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Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro

Antunes Filho (1929)


Outros Nomes: José Alves Antunes Filho

Biografia
José Alves Antunes Filho (São Paulo SP 1929). Diretor. Pertence à primeira geração de
encenadores brasileiros, discípulo dos diretores do Teatro Brasileiro de Comédia. Participa
ativamente do movimento de renovação cênica surgido nos anos 1960 e fins de 1970. É o
primeiro diretor a empreender uma obra dramatúrgica e cenicamente autoral, com a
montagem de Macunaíma, espetáculo considerado referência para os jovens encenadores
dos anos 1980. Nos anos 1990, desloca suas preocupações para o Centro de Pesquisas
Teatrais (CPT), grupo de produção, formação e desenvolvimento de novos conceitos e
exercícios na busca do refinamento de um método próprio de interpretação para o ator.
Em 1952, ingressa como assistente de direção no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), onde
tem a oportunidade de observar os trabalhos dos diretores Ziembinski, Adolfo Celi, Luciano
Salce, Ruggero Jacobbi e Flaminio Bollini, todos estrangeiros, contratados para
desenvolver, preparar e especializar a equipe da companhia. Estréia profissionalmente, em
1953, com a montagem de Week-end, de Noel Coward, encenada no Teatro Íntimo Nicette
Bruno. O texto é uma comédia inteligente, apoiada num humor requintado, cuja montagem
recebe tratamento natural e acelerado, consequência direta do ritmo inusitado e frenético
imposto por Antunes Filho aos ensaios.
No fim dos anos 1950, funda e dirige a companhia Pequeno Teatro de Comédia, que estréia
em 1958, espetáculo O Diário de Anne Frank, tendo a atriz Dália Palma como protagonista.
Pelo trabalho de montagem, Antunes Filho é premiado como melhor diretor pela Associação
Paulista de Críticos de Artes (APCA) e pela Associação Carioca de Críticos
Teatrais (ACCT). Dirige, em 1959, Alô...36-5499, de Abílio Pereira de Almeida, com
assistência de direção de Ademar Guerra, marcando o início de uma parceria longa e de
diversas montagens. Esse espetáculo representa, no momento, um desafio - conciliar o
desejo de trabalhar com um texto nacional e com o aprofundamento de sua pesquisa estética
ao retorno financeiro. Logo após encena Pic Nic, de William Inge. Nos três espetáculos
explorando as fronteiras estéticas do realismo, Antunes Filho alcança a coesão pretendida
para as encenações, o que lhe rende reconhecimento e afirma o seu talento como diretor. A
virada da companhia, contudo, vem com Plantão 21, de Sidney Kingsley, ambientado numa
delegacia de polícia, motivo para uma movimentação constante de 30 atores vivendo
situações de violência e crua exposição dos conflitos. A excelente exploração cênica de
Antunes Filho permite uma condução quase cinematográfica no desempenho dos atores.
Nessa peça, Jardel Filho se destaca entre os atores de um elenco, que também presencia a
estréia de Laura Cardoso.
Viaja à Itália em 1960, para um estágio com Giorgio Strehler no Piccolo Teatro de Milão.
De volta ao Brasil, dirige um polêmica montagem de As Feiticeiras de Salém. O texto de
Arthur Miller, de um realismo psicológico bem construído, é, paradoxalmente, tratado pela
direção com uma abordagem épica, desnorteando crítica e público.
O último espetáculo encenado pelo Pequeno Teatro de Comédia, em 1961, é Sem Entrada,
Sem Mais Nada, de Roberto Freire, fruto das pesquisas e discussões realizadas no Seminário
de Dramaturgia do Teatro de Arena, sobre a vida proletária a partir de um enfoque marxista
e tendo à frente do elenco a atriz Eva Wilma. A peça é montada no palco do Teatro Maria
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Della Costa - TMDC, onde Maria Bonomi, colaboradora da companhia desde a montagem
anterior, elabora a cenografia de uma habitação coletiva distribuída em cinco planos. Apesar
de o programa da peça classificar a encenação como expressionista, a montagem de Antunes
Filho é de um realismo enfatizado pelo depuramento formal, resultando num espetáculo
teatralista, "canto do cisne" do Pequeno Teatro de Comédia, que enfrenta dura crise
financeira.
Em 1962, com uma carreira sedimentada como um dos diretores mais destacados do
período, volta ao TBC e encena Yerma, de Federico García Lorca, com cenários e figurinos
de Maria Bonomi, música de Diogo Pacheco e um formidável desempenho de Cleyde
Yáconis.
Já nesse período se avolumam opiniões contraditórias sobre a sua forte personalidade. Para
alguns atores, o tratamento autoritário e a exigência de uma disciplina exemplar por parte
dos elencos frustram algumas carreiras. Para outros, resultam em desempenhos brilhantes e
diferenciados. Para o diretor, o trabalho dos atores não se restringe ao estudo das
personagens: abarca todos os aspectos da montagem. Equipes são montadas para dar conta
do estudo de um ângulo da obra, já que a base de seu método de trabalho é a busca do maior
conhecimento possível sobre o universo da peça. Segundo Antunes Filho em entrevista
concedida para o Diário de S. Paulo: "Se massacrar é obrigar o ator a estudar, a assumir
responsabilidade do momento em que vive, é fazer do ator o senhor dentro do palco e
dentro da história em que ele participa, então, nesse sentido, massacro o ator. Eu o quero
independente, eu o quero senhor absoluto do palco [...] o ator terá que ser ao mesmo tempo
cientista, artista, físico, matemático, professor de literatura, político e sociólogo. Pode ser
meio utópico o que vou dizer, mas o ator será a grande síntese do conhecimento humano.
[...] Se mostrar tudo isso ao ator é massacrar, então eu o massacro". 1
Volta ao TBC, em 1964, para encenar Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, cujo processo
de montagem submete o elenco a uma bateria de laboratórios físicos e psíquicos, na busca de
um instinto e uma verdade que resultam num realismo chocante. O espetáculo divide
público e crítica, e a polêmica faz com que a casa o retire bruscamente de cartaz. Os
prejuízos contabilizados apressam o fim do TBC como empresa.
Antunes Filho tem seu primeiro contato com a obra de Nelson Rodrigues com a encenação
de A Falecida, em 1965, na Escola de Arte Dramática - EAD. No mesmo ano, cria o Teatro
da Esquina e com ele encena A Megera Domada, de Shakespeare, bem recebido pela crítica.
O êxito não se repete em Júlio César, uma realização relâmpago, confusa e cheia de
incidentes, unânime fracasso com direito a show de vaias em pleno Theatro Municipal de
São Paulo. Em 1967, Black-Out, de Frederick Knott, recupera o prestígio de Antunes, e
apresenta uma elogiada interpretação de Eva Wilma.
Segue-se A Cozinha,, 1968, de Arnold Wesker, que anuncia seu retorno ao teatralismo. Esse
é o último trabalho que o diretor desenvolve com o Teatro da Esquina. Afasta-se do
ambiente teatral em plena ascensão da contracultura, para realizar um projeto
cinematográfico, Compasso de Espera, sobre as contradições do negro diante das questões
raciais no país.
Em 1971, em contraponto ao teatro gestual e metafórico - desencadeado a partir da visita do
Living Theatre a São Paulo - Antunes Filho realiza uma encenação de Peer Gynt, de Ibsen,
uma retomada da palavra e um resgate da colocação do homem no centro dos
acontecimentos. A crítica atribui à iniciativa muitos méritos, como se o advento
representasse um manifesto perante as vanguardas do momento. É também nesse ano, em
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representasse um manifesto perante as vanguardas do momento. É também nesse ano, em


consequência das perseguições e da censura às companhias de teatro pelo Regime Militar,
que o diretor cria a empresa Antunes Filho Produções Artísticas, que passa a responder
juridicamente por suas realizações.
Depois de uma série de montagens grandiosas, dirige o monólogo Corpo a Corpo, de
Oduvaldo Vianna Filho, com Juca de Oliveira, em 1972, e, no ano seguinte, Nossa Vida e
Em Família, do mesmo autor, com elenco encabeçado por Paulo Autran. Para recuperar os
gastos com a montagem anterior, realiza uma produção comercial, a comédia policial O
Estranho Caso de Mr. Morgan, de Peter Shafer, última realização exclusiva da empresa,
abrindo seus serviços para outros produtores. Sandro Polloni contrata-o para dirigir a volta
de Maria Della Costa aos palcos, após três anos de ausência, em Bodas de Sangue, de Lorca.
Em 1974, encena pela segunda vez um texto Nelson Rodrigues, Bonitinha, mas Ordinária,
onde se destaca a interpretação de Miriam Mehler. No trabalho consecutivo, seu radicalismo
não encontra espaço de atuação, o que o leva a assistir o fracasso da montagem Tome Conta
de Amélie, vaudeville de Feydeau, novamente com Maria Della Costa. Sentindo-se marginal
no teatro, Antunes abre uma nova frente de pesquisa, transferindo para a televisão os
objetivos de sua investigação estética. Na TV Cultura, tem liberdade para realizar suas
experimentações numa série de teleteatros, dentre elas, a inesquecível adaptação de Vestido
de Noiva, de Nelson Rodrigues, com Lilian Lemmertz no papel de Alaíde.
Mas Antunes persiste na busca por alternativas que lhe permitam produzir suas peças, o que
o leva a montar, em 1975, uma cooperativa para encenar Ricardo III, de Shakespeare. Com
essa montagem, "comédia tropicalista", viaja pelo Brasil, encerrando turnê no Theatro
Municipal de São Paulo. A cooperativa termina ao fim da temporada.
Em seguida, dirige O Assalto, de José Vicente, produzida por Raul Cortez. Em 1977, encena
Esperando Godot, de Beckett, com um elenco exclusivamente feminino. No ano seguinte,
monta Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?, de Edward Albee, produção novamente de
Cortez, despedida do teatro convencional já que, no mesmo ano, realiza Macunaíma, que
estréia em setembro de 1978, sua obra mais importante, dando uma virada radical em sua
carreira.
Com o abrandamento da Censura e o clima de abertura, o teatro político ensaia seu retorno,
enquanto, em contraponto, nascem outras tendências, entre elas as que expressam com
irreverência o comportamento de uma nova geração, como o grupo carioca Asdrúbal
Trouxe o Trombone.
Após ter conduzido grandes atores, em interpretações inesquecíveis, Antunes volta-se para
os jovens, com os quais passará a conviver permanentemente. Macunaíma surge de uma
oficina teatral, em torno da obra de Mário de Andrade. Ensaia por quase um ano -
aprimorando seu método de tornar os atores criadores de um processo e de uma linguagem
-, com o Grupo de Arte Pau-Brasil, até chegar ao texto final, de Jacques Thiériot.
Macunaíma abre as perspectivas para um novo e ousado processo de criação: não mais
pesquisar o universo de um texto dramático, mas construir uma dramaturgia a partir de um
texto literário. A encenação explora diversas dinâmicas de um teatro coletivo, alcançando os
contornos míticos propostos pelo texto. Macunaíma torna-se o espetáculo brasileiro mais
visto e aplaudido no exterior, visitando inúmeros países em todos os continentes,
participando de festivais e ganhando prêmios internacionais. Aqui, é reconhecido como um
marco da encenação. Espetáculo que inaugura uma abertura para o trabalho de jovens
diretores. Esses, na década seguinte, construirão seus espetáculos a partir de um trabalho
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diretores. Esses, na década seguinte, construirão seus espetáculos a partir de um trabalho


cênico com os atores, sempre com uma leitura muito autoral e que dialoga com as
mudanças introduzidas por Antunes Filho.
O grupo cooperativado que cria Macunaíma sofre reformulações e passa a chamar-se Grupo
Macunaíma. Com este, Antunes dá continuidade ao aprofundamento de sua pesquisa por
meio das produções: Nelson Rodrigues - O Eterno Retorno, 1981, reunindo quatro peças do
autor, que são condensadas em Nelson 2 Rodrigues, 1984; Romeu e Julieta, 1984, de
Shakespeare; Hora e a Vez de Augusto Matraga, 1986, baseada na obra de Guimarães Rosa;
Xica da Silva, 1988, de Luís Alberto de Abreu; e Paraíso Zona Norte, mais dois textos de
Nelson Rodrigues, 1989.
Para o crítico Yan Michalski, analisando a trajetória dessa fase pós-Macunaíma: "[...] são
espetáculos que contêm uma base de gramática comum, simbolizada por um trecho da valsa
Danúbio Azul, que ele adota como uma espécie de assinatura. Mas cada um possui perfil
próprio, desenhado a partir de uma leitura pessoal do texto. Os três últimos inscreveram-se,
por outro lado, na proclamada intenção de Antunes de empreender um estudo do homem
brasileiro. Nem todos, na verdade, alcançam o mesmo padrão qualitativo: se Nelson 2
Rodrigues foi considerado por muitos até mesmo superior a Macunaíma, e fez, como este,
triunfais tournées pelo exterior, Romeu e Julieta e sobretudo Xica da Silva foram recebidos
com reservas. Mas, desde Macunaíma, qualquer nova realização de Antunes é um
acontecimento excepcional, acima do padrão de excelência do teatro nacional; e o conjunto
dos seus trabalhos da década de 80 leva o toque de um criador de admirável inventividade,
rigor e apuro estético". 2
Para viabilizar esse projeto de pesquisa, Antunes recebe subsídios do Serviço Social do
Comércio (Sesc), conquistando, assim, uma infra-estrutura para a criação do Centro de
Pesquisa Teatral (CPT), escola de formação e grupo permanente, ocupando o Sesc Vila
Nova.
Nos anos 1990 os lançamentos prosseguem: Nova Velha História, 1991, texto construído
em uma língua imaginária, tendo como base o conto infantil de Chapeuzinho Vermelho, de
Grimm; Trono de Sangue, 1992, inspirado em Macbeth, de Shakespeare; Vereda da
Salvação, 1993, sua segunda montagem do texto de Jorge Andrade; Gilgamesh, 1995,
baseado na Epopéia de Gilgamesh, texto sumério escrito em 2.600 a.C.; Nas Trilhas da
Transilvânia, 1995, uma leitura de Drácula e Drácula e Outros Vampiros, 1996,
reformulação do espetáculo anterior. A partir de então, Antunes dedica-se mais
exclusivamente aos trabalhos no CPT, formando atores que sejam simultaneamente
intérpretes e dramaturgos. A série Prêt-à-Porter, exercícios de interpretação iniciados em
1998, ocupa essa nova empreitada, síntese da metodologia que desenvolve ao longo sua vida
artística.
Em 2000 retorna às encenações, debruçando-se sobre as tragédias, realiza Fragmentos
Troianos, inspirado em As Troianas, e, em 2001, Medéia, ambas de Eurípides.
Ainda na avaliação de Yan Michalski: "Antunes Filho é uma das figuras exponenciais do
teatro brasileiro de hoje, talvez a única a integrar o restrito grupo internacional de
encenadores que vêm renovando, obstinada e inspiradamente, a cena mundial. Incorporando
no seu trabalho influências tão contraditórias como Bob Wilson, Tadeusz Kantor, Kasuo
Ono, o expressionismo alemão, a psicanálise junguiana, a física moderna e, com crescente
intensidade, a filosofia oriental, ele as funde numa escritura cênica de uma feroz coerência
pessoal, com características ao mesmo tempo universais e brasileiras. Sua opção por
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pessoal, com características ao mesmo tempo universais e brasileiras. Sua opção por
trabalhar com atores jovens e inexperientes, lhe tem valido não poucas críticas [...]. Mas
este é um ônus que ele assume pagar para poder trabalhar num âmbito de liberdade de
criação de que nenhum outro diretor brasileiro dispõe". 3
Notas
1. ANTUNES FILHO. Entrevista do encenador ao Diário de São Paulo, 04 dez. 1973.

2. MICHALSKI, Yan. Antunes Filho. In: ______. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989.
Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq.

3. Ibidem.

Nascimento
1929 - São Paulo SP - 12 de dezembro
Formação
s.d. - São Paulo SP - Cursa a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, USP,
inconcluso
1955 - São Paulo SP - Estagia como assistente de direção no Teatro Brasileiro de Comédia,
TBC
1960 - Milão (Itália) - Estagia no Piccolo Teatro di Milano, patrocinado pelo governo
italiano
Homenagens/Títulos/Prêmios
1984 - São Paulo SP - Prêmio Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) e Troféu
Mambembe pelo conjunto de trabalhos
1987 - São Paulo SP - Troféu Mambembe por sua contribuição à estética teatral brasileira
1997 - São Paulo SP - Prêmio Multicultural Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo

Fontes de Pesquisa
GEORGE, David. Teatro e antropofagia. São Paulo: Global, 1985.

______. Grupo Macunaíma: carnavalização e mito. São Paulo: Perspectiva, 1990.

GUIMARÃES, Carmelinda. Antunes Filho: um renovador do teatro brasileiro. Campinas:


Unicamp, 1998.

GUZIK, Alberto. TBC: crônica de um sonho. São Paulo: Perspectiva, 1986.

LISTA, Giovanni. La scène moderne. In: ENCYCLOPÉDIE mondiale des arts du spetacle
dans la seconde moitié du XX siècle. Paris: Actes Sud, 1996.
Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro

LOPES, Telê Ancona. Jornal Artes, ano 14, n. 53, abr. / maio 1979, p. 17. Depoimento.

LUISI, Emídio. O Palco de Antunes. São Paulo: Fotograma: Caixa Econômica Federal,
1999.

MICHALSKI, Yan. Antunes Filho. In: ______. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro
contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq.

MILARÉ, Sebastião. Antunes Filho e a dimensão utópica. São Paulo: Perspectiva, 1994.

PRADO, Décio de Almeida. Yerma. In: Teatro em progresso. São Paulo: Martins, 1964.

Trabalhos Publicados
1995 - São Paulo SP - Gilgamesh. Editora Veredas

Espetáculos

Adaptação
1984 - São Paulo SP - Romeu e Julieta
1989 - São Paulo SP - Paraíso, Zona Norte. Os Sete Gatinhos
1989 - São Paulo SP - Paraíso, Zona Norte. A Falecida
1992 - São Paulo SP - Trono de Sangue
1995 - São Paulo SP - Gilgamesh
1999 - São Paulo SP - Fragmentos Troianos
2001 - São Paulo SP - Medéia
2002 - São Paulo SP - Medéia 2
2005 - São Paulo SP - Antígona
2010 - São Paulo SP - Policarpo Quaresma

Autoria
1991 - São Paulo SP - Nova Velha História
1995 - São Paulo SP - Nas Trilhas da Transilvânia
2009 - São Paulo SP - Lamartine Babo

Concepção
1996 - São Paulo SP - Drácula e Outros Vampiros
2005 - Curitiba PR - Foi Carmen Miranda
2008 - São Paulo SP - Foi Carmen

Coordenação
2008 - São Paulo SP - O Céu Cinco Minutos Antes da Tempestade
Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro

2008 - São Paulo SP - O Céu Cinco Minutos Antes da Tempestade

Coreografia
2006 - São Paulo SP - A Pedra do Reino

Direção
1951 - São Paulo SP - O Urso
1951 - O Azarento
1951 - São Paulo SP - Os Outros
1952 - São Paulo SP - Chapeuzinho Vermelho
1953 - São Paulo SP - Week-end
1953 - É Proibido Suicidar-se na Primavera
1953 - Weekend
1954 - São Paulo SP - O Emprestimo
1954 - São Paulo SP - Iolanda
1958 - São Paulo SP - O Diário de Anne Frank
1958 - São Paulo SP - Alô!...36-5499
1959 - São Paulo SP - Pic-Nic
1959 - São Paulo SP - Plantão 21
1960 - São Paulo SP - As Feiticeiras de Salém
1960 - Rio de Janeiro RJ - Plantão 21
1961 - São Paulo SP - Sem Entrada e Sem Mais Nada
1962 - São Paulo SP - Yerma
1964 - São Paulo SP - Vereda da Salvação
1965 - São Paulo SP - A Grande Chantagem
1965 - São Paulo SP - A Falecida
1965 - São Paulo SP - A Megera Domada
1966 - São Paulo SP - Julio César
1967 - São Paulo SP - Black out
1968 - São Paulo SP - A Cozinha
1971 - São Paulo SP - Peer Gynt
1971 - São Paulo SP - Corpo a Corpo
1972 - São Paulo SP - O Estranho Caso de Mr. Morgan
1972 - São Paulo SP - Em Família
1973 - São Paulo SP - Bodas de Sangue
1973 - São Paulo SP - O Misteriosos Caso de Mr. Morgan
1973 - São Paulo SP - Check-up
1973 - São Paulo SP - Jogo do Crime
1974 - São Paulo SP - Bonitinha, mas Ordinária
1974 - São Paulo SP - Tome Conta de Amêlie
1975 - Campinas SP - Ricardo III
1976 - São Paulo SP - Implosão
1977 - São Paulo SP - Esperando Godot
1978 - São Paulo SP - Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?
1978 - São Paulo SP - Macunaíma
1981 - São Paulo SP - Nelson Rodrigues - O Eterno Retorno
1984 - São Paulo SP - Nelson 2 Rodrigues
1984 - São Paulo SP - Romeu e Julieta
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1984 - São Paulo SP - Romeu e Julieta


1984 - São Paulo SP - Macunaíma
1984 - São Paulo SP - Nelson Rodrigues - O Eterno Retorno
1986 - São Paulo SP - A Hora e a Vez de Augusto Matraga
1987 - São Paulo SP - Macunaima
1988 - São Paulo SP - Xica da Silva
1989 - São Paulo SP - Paraíso, Zona Norte. Os Sete Gatinhos
1989 - Nova York (Estados Unidos) - Nelson 2 Rodrigues
1989 - São Paulo SP - Paraíso, Zona Norte. A Falecida
1991 - São Paulo SP - Nova Velha História
1992 - São Paulo SP - Trono de Sangue
1993 - São Paulo SP - Vereda da Salvação
1995 - São Paulo SP - Gilgamesh
1995 - São Paulo SP - Nas Trilhas da Transilvânia
1996 - São Paulo SP - Drácula e Outros Vampiros
1999 - São Paulo SP - Fragmentos Troianos
2001 - São Paulo SP - Medéia
2002 - São Paulo SP - Medéia 2
2004 - São Paulo SP - O Canto de Gregório
2005 - Curitiba PR - Foi Carmen Miranda
2005 - São Paulo SP - Antígona
2006 - São Paulo SP - A Pedra do Reino
2008 - São Paulo SP - Senhora dos Afogados
2008 - São Paulo SP - Foi Carmen
2009 - São Paulo SP - A Falecida Vapt-Vupt
2010 - São Paulo SP - Policarpo Quaresma

Direção (assistente)
1952 - São Paulo SP - Vá com Deus
1953 - São Paulo SP - Treze à Mesa
1953 - São Paulo SP - Divórcio para Três
1953 - São Paulo SP - Na Terra como no Céu

Dramaturgia
2006 - São Paulo SP - A Pedra do Reino
2009 - São Paulo SP - Lamartine Babo

Instrução
2002 - São Paulo SP - Bastidores da Cena. Antunes Filho (2002 : São Paulo, SP)

Preparação corporal
1995 - São Paulo SP - Gilgamesh
2006 - São Paulo SP - A Pedra do Reino
2008 - São Paulo SP - Senhora dos Afogados
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Preparação vocal
1995 - São Paulo SP - Gilgamesh
2006 - São Paulo SP - A Pedra do Reino
2008 - São Paulo SP - Senhora dos Afogados

Produção
1967 - São Paulo SP - Black out
1968 - São Paulo SP - A Cozinha

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