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E.

E PROFESSOR LICINIO CARPINELLI

GEOMETRIA CRIATIVA

LUANA DA SILVA LEITE

EMILLY ALESSANDRA PAZ MARTINS

BIOGRAFIA TARSILA DO AMARAL E SUA OBRA


GEOMETRICA “A CAIPIRINHA”

Guarulhos - São Paulo

2023
EMILLY ALESSANDRA PAZ MARTINS

LUANA DA SILVA LEITE

Trabalho apresentado à Matéria de


Geometria Criativa da Escola Estadual
Licínio Carpinelli de Guarulhos, como o
requisito o recebimento da nota
contribuição.

Orientador(a): Priscila

GUARULHOS – SP

2023
SUMÁRIO

1. Biografia Tarsila do Amaral


2. Primeiro Casamento e Maternidade
3. Inicio da Carreira
4. Representações na Cultura
5. A “Caipirinha”
BIOGRAFIA TARSILA DO AMARAL

Nasceu em 1 de Setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo,


em Capivari, interior de São Paulo, de lar fisiocrata, patriarcal, autoritário e legítimo
representante da potente oligarquia cafeeira paulista – já herdeira de apreciável
fortuna e diversas fazendas, nas quais Tarsila passou a infância e adolescência, foi-
lhe ensinado a ler, escrever, bordar e falar francês.

O lazer se dividia entre o piano, passeios campestres e a pesquisa


minuciosa nos numerosos volumes da biblioteca paterna. Estudou em São Paulo,
em um colégio de freiras do bairro de Santana e no Colégio Nossa Senhora de Sion.
Completou seus estudos em Barcelona, na Espanha, no Colégio Sacré-Coeur de
Jésus.

No Brasil, fez parte do chamado Grupo dos Cinco: Anita Malfatti (1889-
1964), Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti del
Picchia (1892-1988) e Tarsila do Amaral. Por causa desse convívio, em 1922, pintou
os retratos de Mário de Andrade e de Oswald de Andrade, em estilo expressionista.
No ano seguinte, em 1923, ela e Oswald de Andrade foram viver em Paris, onde
Tarsila do Amaral pôde se envolver ainda mais com a arte moderna.

PRIMEIRO CASAMENTO E MATERNIDADE

1906: Casou-se com seu primo materno, o médico André


Teixeira Pinto; mas André e o conservadorismo da época a impediam de qualquer
desenvolvimento artístico, fazendo com que esse primeiro casamento fracassasse
rapidamente. Com ele teve sua única filha, a menina Dulce, nascida no mesmo ano
do casamento. Tarsila se separou logo após o nascimento da filha e voltou a morar
com os pais na fazenda, com a filha.

André Teixeira Pinto opunha-se ao desenvolvimento artístico da esposa,


pois, para ele e para diversos homens da época, as mulheres deveriam dedicar-se
integralmente aos cuidados domésticos e aos filhos. Como a diferença cultural do
casal era muito grande, Tarsila pediu não somente o divórcio, mas a anulação do
seu matrimônio.
INICIO DA CARREIRA

1916: Iniciou estudos de escultura com o escultor William Zadig e Mantovani em


1916. No ano seguinte, começou a aprender pintura com Pedro Alexandrino Borges
e mais tarde, estudou com o alemão George Fischer Elpons.

1920: Incentivada por João de Souza Lima – amigo da família de Tarsila, que havia
obtido bolsa de estudos da “Comissão do pensionato Artístico do Estado de São
Paulo – leia-se Freitas Valle e Villa Kyrial – que estava vivendo em Paris; viaja a
Paris e freqüenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos
intensamente. Também estudou na Academia de Émile Renard. A artista estudou
também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também
apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos
como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o
compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia
Guedes Penteado.

Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê e era convidada


para jantares na casa de personalidades da época. Vestia-se com os melhores
costureiros e, em uma homenagem a Santos Dumont usou uma capa vermelha que
foi eternizada por ela no auto-retrato “Manteau Rouge”, de 1923.

1922: Sua tela “Passaporte” foi admitida no “Salon Officiel des Artistes Français”.

Expôs no Salão de Belas Artes de São Paulo no Palácio das Indústrias.

Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas e,


portanto, já ter sido apresentada ao Modernismo, Tarsila somente aderiu às idéias
modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Foi apresentada por Anita Malfatti aos
modernistas, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses
novos amigos passaram a freqüentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco.

1923: Em janeiro de 1923, na Europa, Tarsila se uniu a Oswald de Andrade e o


casal viajou por Portugal, Espanha e Itália. De volta a Paris, estudou com os artistas
cubistas: freqüentou a Academia de Lhote, de Albert Gleizes,
Conheceu Pablo Picasso, Blaise Cendrars e tornou-se amiga do pintor Fernand
Léger, visitando a academia desse mestre do cubismo, de quem Tarsila conservou,
principalmente, a técnica lisa de pintura e certa influência do modelado legeriano.
Pintou a obra “A negra” que impressionou muito Léger.

REPRESENTAÇÕES NA CULTURA

Tarsila do Amaral já foi retratada como personagem no cinema e na televisão,


interpretada por Esther Góes no filme "Eternamente Pagu" (1987), Eliane Giardini
nas minisséries "Um Só Coração" (2004) e "JK" (2006).

A artista também foi tema da peça teatral Tarsila, escrita entre novembro de 2001 e
maio de 2002 por Maria Adelaide Amaral. A peça foi encenada em 2003 e publicada
em forma de livro em 2004. A personagem-título foi interpretada pela atriz Esther
Góes e a peça também tinha Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Anita Malfatti
como personagens.

Tarsila do Amaral foi homenageada pela União Astronômica Internacional,


que em 20 de novembro de 2008 atribuiu o nome "Amaral" a uma cratera do planeta
Mercúrio.

Em 2008, foi lançado o Catálogo Raisonné Tarsila do Amaral, uma catalogação


completa das obras da artista em três volumes, em realização da “Base Projetos
Culturais”, com patrocínio da Petrobras, numa parceria com a Pinacoteca do Estado
de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Governo do Estado de São Paulo.

A CAIPIRINHA

A pintura a óleo “A Caipirinha”, de 1923, retrata a infância de Tarsila do Amaral na


fazenda onde nasceu, no interior de São Paulo, brincando com uma boneca feita de
mato. Como resultado, o estilo modernista característico da artista se evidenciou nas
cores vivas da tela que traduzem a cultura brasileira do campo.

É uma pintura em óleo sobre tela, medindo 64 cm x 81 cm. A pintura, concebida pela
artista em 1923, um ano após a Semana de Arte Moderna.

Em 2020, “A Caipirinha”, considerada uma das pinturas mais famosas, se tornando a


obra mais cara já vendida em leilão no Brasil. Vendida por R$57,5 Milhões.
Quadro “A CAIPIRINHA”, de Tarsila Amaral
REFERÊNCIAS

Biografia disponível em:


https://www.escritoriodearte.com/artista/tarsila-do-amaral. São Paulo 2023
Obra disponível em:
https://sergiolongo.com.br/a-caipirinha-tarsila-do-amaral/. São Paulo 2021

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