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História – Prof.

Nicolás
Temas: História Antiga / História Medieval / Colonização Portuguesa / Processo de
Independência

1- (Vunesp) A democracia de Atenas da antiguidade excluía os escravos, mas os camponeses, os comerciantes,


os artesãos eram cidadãos ao lado das classes instruídas, das classes superiores. A integração dessas classes
sociais na comunidade política, uma inovação surpreendente para a época, permite que se relacione a democracia
antiga com a experiência moderna. (Moses I. Finley. Démocratie antique et démocratie moderne, 1976. Adaptado.)
Na comparação feita pelo excerto entre a democracia antiga e a democracia moderna, podem-se observar
a) oposições comuns à divisão dos poderes políticos em executivo, legislativo e judiciário, entendida como fator de
enfraquecimento do Estado.
b) continuidades na prática política das sociedades europeias, já que as instituições greco-romanas foram
preservadas de forma intacta.
c) aspectos convergentes na forma de organização do poder político, que é exercido diretamente pelos cidadãos
reunidos em assembleias.
d) modificações substanciais no transcurso da história devido à ausência de regras para a participação política na
contemporaneidade.
e) semelhanças na concessão de direitos políticos a grupos de grande heterogeneidade socioeconômica.

2 - (Vunesp) A cidade tira de seu império uma parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis
legitimamente apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as honras; e não penseis
que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um império, e do risco
ligado ao ódio que aí contraístes. (Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da Antiguidade, 2009.)
O discurso de Péricles, no século V a.C., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e
enfatiza
a) a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade democrática.
b) a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças aristocráticas de Roma.
c) a rejeição à tirania como forma de governo e a celebração da república ateniense.
d) a defesa do território ateniense, frente à investida militar das tropas cartaginesas.
e) a defesa do poder de Atenas e a sua disposição de manter-se à frente de uma confederação de cidades.

3 - (Vunesp) Dos Séculos III a I a.C., através de guerras de conquista, os patrícios romanos estenderam a
sua dominação sobre quase todos os povos do Mediterrâneo. Mas essa vitória externa de Roma contribuiu
para transformar a sua própria ordem social interna. Como uma das mais importantes transformações,
podemos citar:
a) a queda da monarquia e o estabelecimento da república.
b) a Lei das XII Tábuas, que equiparou patrícios e plebeus.
c) a escravização generalizada dos plebeus e estrangeiros residentes em Roma.
d) a introdução do latifúndio cultivado por escravos, em larga escala.
e) a generalização do trabalho assalariado, estimulada pela expansão mercantil.

4 - (Vunesp) O Império Romano, após a profunda crise do século III, tentou a sobrevivência através do
estabelecimento de novas estruturas, que não impediram (e algumas até mesmo aceleraram) sua decadência, mas
que permaneceriam vigentes por séculos. Foi o caso, por exemplo, do caráter sagrado da monarquia, da aceitação
de germanos no exército imperial, da petrificação da hierarquia social, do crescente fiscalismo sobre o campo, do
desenvolvimento de uma nova espiritualidade. (Hilário Franco Junior. A Idade Média: nascimento do Ocidente,
1988.)
O texto apresenta alguns elementos que se aprofundaram nos dois séculos seguintes e caracterizaram a
transição entre
a) a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média, marcada, entre outros elementos, pela penetração de povos
estrangeiros nos domínios do Império Romano e pela militarização do cotidiano.
b) a Idade Média e a Idade Moderna, marcada, entre outros elementos, pela centralização do poder político nas
mãos dos reis e as severas limitações na mobilidade social.
c) a Antiguidade e a Idade Média, marcada, entre outros elementos, pela negação do caráter divino do imperador e
pela transformação do cristianismo em religião do Estado.
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d) o Império Romano do Ocidente e o Islã, marcada, entre outros elementos, pela feudalização e pelo aumento da
tributação sobre a produção agrícola.
e) o Mundo Antigo e o Mundo Moderno, marcada, entre outros elementos, pelo desaparecimento dos grandes
impérios e a consolidação dos Estados nacionais europeus.

5 - (Vunesp) Durante o século IV, a velocidade da expansão do cristianismo aumentou muito, especialmente nas
cidades [romanas]. As antigas crenças continuaram existindo, mas o número de fiéis diminuiu muito. Os cristãos
passaram a chamar os adeptos das outras religiões de pagãos e, em algumas ocasiões, se dedicaram a destruir
seus templos e as estátuas dos deuses antigos. Isso não significa que as religiões tenham vivido em conflito. O
cristianismo tomou diversas ideias e características do paganismo para si. Os livros escritos no início do Império e
na época da República eram considerados obras-primas da literatura, e mesmo os que falavam de outros deuses
eram lidos e apreciados pelos cristãos. (Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado).
Segundo o texto, a ascensão do cristianismo na Roma Antiga
a) não impediu o avanço de outras formas de religiosidade, e o paganismo, apesar de reprimido, continuou a crescer
e manteve-se hegemônico.
b) deu-se a partir das conquistas romanas na Palestina e revelou a correção e a supremacia religiosa da fé cristã
frente às antigas religiões.
c) não impediu a manifestação de outras formas de religiosidade e, apesar de terem ocorrido tensões, algumas
antigas práticas religiosas persistiram.
d) deu-se a partir das cruzadas, que levaram a fé cristã aos pagãos, judeus e muçulmanos que controlavam as
terras do Oriente Próximo.
e) deu-se a partir do extermínio dos grupos que professavam crenças antigas e da eliminação dos materiais que
contivessem referências ao paganismo.

6 - (Vunesp) A produção de açúcar no Brasil colonial era parte de um conjunto de processos e relações
que ultrapassavam os limites da colônia e incluíam
a) a estruturação do engenho como unidade produtiva, a disposição portuguesa de povoar a colônia e o comércio
sistemático com a América espanhola.
b) as técnicas de cultivo indígenas, as mudas de cana procedentes do mundo árabe e a intermediação britânica na
comercialização.
c) a adaptação da cana à terra roxa do Nordeste, o conhecimento técnico dos imigrantes e a atuação holandesa no
transporte marítimo.
d) a constituição da grande propriedade, o tráfico de africanos escravizados e a existência de amplo mercado
consumidor na Europa.
e) o avanço da ocupação das áreas centrais da colônia, o recurso à mão de obra nativa e o crescimento do gosto
pelos sabores doces na Europa.

7 - (Vunesp) [O rei D. João III] ordenou que se povoasse esta província, repartindo as terras por pessoas que se
lhe ofereceram para as povoarem e conquistarem à custa de sua fazenda, e dando a cada um 50 léguas por costa
com todo o seu sertão [...]; são sismeiros das suas terras, e as repartem pelos moradores como querem, todavia
movendo-se depois alguma dúvida sobre as datas, não são eles os juízes delas, senão o provedor da fazenda, nem
os que as recebem de sesmaria têm obrigação de pagar mais que dízimo a Deus dos frutos que colhem [...]. (Frei
Vicente do Salvador. História do Brasil (1500-1627). In: www.dominiopublico.gov.br.)
O excerto, do século XVII, caracteriza a
a) definição de rigoroso sistema tributário voltado aos interesses da Coroa portuguesa.
b) autorização para a instalação de sesmarias destinadas exclusivamente ao cultivo de algodão e tabaco.
c) constituição de um regime fundiário apoiado na pequena propriedade rural.
d) atribuição de poder político, econômico e jurídico aos senhores de engenho.
e) criação das capitanias hereditárias e a atribuição de direitos aos donatários.

8 - (Vunesp) Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população.
O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários,
prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-
escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época,
ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação de grandes
currais; a própria lavoura ganhava alento novo. (Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História
geral da civilização brasileira, vol. 2, 1960. Adaptado.)
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De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas Gerais no século
XVIII
a) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a independência colonial.
b) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos instrumentos de mineração.
c) provocou um processo de urbanização e articulou a economia colonial em torno da mineração.
d) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a população litorânea economicamente ativa.
e) restringiu a divisão da sociedade em senhores e Escravos e limitou a diversidade cultural da colônia.

9 - (Vunesp) Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população.
O grosso dessa “O quadro da vida colonial, tanto quanto dele conhecemos através do depoimento dos cronistas e
da exposição dos historiadores, apresenta-se à superfície, estável e tranquilo. Não é preciso penetrá-lo a fundo,
entretanto, para verificar que se trata de estabilidade e de tranquilidade aparentes. Desde os primeiros tempos, na
realidade, há grandes choques de interesses, contrastes de orientação, contradições de toda a ordem.” (SODRÉ,
Nelson Werneck. O que se deve ler para conhecer o Brasil. 1976, p. 130)
No texto acima, o autor refere-se aos movimentos conspiratórios que ocorreram na colônia brasileira contra
a metrópole portuguesa. Considerando essa conjuntura, associe os eventos da coluna 1 com a descrição
equivalente na coluna 2.

1. Conjuração dos Alfaiates ( ) Confronto entre os donos de engenho, de Olinda, e os comerciantes,


em sua maioria portugueses, do Recife.
2. Inconfidência Mineira ( ) Movimento organizado por mulatos e negros, livres ou libertos,
ocorrido na Bahia,no contexto da escassez de gêneros alimentícios e
carestia.
3. Guerra dos Mascates ( ) Conhecida também como Revolução dos Padres,foi o único
movimento que ultrapassou a fase conspiratória e atingiu o processo de
tomada do poder em Pernambuco.
4. Revolução Pernambucana ( ) Revolta de caráter emancipatório que teve como principal motivo o
estabelecimento da derrama em Minas Gerais.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) 1 – 3 – 4 – 2.
b) 2 – 1 – 3 – 4.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 3 – 1 – 4 – 2.
e) 4 – 2 – 3 – 1.

10 - (Vunesp) O episódio da transferência da Corte para o Brasil, em 1808, alterou profundamente o


cotidiano da sociedade do Rio de Janeiro. A adaptação de hábitos e a conversão do aparelhamento urbano
aos padrões da realeza europeia, o advento da imprensa, a formação de espaços de sociabilidades, as
missões artísticas e culturais, entre outros, contribuíram para uma nova feição dos domínios portugueses
na América. Do ponto de vista econômico, a grande transformação trazida com a permanência da Corte no
Brasil foi um fenômeno histórico conhecido por
a) fim do exclusivo comercial metropolitano.
b) ampliação do comércio com a França.
c) início da industrialização.
d) crise da escravidão.
e) incremento do imperialismo.

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