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Paulo
Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia
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O SÍTIO URBANO ORIGINAL
DE SÃO PAULO,
O PÁTIO DO COLÉGIO
PUBLICAÇÃO N.° 1
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... “as exigências actuais da ciência histórica
objectiva a qual (segundo as sábias normas dadas
por Leão XIII) não tolera infiltrações pias nem
doutra qualquer natureza que não seja de pura his-
tória ...”
[ * ]
No Pátio do Colégio, no ponto em que existiu a
terceira igreja edificada nesse promontório aproxi-
madamente um século após a morte de Anchieta — e
derruída em 1896 — está hoje em fase final de obras,
por iniciativa da Sociedade Brasileira de Educação,
para servir de cópia, uma nova igreja de estrutura de
concreto.
Essa contrafação destrói a possibilidade de se pre-
servar o sítio urbano original, a acrópole que milagro-
samente sobreviveu no meio da cidade, bem como os
remanescentes autênticos de construções veneráveis que
chegaram até nossos dias.
I _ A FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DAS POSIÇÕES DO CONDEPHAAT
A premissa de que parte o CONDEPHAAT é que, nas artes como nas ciências — e
na Arquitetura é aguda a ampliação do problema — nenhuma réplica, cópia ou simulacro
pode superpor-se ao documento original ou pretender usurpar-lhe o valor próprio. Esta pos-
tura é a vigente, como básica, no mundo todo, entre aqueles que se dedicam profissionalmente
à preservação, conservação e valorização de patrimônio cultural. E não se trata de mera
consciência, modismo comparativo ou respeito a um código impositivo de prescrições, mas
atitude correspondente a uma elaboração teórica e metodológica lenta e incessantemente re-
trabalhada, desenvolvida com rigor e enriquecida por experiências acumuladas ao longo dos
anos em contextos históricos, sociais e culturais dos mais diversificados.
Conviría examinar mais detidamente as principais questões acima enunciadas.
Visualização do sítio original da Cidade de São Paulo (1563) segundo estudo de Mertig. No último plano, à
direita, a silhueta do pico do Jaraguá. No meio, a colina central, confinada entre os rios Anhangabaú e Taman-
duateí (em primeiro plano). — Revista do Arquivo Municipal n.° 23, 1936. — Reproduzido em AB’SABER,
Aziz Nacib — O sítio urbano inicial da aglomeração paulistana. — Rev. Acrópole. Junho de 1963. São Paulo.
De outra parte, o sítio urbano original de São Paulo apresenta singularidades que até
hoje despertam o interesse dos estudiosos. Os “campos” de Piratininga, por exemplo, que
a toponímia e a tradição histórica consagraram seriam campos ou manchas de mato baixo que
“somente conseguiam se destacar na paisagem devido à envergadura das matas adjacentes,
altas e homogêneas, além do que, sem dúvida, amedrontadoras para aqueles que, isolados e
desprovidos de equipamentos suficientes, arcaram com as duras tarefas do desbravamento
e colonização dos sertões florestais dessa parte do Brasil.” (...) “Por outro lado, tinham-se
como local principal os níveis intermediários da topografia, onde eventualmente afloravam
crostas limoníticas, ou ainda, os terrenos mais permanentemente alagáveis das grandes
planícies regionais”*1».
Daí o excepcional interesse do sítio urbano inicial de São Paulo, cuja escolha teria
sido ditada por razões ainda claramente legíveis na paisagem, fato a merecer realce por se
tratar de área de referência a que se explicita como centro de defesa, de plataforma para
interiorização política, administrativa, colonizadora, expedicionária e, afinal, integrando, am-
pliando e alimentando estas funções todas, como centro de evangelização e difusão de
valores espirituais.
b) O sítio arqueológico.
Da ocupação anterior o Pátio do Colégio encerra restos físicos de interesse histó-
rico, o que justifica lhe seja dado tratamento de sitio arqueológico ou “estabelecimento”,
que é, antes de mais nada, uma unidade espacial. Um estabelecimento não é uma abstração
lógica nem pode ser caracterizado por uma listagem — ainda que exaustiva e sofisticada
— de restos humanos, elementos arquitetônicos,, artefatos, “coisas” encontradas e desenter-
radas. O estabelecimento delineia uma realidade empírica, uma unidade física de deposição
que se compõe de objetos culturais abandonados em relações espaciais específicas. As pró-
prias conturbações por que tenha passado um sítio arqueológico, com o correr do tempo,
são elementos integrantes do acervo total de informações e não somente fenômenos margi-
nais. Este conceito é objeto de consenso comum na Arqueologia moderna, seja qual for o
seu campo: pré-histórico, proto-histórico ou histórico — e falar-se hoje em Arqueologia bizan-
tina, Arqueologia medieval, Arqueologia pós-medieval, Arqueologia colonial, Arqueologia
industrial, é referir-se a disciplinas cientificamente constituídas dentro do corpo da Arqueo-
logia e não a simples empréstimos de vocábulo. A data dos artefatos, dos restos de qual-
quer natureza e do contexto do “sítio” é critério sem nenhum peso para definir o que é e o
que não é objeto da Arqueologia. É o que ensina qualquer manual geral de Arqueologia
(desde que de certa categoria e minimamente atualizado, é óbvio), em especial os de Arqueo-
logia Histórica, como aqueles de Stanley Soutfv Ivor Noêl Hume, etc.<2>. O renomado Pré-his-
toriador Glyn Daniel, numa excelente história da Arqueologia, deplora precisamente que aos
olhos de muitos leigos, ainda hoje, Arqueologia e tempos modernos se excluem mutuamente:
“there remains a deep-seated feeling among many that the artefacts of yesteryear are not
archaeology, that one’s grandmother’s goffering iron or an early eighteenth-century Port bottle
are different in kind and relevance, as well as in form, from a mêgalithic tomb or an Acheulian
handaxe”*3». O critério é outro e diz respeito à natureza da documentação: “the study is
“archaeological” in so far as it deals with physical objects and requires fieldwork”, define
R. A. Buchanan<4>, um dos mestres da Arqueologia Industrial, que se ocupa do estudo dos restos
dos estabelecimentos associados à Revolução Industrial e seu posterior desenvolvimento.
(1) AB’SABER, Aziz N. "O sítio urbano inicial da aglomeração paulistana”, Acrópole, São Paulo, ano XXV, n.° 295/6, junho de 1963,
p. 207.
(2) SOUTH, Stanley, Method and theory in Historical Archaeology (Studies in Archaeology), New York, Academic Press, 1976;
HUME, Ivor Noel, Historical Archaeology, New York, A. Knopf, 1969.
(3) DANIEL, Glyn, 150 Years of Archaeology, London, Duckworth, 1975, pp. 366/7.
(4) BUCHANAN, R. A., “Industrial Archaeology: Retrospect and Prospect”, Antiquity, London, XLIV, 1970, p. 281.
[U ]
Em suma, conforme manifestação formal do CONDEPHAAT a 1.° de julho de 1975,
o sítio do Pátio do Colégio pode ser tecnicamente definido como sítio arqueológico histórico
e, portanto, merecedor da proteção legal competente, pois encerra restos de ocupação huma-
na de alta significação histórica e configura essa ocupação humana aliás de caráter excep-
cional, tratando-se do ponto de partida da cidade de São Paulo.
Elevação da “reconstituição” do Colégio e Igreja do Colégio. Original de Cardim Ltda. — Revista Engenharia
Municipal — Ano II, Volume II, Dezembro, 1956 — n.° 4, pág. 10 — São Paulo.
[ 13 ]
Por outro lado, a posição deste Conselho se reforça no exame dos resultados nega-
tivos, sob vários aspectos, de experiências de reconstruções ou recriações, realizadas em
algumas partes do mundo, ainda recentemente — de Colonial Williamsburg nos Estados Uni-
dos à Stoa de Átalo na Ágora de Atenas — e que, como não podia deixar de ser, transforma-
ram-se em objeto de descrédito internacional, exemplos vivos do que não se deve fazer.
II — A ANÁLISE, PELO CONDEPHAAT, DO PROJETO DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO
“Vista do conjunto do Pátio do Colégio” — Revista Engenharia Municipal — Ano II, Volume II, Dezembro, 1956
— n.° 4, pág. 10 — São Paulo.
(5) GOMES CARDIM F.0, Carlos Alberto e GOMES CARDIM, Luciano Otávio, "O tradicional Pátio do Colégio”, Engenharia Municipal,
São Paulo, n.° 4, ano II, vol. II, Dezembro de 1956, pp. 9-16.
[ 15 ]
A análise do CONDEPHAAT desenvolveu-se ao longo de três eixos: o problema legal
de uma doação condicionada por cláusulas inexeqüíveis; a destruição de documentos origi-
nais; a procura do “autenticamente falso”.
Perspectiva do conjunto de edificações para o Pátio do Colégio. — Capa da Revista Engenharia Municipal —
Ano II, Volume II, Dezembro de 1956 — n.° 4 — São Paulo.
[ 16 ]
de taipa. E da terceira, de pedra e barro, construída no século XVII desde seus alicerces,
restavam esses mesmos alicerces, íntegros até o início das obras atuais. Três igrejas, em
três épocas, com três técnicas construtivas distintas. É preciso, enfim, considerar que, segun-
do a crônica, a construção inicial era “escola, enfermaria, dormitório, refeitório, cozinha e
despensa” e contava “quatorze passos de comprido e doze de largo”<6>. Não tinha, portanto,
a configuração que caracterizou as construções jesuíticas do Brasil colonial, o binômio igreja-
-escola, onde esta última fazia parte de uma construção “em quadra”, com um pátio interno.
Era “casa feita de barro e paus e coberta de “palha”*7) e, portanto, não tinha fundações
corridas.
(6) Carta do Pe. José de Anchieta, de 1.° de Setembro de 1554, apud LEITE, SJ, Serafim, Monumenta Brasiliae (Monumenta Histó-
rica Societatís lesu), Roma, 1957, vol. II, p. III.
(7) Ibidem, p. III/2.
(8) LEITE SJ, Serafim, Artes e Ofícios dos Jesuítas no Brasil, Lisboa, Livros de Portugal, 1953, p. 135.
(9) Ibidem, p. 136.
(10) COSTA, Lúcio, "A Arquitetura dos Jesuítas no Brasil”, Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro,
MES, n.° 5, 1941, p. 15.
[ 18 ]
"O Conjunto urbanístico visto da várzea do Carmo”. — Revista Engenharia Municipal — Ano II, Volume II,
Dezembro, 1956 — n.° 4, pág. 10 — São Paulo.
der-se o que é um muro revestido segundo as primitivas técnicas coloniais: o resultado são
paredes de certa irregularidade, mas que transmitem sensação de robustez, de obra feita
para desafiar o tempo. Não é o caso das paredes da construção do Pátio do Colégio, que
nisso nada vão diferir de sobradinhos de aluguel.
Esse meio-termo é terrivelmente deseducador. Como coloca Abraham Moles, “é
pelo meio-termo que os produtos Kitsch atingem o “autenticamente falso” e, algumas vezes,
o sorriso condescendente do consumidor que se considera superior a eles, a partir do mo-
mento em que o julga. É o meio-termo que os aproxima, que reúne todos em um conjunto
de perversidades estéticas, funcionais, políticas ou religiosas”<11)
Ainda que se justificasse uma “reconstituição histórica” da terceira igreja original do
Pátio do Colégio, ela seria extremamente imprecisa pela escassez de informação sistemática.
Acontece, todavia, que, para certos pormenores, a documentação existente é abundante mas
nem por isso foi levada em conta. Um corte transversal da nova igreja mostra que se pre-
tende fazer telhado de platibanda, quando há farta documentação indicando que a cobertura
era arrematada por beirai, e mais, não foi respeitada a forma original do telhado do coro,
como se vê por uma foto externa publicada por José Jacintho Ribeiro(12) e por uma foto interna
publicada por Affonso de Freitas<13>, onde se vê ainda que o novo projeto não respeitou a
posição das envasaduras no coro. Muitas outras soluções previstas contrariam a documen-
tação iconográfica de nosso conhecimento; o CONDEPHAAT, porém, por razões éticas, so-
mente se manifestará quando se confirmar a concretização dessas propostas.
(11) MOLES, Abraham, O Kitsch — A Arte da Felicidade, São Paulo, Perspectiva/EDUSP, 1972, p. 75.
(12) RIBEIRO, José Jacintho, Chronologia Paulista, São Paulo, Tip. do Diário Oficial, 2.° vol.. p. 19.
(13) FREITAS, Affonso A. de, Tradições e Reminiscências Paulistanas, São Paulo, Martins, 2.a ed„ 1955, p. 103.
[ 19 ]
III — AS REAÇÕES A POSIÇÃO DO CONDEPHAAT
(14) Em especial, SALGADO, J. A. César, ‘‘Defesa do Patrimônio Histórico — Pátio do Colégio — 1”, O Estado de Sfio Paulo, São
Paulo, 10/08//1975 e “Pela permanência do espírito pioneiro. Pátio do Colégio — Conclusão’’, ibidem, 17/08/1975 (reproduzidos
como anexo 9 de O Pátio do Colégio. História de uma Igreja e de uma Escola. São Paulo, Gráfica Municipal, 1976, pp.
253/271); SALGADO, J. A. César e VIOTTI, SJ, Hélio Abranches, “Pátio do Colégio: falam os defensores da reconstrução
da Igreja”, Jornal da Tarde, São Paulo, 20/01/1976.
(15) SALGADO, J. A. César e VIOTTI, SJ, Hélio Abranches, op. clt.
(16) ANDRADE, Rodrigo de Mello Franco de, “Conservação de Conjuntos Urbanos”, Suplemento Literário do Jornal do Comércio, Rio
de Janeiro, 30/05/1970.
atenção especial a preservação rigorosa da disposição dos logradouros que correspondem
às circunstâncias ou vicissitudes históricas da ocupação e do desenvolvimento do sítio”
(grifos nossos). Como se pode ver, a configuração de um sítio urbano é um bem cultural em
si, dispensando acréscimos extemporâneos.
A posição desse saudoso Diretor do IPHAN não deixa margem a dúvidas e, recen-
temente, o assessor técnico do IPHAN, Arquiteto Augusto Carlos da Silva Telles, com sua
reconhecida autoridade na matéria, reafirmou tal diretriz em parecer exarado a 05/12/1975,
a propósito do sítio arqueológico do Pátio do Colégio, e plenamente endossado pelo atual
Diretor do IPHAN, o Arquiteto Renato Soeiro: “Todos os documentos internacionais e nacio-
nais, todos os ci;itérios de restauração histórica e arquitetônica condenam vivamente as
reconstruções, por constituírem mentiras históricas, falsos documentos. No caso, o problema
seria agravado, pois não há documentação suficiente para conhecimento do vulto e dispo-
sição externa e, muito menos, interna da edificação a ser reconstruída”.
[ 22 ]
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conjunto do Pelourinho em Salvador, dos conjuntos de Ouro Preto e Mariana e das Missões
no Rio Grande do Sul, etc. Se o Brasil, que é signatário da “Carta de Veneza”, deixar de
respeitá-la, perderá o direito a essa assistência, o que acarretaria real dano a bens culturais
de valor inestimável. Não seriam essas, porém, as conseqüências mais graves, salvo dentro
de um critério pragmatista, reflexo de interesses imediatos. A gravidade real está em que a
atividade de conservação, restauração e valorização de patrimônio cultural entre nós fatal-
mente acabaria por se desmoralizar, pela legitimação do desrespeito a documentos originais
em benefício de simulacros.
Vários exemplos de reconstrução de monumentos foram apontados pelos represen-
tantes da Sociedade Brasileira de Educação, em suas publicações*14), para legitimar a recons-
trução que se está executando no Pátio do Colégio: um rol muito mais longo poderia ser
facilmente acrescentado, sem que sua extensão fosse capaz de gerar qualquer fundamento
para legitimar novas reconstruções. Dos casos mencionados, aliás, dois foram sabidamente
objeto das mais acirradas controvérsias: o da Casa de Gõethe em Frankfurt e o do Pavilhão
Dourado (Kinkaku) do Templo Rokuon-ji de Quioto, do período Muromachi (e não Minomachi,
como consta). Outros são absolutamente irrelevantes, como o da Dulwich (e não Dullwick)
Art Gallery de John Soane (e não Goam). Outros, enfim, simplesmente não ocorreram, como
se verá mais adiante.
[ £3 ]
ção jesuítica de Santo Inácio no Paraná; o sítio do primeiro estabelecimento continental de
Colombo no Panamá; sítios “coalescentes” dos séculos XVII/XVIII em Dacota do Sul; a cerâ-
mica arqueológica pós-colombiana no Peru; o plano colonial de Cholula, aglomeração tolteca
de antiquíssima ocupação; a difusão de certo tipo cerâmico, na América do Norte, entre 300
a.C. e 1700 d.C., incluindo áreas plenamente aculturadas; seqüências arqueológicas no No-
roeste da Costa Rica, de 1000 a.C. até 1600 d.C. e dezenas e dezenas de outros trabalhos de
renomados arqueólogos, apresentados e discutidos no mesmo pé de igualdade com os que
diziam respeito ao ameríndio antes do contato<22>. E como justificar, diante dessa pretensa
e dogmática “definição” do Congresso de 1939, as numerosíssimas comunicações, nesses
mesmos Congressos Internacionais de Americanistgs, relativas aos contatos transoceânicos,
envolvendo grupos que nada têm nem com os “nativos da América”, nem com os conquista-
dores do século XVI?<23.).
É certamente o desconhecimento da bibliografia básica da área e a utilização de
fontes ineptas — e muitas vezes desatenciosamente traduzidas e transcritas —, como a Ency-
clopaedia Britannica, que alimentam, acreditamos, afirmações totalmente infundadas e, mesmo,
grosseiramente errôneas. Dois exemplos apenas servirão de testemunho, dispensando, pela
sua gravidade, o exame inglório dos demais, caso por caso.
A CATEDRAL DE COVENTRY
(22) MYERS; Thomas P.t “Sarayacu: archaeological investigations at a 19th century Franciscan Mission in the Peruvian Montafta”,
XXXIX CIA, Lima, 1972, vol. 4, El Bosque Tropical — Arqueologia 2, pp. 25-39; BLASI, Oldemar, “Investigações arqueológicas
nas ruínas da redução jesuítica de Santo Inácio do Ipaumbucu ou Mini, Paraná, Brasil”, XXXV CIA, Sevilha, 1966, vol. I, Sección
Arqueologia dei Brasil y Venezuela, pp. 473/481; VINTON, Kenneth V., "Rediscovering a historic-archeologic site”, XXXIV CIA,
Viena, 1962, Archâologle, pp. 396/7; SMITH, Carlile S., “The temporal relationships of coalescent village sites in Fort Randall
Reservoir, South Dakota”, XXXIII CIA, Costa Rica, 1969, E. Arqueologia Sudamericana, pp. 416/21; KUBLER, George, “The colonial
plan of Cholula", XXXVIII CIA, Buenos Aires/La Plata, 1968, vol. I. Simpósio — El processo de urbanización en América, pp.
209/23; DIXON, Keith A., “Culinary Shoe-Pots: the interamerican diffusion of a cooking technique”, XXXV CIA, México 1964,
Simpósio — Arqueologia de Norte América, pp. 579/87; BAUDEZ, Claude F. & COE, Michael D., “Archaeological sequences in
Northwestern Costa Rica”, XXXIV CIA, Viena, 1962, Archâologle, pp. 366/73.
(23) Caso típico é o dos estabelecimentos escandinavos antigos, como os sítios do séc. XI d.C., objeto do estudo, entre outros,
de A. S. Ingstad, “The Norsemen’s discovery of North America. Observations on the archaeological work carried out at L’Anse
aux Meadows, Northern Newfoundland", XXXVII CIA, Buenos Aires/La Plata, 1968, vol. IV, pp. 107/14.
(24) SALGADO, J. A. César, “Defesa do Patrimônio Histórico — Pátio do Colégio — I”, O Estado de São Paulo, São Paulo,
10/08/1975, repetido em SALGADO, J. A. César e VIOTTI SJ, Hélio Abranches, “Pátio do Colégio: falam os defensores da
reconstrução da igreja”, Jornal da Tarde, São Paulo, 20/01/1976, reproduzido em SALGADO, J. A. César, O Pátio do Colégio,
p. 260.
(25) Cf. SPENCE, Sir Basil, "The Cathedral church of St. Michael, Coventry”, Architectural Record, New York, n.° 132(8), August 1962,
pp. 101/10.
(26) Ibidem, p. 106.
[ n ]
tem conhecimento na história da Arquitetura, do antigo respeitado e valorizado pelo mo-
derno. A menção, no texto dos defensores da Igreja do Pátio do Colégio, à catedral como
“a fine perpendicular building ruined except for the 195 ft tower and spire” remete, segundo
a nota 2, a William Dugale (sic), “The Antiquities of London” (sic). Sir William Dugdale nunca
podería ter feito tal afirmativa, pois viveu de 1605 a 1686. Foi autor de The Antiquities of
Coventre, 1765, obra citada no verbete COVENTRY da Encyclopaedia Britannica, onde tam-
bém vem a informação infiel, inoportunamente utilizada, do “arrasamento” da catedral.
O
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[ 25 ]
IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S/A - IMESP
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