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Aluna: Miramar Moreira da Silva - FISIOTERAPIA - UNIDESC

ACNE E ROSACEA
Conceito:

Rosácea é uma doença crônica, não infecciosa, que se manifesta principalmente


no centro do rosto, expandindo-se, as vezes, pelas bochechas, nariz, testa e queixo.

A Acne é uma inflamação das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos,


ou seja, surge quando há um acúmulo de sebo no folículo.

Características:

A Rosácea é caracterizada pela dilatação dos vasos, pode causar calor e ardência,
além de ressecamento da pele. Em 50% dos casos, surge uma lesão nos olhos com
sintomas parecidos com os de uma conjuntivite.

A Acne é caracterizada pela presença de comedões (cravos); pápulas (lesões


sólidas arredondadas, endurecidas e eritematosas); pústulas (lesões com pus); nódulos
(lesões caracterizadas pela inflamação, que se expandem por camadas mais profundas
da pele e podem levar à destruição de tecidos, causando cicatrizes) e cistos (maiores que
as pústulas, inflamados, expandem-se por camadas mais profundas da pele, podem ser
muito dolorosos e deixar cicatrizes)

Classificação

Existem quatro tipos clássicos de rosácea:  

Eritemato telangectasia: é a mais comum, que faz com que a pele fique
vermelha e com vasos finos aparentes, além da sensação de ardência. Pode ser
tratada com remédios tópicos anti-inflamatórios ou tratamentos a laser;

Pápula pustular: tem como característica, além da vermelhidão, o


surgimento de lesões pápulo-pustulosas, semelhantes à acne. Para o tratamento, é
comum que sejam utilizados antibióticos via oral ou até a isotretinoína para
redução das lesões.

Fimatosa: a inflamação causada por esse tipo de rosácea torna a pele mais
espessa e vermelha, provocando também um comprometimento estético da face e
ao redor. O nariz normalmente é afetado, e em alguns casos pode até dobrar de
tamanho. Além dos tratamentos já citados anteriormente, em alguns casos,
intervenções cirúrgicas podem ser necessárias para redução da espessura das
lesões.

Ocular: acomete a região dos olhos, mais especificamente próximo aos


cílios, gerando descamação e vermelhidão. Também pode provocar eventual
irritação na região branca dos olhos, chamada esclera. O ideal é que o paciente
evite produtos e maquiagens que irritem os olhos. Já o tratamento deve ser feito
através de medicações específicas prescritas pelo oftalmologista e
dermatologista.

A acne pode ser classificada conforme sua gravidade:

Acne Grau I: presença apenas de comedões (cravos) - causados pelo


entupimento da saída dos folículos pilosos com sebo - , sem lesões inflamatórias
(espinhas).

Acne Grau II: comedões, pápulas (pequenas lesões sólidas elevadas,


arredondadas, endurecidas e avermelhadas) e pústulas (são as pápulas que contém pus,
as famosas “espinhas”).

Acne grau III: comedões, pústulas e cistos (lesões maiores que as pápulas e


pústulas, se tornam inflamados e expandem-se por camadas mais profundas da pele,
podendo ser dolorosos e deixar cicatrizes).

Acne Grau IV: comedões, pústulas e lesões císticas maiores que podem se


interconectar pela pele, formando “túneis”.

Exemplos
Fatores de risco:

Fatores de risco da Rosácea: Pessoas entre 30 e 50 anos de idade, Pessoas de


pele clara, Descendentes de celtas ou escandinavos, História familiar de rosácea,
Histórico de acne grave no passado

Fatores de risco da Acne: A Acne é uma doença multifatorial. Hereditariedade,


predisposição genética, alterações na produção dos hormônios sexuais, infecção por
bactérias e até o estresse emocional são considerados fatores de risco para a
manifestação da moléstia ou agravamento do quadro.

Exames:

Tanto a Acne quanto a Rosácea são diagnosticada através do exame clínico, a


lâmpada de Wood auxilia no diagnóstico. A lâmpada de Wood é utilizada para
determinar o grau e a extensão da lesão dermatológica, auxiliando o diagnóstico e a
definição do tratamento

Tratamentos

Tratamento da Rosácea: O tratamento se inicia com sabonetes adequados;


protetor solar com elevada proteção contra UVA e UVB e com veículo adequado à pele
do paciente; e uso de antimicrobianos tópicos (metronidazol) e antiparasitários
(ivermectina). Depois dessa fase, pode ser preciso o uso de derivados de tetraciclina
(doxiciclina e outros) orais. Em casos persistentes e recidivantes, se utiliza isotretinoina
oral em dose baixa.   Existe um novo tratamento tópico para o eritema não persistente,
periódico, que vem em surtos (flushing). O laser ou a luz pulsada são excelentes para
tratamento das telangiectasias. Para o rinofima, a abordagem pode ser cirurgia,
radiofrequência, dermoabrasão ou laser. O médico dermatologista avalia o grau, a fase e
a pessoa como um todo para indicar o melhor tratamento.

Tratamento da Acne:  A limpeza de pele, quando bem indicada pelo


dermatologista, e bem executada por esteticista treinado, pode ser um ótimo
complemento do tratamento de algumas formas de acne. Em formas leves, o tratamento
pode ser apenas local, com inúmeros produtos existentes no mercado, isolados ou
combinados: ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides (tretinoína, adapaleno),
antibióticos (clindamicina e eritromicina, de preferência associados - no mesmo produto
- aos retinoides ou peróxido de benzoíla) e ácido azeláico. Quando o quadro não evolui
bem o tratamento por via oral é associado, utilizando-se antibióticos específicos, da
classe das ciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina, limeciclina) ou macrolídios
(eritromicina) ou sulfas (sulfametoxazol-trimetoprim), sempre associados ao tratamento
local com retinoides ou peróxido de benzoíla ou ácido azeláico. O tratamento com
antibiótico oral deve ser feito por, no máximo, três meses, em um ou até três ciclos. O
tratamento hormonal, com anticoncepcionais orais, é sempre útil para as mulheres,
desde que não existam contraindicações. Quando não há uma boa resposta aos
tratamentos e se percebe uma tendência para cicatrizes ou um importante impacto
negativo na qualidade de vida, deve ser indicada, o mais precocemente possível e desde
que não existam contraindicações, a isotretinoína oral, mesmo em casos moderados.

Profilaxia:

Profilaxia da rosácea: A doença é benigna, porém crônica com surtos e


recidivas. O paciente deve usar protetor solar diariamente, evitar álcool e outros
agravantes, tomar cuidado com exercícios exagerados, sol, drogas
vasodilatadoras, ácidos tópicos, uso de sabonetes agressivos com álcool ou
acetona, esfoliações ou tratamentos agressivos de qualquer natureza e visitar
periodicamente um dermatologista.

Profilaxia da acne: A prevenção começa com higiene adequada da pele


com um sabonete ou produto de limpeza indicado especialmente para pele acneica ou
oleosa. A limpeza excessiva é prejudicial à pele como um todo (causando
irritação) e pode piorar as lesões.  Também se deve evitar cosméticos que
aumentem a oleosidade.

Conclusão:

A acne e a rosácea são comumente confundidas pela população leiga, porém


apresentam diferença significantes entre elas, permitindo que um profissional faça o
diagnóstico correto. Geralmente a acne aparece em adolescentes e desaparece,
dependendo do caso, no final da puberdade. Já a Rosácea é comum entre os 30 e 60
anos e não desaparece, pois é uma doença crônica.

Referencias

https://www.drneifmusse.com.br/qual-a-diferenca-entre-acne-e-rosacea/

https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/acne/23/

https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/rosacea/62/

https://www.dermaclub.com.br/blog/noticia/tipos-de-rosacea-dermatologista-explica-sobre-
os-4-niveis-da-doenca-de-pele-e-como-tratar-o-problema_a1251/1

https://www.sbcd.org.br/cirurgia-dermatologica/o-que-e-cirurgia-dermatologica/para-sua-
pele/acne/

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/acne-vulgar/

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/rosacea

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