O MERCANTILISMO FRANCÊS

O Mercantilismo foi uma teoria, entre os séculos XVI a XVIII, que defende
uma intervenção do Estado na economia. Esta atividade mercantil foi
instruída em diversos países europeus, como Portugal, França, Inglaterra e
entre outros.
Em França, o Mercantilismo foi imposto pela mão do ministro de Luís XIV
– Colbert (1619-1683), durante o século XVII. Colbert tinha uma grande
preocupação do poder económico e a quantidade das mercadorias que os
Holandeses possuíam, logo, decidiu dedicar-se à valorização e o
desenvolvimento das manufaturas*.
Com isto, os setores que o ministro francês mais investiu são os do setor
secundário, e mais particularmente, no setor manufatureiro* (as
atividades industriais que não empregam a maquinaria) e nas companhias
monopolistas* (associação económica com direitos exclusivos sobre
determinado produto na área de comércio). O setor prioritário em que
mais investiram foi o manufatureiro.
Relativamente ao setor manufatureiro, Colbert introduziu medidas
específicas para ele:
- Introduziu novas indústrias para evitar importações, tendo ao encontro
de importação de técnicas e mão de obra estrangeira;
- Fortaleceu as manufaturas através da entrega de incentivos para os
produtores e dando privilégios como por exemplo: subsídios, monopólios
de fabrico e incentivos fiscais – assim nasce as manufaturas reais* que
tanto pertenciam ao Estado como a particulares, e dedicavam-se ao
fabrico de artigos de luxo destinados à corte;
- Em troca destes privilégios, o Estado para proteger as produções
francesas, implementou direitos para controlar a atividade industrial, isto
é, a entrada dos produtos importados e assim facilitando as exportações.
Em relação às companhias monopolistas, Colbert também decidiu investir
de um modo significante no desenvolvimento da frota mercante e da
marinha de guerra, ou seja, de uma forma mais explícita – no comércio
oceânico – portanto, criou grandes companhias monopolistas e instituí
medidas específicas também para este mesmo setor:
- Reservou para eles o exclusivismo comercial de determinadas áreas;
- Todos os particulares que ali queriam negociar, deveriam entrar para a
companhia em causa, unindo assim os seus esforços aos do Estado, de
modo a tentar vencer a concorrência dos outros países;
- Forneceu poderes para aí ser representado o Estado e o país, de forma a
ser administrado e defendido os territórios, a ser, também, negociados
tratados e a conquista de terras.
Perante o Mercantilismo francês, foram expostas imensas críticas a
Colbert, onde mencionavam que a sua regulamentação das indústrias e as
suas restrições postas ao comércio eram muito excessivas. Apesar disso, o
Colbertismo foi o modelo mercantilista mais adotado por países europeus.

Conceitos introduzidos:
*manufatura
*setor manufatureiro
*companhia monopolista
*manufaturas reais

Marta Chagas nº17

Sara Pereira nº21
11ºD