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Patrícia Mates
ROSÁCEA
Curitiba
2011
Patrícia Mates
ROSÁCEA
Curitiba
2011
RESUMO
A rosácea possui um amplo espectro de apresentação clinica que podem variar com
o tempo e a idade.
Para seu controle ser exitoso requerem-se uma cuidadosa avaliação do paciente e
um tratamento individualizado com variações e modificações adequadas as
flutuações da doença.
Página
1 - INTRODUÇÃO.............................................................................................5
2- OBJETICO....................................................................................................7
3- REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................8
5 - CONCLUSÃO..............................................................................................38
REFERÊNCIAS.................................................................................................39
5
INTRODUÇÃO
Casos mais graves podem atingir áreas extensas da face, com inflamação e edema
da pele, formando placas avermelhadas e nódulos. Em alguns pacientes podem
ocorrer alterações oculares inflamatórias, como conjuntivite ou inflamação da
córnea, pálpebra e íris.
Nos homens, o quadro pode ser mais grave e a evolução da doença pode levar ao
surgimento do rinofima, quando ocorre o aumento do volume do nariz, cuja pele se
apresenta infiltrada, com os poros dilatados e com elevações na superfície. A
rosácea é uma doença de curso crônico e não existe um tratamento que a elimine
definitivamente, mas ela pode ser mantida sob controle. Devem-se evitar os fatores
que provocam a sua exacerbação.
A medicação inclui o uso de antibióticos por via oral até se obter a melhora, quando
a dose deve ser diminuída gradativamente. A manutenção pode ser feita com
antibióticos específicos, de uso local. Eventualmente, se houver piora das lesões,
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deve ser restituída a medicação por via oral. A indicação do tratamento adequado e
a sua duração vai depender da intensidade de cada caso, devendo ser definida pelo
médico dermatologista.
OBJETIVO
Este estudo teve como objetivo conhecer a doença, seus estágios e subtipos assim
como os melhores tratamentos e deste modo melhorar a vida e a autoestima dos
pacientes.
8
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.2 Epidemiologia
3.3 Etiopatogenia
A causa da rosácea segue sendo desconhecida e ainda que sem tem implicado
numerosos fatores, ainda não há uma explicação que justifique a grande variedade
de expressões clínicas que tem a rosácea, que poderia consolidar em uma teoria
patogênica única4.
• Demodex folliculorum
• Propionibacterium acnes
A eficácia das terapias com antibióticos tópicos e orais, assim como a utilidade do
uso de peróxido de benzoila na rosácea papulopustulosa, falam a favor de um
provável papel patogênico na rosácea, já que estes tratamentos atuam frente a
diversos microorganismos foliculares, em especial o Propionibacterium acnes. Ainda
que o mecanismo antiinflamatório folicular exercido por estes medicamentos poderia
sustentar esta hipótese, o papel deste microorganismo na rosácea requere de
trabalhos futuros que o demonstrem8.
• Helicobacter pylori
Também existe controversa com o papel que desempenha o H. Pylori. Deste modo
esta se vinculando a rosácea com diversas alterações digestivas, como hipocloridria
ou acloridria, gastrite e alterações na mucosa jejunal. As crises periódicas da
rosácea e úlcera péptica são em muitas ocasiões simultâneas, oque parece
estabelecer relação entre ambos os fenômenos. Dessa forma, a rosácea poderia ser
um sinal extragastrico de infecção por H. pylori. Ainda que os estudos não sejam
conclusivos, sugerem-se algumas hipóteses sobre o possível papel patogênico de H.
pylori na rosácea. O “flushing” pode ser explicado no caso do H. pylori pela produção
direta ou indireta de potentes substancias vasoativas, como histamina,
prostaglandinas, leucotrienos, diversas citocinas, gastrina plasmática e óxido
nítrico9,10.
3.4 Agravantes
de
temperatura
Drogas Vasodilatadoras
3.5 Clínica
Casos mais graves podem atingir áreas extensas da face, com inflamação e edema
da pele, formando placas avermelhadas e nódulos. Em alguns pacientes podem
ocorrer alterações oculares inflamatórias, como conjuntivite ou inflamação da
córnea, pálpebra e íris12.
(Figura I)
13
(Figura II)
Eritema transitório
Eritema persistente
Pápulas y pústulas
Telangiectasias
Desde o ponto de vista da clínica da rosácea, é importante saber que nem todas as
caras vermelhas são rosáceas, e que se deve contar com elementos clínicos para
realizar um diagnostico diferencial, o qual é variável dependendo dos diferentes
subtipos de rosácea, os quais serão abordados mais adiante15.
Em 2002 foi estabelecido nos Estados Unidos um comitê chamado “The National
Rosacea Society’s Expert Committee on the Classification and Staging of Rosacea”
com expertos de diferentes países onde se estabeleceu quatro subtipos básicos de
rosácea, três deles focados na pele e um na área oftalmológica, assim como a
inclusão adicional de uma variante clínica16.
Estágios da rosácea
Subtipos clínicos:
Eritemato-telangiectasica
Papulopustular
Fimatosa
Ocular
• Eritemato-telangiectasica:
• Papulopustular
• Rosácea Fimatosa
• Rosácea Ocular
Variante
• Rosácea Granulomatosa
• Edema persistente
• Rosácea conglobata
3.7 Complicações
É uma rosácea que tem sido tratada erroneamente com corticoides tópicos potentes
por tempo prolongado, observando-se a maioria aparente e transitória do eritema
pelo efeito vasoconstritor e antiinflamatório do CE e a posterior aparição de seus
efeitos adversos, atrofia, emagrecimento, telangiectasias, etc. Condição desfigurante
e muito irritante. Suspender os esteroides. Está associada, inevitavelmente, com
uma exacerbação da doença.
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Rosácea corticoagravada
A palavra grega phima significa tumefacção, bulbo ou massa. Esta lesão apresenta-
se em diferentes partes do rosto e nas orelhas. É mais frequente no nariz (rinofima).
Rinofima
Outros fimas
4.0 Terapeutica
Medidas gerais
Fotoproteção
A pele dos pacientes com rosácea é extremamente sensível. Por isso devem evitar
aplicar produtos com álcool, acetona ou adstringentes, determinados sabonetes ou
substâncias abrasivas. Devem dar preferência aos de base liquida. Qualquer
produto deve ser provado em uma pequena área antes de ser aplicado no rosto5. Os
produtos com base verde ou amarela neutralizam a coloração eritematosa do rosto e
são muitos úteis.
Os produtos para o cabelo que contenham álcool não devem ter contato com a pele
do rosto.
Tratamento tópico
• Metronidazol
A administração tópica pode resultar em uma mínima absorção percutânea com uma
biodisponibilidade sistêmica muito baixa20. Seu uso durante a gravidez esta limitado
aos casos em que existe uma clara necessidade.
Antibióticos
Sulfacetamida sódica
Imidazol
Retinóides
22,23
Há evidencias de que a isotretinoina a 0,025% em creme suave é eficaz e
produz menos irritação que a tretinoina, esta ultima pode ser utilizada com cautela,
em baixa concentração e provando a tolerância, não esta indicada em rosácea com
muito eritema e com pele muito sensível2,11,21. É útil também o retinaldeído a 0,05%
que aumenta a espessura da epiderme e inibe o fator de crescimento do endotélio
vascular, sozinho ou associado ao venotônico e a antiedematose24.
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Loção de secagem
Antiparasitários
Utilizado quando se comprove infestação por Demodex. Pode ser usado crotamiton
a 10% em creme ou loção com um sabão contendo uma combinação de enxofre e
ácido salicílico, ou permetrina, lindano ou benzoato de benzila2, o tratamento se
aplica uma vez ao dia em um período de dois a cinco dias.
Corticoides
Tratamento sistêmico
Antibióticos
Retinoides
É particularmente útil nos pacientes com pele oleosa, poros dilatados e glândulas
sebáceas hiperplásicas. É recomendável para o rinofima em seus e estágios iniciais.
Suas doses padrão são de 0,5 a 1 mg/kg/dia mas pode ser mal tolerada por
pacientes e além dos conhecidos efeitos adversos. A dose máxima deve reservar-se
para a rosácea fulminans ou anterior a cirurgia do rinofima2. Foram obtidos
resultados com doses menores (0,1 – 0,2 mg/kg/dia) mas em um tempo mais
prolongado (1 ou 2 meses).
Metronidazol
Corticoides sistêmicos
Sugere-se que, para os fins estéticos e em limitadas ocasiões usa-se doses muito
baixas de 10 a 20 mg durante dois dias antes de algum evento socialmente
importante21.
Terapêutica física
Laser
Fototerapia
A terapia fotodinâmica de contato breve e a luz pulsada intensa esta sendo usada
com êxito no tratamento da rosácea além de melhorar a vermelhidão e o
engrossamento da pele33.
Massagens
Flushing
vitamina k1 a 1% em creme.
Não existe uma modalidade simples para alterar a cor da pele mediante fármacos
tópicos ou sistêmicos. No momento, a maquiagem corretiva é a melhor estratégica.
Em especial as maquiagens com coloração verde, conseguem disfarçar a cor
avermelhada fazendo a diferença. Com experiência e pequenas camadas de
maquiagem, os homens podem usar estas bases ou géis sem que se note34.
Edema
Telangiectasias
Dermatite rosácea
Ocorre com frequência em pacientes que deixam de usar sabonete para higienizar o
rosto por considerar que resseca ou irrita sua pele. A permanência de micróbios e
oleosidade induz mudanças na epiderme com eritema, descamação e inflamação
comparáveis aos de uma dermatite inflamatória. O controle desta afecção consiste
em lavar-se com sabonete ao menos uma vez ao dia ou emulsões de limpeza e
33
aplicar hidrocortisona 1% diariamente ainda que por períodos breves para evitar a
“rosácea de rebote” ou a “adição aos esteroides”28.
Rosáceas fulminans
Edema persistente
Foto dano
Tratamento do rinofima
O laser também se utiliza, Shapsay (1980) reportou o uso de laser CO2. O laser CO2
de onda continua permite a excisão da maior quantidade de tecido e o de pulsos de
aplica para melhorar a forma de tecido residual.
Henning e Van Gemert (1983) usaram o laser de argônio. Har-El e col. depois de
comparar laser versus excisão observaram iguais resultados pré-operatórios e
estéticos. Alguns autores implantaram bisturi ultrassônico para melhorar a
hemostasia intra-operatória.
Manifestações clínicas
Patogenia
Composição da lagrima
Inflamação
A hipótese mais firme é a inflamatória dado que foi reportado em níveis elevados de
IL-1 alfa nas lagrimas de pacientes com rosácea ocular44. Também foi informado
aumentos da metaloproteinase-945.
Tratamento
• Antibiótico sistêmico
Desde 1966, quando Sneddon descreveu o uso de tetraciclinas para tratar a rosácea
se tornaram a terapêutica de eleição, também para a rosácea ocular.
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Tratamento tópico
Em pacientes com blefarites se aconselha uma higiene exaustiva com produtos não
irritantes para remover detritos aderidos, pode-se aplicar compressas quentes de
três a quatro vezes ao dia por 10 minutos.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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