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A Poesia Feminina

Cearense em Jarid
Arraes, Giselda
Medeiros e Auritha
Tabajara
por Wendel Oliveira
Aula 3 - Jarid Arraes
Introdução

Nascida em Juazeiro do Norte, no Cariri (CE), em 12 de fevereiro de


1991, Jarid Arraes é uma multifacetada escritora, corde­lista e
poetisa. Ela é reconhecida pelo romance "Corpo Desfeito" e pelo
aclamado "Redemoinho em Dia Quente", obra laureada com o
Prêmio Biblioteca Nacional e o APCA de Literatura na categoria
contos, além de ser finalista do Prêmio Jabuti.

Jarid é autora do inspirador livro de poemas "Um Buraco com Meu


Nome", da compilação "Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis" e
de "As lendas de Dandara". Residindo atualmente em São Paulo (SP),
ela fundou o Clube da Escrita para Mulheres e acumula mais de 70
títulos publicados na rica tradição da literatura de cordel.
Obras

As lendas de Dandara (Prosa). Editora Cultura, 2016.


Heroínas negras em 15 cordéis (Cordéis). Polén Livros, 2017.
Um buraco com meu nome (Poemas), Selo Ferina, 2018.
Dandara et les esclaves libres (Prosa). Anacaona, 2018.
Redemoinho em dia quente (Contos). Alfaguara, 2019.
Corpo desfeito (Romance). Alfaguera, 2022.
Protagonismo negro
Temas 01
feminino

centrais Descolonização do campo


02
literário

03 Resistência e luta

racismo e outras formas


04
de opressão
Temas 05 Feminismo

centrais Visibilidade e
06
representatividade

Desconstrução de
07
estereótipos

Fortalecimento da
08
cultura popular
Temas 09
Desconstrução de
centrais Narrativas Tradicionais

10
Descolonização do
Imaginário
Heroínas negras em 15
cordéis
Personagens

Antonieta de Barros

Filha de escrava liberta, Antonieta foi pioneira no combate à


discriminação dos negros e das mulheres, sendo conhecida
também por suas contribuições como jornalista e professora
Personagens

Aqualtune

Aqualtune dedicou sua vida ao desenvolvimento do quilombo e à


defesa de seu território contra invasores. Também foi mãe de
importantes personagens na história de luta dos negros pela
liberdade, como Zumbi dos Palmares.
Personagens

Carolina Maria de Jesus

Mulher, negra, semianalfabeta e catadora de papelão, Carolina


Maria de Jesus foi uma das escritoras mais lidas do Brasil.
Lançado em 1960, seu primeiro livro, "Quarto de Despejo", é uma
das obras mais marcantes da literatura brasileira, e vendeu cerca
de 3 milhões de livros, em 16 idiomas
Personagens

Dandara dos Palmares

Companheira de Zumbi, Dandara foi mãe de Aristogíton,


Harmódio e Motumbo. Sua vivência enquanto mulher negra e de
luta lhe caracterizou a alcunha de guerreira, visto que, além de
dominar técnicas de capoeira, também lutou junto aos cerca de 30
mil aquilombados, comandando o exército palmarino
Personagens

Esperança Garcia

Esperança Garcia foi uma mulher negra escravizada reconhecida,


em 2017, pela OAB-PI, como a primeira advogada piauiense. Em 6
de setembro de 1770, ela escreveu uma petição ao governador da
Capitania em que denunciava as situações de violências pelas
quais crianças e mulheres passavam e pedia providências
Personagens

Eva Maria do Bonsucesso

Foi uma mulher negra alforriada, portanto livre que exercia seu
trabalho como quitandeira no Rio de Janeiro, que ganhou uma
causa na Justiça contra um homem branco que a esbofeteara,
tendo este sido preso.
Personagens

Laudelina de Campos

Foi pioneira na luta por direitos de trabalhadores domésticos no


Brasil. Laudelina foi essencial para as mulheres negras, porque as
trabalhadoras domésticas não tinham direito à sindicalização e
nem eram protegidas pela legislação vigente.
Personagens

Luísa Mahin

Luiza Mahin foi uma líder de revolucionários negros, mais de


seiscentos negros e negras revolucionários rebelados no dia da
Revolta dos Malês. Em 1937 saiu da Bahia para o Rio de Janeiro e
desapareceu, não sendo mais encontrada.
Personagens

Maria Felipa

Nascida na Ilha de Itaparica em data desconhecida, marisqueira,


pescadora e trabalhadora braçal, ela teria liderado um grupo de
200 pessoas, entre mulheres negras, índios tupinambás e tapuias
nas batalhas contra os portugueses que atacavam a Ilha de
Itaparica, a partir de 1822.
Personagens

Maria Firmina dos Reis

Maria Firmina pode ter sido a primeira mulher brasileira a


publicar um romance, o que a torna precursora não só como
escritora negra, mas também por tratar dos males da escravidão,
em um período que a escrita pública era predominantemente
realizada por homens
Personagens

Mariana Crioula

Foi aclamada "rainha"do quilombo formado pelos fugitivos, na


serra da Mantiqueira. Foi presa quando do ataque por tropas da
Guarda Nacional, tendo, no entanto, resistido bravamente.
Personagens

Na Agontimé

Antiga rainha do Daomé, Agontimé que teria vivido entre o final


do século XVIII e início XIX. Ao longo deste período, fora
escravizada ainda na África e trazida ao Brasil. Desembarca em
Salvador, na Bahia, onde viveu até rumar para São Luís, capital do
Maranhão, no início do século XIX.
Personagens

Tereza de Benguela

Tereza de Benguela, também conhecida como Rainha Tereza,


viveu no século XVIII, um período marcado pela escravidão. Ela
liderou o Quilombo do Piolho, ou Quilombo do Quariterê,
localizado entre o rio Guaporé e a atual cidade de Cuiabá, no Mato
Grosso.
Personagens

Tia Ciata

Cozinheira e mãe de santo, foi iniciada no candomblé em Salvador


(BA) e levou o Samba de Roda ao Rio de Janeiro (RJ) em 1876, onde
conheceu o pai de sua primeira filha. Tia Ciata virou uma
autoridade no samba carioca e passou a ser considerada 'a mãe' do
gênero musical.
Personagens

Zacimba Gaba

Zacimba Gaba foi uma princesa guerreira do reino de


Cabinda, em Angola, na África. Ela nasceu no século
XVII e comandou seu povo numa guerra contra a
invasão portuguesa na região costeira
Literatura de Cordel

Conhecida como folheto, é um gênero literário popular.


Escrito frequentemente na forma rimada e impresso em folhetos de
baixo custo.
Originária dos relatos orais de manifestações populares.
Dissemina contos, cantos, fábulas e anedotas.
Destaque em estados como Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Pará, Rio
Grande do Norte e Ceará.
Literatura de Cordel

Cordéis são vistos como literatura inferiorizada, produzida


por sujeitos marginalizados.
Ausência da literatura de cordel em espaços hegemônicos,
como grandes livrarias e eventos literários.
Jarid Arraes e a Descolonização
pelo Cordel

Utilização do cordel como ferramenta de descolonização.


Ruptura com a tradição branca, heteronormativa e
patriarcal.
Colocação das mulheres negras como protagonistas nas
narrativas.
Concessão de voz e visibilidade a histórias historicamente
silenciadas e marginalizadas.
Jarid Arraes e a Descolonização
pelo Cordel

Exploração da tradição oral do cordel e sua união com a


epistemologia feminista negra.
Discussão sobre a negação da identidade negra e a
redefinição estética como forma de resistência.
Abordagem sobre a importância de resgatar o orgulho da
identidade racial.Consideração sobre a necessidade de
confrontar e revisar a história.
Destaque para a inserção de novos atores sociais na
construção epistemológica do país.

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