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prova 1 ano bimestre 3 Data:  

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Aluno: Turma:
Professor: Modelo: 1 2 3 4

INSTRUÇÕES PARA REALIZAR A AVALIAÇÃO


1. Verifique se sua prova está completa (questões e páginas).
2. Leia com calma e atenção as questões solicitadas, respondendo-as com clareza.
3. Todas as respostas deverão ser escritas a caneta no cartão-resposta.
4. Nas questões descritivas das disciplinas exatas, os cálculos serão obrigatórios.
5. Escreva com letra legível, coloque seu nome e revise sua prova antes de entregá-la.
 
Questão 01

No quadro acima, observa-se a organização espacial do trabalho agrícola típica do períodjnoejfef fnoejde dundn
eo medieval. A partir dele, podemos afirmar que:

A) Os camponeses estão distantes do castelo porque já abandonavam o domínio senhorial, num momento em
que práticas de conservação do solo, como a rotação de culturas, e a invenção de novos instrumentos, como o
arado, aumentavam a pnmdod odimk0ped drodução agrícola.
B) Os camponeses utilizavam, então, práticas de plantio direto, o que permitia a melhor conservação do solo e a
fertilidade das terras que pertenciam a um senhor feudal, como sugere o castelo fortificado que domina a
paisagem ao fundo do quadro.
C) Um castelo fortificado domina a paisagem, ao fundo, pois os camponeses trabalhavam no domínio de um
senhor; podese ver também que utilizavam práticas de rotação de culturas, visando à conservação do solo e à
manutenção da fertilidade das terras.
D) A cena retrata um momento de mudança técnica e social: desenvolviam-se novos instrumentos agrícolas,
como o arado, e o uso de práticas de plantio direto, o que levava ao aumento da produção, permitindo que os
camponeses abandonassem o domínio senhorial.
 
Questão 02
Nos séculos XIV e XV, a Europa medieval vivenciou uma grave crise geral, que abalou profundamente as
estruturas da sociedade, abrindo espaços para a criação de relações capitalistas no interior dessas sociedades
europeias dando início ao que se convencionou chamar de Idade Moderna.
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que não caracteriza os efeitos da transição da Idade Média para a
Idade Moderna.

A) A expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI, rompendo os estreitos limites do comércio medieval.
B) A centralização do poder nas mãos do rei, totalmente diferente do poder pulverizado dos senhores feudais.
C) O surgimento de uma nova cultura, mais urbana e laica, em oposição à cultura rural-religiosa do período
medieval.
D) A busca de uma nova espiritualidade, possibilitando a ruptura da unidade cristã a partir da Reforma Religiosa.
E) A ocupação do poder político pela burguesia, baseada no crescente enriquecimento econômico dessa classe
social.
 

Modelo: 1 2 3 4 | prova 1 ano bimestre 3 1


COLEGIO DIAMANTE

Questão 03
Em A civilização do Ocidente medieval (2005), Jacques Le Goff afirma que “a terra e a economia agrária eram a
base e o essencial da vida material na Idade Média” (p. 203), abordando em especial os séculos X a XIII.
Em relação ao tema, assinale a alternativa correta.

A) Durante o período, a madeira foi substituída, nos utensílios domésticos e agrícolas, pelo ferro, pois a extração
mineral permitiu a popularização do uso desse mineral em todas as camadas sociais.
B) Quanto à produção agrícola e às técnicas rurais do período, houve significativo aperfeiçoamento dos
instrumentos agrícolas e do processo de adubação das terras, o que levou a uma alta produtividade.
C) Nos séculos XII e XIII, o essencial da energia no Ocidente medieval, que antes provinha dos homens e dos
animais, foi substituído pela força dos moinhos.
D) O crescimento demográfico ocorrido nos séculos XI a XIII fomentou a constituição de um sentido de lucro de
tipo pré-capitalista, decorrente do aumento da demanda por alimentos.
E) A partir do século XI, ocorreram progressos tecnológicos importantes, em geral derivados da difusão de muitos
instrumentos, máquinas e técnicas conhecidos desde a Antiguidade.
 
Questão 04
Estamos acostumados a considerar que o sistema centro/periferia, ao menos no Ocidente, é um eixo essencial
da estrutura e do funcionamento no espaço das economias, das sociedades, das civilizações. O historiador
Fernand Braudel estimou que tal sistema só existiu e funcionou plenamente a partir do século XV. Essa definição
não se aplica à Cristandade Medieval sem importantes correções. A noção de centro e a oposição
centro/periferia são menos decisivas que outros sistemas de orientação espacial. O principal sistema é o que
opõe o baixo ao alto, quer dizer, o Aqui, esse “mundo” imperfeito e marcado pelo Pecado Original, ao céu,
morada de Deus.
(Adaptado de Jacques Le Goff e Jean-Claude Schmitt, “Centro/Periferia”, em Dicionário temático do ocidente medieval, v. 2.
São Paulo: Edusc, 2002, p. 203.)
A partir do texto acima, assinale a alternativa correta.

A) Usada nas Ciências Humanas para a compreensão de períodos históricos desde a Antiguidade, a noção de
centro/periferia perdura até a atualidade e estrutura o sistema econômico global contemporâneo.
B) As noções de baixo e alto têm um sentido histórico mais preciso para a compreensão da Cristandade
Medieval do que o sistema centro/periferia.
C) O sistema centro/periferia é aplicável ao estudo da Cristandade Medieval, já que os feudos constituíam o
centro da vida econômica e cultural naquele contexto.
D) O sistema centro/periferia aplicado durante a Era Medieval espelhava o sistema de orientação baixo e alto,
sendo o baixo o mundo do pecado e o alto o mundo da virtude cristã.
 
Questão 05
Aparece na literatura medieval, no final do século IX, para florescer no século XI, até se tornar um lugar comum
no sé- culo XII, um tema que descreve a sociedade que se divide em três categorias ou ordens.
(Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média, 2013.)
As “três categorias ou ordens” citadas no texto são, respectivamente,

A) Aristocracia, burguesia e proletariado.


B) Militares, patrícios e camponeses.
C) Clérigos, guerreiros e trabalhadores.
D) Comerciantes, industriais e operariado.
E) Classe alta, classe média e classe baixa.
 

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COLEGIO DIAMANTE

Questão 06
Leia o texto a seguir.
Os camponeses que viviam nessas terras já não eram homens livres [...]. Eles pertenciam à terra que o rei tinha
atribuído a um senhor ou às terras que um nobre já possuía. [...] Esses camponeses eram chamados “servos”.
Não eram considerados cidadãos do reino. Nem tinham direito de se deslocar conforme quisessem, nem de
decidir se estavam ou não dispostos a cultivar. [...] Esses homens sem liberdade não eram exatamente escravos,
pois pertenciam à terra, que por sua vez pertencia ao rei, mesmo que ele a cedesse a um nobre. O nobre ou
príncipe não tinha direito de vendê-los nem de matá-los, ao contrário do que acontecia com os donos de
escravos de antes. Fora isso, tinha direito de exigir deles o que quisesse. Sempre que ordenasse, os servos
tinham de cultivar suas terras e trabalhar para ele. Eram obrigados a lhe fornecer regularmente pão e carne para
sua alimentação, pois o nobre não trabalhava no campo. No máximo ia à caça, quando tinha vontade. O domínio
que o rei lhe cedera, chamado “feudo”, era sua propriedade, e ele a transmitia ao filho por herança, a não ser que
cometesse faltas graves para com o rei. Em troca do feudo, o senhor se comprometia com o rei a custear a
formação de um exército com seus camponeses e outros senhores e a lutar pelo rei quando houvesse guerra.
Ora, guerras havia com freqüência.
(GOMBRICH, E. H. Breve história do mundo. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 160-161.)
De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre a sociedade feudal europeia, é correto afirmar:

A) A instituição do feudalismo estimulou a formação de um mercado de compra e venda de terras, constituindo-
se embrião da atual propriedade privada fundiária.
B) A Igreja de Roma resistiu à formação dos feudos, devido à sua opção preferencial pelos pobres, ficando
segregada do sistema feudal.
C) As cidades europeias desapareceram a partir do século XI, no período de crise da produção feudal, porque o
comércio foi extinto.
D) Os Estados medievais constituíram estruturas poderosas e complexas, com exército regulares, cunhagem
centralizada da moeda e sistema jurídico baseado no Direito Romano.
E) As terras senhoriais eram compostas pelas reservas senhoriais, trabalhadas pelos servos, pelas terras
destinadas à subsistência dos servos e pelas terras coletivas, para o uso de todos.
 
Questão 07
Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de
insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das
características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha.
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada daEuropa Feudal à
Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado) 
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da idade média, quando elas
assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos.
Este processo está diretamente relacionado com

A) O crescimento das atividades comerciais e urbanas.


B) A migração de camponeses e artesãos.
C) A expansão dos parques industriais e fabris.
D) O aumento do número de castelos e feudos.
E) A contenção das epidemias e doenças.
 
Questão 08
Nos arredores de Assis, dois leprosários [...] hospedavam os homens e mulheres de visão repugnante
escorraçados por todos: considerava-se que os leprosos eram assim por castigo de Deus, por causa dos
pecados cometidos, ou porque tinham sido concebidos em pecado. Por isso, ao se movimentarem, eram
obrigados a bater certas castanholas, para que os sãos pudessem evitá-los, fugindo a tempo.
 (Chiara Frugoni. Vida de um homem: Francisco de Assis, 2011.)
A lepra e as demais doenças recorrentes durante a Idade Média:

A) Resultavam do descuido das vítimas e os médicos se dedicavam apenas aos doentes graves ou terminais.
B) Atingiam basicamente as populações rurais, pois as condições de higiene e saneamento nas cidades eram
melhores.
C) Atacavam e matavam igualmente nobres e pobres, pois não existiam hospitais ou remédios.
D) Eram consideradas contagiosas e, devido a isso, não havia pessoas dispostas a cuidar dos enfermos.
E) Eram muitas vezes atribuídas à ação divina e as vítimas eram tratadas como responsáveis pelo mal.
 

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COLEGIO DIAMANTE

Questão 09
[Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam muito de festas. Isso vinha, geralmente, tanto das velhas
tradições pagãs (...), quanto da liturgia cristã.
 (Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Sobre essas festas medievais, podemos dizer que:

A) Muitos relatos do cotidiano medieval indicam que havia um confronto entre as festas de origem pagã e as
criadas pelo cristianismo.
B) Os torneios eram as principais festas e rompiam as distinções sociais entre senhores e servos que, montados
em cavalos, se divertiam juntos.
C) A Igreja Católica apoiava todo tipo de comemoração popular, mesmo quando se tratava do culto a alguma
divindade pagã.
D) As festas rurais representavam sempre as relações sociais presentes no campo, com a encenação do ritual de
sagração de cavaleiros.
E) Religiosos e nobres preferiam as festas privadas e pagãs, recusando-se a participar dos grandes eventos
públicos cristãos.
 
Questão 10
As imagens abaixo retratam a mesma passagem bíblica – a dúvida do apóstolo Tomé diante do Cristo
ressurrecto. A primeira, acima, é uma ilustração medieval do saltério de Saint Albans, do século XII (“A dúvida de
São Tomé”, artista desconhecido), e a segunda, abaixo, é a pintura de Caravaggio “A incredulidade de São
Tomé”, de 1599.

A partir da análise dessas ilustrações e dos conhecimentos sobre o papel das imagens no período medieval e no
período moderno, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Enquanto as imagens produzidas no medievo tinham a função de evangelizar os fiéis dentro e fora dos
templos, as pinturas produzidas no período de Caravaggio tinham a função de promover a fé católica por meio da
arte barroca, em reação à Reforma Protestante.
( ) Enquanto as ilustrações produzidas na Idade Média serviam para combater heresias, as pinturas barrocas
tinham o objetivo de questionar a contrarreforma, para se alinhar aos ideais humanistas do século XVII.
( ) Ambas as ilustrações indicam a intenção da Igreja Católica em renunciar ao seu poder político, motivo pelo
qual esses exemplos enfatizam passagens de dúvida e de angústia.
( ) Enquanto as produções de ilustrações medievais eram anônimas, imprimindo uma interpretação simbólica
para passagens e personagens religiosos, as pinturas de Caravaggio e de outros artistas barrocos conferiam
maior dramaticidade e realismo aos personagens bíblicos, com dinamismo e jogos de claro-escuro.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

A) V – F – F – V.
B) F – V – F – V.
C) V – V – F – V.
D) V – F – V – F.
E) F – V – V – F.
 

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COLEGIO DIAMANTE

Questão 11
Ibmec-SP
A mulher deve ser governada. Essa certeza encontra seu apoio nos textos da Sagrada Escritura e propõe a
imagem exemplar da relação homem-mulher. Essa relação deve ser hierárquica, tomando o seu lugar na ordem
hierárquica universal: o homem deve sujeitar as mulheres que lhe são confiadas, mas amá-las também, e as
mulheres devem ao homem que tem poder sobre elas a reverência. Essa troca de dilectio e de reverentia institui
ordem no interior do grupo doméstico e, de início, no que forma o núcleo desse grupo, o casal. Mas, da relação
entre o esposo e a esposa, os moralistas da igreja julgam naturalmente que esse outro sentimento, diferente da
dilectio, que eles chamam em latim de amor, deve ser excluído, porque o amor sensual, o desejo, o impulso do
corpo, é a perturbação, a desordem; normalmente, ele deve ser rejeitado do quadro matrimonial, localizado no
espaço do jogo, da gratuidade, o lugar que lhe é concedido por este divertimento da sociedade que chamamos
de amor cortês. O casamento é coisa séria; ele exige austeridade; a paixão não deve misturar-se aos assuntos
conjugais.
DUBY, Georges. Idade Média, idade dos homens: do amor e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras,
1990. p. 93.
No trecho citado, o historiador Georges Duby traça o perfil da relação homem-mulher na Idade Média. Nesse
perfil, podemos perceber

A) A defesa da igualdade entre homens e mulheres, já sentida nesse período, cerca de mil anos antes do
movimento feminista do século XX.
B) A existência da mulher como cortesã, realizando o papel da esposa fiel que presta reverência a seu marido e
mantém a ordem do grupo doméstico.
C) A defesa do amor sensual para a manutenção do núcleo familiar, dando a seriedade necessária aos assuntos
conjugais.
D) O casamento como uma instituição necessária para estabelecer uma ordem universal, na qual os homens se
sujeitam às mulheres.
E) A importante presença da Igreja como definidora do papel de submissão que a mulher deveria exercer dentro
do âmbito familiar na sociedade medieval.
 
Questão 12
O que se deve chamar de Feudalismo, ou termo correlato (modo de produção feudal, sociedade feudal, sistema
feudal etc.), é o conjunto da formação social dominante no Ocidente, na Idade Média Central, com suas facetas
política, econômica, ideológica, institucional, social, cultural, religiosa. Em suma, uma totalidade histórica, da qual
o feudo foi apenas um elemento. Ou melhor, do feudo-clericalismo. Realmente, esse rótulo nos parece mais
conveniente, na medida em que explicita o papel central da Igreja naquela sociedade. Fato fundamental e
geralmente pouco considerado. Foi por intermédio dela que se deu a conexão entre os vários elementos que
comporiam aquela formação social.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 120.
Adaptado.
Sobre o poder da Igreja nesse período, é CORRETO afirmar:

A) A Igreja foi a maior detentora de terras naquela sociedade essencialmente agrária, entretanto não tomou lugar
no jogo de concessão e recepção de feudos, de modo que não se beneficiou das relações de suserania e
vassalagem, que marcavam o poder nessa época.
B) A Igreja estabelecia seu poder para além de suas próprias terras e da vida privada, ao exercer importante
papel como legitimadora das relações horizontais, sacralizando o contrato feudo-vassálico, e das relações
verticais, justificando a dependência servil.
C) O poder da Igreja era grande, mas restringia-se ao controle da vida privada e das manifestações mais íntimas
da vida dos indivíduos: a consciência, por meio da confissão, a vida sexual, por meio do casamento, o tempo, por
meio do calendário litúrgico.
D) A Igreja, como grande detentora de terras, determinava a importância do feudo como estruturador da
totalidade histórica da Idade Média.
E) A Igreja sacramentava seu poder por meio da superioridade do clero, que detinha o poder político, mesmo que
intervindo apenas junto aos vassalos sobre os quais tinha influência.
 

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