Você está na página 1de 4

Edgar Willems 1890 - 1978

 Nasceu em Lanaken (Bélgica)


 Iniciou os estudos em música na fase adulta, no Conservatório de Genebra
 Iniciou o trabalho de desenvolvimento auditivo com adultos e posteriormente com
crianças
Princípios básicos
 Relação entre elementos da música e a natureza humana: “Princípios psicológicos”
 Não utilização de recursos extra musicais no processo de ensino musical
 Ênfase na necessidade do trabalho prático (vivência), antes da sistematização
A Música e o Homem - Relações psicológicas
 Elementos da música: ritmo, melodia e harmonia – não são apenas físicos mas
também elementos de vida de ordem fisiológica, afetiva e mental
 RITMO MELODIA HARMONIA
Vida fisiológica Vida afetiva Vida mental
Ação Sensibilidade Conhecimento
 Formação do ouvido (Educação Auditiva)
OUVIR ESCUTAR ENTENDER
Função sensorial Reação Emotiva Tomada de consciência
de forma ativa e reflexiva
O Método (Proposta pedagógica)
Etapas – Habilidades
 • 1º Grau – é o momento da revelação dos fenômenos musicais, através de elementos
pré-musicais e musicais, do ponto de vista psicológico, valoriza o funcionamento global
da criança;
 • 2º Grau – fase mais consciente, com início da codificação simbólica escrita dos
elementos musicais já vistos no primeiro grau; momento mais exigente quanto à
afinação, beleza da voz, memória e reforço do sentido tonal;
 • 3º Grau – passagem do concreto ao abstrato, aquisição de automatismos de notas e
terminologias, desenvolvimento de faculdades criativas através de improvisações
rítmicas e melódicas;
 • 4º Grau – início de um programa de educação musical global, compreendendo a
leitura e a escritura musicais, com aulas bem dosadas e vivas.
4 Etapas (Graus)
 1º Grau: Iniciação musical (3 a 4 anos)
I. Desenvolvimento auditivo sensorial e afetivo
II. Desenvolvimento do sentido rítmico pelos batimentos
III. Canto e canções
IV. Movimentos corporais naturais
 2º Grau: iniciação musical (4 a 5 anos)
I. Audição e grafismos.
II. Batimentos e grafismos.
III. Canto e canções.
IV. Movimentos corporais naturais.
 3º Grau: pré-solfégico e pré-instrumental (5 a 6 anos)
I. Audição.
II. Pré-solfejo.
III. Batimentos pré-solfégicos.
IV. Batimentos pré-instrumentais.
V. Canções.
VI. Movimentos corporais naturais.
 4º Grau: solfejo vivo (6 a 7 anos)
I. Sentido melódico.
II. Leitura melódica.
III. Leitura harmônica.
IV. Sentido rítmico.
V. Ordenações.
VI. Ditado.
VII. Sensorialidade (qualidades do som, espaço intratonal, tríades,tétrades, acordes de cinco
sons ).
VIII. Canto e canções.
IX. Improvisação.
X .Escalas e tonalidades (progressão, transposição, modulação).
XI. Movimentos corporais.
Material Sonoro
 Flauta de êmbolo e sirene (pancromatismo).
 Família de sininhos diferentes (treinamento de timbre).
 Famílias de sininhos iguais (3 a 6), com tamanhos e alturas diferentes (classificação).
 Famílias de sininhos idênticos e do mesmo tamanho (classificação).
* Para desenvolver a sensorialidade e aspectos afetivos da escuta
 Tubo harmônico – trata-se de um tubo de plástico que, ao ser girado pela criança,
emite os sons iniciais da série harmônica, na proporção da força empregada
 Sirene com três sons. Para desenvolver aspectos mentais (intervalo harmônico e
acorde)
As Canções
 Canções populares tradicionais;
 Canções simples para principiantes – elaboradas sobre palavras e ações cotidianas
(Bom dia, Onde está? Papai, Mamãe,...), compostas na própria aula;
 Canções que preparam para a prática instrumental – compostas sobre o pentacorde,
permitem utilizar os cinco dedos, ao piano. Antes de executar a canção ao
instrumento, convém fazer cantá-la com a letra, em seguida em “lá, lá, lá”, depois,
transpondo-a para diferentes tonalidades e, finalmente, cantar na tonalidade de Dó M
com os nomes das notas;
 Canções de intervalos – preparação para o treinamento intervalar futuro, devem ser
cantadas primeiramente com a letra, depois em “lá, lá, lá” e, mais adiante, com os
nomes das notas. Os intervalos são apresentados na seguinte progressão: 2ª M e m; 3ª
M e m; 5ª e 4ª j; 6ª M e m; 8ª j; 7ª M e m; 5ª dim; 4ª aum;
 Canções para cantar com mímica – explora o valor expressivo e plástico das
expressões faciais e movimentos corporais;
 Canções ritmadas – são canções que possibilitam movimentos naturais como
embalar, saltar, correr, balançar, nuances de velocidade e, posteriormente, bater os
tempos e os ritmos.
 Canções improvisadas – partem de ritmos corporais ou de palavras ou frases que as
crianças gostam de repetir
Zóltan Kodály 1882 – 1967
Proposta
 Música acessível à todos, parte do cotidiano e da vida
“ Que a música pertença à todos”
Objetivos:
 Resgate da cultura musical húngara
 Formação de público interessado e preparado para ouvir
Principais ferramentas:
 Manossolfa
 Dó móvel: solfejo relativo
 Escalas pentatônicas
 Palavras rítmicas
***** Associados às canções tradicionais da língua materna
Solfejo:
 Sol
 Mi
 Lá, Dó, Ré ( crianças maiores) e Dó, Lá, Ré ( crianças menores)
 Dó ( oitava acima)
 Fá , Si
 Começar com o sol: referência
Ritmo:
 O uso de palavras rítmicas: tá, títi, ... q h
No Brasil acrescentaria o grupo de semicolcheias
 Ritmos posteriores h. q.e ä ú
* Sequência de compasso: 2/4 , 3/4 e 4/4

Exercícios do Método Kodály


 As características de um músico bem treinado são uma orelha bemtreinada, uma
mente bem treinada, um coração bem treinado e umamão bem treinada. Todas as
quatro partes devem se desenvolverem equilíbrio de contato ". Zoltán Kodály.Gráfico
detalhando como "falar" os ritmos usando sílabas de nomessimples. Por exemplo, ao
contar uma quarta nota, você dirá "ta" ou,ao falar uma série de 16 notas, você lerá
"tika-tika".

Você também pode gostar