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Amor de Perdição, de
O que é a filosofia?
Camilo Castelo Branco
Visão global de Amor de Perdição
Visão global de Amor de Perdição
Visão global de Amor de Perdição
Sugestão biográfica (Simão e narrador)
Simão Camilo

• rebeldia juvenil; • rebeldia juvenil;

• paixão por Teresa de Albuquerque; • paixão proibida por Ana Plácido;

• prisão na Cadeia da Relação resultante do • prisão na Cadeia da Relação do Porto


assassínio por paixão; resultante dessa paixão;

• clausura de Teresa num convento. • prisão de Ana Plácido.


Construção do herói romântico
Herói romântico: indivíduo dotado de idealismo, de honra e de coragem, que põe a sua vida em risco em
defesa dos seus ideais de justiça e de amor; revolta-se, exprimindo todo o seu individualismo e lutando contra
convenções sociais retrógradas.

Simão Botelho

• possui um génio e uma energia interior que o distinguem da maioria;

• perturba a ordem pública e as normas sociais estabelecidas, que considera retrógradas;

• afirma a sua liberdade individual com insolência, manifestando um comportamento impulsivo


e violentamente revolucionário;

• deixa-se conduzir pelo sentimento, transformado pelo amor;

• vive como um herói, assassinando em defesa da honra e do amor.


A obra como crónica da mudança social
A obra apresenta o retrato de uma sociedade injusta e repressiva, assente nas noções do Antigo Regime, que
os mais jovens, influenciados por uma Europa em transformação face aos ideais da Revolução Francesa,
contestam – prenúncio da mudança.

Família Igreja

• autoritarismo paterno; • vida conventual dissoluta; Pelo direito ao amor, os


• casamento de conveniência; • clausura das jovens em heróis camilianos opõem-
• submissão feminina; conventos para retificação de -se às regras sociais que os
• códigos conservadores fúteis. comportamentos e não por oprimem e impedem de ser
vocação. felizes. Reivindicam casar
por sua escolha,
Justiça transgredindo os valores
tradicionais.
• corrupção na justiça;
• influência dos mais poderosos;
• atuação distinta da justiça em função das classes sociais.
A obra como crónica da mudança social
A relação entre as personagens assenta em dois sentimentos dominantes:

• o amor entre os apaixonados e o ódio entre as famílias rivais, Botelho e Albuquerque.


A obra como crónica da mudança social
João da Cruz: protetor de Simão pela dívida de gratidão que tem para com o seu pai.

Mariana: amor incondicional e abnegado por Simão.


Adjuvantes
ao amor

Rita Botelho: a única irmã de Simão que simpatiza com ele e que o apoia.

Mendiga: intermediária na troca de cartas entre o casal.

Capitão: defensor de Simão, reconhecendo-lhe grandes qualidades.

Domingos Botelho: opõe-se à relação amorosa.


Oponentes
ao amor

D. Rita Preciosa: preocupa-se com Simão, mas não ousa enfrentar o marido.

Tadeu de Albuquerque: rejeita a relação de Teresa, sobrepondo a honra à felicidade da filha.

Baltasar Coutinho: insiste no casamento com Teresa por orgulho ferido pela recusa.
O amor-paixão
O amor-paixão é um sentimento extremo, de entrega total, porque:

• não cede a nada;

• afronta a sociedade;

• prefere a morte à separação.


Linguagem, estilo e estrutura
O narrador – predominantemente omnisciente, confunde-se com o autor; faz comentários, reflexões
e interpela o leitor, procurando a sua cumplicidade.

Os diálogos – expressivos, refletem o estatuto social de quem fala: cuidados, quando intervêm
nobres, e espontâneos, quando falam personagens do povo.

A concentração temporal da ação – rapidez das peripécias (1801 a 1807); rápida progressão da ação,
através da sequência lógica de acontecimentos sem descrições e divagações.

Introdução Desenvolvimento Conclusão

I-II – Simão vê Teresa, pela III-XX – desde a recusa de Teresa em casar com Morte de Teresa
primeira vez, e apaixona-se. Baltasar, até à partida do fidalgo para o degredo. e Simão.
“Amou, perdeu-se, e morreu amando.”

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