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Nesse contexto, Luís Carlos Prestes, com a coliderança de Olga Benário, Rodolfo
Ghioldi, Arthur Ewert, Antônio Bonfim (mais conhecido como Adalberto Fernandes
ou pelo apelido, “Miranda”) e outros, organizou levantes para o final de novembro
de 1935 a fim de tentar derrubar o Governo Vargas e tomar o poder. Acusavam o
governo de reformista e burguês, entendendo que ele não atendia às
reivindicações do movimento operário, apenas cuidando da manutenção da
exploração do trabalhador por outros meios, ao apresentar meros paliativos para
os abusos existentes na relação patrão-empregado.
Ou seja, a censura foi utilizada como um objeto dominador político, portanto a DIP
do governo Vargas era claramente um instrumento de coerção social.
Texto 4
A tortura de presos foi investigada e descrita pelo jornalista David Nasser (1917-
1980), inicialmente em seis reportagens publicadas na revista O Cruzeiro – a
primeira delas em 29 de outubro de 1946 – e, depois, em livro de 1947. As
publicações foram intituladas “Falta alguém em Nuremberg”. Esse alguém era o
capitão do Exército Filinto Müller (1900-1973), chefe de Polícia da capital de 1933 a
1942. Os principais instrumentos de tortura, mencionados em depoimentos no
Congresso e registrados por David Nasser, eram: o maçarico, que queimava e
arrancava pedaços de carne; os “adelfis”, estiletes de madeira que eram enfiados
por baixo das unhas; os “anjinhos”, espécie de alicate para apertar e esmagar
testículos e pontas de seios; a “cadeira americana”, que não permitia que o preso
dormisse; e a máscara de couro.