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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
EDUCAÇÃO MUSICAL NO BRASIL, PRIMEIRAS INICIATIVAS........................................................................ 9
CAPÍTULO 1
EDUCAÇÃO MUSICAL NO BRASIL − PRIMEIRAS INICIATIVAS........................................................ 9
UNIDADE II
A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984................................................................................................. 16
CAPÍTULO 1
A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984.................................................................................... 16
UNIDADE III
A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)........................................................................................................ 27
CAPÍTULO 1
A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE).......................................................................................... 27
UNIDADE IV
NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS.......................................................................................... 44
CAPÍTULO 1
NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS............................................................................ 44
UNIDADE V
REFLEXÕES........................................................................................................................................... 61
CAPÍTULO 1
O ENSINO DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA A PARTIR DE FIGUEIREDO................................. 61
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 78
Apresentação
Caro aluno,
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno de
Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
No que se refere à Educação Musical no Brasil, pode-se dizer que possui suas origens
oriundas de valores europeus após o descobrimento, apontando os jesuítas como
os primeiros educadores do país. Segundo Paes (2018, p. 28), é nessa época que se
origina a educação como conhecemos nas escolas, que na prática e na ação desta
educação, “conceitos são importantes e refletem o rigor metodológico militar, com
uma base possível na educação musical grega e romana”.
Objetivos
Em uma tentativa de compreensão das necessidades do ensino nos diferentes
espaços de atuação do Educador Musical, sob a perspectiva historiográfica, essa
disciplina possui como proposta:
7
8
EDUCAÇÃO MUSICAL
NO BRASIL, PRIMEIRAS UNIDADE I
INICIATIVAS
CAPÍTULO 1
Educação musical no Brasil − Primeiras
iniciativas
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UNIDADE I │ EDUCAÇÃO MUSICAL NO BRASIL, PRIMEIRAS INICIATIVAS
Figura 1. Dança tribal com execução de flautas indígenas. Comunidade indígena à margem esquerda do rio
Figura 2. Índio Paiter Suruí tocando uma flauta wãab - ritual Soe y ate - tribo Paiter Suruí – RO.
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EDUCAÇÃO MUSICAL NO BRASIL, PRIMEIRAS INICIATIVAS │ UNIDADE I
Figura 3. As primeiras relações entre Estado e Educação, através dos jesuítas – 1549.
Fonte: https://www.construirnoticias.com.br/o-be-a-ba-da-educacao-no-brasil/.
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UNIDADE I │ EDUCAÇÃO MUSICAL NO BRASIL, PRIMEIRAS INICIATIVAS
Figura 4. Reprodução da cabana de Tibiriçá – que os jesuítas se abrigaram em 25 de janeiro de 1554, no que
Fonte: http://reficio.cc/publicacoes/apostilas-de-historia-do-brasil/missao-historica-da-companhia-de-jesus-no-seculo-xvi/.
12
EDUCAÇÃO MUSICAL NO BRASIL, PRIMEIRAS INICIATIVAS │ UNIDADE I
13
UNIDADE I │ EDUCAÇÃO MUSICAL NO BRASIL, PRIMEIRAS INICIATIVAS
Fonte: https://www.freenote.com.br/instrumentos.asp?shw_ukey=375241207559S4BLHH.
14
EDUCAÇÃO MUSICAL NO BRASIL, PRIMEIRAS INICIATIVAS │ UNIDADE I
15
A MÚSICA NO BRASIL UNIDADE II
DE 1889 A 1984
CAPÍTULO 1
A música no Brasil de 1889 a 1984
O método analítico
Apesar do método criado por Gomes Júnior (1915) não ser mais utilizado, pode
ser considerado o método pioneiro no que diz respeito ao sistema de movimento e
improvisação. Gomes Júnior usava um pequeno órgão portátil como instrumento
16
A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984 │ UNIDADE II
Fonte: http://musica.ufrj.br/index.php/institucional/escola/galeria-de-ex-diretores/diretor/12.
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A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984 │ UNIDADE II
Canto Orfeônico
Fonte: https://revistas.ucm.es/index.php/RECI/article/view/RECI0808110002A/8699; Revista Eletrônica Complutense de
Investigación em Educación Musicale, 2008.
Figura 9. Aulas de canto orfeônico, presente nas escolas brasileiras até final da década de 1960.
Fonte: http://www.cultoaciencia.net/cc32.htm.
19
UNIDADE II │ A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984
Fonte: https://api.tvescola.org.br/tve/video/educadores-anisio-teixeira.
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A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984 │ UNIDADE II
Figura 11. 1940 - Villa-Lobos regendo 420 mil estudantes em São Januário - Rio de Janeiro.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs1511200911.htm.
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UNIDADE II │ A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984
Figura 12. Villa-Lobos - Guia Prático e 1o Volume do Canto Orfeônico. Edição Irmãos Vitale (1941).
Fonte: https://www.traca.com.br/livro/794193/.
»» Consciência do Ritmo.
»» Consciência do Som.
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A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984 │ UNIDADE II
»» Consciência do Timbre.
»» Consciência Dinâmica.
»» Consciência do Acorde.
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UNIDADE II │ A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984
Figura 13. Da esquerda para a direita: Camargo Guarnieri, Juscelino Kubistchek e Clóvis Salgado da Gama
(1956).
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A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984 │ UNIDADE II
Segundo Martinoff (s/d, p. 5), o período de 1964 a 1971 foi marcado por profundas
mudanças históricas, que foram significativas e envolveram a Revolução de 1964
e o período de Industrialização, o qual necessitava de pessoas para atuarem no
mercado de trabalho, principalmente que soubessem ler e escrever para manusear
máquinas industriais. A educação não ficou imune a todas essas mudanças, assim
como aconteceu em todos os regimes autoritários, a escola foi alvo de atenção
especial, em virtude de seu importante papel no campo da divulgação ideológica.
Foi com esse pano de fundo que o governo estruturou e aprovou as reformas
educacionais, sendo elas a Reforma Universitária (Lei n o 5.540/1968) e a Reforma
do 1o e 2 o graus (n o 5.692/1971) conforme comenta Fonterrada:
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UNIDADE II │ A MÚSICA NO BRASIL DE 1889 A 1984
Fonte: http://primeirosegundo.com.br/2016/07/22/regime-militar-e-a-ditadura-do-milagre-brasileiro/.
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A NOVA REPÚBLICA UNIDADE III
(1985 - HOJE)
CAPÍTULO 1
A Nova República (1985 - hoje)
2 (BRASIL, 1971a). Congresso Nacional. Lei no 5.692 de 11.8.1971 – Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1o e 2o graus e dá
outras providências.
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UNIDADE III │ A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)
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A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE) │ UNIDADE III
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11769.htm.
No ano de 2011 foi aprovada a Lei n o 11.769/2008 (BRASIL, 2008) que modifica
a anterior (LDB n o 9.394/1996, BRASIL, 1996), e torna obrigatório o ensino
de música, delimitando ainda mais o campo artístico em todas as escolas da
rede pública e privada do Brasil incluindo o ensino de música em sua grade
curricular. No entanto, a Lei n o 11.769, de 2008 que institui o ensino de música
como conteúdo obrigatório do currículo escolar, dentro da disciplina ARTES,
não estabelece alguns quesitos extremamente importantes no que diz respeito
a música como área de conhecimento nos ensinos fundamental e médio e não
específica o conteúdo. Por exemplo, no inciso 6; “§ 6o - A música deverá ser
conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que
trata o § 2 o deste artigo (BRASIL, 2008)”.
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UNIDADE III │ A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)
»» Não fica claro quais são as séries e faixas etárias que devem ter a
disciplina como componente curricular, bem como a quantidade de
aulas semanais.
Outra questão que a Lei n o 11.769/2008 não menciona, diz respeito a polivalência
para as artes, que ainda se encontra fortemente arraigada nas concepções
curriculares e nas práticas de ensino de artes nas escolas brasileiras atualmente
e, de certa forma, tem amparo legal, considerando que a legislação vigente
outorga liberdade e autonomia aos sistemas educacionais. Cabe destacar que
nenhum documento oficial estabelece a proibição da prática polivalente, ou
seja, as concepções de ensino de arte nas escolas brasileiras dependem de
vários fatores, e a interpretação do texto legal apresenta-se também de forma
extremamente diversificada em diferentes contextos. Por esta razão, pode-se
encontrar um sistema educacional que mantém a polivalência, entendendo que
esta seria uma das maneiras de se conceber o ensino de arte na escola. No
entanto, esta concepção não encontra amparo na literatura brasileira sobre a
prática da polivalência para as artes, que defende a formação e a atuação do
professor de arte em uma área específica (FIGUEIREDO; MEURER, 2016).
30
A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE) │ UNIDADE III
Após a Segunda Grande Guerra, surge o movimento Música Viva liderado por
Koellreuter, o qual defendia o “combate pela música que revela o eternamente
novo, isto é: por uma arte musical que seja a expressão real da época e da
31
UNIDADE III │ A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)
Mateiro (2006) comenta que o movimento Música Viva teve também sua
participação na educação musical brasileira, ressaltando os seguintes pontos que
julgou essencial:
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A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE) │ UNIDADE III
Fonte: https://br.depositphotos.com/11924196/stock-illustration-vector-icon-of-question-mark.html.
33
UNIDADE III │ A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)
Fonte: https://chpr.aesb.com.br/a-importancia-do-ensino-musical-para-criancas-na-escola/.
34
A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE) │ UNIDADE III
elementos locais para tartar de valores universais, ou como ele mesmo intitule o
espaço intermediário:
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UNIDADE III │ A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)
Figura 18. Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim / SP, 2017.
36
A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE) │ UNIDADE III
Segundo o pesquisador Andrade et al. (2015, pp. 2-3), a partir das grandes
transformações pelas quais passaram as várias áreas do conhecimento a partir
do séc. XIX e séc. XX emergiram novas formas de abordar o homem, sua
natureza, sua formação, seu contexto histórico e a cultura por ele produzida.
Deste modo a pedagogia da música, assim como a pedagogia, sofreu as
influências da psicologia, da antropologia, da sociologia e outras muitas
ciências que atualmente fazem da educação um campo hipercomplexo.
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UNIDADE III │ A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)
Com base nessa perspectiva, a música como forma de arte continua exercendo sua
função questionadora e libertadora. No que se refere a Educação Musical, muito
mais, liberta da ideia de ser apenas um estudo técnico baseada nos preceitos e
cânones do modelo europeu, pode finalmente ser pensada em diferentes, espaços
e conteúdo, junto ao homem agora, pensado em uma totalidade que respeite desde
sua maturação até sua fisiologia, psicologia, motricidade, cognição e seu meio social
e cultural. No entanto, é necessário um entendimento da contemporaneidade, o
ensino não pode ser anacrônico, deve ser atual de forma que estabeleça relações com
a cultura local, interagindo com a contemporaneidade intrínseca e idiossincrasias
conforme descreve o pesquisador Queiroz (2016).
A arte e o pós-modernismo
O avanço da ciência e da tecnologia neste século é considerado maior que tudo
que tínhamos conseguido avançar anteriormente, mas mesmo assim a educação
ainda é vista e reproduzida como um ensino ultrapassado, apesar de estarmos
em pleno século XXI, boa parte dos professores continuam com uma didática,
muitas vezes bancária, sem dar oportunidades para que os alunos expressam
suas ideias e que façam parte de um processo criativo para construção do
conhecimento.
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A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE) │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)
Figura 19. Club 27 – mural de Eduardo Kobra (2015). Largo da Batata no bairro de Pinheiros – SP.
Fonte: http://www.eduardokobra.com/club-27/.
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A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE) │ UNIDADE III
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/01/politica/1480609195_243295.html.
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UNIDADE III │ A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE)
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A NOVA REPÚBLICA (1985 - HOJE) │ UNIDADE III
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NOVAS PROPOSTAS
E OS MÉTODOS UNIDADE IV
ATIVOS
CAPÍTULO 1
Novas propostas e os métodos ativos
De maneira geral, pode-se dizer que o século XX foi marcado por mudanças que
tiveram impacto significativo em vários aspectos da vida humana, quer no campo
intelectual, social, artístico e educacional. Com o crescimento acelerado das
cidades e da indústria moderna, houve o reforço do coletivismo e o ensino focado
nas massas.
A virada do século trouxe perdas dos ideais românticos até então valorizados,
acelerando mudanças de pensamentos para a época. Houve um aumento
populacional significativo, provocando uma reviravolta nas concepções de
vida e nas técnicas e meios de produção, abrindo espaço para a instalação de
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NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS │ UNIDADE IV
No que diz respeito aos principais pedagogos musicais do século XX, estão
divididos em primeira e segunda geração. As ideias e propostas educativas da
pedagogia ativa partem da construção do conhecimento musical do educando
a partir de sua própria busca e interesse pela atividade musical, mediada e
estimulada pelo educador no que seria um desdobramento do método ativo. A
característica do método ativo se dá principalmente pelo fazer musical criativo,
no que se refere a interpretação, composição e improvisação, de forma que o
aluno experimente e reflita sobre música, objetivando a sua autonomia sonora
e musical.
45
UNIDADE IV │ NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS
Figura 21. Orquestra Orff. Colégio Magnum Buritis - Belo Horizonte/MG, 2015.
Fonte: http://www.magnumburitis.com.br/noticias-interna/orquestra-orff.
Fonte: https://terradamusicablog.com.br/pedagogia-musical-kodaly/.
46
NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS │ UNIDADE IV
Fonte: https://educacaomusicalparatodos.wordpress.com/2018/03/02/serie-educadores-musicais/.
Figura 24. Shinichi Suzuki, Educação É Amor – O Método Clássico da Educação do Talento Editora Pallotti, 2008.
Fonte: https://www.traca.com.br/livro/994228/#.
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UNIDADE IV │ NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS
Fonte: https://sites.google.com/site/metodosativosdeeducacaomusical/edgar-willems-1.
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NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS │ UNIDADE IV
49
UNIDADE IV │ NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS
Som curto
Tremulo
Som Tenuto
ou
Fonte: Elaboração do autor a partir de Fonterrada, 2008.
50
NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS │ UNIDADE IV
Figura 27. Partitura com notação da música contemporânea da obra Proceratophrys boiei para saxofone tenor e
51
UNIDADE IV │ NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS
Fonte: Editora: PAYNTER, John. Cambridge University Press; Edição: 2nd ed. 1970.
VALOR
Sis
tem
átic
o
FORMA
Sim
bóli
co
Pessoal
Idio
mát
ico
EXPRESSÃO
Esp
ecu
lativ
a
EXPRESSÃO
Ver
na cula
r
MATERIAIS
Fonte: autor.
52
NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS │ UNIDADE IV
H. J. Koellreutter (1915-2005)
Foi músico, compositor, regente e educador musical alemão, radicado no Brasil desde
1937.
Fonte: BRITO, Teca Alencar de. São Paulo; Editora Peirópolis, 2001.
53
UNIDADE IV │ NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS
Proposta pedagógica
Figura 31. Murray Schafer na sala de ensaios da Universidade de Toronto, 1982. (Imagem: Canadian Music
Centre).
Fonte: https://terradamusicablog.com.br/murray-schafer-pedagogia-musical/.
Fonte: http://artsalive.ca/en/mus/greatcomposers/schafer/bio.asp.
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NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS │ UNIDADE IV
Com a lei que torna o ensino de música obrigatório na educação básica brasileira,
a reflexão sobre o processo de constituição curricular no ensino de música, a
formação musical dos estudantes e a formação pedagógica dos músicos-educadores
fazem crescer a busca por ampliação dos espaços de educação musical. As bandas
de música e o ensino coletivo de instrumentos de sopro podem ser um meio para
uma educação musical calcada na cultura regional, brasileira e, sobretudo, na
formação humana.
55
UNIDADE IV │ NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS
Essas estratégias são válidas, mas devem ser usadas com critério. A música atrai
a atenção do estudante e torna as aulas menos cansativas. Assimilar e memorizar
conceitos é mais fácil, quando estes estão associados à uma melodia.
56
NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS │ UNIDADE IV
Figura 33. Escola Vitor Bezerra Lola em Anguera – BA. Projeto “Música na Educação Infantil: Cantando, brincando e
aprendendo”.
Fonte: http://www.educacaoanguera.ba.gov.br/post/450/interacao-e-ludicidade-banda-marcial-do-cepaof-abre-projeto-de-
musica-na-escola-vitor.
A escola não tem o direito de exigir que professores de arte planejem suas aulas
somente de acordo com o programa elaborado por professores de outras matérias.
Essa atitude limita o potencial criativo e o profissional se vê reduzido a um mero
auxiliar de ensino.
57
UNIDADE IV │ NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS
Por isso, a escola deve iniciar o trabalho de musicalização infantil o mais cedo
possível; contratar professores especializados e proporcionar toda a estrutura de
apoio necessária.
A voz da mãe lhe soa diferente das demais vozes. Representa à alimentação, o
carinho, a proteção e interliga-se às emoções da criança. Outros sons também
têm significados especiais. Podem ser agradáveis ou provocar diversas sensações,
dependendo da situação.
Na escola, a criança entra em contato com novos sons. São eles: a voz da
professora, dos demais funcionários e dos colegas, além dos ruídos produzidos
por brinquedos e por tantos outros objetos que lá se encontram. Essa gama de
novos sons passa a fazer parte da rotina e a interferir nas emoções da criança.
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NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS │ UNIDADE IV
Até os dois anos ou um pouco além, a criança tem necessidade de manipular e provar
objetos para fazer sua exploração através dos sentidos, a qual ocorre por reflexo.
Por isso, tudo o que é sonoro deve ser tocado pelos alunos, a fim de possibilitar um
desenvolvimento satisfatório.
As músicas e as letras devem ser simples e repetidas várias vezes. Nessa fase, a
criança tem prazer nas repetições e solicita o canto das mesmas melodias. Mas
isso não justifica o professor passar o ano inteiro cantando duas ou três músicas
somente.
Até os sete ou oito anos, as crianças estão em pleno desenvolvimento motor e são
muito ativas. Assim, a maior parte das músicas serão acompanhadas de gestos
e movimentos, que ajudam na percepção rítmica e desenvolvem a coordenação.
A linguagem gestual que envolve o uso das mãos, dedos, pernas, cabeça, joelhos
e braços é indicada para desenvolver o esquema corporal e noção espacial.
Canções que citam o nome da criança e as partes do seu corpo são bem aceitas
e valorizam sua individualidade.
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UNIDADE IV │ NOVAS PROPOSTAS E OS MÉTODOS ATIVOS
Convém levar o aluno a perceber o ritmo presente na natureza e nos objetos criados
pelo homem. É o ritmo dos batimentos cardíacos, respiração, mastigação, dos
passos ao caminhar, do dia e da noite, dos pingos da chuva, do tic-tac do relógio,
do percurso do trem, e de tantas outras coisas.
Dos dois aos sete anos, a criança passa pela fase simbólica. É o momento de
planejar atividades que envolvam a percepção melódica: sons graves, médios
e agudos; percepção de duração: sons longos, médios e curtos; percepção de
intensidade: sons fortes, médios e fracos, e percepção de timbres. O uso de
instrumentos musicais é fundamental e facilita o trabalho de sensibilização aos
elementos da música. Nessa fase, quase todas as crianças gostam de cantar e
acompanhar as canções com gestos e instrumentos de percussão. A partir dos
seis anos, em geral, o aluno está apto para aprender a tocar um instrumento
melódico, como flauta doce, piano, teclado ou outro, e pode participar de coral
infantil a duas vozes. Vários jogos e competições ao ar livre são indicados, além de
dramatizações e demais atividades que exijam domínio corporal, como andar na
pulsação da música, danças, marchas, saltos, palmas, estalos e corridas (FALCÃO;
NASCIMENTO, 1997, pp. 9-11).
Figura 34. Festa Junina – 2013. Apresentação 1o Ano B. Externato Rio Branco.
60
REFLEXÕES UNIDADE V
CAPÍTULO 1
O ensino da música na educação
básica a partir de Figueiredo
61
UNIDADE V │ REFLEXÕES
Figueiredo afirma também que aquele que entende música com todo o seu ser
emocional e racional, tem musicalidade que envolve cognição. Por isso, devemos
ensinar música, para que as crianças tenham a oportunidade de vivenciar a
aprendizagem desta arte e desenvolver sua musicalidade.
Fonte: https://pianoclass.com/pt-br/estudar-musica-paixao-ou-obrigacao/.
62
REFLEXÕES │ UNIDADE V
Música e interdiciplinaridade
Sobre a importância da participação do professor de outras disciplinas para
garantir a presença da música na escola, Fonterrada acredita que sem dúvida,
há muitas atividades que o professor não músico pode desenvolver com sua
classe, com o objetivo de estimular o gosto pela música; sem dúvida, é possível
cantar ou tocar, mesmo que o professor não saiba ler música; e ele poderá
conduzir o interesse da classe na apreciação do ambiente sonoro escolar ou das
imediações, ou mesmo criar em seus alunos hábitos de escuta e experimentação
com sons. Segundo Fonterrada, para isso o professor não precisa de formação
63
UNIDADE V │ REFLEXÕES
64
REFLEXÕES │ UNIDADE V
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UNIDADE V │ REFLEXÕES
Fonte: http://cidadeembudasartes.sp.gov.br/embu/portal/noticia/ver/11260.
Música e matemática
A questão música e matemática é assunto bastante comentada entre
teóricos e musicólogos. As relações matemáticas na música acontece desde a
proporcionalidade no que diz respeito à figuras de duração de som, proporções
rítmicas relacionadas, fórmula de compasso à questões harmônicas e acústica
musical. É sabido que todo músico é, em sua essência mais profunda,
um matemático; e os mais geniais compositores da história tinham plena
consciência disso. Em tempos recententes tem sido veiculada uma mandala
chamada “Círculo Coltrane”, ou “Círculo dos Quintos” a qual diz respeito aos
processos composicionais do celebre saxofonista estadunidense John Coltrane
(1926-1967).
66
REFLEXÕES │ UNIDADE V
67
UNIDADE V │ REFLEXÕES
A pesquisa desenvolvida pelo professor Carlos Luiz divulgada pelo site envolveu
análise do percursso escolar de 112 crianças do 7 o ao 9 o ano.
68
REFLEXÕES │ UNIDADE V
Fonte: https://www.educare.pt/noticias/noticia/ver/?id=26902.
69
UNIDADE V │ REFLEXÕES
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REFLEXÕES │ UNIDADE V
Título: Oficinas de
71
UNIDADE V │ REFLEXÕES
72
REFLEXÕES │ UNIDADE V
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UNIDADE V │ REFLEXÕES
74
REFLEXÕES │ UNIDADE V
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UNIDADE V │ REFLEXÕES
Título: Brincando com música na sala de aula – jogos de criação musical usando
a voz, o corpo e o movimento
Autor: Bernardete Zagonel
Editora: IBPEX. 2012
76
REFLEXÕES │ UNIDADE V
77
Referências
ANDRADE, Magno Augusto Job de; MELO, Rodrigo Alves de; ROCHA, João Gomes
da. Educação Musical, Sociedade e Educação: Caminhos para A Educação
Musical na Escola de Hoje. In: II CONEDU, Campina Grande, 2015.
78
REFERÊNCIAS
79
REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, Sergio Luiz Ferreira de; MEURER, Rafael Prim. Educação musical
no currículo escolar: uma análise dos impactos da Lei no 11.769/2008.
Opus, v. 22, n. 2, pp. 515-542, dez. 2016.
GUIA, Rosa Maria dos Mares; FRANÇA, Cecília Cavalieri. Jogos pedagógicos
para educação musical. Belo Horizonte: Fio traço. 2015.
80
REFERÊNCIAS
PAYNTER, John. Sound and Silence: Classroom Projects. In: Creative Music.
Editora: Cambridge University Press; Edição: 2nd ed. (1970).
81
REFERÊNCIAS
82
REFERÊNCIAS
Sites
ArtsAtive. http://artsalive.ca/en/mus/greatcomposers/schafer/bio.asp. Acesso em: 27
julho 2019.
83
REFERÊNCIAS
Depositphotos. https://br.depositphotos.com/11924196/stock-illustration-vector-
icon-of-question-mark.html. Acesso em: 5 agosto 2019.
https://www.socioambiental.org/pt-br/o-isa/programas/povos-indigenas-no-brasil.
Acesso em: 10 junho 2019.
84
REFERÊNCIAS
85
REFERÊNCIAS
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