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ESCRITA CRIATIVA

NOME DO PROFESSOR: Maria Rita


E.E PROFESSOR GONÇALVES LANNA

MULHERES
na ARTE e ESPORTE
___

Aluna: Tayná Jhennifer Pinheiro

Mulheres na história das artes e esportes onde apesar da dificuldade de


protagonismo , encontramos figuras proeminentes que conseguiram se destacar
e marcar época.
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Frida Kahlo
.Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, mais conhecida por seu pseudônimo artístico,
Frida Kahlo, nasceu na pequena vila de Coyoacán, próxima à cidade do México, no dia 06 de
julho de 1907.

Frida era filha de Guillermo Kahlo, um fotógrafo de origem alemã, que desde sempre inspirou e
incentivou a filha a embarcar no meio artístico. Sua mãe, Matilde Gonzalez y Calderón, era uma
mulher extremamente católica e tinha descendência indígena e espanhola.

Desde pequena, a pintora teve uma vida marcada por doenças. Com seis anos de idade contrai
poliomielite, que lhe deixa uma sequela no pé. Por conta disso, Frida passa a usar calças
compridas e, mais tarde, longas saias coloridas, que serão sua marca.

Aos 18 anos sofre um grave acidente de bonde, momento trágico e ao mesmo tempo de
renovação. Isso porque ao ficar incapaz de caminhar normalmente, ela começa a pintar quadros,
a partir daí foca na carreira de pintora.Mais tarde, já nos últimos anos de sua vida, em 1950,
Frida é obrigada a amputar a perna, Tal fato lhe provoca grande depressão. Por conta desse
acontecimento, a artista disse a conhecida frase: "Para que preciso de pés quando tenho asas
para voar?".
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Sua formação realizou-se na “Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México”. Lá


ela estuda assuntos relacionados à arte e filosofia e conhece Diego Rivera (1886-1957), grande
representante do muralismo mexicano, com quem teria uma intensa e apaixonada vida
conjugal.

Em 1928, filia-se ao Partido Comunista Mexicano e, no ano seguinte, quando tinha 22 anos,
casa-se com Diego. Na altura, ele tinha 41 anos.

O casal passa a viver na Casa Azul, hoje Museu dedicado à artista. Durante 3 anos, moraram
juntos nos Estados Unidos nas cidades de Detroit, São Francisco e Nova York.

Frida e Diego tiveram uma relação complicada, e Frida se separa após a descoberta de que o
marido mantinha uma relação amorosa com sua irmã mais nova, Cristina Kahlo, com quem teve
vários filhos.

Foi nessa época, em 1939, dez anos após o casamento, que Frida diz:

Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o bonde e você. Você sem dúvida foi o pior
deles.

Além de artista plástica, Frida ministrou aulas de pintura na Escola Nacional de Pintura e
Escultura “A Esmeralda” (La Esmeralda), na cidade do México.

Durante toda sua vida, seu trabalho foi reconhecido mundialmente e expôs diversas obras em
alguns museus:

Julien Levy Gallery, em Nova York (1938);

Galeria Renou et Colle, em París (1939);

Galeria de Arte Mexicano de Inés Amor, na Cidade do México (1940);

Galeria de Arte Contemporáneo de Lola Álvarez Bravo (1953).


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Tarsila do Amaral
Ela foi uma grande pintora e desenhista brasileira com fama no Brasil e no exterior. Nascida em
uma família rica e tradicional do interior de São Paulo teve acesso a boas escolas além de
concluir seus estudos na Europa. Aprendeu piano e outras línguas, incluindo o francês. Tarsila
nasceu em 1º de setembro de 1886 e passou sua infância em meio à natureza na fazenda da
família no município de Capivari em São Paulo. Em 1901 matricula-se no colégio Sion onde
pinta seu primeiro quadro – Sagrado coração de Jesus. Em 1906 casou com o primo André
Teixeira Pinto com quem teve uma filha, o casamento dura cerca de dez anos.

Em 1916 aprendeu a fazer modelagem em barro no ateliê de William Zadig, escultor sueco
radicado em São Paulo. No ano seguinte teve aulas com Pedro Alexandrino, dedicando-se a
pintura de naturezas-mortas. Nesse período conheceu Anita Malfatti que também havia
iniciado o mesmo curso.
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Em 1920 foi estudar em Paris estudar pintura e escultura onde conviveu com grandes artistas
dessa época. Regressou a São Paulo dois anos mais tarde e embora não tenha participado da
Semana de Arte Moderna acompanhou todo o movimento de Paris e integrou-se ao

modernismo, juntando-se ao Grupo dos Cinco, composto por Anita Malfatti, Menotti Del
Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade.

Tarsila sempre gostou de viajar tanto pelo Brasil como para o exterior e em uma de suas viagens
para Minas Gerais encontrou-se com as cores de sua infância e apaixonou-se pelas decorações
populares das casas da região. Nesse período juntou-se ao Movimento Pau-Brasil que durou
cerca de três anos de 1924 a 1927 e contou com os artistas Oswald de Andrade com que
namorava nessa época, Mario de Andrade, Blaise Cendrars, Goffredo Silva Telles e Olívia
Guedes Penteado. Suas pinturas encheram-se de brasilidade, levando para suas telas as cores da
natureza, a cultura popular, o homem rude e as paisagens rurais. São pinturas dessa época:
Morro da Favela (1924), O vendedor de frutas (1925) e Paisagem com touro (1925).

Também fez exposições em Paris em 1926 e no mesmo ano casou-se com Oswald de Andrade.

Em 1928, para presentear seu marido, Tarsila pinta o quadro Abaporu. A origem do nome da
tela vem do Tupi-guarani e significa Aba (homem) e Poru (comer). Tarsila descreve o quadro
como sendo imagens de seu subconsciente, sugeridas por histórias que ouvia quando criança. A
partir desse momento ela e o marido criam o movimento artístico e literário Antropofágico que
tinha como proposta assimilar outras culturas, porém não copia-las. O nome vem do grego e
significa antro (homem) e fagia (comer). São obras dessa fase: O Ovo (1928), Floresta (1929), Sol
Poente (1929) entre outros.

Em 1933, Tarsila pintou a tela Operários e deu início a uma nova fase – Fase Social - que dura
aproximadamente quatro anos, sendo a pioneira nessa temática no Brasil. Suas telas
estamparam a realidade dos operários. A classe operário no Brasil teve grande impacto na vida
social e na política do país por décadas. Um operário não tinha direitos trabalhistas e trabalhava
até 15 horas diárias, mulheres e crianças eram os mais explorados.

Em 1970, a artista realizou em São Paulo e no Rio de Janeiro exposições sobre seus 50 anos de
carreira - Tarsila: 50 anos de Pintura. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.
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Artemisia Gentilesch
Artemisia foi uma pintora da escola Caravaggesca, considerada uma revolucionária ícone
feminista e uma artista inovadora pela energia avassaladora que ela sabia infundir na
representação da figura feminina.

Artemisia cresceu em Roma, numa época em que a cidade era o centro da pintura. Era a filha
mais velha do pintor Orazio Gentileschi, ficou órfã de mãe aos doze anos de idade. Embora
tivesse que cuidar dos três irmãos e das tarefas domésticas, logo demonstrou interesse na
profissão de seu pai, cujo ateliê ficava ao lado da casa deles. Na época, a pintura era vista como
uma prerrogativa masculina, mas graças ao incentivo paterno, Artemisia decidiu seguir esse
caminho.

Naquela época, Michelangelo Merisi, já conhecido como Caravaggio, operava em Roma, com
quem Orazio tinha amizade; certamente Artemisia, como muitos outros colegas, também ficou
impressionada com o artista que introduziu o realismo na pintura.
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A formação artístitica de Artemisia ocorreu no ateliê de seu pai, frequentado por muitos
pintores, incluindo Agostino Tassi, que ensinou Artemisia a técnica da perspectiva.

A violência sexual

Quando Agostino Tassi começou a frequentar a casa na via della Croce, onde moravam os
Gentileschi, ele ainda não tem trinta anos, era feio, mas sedutor. Artemisia, de dezoito anos, se
sentiu lisonjeada por suas atenções, talvez tenha se apaixonado, talvez tenha acreditado nas
promessas de casamento feitas pelo pintor. Em um dia de maio de 1611, enquanto Orazio
trabalha no andaime da Loggetta delle Muse, Agostino estuprou Artemisia.

Naquela época, a violência sexual não era considerada crime contra as mulheres, mas contra a
honra da família e Tassi, para evitar uma condenação, ofereceu um casamento reparador. Mas
um ano após a promessa, o casamento ainda não havia ocorrido e Artemisia decidiu denuncia-lo
por estupro – alguns historiadores afirmam que foi Orazio, o pai de Artemisia quem tomou a
decisão de fazer a denúncia.

O PROCESSO

Durante o processo Artemisia sofreu diversas humilhações, tanto fisicamente como


psicologicamente. Para verificar a veracidade das declarações feitas, as autoridades judiciais
chegaram a ordenar que Gentileschi fosse submetida a interrogatório sob tortura, a fim de
acelerar – de acordo com a mentalidade jurisdicional vigente na época – a verificação da
verdade. No entanto, ela queria ver seus direitos reconhecidos e, apesar das dores que foi
forçada a sofrer, não alterou seu depoimento.

O estuprador será sentenciado, mas, acima de tudo, a pintora sairá do processo muito afetada:
sua honra e a da família Gentileschi foi comprometida para sempre. Foi assim que, em 27 de
novembro de 1612, as autoridades judiciais condenaram Agostino Tassi por “defloração” e, além
de impor uma sanção pecuniária, o sentenciaram a cinco anos de prisão ou, alternativamente,
ao perpétuo exílio de Roma.

Como era de se esperar, o agressor optou pelo exílio, apesar de nunca ter cumprido a sentença:
na verdade, ele nunca se mudou de Roma, pois seus poderosos protetores romanos exigiam a
presença física do pintor na cidade.
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ARTEMISIA GENTILESCHI EM FLORENÇA,Logo após o final do julgamento, Artemisia, incitada


por seu pai para silenciar os rumores já que após o processo a pintora era considerada quase
uma prostituta em Roma, Artemisia se casou com o pintor florentino Pierantonio Stiattesi e se
mudou para Florença. Artemisia trouxe consigo uma carta escrita por seu pai para apresentá-la
à corte dos Médici. O círculo do grão-duque Cosimo II se abriu para a jovem e talentosa pintora
e logo, sua fama em Florença, cresceu rapidamente.

Enquanto isso, Artemisia, até então analfabeta, aprendeu a ler e escrever e, assim, tornou-se
amiga de homens ilustres como Galileo Galilei e Michelangelo, o Jovem, descentende do grande
pintor e escultor renascentista. Em 1616, ela foi a primeira mulher a ser admitida na Academia
de Desenho, fundada cerca de 50 anos antes pelo Grão-Duque Cosimo I, por sugestão de Giorgio
Vasari.

O casamento organizado pelo pai mostrou-se útil sobretudo ao marido, muito feliz com o
sucesso da esposa que, entre outras coisas, providenciou o sustento da família (nos anos
seguintes, o casal terá quatro filhos). Artemisia também descobriu o amor, não com o marido,
mas com um nobre florentino chamado Francesco Maria Maringhi, um alto funcionário da corte
dos Medicis. Inúmeras cartas, que apareceram alguns anos atrás, são testemunho de seu
relacionamento.

AS OBRAS

Artemisia ganhou a fama de grande pintora, não somente por causa do seu talento, mas
também por causa da sua inteligência e cultura. No cenário artístico florentino, Artemisia se
transformou em uma verdadeira protagonista.

Durante sua vida, Artemísia pintou retratos e obras bíblicas, todas animadas por uma
expressividade violenta e fortes contrastes de claro-escuro, marca inconfundivel dos
caravaggescos. Ela pintou pelo menos sete versões de Judite e Holofernes (uma é conservada
nas Gallerie delle Uffizi em Florença), pinturas violentas e sombrias, que são oportunidades
para a artista de se representar em autorretratos reais, não apenas figurativos, mas também
psicológicos. Artemisia, no entanto, também cria alguns dos nus femininos mais sensuais, nos
quais as formas da sua figura são reconhecíveis.

Uma rápida comparação entre Judite e Holofernes de Caravaggio e Gentileschi é suficiente para
entender do que estamos falando: a Judite de Caravaggio tem um olhar intimidado, assustada
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com a visão do sangue, como se a ela não estivesse matando Holofernes por sua própria
vontade, mas forçada por um desejo que não é seu. A Judite da Artemísia, por outro lado, é um
alter-ego da pintora que comete o assassinato de Holofernes / Tassi de maneira consciente: seus
olhos não fogem, ela é forte, determinada e consciente de seu ato.

Das 60 pinturas que lhe são atribuídas, com certeza, 40 representam figuras femininas: de Maria
Maddalena a Santa Caterina, de Esther a Judite, Artemisia Gentileschi não apenas transfigurou a
dor do estupro: ela também deu voz às mulheres e reivindicou sua posição no mundo. história e
arte. As mulheres representadas nas obras de Artemisia são fortes, decididas, sensuais, muito
diferentes das mulheres angelicais representadas por outros pintores da época.

Em Florença podemos admirar as obras de Artemisia Gentileschi nas Gallerie degli Uffizi,
Galleria Palatina no Palazzo Pitti e na Casa Buonarroti.

ROMA, VENEZA, LONDRES E NÁPOLES

Mais tarde Artemisia decide de se mudar para Roma. Era imporante retornar à Cidade Eterna e
receber encomendas dos cardeais e Papa. O seu retorno à Roma, foi muito diferente da sua
partida. Agora Gentileschi era uma grande artista reconhecida por muitos pintores da época.

Depois Artemisia gira pela Itália: vai a Veneza, Nápoles e até Londres para encontrar o pai na
corte de Carlos I Stuart, um apaixonado por arte. Em Londres, Artemisia soube tecer
relacionamentos preciosos com importantes comissários de arte da época, criando obras
repletas de sentimentos, inquietação e preciosos efeitos de iluminação.
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Artemisia retorna a Nápoles e o estúdio da pintora se torna uma espécie de academia:


numerosos jovens pintores participam de suas comissões. Artemisia talvez tenha morrido em
1656. Ela está enterrada na igreja de San Giovanni dei Fiorentini, em Nápoles, sob uma placa
(agora perdida), com a seguinte redação: heic Artimisia.

Marta Vieira da Silva


Seu nascimento foi no dia 19 de fevereiro de 1986,nasceu em Dois Riachos,Alagoas. Marta foi
considerada a melhor jogadora do mundo por seis vezes e bateu recordes entre homens e
mulheres.

Marta Vieira da Silva, a Marta, é a principal jogadora de futebol do mundo e atua em campo na
posição de atacante. Nascida no município de Dois Riachos, em Alagoas, no dia 19 de fevereiro
de 1986, a brasileira é chamada de rainha do futebol e foi eleita seis vezes como a melhor
jogadora do mundo pela Federação Internacional de Futebol (Fifa).

A atleta teve uma infância humilde no interior de Alagoas. O pai deixou a família quando ela
tinha apenas um ano de idade. Desde então, Marta e os três irmãos (Ângela, José e Valdir) foram
criados pela mãe Tereza da Silva. A jogadora não é casada e não tem filhos.

Carreira de Marta
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O interesse de Marta pelo futebol surgiu nos primeiros anos de vida. Ainda criança, ela gostava
de jogar com os garotos, no interior de Alagoas. Era a única menina no grupo, e, em uma época
em que o preconceito ainda era muito grande em torno das mulheres no esporte, Marta
“ignorou” as críticas e discriminação das pessoas em volta.

Para ajudar no sustento de casa, Marta dividia o tempo em que não estava nos campos de
“pelada” (local onde se joga futebol amador) pelo trabalho de “carroçagem”, nome dado à
atividade de empurrar um carrinho de mão com produtos em uma feira da região. Ela também
vendia roupas e sacolés e aceitava os demais serviços que encontrava na feira, além de lavar
pratos na casa das famílias de amigas para ganhar algum valor que ajudasse em casa.

Na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), em Santana do Ipanema/AL, era realizada a


Copa Infantil de Futsal, uma das principais competições que haviam na região, e o técnico Luiz
Euclides, o “Tota”, aceitava que uma menina, a Marta, jogasse com os garotos.

Desde essa fase, ela já demonstrava muita habilidade e força, e, algumas vezes, sobressaía-se
frente aos meninos. A situação acabou se complicando, já que alguns deles ameaçavam
machucá-la, com isso, o técnico tomou uma decisão administrativa que a afastou dos jogos. A
competição passou a ser chamada de Copa AABB de Futsal Masculina, impedindo a participação
feminina.

Apesar da decepção da jovem garota em não poder mais jogar, ela não desistiu. Passado alguns
dias, o técnico Tota conseguiu testes para Marta no Rio de Janeiro. Ela faria dois testes:
primeiro no Vasco e depois no Fluminense. Com a carroçagem e a ajuda de pessoas próximas,
Marta conseguiu juntar um pouco de dinheiro para pegar um ônibus sozinha, aos 14 anos de
idade, com destino ao Rio de Janeiro.

Marta não chegou ao Fluminense, mas foi aprovada em seu primeiro treino no Vasco. Nos
primeiros minutos do teste, ela já se destacou entre as outras garotas. Ficou no Vasco por três
anos e foi emprestada ao Santa Cruz, de Minas Gerais, onde ficou por pouco tempo, até que o
clube carioca negociou a venda da jogadora para um clube da Europa.

Veja a trajetória de Marta entre os clubes da Suécia, Brasil e Estados Unidos:

Umeå IK - Suécia
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A rainha do futebol começou a destacar-se para o mundo quando chegou ao Umeå IK, na Suécia.
Por lá ela ficou cinco temporadas (2004-2009) e conseguiu seu primeiro prêmio de melhor
jogadora de futebol do mundo, em 2006.

Los Angeles Sol - EUA

Em 2009 a atleta foi contratada pela equipe do Los Angeles Sol. Marta pertenceu ao clube até
2010. Na equipe ela foi artilheira da Liga Nacional dos EUA, levando o time ao segundo lugar do
torneio.

Santos - Brasil

Durante o período que Marta era atleta do Los Angeles Sol, ela foi emprestada ao Santos por
três meses. No clube brasileiro, Marta foi campeã da Copa Libertadores e Copa do Brasil
feminina, em 2009. Ela também voltou em 2010, atuando por apenas dois meses.

FC Gold Pride – EUA

Marta voltou ao Los Angeles Sol e ficou disponível para o draft (atletas de clubes que
encerraram as atividades ficam liberados para serem contratados por outras equipes). A
jogadora foi escolhida pelo FC Gold Pride e foi, em 2010, artilheira da Liga Nacional pela
segunda vez, levando a equipe ao título.

Western New York Flash - EUA

Dessa vez, a jogadora reforçou o Western New York Flash. Em 2011 a equipe de Marta também
foi campeã da liga.

Tyreso FF – Suécia

A jogadora voltou ao país onde mais se destacou no futebol, em 2012. Dessa vez, ela vestiu a
camisa do Tyreso FF por dois anos. A equipe foi campeã nacional e vice-campeã europeia entre
2013-2014.

FC Rosengård – Suécia

Marta chegou ao FC Rosengård em 2014, após falência do Tyreso. O seu contrato era de seis
meses com possibilidade de prorrogação, o que acabou acontecendo. No Rosengård, a jogadora
foi bicampeã da Liga da Suécia, em 2014 e 2015. No ano seguinte, o time foi vice-campeão.
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Orlando Pride – EUA

O Orlando Pride, dos Estados Unidos, contratou Marta em 2017 e é o atual clube da jogadora
brasileira. A equipe ainda não conquistou títulos.

Seleção Brasileira

Com a equipe nacional, Marta foi campeã dos Jogos Pan-americanos de 2003 e 2007. Nos Jogos
Olímpicos de 2004 e 2008, a equipe foi vice-campeã.

Em 2007, Marta ajudou a Seleção a chegar pela primeira vez numa final de Copa do Mundo.
Apesar de não ter levado o título do torneio, a jogadora marcou o gol mais bonito da competição
na semifinal, o que levou o Brasil para a decisão. Na final a Alemanha foi campeã, e Marta foi a
artilheira do torneio com sete gols marcados.

Prêmios e recordes

Em 2018, Marta conquistou o prêmio de melhor jogadora de futebol do mundo pela sexta vez. A
brasileira já havia sido premiada pela Fifa outras cinco vezes consecutivas, de 2006 a 2010.
Entre homens e mulheres, Marta foi a atleta mais premiada até a edição de 2019, quando o
argentino Lionel Messi também recebeu seu sexto troféu e igualou-se à jogadora.

Outro recorde de Marta é o de maior artilheira de Copas do Mundo. Em 2019, no jogo entre a
seleção da Itália e a do Brasil, marcou seu 17º gol em mundiais, ultrapassando Klose, que era o
maior artilheiro em mundiais, com 16 gols.

Marta também é a primeira atleta a marcar gols em cinco edições diferentes da Copa do Mundo.
A primeira copa dela foi aos 17 anos, em 2003 (três gols), depois esteve presente nas edições de
2007 (sete gols), 2011 (quatro gols), 2015 (um gol) e 2019 (dois gols).

Em 2015, Marta superou Pelé, o Rei do Futebol, e tornou-se a maior artilheira da seleção
brasileira. Atualmente, possui 117 gols. Pelé tem 95 gols marcados com a camisa do Brasil.

Homenagens

*Maracanã

Marta deixou sua marca na calçada da fama do Estádio Maracanã, o principal do país. Ela é a
única mulher com a marca dos pés no local que carrega memórias de grandes jogadores do
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futebol nacional, como Pelé, Garrincha e Zico. A homenagem veio depois que Marta recebeu o
sexto prêmio de melhor jogadora do mundo. O molde fica em um espaço com o nome de
“Rainha Marta”.

ONU

Em 2018, a Organização das Nações Unidas (ONU) nomeou Marta como Embaixadora da Boa
Vontade para mulheres e meninas no esporte. Como exemplo de superação no esporte desde a
infância, Marta é uma inspiração para jovens atletas e símbolo da luta pela igualdade de gênero
no esporte.

A jogadora, desde então, dedica-se a apoiar o trabalho das mulheres no esporte pelo mundo.
Além disso, ela também inspira mulheres e meninas a superar barreiras e seguir seus sonhos em
diversas outras áreas.

Clubes

Vasco da Gama: (Campeonato Brasileiro Sub-19: 2001)

Umea IK: (Liga dos Campeões da UEFA: 2003-2004/Campeonato Sueco: 2005, 2006, 2007 e
2008/Copa da Suécia: 2007/Super Copa da Suécia: 2003-2004)

Santos: (Copa Libertadores da América: 2009/Copa do Brasil: 2009)

FC Gold Pride: (Liga de futebol feminino dos Estados Unidos: 2010)

Western New York Flash: (Liga de futebol feminino dos Estados Unidos: 2011)

Tyreso FF: (Damallsvenskan: 2012/Super Copa da Suécia: 2012

FC Rosengard: (Damallsvenskan: 2014, 2015/Super Copa da Suécia: 2014, 2015, 2016/Copa da


Suécia: 2016)

Seleção Brasileira

Jogos Pan-Americanos: medalha de ouro (Santo Domingo 2003 e Rio 2007)Copa América
Feminina: 2003, 2010, 2018

Torneio Internacional Cidade de São Paulo: 2009, 2011 e 2012

Campanhas de destaque
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Copa do Mundo de Futebol Feminino - 2º lugar (2007)

Campeonato Sul-Americano Feminino - 2º lugar (2006)

Jogos Olímpicos - medalha de prata (2004 e 2008)

Prêmios e conquistas

Melhor jogadora do mundo pela FIFA: 2006, 2007, 2008, 2009, 2018

Bola de Ouro da FIFA: 2010

Copa do Mundo de Futebol Feminino Sub-20 Bola de Ouro: 2004

Copa do Mundo de Futebol Feminino Bola de Ouro: 2007

Copa do Mundo de Futebol Feminino Chuteira de Ouro: 2007

Artilharias***

Jogos Pan-americanos de 2007 (12 gols)

Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2007 (sete gols)

Campeonato Sueco em 2004, 2005 e 2008 (22, 21 e 23 gols)

Torneio Internacional Cidade de São Paulo de 2009 (sete gols)

Liga de futebol feminino dos Estados Unidos de 2009 (10 gols)

Liga de futebol feminino dos Estados Unidos de 2010 (19 gols)

Liga de futebol feminino dos Estados Unidos de 2011 (10 gols)


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Maior Artilheira da História da Copa do Mundo de Futebol Feminino (17 gols)

Maior Artilheira da História da Seleção Brasileira (Masculina e a Feminina) (117 gols)

***A jogadora ainda está em atividade e os números podem sofrer alterações.

Maria Tereza de Fillipis


Nascida em Nápoles, em 11 de novembro de 1926, Maria Teresa Filippis foi, não apenas uma
piloto italiana, mas a primeira a fazer carreira em um carro de F1. O início de toda a sua história
nas pistas se deu ainda aos 22 anos, por conta de uma aposta com dois de seus irmãos, que não
acreditavam que ela pudesse ser veloz.E ela provou, não só aos irmãos, mas para o mundo que
ela era, sim, capaz de correr.
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A bordo do Fiat 500 da família, a Maria terminou a prova na 2ª posição e decidiu, a partir dali,
que seguiria a carreira de piloto. Depois de ser vice-campeã no campeonato italiano, foi
contratada pela Maserati para disputar corridas pela equipe, e em 1958, estreou na categoria
máxima do automobilismo mundial: A Fórmula 1!

Nessa época, Juan Manuel Fangio conquistou seu quinto título mundial da F1. Com o sucesso da
parceria, a equipe resolveu abraçar a ideia de ter em seu meio, uma figura feminina.

Ela tentou se classificar para cinco grandes prêmios, quatro deles pela equipe Maserati e um
pela Porsche, e conseguiu classificar-se para três deles. Sua melhor atuação foi em sua segunda
corrida, na Bélgica em 1958, quando largou em 15ª e terminou em 10ª.

A tentativa de proibição

No Grande Prêmio da França de 1958, a piloto foi proibida de correr por ser mulher. O diretor de
provas, Toto Roche, foi à conferência de imprensa, mostrou uma grande fotografia da Maria

Teresa e afirmou que “uma jovem tão bonita como aquela não deveria usar nenhum capacete a
não ser o secador do cabeleireiro.”

Quando soube, Maria ficou tão furiosa que disse que se o visse pela frente o teria esmurrado, e
com total razão.

A disputa por prazer

Conforme suas próprias declarações, Maria Teresa corria por puro prazer. Para ela, o ambiente
era familiar, pois o corpo de pilotos reunia também seus amigos. Segundo ela, as relações entre
os pilotos eram diferentes e muito mais cordial, ao contrário das relações atuais que são
dirigidas por ações e decisões dos patrocinadores, envolvidas por interesses capitalistas.

Eu corria apenas por prazer. Naquela época, em cada dez pilotos nove eram meus amigos.
Havia, digamos, um ambiente familiar. Saímos à noite, ouvíamos música e dançávamos. Era
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totalmente diferente do que os pilotos hoje fazem, em que se tornaram máquinas, robôs e estão
dependentes dos patrocinadores. Agora não há amigos na Fórmula 1.

O término de sua carreira

Sua carreira durou pouco tempo. Já em 1959, a piloto abandonou as pistas, casou-se e teve uma
filha no ano seguinte.

A partir daí, em 1979, o seu envolvimento com as pistas se deu através do International Club of
Former F1 Grand Pix Drivers, um clube que tratava da união de Ex-Pilotos da Formula 1. Lá, ela
foi vice-presidente do clube, desde 1997, além de presidente do clube de Maserati.

Por ocasião de sua saída do mundo automobilístico, Maria Teresa afirmou que ver seus amigos
morrer nas pistas foi um dos motivos. Como exemplos deles estão Luigi Musso, Peter Collins,
Afonso de Portago e Mike Hawthorn.

Depois de constituir família e se envolver mais indiretamente com o automobilismo, Maria


Teresa Filippis faleceu, em 9 de janeiro de 2016. Na época, ela tinha uma filha, dois netos e
morava perto de Milão, ainda na Itália.

O Legado de Maria Teresa Filippis

Apesar do seu curto tempo nas pistas, Maria Teresa abriu um caminho para conquistas que se
desenvolveram ainda mais. Em um tempo onde era totalmente incomum a presença de
mulheres em um campo tão masculino, ela foi o modelo de que há espaço para todos, sem que
haja preocupações com o gênero.

Suas conquistas fizeram com que todos soubessem que a capacidade e o talento não têm sexo.
Mais ainda, a história de Maria Teresa prova o quanto é importante falar sobre a relação
feminina com a igualdade.

A participação de Maria Teresa no automobilismo foi também a porta de entrada para uma
discussão de teor mundial. A partir dali, as lutas que se formaram já tinham a base e o exemplo
de um pequeno embrião na conquista dos direitos femininos.
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Ainda hoje, é possível perceber que o campo automobilístico ainda tende a ser masculinizado.
Ainda há muito o que se alcançar até que se alcance a igualdade. Mas, histórias como essa
fazem provar que, sim, é possível ocupar os espaços com dignidade, talento e muito respeito. E,
claro, é possível mudar a história!

Esse é mais um exemplo a ser lembrado sobre os espaços sempre considerados masculinos que
foram ocupados devidamente por uma mulher. Na verdade, mais do que devidamente, as
mulheres provaram ao longo da história, e continuam provando, que podem assumir qualquer
posição que desejem, com muita maestria e mérito.

Ser a primeira piloto de F1 foi um marco não só para a própria vida de Maria, como para a
história de todas as mulheres que sonharam e sonham em fazer parte do mundo automobilístico
um dia. Além de tudo, isso simbolizou um passo importantíssimo na luta pela igualdade entre
homens e mulheres.

Hortência de Fátima Marcari


Nasceu em 23 de setembro de 1959, em Potirendaba, São Paulo. Ex-jogadora de basquete, ela é
reconhecida como uma das maiores atletas da história do esporte brasileiro. Seus feitos nas
quadras a levaram a ser indicada para o Hall da Fama do Basquete.
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Uma das líderes da geração mais vitoriosa da história do basquete feminino no Brasil, Hortência
foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de Havana, em 1991, campeã mundial, em 1994, e
medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996.

Com uma trajetória que se iniciou quando ela tinha apenas 16 anos, a Rainha Hortência, como
ficou conhecida, se aposentou como a maior cestinha da história da Seleção Brasileira, com
3.160 pontos marcados em 127 partidas oficiais.

Em 2018, a ex-camisa 4 da Seleção Brasileira foi eleita a melhor jogadora da história das Copas
do Mundo de Basquete Feminino. Hortência levou 85% dos votos da eleição popular organizada
pela Federação Internacional de Basquete.

Como Hortência começou no basquete?Na infância, Hortência praticava vários esportes, como
atletismo, handebol e futsal. Porém, foi uma professora de Educação Física que percebeu seu
potencial para se tornar uma grande jogadora de basquete.

O primeiro clube defendido por ela foi o Higienópolis de Catanduva, em São Paulo.

Seu desempenho logo chamou a atenção e, aos 16 anos, ela fez sua estreia pela Seleção
Brasileira.

Em 1978, Hortência conquistou seu primeiro título pelo Brasil ao vencer o Campeonato Sul-
Americano, disputado na Bolívia.

Aquele foi o primeiro de diversos campeonatos vencidos pela antiga dona da camisa 4!

Quais os títulos de Hortência Marcari pela Seleção Brasileira?

Hortência foi uma das líderes da geração mais vitoriosa da história do basquete feminino
brasileiro. Ao lado de Magic Paula, ela atingiu o ápice de conquistas na década de 1990, com os
títulos pan-americano e mundial, além de uma medalha de prata em Olimpíadas.

Nos Jogos Pan-Americanos de Havana, em 1991, a Seleção Brasileira conquistou a medalha de


ouro ao vencer as donas da casa. Após a vitória sobre Cuba por 97 a 76, as jogadoras brasileiras
foram reverenciadas por Fidel Castro.

Com 133 pontos marcados, Hortência foi a principal cestinha do Brasil na campanha invicta
com 6 vitórias.
21

Três anos depois de conquistar o ouro em Havana, Hortência, Paula e companhia atingiram o
ápice da história do basquete feminino no Brasil.

Em 1994, no Mundial da Austrália, o time treinado por Miguel Ângelo da Luz foi campeão
mundial.

O título inédito veio depois de vitórias sobre os Estados Unidos, por 110 a 107, na semifinal, e
sobre a China, por 96 a 87, na decisão da medalha de ouro.

Hortência liderou a Seleção Brasileira ao título do Mundial de 1994 anotando média de 27,6
pontos por jogo, incluindo 32 pontos na heroica vitória sobre os Estados Unidos.

Depois de serem campeãs mundiais, as brasileiras chegaram com moral elevado aos Jogos
Olímpicos de Atlanta, em 1996.

A equipe liderada por Hortência e Magic Paula venceu todos os seus jogos naquela edição da
Olimpíada, até encarar os Estados Unidos na decisão.

No duelo pelo ouro, as norte-americanas venceram por 111 a 87, mas a medalha de prata foi a
melhor campanha da história do basquete brasileiro em Olimpíadas.

Títulos de Hortência

Títulos de Hortência pela Seleção Brasileira

Tricampeã sul-americana (Bolívia – 1978, Brasil – 1986 e Chile – 1989)

Medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Caracas (Venezuela – 1983)

Medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (Estados Unidos – 1987)

Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana (Cuba – 1991)

Medalha de bronze no Pré-Olímpico de Vigo (Espanha – 1992)

Campeã da Copa do Mundo de Basquete Feminino (Austrália – 1994)

Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta (Estados Unidos – 1996)

Títulos de Hortência por clubes


22

Octocampeã paulista (1982, 1983, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1993)

Heptacampeã da Taça Brasil (1984, 1987, 1989, 1991, 1992, 1994 e 1995)

Tetracampeã do Sul-Americano de Clubes (1983, 1984, 1993 e 1996)

Tricampeã no Mundial Interclubes (1991, 1993 e 1994)

Bicampeã do Pan-Americano de Clubes (2220 e 1995)

Recordes de Hortência

Maior pontuadora da história da Seleção Brasileira, com 3.160 pontos

127 partidas oficiais disputadas pela Seleção Brasileira

Média de 24,9 pontos por partida pela Seleção Brasileira

4 Campeonatos Mundiais disputados pela Seleção Brasileira

Por quais times Hortência jogou

São Caetano Esporte Clube, São Paulo

Associação Prudentina de Esportes Atléticos, Presidente Prudente

Clube Atlético Minercal, Sorocaba

Clube Atlético Constecca/Sedox, Sorocaba

Leite Moça/Atlético Sorocaba, Sorocaba

Associação Atlética Ponte Preta, São Paulo

Higienópolis Catanduva

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