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Trabalho de Sociologia

(se for fazer slide é só tirar essas partes coloridas)

 Joana d’Arc
Joana d’Arc foi uma camponesa francesa nascida em 1412 em uma
família de agricultores, ela teve sua infância na Guerra dos Cem Anos,
evento do qual a marcou severamente. Aos 13 anos ela teria sua
primeira de muitas visões de Santos que vinham se comunicar, dos
quais ela viu São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida, eles vieram
dizer para ela expulsar os ingleses da França e levar Delfim, o futuro
Carlos VII, para que fosse coroado.

Com 16 anos de idade, ela pediria insistentemente para que fosse


levada até uma cidade próxima, onde ela iria pedir para o chefe da
guarnição local, Robert de Baudricourt, que ele providenciasse uma
escolta armada para levá-la até a corte francesa, porém ele a negou,
mas nem por isso ela desistiu, voltando inúmeras vezes insistindo para
que fosse levada até a corte. Com o tempo, dois escudeiros de Robert
de Baudricourt começaram a acreditar nela e insistiram para que ela
fosse ouvida. Ela diria que preferia ficar ao lado de sua mãe, mas sem
ela a derrota do reino era eminente.

Alguns dias depois um mensageiro traria uma carta avisando que a


França sofrera uma derrota na Batalha de Rouvray (1429),
credibilizando ainda mais a jovem Joana que dizia ter conexão divina.
Ela ganhou fama nessa época por sua devoção, adoração e
principalmente pelos discursos contra os ingleses, sendo referida a partir
disso como “A Donzela”.

Conseguindo finalmente a escolta para ir até a corte, Joana se disfarça


de pajem (rapaz que, na Idade Média, acompanhava um príncipe, um
senhor, uma dama, para prestar-lhes certos serviços e iniciar-se na
carreira das armas.), cortando seus cabelos e os deixando curtos,
passou também a usar roupas masculinas, pois acreditava que só assim
o príncipe a iria ouvir. Chegando lá ela sofreu testes por parte do
príncipe e por parte da igreja, pois não tinham certeza se podiam confiar
em alguém à essa altura (levando em conta as derrotas que a França
vinha sofrendo), o príncipe temia que confiar em Joana pudesse ser um
erro.
No mês seguinte, Joana partira em direção a Orléans liderando um
exército, na qual tinha a missão de acabar com um cerco contra a
cidade de Orléans. Joana d’Arc tinha se tornado uma líder, com sua
espada, armadura e estandarte do reino, comandava uma tropa inteira.
Joana chega em Orléans em 29 de Abril, participando e aconselhando
os cavalheiros franceses para a vitória, a mesma relata que nunca
matou nenhum inimigo.

Nove dias após sua chegada, Orléans se via livre dos ingleses, e a
França se via vitoriosa frente a seu inimigo, aumentando o apoio a
Joana, tanto de cavalheiros e nobres franceses como também de
grandes figuras da própria igreja católica. Porém a situação para os
ingleses foi totalmente oposta, com a vitória da França na batalha de
Orléans, ficara provado que Joana se tratava de uma bruxa com acordos
demoníacos, afinal, era uma mulher liderando tropas na idade média, a
Inglaterra não conseguia acreditar que Deus tivesse os abandonado, e
por isso tenham sidos derrotados.

Em 17 de Julho de 1429, Delfim seria coroado como rei se tornando Rei


Carlos VII, Joana havia cumprido suas promessas de coroar o príncipe e
trazer a vitória para França, porém ficou no exército francês até a
libertação de Paris.

Em 23 de Maio de 1430 Joana é capturada pelos Borgonheses, após ser


interrogada pelo duque, tentativas de fuga e ela ser entregue ao duque
de Luxemburgo, um bispo francês que apoiava a Inglaterra chamado
Pierre Cauchon, organizou um acordo para que ela fosse entregue aos
ingleses em troca de dinheiro (10 mil livres tournois, equivale em torno
de 808 quilos de prata).

Ela foi enviada para Rouen, principal centro inglês na França enquanto
os franceses tentaram diversas missões de resgate, seu julgamento por
heresia começou em 9 de Janeiro de 1431. Embora seu julgamento
fosse um julgamento inquisitorial, (é um sistema jurídico em que o
tribunal ou uma parte do tribunal está ativamente envolvida na
investigação dos fatos do caso) seu propósito era claramente político,
que tinha como objetivo provar que Joana seria uma farsa,
descredibilizando tanto ela e deslegitimando Rei Carlos VII da França.
Porém, como não havia testemunhas dos supostos atos de bruxaria e
um exame provou que Joana era virgem, ela não podia ser acusada de
ser uma bruxa. Nos interrogatórios segundo os registros históricos,
Joana mostrava “calma e humildade”, mesmo não sendo torturada, ela
viria a sofrer maus tratos e possivelmente foi envenenada.

Por não ter como acusa-la de bruxaria, a solução dos ingleses foi
condena-la por comportamento herético e repetido, sendo o seu “crime”
em sua condenação foi ter se vestido varias vezes com roupas
masculinas, sendo assim condenada a fogueira.

Joana foi queimada viva em 30 de maio de 1431 aos 19 anos de idade.

3 anos após sua morte, a mãe de Joana foi até o Papa Calisto III pedir
uma revisão do processo, do qual constatou diversas irregularidades,
como não ter ficado sob supervisão feminina e que o uso de roupas
masculinas tinham justificativa. Sendo assim, sua condenação foi
considerada invalida e o bispo que organizou seu julgamento, Pierre
Cauchon foi excomungado (Excomunhão é uma forma de censura
eclesiástica pela qual uma pessoa é excluída da comunhão dos crentes,
dos ritos ou sacramentos de uma igreja e dos direitos de filiação à igreja,
mas não necessariamente da total exclusão da igreja como tal.).

No século XIX ela se tornou um símbolo muito popular na França, e em


1920 ela foi canonizada como santa pela igreja católica.

Joana se tornou um símbolo de força, sendo uma heroína francesa


mulher, em uma época em que as mulheres não tinham voz ativa na
sociedade. Até hoje Joana d’Arc é uma das mulheres mais estudadas
pela sociedade.

 Frida Kahlo
Frida Kahlo nasceu no México em 1907, descendente de alemães (seu
pai) e mexicanos (sua mãe). Apresentou desde cedo uma saúde frágil,
aos 6 anos de idade Frida apresentou "poliomielite", o que a deixou com
dificuldades para andar pelo resto da vida. Ainda aos 18 anos de idade
ela vinha a sofrer um acidente envolvendo um ônibus e um bonde, o
qual a deixou internada por meses no hospital. Nessa época se iniciou a
carreira de Frida Kahlo como artista.

Mesmo internada e debilitada, Frida começou a pintar a sua própria


imagem, graças a um espelho que havia frente a sua cama. Uma de
suas mais famosas frases nasceu nesse contexto, quando perguntada
se ela não se abatia pelas dificuldades, ela respondia: “Para que preciso
de pés quando tenho asas para voar?”.

Após se recuperar, Frida ingressou na Escola Nacional Preparatória do


Distrito Federal do México no curso de pintura e modelagem, foi aí que
conheceu Diego Rivera, tendo apenas 15 anos de idade, porém Diego
tinha o dobro de sua idade e já era um importante e famoso pintor do
chamado “Muralismo Mexicano”, que é um movimento artístico famoso
por suas grandes pinturas em paredes em locais urbanos no México.
Ainda na época que estava hospitalizada, o lado político de Frida
floresceu, ingressado no Partido Comunista Mexicano, algo que afetaria
muito sua vida ao ponto de anos mais tarde, mudar sua data de
nascimento para o ano de 1910 em homenagem a revolução mexicana
que ocorreu de 1910 até 1920.

Aos 22 anos de idade, Frida e Diego Rivera (agora com 44) se casam,
sendo esse um marco importantíssimo em sua vida e em suas futuras
obras. Eles ficariam conhecidos como “O elefante e a pomba”, devido a
diferença de tamanho entre os dois. Um ano após esse ocorrido, o casal
decide se mudar para os Estados Unidos da América, é nessa época em
que Frida passa por um de seus piores momentos da vida, abortando
pela segunda vez um filho e perdendo a sua mãe.

Pela primeira vez, Frida viria a pintar a si mesma em sofrimento e


angústia. O casamento de Diego e Frida também não foi muito bom para
Frida, entre divórcios e traições, foram 22 anos de casamento. Em 1939
eles finalmente se divorciam, Frida chega a falar a seguinte frase para
Diego: “Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida, o ônibus e
você, você sem dúvida foi o pior deles”. Porém esse divorcio foi apenas
legal, já que os dois um ano após a separação viriam a se relacionar
novamente, agora como namorados, e continuariam assim praticamente
pelo resto da vida.

No período de seu casamento com Diego foi quando o mundo começou


a notar Frida, mas foi após seu divorcio que a artista explodiu como um
forte nome da arte mundial, com isso entrando em contato com outros
dois gigantes artistas da época: Pablo Picasso e Wassily Kandinsky.

Aos poucos sua imagem era desconectada de seu ex-marido e ia


ganhando reconhecimento pelo seu próprio trabalho, suas obras
apresentavam pontos muito interessantes, ao mesmo tempo que
retratavam a força da mulher. Essas obras chamaram atenção do
movimento feminista, que junto de Frida, se tornaram uma figura
importante para movimentos sociais de esquerda.

Frida foi tanto uma artista quanto uma militante política, se tornando
quase impossível separar essas duas partes, já que mesmo as suas
obras já tocavam em temas políticos e sociais como o abuso e agressão
a mulher, temas considerados progressistas.

Sua saúde debilitada a trouxe muito sofrimento e dificuldades, porém,


essa foi uma característica única na vida de Frida Kahlo, que influenciou
diretamente em suas obras. Mesma com parte de sua perna direita
amputada, em 1953 haveria sua primeira exposição após anos, com sua
saúde seria inviável participar da exposição, mas Frida ainda assim fez
questão de ir. Com uma cama instalada especialmente para ela, Frida
compareceu e recebeu amigos e fãs deitada em sua cama. Isso ficaria
marcado na carreira de Frida, pois ela não fazia isso por mídia ou por
atenção, mas refletia o lado batalhador dessa mulher mexicana.
Frida morreria apenas um ano após ter sua perna direita amputada, em
1954 já bem doente e debilitada após anos de batalha contra as
consequências de seus acidentes.

Mesmo após tantos anos de sua morte, Frida Kahlo ficaria marcada
como importante nome para a arte e movimentos sociais, sendo mantida
viva na memória de milhares de pessoas no planeta Terra, que assim

como Frida, são batalhadoras. sociologia

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