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Estudo de Frei Luís de Sousa

Almeida Garret

Almeida Garret nasceu no Porto em 1799, durante o seu período de vida deram-se em
Portugal as três invasões francesas, a saída do rei e da família real para o Brasil, a permanência
dos Ingleses em Portugal, a Revolução Liberal de 1820 e a Independência do Brasil em 1822.

Era escritor, político e orador. O seu estilo literário era o Romantismo. Escreveu Frei Luís de
Sousa.

Compreender “Frei Luís de Sousa”

A história apresentada em Frei Luís de Sousa passa-se no século XVI e tem por base um
acontecimento Histórico Português, a morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir. Este rei partiu
para o norte de África com 17 000 mil homens, entre eles grande parte da nobreza
portuguesa, para conquistar Alcácer Quibir aos mouros. A Batalha foi um desastre e o rei
desapareceu na batalha juntamente com mais de metade do exército que acompanhou o rei.
Uns morreram outros foram feitos prisioneiros. Este acontecimento provocou uma crise
dinástica em Portugal, pois o rei morreu ou desapareceu sem deixar descendentes e Portugal
acabou por ficar sob o domínio de Espanha. O acontecimento foi de tal forma dramático para
os portugueses que se criou o mito de que um dia este rei haveria de voltar. Se o rei
porventura voltasse seria possível que outros que o acompanharam voltassem também.

O texto de Frei luís de Sousa é um texto dramático, por tal é um texto para ser representado.

Esta obra conta a história de D. Madalena que foi casada com D. João, um nobre que
acompanhou D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir e com ele desapareceu. Madalena ficou
viúva, embora não tivesse de facto a certeza de que o marido estava morto. No entanto ela
voltou a casar com D. Manuel de Sousa Coutinho, alguém que ela já conhecia e de quem se
tinha enamorado ainda enquanto estava casada com D. João. Como era um a mulher de
grandes princípios nunca admitiu essa situação e jamais foi infiel a D. João. D. Madalena e D.
Manuel vivem felizes juntamente com a filha de ambos, Maria até que um acontecimento
mudou as suas vidas.

Depois de Portugal ficar sob o domínio de Filipe I de Espanha, eles são forçados a abandonar a
casa onde viviam, esta foi requisitada por governadores espanhóis e D. Manuel revoltado
prefere incendiar a sua casa a deixá-la para os “invasores”, pois eram um patriota. Mudam-se
para a casa onde D. Madalena e D. João viveram até que este partiu para o norte de África.

Depois de aí chegar D. Madalena começa a sentir maus presságios (maus pressentimentos),


porque a casa lhe trazia muitas lembranças de D. João e passou a sentir-se culpada da
felicidade que vivia agora com D. Manuel e a sua filha. Na verdade, ela temia que D. João
pudesse estar vivo e pudesse voltar e acabar com toda a felicidade da sua vida. Naquela altura,
o facto de ela ter voltado a casar sem a certeza de que estava de facto viúva era inconcebível e
a sua filha, se bem que inocente a toda a situação, seria vista como uma criança bastarda.

Na verdade D. João volta do Norte de África, onde ficou e volta com vontade de se vingar por
ver a mulher casada com outro e feliz. Esconde a sua identidade por algum tempo, fingindo-se
de Romeiro com a ajuda de um seu fiel criado, Telmo quis proteger Maria desta triste situação.
No entanto a verdade é revelada e Maria, que era uma menina doente, tuberculosa, acaba por
morrer, D. Madalena recolhe-se a um convento tal como D. Manuel, tornando-se monge.

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