Você está na página 1de 1

Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889, artista

brasileira que marcou a História da Arte brasileira, tem uma trajetória de vida com muitos
obstáculos, mas isso não foi um impedimento para que perseguisse seus sonhos. Ela perdeu o
pai ainda jovem e sua mãe teve que assumir as responsabilidades financeiras da família. Para
aumentar a renda familiar, sua mãe começou a dar aula de pintura. Foi nesse contexto o
primeiro contado da Anita com a pintura. Outra dificuldade que ela teve de enfrentar foi o fato
de ter nascido com uma deficiência genética na mão direita, o que não a impediu de aprender
a pintar com a mão esquerda. Com 13 anos, sem saber que rumo tomar na vida, Anita
resolveu se suicidar deitando num trilho de trem, achou que ter uma emoção forte, a
faria decidir que caminho seguir, e funcionou, pois então decidiu se dedicar a arte.
Anita queria muito estudar pintura fora do Brasil, apesar de não ter condições financeiras à
época. Felizmente, pôde contar com o apoio de um tio que patrocinou seus estudos. Assim,
conseguiu estudar na capital alemã, Berlim, e nos Estados Unidos da América, na cidade de
Nova Iorque . Foi nesse momento que ela conheceu uma forma nova de pintar longe dos
padrões acadêmicos da época em que vivia; conheceu o expressionismo e o cubismo,
movimentos artísticos de vanguarda europeia.

A mulher de cabelos verdes é uma obra que retrata o valor da mulher


em si, e romantiza o processo de envelhecimento. Ela mostra que as
mulheres não devem se preocupar com os cabelos brancos, pois eles
são a sua força.
VERDE = ESPERANÇA
A Mulher de cabelos verdes – 1916

Quando regressou ao Brasil, resolveu fazer uma exposição de suas 53 obras, contudo essa
exposição, que ficou conhecia como a exposição de 1917, teve uma repercussão bastante
negativa, entre críticos e opinião pública brasileira, tendo sido, inclusive, duramente criticada
por Monteiro Lobato. O literato fez uma critica nos jornais da época chamada de "paranoia ou
mistificação". Depois de toda essa pesada crítica, ela ficou um ano sem pintar, mas graças aos
seus amigos Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, voltou a pintar.
Amigos são tudo nessa vida, não?! Inclusive, Anita fez parte do chamado “grupo dos cinco" ao
lado de Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti De
Picchia. Suas obras eram uma explosão de cores, emoções e pincelas. Sem preocupação em
pintar a realidade, pintando livremente, sem limites, deixando sua imaginação fluir. Vale a
pena conhecê-la melhor não só para entender a história da arte brasileira, pois foi ela a
responsável por viabilizar a arte moderna no Brasil , mas também porque ela é um exemplo de
superação e destaque feminino em uma época em que a mulher tinha pouco espaço na
sociedade. Anita nunca se casou, no entanto ela amava Mario de Andrade, seu grande amigo,
que não correspondia esse amor da mesma forma. Anita faleceu em sua cidade natal,
dia 6 de novembro de 1964, um mês antes de completar 75 anos.

Você também pode gostar