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Rosácea

Tecnólogo de Estética e Cosmética


Sistema Tegumentar
Prof Joice Kremer
1º semestre/2020
Danielle Stein e Lilian Silva

Rosácea, em latim significa semelhante a rosas. A doença é muito comum, é


benigna, porém crônica com surtos e recidiva, afeta o centro da face,é bilateral e
simétrica, não é contagiosa ou transmissível de pessoa para pessoa, não existe
cura definitiva, existindo vários tratamentos que permitem melhorar de forma
significativa os seus sinais e sintomas. Na maioria dos casos é uma doença leve, porém
existem algumas formas graves da doença Apesar de ocasionalmente ser confundida com
a acne, são doenças diferentes. O diagnóstico de rosácea é clínico, ou seja, baseado na
história clínica e no exame físico.

Pode manifestar-se como Flushing facial (períodos de sensação abrupta de


vermelhidão e calor na pele como se fosse um surto de vasodilatação), telangiectasias
(dilatação de pequenos vasos permanentes), persistente eritema facial, edema facial,
pápulas e pústulas (borbulhas com ou sem pús), ou como um nariz volumoso e deformado
(alterações fimatosas), rinofima – espessamento irregular e lobulado da pele do nariz,
dilatação folicular, levando ao aumento e deformação do nariz . Esses espessamentos
podem ocorrer em outras áreas além do nariz, como na região frontal, malares (maçãs do
rosto) e pavilhões auriculares, alterações oculares - ocorrem em 50% dos casos (irritação,
ressecamento, blefarite, conjuntivite e ceratite).

Ocorre em 1,5% a 10% das populações estudadas, principalmente em adultos entre 30 e


50 anos de idade, mais frequente em mulheres, porém atinge muitos homens e, neles, o
quadro tende a ser mais grave, evoluindo continuamente com rinofima (aumento gradual
do nariz por espessamento e dilatação folículos), há uma predisposição individual (mais
comum em brancos e descendentes de europeus) que pode ser familiar (30% dos casos
têm uma história familiar positiva), evidenciando uma possível base genética, raramente
ocorre em negros, há forte influência de fatores psicológicos (estresse).

As causas ainda são desconhecidas, mas alguns fatores podem ajudar na sua aparição.
Além da tendência genética (brancos e descendentes europeus) e hereditária, os fatores
que podem desencadear ou piorar a rosácea são alimentos ou bebidas quentes ou
picantes, uso de bebida alcoólica, exposição ao sol e a temperaturas extremas, exposição
à radiação ultravioleta, estresse, raiva ou vergonha, banhos quentes ou saunas, remédios
que dilatam os vasos sanguíneos, incluindo os de pressão arterial, anomalias no sistema
imunológico, hiper-reatividade vascular e uma reação inflamatória exagerada a
microrganismos, a rosácea poderá ainda estar associada a várias doenças, por exemplo, a
certas doenças auto-imunes como a doença celíaca, que se associa à ingestão de glúten.
Existem cinco tipos que variam de acordo com a forma que ela se manifesta: Eritemato
Telangectasia, Papulapustulosa, Fimatosa, Ocular, Granulomatosa

Rosácea Eritemato telangectasia este tipo de rosácea é o mais comum, nele a pele fica
avermelhada e com vasos aparentes, principalmente no centro do rosto, perto do nariz.

Rosácea Papulapustulosa a lém do tom avermelhado, neste tipo de rosácea também


ocorre o aparecimento de lesões papulapustulosas, que se parecem com as espinhas,
além de ser mais comum em homens, esta forma da doença costuma alternar entre
períodos de melhora e piora.

Rosácea Fimatosa a pele se torna mais grossa, endurecida e avermelhada, com poros
dilatados. Sua principal característica é o aumento de glândulas sebáceas no nariz e é
mais comum em homens com mais de 50 anos. Neste tipo de rosácea, o nariz pode
chegar a dobrar de tamanho e até o queixo pode ser comprometido.

Rosácea Eritemato Ocular como o nome sugere, atinge a área dos olhos, próxima aos
cílios, causando descamação e vermelhidão, é o tipo mais grave de rosácea porque, caso
não seja tratada, pode evoluir e interferir na visão.

Rosácea Granulomatosa é o tipo mais raro de rosácea, descrita pela primeira vez em 1970
por Mullanax e Kierland, caracterizada por pápulas avermelhadas ou pequenos nódulos,
em base eritematosa e espessada, frequentemente envolvendo as pálpebras inferiores.

O objetivo dos cuidados estéticos na rosácea são o de restabelecer o equilíbrio da pele,


diminuindo a inflamação subjacente, sensibilidade e desidratação, o que melhora a
qualidade de vida, autoestima, aspeto estético e prevenção de complicações. Podemos
utilizar os Óleos Essenciais, Drenagem linfática manual (DLM), Peeling superficial de ácido
tricloroacético (ATA), nas rosáceas papulapustulosa, ocular e fimatosa, o uso de
antibióticos é necessário. Na rosácea fimatosa às vezes é necessário correção cirúrgica.

Óleos essenciais mais indicados são o de Palmarosa – Reduz manchas, rosácea e rugas,


combate a acne, o de Lavanda – Cicatrizante e regenerador da pele. Possui benefícios
calmantes que reduzem a tensão que gera as rugas, o de Rosa – Melhora a produção de
colágeno, rejuvenesce, é cicatrizante e previne o envelhecimento da pele, o de Tea Tree -
atividade antibiótica, antimicrobiana, antisséptica, antiviral, bactericida, fungicida,
inseticida, imunoestimulante, anti-inflamatória, e o oléo vegetal de Jojoba como carreador– 
Promove hidratação e ajuda a dissolver os cravos na pele, aumenta a penetração dos
outros ativos.

A Drenagem linfática manual (DLM) indicada para o tratamento de rosácea grau II. Martins
e Lopes (2004) observaram melhora significativa da paciente, após 20 sessões de DLM.
Foi utilizado o método original Dr. E. Vodder, 40 minutos por sessão, nas regiões de face e
pescoço. Imagens do estudo de Martins e Lopes (2004)
O Peeling superficial de ácido tricloroacético (ATA), o trratamento de manutenção para a
rosácea, utilizado em baixas concentrações, com gaze umedecida. Com solução de
jessner seguido de ATA 35%, identificou-se melhora nas lesões particulares nas 15
pacientes pesquisadas. Foram feito quatro aplicações ambulatoriais e semanais de ATA
(10-20%). Para manutenção dos resultados foi prescrito uso diário ou semanal de ATA 2,5
a 10% (Ferreira Velho e Moraes, 2010).

Como medidas preventivas deve-se evitar extremos de temperatura, como banhos


quentes, aplicar diariamente um protetor solar com Fator de Proteção Solar (FPS) elevado,
adequar a dieta. Alimentos picantes devem ser evitados, tal como bebidas alcoólicas.
Optar por uma alimentação saudável; evitar exercício físico extenuante, evitar stress
psicológico, lavar o rosto com água morna e usar produtos de higiene sem sabão e com
pH neutro, hidratar regularmente a pele com produtos indicados para a rosácea, e usar
maquiagem corretora pode ajudar a disfarçar a vermelhidão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Helena Isabel Martins. A rosácea e a sua compreensão : etiopatogenia e


clínica
BONAMIGO, Cartell, Bakos e Edelwaiss, 2008. Fatores associados à rosácea em
amostras populacionais do Sul do Brasil: análise de estudo de casos-controle. Anais
Brasileiros de Dermatologia, 2008. GONÇALVES, Maria Manuel Baía de Melo Magalhães.
Cuidados dermocosméticos da rosácea. Dissertação de Mestrado. Universidade de
Coimbra. Jul/2016
FERREIRA VELHO, Paulo Eduardo Neves; Moraes, Aparecida Machado de. Peeling
químico superficial para o tratamento de manutenção da rosácea. Surgical & Cosmetic
Dermatology, vol. 2, núm. 4, octubre-diciembre, 2010, pp. 340 -341
Catálago Laszlo, catálago
https://www.emporiolaszlo.com.br/aromatologia/oleosessenciais.html
Acesso em: 11 jun 2020.
SCHEINFELD NS. Rosacea. Skinmed. 20; 5(4):191-4. MARTINS, Camila Botelho; LOPES,
Maria Luiza Mansur. Aplicação da drenagem linfática manual, “método original Dr. E.
Vodder”, no tratamento dermato-funcional da rosácea. 2004. 6 f. Tese (Doutorado) - Curso
de Fisioterapia, Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul, Santa Catarina, 2004.
Disponível em: . Acesso em: 11 jun. 2020.

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