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DATA: 08/03/2020
CRONOGRAMA
- conventos – escolas para moças – trabalhos de agulha, boas maneiras e religiosidade (afastar
maus pensamentos)
- Rosa Egipcíaca (Costa da Mina, 1719 - 1778), ou Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, foi autora
de Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas, o mais antigo livro escrito por uma
mulher negra na história do Brasil (década de 1750). Teve sua história romanceada por Heloísa
Maranhão (1997)
- Com a chegada da Família Real, surge o interesse e a procura por instrutoras estrangeiras,
para alfabetizar e educar as crianças da família.
- 1827 - Escolas para meninos e escolas para meninas em horários diferentes e dias alternados.
As mulheres não aprendiam todas as matérias, artes do lar, e tinham acesso só ao ensino
básico. Mulheres ganhavam menos por lei, pois não tinham formação superior.
- educação formal feminina terminava aos 15 anos, debute e busca por um marido.
3) Nossas primeiras autoras, esquecidas pela Academia Brasileira de Letras. Quem foram
essas auroras clássicas e qual o seu legado para a literatura brasileira.
1ª autora negra
1ª professora concursada
1º romance abolicionista
*Júlia Lopes de Almeida – Uma das cabeças da criação da Academia Brasileira de Letras.
Feminista
Abolicionista
Encilhamento (crise especulativa durante o governo de Ruy Barbosa que levou muitos
empresários à falência)
- A Falência (1901): Rico empresário que se casa com Camila para salvar a família da
falência. Aborda como as mulheres eram vistas e tratadas, principalmente as que viviam
de favor. Critica a mulher sempre ser penalizada devido à traição, ou por ser amante.
Critica o falso moralismo da época, inclusive o religioso, e o preconceito contra os negros
após a abolição da escravatura.
- HQ Ânsia Eterna (1903): 3 contos. Ânsia Eterna, sobre um escritor que se apaixona à
primeira vista por uma jovem passeando na praça. Os porcos, uma cabocla que está
grávida do patrão e que o pai quer dar seu bebê para os porcos comerem. A Caolha, a
rejeição de uma mulher por um defeito físico, inclusive pelo próprio filho.
- 1ª fantasia
- influência do gótico
- crítica ao preconceito contra mulheres artistas, escritoras e a aceitação apenas das que eram
estrangeiras, como Georges Sand.
- emancipação feminina
Aurélia (1883)
Jovem que é abandonada grávida, ridicularizada pelo amante que não se casa com ela por ela
ser pobre.
- pseudônimo usado pela protagonista, uma referência nítida ao amor de Catulo e Lésbia.
Sempre se apaixona por homens de caráter duvidosos e rejeitados pela família dela.
Casamento infeliz, relacionamento abusivo, separação, preconceito por ser separada, por ter
amantes. Escreve livros sobre suas experiências e desilusões. Vive caindo e se reerguendo até
a queda final. Recebe uma herança quando enviúva e se torna independente e livre para se
casar novamente. Aparecimento de caça dotes e de pessoas que a desprezavam. Conhece um
poeta de caráter nobre, companheiros em casas separadas e sem casamento. O chamava de
Catulo. Se apaixona por um rapaz 20 anos mais novo e fica dividida entre sua vida de escritora
e de mulher. Sempre trabalha opostos. Protagonista atípica, amarga, que vai morrendo a cada
desilusão até se tornar imortal através de sua obra.
O marido realmente a ama, mas tem ciúme doentio. Deixa de fazer coisas que ama, como
dançar, para que o marido não sinta ciúmes. Separação e múltiplos amantes. Conflito com a
mãe por seu estilo de vida.
- reforma educacional para que mulheres pudessem desenvolver suas habilidades intelectuais.
A Luta (1909)
- Luta por uma vida mais livre. Conflito com a mãe (moral duvidosa) e com a sogra
(conservadora).
- Mãe rica, de moral duvidosa (dúvida sobre a viuvez), dona de uma pensão/hotel. Casos
amorosos com os clientes.
- 2º amor dificultado porque a sogra era contra o casamento (moral da mãe dela) – Alfredo
- Volta do 1º amor que se oferece para sustentá-la como amante. Gilberto flerta com a irmã
dela para deixa-la com ciúmes.
- Ex amante da mãe que se interessa por ela, mãe com ciúmes da filha – Coronel Juvenildo
- Aliciamento da mãe para que ela atraia clientes ricos através da sedução.
- Insatisfação no casamento ou o adultério. Falta de perspectivas pela falta de uma solução
jurídica (divórcio).
- Inaugura os estilos gótico e fantástico na literatura nacional. Lenda sobre uma índia e uma
menina que vivem numa ilha considerada assombrada na época colonial (indianismo).
Romances Históricos
1º romancista histórico José de Alencar, com Iracema (1865), As Minas de Prata (1865) e O
Guarani (1857)
1ª romancista de época Ana Luiza de Azevedo Castro (Dona Narcisa de Villar – 1859)
Um Mundo sem Mulheres (Ofélia Fontes -1932 – O Gigante de Botas - 1961), Diamantes
Pernambucanos (Josepha Faria – 1933)
Meados do século com Érico Veríssimo (O Tempo e o Vento), Dinah Silveira de Queiroz (A
Muralha – 1954) Maria Dezonne Pacheco Fernandes (Sinhá Moça – 1950), O Fundador
(1969 – Nélida Piñon – 1ª mulher a ser presidente da ABL)
O Boca do Inferno (Ana Miranda – 1989), Joias de Família (Maria José de Queirós - 1990),
Memorial de Maria Moura (Raquel de Queiroz – 1992), Os Rios Turvos (Luzilá Gonçalvez
Pereira - 1993), Desmundo (1996), Rosa Maria Egipcíaca de Santa Cruz (Heloísa Maranhão
– 1997), A Casa das Sete Mulheres (Leticia Wierzchowski - 2002), Desmundo (Ana Miranda
– 1996), A Audácia dessa Mulher (Ana Maria Machado – 1999), Ângela Dutra de Menezes
(Mil anos menos cinquenta – 1995 => 10 séculos de uma família, através da historia de
Portugal ao Brasil – 1064 – Reconquista de Coimbra pelos Mouros). Francisca L. Nogueira
de Azevedo, em 2003, publicou Carlota Joaquina na corte do Brasil.
Galvez, o imperador do Acre (Márcio Souza – 1976), Viva o Povo Brasileiro (João Ubaldo
Ribeiro – 1984), A República dos Bugres (Ruy Tapioca – 1999), O Proscrito (1999), Um
Amor Anarquista (Miguel Sanches Neto - 2005), Mad Maria (Márcio Souza - 1980)
Históricos atuais: Simone O Marques (Paganus - 2008), Marina Carvalho (O Amor nos
tempos do Ouro – 2016), Ana Maria Machado (Um mapa todo seu – 2015, Eufrásia
Teixeira Leite), Chiara Ciodarot (O Clube dos Devassos – 2018 – A Baronesa Descalça, As
Inconveniências de um Casamento, Uma Certa Dama, O Lobo do Império),
Drica Bitarello (Radegund - 2009), Gabriela Maya (A Dama do Coliseu - 2013), A Fogueira
da Bruxa (Barbara Sena - 2018)
Romances de Época
Livro de mulherzinha, literatura cor de rosa, romance água com açúcar, livros do coração
Biblioteca das Moças (1920 - 1960), Barbara Cartland (década de 1960), romances de
banca da Nova Cultural (1979 – Júlia, Sabrina e Bianca), Harlequin em formato de banca
(1993 - Clássicos Históricos e Clássicos Históricos Especial), Harlequin digital, livros de
livraria sendo lançados timidamente (Muito mais que uma princesa – 2008)
Boom com Julia Quinn, com O Duque e Eu (2013). Lisa Kleypas, Mary Balogh, Sarah
MacLean, Madeline Hunter
De época atuais:
Perdida (Carina Rissi – 2013), Lucy Vargas (Cartas do Passado – 2013), A Promessa da Rosa
(2015),
Autoras de época atuais:
De época: Babi A. Sette, (Lágrimas de Amor e Café 2019), Veridiana Maenaka (Jardim de
Espelhos – 2014), Katherine Salles (Branca de Carvão - 2017), Eternamente Cecilia
(Elizanna Louzada - 2017), Paola Aleksandra (Livre para Recomeçar - 2019), As Cavernas
que compartilhamos (Juliana Barbosa - 2019), Ana Veloso – A Fragrância da Flor do Café –
2014), Mary Del Priore (Beije me onde o sol não alcança – 2015), Luciana Klanovicz (1943 -
2017, Prata da Terra – 2018)
Samanta Holtz (O Pássaro – 2012), Diane Bergher, Flávia Padula, , Naiara Aimée, Cici Cassi
(Aposta Sedutora – 2017), Lucy Vargas (Cartas do Passado - 2013), Silvia Spadoni (Um
Amor Inesperado – 2017), Narah Mestre (A Marquesa – 2018), Amanda Bonatti (O Bosque
de Faias – 2017), Babi A. Sette, (A Promessa da Rosa 2015), Promessas de uma Vida (Aline
Galeote – 2018), Laís Rodrigues (Do Outro Lado do Oceano – 2018)
Clássicos:
Históricos:
- Brasil Colônia
A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas (Maria José Silveira – 2002)
Os Rios Turvos – Luzilá Gonçalves Ferreira (1992) – Invasão holandesa. Poeta Bento
Teixeira (primeiro poeta brasileiro) e Filipa Raposo.
Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz: a incrível trajetória de uma princesa negra entre a
prostituição e a santidade (1997), de Heloisa Maranhão – A primeira mulher negra
alfabetizada e a escrever um livro. Invasão holandesa. Alforriada, herda uma próspera
mina em Minas Gerais. Século XVIII.
Um Poema para Barbara (Mônica Sifuentes – 2015) – poetisa Barbara Eliodora e José
Inácio de Alvarenga Peixoto). Barbara foi a primeira poetisa brasileira.
- Brasil Império
- Brasil República
* A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas (Maria José Silveira - 2002) – sucesso no exterior
e praticamente desconhecido no Brasil. Conta toda a história do Brasil através de uma
família de forma matrilinear.
1ª autora a escrever um romance erótico no Brasil foi Albertina Bertha, com Exaltação, de
1916). Um triângulo amoroso altamente ousado para a época, falando sobre a
concretização do amor e a realização sexual da mulher). Foi proibido pela Liga de Mulheres
Católicas e causou um grande escândalo na época.