Você está na página 1de 3

TEATRO DO OPRIMIDO

Prof.º Ua Clauhs
4ºBimestre – 1º anos Logística e Informática
Centro de Educação Profissional Paulo Viana – CEP - Teófilo Otoni/MG (2022)
“Aquele que transforma as palavras em versos transforma-se em poeta; aquele que
transforma o barro em estátua transforma-se em escultor; ao transformar as
relações sociais e humanas apresentadas em uma cena de teatro, transforma-se em
cidadão”.
(Augusto Boal)

Para iniciar uma abordagem sobre o “Teatro do Oprimido”, torna-se necessário uma
apresentação de seu criador, o dramaturgo, diretor e teórico de teatro Augusto Boal,
nascido no Rio de Janeiro em 1931, cujo nome completo é Augusto Pinto Boal.
buscou sempre lutar contra todas as formas de opressão, desenvolvendo na sua luta
a favor dos explorados e oprimidos, um teatro de cunho político, libertário e
transformador.
Morte: 2 de maio de 2009 (78 anos) Rio de Janeiro, RJ
Cônjuge: Cecilia Thumim Boal
Ocupação: Ensaísta, dramaturgo, diretor e teórico de teatro
Magnum opus: Teatro do Oprimido.

A solidariedade entre semelhantes é a parte medular do Teatro do Oprimido. Criado


pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, nos anos 70, busca não apenas conhecer a
realidade, mas a transformá-la ao nosso feitio, a transformação da sociedade no
sentido da libertação dos oprimidos. É ação em si mesmo, e é preparação para
ações futuras.
Atualmente presente em mais de 70 países espalhados pelos cinco continentes, o
Teatro do Oprimido (TO) é uma metodologia de trabalho político, social e artístico. É
baseado na ideia que todo mundo é teatro, todos os seres humanos são atores,
mesmo que não façam teatro.
O ser humano carrega em si o ator e o expectador porque age e observa, e o
também escritor, o figurinista e o diretor da própria peça, ou seja, da própria vida,
pois escolhe como agir, o que vestir em cada ocasião e como se comportar.
O Teatro do Oprimido, de acordo com o próprio Boal, pretende transformar o
espectador, com o recurso da quarta parede, em sujeito atuante, transformador da
ação dramática que lhe é apresentada, de forma que ele mesmo, espectador, passe
a protagonista e transformador da ação dramática.
A QUARTA PAREDE!

Um termo comumente usados no cinema, no teatro, no audiovisual e até nos


quadrinhos é a quarta parede. Ele se refere a uma divisória imaginária que separa
quem está fazendo a ação de quem está recebendo-a. No teatro, essa parede
fictícia fica entre a platéia e o os atores, já no cinema está localizada onde estão as
câmeras.

Essa barreira existe para a separar o que é ficção da realidade, permitindo que seja
mais fácil para o espectador mergulhar na história. No entanto, algumas produções
quebram a quarta parede propositalmente para promover uma interação entre a obra
e o público.

O QUE É QUEBRAR A QUARTA PAREDE?

De maneira simples e direta, quebrar a quarta parede significa romper essa divisão e
propiciar uma interação entre espectador e ator.

Esse ato pode ser feito de diferentes formas: no cinema, ocorre quando o ator traz o
público para cena, conversando com ele através da câmera.

Via de regra, apenas um ou dois atores quebram a quarta parede, o resto segue a
cena como se não soubesse do que está acontecendo. Isso faz com que a magia da
ficção se mantenha e não se perca a atenção do espectador.

Já no teatro, esse rompimento se dá quando algum personagem interage com a


platéia. Existe, no entanto, gêneros em que não há a quarta parede: é o caso do
stand-up comedy, ou humor de cara limpa como também é chamado.
TEATRO DO OPRIMIDO
A ideia central é que o espectador ensaie a sua própria revolução sem delegar
papéis aos personagens, desta forma conscientizando-se da sua autonomia diante
dos fatos cotidianos, indo em direção a sua real liberdade de ação, sendo todos
“espectadores”, ou seja, atores e espectadores da ação dramática e da própria vida.
A ideia central é que o espectador ensaie a sua própria revolução sem delegar
papéis aos personagens, desta forma conscientizando-se da sua autonomia diante
dos fatos cotidianos, indo em direção a sua real liberdade de ação, sendo todos
“espectadores”, ou seja, atores e espectadores da ação dramática e da própria vida.
Dentro do “Teatro do Oprimido” existe uma figura muito importante para o
desenvolvimento da cena junto aos espectadores, esta peça é o “Curinga”. O
Curinga é um técnico artístico-pedagógico que tem a função de formar grupos,
ministrar oficinas e realizar atividades pertinentes à produção cultural de um trabalho
artístico.

Você também pode gostar