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REVOLUÇÃO DE 1930

Em 1930, o presidente Washington Luís escolheu para a sua sucessão um paulistano chamado
Júlio Prestes com a percepção de que São Paulo deveria governar o Brasil. Contudo, a sua decisão
além de levar o fim da política do café com leite fez com que deixasse a oligarquia mineira
descontente já que o governante não escolheu um mineiro. Assim, houve uma reunião mineira de
Rio Grande do Sul à Paraíba. Ademais, alguns militares
tenentistas insatisfeitos com o Governo Federal formaram a
Aliança Liberal. Ambas elites escolheram Getúlio Vargas como
candidato para presidente e João Pessoa como vice.

Devido às fraudes que estavam ocorrendo, o paulistano


venceu a eleição e, inesperadamente, teve o assassinato de
João Pessoa o que gerou numa revolta armada. Com os
combates acontecendo em diversas regiões, provocou na renúncia do Washington Luís e o
empossamento do Vargas como presidente provisório.

ERA VARGAS: INTRODUÇÃO

A Era Vargas foi um governo autoritário (empregava o trabalhismo e o populismo). Mas apesar
disso, ele era muito apoiado pelo seu povo que por esse motivo ficou conhecido como “pai dos
pobres”. Vale ressaltar que o Estado interferia na economia interna, pois desejava que houvesse a
modernização econômica e o desenvolvimento industrial no Brasil. Assim, muitas das suas ações
eram de aproximação tanto na elite industrial quanto na agrária.

Esse período foi divido em três fases: Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional
(1934-1937) e Estado Novo (1937-1945).

GOVERNO PROVISÓRIO

Logo no início do Governo Provisório, houve o fim da República Oligárquica. E para garantir
que a corrupção dessa elite seja extinta definitivamente, substituiu todos os governantes por
interventores. Além disso, a Constituição de 1891 foi revogada.
Vargas passou a ter passou a ter poderes ditatoriais por não haver Parlamento, Constituição e
políticos de oposição. Desse modo, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Isso
estabelecia leis e direitos que normatizava o trabalho e dava proteção ao trabalhador urbano.
Entrento, para que isso realmente acontecesse o indivíduo teria que obter a carteira de trabalho (o
que não era fácil de adquirir).

A economia brasileira estava passando por “maus bocados” por causa da crise de 1929.
Algumas das consequências foram: o aumento das dívidas
externas e a queda de exportações (especialmente do café).
Como solução desse problema, 70 milhões de sacas de café
foram queimadas entre os anos 1931 a 1944 (Queima de 31).
O objetivo era reduzir a oferta do café no mercado e manter
o seu preço como estava anteriormente.

Em 1931, determinou que somente um sindicato por


categoria seria reconhecido e que apenas os membros
sindicalizados teriam acesso aos direitos trabalhistas. A intenção de estabelecer essas condições era
de impedir o crescimento do sindicalismo autônomo no país. Foram realizados vários conflitos entre
policiais e grupo de operários contrários à apropriação dos sindicatos.

Apesar de tudo que estava acontecendo, em 1932, instituiu o novo Código Eleitoral e
empregou a cidadania das mulheres. O voto era secreto e apenas podiam votar as pessoas acima de
21 anos (exceto analfabetos que ainda não eram permitidos de fazê-lo).

Grande parte das pessoas de São Paulo estavam


insatisfeitas e com medo que prolongasse ainda mais o governo
de Vargas. Esse povo então se reuniu e formou manifestações,
alguns exemplos seriam o Movimento MMDC (governistas que
tentaram invadir a sede da Legião Revolucionária) e a
Revolução Constitucionalista de 1932. No final, nenhum dos
dois teve êxito. Todavia, algumas exigências foram cedidas.

Alguns deputados que integraram a nova Assembleia


permitiram que Vargas continuasse na presidência.

GOVERNO CONSTITUCIONAL

Nessa fase da Era Vargas, houve modelos de controle de trabalhadores: sindicatos


corporativistas (cooptação dos trabalhadores) e por profissão (diminuir o poder da classe
trabalhadora).

Durante a Europa em 1930, alguns conceitos como fascismo (Itália), stalinismo (URSS) e
nazismo (Alemanha) estavam se repercutindo tanto que chegaram aqui no Brasil. A sociedade
brasileira se preocupava com a disseminação dessas ideias, principalmente as socialistas e
comunistas. Então, dois grupos políticos (inimigos um ao outro) ganharam mais poder pelos
acontecimentos dos países europeus:
AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA (AIB) ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA (ANL)

Liderado pelo Plínio Salgado Liderado pelo Luís Carlos Prestes (queria iniciar
uma revolução no Brasil)
Grupo de apoiadores a Vargas Grupo de opositores a Vargas
Fazia parte do partido INTEGRALISTA Fazia parte do partido COMUNISTA
Apoia o nacionalismo exacerbado, o Apoia o socialismo e liberalismo. Defende a
militarismo e os valores cristãos (como o lema nacionalização dos serviços públicos, o
"Deus, pátria e família”). Apesar de ter tido aumento dos salários, a implantação de um
uma proximidade com o nazismo, não era a governo popular e a garantia dos direitos
favor do racismo. individuais (como por exemplo a reforma
agrária).

Em 1935, Prestes publicou um manifesto contra Vargas e o presidente mandou no dia seguinte
uma "resposta" para isso. Ordenou o fechamento da ANL e a proibição de suas manifestações
populares. Por ter feito tais ordens, o partido comunista se revoltou e iniciou uma série de levantes
armados contra o presidente. Esse movimento passou a ser chamado de “Intentona Comunista” ou
Levante Comunista de 1935 (plano insensato). Em contrapartida, o governo abordou uma violenta
repressão e aprisionou os participantes daquele atentado.

Com o estado de sítio enfraquecido e o medo que a “ameaça comunista”


voltasse, Vargas planejou um falso golpe militar denominado Plano Cohen
(apoiado pelo exército e AIB).

Quando todos os partidos políticos e o Congresso Nacional foram


fechados, o partido integralista se revoltou já que esperava que o
integralismo se tornasse o partido-base do governo (o que não aconteceu). Em conclusão, foram
detidos.

ESTADO NOVO

Foi uma ditadura, onde houve um intenso uso de propagandas


governamentais e de censura feitas pelo Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP). Muitas das vezes, o rádio foi usado como meio de
comunicação entre o governo e o povo. Além disso, Vargas instituiu uma
polícia secreta (cheia de repressões, prisões, torturas e até mortes).

A partir do momento em que outorgou uma Carta Constitucional


chamada "Polaca" (inspirada na Constituição polonesa), o poder do
Executivo ficou ilimitado. Sem contar que teve a Criação do Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP). Os governadores estaduais
(interventores) poderiam indicar prefeitos dos municípios

O Ministério da Educação e Saúde Pública propôs um modelo educacional que valorizava a


identidade nacional (miscigenação de negros, brancos, índios), oficializou práticas que eram
proibidas (como a capoeira), Ensino Fundamental e Médio obrigatórios.
Em 1943, Vargas procurou controlar novamente a massa de trabalhadores urbanos (sobretudo
aqueles ligados à então crescente industrialização do país) por meio da legislação trabalhista como a
Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).

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