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Era Vargas(Governo Provisório e Constitucional)


Getúlio Vargas assumiu a presidência da República em caráter provisório, até que fossem realizadas novas eleições. Ele tomou várias medidas
autoritárias, como a dissolução do Congresso Nacional (composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal) e a suspensão da Constituição
de 1891. Assim, o Brasil ficou sem constituição até que fosse elaborada uma nova Carta, por isso pode-se dizer que o Governo Provisório era
inconstitucional.O presidente também nomeou interventores tenentistas para administrar os estados, suspendendo as eleições para governador e
desagradando as oligarquias políticas. Além disso, tentou ajudar os cafeicultores em crise, comprando parte de sua produção de café e queimando-
a. Essa medida, que tinha o objetivo de aumentar os preços do produto, não foi efetiva.
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Era Vargas (Governo Provisório e Constitucional)


Os políticos paulistas estavam insatisfeitos com a perda do controle do poder central e com a intervenção presidencial na política estadual, em razão
da nomeação de interventores de outros estados em São Paulo. A demora na convocação de eleições diretas também angustiava a população,
principalmente as elites.Para tentar apaziguar os ânimos no estado, em fevereiro de 1932, Vargas nomeou como interventor de São Paulo o paulista e
civil Pedro Toledo e publicou o novo Código Eleitoral. Porém, as medidas não foram suficientes para conter os oposicionistas.Em uma manifestação
realizada em 23 de maio de 1932, na cidade de São Paulo, houve confronto entre os manifestantes e a polícia. Quatro estudantes foram mortos:
Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade.Os jovens se tornaram símbolo de
resistência ao governo e as suas iniciais, MMDC, foram usadas para nomear uma organização civil e secreta que oferecia treinamento militar para
opositores ao governo e divulgava mensagens contra Vargas em jornais e rádios.Em 9 de julho de 1932, os membros dessa organização e outros
revoltosos saíram às ruas com o objetivo de pressionar o governo por eleições diretas e pela convocação de uma Constituinte, iniciando a Revolução
Constitucionalista, nome pelo qual o conflito ficou conhecido. A revolta durou três meses e mobilizou milhares de pessoas, que se organizaram para
auxiliar os revoltosos com armamentos ou outras necessidades, como cuidados médicos.Os paulistas esperavam que Minas Gerais e Rio Grande do
Sul apoiassem a luta. Contudo, os governos desses estados permaneceram fiéis ao Governo Provisório. Assim, os rebeldes foram dominados, com
saldo de centenas de mortos. Com a pressão do movimento, Vargas convocou eleições para a formação de uma Assembleia Constituinte.
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Era Vargas (Governo Provisório e Constitucional)

Os trabalhos da Assembleia tiveram início em 15 de novembro de 1933. No ano seguinte, foi promulgada pelo Congresso Federal a nova
Constituição do Brasil. Algumas determinações desse documento foram as seguintes:•Manutenção da separação dos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário.•Preservação do federalismo e do presidencialismo.•Regulação de alguns direitos trabalhistas, como a redução da
jornada de trabalho para oito horas diárias, a proibição do trabalho para menores de quatorze anos, a criação do descanso semanal
remunerado e a indenização ao trabalhador demitido sem justa causa.•Criação da Justiça do Trabalho, parte do Poder Judiciário
exclusivamente voltada para questões trabalhistas.•Voto obrigatório e secreto para maiores de 18 anos.No mesmo ano, por eleição indireta, a
Assembleia Constituinte escolheu Getúlio Vargas para o cargo de presidente da República, com um mandato de quatro anos. Assim, com
amparo da Constituição e da Assembleia, o governo de Vargas passou a ter respaldo legal.
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Apesar da centralização do poder nas mãos de Vargas e da nova Constituição, não houve a esperada
tranquilidade social e política. Em paralelo ao contexto europeu, em que se fortaleciam governos totalitários e se
consolidava a União Soviética, surgiram duas forças políticas opostas e bastante expressivas no Brasil: a Ação
Integralista Brasileira (AIB) e a Aliança Nacional Libertadora (ANL).Vargas, alinhado com alguns ideais de controle
dos regimes totalitários europeus, tinha simpatia pela AIB e considerava os membros da ANL subversivos. Em
julho de 1935, Luís Carlos Prestes realizou um violento discurso contra o governo, que determinou, em
decorrência disso, a ilegalidade da ANL e a prisão de seus principais membros.O Partido Comunista reagiu à
repressão com uma revolta armada nos quartéis de Natal, Recife e Rio de Janeiro, entre 23 e 27 de novembro de
1935. O movimento ficou conhecido como Intentona Comunista, uma tentativa de golpe no governo por parte
dos comunistas. A revolta foi sufocada e os revoltosos foram presos e torturados.
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Era Vargas (Governo Provisório e Constitucional)


Em 1937, aconteceriam eleições presidenciais. Em setembro desse ano, o governo divulgou um documento contendo um plano que teria sido
organizado por comunistas internacionais para a tomada de poder no Brasil. Chamado de Plano Cohen, ele incluía o planejamento de assassinatos
de políticos e militares, depredações, incêndios de igrejas e massacres. Mais tarde, o plano se revelou uma farsa organizada por um militar
simpatizante da Ação Integralista Brasileira.No entanto, no período, o Plano Cohen foi utilizado como pretexto por Vargas para declarar estado de
guerra no Brasil, suspender as eleições, fortalecer a censura à imprensa e ordenar a prisão de pessoas ligadas a movimentos comunistas. Em 10 de
novembro de 1937, Vargas e as Forças Armadas fecharam o Congresso Nacional, elaboraram uma nova Constituição e a aprovaram.Nesse mesmo
dia, em uma transmissão pelo rádio, o presidente anunciou à população que permaneceria no poder sob uma nova Constituição. No mês seguinte,
decretou a dissolução dos partidos políticos. Com essas medidas, teve início o período ditatorial denominado Estado Novo.
Obriga
do

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