝐏 (Ind−F/pós correção) = Cos 𝝋(pós−correcção) ⇒ 𝝋(𝐩ó𝐬−𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐜çã𝐨) = ± arccos 𝐅𝐏(Ind−F/pós−correcção)

𝝋(pós−correcção) = +arccos(0.92)
(0.25V) {
𝝋(𝐩ó𝐬−𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐜çã𝐨) = +𝟐𝟑. 𝟎𝟕°

[𝐐 (carga−total) + 𝐐 (Banco−Capacitor) ]
𝐓𝐚𝐧 (𝝋(𝐩ó𝐬−𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐜çã𝐨) ) =
[𝐏 (carga−total) + 𝐏 (Banco−Capacitor) ]

Sabendo-se que as baterias condensadoras ideias, assim como ilustrado na figura acima, possuem uma
impedância puramente reactiva [Banco]. Tornando-os deste jeito, em elementos de absorção zero [da
potencia activa] em qualquer sistema eléctrico nele inserido. 𝐏 (Banco−Capacitor) = 0 kW. Festa forma:
[103.37 + 𝐐 (Banco−Capacitor) ]
Tan (+23.07°) =
(109.89 + 0)
(0.25V) 𝐐 (Banco−Capacitor) = (109.89 ∗ Tan (+23.07°) − 103.37) ⟹ 𝐐 (𝐁𝐚𝐧𝐜𝐨−𝐂𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐨𝐫) = −𝟓𝟔. 𝟓𝟕 𝐤𝐕𝐀𝐫

2
𝐐 (Banco−Capacitor) = −2𝜋𝑓𝐂(correcção) 𝐔(carga) −56.57𝑥103 VAr
𝐐 (Banco−Capacitor) 𝐂(correcção) =
(0.50V) { ⟹{ −2𝜋 ∗ 50 ∗ (12800V)2
𝐂(correcção) = 2
−2𝜋𝑓 ∗ 𝐔(carga) 𝐂(𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐜çã𝐨) = 𝟏. 𝟏𝟎 𝛍𝐅

f) O valor da corrente eléctrica complexa e instantânea na situação após e), sendo transferida da
subestação da Munhava (SE01) à subestação da industria Fasorel (SE02)?

A corrente complexa fornecida do [SE01] a [SE02] após a instalação do banco-cap., será igual:

2
√𝐏(carga−total/pós−cap) + 𝐐2(carga−total/pós−cap)
𝐈(carga/pós−cap) =[ ]∠arctan(−𝝋(pós−correcção) )
𝐔 (carga−total)

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(0.50V)
2
√(109.89 + 0)2 + (103.37 + (−56.57))
𝐈(carga/pós−cap) =[ ]∠arctan(−23.07°)
12.80

𝐈(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚/𝐩ó𝐬−𝐜𝐚𝐩) = 𝟗. 𝟑𝟑∠ − 𝟐𝟑. 𝟎𝟕°, 𝐀

A corrente instantânea fornecida da [SE01] a subestação da Fasorel com a instalação do banco, será igual:
𝒊(carga/pós−cap)[𝑡] = √2𝐈(carga/pós−cap) sin(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜃𝑖 )

𝒊(carga/pós−cap)[𝑡] = √2 ∗ 9.33 sin(2𝜋 ∗ 50𝑡 + (−23.07°)), 𝐴

(0.50V) 𝒊(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚/𝐩ó𝐬−𝐜𝐚𝐩)[𝒕] = 𝟏𝟑. 𝟐 𝐬𝐢𝐧(𝟑𝟏𝟒. 𝟏𝟓𝒕 − 𝟐𝟑. 𝟎𝟕°) , 𝑨

3. Abaixo apresenta-se rapidamente (figura – 1) um circuito eléctrico linear excitado por corrente
alternada a 50Hz, nestas condições, observe atentamente os seus parâmetros:

L6 L4

J1 E4
R5
J6

Z0 C5
L1
R4
R1
E2

R3 L3
C2 J2

𝐑1 = 𝐑 3 = 𝐑 4 = 𝐑 5 = 60Ω; 𝐋1 = 𝐋3 = 𝐋4 = 𝐋6 = 102 𝑚H; 𝐂2 = 𝐂5 = 63 𝜇F; 𝐙0 = 10 − 𝑗20 Ω


𝐉1 = 4∠20° A; 𝐉2 = 10∠35° A; 𝐉6 = 6∠36.87° A

𝐄2 = 220∠30° V; 𝐄4 = 80∠15° V

Determinando os valores ohmico das impedâncias do circuito eléctrico acima a 50Hz, teremos:
𝒁𝐿 = j𝐗 L1 = j𝐗 L3 = j𝐗 L4 = j𝐗 L6 = 2𝜋𝑓 ∗ 𝐋1 = 𝑗2𝜋 ∗ 50 ∗ 0.102 = 𝑗𝟑𝟐. 𝟒𝟒𝛀
1 1
𝒁𝐶 = −j𝐗 C2 = −j𝐗 C5 = −𝐽 = −𝐽 = −𝑗𝟓𝟎. 𝟓𝟑𝛀
2𝜋𝑓 ∗ 𝐂2 2𝜋 ∗ 50 ∗ 63 ∗ 10−6

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ZL6 ZL4

J1 E4
R5
J6

Z0 ZC3
ZL1

R4
R1
E2

R3 ZL3
ZC2 J2

(6.0V) 3.1 Para o circuito eléctrico acima, aplicando o método de Análise de Malhas Independentes:
a) Determine as correntes de ramo. e; (4.00V)
b) Faça a prova das potências. (2.00V)

PEDE-SE QUE [OS QUE REALIZARAM A “Variante PLATÃO”] RESOLVAM ESTE PROBLEMA
[Pelo método de Malhas Independentes e Faça Equilíbrio das Potencias Eléctricas].

Nota A) Deve ser entregue até 12h de [14/06/2023 — Hoje];


Nota B) A originalidade é um factor de avaliação.
Nota C) O exercício tem o peso de (6.0 V) sobre a Media do Teste-3 [Variante Platão];
Nota D) Resolva-o numa folha de dimensão A4; e faça o SCAN por camera [Camscan APP] e adicione
info. (s) fundamentais da sua própria identificação [Nome, curso, ano, e regime de ensino].

Info A) A preparação passa ser agendado para 15/06/2023 [Quinta-feira, as 9h].


Info B) O domínio dos conteúdos não só lhe fortificará na ELGE, com virtude, em toda Engenharia dos
processos!

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3.2 Usando o (s) teorema (s) de Leon Thevenin [ou, Edward Norton] sobre o circuito acima:

a) Determine a corrente eléctrica complexa sobre 𝒁0 ?

I. Determinação da Impedância complexa em Vazio, ou Thevenin [𝐙𝒂𝒃 = 𝐙𝑻𝒉]


Neste caso inicial, atentemos em determinar [analiticamente] a resistência em vazio, vista nos terminais
(a-b) quando todas as fontes energéticas independentes no circuito (proposto) são repousadas.

ZL6 ZL4

R5
Med

ZC3
- + ZL1
(0.25V)
a
b
R4
Imed R1

R3 ZL3
ZC2
Atentando para o circuito (acima) é notório de imediato que a corrente de medida, sendo emanada
do instrumento de medida, trafegará sobre os elementos passivos: resistor 𝑅3 e pela impedância indutiva
𝑍L3 ; sendo os elementos passivos 𝑅1 , 𝑅4 , 𝑅5 , 𝑍C2 , 𝑍C3 , 𝑍L1 , 𝑍L4 e 𝑍L6 encontram-se numa rede em
descontinuidade eléctrica. Desta forma, é ainda dedutivo e observável que a impedância complexa
equivalente nos terminais (a-b) é sistematicamente equivalente a somas dos elementos passivos 𝑅3 e 𝑍L3 .

𝒁𝑎𝑏 = 𝑹3 + 𝒁L3 = 𝑹3 + (𝑗𝑿L3 ) = 𝑹2 + 𝑗𝑿L3 = 𝟔𝟎 + 𝐣𝟑𝟐. 𝟒𝟒, 𝛀

Ora, contudo já é do domínio que, se a impedância complexa 𝒁𝑎𝑏 assumir um valor inteiro complexo
este poderá ser sistematicamente igual a impedância complexa equivalente de Thevenin ou Norton.
Todavia, o iremos equivaler na impedância complexa de Leon Thevenin.
𝒁𝑎𝑏 ⟹ 𝒁 𝑇ℎ logo, 𝒁𝑻𝒉 = 𝟔𝟎 + 𝐣𝟑𝟐. 𝟒𝟒, 𝛀 (0.25V)

II. Determinação da Tensão Complexa em Vazio, ou Thevenin [𝐔𝒂𝒃 = 𝐔𝑻𝒉]


Para esta segunda particularidade do Teorema de Leon Thevenin, atenta-se em determinar
[analiticamente] a tensão em vazio, vista nos terminais (a-b) quando todas as fontes energéticas no
circuito (acima) são mantidas (activadas).

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Contudo, o circuito (abaixo) equivaler-se-á, de acordo com as suposições sistemáticas do paragrafo
anterior:
ZL6 ZL4

J1 E4
R5
J6 Uab=UTh I5

ZC3
ZL1 I4
- +
(0.25V)
J5 b a
R4
R1
UTh E2
I2

R3 ZL3
ZC2 J2

Para o circuito (acima), a tensão complexa de marcha vazio (nos terminais a-b) pode ser obtida por vários
métodos de resolução de circuitos eléctricos (introduzidos por ELGE). Porém, introduziremos o método
directo [2ª lei de Kirchhoff]; desta forma:

Aplicando a (2ª Lei de Kirchhoff) sobre a malha Uth, teremos a seguinte equação:

Malha Uth: (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰 𝒁)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): −(𝑅3 +𝑍𝐿3 )𝐽6 = 𝑈𝑇ℎ − 𝐸2

𝑼𝑻𝒉 = −(𝑹𝟑 + 𝒁𝑳𝟑 )𝑱𝟔 + 𝑬𝟐

𝑼𝑻𝒉 = −(60 + 𝑗32.44) ∗ (6∠36.87°) + 220∠30° ≅ 𝟐𝟔𝟐. 𝟒𝟐∠ − 𝟖𝟓. 𝟕𝟖° 𝑽 (0.25V)

III. Circuito Bipolar Equivalente de Thevenin

ZTh=60+j32.44,  a

I0

UTh=262.42∠-85.78º, V Z0=10-j20,  (0.25V)

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Para o circuito equivalente de Thevenin (dado acima) a corrente eléctrica complexa (𝑰0 ) será igual à:

𝑼 𝑇ℎ 262.42∠ − 85.78° 𝑉
𝑰0 = = ⇒ 𝑰𝟎 = 𝟑. 𝟔𝟗∠ − 𝟗𝟓. 𝟖𝟔° 𝑨 (0.50V)
𝒁0 + 𝒁 𝑇ℎ [(10 − 𝑗20) + (60 + 𝑗32.44)]Ω

A potência eléctrica activa sendo transferida à impedância 𝒁0 será igual à:

𝐏0 = 𝑹0 𝐈02 = 10 ∗ (3.69)2 ⇒ 𝐏6 = 𝟏𝟑𝟔. 𝟏𝟔𝟏 𝑾 (0.50V)

b) Determine o valor de 𝒁0 para que este dissipe a máxima potência?

𝒁0 = 𝒁∗𝑇ℎ ⟹ 𝒁0 = 𝟔𝟎 − 𝒋𝟑𝟐. 𝟒𝟒, 𝛀 (0.25V)

c) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea anterior (b)?

𝑼2𝑇ℎ (262.42)2
𝑷0−𝑚𝑎𝑥 = ⟹ 𝑷0−𝑚𝑎𝑥 = ⟹ 𝑷𝟎−𝒎𝒂𝒙 = 𝟐𝟖𝟔. 𝟗𝟑 𝑾 (0.25V)
4𝑹𝑇ℎ 4 ∗ 60

d) Determine os valores de 𝒁0 para que este dissipe 69% da sua máxima potencia?

2 2
𝑹20 + 2𝑹 𝑇ℎ (1 − ) 𝑹0 + 𝑹2𝑇ℎ = 0 ⇒ [𝑅02 + 2 ∗ 60 (1 − ) 𝑅 + 602 ] = 0
𝜼 0.69 0
𝟓𝟐𝟒𝟎
𝑹𝟐𝟎 + (− )𝑹𝟎 + 𝟑𝟔𝟎𝟎 = 𝟎
𝟐𝟑
A resolução da equação quadrática acima produzirá seguintes zeros da função; que são os dois valores
ohmicos dos possíveis activos da impedância 𝒁0 que habilitar-lhe-ia a desenvolver 69% da máxima
potência:
𝑹′𝟎 ≅ 𝟏𝟕. 𝟎𝟖𝛀
{
𝑹′′𝟎 ≅ 𝟐𝟏𝟎. 𝟕𝟒𝛀 (2x0.25V)

Desta forma, a impedância 𝒁0 que habilitar-lhe-ia a desenvolver 69% da máxima potência deverão ser
possivelmente o mais próximo de:

𝒁′𝟎 = (𝑅4′ − 𝑅𝑇ℎ ) + 𝑍𝑇ℎ



= 𝑹′𝟎 − 𝒋𝑿𝑻𝒉 = (𝟏𝟕. 𝟎𝟖 − 𝒋𝟑𝟐. 𝟒𝟒) 𝛀 (2x0.25V)
{
𝒁′′ ′′ ∗ ′′
𝟎 = (𝑅4 − 𝑅𝑇ℎ ) + 𝑍𝑇ℎ = 𝑹𝟎 − 𝒋𝑿𝑻𝒉 = (𝟐𝟏𝟎. 𝟕𝟒 − 𝒋𝟑𝟐. 𝟒𝟒) 𝛀

e) A taxa de dissipação energética, da alínea anterior (d)?

𝑈𝑇ℎ 262.42 2
𝑃0′−𝜂 = 𝑅′0 ( )2 𝑃0′−𝜂 = 17.08( )
𝑅′0 + 𝑅𝑇ℎ 17.08 + 60 𝑷𝟎′−𝜼 ≅ 𝟏𝟗𝟕. 𝟗𝟕 𝑾 (0.25V)
⇒{ ⇒{
𝑈𝑇ℎ 262.42 𝑷𝟎′′−𝜼 ≅ 𝟏𝟗𝟕. 𝟗𝟗 𝑾
𝑃0′′−𝜂 = 𝑅′′0 ( )2 𝑃0′′−𝜂 = 210.74( )2
{ 𝑅′′0 + 𝑅𝑇ℎ 210.74 + 60

BOA APLICAÇÃO!

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PLATÃO, O SOFISTA

UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Prof. Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 06/056/2023: 2º Ano – Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz TESTE 03 — Duração: 120 min.

(4.0V) 1. Os sistemas eléctricos de potência (SEP) são sistemas constituídos por: centrais de produção de energia
eléctrica, subestações de transformação e de interligação, linhas de transmissão e de distribuição, e
cargas (receptores). (LEÃO, 2009). De acordo com os seminários:

a) Cite seis (06) tipos de Centrais Eléctricas existentes? (1.00V)


b) Apresente as generalidades das Centrais Hídricas e Térmicas a Gás? (1.00V)
c) O que são Linhas de Transmissão e Distribuição de E.E. e Postos de Transformações E.E.? (1.00V)
d) Quais são os aparelhos de protecções, comando e manobras empregues em sistemas industriais
e residências (cite o tipo de protecção provida)? (1.00V)

(6.0V) 2. Uma Estação de Manuseamento de Hidrocarbonetos (TotalEnergies – CFM Depot. Tracção Manrofra,
Portos da Beira), possui nos seus recintos um sistema eléctrico de potência (SEP), dotado de três (03)
cargas principais indicadas abaixo:

i. Uma Electrobomba (01) com potência nominal: 𝐏1 = 5.0 hp/unit, 𝐅𝐩1 = 0.75 atrasado;
ii. Treze (13) lâmpadas de Vapor de Mercúrio: 𝐏2 = 320 W/unit, 𝐅𝐩2 = 0.6 indutivo;
iii. Quatro (04) cargas diversificada, com potência nominal: 𝐏3 = 3.5 kVA, 𝐅𝐩3 = 0.80 atrasado;

A instalação petrolífera é servida através de um postos de transformação e seccionamento (PTS) em


ramais monofásicos internamente no recinto portuário, sob a tensão de 230𝑉 e 50Hz. Todavia, pede-se
que seja determinado:

a) A corrente complexa e instantânea sendo fornecida do (PTS) à (Estação Petrolífera)? (2.00V)


b) A impedância complexa equivalente 𝒁sist−el , da Estação Petrolífera? (0.25V)
c) A potência activa, reactiva e complexa sendo despachada do (PTS) à (Estação Petrolífera)? (1.50V)
d) O factor de potência global da Estação Petrolífera? (0.25V)
e) O valor da potencia reactiva capacitiva em (kVar) e a capacitância em (Farads) do banco de
capacitores a ser instalado em paralelo no posto de transformação (PTS), de modo que o seu
factor de potencia geral seja igual à (0.97) unitario? (1.00V)
f) A corrente eléctrica complexa e instantânea na situação após e), sendo transferida do (PTS)? (1.00V)

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3. A (figura – 1) abaixo apresenta um circuito eléctrico linear excitado por corrente alternada a 50Hz,
nestas condições, observe atentamente os seus parâmetros:

L5

J1 J5
E4
Z4 C1 E1

R5
R2
E3
C2

R3 L3
E2

𝐑 2 = 𝐑 3 = 𝐑 5 = 120Ω; 𝐋3 = 𝐋5 = 204 𝑚H; 𝐂1 = 𝐂2 = 69 𝜇F; 𝐙4 = 5 + 𝑗25 Ω


𝐄1 = 40∠10° V; 𝐄2 = 220∠0° A; 𝐄3 = 80∠30° A; 𝐄4 = 60∠42° A
𝐉1 = 10∠35° A; 𝐉5 = 8∠15° A

(6.0V) 3.1 Para o circuito eléctrico acima, aplicando o método de Análise Nodal:
a) Determine as correntes de ramo. e;
(4.00V)
b) Faça a prova das potências. (2.00V)

(4.0V) 3.2 Usando o (s) teorema (s) de Leon Thevenin [ou, Edward Norton] sobre o circuito acima:
a) Determine a corrente eléctrica complexa sobre 𝒁4 ? (2.25V)
b) Determine o valor de 𝒁4 para que este dissipe a máxima potência? (0.25V)
c) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea anterior (b)? (0.25V)
d) Determine os valores de 𝒁4 para que este dissipe 75% da sua máxima potencia? (1.00V)
e) A taxa de dissipação energética, da alínea anterior (d)? (0.25V)

BOA APLICAÇÃO!

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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Prof. Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 06/06/2023: 2º Ano — Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz GUIÃO DO TESTE 03 — Duração: 120 min.

1. Os sistemas eléctricos de potência (SEP) são sistemas constituídos por: centrais de produção de energia
eléctrica, subestações de transformação e de interligação, linhas de transmissão e de distribuição, e
cargas (receptores). (LEÃO, 2009). De acordo com os seminários:

a) Cite seis (06) tipos de Centrais Eléctricas existentes?


 Central Hidroeléctrica (Central Eólica);  Central Térmica Nuclear;
(1.00V)  Central Fotovoltaica;  Central Termoeléctrica à Biomassa;
 Central Térmica à Gás;  Central Termoeléctrica à Carvão.

b) Apresente as generalidades das Centrais Hídricas e Térmicas à Gás?


Centrais Hídricas – São estações eléctricas donde produz-se a Energia Eléctrica através da conversão da Energia
Mecânica Potencial das quedas das águas armazenadas numa albufeira; do quais são conduzidas
por condutas de admissão até a colisão com as pás das turbinas hidráulicas, e estes encontram-se
conectadas com um veio accionador de um gerador eléctrico; que por força rotacional provida
(0.50V) pela turbina hidráulica irá produzir a energia eléctrica proporcional a energia mecânica fornecida
da turbina através do veio accionador ao gerador eléctrico. Cujo principio de conversão
Mecânica-Eléctrica é regido pelas Leis Electromagnéticas de Maxwell, Lenz e Faraday.

Centrais Térmicas à Gás – São igualmente estações eléctricas onde gera-se a Energia Eléctrica através da
conversão da Energia Mecânica Cinética dos gases (LNG+Ar) após a sua mistura e combustão
na camara de queira, que são direccionadas a alta pressão e temperatura às pás das turbinas
térmicas, dos quais estão conectadas com um veio accionador que acciona o [compressor]
(responsável pela admissão e compressão do AR à camara de mistura) e o [gerador eléctrico]; do
(0.50V) qual, segundo explicado anteriormente, este converterá a Energia Mecânica Cinética dos gases
provida através das turbinas térmicas [veio accionador da turbina] a Energia Eléctrica Trifásica
nos seus terminais, a níveis de tensão eléctrica de 6 − 30 kV. NOTA: São denotadas igualmente
as centrais térmicas à Gás como sendo dotadas do Ciclo de Conversão Térmica-Cinética do
CICLO DE BRYTON, donde a matéria primaria [não altera o seu estado físico em todo processo
de conversão: Energia Térmica⟶Energia Cinetica].

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c) O que são Linhas de Transmissão e Distribuição de E.E. e Postos de Transformações E.E.?

Linhas de Transmissão de E.E – As linhas de transmissão de Energia Eléctrica (E.E) pertencem a um dos três (03)
blocos que compõem o sistema eléctrico de potência (SEP); constituídas por condutores
eléctricos (Al e Cu) e apoios que sustêm a carga mecânica dos condutores eléctricos à elas
(0.25V) encastradas e demais acessórios e aparelhagens, que em unanimidade executam a função de
deslocamento da energia eléctrica gerada nas diversas centrais eléctricas às cidades (grandes
consumidores) localizadas à dezenas, ou até, centenas de quilómetros das centrais produtoras.

Linhas de Distribuição de E.E – As linhas de distribuição de Energia Eléctrica (E.E) são em suas constituições e
construção de idêntica semelhança aos de transmissão; porém, estas são destinadas ao
(0.25V) trânsito/deslocamentos energético das [subestações e postos de transformações] às carga
pequenas (consumidores residências e comerciais) e medias (industriais) [0.4 ≤ 𝐔max ≤ 33𝑘𝑉].

Postos de Transformações de E.E – Os postos de transformações de Energia Eléctrica são estações responsáveis
pelo controle, protecção e manuseamento de energia eléctrica que será despachada pelas linhas

(0.50V) eléctricas de distribuição de energia aos pequenos consumidores. Ex.: Bairros, Residências e
Instituições Civis e Comerciais. Constituídos basicamente por dispositivos de Manobras,
Protecções, Medidas e Transformadores Eléctricos (o seu coração operacional).

d) Quais são os aparelhos de protecções, comando e manobras empregues em sistemas industriais e


residências (cite o tipo de função provida)?

Disjuntores – Os disjuntores são aparelhos empregues em sistemas residenciais e industrias; provendo as funções
básicas como: Manobras, Protecção (contra sobrecarga e sobrecorrentes). Em sistemas eléctricos
(0.50V) de Potencia estes não igualmente associados aos reles, os quais habilitam o disjuntor a ser dotado
de funcionalidade de Comando Inteligente.

Seccionadores Fusiveis – Os seccionadores fusíveis, também conhecidos de Drop-Out, são chaves “manobráveis”

(0.50V) e com poder de corte visível [manobrar o circuito eléctrico a ele associado enquanto se encontra
energizado] e dotado do elemento fusível [responsável pela “protecção” contra sobrecorrente].

2. Uma Estação de Manuseamento de Hidrocarbonetos (TotalEnergies – CFM Depot. Tracção Manrofra,


Portos da Beira), possui nos seus recintos um sistema eléctrico de potência (SEP), dotado de três (03)
cargas principais indicadas abaixo:

i. Uma Electrobomba (01) com potência nominal: 𝐏1 = 5.0 hp/unit, 𝐅𝐩1 = 0.75 atrasado;
ii. Treze (13) lâmpadas de Vapor de Mercúrio: 𝐏2 = 320 W/unit, 𝐅𝐩2 = 0.6 indutivo;
iii. Quatro (04) cargas diversificada, com potência nominal: 𝐒3 = 3.5 kVA, 𝐅𝐩3 = 0.80 atrasado;

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A instalação petrolífera é servida através de um postos de transformação e seccionamento (PTS) em
ramais monofásicos internamente no recinto portuário, sob a tensão de 230𝑉 e 50Hz. Todavia, pede-se
que seja determinado:

a) A corrente complexa e instantânea sendo fornecida do (PTS) à (Estação Petrolífera)? (2.00V)

I (carga)
E (PTS) U (carga) Z1 Z2 Z3

ℎ=2 𝑡=ℎ+3
0.746 kW
𝐏 (carga−total) = ∑ 𝒏𝑖 ∗ 𝐏𝑖 + ∑ 𝐒𝑗 ∗ cos 𝝋𝑗 = 𝒏1 ∗ 𝐏1 ( ) + 𝒏2 ∗ 𝐏2 + 𝐒3 ∗ cos 𝝋3
1HP
𝑖=1 𝑗=ℎ+1

Hp 0.746 kW W 1 kW
𝐏 (carga−total) = 1.0unit ∗ 5 ( )∗( ) + 13unit ∗ 320 ( )∗( ) + 3.5kVA ∗ (0.80)
unit 1HP unit 1000W

(0.50V) 𝐏 (carga−total) = 3.73 + 4.16 + 2.8 = 𝟏𝟎. 𝟔𝟗 𝐤𝐖

ℎ=2 𝑡=ℎ+3
−1
𝐐 (carga−total) = ∑ 𝒏𝑖 ∗ 𝐏𝑖 ∗ tan(± cos 𝐅𝐏𝑖 ) + ∑ 𝐒𝑗 ∗ sin(± cos −1 𝐅𝐏𝑗 )
𝑖=1 𝑗=ℎ+1

0.746 kW
𝐐 (carga−total) = 𝒏1 ∗ 𝐏1 ( 1HP
)∗ tan(+ cos−1 𝐅𝐏1 ) + 𝒏2 ∗ 𝐏2 ∗ tan(+ cos −1 𝐅𝐏2 ) + 𝐒3 ∗ sin(+ cos−1 𝐅𝐏3 )

320
𝐐 (carga−total) = 1.0 ∗ 5 ∗ 0.746 ∗ tan(cos −1 0.75) + 13 ∗ 1000 ∗ tan(cos−1 0.6) + 3.5 ∗ sin(cos −1 0.80)

(0.50V) 𝐐 (carga−total) = 3.29 + 5.54 + 2.1 = 𝟏𝟎. 𝟗𝟑 𝐤𝐕𝐀𝐫

A corrente complexa fornecida do [PTS] a estação petrolífera será igual:


2
√𝐏(carga−total) + 𝐐2(carga−total) 𝐐 (carga−total)
𝐈(carga) =[ ]∠arctan(− )
𝐔 (carga−total) 𝐏 (carga−total)

√(10.69)2 + (10.93)2 10.93


𝐈(carga) = [ ]∠arctan(− )
0.230 10.69
(0.50V) 𝐈(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚) = 𝟔𝟔. 𝟒𝟕∠ − 𝟒𝟓. 𝟔𝟑°, 𝐀

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A corrente instantânea fornecida do [PTS] a estação petrolífera será igual:

𝒊(carga)[𝑡] = √2𝐈(carga) sin(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜃𝑖 )

𝒊(carga)[𝑡] = √2 ∗ 66.47 sin(2𝜋 ∗ 50𝑡 + (−45.63°)), 𝐴

(0.50V) 𝒊(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚)[𝒕] = 𝟗𝟒 𝐬𝐢𝐧(𝟑𝟏𝟒. 𝟏𝟓𝒕 − 𝟒𝟓. 𝟔𝟑°) , 𝑨

b) A impedância complexa equivalente 𝒁sist−el , da Estação Petrolífera?

A impedância do sistema [SEP] da estação será igual:

I (carga)
E (PTS) U (carga) Zsist–el

𝐔 (cargal) 𝐐 (carga−total) 𝐔 (cargal)


𝒁sist−el = [ ] ∠ arctan ( ) 𝒁sist−el =
𝐈 (cargal) 𝐏 (carga−total) 𝐈 (cargal)
(0.25V) 230 10.93 ⟹ 𝑜𝑢 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 ⟹ 230∠0° 𝑉
𝒁sist−el = ( )∠ arctan ( ) 𝒁sist−el =
66.47 10.69 66.47∠ − 45.63°
{ 𝒁𝐬𝐢𝐬𝐭−𝐞𝐥 = 𝟑. 𝟒𝟔∠𝟒𝟓. 𝟔𝟑° 𝛀 { 𝒁𝐬𝐢𝐬𝐭−𝐞𝐥 = 𝟑. 𝟒𝟔∠𝟒𝟓. 𝟔𝟑° 𝛀

c) A potência activa, reactiva e complexa sendo despachada do (PTS) à (Estação Petrolífera)?

𝐏 (carga−total) = 𝟏𝟎. 𝟔𝟗 𝐤𝐖
𝐒(carga−total) = 10.69 + 𝑗10.93 kVA
(3x0.50V) { 𝐐 (carga−total) = 𝟏𝟎. 𝟗𝟑 𝐤𝐕𝐀𝐫 ⟹ sendo assim ⟹ {
𝐒(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚−𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥) = 𝟏𝟓. 𝟐𝟗∠𝟒𝟓. 𝟔𝟑° 𝐤𝐕𝐀
𝐒(carga−total) = 𝐏 (carga−tot) + 𝑗𝐐 (carga−tot)

d) O factor de potência global da Estação Petrolífera?


avançado
𝐏 (carga−total) 𝐐 (carga−total) < 0 ⟶ Factor de potência /capacitivo
𝐅𝐏 (sist−el) = ⟺ { adiantado
𝐒 (carga−total) 𝐐 (carga−total) > 0 ⟶ Factor de potência atrasado/indutivo

10.69 kW
(0.50V) 𝐅𝐏 (sist−el) = ⟹ 𝐅𝐏 (sist−el) ≅ 𝟎. 𝟕𝟎 𝐢𝐧𝐝𝐮𝐭𝐢𝐯𝐨
15.29 kVA

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e) O valor da potencia reactiva capacitiva em (kVar) e a capacitância em (Farads) do banco de
capacitores a ser instalado em paralelo no posto de transformação (PTS), de modo que o seu factor
de potencia geral seja igual à (0.97) indutivo?

I (carga)
E (PTS) U (carga) Zsist–el C(Correcção)

𝐅𝐏 (sist−el/pós correção) = Cos 𝝋(pós−correcção) ⇒ 𝝋(𝐩ó𝐬−𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐜çã𝐨) = ± arccos 𝐅𝐏(sist−el/pós−correcção)

𝝋(pós−correcção) = +arccos(0.97)
(0.25V) {
𝝋(𝐩ó𝐬−𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐜çã𝐨) = +𝟏𝟒. 𝟎𝟕°

[𝐐 (carga−total) + 𝐐 (Banco−Capacitor) ]
𝐓𝐚𝐧 (𝝋(𝐩ó𝐬−𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐜çã𝐨) ) =
[𝐏 (carga−total) + 𝐏 (Banco−Capacitor) ]

Tratando-se de um sistema de baterias condensadoras ideias, assim como ilustrado na figura acima,
observa-se que a sua impedância é puramente reactiva [Banco], tornando-o assim, num elemento de
absorção zero [da potencia activa] no sistema inserido. 𝐏 (Banco−Capacitor) = 0 kW. Contudo, teremos:
[10.93 + 𝐐 (Banco−Capacitor) ]
Tan (+14.07°) =
(10.69 + 0)

(0.25V) 𝐐 (Banco−Capacitor) = (10.69 ∗ Tan (+14.07°) − 10.93) ⟹ 𝐐 (𝐁𝐚𝐧𝐜𝐨−𝐂𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐨𝐫) = −𝟖. 𝟐𝟓 𝐤𝐕𝐀𝐫

2
𝐐 (Banco−Capacitor) = −2𝜋𝑓𝐂(correcção) 𝐔(carga) −8.25𝑥103 VAr
𝐂(correcção) =
(0.50V) { 𝐐 (Banco−Capacitor) ⟹{ −2𝜋 ∗ 50 ∗ (230V)2
𝐂(correcção) = 2
−2𝜋𝑓 ∗ 𝐔(carga) 𝐂(𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐜çã𝐨) = 𝟒𝟗𝟔. 𝟓 𝛍𝐅

f) A corrente eléctrica complexa e instantânea na situação após e), sendo transferida do (PTS)?

A corrente complexa fornecida do [PTS] a estação petrolífera após a instalação do banco-cap., será igual:
2
√𝐏(carga−total/pós−cap) + 𝐐2(carga−total/pós−cap)
𝐈(carga/pós−cap) =[ ]∠arctan(−𝝋(pós−correcção) )
𝐔 (carga−total)

2
√(10.69 + 0)2 + (10.93 + (−8.25))
𝐈(carga/pós−cap) =[ ]∠arctan(−14.07°)
0.230

(0.50V) 𝐈(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚/𝐩ó𝐬−𝐜𝐚𝐩) = 𝟒𝟕. 𝟗𝟐∠ − 𝟏𝟒. 𝟎𝟕°, 𝐀

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A corrente instantânea fornecida do [PTS] a estação petrolífera com a instalação do banco, será igual:
𝒊(carga/pós−cap)[𝑡] = √2𝐈(carga/pós−cap) sin(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜃𝑖 )

𝒊(carga/pós−cap)[𝑡] = √2 ∗ 47.92 sin(2𝜋 ∗ 50𝑡 + (−14.07°)), 𝐴

(0.50V) 𝒊(𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚/𝐩ó𝐬−𝐜𝐚𝐩)[𝒕] = 𝟔𝟕. 𝟕𝟔 𝐬𝐢𝐧(𝟑𝟏𝟒. 𝟏𝟓𝒕 − 𝟏𝟒. 𝟎𝟕°) , 𝑨

3. A (figura – 1) abaixo apresenta um circuito eléctrico linear excitado por corrente alternada a 50Hz,
nestas condições, observe atentamente os seus parâmetros:

𝐑 2 = 𝐑 3 = 𝐑 5 = 120Ω; 𝐋3 =
L5
𝐋5 = 204 𝑚H; 𝐂1 = 𝐂2 = 69 𝜇F; J1 J5
E4
Z4 C1 E1
𝐙4 = 5 + 𝑗25 Ω
R5
𝐄1 = 40∠10° V; 𝐄2 = 220∠0° V;
R2
E3
𝐄3 = 80∠30° A; 𝐄4 = 60∠42° V
C2
𝐉1 = 10∠35° A; 𝐉5 = 8∠15° A
R3 L3
E2

Determinando os valores ohmico das impedâncias do circuito eléctrico acima a 50Hz, teremos:
𝒁𝐿 = j𝐗 L3 = j𝐗 L5 = 2𝜋𝑓 ∗ 𝐋3 = 𝑗2𝜋 ∗ 50 ∗ 0.204 = 𝑗𝟔𝟒. 𝟎𝟗𝛀
1 1
𝒁𝐶 = −j𝐗 C1 = −j𝐗 C2 = −𝐽 = −𝐽 = −𝑗𝟒𝟔. 𝟏𝟑𝛀
2𝜋𝑓 ∗ 𝐂1 2𝜋 ∗ 50 ∗ 69 ∗ 10−6
ZL5

J1 J5
E4

Z4 ZC1 E1

R5
R2
E3
ZC2

R3 ZL3
E2

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3.1 Para o circuito eléctrico acima, aplicando o método de Análise Nodal:
a) Determine as correntes de ramo. e;
𝛗𝐛 ZL5

J1 J5
E4
I5 ZC1
Z4 E1
𝛗𝐚 = 𝟎𝑽 𝛗𝐜 (0.50V)
R5
I4
R2 I2
E3
I3 ZC2
I6

𝛗𝐝 𝛗𝐞
R3 ZL3
E2
a) Resolução por Método de Analise Nodal
Começamos por indicar:
Número total de nós: 𝐍 = 5;
Número total de ramos com fonte de tensão ideal: 𝒓𝑓𝑖 = 3;

Procedendo na marcação arbitrária dos sentidos das correntes nos ramos, enumeração dos nós e o
aterramento aleatório dum dos (5) nós que servirá de referência [escolheu-se aqui o nó-a, mas você poderia
ter escolhido qualquer outro!].

I. Número de equações nodais a serem constituídas pela (1ª lei de Kirchhoff) será igual:
𝑜
𝐍𝑒𝑞 (𝑛𝑜𝑑𝑎𝑖𝑠) = (𝐍 − 1) − 𝒓𝑓𝑡 = (5 − 1) − 3 = (𝟏) 𝑒𝑞. 𝑛𝑜𝑑𝑎𝑙

Entretanto deve-se escrever uma e única (1) equação nodal pela (1ª lei de Kirchhoff). Existem cinco nós
no circuito eléctrico (acima), porém, há de se observar que os nós (a-b, b-e e e-d) perfazem em nós-super;
e quaisquer um dos nós (a-b-e-d) são nós-elo entre os três (3) super-nós, e o aterramento (referencia) do
nó-a (ou qualquer um dos nós b-e-d) fundamentará o problema numa análise mais simplificada do
algoritmo nodal

Os super-nós (a-b, b-e e e-d) estabelecem a si mesmos o princípio equipotencial entre os nós que
conectam a fonte de tensão ideal. Para o caso do circuito (acima) será dado por:
𝐄4 = 𝛗b − 𝛗a φ b = E4 𝛗𝐛 = 𝟔𝟎∠𝟒𝟐° 𝐕 𝛗𝐛 = 𝟔𝟎∠𝟒𝟐° 𝐕
(0.50V) {𝐄1 = 𝛗e − 𝛗b ⇒ φa = 0𝑉 ⇒ {φe = E1 + φb ⇒ {φe = 40∠10° + 60∠42° ⟹ { 𝛗𝐞 = 𝟗𝟔. 𝟐𝟗∠𝟐𝟗. 𝟑° 𝐕
𝐄2 = 𝛗e − 𝛗d φd = φe −E2 φd = φe − 220∠0° 𝛗𝐝 = 𝟏𝟒𝟑. 𝟗𝟓∠𝟏𝟔𝟎. 𝟗° 𝐕

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1 1
𝐘2 = = = 0.00778∠21.03° S
𝑅2 + 𝐙𝐶2 120 − 𝑗46.13
1 1
𝐘3 = = = 0.00735∠ − 28.10° S
𝑅2 + 𝐙𝐿3 120 + 𝑗64.09
1 1
𝐘4 = = = 0.03923∠ − 78.69° S
{ 𝐙4 5 + 𝑗25
Procedendo assim na determinação da 1ª lei de Kirchhoff para o nó (c) remanescente, teremos:

𝐐
𝐍ó 𝐂 (∑ 𝐈𝐭 = 𝟎): − I2 + I4 − J1 = 0 −𝐈 + 𝐈𝟒 = 𝟏𝟎∠𝟑𝟓°
(0.50V) { 𝐭=𝟏 ⇒{ 𝟐
__________
−𝐈𝟐 + 𝐈𝟒 = 𝐉𝟏

Contudo, as correntes de ramos desconhecidas (I1 , I2 , I3 , I4 , I5 e I6 ) podem rapidamente ser obtidas pela
lei que Ohm que relaciona a queda de tensão ao longo dum ramo:

I2 = (𝜑c − 𝜑d ) Y2 𝐈2 = (𝝋c − 143.95∠160.9°) (7.78𝑥10−3 ∠21.03°)


I3 = (𝜑a − 𝜑d + E3 ) Y3 𝐈3 = (−143.95∠160.9° + 80∠30°)(7.35𝑥10−3 ∠ − 28.1°)
I4 = (𝜑a − 𝜑c ) Y4 ⇒ 𝐈4 = (−𝝋c ) (39.23𝑥10−3 ∠ − 78.69°)
(0.50V)
Nó (a): I5 = I3 + I4 Nó (a): 𝐈5 = 𝐈3 + 𝐈4
Nó (d): I6 = I2 + I3 Nó (d): 𝐈6 = 𝐈2 + 𝐈3
Nó (e): I1 = −J5 − I6 { Nó (e): 𝐈1 = −𝐉5 − 𝐈6
{

𝐈2 = 1.12∠1.93° + (7.78𝑥10−3 ∠21.03°)𝝋c


𝐈3 = 1.437∠ − 26.22°, 𝐴
𝐈4 = −(39.23𝑥10−3 ∠ − 78.69°)𝝋c
⇒ subst. em ⇒ −𝐈𝟐 + 𝐈𝟒 = 𝟏𝟎∠𝟑𝟓°
Nó (a): 𝐈5 = 𝐈3 + 𝐈4
Nó (d): 𝐈6 = 𝐈2 + 𝐈3
{ Nó (e): 𝐈1 = −𝐉5 − 𝐈6

− [−1.12∠181.93° + (7.78𝑥10−3 ∠21.03°)𝝋c ] + [−(39.23𝑥10−3 ∠ − 78.69°)𝝋c ] = 10∠35°

Tornando-se assim o nosso sistema de equação linear complexa, nodal, (1𝑥1) em:

(0.50V) −[(39.23𝑥10−3 ∠ − 78.69°) + (7.78𝑥10−3 ∠21.03°)]𝝋c = 10∠35° − 1.12∠181.93°

A resolução do sistema de equação acima (Métodos Tradicionais) nos conduzirá a esta solução
complexa-numérica:
−(38.684𝑥10−3 ∠ − 67.26°)𝝋c = 10.956∠31.8°

𝝋𝐜 = −𝟐𝟕𝟗. 𝟐𝟖∠𝟗𝟖. 𝟖𝟒° 𝐕

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Desta forma, as magnitudes dos potenciais eléctricos complexos nos nós do circuito acima serão iguais:

𝛗𝐚 = 𝟎 𝐕 (𝐧ó 𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚)
𝛗𝐛 = 𝟔𝟎∠𝟒𝟐° 𝐕
(0.50V) 𝛗𝐜 = −𝟐𝟕𝟗. 𝟐𝟖∠𝟗𝟖. 𝟖𝟒° 𝐕
𝛗𝐝 = 𝟏𝟒𝟑. 𝟗𝟓∠𝟏𝟔𝟎. 𝟗° 𝐕
{ 𝛗𝐞 = 𝟗𝟔. 𝟐𝟗∠𝟐𝟗. 𝟑° 𝐕

Finalizando com o algoritmo, avancemos agora em calcular as correntes eléctricas complexas nos ramos
do circuito eléctrico proposto acima:

𝐈2 = −1.12∠181.93° + (7.78𝑥10−3 ∠21.03°)(−284.965∠98.84°) 𝐈2 = −2.872∠139.71°, 𝐴


𝐈3 = 1.437∠ − 26.22°, 𝐴 𝐈3 = 1.437∠ − 26.22°, 𝐴
−3
𝐈4 = −(39.23𝑥10 ∠ − 78.69°)(−279.28∠98.84°) 𝐈4 = 10.96∠20.15°, 𝐴
⇒ Nó (a): 𝐈5 = 𝐈3 + 𝐈4
Nó (a): 𝐈5 = 𝐈3 + 𝐈4
Nó (d): 𝐈6 = 𝐈2 + 𝐈3 Nó (d): 𝐈6 = 𝐈2 + 𝐈3
{ Nó (e): 𝐈1 = −𝐉5 − 𝐈6 { Nó (e): 𝐈1 = −𝐉5 − 𝐈6

𝐈2 = −2.872∠139.71°, 𝐴 𝐈𝟐 = −𝟐. 𝟖𝟕𝟐∠𝟏𝟑𝟗. 𝟕𝟏°, 𝑨


𝐈3 = 1.437∠ − 26.22°, 𝐴 𝐈𝟑 = 𝟏. 𝟒𝟑𝟕∠ − 𝟐𝟔. 𝟐𝟐°, 𝑨
𝐈4 = 10.96∠20.15°, 𝐴 𝐈𝟒 = 𝟏𝟎. 𝟗𝟔∠𝟐𝟎. 𝟏𝟓°, 𝑨
(1.00V) ⇒
Nó (a): 𝐈5 = (1.437∠ − 26.22°) + (10.96∠20.15°) 𝐈𝟓 = 𝟏𝟏. 𝟗𝟗𝟕∠𝟏𝟓. 𝟏𝟖°, 𝑨
Nó (d): 𝐈6 = (−2.872∠139.71°) + (1.437∠ − 26.22°) 𝐈𝟔 = 𝟒. 𝟐𝟖∠ − 𝟑𝟓. 𝟔𝟎°, 𝐀
{ Nó (e): 𝐈1 = −(8∠15°) − 𝐈6 { 𝟏 = 𝟏𝟏. 𝟐𝟏∠𝟏𝟕𝟕. 𝟖𝟓°, 𝑨
𝐈

b) Equilíbrio Energético | Método de Analise Nodal


𝑛 𝑘

∑ 𝐒𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝐒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1
𝑢=4 𝑡=2 𝑘1=4 𝑘2=3 𝑘3=2

± ∑ 𝑬𝑑 𝑰∗𝒅 +∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱∗(𝑚) = ∑ 𝑹(𝑤1) 𝑰2(𝑤1) +𝑗( ∑ 𝑿𝐿(𝑤2) 𝑰2𝐿(𝑤2) − ∑ 𝑿𝐶(𝑤3) 𝑰2𝐶(𝑤3) )
𝑑=1 𝑚=1 𝑤1=1 𝑤2=1 𝑤3=1

𝑘1=4 𝑘=4

∑ 𝐏𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤1) = ∑ 𝑹(𝑤1) 𝑰2(𝑤1) = 𝑹2 𝑰22 + 𝑹3 𝑰23 + 𝑹5 𝑱25 + 𝑹4 𝑰24


𝑤1=1 𝑤1=1

𝐏𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 120 ∗ (−2.872)2 + 120 ∗ (1.437)2 + 120 ∗ (8)2 + 5 ∗ (10.96)2

(0.25V) 𝐏𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 ≅ 𝟗. 𝟓𝟏𝟖 𝐤𝐖

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𝑘1=4 𝑘2=3 𝑘3=2

∑ 𝐐𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤1) = ∑ 𝑿𝐿(𝑤2) 𝑰2𝐿(𝑤2) − ∑ 𝑿𝐶(𝑤3) 𝑰2𝐶(𝑤3) = 𝑿𝐿3 𝑰23 + 𝑿𝐿4 𝑰24 + 𝑿𝐿5 𝑱25 − 𝑿𝐶1 𝑱12 − 𝑿𝐶2 𝑰22
𝑤1=1 𝑤2=1 𝑤3=1

𝐐𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 64.09 ∗ (1.437)2 + 25 ∗ (10.96)2 + 64.09 ∗ (8)2 − 46.13 ∗ (10)2 − 46.13 ∗ (−2.872)2

𝐐𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 ≅ 𝟐. 𝟐𝟒𝟑 𝐤𝐕𝐀𝐫

(0.25V) 𝐒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝐏𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 + 𝑗𝐐𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = (9.518 + 𝐽2.243) kVA = 𝟗. 𝟕𝟕𝟗∠𝟏𝟑. 𝟐𝟔° 𝐤𝐕𝐀

Não se esquecendo que se trata de um circuito que também contém fontes de correntes complexas:
devemos primeiramente determinar as tensões complexas [𝑼(𝐽1 ) ] e [𝑼(𝐽5 ) ] nos terminais das fontes de
correntes; de modo que procedamos no cálculo da potência eléctrica aparente cedida pelas fontes
energéticas (CA) contidas no circuito.
ZL5

J1 J5
E4 UJ1
I5 ZC1
Z4 E1
(0.25V)
R5
I4
R2 I2
E3
I3 ZC2
I6

R3 ZL3
E2
𝑛=6 𝑢=4 𝑡=2

∑ 𝑺𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ± ∑ 𝑬𝑑 𝑰∗𝒅 + ∑ 𝑼𝐽 (𝑚) 𝑱∗(𝑚) = 𝑬1 𝑰1∗ + 𝑬2 𝑰∗6 + 𝑬3 𝑰∗3 − 𝑬4 𝑰∗5 + 𝑼𝐽 (1) 𝑱∗(1) + 𝑼𝐽 (5) 𝑱∗(5)
𝑖=1 𝑑=1 𝑚=1

Malha UJ5 (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰 𝒁)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): (𝑅5 + 𝑍𝐿5 )𝐽5 = 𝑈(𝐽5) − 𝐸1

𝑼(𝑱𝟓) = (𝑹𝟓 + 𝒁𝑳𝟓 )𝑱𝟓 + 𝑬𝟏

𝑼(𝑱𝟓) = (120 + 𝑗64.09) ∗ (8∠15°) + 40∠10° ≅ 𝟏𝟏𝟐𝟐. 𝟎𝟔∠𝟒𝟏. 𝟗𝟖° 𝑽 (0.25V)

Malha UJ1 (∑𝒙𝒘=𝟏(𝑰 𝒁)𝒘 = ∑𝒛𝒚=𝟏 𝑬𝒚 ): (𝑍𝐶1 )𝐽1 + (𝑍4 )𝐼4 = 𝑈(𝐽1) − 𝐸4

𝑼(𝑱𝟏) = (𝒁𝑪𝟏 )𝑱𝟏 + (𝒁𝟒 )𝑰𝟒 + 𝑬𝟒

𝑼(𝑱𝟏) = (−𝑗46.13) ∗ (10∠35°) + (5 + 𝑗25) ∗ (10.96∠20.15°) + 60∠42° ≅ 𝟐𝟕𝟑. 𝟐𝟖∠ − 𝟏𝟑. 𝟎𝟑° 𝑽 (0.25V)

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Já calculadas as duas tensões complexas sobre as fontes de corrente em vazio, voltemos ao balanço de
potência (potência fornecida):

𝐒𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 = 𝑬1 𝑰1∗ + 𝑬2 𝑰∗6 + 𝑬3 𝑰∗3 − 𝑬4 𝑰∗5 + 𝑼𝐽 (1) 𝑱∗(1) + 𝑼𝐽 (5) 𝑱∗(5)

𝐒𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 = (40∠10°)(11.21∠177.85°)∗ + (220∠0°)(4.28∠ − 35.6°)∗ + (80∠30°)(1.437∠ − 26.22°)∗


−(60∠42°)(11.997∠15.18°)∗ + (273.28∠ − 13.03°)(10∠35°)∗ + (1122.06∠41.98°)(8∠15°)∗

(0.50V) 𝐒𝒇𝒐𝒏𝒕𝒆 = 9.575 + 𝑗2.265 = 𝟗. 𝟖𝟒𝟎∠𝟏𝟑. 𝟑𝟎° 𝐤𝐕𝐀

𝑛 𝑘

∑ 𝐒𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑖) = ∑ 𝐒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑤)


𝑖=1 𝑤=1

𝟗. 𝟖𝟒𝟎∠𝟏𝟑. 𝟑𝟎° 𝐤𝐕𝐀 ≅ 𝟗. 𝟕𝟕𝟗∠𝟏𝟑. 𝟐𝟔° 𝐤𝐕𝐀


(0.25V) ∆𝐒
∆𝜺(%) = 𝑥100% = −0.63% (o erro sistematico do factor de aproximação < ±10%)
𝑺𝑓/𝑐𝑎𝑟𝑔

Demonstrando assim que a potência complexa gerada é exactamente igual à potência complexa consumida,
com erro de calculo de - 0.7% (aproximação numérica); logo as correntes complexas de ramo determinadas,
são os valores reais do circuito.

3.2 Usando o (s) teorema (s) de Leon Thevenin [ou, Edward Norton] sobre o circuito acima:
a) Determine a corrente eléctrica complexa sobre 𝒁4 ?

I. Determinação da Impedância complexa em Vazio, ou Thevenin [𝐙𝒂𝒃 = 𝐙𝑻𝒉]


Neste caso inicial, atentemos em determinar [analiticamente] a resistência em vazio, vista nos terminais
(a-b) quando todas as fontes energéticas independentes no circuito (proposto) são repousadas.
ZL5

Imed

ZC1
b a
(0.25V)
- + R5
Med R2

ZC2

c
R3 ZL3

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Olhando para o circuito (acima) é notório de imediato que a corrente de medida, sendo emanada do
instrumento de medida, trafegará sobre os elementos passivos: resistor 𝑅2 e pela impedância capacitiva
𝑍c2 ; sendo os elementos 𝑅3 e 𝑍L3 encontram-se em curto-circuito (shunt) através da conexão ideal entre
os nós [c e b], e os elementos passivos 𝑅5 , 𝑍L5 e 𝑍c1 encontram-se numa rede em descontinuidade
eléctrica. Desta forma, é ainda dedutivo e observável que a impedância complexa equivalente nos
terminais (a-b) é sistematicamente equivalente a somas dos elementos passivos 𝑅2 e 𝑍c2 .

𝒁𝑎𝑏 = 𝑹2 + 𝒁C2 = 𝑹2 + (−𝑗𝑿C2 ) = 𝑹2 − 𝑗𝑿C2 = 𝟏𝟐𝟎 − 𝐣𝟒𝟔. 𝟏𝟑, 𝛀

Ora, contudo já é do domínio que, se a impedância complexa 𝒁𝑎𝑏 assumir um valor inteiro complexo
este poderá ser sistematicamente igual a impedância complexa equivalente de Thevenin ou Norton.
Todavia, o iremos equivaler na impedância complexa de Leon Thevenin.
𝒁𝑎𝑏 ⟹ 𝒁 𝑇ℎ logo, 𝒁𝑻𝒉 = 𝟏𝟐𝟎 − 𝐣𝟒𝟔. 𝟏𝟑, 𝛀 (0.25V)

II. Determinação da Tensão Complexa em Vazio, ou Thevenin [𝐔𝒂𝒃 = 𝐔𝑻𝒉]


Para esta segunda particularidade do Teorema de Leon Thevenin, atenta-se em determinar
[analiticamente] a tensão em vazio, vista nos terminais (a-b) quando todas as fontes energéticas no
circuito (acima) são mantidas (activadas).

Contudo, o circuito (abaixo) equivaler-se-á, de acordo com as suposições sistemáticas do paragrafo


anterior:
ZL5

J1 J5
E4
I5
+ -
ZC1 UTh E1
(0.25V)
b a
R5
Uab=UTh
R2 I2 =-J1
E3
ZC2
I6

R3 ZL3
E2
Para o circuito (acima), a tensão complexa de marcha vazio (nos terminais a-b) pode ser obtida por vários
métodos de resolução de circuitos eléctricos (introduzidos por ELGE). Porém, introduziremos o método
directo [2ª lei de Kirchhoff]; desta forma:

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Aplicando a (2ª Lei de Kirchhoff) sobre a malha Uth, teremos a seguinte equação:

Malha Uth: (∑𝒏𝒊=𝟏(𝑰 𝒁)𝒊 = ∑𝒌𝒎=𝟏 𝑬𝒎 ): (𝑅2 +𝑍𝐶2 )𝐽1 = 𝑈𝑇ℎ + 𝐸1 − 𝐸2 + 𝐸4

𝑼𝑻𝒉 = (𝑹𝟐 + 𝒁𝑪𝟐 )𝑱𝟏 − 𝑬𝟏 + 𝑬𝟐 − 𝑬𝟒

𝑼𝑻𝒉 = (120 − 𝑗46.13) ∗ (10∠35°) − 40∠10° + 220∠0° − 60∠42° ≅ 𝟏𝟒𝟎𝟖. 𝟒𝟑∠𝟏𝟎. 𝟖° 𝑽 (0.25V)

III. Circuito Bipolar Equivalente de Thevenin

ZTh=120-j46.13,  a

I4

UTh=1408.43∠10.8º, V Z4=5+j25,  (0.25V)

Para o circuito equivalente de Thevenin (dado acima) a corrente eléctrica complexa (𝑰4 ) será igual à:

𝑼 𝑇ℎ 1408.43∠10.8° 𝑉
𝑰4 = = ⇒ 𝑰𝟒 = 𝟏𝟏. 𝟏𝟎𝟗∠𝟐𝟎. 𝟑𝟕° 𝑨 (0.50V)
𝒁4 + 𝒁 𝑇ℎ [(5 + 𝑗25) + (120 − 𝑗46.13)]Ω

A potência eléctrica activa sendo transferida à impedância 𝒁4 será igual à:

𝐏4 = 𝑹4 𝐈42 = 5 ∗ (11.109)2 ⇒ 𝐏6 = 𝟔𝟏𝟕. 𝟎𝟓 𝑾 (0.50V)

b) Determine o valor de 𝒁4 para que este dissipe a máxima potência?

𝒁4 = 𝒁∗𝑇ℎ ⟹ 𝒁4 = 𝟏𝟐𝟎 + 𝒋𝟒𝟔. 𝟏𝟑, 𝛀 (0.25V)

c) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea anterior (b)?

𝑼2𝑇ℎ (1408.43)2
𝑷4−𝑚𝑎𝑥 = ⟹ 𝑷4−𝑚𝑎𝑥 = ⟹ 𝑷𝟒−𝒎𝒂𝒙 = 𝟒𝟏𝟑𝟐. 𝟔𝟔 𝑾 (0.25V)
4𝑹𝑇ℎ 4 ∗ 120

d) Determine os valores de 𝒁4 para que este dissipe 75% da sua máxima potencia?

2 2
𝑹24 + 2𝑹 𝑇ℎ (1 − ) 𝑹4 + 𝑹2𝑇ℎ = 0 ⇒ [𝑅42 + 2 ∗ 120 (1 − ) 𝑅 + 1202 ] = 0
𝜼 0.75 4

𝑹𝟐𝟒 + (−𝟒𝟎𝟎)𝑹𝟒 + 𝟏𝟒𝟒𝟎𝟎 = 𝟎

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A resolução da equação quadrática acima produzirá seguintes zeros da função; que são os dois valores
ohmicos dos possíveis activos da impedância 𝒁4 que habilitar-lhe-ia a desenvolver 75% da máxima
potência:

𝑹′ ≅ 𝟒𝟎𝛀
{ ′𝟒 (2x0.25V)
𝑹′𝟒 ≅ 𝟑𝟔𝟎𝛀

Desta forma, a impedância 𝒁4 que habilitar-lhe-ia a desenvolver 75% da máxima potência deverão ser
possivelmente o mais próximo de:

𝒁′𝟒 = (𝑅4′ − 𝑅𝑇ℎ ) + 𝑍𝑇ℎ



= 𝑹′𝟒 + 𝒋𝑿𝑻𝒉 = (𝟒𝟎 + 𝒋𝟒𝟔. 𝟏𝟑) 𝛀 (2x0.25V)
{ ′′ ∗
𝒁𝟒 = (𝑅4′′ − 𝑅𝑇ℎ ) + 𝑍𝑇ℎ = 𝑹′′
𝟒 + 𝒋𝑿𝑻𝒉 = (𝟑𝟔𝟎 + 𝒋𝟒𝟔. 𝟏𝟑) 𝛀

e) A taxa de dissipação energética, da alínea anterior (d)?

𝑈𝑇ℎ 1408.43 2
𝑃4′−𝜂 = 𝑅′4 ( )2 𝑃4′−𝜂 = 40( )
𝑅′4 + 𝑅𝑇ℎ 40 + 120 𝑷𝟒′−𝜼 ≅ 𝟑𝟎𝟗𝟗. 𝟓 𝑾
⇒{ ⇒{ (0.25V)
𝑈𝑇ℎ 1408.43 𝑷𝟒′′−𝜼 ≅ 𝟑𝟎𝟗𝟗. 𝟓 𝑾
𝑃4′′−𝜂 = 𝑅′′4 ( )2 𝑃4′′−𝜂 = 360( )2
{ 𝑅′′4 + 𝑅𝑇ℎ 360 + 120

BOA APLICAÇÃO!

Electrotécnia Geral | ELGE, 2023 – UZ-FCT 05/03/2024


Prof. Engº. Alberto Ch. Seco, BSc Do mais simples ao mais complexo ataque!
SÓCRATES, The Philosophy Hero.

UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Prof. Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 27/06/2023: 2º Ano – Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz EXAME NORMAL — Duração: 120 min.

(2.0V) 1. Para o resistor de filme de carbono de 6 faixas, determine o seu respectivo valor aproximado óhmico?
A1 V3
C1 V1 V2 L

(4.0V) 2. Suponha que num dos testes ocorrido nas instalações laboratoriais de electrotécnica da Universidade
Zambeze, um estudante de engenharia procedeu usando um amperímetro analógico de precisão de 10%
para um fundo escala de 30𝐴; a aferição do valor aproximado da intensidade da corrente eléctrica
absorvida pelo motor de CC (bobinado com condutores de cobre macio, 𝐑 20°C = 2.5Ω). Após uma
serie de 5 mensurações, a 75℃, este obteve os seguintes valores: 21.9A, 20.4A, 21.5A, 21.0A 20.2A.
Determine:
a) O melhor valor mais representativo da aferição da corrente eléctrica a 75℃. (0.50V)
b) O valor do erro absoluto no fundo de escala do aparelho. (0.50V)
c) A faixa de exactidão e o erro relativo percentual cometido na aferição do melhor valor 𝐼 .̅ (1.00V)
d) A queda de tensão no motor CC, se nos seus terminais for aplicada 320V, quando absorve 𝐼 .̅ (0.50V)
e) A potência e energia eléctrica absorvida da rede eléctrica em 3h à 75℃. (0.50V)
f) O rendimento e a potencia mecânica do motor CC se as perdas mecânicas forem de 8% da P(abs). (1.00V)

(6.0V) 3. A indústria de refinaria de óleo, fábrica OLAM, é dotada nos seus recintos dum posto de transformação
e Seccionamento (PTS01); o sistema eléctrico da indústria é alimentada por linha (FL09) de
3.25 quilometros de extensão a partir da subestação eléctrica de distribuição da Munhava [EDM, E.P].
A subestação eléctrica (SE01) despacha o fluxo energético ao posto de transformação e seccionamento
receptora da indústria OLAM (PTS01) em corrente alternada (CA) sob a tensão de 13.05 kV (PTS01); a
refinaria possui seguintes cargas [equivalentes monofásicos]:

 Nove (09) Maquinas de Injecção: 𝐒1 = 15.5 kVA/unit e 𝐅𝐩1 = 0.70 indutivo;


 Dezoito (18) Motores de Indução: 𝐏2 = 5 Hp/unit e 𝐅𝐩2 = 0.78 atrasado;
 Seis (06) Motores Síncronos: 𝐏3 = 10 kW/unit e 𝐅𝐩3 = 0.85 capacitivo.
 Cargas Gerais: 𝐏4 = 110 kW e 𝐅𝐩4 = 0.80 indutivo.

Electrotécnia Geral | ELGE, 2023 – UZ-FCT 27/06/2023


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Se a impedância relativa da linha eléctrica (FL09) for igual à 𝒁𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 = (12.90 + 𝑗4.30) 𝑚Ω/km, nestas
condições, determine:

a) Corrente complexa e instantânea sendo fornecida da (SE01) à (PTS01), se 𝑓 = 50Hz? (1.75V)


b) Impedância complexa equivalente 𝒁Ind−OLAM , da industria de refinaria? (0.25V)
c) A potência activa, reactiva e complexa sendo despachada da subestação (SE01)? (1.50V)
d) O factor de potência global da indústria de refinaria? (0.50V)
e) O valor da potência reactiva capacitiva em (kVar) e a capacitância em (Farads) do banco de
capacitores a ser instalado em paralelo para o seu [FP] seja igual à 0.95 capacitiva? (1.50V)
f) O valor da corrente eléctrica complexa e instantânea na situação após e), sendo transferida da
subestação da Munhava (SE01) à (PTS01) da industria OLAM? (0.50V)

4. Abaixo apresenta-se rapidamente (figura – 1) um circuito eléctrico linear excitado por corrente contínua;
nestas condições, observe atentamente os seus parâmetros:

R =16Ω R =16Ω
2 1

J2=2A
R 6=20Ω

J5=8A

R 5 =10Ω R 4 =4Ω

(5.0V) 4.1 Para o circuito eléctrico acima, aplicando o método de Análise de Malhas Independentes:
a) Determine as correntes de ramo. e; (3.00V)
b) Faça a prova/equilíbrio das potências. (2.00V)

(3.0V) 4.2 Usando o (s) teorema (s) de Leon Thevenin [ou, Edward Norton] sobre o circuito acima:
a) Determine a corrente e potência eléctrica complexa sobre 𝐑 4? (1.50V)
b) Determine o valor de 𝐑 4 para que este dissipe a máxima potência? (0.25V)
c) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea anterior (b)? (0.25V)
d) Determine os valores de 𝐑 4 para que este dissipe 70% da sua máxima potência? (0.75V)
e) A taxa de dissipação energética, da alínea anterior (d)? (0.25V)

BOA APLICAÇÃO!

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Prof. Engº. Alberto Ch. Seco, BSc Do mais simples ao mais complexo ataque!
ARISTÓTELES, The Wiseman.

UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS & ELECTROMECÂNICA
CURSO: ENGRIA. DE PROCESSOS INDUSTRIAIS DISCIPLINA: ELECTROTECNIA GERAL
DOCENTE: Prof. Engo. Alberto Ch. Seco, BSc DATA: 10/07/2023: 2º Ano – Laboral/Pós-laboral
Email: alberto.seco@uzambeze.ac.mz EXAME DE RECORRÊNCIA: 120 min

(5.0V) 1. Propôs-se do Departamento de Engenharia que uma estação fabril deveria contar com um grupo de
geradores de emergência acoplada à estação rectificadora AC-DC. Observou-se após a integração do
sistema eléctrico de potência, que quatro (04) geradores iguais fornecendo nos seus finais: energia em
corrente contínua, sendo estes ligados em paralelo com vista à alimentarem: três (3) conjuntos de
compressores (16 kW/unit), electrobombas e motores (25kW) e lavadoras de garrafas (12kW). Os
geradores (AC-DC final) possuem as seguintes características individual: 𝐄𝑠 = 630𝑉 e 𝐑 𝑠 = 0.847Ω.
Sabe-se que a tensão aplicada às cargas é de 𝑼𝐿 = 600 𝑉. Desta forma, determine:

a) A intensidade de corrente total fornecida as maquinas e para cada máquina? (1.00V)


b) A intensidade fornecida por cada gerador eléctrico (AC-DC final)? (0.50V)
c) A queda de tensão interna em cada gerador (AC-DC final)? (1.00V)
d) A Impedância 𝐙𝒆𝒒 do conjunto das máquinas? (0.50V)
e) A potência eléctrica produzida pela FEM equivalente? (0.50V)
f) As perdas energéticas do grupo gerador (AC-DC final) a plena carga? (0.50V)
g) A eficiência industrial do grupo gerador (AC-DC final) a plena carga? (1.00V)

(5.0V) 2. Suponha que num dos testes ocorrido nas instalações laboratoriais de electricidade da Universidade
Zambeze, uma estudante de engenharia procedeu usando um voltímetro analógico de precisão de 1%
para um fundo escala de 500𝑉; a aferição do valor aproximado da diferença de potencial eléctrica sobre
uma resistência térmica de ferro-níquel (que equipa um disco dum fogão eléctrico, 𝐑 20°C = 60Ω).
Após uma serie de 6 mensurações, a 150℃, esta obteve os seguintes valores: 240.3V, 238.9V, 241V,
237.8V, 239.5V e 238.6V. Determine;
a) O melhor valor mais representativo da aferição da tensão eléctrica a 150℃. (0.50V)
b) O valor do erro absoluto no fundo de escala do aparelho. (0.50V)
̅.
c) A faixa de exactidão e o erro relativo percentual cometido na aferição do melhor valor 𝑈 (1.00V)
̅. (1.00V)
d) A intensidade e densidade de corrente absorvida pelo termoresistor de ferro-níquel, a tensão 𝑈
e) A potência e energia eléctrica absorvida da rede eléctrica em 30min a 150℃. (1.00V)
f) O rendimento e a energia térmica do disco de ferro-níquel se as perdas de transformação
(1.00V)
energética forem de 65𝑊.

Electrotécnia Geral | ELGE, 2023 – UZ-FCT 10/07/2023


Prof. Engº. Alberto Ch. Seco, BSc Do mais simples ao mais complexo ataque!
3. Abaixo apresenta-se rapidamente (figura – 1) um circuito eléctrico linear excitado por corrente contínua;
nestas condições, observe atentamente os seus parâmetros:

R =16Ω R =16Ω
2 1

J2=2A
R 6=20Ω

J5=8A

R 5 =10Ω R 4 =4Ω

(6.0V) 3.1 Para o circuito eléctrico acima, aplicando o método de Análise de Malhas Independentes:

a) Determine as correntes de ramo. e; (4.00V)


b) Faça a prova/equilíbrio das potências. (2.00V)

(4.0V) 3.2 Usando o (s) teorema (s) de Leon Thevenin [ou, Edward Norton] sobre o circuito acima:

a) Determine a corrente e potência eléctrica sobre 𝐑 4? (2.00V)


b) Determine o valor de 𝐑 4 para que este dissipe a máxima potência? (0.25V)
c) A taxa de dissipação energética máxima, da alínea anterior (b)? (0.25V)
d) Determine os valores de 𝐑 4 para que este dissipe 80% da sua máxima potência? (1.00V)
e) A taxa de dissipação energética, da alínea anterior (d)? (0.50V)

BOA APLICAÇÃO!

Electrotécnia Geral | ELGE, 2023 – UZ-FCT 10/07/2023


Prof. Engº. Alberto Ch. Seco, BSc Do mais simples ao mais complexo ataque!
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Zambeze

Docente: Prof. B. Engº. Alberto Ch. Seco, Hon.

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