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https://youtu.be/jUKWg-UHV3M

DATE
April 1, 2023

DURATION
12m 10s

2 SPEAKERS
Speaker1
Speaker2

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[00:00:00] Speaker1
Oi pessoal, Espero que estejam gostando das nossas aulas, hein? Hoje nós vamos falar de dois assuntos que contribuíram para a
crise do século XIV, colocando fim ao período que a gente conhece como Idade Média. São eles Revoltas Camponesas e Guerra do
100 Anos. Então vamos lá. Começaremos pelas intensas revoltas camponesas durante o século XIV. A Europa Ocidental vivenciou
um período de crise ocasionado pela grande fome gerada por graves mudanças climáticas, pela peste negra e pelas guerras. Com
tudo isso, começou a faltar mão de obra nos campos e a produção agrícola acabou diminuindo. Isso gerou prejuízos para a nobreza
feudal. Para tentar amenizar as perdas. A nobreza aumentou a exploração dos camponeses, controlando os mais rigidamente e
cobrando mais tributos dos mesmos. Famintos, cansados e sem a proteção dos senhores. Os camponeses deram início às revoltas,
incendiando colheitas, fugindo, assassinando senhores, queimando castelos, entre outras ações de rebeldia. Um exemplo dessas
revoltas foi a já que na França, que aconteceu em 1358.

[00:01:20] Speaker2
O nome, já que RR vem do termo jak, que pode ser traduzido como João. Ninguém era usado pelos nobres, se referindo de forma
pejorativa aos camponeses. Foi um conjunto de revoltas que se iniciou de forma espontânea nas mediações de Paris e no interior
da França. Os milhares de camponeses participantes praticaram os atos de rebeldia anteriormente citados, sendo eles bem
violentos. Com o passar do tempo, elas se tornaram manifestações armadas contra o poder da nobreza. Primeiramente, os nobres
fugiram, abandonando inclusive seus bens. Porém, a reação das elites não demorou e veio de forma brutal. De posse das melhores
armas e de treinamento militar, cavaleiros e as tropas do rei francês Carlos Terceiro passaram a enfrentar os camponeses. O
movimento foi sufocado, deixando mais de 20.000 mortos. Embora tenha sido massacrados, essas revoltas contribuíram para o
enfraquecimento da servidão na Europa Ocidental.

[00:02:29] Speaker1
Além das revoltas camponesas que movimentaram alguns países europeus, principalmente a França, iniciou se também no século
XIV a famosa Guerra dos 100 Anos. Vamos começar compreendendo o que foi esse longo acontecimento histórico. Guerra dos 100
Anos é o nome que se dá aos diversos conflitos armados iniciados em 1337 e que terminaram no ano.

[00:02:53] Speaker2
De.

[00:02:54] Speaker1
1453. Entre as duas grandes potências européias da época, Inglaterra e França, os ingleses e franceses se revezavam nas vitórias
das batalhas. Apesar de se chamar Guerra dos 100 Anos, ela durou 116 anos. A guerra, contudo, não foi contínua. Haviam
períodos de trégua e paralisações por motivos outros, como a Peste Negra e as revoltas camponesas. Efetivamente, foram 55 anos
de confronto. Mas quais foram os motivos que deram início a essa guerra?

[00:03:29] Speaker2
O primeiro motivo foi a disputa entre ingleses e franceses por determinados territórios franceses, sobretudo Flandres. Fiquei, ficava.
Mas essa parte de cima da França e que era uma região economicamente rica pelo comércio e pela produção de tecidos. Ou seja.
Claro que todo mundo queria uma região que gerava muita riqueza, né? O segundo motivo foi a disputa pelo trono da França entre o
rei inglês Eduardo Terceiro e o francês Felipe de Valois. Em 1328, o rei francês Carlos Quarto morreu sem deixar nenhum herdeiro.
O rei inglês Eduardo, terceiro, que era sobrinho do falecido, reivindicou o trono para si. Porém, ele vinha de uma linhagem feminina
da família, o que impedia ele de ser o rei. Porém, ele não desistiu. Além dele, outros nobres parentes do antigo rei reclamaram o
mesmo direito, porque ele também era sobrinho de Carlos. Quarto e entram nessa briga.

[00:04:33] Speaker1
Mas é importante lembrar que esses são apenas os motivos iniciais que impulsionaram essa guerra. No decorrer.
[00:04:41] Speaker2
De.

[00:04:41] Speaker1
Mais de um século. Outros motivos políticos e pessoais foram surgindo e vários reis franceses e ingleses passaram no governo
dessas duas potências européias medievais. Mas afinal, qual foi o resultado dessa longa guerra?

[00:04:57] Speaker2
Depois de se alternarem os triunfos entre ingleses e franceses, a vitória final ficou na mão dos franceses.

[00:05:05] Speaker1
Os ingleses foram.

[00:05:06] Speaker2
Expulsos da maior parte do continente. O que podemos dizer é que houveram muitas consequências ocasionadas pela guerra.
Positivas e negativas foram elas. Muitos campos cultiváveis foram destruídos durante tantos anos de batalha. Tiveram milhares de
mortos de ambos os lados. Houve também um agravamento na crise da sociedade feudal, e a nobreza feudal ficou bem
enfraquecida. Gerou ainda uma grave crise econômica para ambos os reinos, atrasando a entrada da França e da Inglaterra nas
grandes navegações. Houve ainda a centralização do poder nas mãos dos reis e a formação dos Estados nacionais da França e da
Inglaterra. A luta propiciou ainda o surgimento do nacionalismo, sentimento até então vago na Europa a partir das batalhas da
Guerra dos 100 Anos, começou se a ter honra de pertencer a uma nação. Esse sentimento de.

[00:06:08] Speaker1
Nacionalismo foi aflorado principalmente por causa de uma figura histórica, Joana d'Arc. Vamos conhecer um pouco da história
dessa santa guerreira. Joana d'Arc nasceu na região de Lorena, na França. Há uma estimativa de que ela tenha nascido em 1412,
já que em seu julgamento, ela revelou ter só 19 anos. Ela era a caçula entre quatro filhos de um casal de agricultores e artesãos. A
família era muito religiosa. Frequentava a igreja com regularidade. A infância e a pré adolescência de Joana foram marcadas pela
Guerra dos 100 Anos. Aos 13 anos de idade, Joana d'Arc revelou ter ouvido vozes e ter tido visões pela primeira vez. A garota
estava no jardim de casa de seu pai e recebeu aparições do Arcanjo São Miguel, da Santa Catarina de Alexandria e da Santa
Margarida de Antioquia, figuras religiosas que vieram me dizer que ela deveria entrar para o exército francês e ajudar o rei Carlos
Sétimo na luta contra a Inglaterra. Joana d'Arc acreditava que se tratavam de mensagens divinas. Aos 16 anos, Joana d'Arc pediu a
um parente para levá la até a cidade para que ela conseguisse acesso à corte real francesa. Ela conversou com um funcionário da
corte que não atendeu seu pedido, mas isso não a deteve. Joana d'Arc continuou a visitá lo até que, em 1429, tal funcionário cedeu
a ela um cavalo.

[00:07:43] Speaker2
E a proteção de militares.

[00:07:45] Speaker1
Que a escoltaram pelo caminho. Antes de partir para visitar o Ricardo sete, porém, Joana d'Arc cortou seu cabelo curto e vestiu se
como um homem, acreditando que ganharia mais crédito se não tivesse aparência feminina. Após 11.

[00:08:02] Speaker2
Dias de viagem, a jovem chegou.

[00:08:04] Speaker1
Até o reino francês.

[00:08:06] Speaker2
Carlos, sétimo líder máximo da França, recebeu uma adolescente analfabeta que alegava receber mensagens divinas e mais ainda,
acreditou nas palavras da menina e permitiu que ela liderasse parte do seu exército em uma guerra sangrenta. Em um depoimento,
Joana d'Arc disse que o rei Carlos Sétimo havia recebido um sinal para entender que a história que ela contava era verdadeira. Já
com 17 anos, Joana d'Arc recebeu doações de equipamentos, artigos de proteção e alguns soldados para aliviar a tensão com os
ingleses na região de Orleans, na região central da França. A força armada francesa teve notável sucesso durante o período em
que Joana d'Arc o integrou. Para os ingleses, a vitórias dos inimigos e o poder da jovem camponesa indicavam que ela era, na
realidade, uma bruxa possuída pelo diabo. A idéia de que Deus estaria apoiando a França não entrava na cabeça dos ingleses com
as seguintes vitórias francesas. Havia chegado o momento ideal para coroar Carlos Sétimo como rei da França. A cerimônia
aconteceu na cidade de Reims para legitimar a coroação de Carlos Sétimo. O rei resolveu marchar até Paris, a capital da França. O
duque de Borgonha, contrário ao Ricardo Sétimo, aumentou a defesa da capital da França e em outras cidades, pegando de
surpresa os franceses pelo caminho.
[00:09:37] Speaker2
Sem muitas opções, o exército da França aceitou as rendições em várias cidades, sem nem mesmo lutar. Quando chegaram a
Paris, em setembro, foram atacados. O governo real decidiu dissolver o exército e iniciou uma campanha em busca da diplomacia.
Com essa nova medida, Joana d'Arc já não tinha mais apoio para lutar sem o suporte do rei. Ela continuou a participar de batalhas
por conta própria, com pouquíssimo militares. Em maio de 1430, ela foi capturada pelas tropas burguesas por um valor de 10.000 £.
Joana d'Arc foi vendida ao exército da Inglaterra em 1431. Foi levada para julgamento, sendo acusada de ser bruxa e herege,
possuída pelo demônio. Até sua virgindade foi questionada e o fato de ela utilizar roupas masculinas foi uma alegação para
desacreditar a camponesa. Em 30 de maio de 1431, Joana d'Arc foi levada para a fogueira enquanto ela queimava viva. E a platéia
a chamava de bruxa mentirosa e blasfema. Ela pronunciava suas últimas palavras, que eram Jesus. Jesus. Jesus até não conseguir
dizer mais nada.

[00:11:01] Speaker1
Apesar de ter morrido como herege e bruxa durante a década de 1456, a camponesa foi considerada inocente pelo papa Calisto,
terceiro, em 1920. Depois de muito tempo, ela foi considerada santa pelo Papa Bento 15. Hoje, ela é considerada considerada
padroeira da França. Com o fim da Guerra dos 100 Anos. Chega ao fim um importante período da história, a Idade Média, após o
renascimento comercial e urbano, o surgimento e o fortalecimento da burguesia. As Cruzadas, o início da Inquisição, a Grande
Fome, a Peste Negra, as revoltas camponeses e a Guerra dos 100 Anos. Findou se o feudalismo e formou se na Europa os
Estados nacionais, fortalecendo cada vez mais o poder dos reis. Além do mais, surgiu uma nova prática econômica o
mercantilismo. Tudo isso fez com que a Idade Moderna começasse a ganhar forma e um novo período da história se iniciasse. Mas
essas são cenas para os próximos capítulos. Até mais, pessoal.

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