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Enedina Alves Marques

Talvez você não saiba, mas a primeira mulher negra a se formar em Engenharia
nasceu em janeiro de 1913. Enedina Alves Marques teve a oportunidade de
ingressar nos estudos porque sua mãe, Virgilia Marques, trabalhava como
secretária do lar na casa do delegado Domingos Nascimento. Por ter a mesma
idade de sua filha, Domingos decidiu matricular Enedina no mesmo colégio
para a fazer-lhe companhia.

Continuou seus estudos até que, em 1938, decidiu ingressar no curso


complementar de pré-engenharia, onde já mostrava grande interesse pela área.
Em 1940, tornou-se aluna na Faculdade de Engenharia da Universidade do
Paraná, sendo a única mulher da sua turma, graduando-se em Engenharia Civil
no ano de 1945.

Mesmo em um ambiente dominado por homens brancos, Enedina impunha


respeito e foi uma profissional muito reconhecida. Além de ser a primeira
mulher em seu curso, ela também foi a primeira mulher a receber um certificado
de curso superior no Estado do Paraná.
Maria Quitéria

Nascida em julho de 1972, Maria Quitéria foi a primeira mulher a integrar o


Exército Brasileiro e a lutar pela independência do Brasil, tornando-se uma
grande heroína. Filha de um português fazendeiro e de Joana Maria, que faleceu
quando Quitéria tinha apenas 10 anos. Maria Quitéria não frequentou a escola.
Nessa época, as mulheres aprendiam apenas os afazeres de casa, mas já
apresentava habilidade e talento para caça e montaria.

Com as batalhas para a independência do país em 1822, as tropas brasileiras


procuravam por voluntários. Essa informação despertou interesse na jovem, mas
teve seu pedido negado pelo pai, que não permitiu que sua filha primogênita se
juntasse às forças armadas.

Mesmo assim, Maria Quitéria fugiu de casa, cortou os cabelos, vestiu roupas de
homem e se apresentou como Soldado Medeiro. Alguns dias depois, foi
descoberta por seu pai, que solicitou que voltasse para casa, mas um
comandante defendeu a sua permanência na artilharia por ser muito
habilidosa. E, assim, aos 30 anos tornou-se a primeira mulher a lutar pelo Brasil.
Parece história de filme, mas realmente aconteceu! Maria Quitéria inspirou e
influenciou diversas mulheres e acabou formando um grupo feminino no
exército.

Cora Coralina

Uma das principais poetisas do país, Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas,
mais conhecida como Cora Coralina, teve a sua primeira obra, “Poemas dos
Becos de Goiás e Estórias Mais”, publicada aos 76 anos de idade.

A história dessa grande autora com os versos iniciou-se aos seus 14 anos,
quando teve o conto “Tragédia na Roça” publicado no Anuário Histórico e
Geográfico do Estado de Goiás. Após se casar, virou doceira e criou seus filhos,
mas ainda escrevia poemas nas horas vagas. Após a publicação de seu livro,
Cora ficou muito conhecida por expressar em seus poemas o seu dia a dia.

Cora Coralina foi a primeira mulher a receber o troféu Juca Prato, entre outros
prêmios. Em 1983, recebeu, por meio da Universidade Federal de Goiás (UFG), o
título de Doutora Honoris Causa. Sem ao menos concluir o ensino fundamental,
Cora encantou e encanta a todos que leem suas poesias.
Maria Quitéria: Durante a Guerra da Independência, Maria Quitéria se disfarçou
como homem para lutar como soldado contra o domínio português. Ela liderou um
grupo de mulheres em batalha e se tornou a primeira mulher-soldado do Brasil. Sua
coragem e determinação são inspiradoras

Princesa Isabel: Além de assinar a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, a
Princesa Isabel foi a primeira mulher a exercer o cargo de chefe de Estado na América
Latina. Seu legado é um símbolo de coragem e mudanç

Anita Garibaldi:

Anita Garibaldi é reconhecida por sua história de grande bravura e senso de


justiça. Influenciada pelos ideais de seu marido, Giuseppe Garibaldi, Anita
abraçou a causa da liberdade como poucos em nosso país, estando na linha
de frente de guerras e revoltas como na Revolução Farroupilha e Revolta dos
Curitibanos. Como se não bastasse, cruzou o Atlântico e lutou com Giuseppe
na Itália, o que lhe rendeu o título não oficial de “Heroína dos Dois Mundos”.

Até os dias atuais, Enedina representa uma grande força e é respeitada por ter
sido a pioneira da engenharia. Em sua homenagem foi fundado o Instituto de
Mulheres Negras Enedina Alves Marques, que tem como objetivo lutar pela
igualdade de direitos e contra a discriminação. Enedina será sempre lembrada
por ser um símbolo de força e coragem.

Você sabe quem foram as mulheres brasileiras que entraram


para a história?

Elas arregaçaram as mangas e mudaram o status quo.


Polêmicas, revolucionárias, corajosas: essas brasileiras foram
ícones nas suas áreas de atuação e merecem ser relembradas.

Pintoras, escritoras, cantoras, políticas, pensadoras, relembre


agora quem foram as mulheres que nos ensinaram a pensar de
uma nova forma.

Cecília Meireles deixou um legado de mais de cinquenta obras


publicadas! A autora começou a escrever quando era jovem - o seu
primeiro trabalho foi publicado aos 18 anos - e, ao longo da vida,
passeou por diversos gêneros: poesia, crônica, conto, ensaio,
literatura infantil e didática. Apesar de ter explorado muitos
estilos, Cecília acabou por se consagrar no universo da poesia e da
literatura infantil. Além de escrever textos literários, essa mulher
admirável foi professora, jornalista e fundou a primeira biblioteca
infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934.

Essa incrível médica psiquiatra revolucionou a maneira como


se realizam os tratamentos de saúde mental no Brasil. Nascida
em Alagoas em 1905, Nise se formou em medicina em 1926, um
feito para uma mulher naquela época.
Tarsila do Amaral (1886-1973)

Tarsila do Amaral é a autora da célebre tela Abaporu, além de


muitas outras obras que pertenceram ao Modernismo.

Os trabalhos da pintora são em geral divididos em três


fases: Pau-Brasil, Antropofágica e Social. Tarsila também
fundou, ao lado de Oswald de Andrade (com quem se casou) e
Raul Bopp, o movimento Antropofágico, um divisor de águas na
cultura brasileira.

Menos conhecida do grande público, Ana Néri foi uma mulher


essencial para a história do nosso país. Consegue imaginar a
coragem dessa mulher que serviu como voluntária na Guerra do
Paraguai?

A baiana nascida em 1814 casou com um militar e ficou viúva


aos 29 anos, tendo criado sozinha os três filhos. Quando os
filhos de Ana Néri foram convocados para a Guerra do Paraguai,
ela não pensou duas vezes e escreveu uma carta ao presidente
da província se voluntariando para servir como
enfermeira durante o conflito.

Aceita, Ana Néri mudou para o sul do país e aprendeu tudo o


que podia sobre enfermagem. Mesmo com poucos recursos e
um número enorme de doentes fez um trabalho exemplar. Com
os seus próprios recursos criou uma enfermaria em Assunção,
no Paraguai, para atender feridos.

Essa brasileira foi tão importante que chegou a ser


condecorada e recebeu homenagens do imperador D.Pedro II. O
dia do enfermeiro é celebrado até hoje no dia 20 de maio em
função do dia da morte de Ana Néri, que perdeu a vida em
1880.
Rachel de Queiroz, uma cearense nascida em 1910, foi a
primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e
a primeira autora a receber o importante Prêmio Camões. A
escritora no princípio da carreira já havia recebido o prêmio da
Fundação Graça Aranha pelo seu primeiro romance, O Quinze,
publicado quando tinha apenas 20 anos.

Rachel era parente, pelo lado materno, do escritor José de


Alencar. Filha de um promotor, a moça se formou professora
com apenas quinze anos e colaborou com alguns jornais.
Gostou tanto do ofício que seguiu escrevendo para os meios de
comunicação, onde publicou mais de duas mil crônicas. Para
além das crônicas também investiu nos romances e nas peças
de teatro.
Bertha Maria Júlia Lutz, conhecida apenas como Bertha Lutz, foi um
nome chave na luta pelos direitos das mulheres tendo lutado pelo
voto feminino e pela emancipação da mulher no Brasil.
Biografia de Maria da Penha
Maria da Penha Maia Fernandes (1945) é uma ativista brasileira.
Sua luta em nome das mulheres vítimas de violência doméstica
resultou na criação da Lei Maria da Penha (Lei Nº 11.340)

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