Você está na página 1de 1

03 - POLÍTICAS MERCANTILISTAS

As ideias mercantilistas foram a ideologia econômica dominante em toda Europa a princípio da Idade Moderna. Contudo,
como conjunto de ideias não sistematizadas, a sua aplicação concretiza diferiu na prática de cada país.

3.1 - Na França

Ministro francês de finanças e mercantilista, Jean-Baptiste Colbert

Na França, o mercantilismo nasce a princípios do Século XVI, pouco tempo depois do reforço da monarquia.
Em 1539, um real decreto proíbe a importação de mercadorias têxteis de lã provenientes da Espanha e de uma parte
de Flandres.

O ano seguinte são impostas restrições à exportação de ouro.

Multiplicam-se as medidas protecionistas ao longo do século. Jean-Baptiste Colbert, ministro de finanças durante
22 anos, foi o principal impulsionador das ideias mercantilistas na França, o que fez com que alguns falaram
de colbertismo para designar o mercantilismo francês.
Com Colbert, o governo francês implicou-se muito na economia para acrescentar as exportações. Colbert eliminou
os obstáculos ao comércio ao reduzir as taxas alfandegárias interiores e ao construir uma importante rede de estradas e
canais. As políticas desenvolvidas por Colbert em conjunto resultaram eficazes, e permitiram que a indústria e a economia
francesas crescessem consideravelmente durante esse período, tornando a França numa das maiores potências
europeias. Não teve tanto sucesso à hora de tornar França numa grande potência comercial equiparável à Inglaterra e a
Holanda.[29]

Também é característico do colbertismo empreender uma decidida política de criação de Manufaturas Reais que
fabricavam produtos estratégicos ou de luxo (os Gobelinos, para tapetes e cristais), em ambos os casos consumíveis em
primeiro lugar pela demanda da própria monarquia, ao mesmo tempo que produziam a emulação do seu consumo tanto
dentro como fora do reino. Tal emulação também se viu na criação de manufaturas similares em outros países europeus,
entre os que destacaram as Reales Fábricas espanholas de produtos de luxo,[30] de armas,[31] e de artigos de grande
consumo monopolizadas pelo Estado como regalias: tabaco,[32] aguardente, naipes.

Você também pode gostar