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Diego Rivera

Diego María de la Concepción Juan Neponuceno Estanislao de la Rivera y


Barrientos Acosta y Rodrigues (8 de dezembro de 1886 - 24 de novembro de
1957)

Rivera, importante muralista mexicano, sozinho, mudou a forma da arte de sua


nação. Ele é conhecido não só por isso mas também por suas fortes
convicções políticas.

Desde pequeno demostrou forte tendência para as artes e frequentou a


Academia de Bellas Artes de San Carlos e a Academia de San Pedro Alvez, na
Cidade do México. Isso viria a ser a mola propulsora para receber uma bolsa
de estudos para estudar na Europa.
Aos 10 anos iniciou seus estudos na Escola de Belas-Artes de San Carlos na
capital mexicana. Com 16 anos foi expulso da academia por participar de uma
greve estudantil.
Em 1907 Diego Rivera realizou sua primeira exposição. O sucesso do evento
valeu-lhe uma bolsa do governo de Veracruz para prosseguir sua formação na
Espanha.
Viajou por diversos países da Europa até se fixar em Paris, onde entrou em
contato com o cubismo, o pós-impressionismo e o primitivismo. Nessa epoca
seus principais contratos artísticos nessa época eram com os russos. Durante
este período, ele se juntou ao Partido Comunista e sua afiliação política
inspirou os estudantes de direita a uma revolta com a Escola Nacional
Preparatória onde Rivera estava trabalhando.
Além da Europa (Espanha, França e Itália), local que permaneceu de 1907 até
1921, chegou a viver nos Estados Unidos durante quatro anos, retornando ao
México em 1934.
Diego Rivera pode ser considerado como um dos grandes nomes do muralismo.
Em 1923 ele foi chamado por José Vasconcelos para pintar os Murais do
Ministério da Educação. O Secretário solicitou pinturas de mulheres vestindo
trajes típicos de cada uma das regiões mexicanas, mas o que Rivera entregou
foi bem diferente.

Em 1927, foi convidado pela Rússia a participar do décimo aniversário da


Revolução. Ele concordou em pintar um mural para o Clube do Exército
Vermelho em Moscou, mas encontrou dificuldades e diferenças de opinião
enquanto trabalhava. Um ano depois, foi mandado para casa pelo Secretariado
Latino-Americano do Comintern e, em 1929, foi demitido do Partido Comunista.

Ele optou por pintar o dia a dia dos trabalhadores mexicanos, o trabalho nas
minas e usinas de açúcar, o cotidiano da índia tecelã, do lavrador, das oficinas
de fundição, do oleiro e ainda acrescentou símbolos da revolução e poemas
astecas. Rivera era conhecido por ser um revolucionário e deseja que a arte
chegasse às ruas.

Nesse momento, funda o “Sindicato dos Pintores” junto com outros artistas
mexicanos. Esse foi um movimento propulsor das ideias que mais tarde
serviram para estruturar sua mais destacada arte estética, o muralismo.

Além disso, Rivera, que possuía um espírito polêmico, era ateu e comunista, e
também colaborou com a fundação do Partido Comunista Mexicano. Em seu
país, chegou a ministrar aulas de composição e pintura no Colégio Nacional.

. Tinha 71 anos e deixou inacabado seu mais ambicioso e grandioso trabalho,


um mural épico sobre a história do México, o qual seria apresentado no Palácio
Nacional.
expôs seu trabalho em grandes murais nas cidades de São Francisco, Detroit
e Nova Iorque.
Em 1931, Rivera e Kahlo viajaram para Nova York, onde se tornaram
celebridades depois que a retrospectiva de Rivera no MOMA quebrou todos os
recordes de público. O maior escândalo de sua carreira, ocorreu nesta viagem
quando retratou Lenin em um mural para o Centro Rockefeller. Rivera não foi
autorizado a concluir o trabalho, que acabou sendo destruído. Depois do
tumulto em torno desse mural, ficou difícil para ele encontrar comissões.
Iniciou uma série de retratos e paisagens cubistas. As telas e os vários
desenhos a lápis dessa época foram considerados obras-primas do cubismo.
São desse período as obras “Retrato de Martins Luís Guzman” e “O
Guerrilheiro” (1915):
Em 1921, Diego Rivera retorna ao México, depois da eleição do presidente
Álvaro Obregón, político reformista e amante das artes, e se identifica com os
ideais revolucionários de seu país.

Junto com o artista David Alfaro Siqueiros, se dedicou a estudar as formas


primitivas dos astecas e da cultura maia, que veio a influir de maneira
significativa em sua obra posterior.

Com a colaboração de Siqueiros e de José Clemente Orozco, Rivera fundou o


Sindicato de Pintores, fazendo surgir o “Movimento Muralista Mexicano”, de
profunda raiz indigenista.

Com cores vivas e cenas de um realismo vigoroso e popular, Rivera criou um


estilo nacional que refletia a história do povo mexicano, desde a época pré-
colombiana até a Revolução.
Entre 1930 e 1934, Diego Rivera e Frida vão para os Estados Unidos. Nesse
período, Rivera realiza um mural no pátio interno do Instituto de Artes de
Detroit (1932-1933) e um grande mural para o Rockfeller Center de Nova
Iorque.
.
Frida Kahlo e Diego Rivera

Diego Rivera foi casado quatro vezes. Sua esposas foram Angelina Beloff,
Guadalupe Marín, Frida Kahlo e Emma Hurtado.

O relacionamento com a artista plástica Frida Kahlo (24 anos mais jovem que
ele) começou quando Frida foi sua modelo artística.

Eles casaram em 1929 e tiveram uma relação bastante tempestuosa, até que
se separaram em 1940. Um ano mais tarde reataram a relação e
permaneceram juntos até a morte de Frida, em 1954.

O relacionamento apaixonado e tumultuado de Rivera e Kahlo acabou em


divórcio em 1940, quando Frida descobriu que Diego mantinha um caso amoroso
com sua irmã Cristina Kahlo. Mas o casal se reconciliou e casaram-se
novamente.

Diego Rivera faleceu em 1957, de cancer. Antes de morrer, pediu que suas
cinzas fossem misturadas com as de Frida que falecera três anos antes e
serem mantidas na Casa Azul, residencia do casal. Seus desejos não foram
respeitados por sua esposa na época, Emma Hurtado.

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