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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PAULO VIANA

INFORMATICA B

MULHERES NEGRAS QUE SE DESTACARAM NA HISTÓRIA

Trabalho apresentado à disciplina de sociologia,


turma do 1.º ano, período da Integral da Escola Cep

Solicitante; Giuliana

Teófilo Otoni
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................
2. DANDARA DOS PALMARES............... ............................................................. .. 3
3. MARIA FIRMINA DOS REIS .................................... Erro! Indicador não definido.
4.SHONDA RHIMES ..................................................... Erro! Indicador não definido.

1. INTRODUÇÃO

O povo negro é comumente associado a uma chaga social que marca o Brasil
até hoje, a escravidão. No entanto, é preciso reforçar sua riqueza e grandeza, que por
tantos séculos lhe foram negadas. Ser uma mulher negra acrescenta dose extra às
barreiras e dificuldades impostas por uma sociedade que insiste em não lhe dispor do
espaço que lhes é de direito.
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2. DANDARA DOS PALMARES

Dandara, mulher negra e guerreira é um dos principais nomes da luta negra no Brasil.
Teve papel fundamental na construção e comando do quilombo dos Palmares, um
dos marcos da resistência contra o regime escravocrata brasileiro, que existiu e
resistiu como quilombo por mais de 100 anos.
No quilombo de Palmares, Dandara participou do estabelecimento do primeiro estado
livre nas terras da América, um estado africano pela forma como foi organizado e
pensado, tanto do ponto de vista político quanto militar, sociocultural e econômico.
Companheira de Zumbi, Dandara foi mãe de Aristogíton, Harmódio e Motumbo.
Sua vivência enquanto mulher negra e de luta lhe caracterizou a alcunha de guerreira,
visto que, além de dominar técnicas de capoeira, também lutou junto aos cerca de 30
mil aquilombados, comandando o exército palmarino. Em Palmares teria chegado
menina, tendo participado além da resistência, nas atividades cotidianas como caça
e agricultura.
Não há registros da origem de Dandara. Sua ascendência e local de nascimento são
incógnitas, mas acredita-se que tenha nascido no Brasil e se estabelecido em
Palmares ainda nova.
Sempre guiada pelo ideal de liberdade e em defesa do Quilombo que durou mais de
100 anos, Dandara foi contrária a um tratado de paz proposto pelo Governo
Português, por encontrar nele caminhos para a volta da escravidão. Dandara sabia
que o tratado poderia significar o fim do Quilombo e o retorno da escravização de sua
comunidade assim, não se vendeu em troca de uma liberdade incompleta e manteve-
se firme em sua ideologia até seus últimos dias.
Dandara dos Palmares é mais uma mulher negra apagada pelo machismo e racismo,
sua vivência negava o lugar social destinado para as mulheres e negras tanto na
época em que viveu como hoje em dia, sua luta contra as raízes da opressão traziam
extremo incômodo para a sociedade. A líder e guerreira tem sua imagem
frequentemente lembrada sob a sombra de seu marido, Zumbi.
Há relatos de que ela tenha se suicidado, pulando em uma pedreira após ser
capturada em 06 de fevereiro de 1694. Preferia a morte a voltar a ser escrava. Se
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vivesse nos tempos atuais, provavelmente incomodaria muitas pessoas que se


negam a enxergar o machismo racista estruturante da sociedade.
Apesar das lacunas na sua história e imagem, Dandara vive em cada um de nós que
luta por liberdade e por uma vida mais digna e justa.

3. MARIA FIRMINA DOS REIS

Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís do Maranhão, em 11 de outubro de


1825, "filha natural" da escrava alforriada Leonor Felippa dos Reis, tendo como avó
a também escrava alforriada Engrácia Romana da Paixão e, como tio, o professor,
gramático e filólogo Sotero dos Reis, pertencente ao ramo branco da família e com
forte atuação nos círculos letrados da capital maranhense.
Em 1847, é aprovada em concurso público para a Cadeira de Instrução Primária na
vila de São José de Guimarães, no município de Viamão, situado no continente e
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separado da capital pela baía de São Marcos, conforme registram seus biógrafos
Nascimento Morais Filho (1975) e Agenor Gomes (2022).
Segundo Morais Filho, ao se aposentar, no início da década de 1880, a autora
funda, na localidade de Maçaricó, a primeira escola mista e gratuita do Maranhão e
uma das primeiras do país. O feito causou grande repercussão na época e por isso
foi a professora obrigada a suspender as atividades depois de dois anos e meio.
A professora foi presença constante na imprensa local, publicando poesia, ficção,
crônicas e até enigmas e charadas. Segundo Zahidé Muzart (2000, p. 264), “Maria
Firmina dos Reis colaborou assiduamente com vários jornais literários, tais como A
Verdadeira Marmota, Semanário Maranhense, O Domingo, O País,
Pacotilha, O Federalista e outros”.
Além disso, teve participação relevante como cidadã e intelectual ao longo dos
noventa e dois anos de uma vida dedicada a ler, escrever, pesquisar e ensinar.
Atuou como folclorista, na recolha e preservação de textos da cultura e da literatura
oral e também como compositora, sendo responsável, inclusive, pela composição de
um hino em louvor à abolição da escravatura.
Firmina é autora de Úrsula, publicado em 1859, mas com circulação somente a partir
do ano seguinte. Livro revolucionário para o seu tempo, figura como o primeiro
romance abolicionista de autoria feminina da língua portuguesa; e, possivelmente, o
primeiro romance publicado por uma mulher negra em toda a América Latina. A
narrativa aborda o problema do tráfico negreiro e do regime como um todo a partir
do ponto de vista do sujeito escravizado e transformado em "mercadoria humana". A
autora traz para a nascente ficção brasileira a África como espaço de civilização e de
liberdade. E denuncia os traficantes europeus como "bárbaros", contrapondo-se
desta forma ao pensamento hegeliano voltado para justificar a colonização
escravista como empreendimento civilizatório. E bem antes do "Navio negreiro" de
Castro Alves, denuncia os maus tratos a que eram submetidos os escravizados nos
"tumbeiros", verdadeiros túmulos para muitos que não resistiam.
Em 1861, a autora lança em formato de folhetim Gupeva, narrativa curta de temática
indianista, publicada em capítulos na imprensa local, e com novas reedições ao
longo da década de 1860.
Já seu volume de poemas Cantos à beira-mar, cuja primeira edição é de 1871, traz
textos marcados por forte inquietação e por uma subjetividade feminina por vezes
melancólica diante da realidade oitocentista marcada pelos ditames do patriarcado
escravocrata e também representada como problema perante a sensibilidade da
autora.
Defensora da abolição, em 1887 publica na imprensa o conto "A escrava", texto
abolicionista empenhado em se inserir como peça retórica no debate então vivido no
país em torno da abolição do regime servil.
Maria Firmina dos Reis faleceu em 1917, pobre e cega, no município de Guimarães.
Infelizmente, muitos dos documentos de seu arquivo pessoal se perderam e até o
momento não se tem notícia de nenhuma foto sua daquela época. A propósito,
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circula na internet retrato da escritora gaúcha Maria Benedita Borman, pseudônimo


"Délia", como se fosse da autora maranhense. A imagem digital reproduzida nesta
página foi elaborada a partir de retrato falado colhido por Nascimento Morais
Filho, biógrafo da autora.
A partir de 2017, por ocasião do centenário da morte de Firmina, seus livros vêm
sendo relançados: Úrsula, já com cerca de trinta reedições, algumas trazendo em
apêndice o conto "A Escrava"; Gupeva, em sexta edição; além de Cantos à beira-
mar, volume de poemas novamente disponível em publicação da Academia
Ludovicence de Letras, organizada pela pesquisadora Dilercy Aragão Adler.

4. SHONDA RHIMES
Shonda Lynn Rhimes (Chicago, 13 de janeiro de 1970) mais conhecida como
Shonda Rhimes, é uma roteirista, cineasta e produtora de televisão norte-
americana e criadora da produtora Shondaland.Rhimes foi responsável pelo roteiro
de diversos filmes, entre eles Introducing Dorothy Dandridge, Crossroads e The
Princess Diaries 2: Royal Engagement. A primeira produção de Shonda para a
televisão foi Grey's Anatomy (2005-presente), em 2005. Entre os vários prêmios que
a produção levou, está o Globo de Ouro de melhor série dramática (2007). Criou
também as séries de televisão Private Practice (2007–2013) e Scandal (2012–2018)
e produz os seriados How to Get Away with Murder (2014–2020) [1], The
Catch (2016-2017) e Station 19 (2018–presente).Após a formatura, ela trabalhou em
uma variedade de trabalhos, inclusive como administradora do escritório, e depois
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como conselheira de um centro de trabalho. Durante este período, Rhimes também


trabalhou como diretora de pesquisa em 1995. Fez sua estreia como diretora em
1998 no curta-metragem Blossoms and Veils, estrelado por Jada Pinkett-
Smith e Jeffrey Wright.[4]
Em 1999, Rhimes escreveu o roteiro do filme Introducing Dorothy
Dandridge para HBO. Mudou-se para a Disney, onde produziu o filme de 2001, O
Diário da Princesa. Escreveu a comédia dramática Crossroads em 2002 - a estreia
no cinema da cantora pop Britney Spears.[5] Embora, o filme de 2004, The Princess
Diaries 2: Royal Engagement não rendeu na bilheteria como seu antecessor, Rhimes
disse mais tarde que a experiência para ela foi ter a oportunidade de trabalhar com
sua estrela, Julie Andrews.[6]
Por passar muito tempo em casa, Rhimes se viu viciada em programas como o
drama da The WB Television Network, Buffy the Vampire Slayer (1997-2003) e The
Sopranos, da HBO, bem como a série de documentários médicos no Discovery
Channel. Rhimes decidiu tentar criar uma série de televisão, escreveu o piloto
de Grey's Anatomy no final de 2003, e recebeu a luz verde para começar com o
projeto em 2004.
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CONCLUI-SE SOBRE O TRABALHO:

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