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Orelha Externa
• Graduação pela Universidade Gama Filho. • Membro da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia)
• Residência Médica em Otorrinolaringologia pelo Hospital Clementino Fraga • Membro da comissão de Site da ASBAI - RJ - biênio 2021-2022
Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro - HUCFF-UFRJ.
• Mestranda pela Faculdade de Medicina da UFRJ - Departamento de
• Observership em ORL na Cleveland Clinic - Flórida - EUA Clínica Médica
• Pós Graduação em Alergia e Imunologia Clínica - Lato Sensu - pelo • Responsável técnica da ALERGOTOP - Serviços Médicos - Angra dos Reis
Hospital Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
• Professora substituta de Imunologia Clínica na UFRJ
- HUCFF-UFRJ.
SE ARTICULA COM:
Osso Temporal
OSSO ESFENÓIDE (ASA MAIOR),
PARIETAL; OCCIPITAL
05 PORÇÕES
• ESCAMOSA
• MASTÓIDEA
• PETROSA
• ESTILÓIDE
• TIMPÂNICA
Orelha Externa
• 02 porções: pavilhão auditivo e meato acústico
externo (MAE), canal fechado em sua parte medial
pela membrana timpânica (MT), o que faz o limite
da orelha média.
ANATOMIA
Orelha Externa
• Conduto Auditivo Externo (CAE): canal ósseo internamente (com cerca de 15 mm) e por um canal
fibrocartilaginoso externamente - Junção = istmo do CAE.
• Porção óssea: mais estreita (0,2 mm), contínua com a pele da MT. Tecido subcutâneo sem glândulas ou
folículos pilosos
• Porção cartilginosa: 0,5mm a 1,0mm - terço lateral da pele é repleta de folículos pilosos, glândulas
sebáceas e ceruminosas
• Relações do CAE: Parede anterior: articulação têmporomandibular - ATM // Parede posterior: separada
das células mastóides por uma fina camada óssea, sendo o conduto mais profundamente limitado
posteriormente pelo recesso do facial // Parede inferior - loja parotídea // Parede superior (formada pela
escama temporal) - base do crânio.
ANATOMIA
MÉTODOS DE
REMOÇÃO DE
CERUMEN
• Drenagem venosa - 02 territórios: anterior (vv superficiais drenam para o plexo subcutâneo da mandíbula
e as profundas para a v. temporal, vv profundas da glândula parótida e v. facial posterior) e posterior (vv
superficiais drenam para vv occipitais superficiais, vv póstero-superiores drenam para v. temporal
profunda, vv medianas e inferiores que drenam para as vv profundas da parótida).
• Drenagem linfática: linfonodos da parótida, cervicais superficiais da v. jugular ext e para os linfonodos
póstero-auriculares.
• Inervação: Sensitiva é rica e complexa. R. auricular do plexo cervical - parte póstero-inferior do pavilhão
e do CAE. N. auriculotemporal (ramo do NC V) - parte anterior do pavilhão e pequena parte do CAE. NC
VII -concha e a parte inicial do conduto (zona de Ramsay Hunt). R. auricular do NC X (nervo de Arnold)
inerva a parte profunda do CAE e MT (reflexo da tosse).
• Pêlos
• Cerume - 2 tipos de cerume, o seco e o úmido, este sendo acastanhado e mole, conhecido como “honey
wax” (“cera de mel”), mais comum em brancos e negros; o seco (“rice bran” – “farelo de arroz”) é
comum na Ásia, principalmente em japoneses.
• O conteúdo protéico na cera seca é maior que na úmida e há maior quantidade de IgG e lisozima.
Composição: lipídios (46 a 73%), proteínas, aminoácidos livres e íons minerais. Função protetora do
cerume se deve principalmente à sua característica hidrofóbica.
FISIOLOGIA
Otites Externas
• Termo genérico que inclui qualquer doença que curse com inflamação ou infecção do CAE e pavilhão
auricular, podendo variar de simples inflamação a doenças fatais.
• Fatores Predisponentes: 1) Ausência de cerume: perda da proteção física e do pH ácido inóspito aos
patógenos; 2) Traumatismos: rompimento da barreira epitelial, permitindo invasão de patógenos; 3)
Supurações da Orelha Média: predispõe a dermatite secundária; 4) Substâncias Cáusticas: produtos
detergentes; 5) Queimaduras: fagulhas elétricas, óleos quentes, levando à formação de escaras; 6)
Corpos Estranhos: impedem a aeração do CAE e produzem irritação local; 7) Lavagens repetidas:
estagnação de água e remoção do filme lipídico local com ação bactericida e fungostática; 8)
Alterações de temperatura e umidade do ambiente: predispõem ao crescimento dos patógenos
Otite Externa Difusa Aguda - OEA
• Orelha do Nadador
• Soluções acidificantes (± corticóides) • Ácido acético 2%, álcool boricado a 2%, ácido salicílico
em álcool a 70% ou acetato de alumínio
• Diagnóstico diferencial: Furúnculo, dermatose, otite externa viral ou micótica, otite média
aguda com reação inflamatória que impeça a visualização da membrana timpânica.
Otite Externa Aguda Localizada
• OE aguda limitada a uma área do CAE.
• Tr a t a m e n t o : Po n t o d e f l u t u a ç ã o d e v e s e r i n c i s a d o e
drenado.Antibioticoterapia oral e tópica com drogas antiestafilocóccicas
como as cefalosporinas de 1ª geração (cefalexina) ou as penicilinas com este
espectro. Calor local, AINES - Analgesia.
Otite Externa Crônica
• Processo inflamatório crônico - aumento da espessura da pele do CAE, com sinais de
ressecamento e alteração da descamação das camadas superficiais.
• Agentes otológicos tópicos (quando necessário!): gotas ou creme ▪ Não específicos: ácido acético, timerosal,
violeta de genciana, ácido bórico em pó, acetato de cresil ▪ Antifúngicos: clotrimazol, nistatina, cetoconazol,
miconazol. //
• Agente etiológico: Sempre colher 6 swabs: 1. Gram e cultura para germes comuns (aeróbios); 2. Exame direto e cultura para
fungos; 3. BAAR e cultura para BK
• Avaliar fatores de gravidade (paralisia de NC, granuloma de CAE) - SEM fatores de gravidade:
• Iniciar antibiótico oral e acidificante tópico – ciprofloxacino VO por 7 dias - 500mg 8/8h se clearance normal • 500mg 12/12h se
clearance entre 10-50 mL/min -Ácido acético 2% 3gts de 08/08h // Reavaliar em: 5 – 7 dias. Com melhora – suspender ATB //
Sem melhora – checar cultura e discutir com a CCIH
Otite Externa Maligna (OEM ou OEN)
• Basear tratamento no resultado da cultura
• Avaliar abordagem cirúrgica em caso de falha terapêutica mesmo com tratamento adequado
Osteoma e Exostose de CAE
• TC de ouvidos e mastóides: 1. Avaliar a presença de pedículo
ou não // 2. Planejamento da abordagem cirúrgica — Osteoma:
massa óssea pedunculada // — Exostose: crescimento ósseo
lamelar séssil
• Tratamento somente para melhora estética - não causa outros prejuízos ao paciente
Coloboma Auris
• Mal-formação: Fístula ou seio pré-auricular - Fusão incompleta dos seis botões
óticos que formarão o pavilhão da orelha e cuja origem está no 1o e 2o arcos
branquiais.
• Pequenos orifícios ou depressões localizados, em geral, adjacentes à margem
anterior do ramo ascendente da hélice e raramente no tragus e lóbulo
• Trajeto da fístula tortuoso, podendo formar prolongamentos como as raízes de
uma árvore.
• Pode alcançar a parótida ou passar sob o periósteo do osso temporal.
• Em geral, é assintomático, mas pode apresentar descarga de material sebáceo.
Também pode ser sítio de infecção que se manifesta com saída de pus pelo orifício.
• Tratamento: Expectante caso não haja infecção 2. Caso haja drenagem de
secreção purulenta e abaulamento com sinais flogísticos na região periorificial: -
Drenagem do abscesso e antibiótico sistêmico adequado para germes Gram
positivos - Após resolução do quadro agudo, exploração cirúrgica sob microscopia
para exérese do coloboma.
Outras doenças da Orelha Externa:
• Otite eczematosa - Doenças sistêmicas afetando a OE:
Psoríase; LES; DA; Dermatite seborréica; DC; Histiocitose
• Celulite; erisipela
• Colesteatoma de CAE
• Corpos estranhos