Iniciou os estudos em música na fase adulta, no Conservatório de Genebra Iniciou o trabalho de desenvolvimento auditivo com adultos e posteriormente com crianças Princípios básicos Relação entre elementos da música e a natureza humana: “Princípios psicológicos” Não utilização de recursos extra musicais no processo de ensino musical Ênfase na necessidade do trabalho prático (vivência), antes da sistematização A Música e o Homem - Relações psicológicas Elementos da música: ritmo, melodia e harmonia – não são apenas físicos mas também elementos de vida de ordem fisiológica, afetiva e mental RITMO MELODIA HARMONIA Vida fisiológica Vida afetiva Vida mental Ação Sensibilidade Conhecimento Formação do ouvido (Educação Auditiva) OUVIR ESCUTAR ENTENDER Função sensorial Reação Emotiva Tomada de consciência de forma ativa e reflexiva O Método (Proposta pedagógica) Etapas – Habilidades • 1º Grau – é o momento da revelação dos fenômenos musicais, através de elementos pré-musicais e musicais, do ponto de vista psicológico, valoriza o funcionamento global da criança; • 2º Grau – fase mais consciente, com início da codificação simbólica escrita dos elementos musicais já vistos no primeiro grau; momento mais exigente quanto à afinação, beleza da voz, memória e reforço do sentido tonal; • 3º Grau – passagem do concreto ao abstrato, aquisição de automatismos de notas e terminologias, desenvolvimento de faculdades criativas através de improvisações rítmicas e melódicas; • 4º Grau – início de um programa de educação musical global, compreendendo a leitura e a escritura musicais, com aulas bem dosadas e vivas. 4 Etapas (Graus) 1º Grau: Iniciação musical (3 a 4 anos) I. Desenvolvimento auditivo sensorial e afetivo II. Desenvolvimento do sentido rítmico pelos batimentos III. Canto e canções IV. Movimentos corporais naturais 2º Grau: iniciação musical (4 a 5 anos) I. Audição e grafismos. II. Batimentos e grafismos. III. Canto e canções. IV. Movimentos corporais naturais. 3º Grau: pré-solfégico e pré-instrumental (5 a 6 anos) I. Audição. II. Pré-solfejo. III. Batimentos pré-solfégicos. IV. Batimentos pré-instrumentais. V. Canções. VI. Movimentos corporais naturais. 4º Grau: solfejo vivo (6 a 7 anos) I. Sentido melódico. II. Leitura melódica. III. Leitura harmônica. IV. Sentido rítmico. V. Ordenações. VI. Ditado. VII. Sensorialidade (qualidades do som, espaço intratonal, tríades,tétrades, acordes de cinco sons ). VIII. Canto e canções. IX. Improvisação. X .Escalas e tonalidades (progressão, transposição, modulação). XI. Movimentos corporais. Material Sonoro Flauta de êmbolo e sirene (pancromatismo). Família de sininhos diferentes (treinamento de timbre). Famílias de sininhos iguais (3 a 6), com tamanhos e alturas diferentes (classificação). Famílias de sininhos idênticos e do mesmo tamanho (classificação). * Para desenvolver a sensorialidade e aspectos afetivos da escuta Tubo harmônico – trata-se de um tubo de plástico que, ao ser girado pela criança, emite os sons iniciais da série harmônica, na proporção da força empregada Sirene com três sons. Para desenvolver aspectos mentais (intervalo harmônico e acorde) As Canções Canções populares tradicionais; Canções simples para principiantes – elaboradas sobre palavras e ações cotidianas (Bom dia, Onde está? Papai, Mamãe,...), compostas na própria aula; Canções que preparam para a prática instrumental – compostas sobre o pentacorde, permitem utilizar os cinco dedos, ao piano. Antes de executar a canção ao instrumento, convém fazer cantá-la com a letra, em seguida em “lá, lá, lá”, depois, transpondo-a para diferentes tonalidades e, finalmente, cantar na tonalidade de Dó M com os nomes das notas; Canções de intervalos – preparação para o treinamento intervalar futuro, devem ser cantadas primeiramente com a letra, depois em “lá, lá, lá” e, mais adiante, com os nomes das notas. Os intervalos são apresentados na seguinte progressão: 2ª M e m; 3ª M e m; 5ª e 4ª j; 6ª M e m; 8ª j; 7ª M e m; 5ª dim; 4ª aum; Canções para cantar com mímica – explora o valor expressivo e plástico das expressões faciais e movimentos corporais; Canções ritmadas – são canções que possibilitam movimentos naturais como embalar, saltar, correr, balançar, nuances de velocidade e, posteriormente, bater os tempos e os ritmos. Canções improvisadas – partem de ritmos corporais ou de palavras ou frases que as crianças gostam de repetir Zóltan Kodály 1882 – 1967 Proposta Música acessível à todos, parte do cotidiano e da vida “ Que a música pertença à todos” Objetivos: Resgate da cultura musical húngara Formação de público interessado e preparado para ouvir Principais ferramentas: Manossolfa Dó móvel: solfejo relativo Escalas pentatônicas Palavras rítmicas ***** Associados às canções tradicionais da língua materna Solfejo: Sol Mi Lá, Dó, Ré ( crianças maiores) e Dó, Lá, Ré ( crianças menores) Dó ( oitava acima) Fá , Si Começar com o sol: referência Ritmo: O uso de palavras rítmicas: tá, títi, ... q h No Brasil acrescentaria o grupo de semicolcheias Ritmos posteriores h. q.e ä ú * Sequência de compasso: 2/4 , 3/4 e 4/4
Exercícios do Método Kodály
As características de um músico bem treinado são uma orelha bemtreinada, uma mente bem treinada, um coração bem treinado e umamão bem treinada. Todas as quatro partes devem se desenvolverem equilíbrio de contato ". Zoltán Kodály.Gráfico detalhando como "falar" os ritmos usando sílabas de nomessimples. Por exemplo, ao contar uma quarta nota, você dirá "ta" ou,ao falar uma série de 16 notas, você lerá "tika-tika".