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LISTA DE EXERCÍCIOS

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Questão 1/50

Atente para o seguinte excerto, que revela a importância da Revolução Francesa para o mundo contemporâneo: “A Revolução
Francesa é assim a revolução de seu tempo, e não apenas uma, embora a mais proeminente, do seu tipo. E suas origens devem,
portanto, ser procuradas não meramente em condições gerais da Europa, mas sim na situação específica da França”.
Hobsbawm, Eric. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977.

Sobre a Revolução Francesa, é correto dizer que

A a Reação Termidoriana foi o golpe de Estado que derrubou os jacobinos e instalou o governo do Diretório.
B a queda da bastilha assinalou não só o seu início, mas também a instalação do governo dos jacobinos, que eram apoiados
pelos sans-cullotes.
C a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi aprovada assim que os jacobinos tomaram o poder.
D a Convenção dirigida pelos monarquistas constitucionais tentou salvar o rei e a rainha, mas não obteve êxito.

Questão 2/50

Podemos dizer que antes as coisas do Mediterrâneo eram dispersas... mas como resultado das conquistas romanas é como se a
história passasse a ter uma unidade orgânica, pois, as coisas da Itália e da África passaram a ser entretecidas com as coisas da
Ásia e da Grécia e o resultado disso tudo aponta para um único fim.  
(Políbio, História, I.3.)

No texto, a conquista romana de todo o Mediterrâneo é:

A criticada, por impor aos povos uma única história, a ditada pelos vencedores.
B desqualificada, por suprimir as independências políticas regionais.
C defendida, por estabelecer uma única cultura, a do poder imperial.
D exaltada, por integrar as histórias particulares em uma única história geral.
E lamentada, por sufocar a autonomia e identidade das culturas.

Questão 3/50

O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um fato isolado. Estava ligado ao nascimento da pólis.
(Marcelo Rede. A Grécia Antiga, 2012.)

A relação entre os surgimentos da filosofia e da pólis na Grécia Antiga é explicada, entre outros fatores,

A pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades.
B pelo esforço dos legisladores em justificar e legitimar o poder divino dos reis.
C pela rejeição da população urbana à persistência do pensamento mítico de origem rural.
D pela preocupação dos pensadores em refletir sobre a organização da vida na cidade.
E pela resistência dos grupos nacionalistas às invasões e ao expansionismo estrangeiro.

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Questão 4/50

“Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber como e sob que espécie de constituição os romanos
conseguiram em menos de cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo exclusivo – fato nunca
antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de
considerar qualquer outro objetivo mais importante que a aquisição desse conhecimento?” 
POLÍBIO. História. Brasília: Edilora UnB, 1985.

A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a:

A ampliação do contingente de camponeses livres.


B consolidação do poder das falanges hóplitas.
C concretização do desígnio imperialista.
D adoção do monoteísmo cristão.
E libertação do domínio etrusco.

Questão 5/50

O código de Hamurabi é o mais famoso e orgânico código de leis existente, cujo significado não é o de uma medida legislativa,
visto conter dúvidas a respeito da aplicação concreta de suas disposições nos veredictos judiciais. 
No que diz respeito a esse código, é correto afirmar que 

A buscava demonstrar quão bem organizado e bem governado seria o reino sob o comando do monarca. 
B precedia os veredictos judiciais, buscando promulgar novas disposições. 
C tornava o rei dependente da tradição inaugurada por UrNammu, fundador da terceira dinastia de Ur. 
D considerava a possibilidade de uma medida legislativa ser um instrumento de debilidade da realeza. 

Questão 6/50

(…) o “arco do triunfo” é um fragmento de muro que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da cidade. (...) Os
primeiros exemplos documentados são estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os do Império, como os
arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de Constantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza pela elegância de suas
proporções.
PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81.

Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca‐se a monumentalidade de suas construções. A relação entre o “arco
do triunfo” e a História de Roma está baseada

A no processo de formação da urbe romana e de edificação de entradas defensivas contra invasões de povos considerados
bárbaros.
B nas celebrações religiosas das divindades romanas vinculadas aos ritos de fertilidade e aos seus ancestrais etruscos.
C nas celebrações das vitórias militares romanas que permitiram a expansão territorial, a consolidação territorial e o
estabelecimento do sistema escravista.
D na edificação de monumentos comemorativos em memória das lutas dos plebeus e do alargamento da cidadania romana.
E nos registros das perseguições ao cristianismo e da destruição de suas edificações monásticas.

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Questão 7/50

A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se geralmente ao adivinho.
Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses e entre os homens, não todos os homens, mas os
heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele forja o passado, mas um
passado sem duração, acabado.
(François Hartog. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.) 

O texto afirma que a obra de Homero

A questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na concepção filosófica de physis.
B valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no fundamento das concepções modernas de tempo e história.
C é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo que prossegue no presente e ensina os homens a
aprenderem com seus erros. 
D identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre temporalidades, que
caracteriza a história.
E desenvolve uma abordagem crítica do passado e uma reflexão de caráter racionalista, semelhantes à da filosofia
présocrática.

Questão 8/50

[Na Mesopotâmia,] todos os bens produzidos pelos próprios palácios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim,
outros rendimentos eram buscados na exploração da população das aldeias e das cidades. As formas de exploração eram
principalmente duas: os impostos e os trabalhos forçados.
(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)

Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a

A internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de algodão, cevada e sésamo.
B utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino.
C escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracterizava o sistema econômico
mesopotâmico como escravista.
D servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores.
E obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou muralhas.

Questão 9/50

(...) o "arco do triunfo" é um fragmento de muro que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da cidade. (...) Os
primeiros exemplos documentados são estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os do Império, como os
arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de Constantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza pela elegância de suas
proporções. 
PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81.

Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca-se a monumentalidade de suas construções. A relação entre o "arco
do triunfo" e a história de Roma está baseada 

A no processo de formação da urbe romana e de edificação de entradas defensivas contra invasões de povos considerados
bárbaros.
B nas celebrações religiosas das divindades romanas vinculadas aos ritos de fertilidade e aos seus ancestrais etruscos.

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C nas celebrações das vitórias militares romanas que permitiram a expansão territorial, a consolidação territorial e o
estabelecimento do sistema escravista.
D na edificação de monumentos comemorativos em memória das lutas dos plebeus e do alargamento da cidadania romana.
E nos registros das perseguições ao cristianismo e da destruição de suas edificações monásticas.

Questão 10/50

Ao primeiro brilho da alvorada chegou do horizonte uma nuvem negra, que era conduzida [pelo] senhor da tempestade (...).
Surgiram então os deuses do abismo; Nergal destruiu as barragens que represavam as águas do inferno; Ninurta, o deus da
guerra, pôs abaixo os diques (...). Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o
mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra. Na alvorada do sétimo dia o temporal (...)
amainou (...) o dilúvio serenou (...) toda a humanidade havia virado argila (...). Na montanha de Nisir o barco ficou preso (...). Na
alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe, mas, não encontrando um lugar para
pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela comeu, (...) grasnou e não mais voltou para
o barco. Eu então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vinho sobre
o topo da montanha em oferenda aos deuses (...).
A Epopeia de Gilgamesh, São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Com base no texto, registrado aproximadamente no século VII a.C. e que se refere a um antigo mito da Mesopotâmia, bem como
em seus conhecimentos, é possível dizer que a sociedade descrita era

A mercantil, pacífica, politeísta e centralizada.


B agrária, militarizada, monoteísta e democrática.
C manufatureira, naval, monoteísta e federalizada.
D mercantil, guerreira, monoteísta e federalizada.
E agrária, guerreira, politeísta e centralizada.

Questão 11/50

Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século III o início da profunda perturbação de que sairá o Ocidente medieval,
é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V como o acontecimento que precipita as transformações, que lhes dá um
aspecto catastrófico e que lhes modifica profundamente a aparência.
LE GOFF, J. A civilização do Ocidente Medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983, v. 1, p. 29.

A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média:

A foram decorrentes do fortalecimento do cristianismo que, a partir do século III, tornou-se a religião oficial do Império
Romano.
B tiveram entre suas características a diminuição do ingresso de mão de obra escrava e o processo de ruralização social.
C foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias de peste e lepra que estimularam o deslocamento para as
cidades.
D levaram ao fortalecimento das instituições públicas romanas e ao desenvolvimento das atividades mercantis no
Mediterrâneo.
E foram particularmente catastróficas na parte Oriental do mundo Romano, pela proximidade geográfica com os povos
germânicos.

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Questão 12/50

Após vingarem o destino infeliz da mãe Rea Silvia, detida por longo tempo pelo pérfido tio Amúlio, e restituírem o reino de Alba
ao avô Numitor, Rômulo e Remo teriam decidido, por conta própria, fundar com seus companheiros, todos homens, uma cidade.
De modo muito simples, Rômulo e Remo foram tomados pelo desejo de fundar uma cidade nos mesmos lugares que haviam sido
abandonados e criados, ou seja, às margens do Tibre.
Adaptado de Levi G. Schmitt -- História dos jovens

O texto apresenta um trecho da versão escrita pelo poeta Virgílio, em Eneida, acerca da fundação da cidade de:

A Esparta.
B Roma.
C Bagdá.
D Tebas.
E Atenas.

Questão 13/50

(Disponível em: http://www.gks.uk.com/images/Book_of_dead.jpg. Acesso em 25/08/2015.)

Em relação à cultura egípcia, é possível afirmar que:

A os egípcios acreditavam na vida pós-morte. Sua religião era politeísta e antropozoomórfica — a presença, na imagem, das
divindades Anubis e Thot é exemplo disso. Seus rituais produziram muitos registros iconográficos e escritos, tal como a
imagem acima, em que está representado um julgamento.
B os egípcios eram um povo de religião politeísta. Como acreditavam na vida após a morte, investiam dinheiro para produzir
registros como o da imagem acima, a fim de mostrar sua proximidade com os deuses, de maneira a convencer a todos de sua
passagem para o reino dos céus. A imagem reproduz um dos rituais de culto aos deuses, teatralizado em cerimônias
funerárias.
C os egípcios eram comerciantes, e conquistaram seu apogeu com a comercialização de sua produção agrícola, conforme
mostra a imagem. A balança representada no registro iconográfico refere-se às trocas comerciais, e a fartura era associada à
proximidade desses comerciantes com os deuses.
D para os egípcios, a religião era fundamental. Professavam a religião politeísta e antropozoomórfica, centrada na crença de
que todos eram filhos dos deuses, portanto, todos eram iguais na vida terrena. Por esse motivo, a balança presente na
imagem representa esse equilíbrio social.

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E a imagem, retirada do Livro dos Mortos, refere-se aos rituais de proteção contra os demônios, representados como seres
antropozoomórficos, amplamente presentes na religião monoteísta e exibidos na ilustração. Os egípcios acreditavam que
esses seres apareciam durante o julgamento realizado após a morte.

Questão 14/50

Os gregos sentiram paixão pelo humano, por suas capacidades, por sua energia construtiva. Por isso, inventaram a polis: a
comunidade cidadã em cujo espaço artificial, antropocêntrico, não governa a necessidade da natureza, nem a vontade dos
deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua capacidade de raciocinar, de discutir, de escolher e de destituir dirigentes, de
criar problemas e propor soluções. O nome pelo qual hoje conhecemos essa invenção grega, a mais revolucionária, politicamente
falando, que já se produziu na história humana, é democracia.
(Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 77.)

Assinale a alternativa correta, considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga.

A Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da liberdade dos homens e da tirania dos deuses.
B Os gregos inventaram a democracia, que tinha então o mesmo funcionamento do sistema político vigente atualmente no
Brasil.
C Para os gregos, a liberdade dos homens era exercida na polis e estava relacionada à capacidade de invenção da política.
D A democracia foi uma invenção grega que criou problemas em função do excesso de liberdade dos homens.

Questão 15/50

A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes
políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante
pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.

Nas cidades-estado da Antiguidade clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte
critério para a participação política:

A controle da terra. 
B liberdade de culto. 
C igualdade de gênero. 
D exclusão dos militares. 
E exigência da alfabetização. 

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Questão 16/50

I. A religião mergulha suas raízes nas profundezas de um passado longínquo e conhece múltiplos deuses, sob a forma ao mesmo
tempo animal e antropomórfica, o que autorizou aproximações (controvertidas) com o totemismo primitivo. A preocupação com o
além domina a vida dos simples e explica o êxito crescente da lenda de Osíris, antigo rei do Delta, vítima da ambição de seu
irmão Séti, e cujo corpo cortado em pedaços foi reunido e ressuscitado pelos cuidados de sua irmã-esposa Ísis.
II. A religião está no centro de toda a vida. Remonta ela à época neolítica e os grandes deuses são de origem cósmica, Anu, rei do
Céu, Enlil, rei da Terra, Ea, rei do Oceano. Esses deuses primordiais criaram os deuses astrais, que se ocupam diretamente dos
homens, Chamach, deus-sol, Sin, deus-lua, Ichtar, o planeta Vênus, e Damuzi, o deus agrário dos mortos e das ressurreições
anuais. A cidade santa é Nipur, e sua preeminência dura até o advento de Marduc, o babilônio.
III. Dois ordenadores de gênio impuseram sua marca [à religião]: Homero, criador de uma sociedade divina à imagem da humana
(deuses olímpicos), e Hesíodo, que concebe toda uma teogonia e lança o problema das forças misteriosas que decidem do
destino do homem. Paralelamente, a religião popular [está] fundada no respeito às forças naturais antropomorfizadas, Zeus, Pã,
Hermes, Ártemis, nos ciclos imutáveis da vegetação, das sementeiras e das colheitas, Deméter e Dioniso [...].
Os trechos acima, extraídos da obra do historiador Paul Petit a respeito dos povos antigos, referem-se a traços culturais,
respectivamente, das civilizações

A egípcia, suméria e grega.


B babilônica, egípcia e romana.
C persa, assíria e grega.
D egípcia, romana e cretense.
E hebraica, persa e grega.

Questão 17/50

Os imperadores romanos que reinaram no século II administraram um vasto império. Eles se tornaram mais abertamente
monárquicos e dinásticos, particularmente fora de Roma, onde não precisavam se preocupar com os humores do Senado.
Emergiu uma corte itinerante que competia por influência. Comunidades provinciais enviavam um embaixador atrás do outro
para acompanhar o imperador onde quer que ele pudesse estar. Poderiam encontrar Adriano às margens do Nilo ou
supervisionando a construção da grande muralha que cruzava o norte da Britânia; ajudando a projetar seu templo de Vênus
diante do Coliseu; fazendo um discurso para soldados na África. O império era governado de onde o imperador estivesse.
(Adaptado de Greg Woolf, Roma. São Paulo: Cultrix, 2017, p. 204.)

A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta.

A O Senado, composto por notáveis, fazia oposição à centralização do poder do Imperador e garantia a centralidade do
governo em Roma e a democratização das decisões governamentais.
B O Império romano foi marcado pelas disputas de poder entre o Imperador e o Senado. Os conflitos entre eles acabaram por
resultar na diminuição do poder do Senado no que diz respeito à administração pública.
C O Senado, composto por notáveis, apoiava a centralização do poder nas mãos do Imperador. A nova estrutura política do
Império permitia a mobilidade da administração pública representada pelo Imperador.
D O Império, governado por militares, opunha-se às comunidades provinciais. Isso levou ao desaparecimento do Senado como
instituição responsável pela administração pública.

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Questão 18/50

O termo cesaropapismo indica um sistema de relações entre Estado e Igreja em que o chefe do Estado, julgando caber-lhe a
competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da Societas fidelium, exercem poderes tradicionalmente
reservados à suprema autoridade religiosa, unificando (uma via tendencial) na própria pessoa as funções de imperador e
pontifex. Decorre daí um traço característico do sistema cesaropapista: a subordinação da Igreja ao Estado, que atingiu formas às
vezes tão acentuadas de levar e considerar a primeira como um órgão do segundo. 
(BOBBIO, Noberto & outros. Dicionário de Política – Volume I. UNB: Brasília. 2016, p. 162)

Na maior parte da história do Império Romano, o Imperador era reconhecido por possuir uma função de divindade. Contudo, o
cristianismo e seu monoteísmo exerceram fortes impactos ao poder imperial. Por isso, a partir da leitura, o cesaropapismo se
destacou, porque

A trouxe para o controle do Império o controle institucional da Igreja Cristã.


B buscava elaborar estratégias teológicas de silenciamento do cristianismo.
C criou a tradição da nomeação do Papa a partir do consenso dos chefes de Estados.
D separava a relação Estado e Igreja ao romper com qualquer reconhecimento religioso pelo Estado.
E encerrou qualquer forma de perseguição religiosa no mundo romano ao estabelecer a hegemonia religiosa sobre qualquer
credo.

Questão 19/50

Apesar de não ter sido tão complexo quanto os governos modernos, o Império [Romano] também precisava pagar custos muito
altos. Além de seus funcionários, da manutenção das estradas e da realização de obras, precisava manter um grande exército
distribuído por toda a sua extensão. A cobrança de impostos é que permitia ao governo continuar funcionando e pagando seus
gastos.
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.)

Os gastos militares intensificaram-se a partir dos séculos III e IV d.C., devido

A ao esforço romano de expandir suas fronteiras para o centro da África.


B às perseguições contra os cristãos, que, bem sucedidas, permitiram o pleno retorno ao politeísmo.
C à necessidade de defesa diante de ataques simultâneos de bárbaros em várias partes da fronteira.
D aos anseios expansionistas, que levaram os romanos a buscar o controle armado e comercial do mar mediterrâneo.
E à guerra contra Cartago pelo controle de terras no norte da África e na Península Ibérica.

Questão 20/50

Sobre a ordem imperial, é correto afirmar que a

A concentração dos poderes na figura do imperador tranquilizava a classe dos patrícios e senadores que concordavam com
esse tipo de regime que, de acordo com eles, seria o único capaz de sufocar a anarquia e as rebeliões de escravos.
B criação do império, obra elaborada pelo primeiro e segundo triunvirato, expressou o triunfo da vontade dos generais, para
os quais o regime imperial seria o tipo de governo ideal, para controlar a crise social do final da República.
C base do império foi sustentada pelo poder dos camponeses romanos, nos campos, e pela plebe nos centros urbanos,
principais interessados na existência de uma ordem que lhes assegurasse o domínio da terra e a permanência da prática do
pão e circo.
D vitória da participação popular no cerne da vida política marcou, profundamente, o novo regime político, diferente do que
ocorreu tanto no período monárquico, quanto no período republicano.

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E crise econômica pelo qual Roma passava nos últimos anos da república, decorrente das inúmeras derrotas militares
enfrentadas pelos romanos e os gastos despendidos para consolidar a conquista do mediterrâneo, levaram o povo a apoiar
o novo regime.

Questão 21/50

César não saíra de sua província para fazer mal algum, mas para se defender dos agravos dos inimigos, para restabelecer em
seus poderes os tribunos da plebe que tinham sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para devolver a liberdade a si e ao
povo romano oprimido pela facção minoritária.
Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 67.

O texto, do século I a.C., retrata o cenário romano de

A implantação da Monarquia, quando a aristocracia perseguia seus opositores e os forçava ao ostracismo, para sufocar
revoltas oligárquicas e populares.
B transição da República ao Império, período de reformulações provocadas pela expansão mediterrânica e pelo aumento da
insatisfação da plebe.
C consolidação da República, marcado pela participação política de pequenos proprietários rurais e pela implementação de
amplo programa de reforma agrária.
D passagem da Monarquia à República, período de consolidação oligárquica, que provocou a ampliação do poder e da
influência política dos militares.
E decadência do Império, então sujeito a invasões estrangeiras e à fragmentação política gerada pelas rebeliões populares e
pela ação dos bárbaros.

Questão 22/50

Roma provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema político para incluir as cidades italianas durante sua expansão
peninsular. Desde o começo ela havia – diferentemente de Atenas – exigido de seus aliados tropas para seus exércitos, e não
dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de
guerra. Neste ponto, seguia o exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse sempre muito
maior.
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.)

A comparação que o texto estabelece entre Roma e Esparta é pertinente, uma vez que foi comum às duas cidades

A valorizar a formação e a disciplina da soldadesca e constituir amplo aparato militar.


B instalar e manter importantes áreas coloniais no Norte da África e no Oriente Próximo.
C estabelecer amplo domínio militar e comercial sobre o Mar Mediterrâneo e o Leste europeu.
D erradicar a influência política e militar de Atenas e combater os exércitos cartagineses e persas.
E viver sob regimes democráticos, após terem atravessado períodos de oligarquia e de tirania.

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Questão 23/50

Leia o excerto sobre a preparação dos rapazes na Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e pai de família. 
Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas clássica e helenística em Atenas. A primeira, de origem mais arcaica, era a
apresentação do adolescente à  1fratria paterna, inicialmente em um sacrifício oferecido pelo pai aos deuses Zeus e Atena. A
segunda, provavelmente estabelecida na época clássica, era o serviço militar, chamado efebia. Ambas tinham igual importância
para os gregos do período, e era indispensável que o jovem passasse pelas duas. 
(Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga, 1996. Adaptado.)
1
fratria: grupo de pessoas que acreditavam ter o mesmo ancestral.
De acordo com o excerto, tornar-se cidadão em Atenas dependia

A da formação intelectual e do pertencimento às tropas da cidade. 


B da aceitação pelo grupo familiar e da preparação para a guerra. 
C do casamento dentro da linhagem e do auxílio militar ao Estado. 
D de pagamentos feitos aos sacerdotes e do combate aos inimigos. 
E do reconhecimento pelas autoridades civis e da capacidade bélica. 

Questão 24/50

Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A
ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os
plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas — os decênviros — para escrever as leis. Dois deles viajaram a
Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.
COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à

A adoção do sufrágio universal masculino.


B extensão da cidadania aos homens livres.
C afirmação de instituições democráticas.
D implantação de direitos sociais.
E tripartição dos poderes políticos.

Questão 25/50

Aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre si por suas origens, condições e funções, de certa forma parecem
“semelhantes” uns aos outros. Essa similitude funda a unidade da pólis, porque para os gregos somente os semelhantes podem
permanecer mutuamente unidos pela Philia, associados a uma mesma comunidade. Todos aqueles que participam do Estado
definem-se como Homoioi, semelhantes, depois de maneira mais abstrata, como Isoi, iguais. Essa imagem das relações humanas
encontrará no século VI a.C. a sua expressão rigorosa no conceito de isonomia: igual participação de todos os cidadãos no
exercício do poder. 
(Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque, 1995. Adaptado.)

O autor argumenta que a organização da pólis grega 

A desconhecia as desigualdades reais entre os cidadãos na esfera das decisões políticas coletivas. 
B fundava-se no sentimento recíproco de amizade entre os cidadãos dos mesmos grupos econômicos. 
C abria-se à participação nas decisões públicas dos aliados incondicionais da cidade nos períodos de guerra. 

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D enaltecia o exercício da racionalidade política em prejuízo dos cultos das divindades do mundo grego. 
E distribuía o conjunto das tarefas públicas de acordo com as aptidões políticas de cada um dos cidadãos. 

Questão 26/50

Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas e orientais, alargaram o espaço da civilização urbana da
Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De 200 a.C. em diante, o poder imperial romano avançou para leste [...] e nos
meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas as barreiras sérias de resistência do Oriente.
P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982.

Na região das formações sociais gregas,

A a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, apesar da centralização política implementada pelos imperadores
helenísticos.
B essas formações e os impérios helenísticos constituíram-se com o avanço das conquistas espartanas no período posterior às
guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C.
C a conquista romana caracterizou-se por uma forte ofensiva frente à cultura helenística, impondo a língua latina e cerceando
as escolas filosóficas gregas.
D o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou
mais fortemente sua parte ocidental.
E os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido às lutas
intestinas e às rivalidades entre cidades-estado.

Questão 27/50

A respeito da Guerra do Peloponeso no séc. V a.C., é correto afirmar: 

A O conflito resultou das disputas comerciais e militares entre a Liga de Delos, liderada pela cidade-estado de Atenas, e os
interesses assírios. 
B A guerra afetou a autonomia política e administrativa das cidades-estados, dando lugar à organização imperial. 
C A hegemonia ateniense foi dissolvida com o triunfo da Liga do Peloponeso e as colônias na Ásia Menor foram devolvidas aos
persas. 
D A guerra marcou a decadência do militarismo espartano frente aos exércitos atenienses, que defendiam a democracia. 
E O desabastecimento de escravos e a desorganização da produção agrícola contribuíram para a perda da hegemonia grega
no Mediterrâneo. 

Questão 28/50

A maior parte das regiões vizinhas [da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela falta de água, o que desestimulou
o povoamento e fez com que fosse ocupada por populações organizadas em pequenos grupos que circulavam pelo deserto. Já a
Mesopotâmia apresenta uma grande diferença: embora marcada pela paisagem desértica, possui uma planície cortada por dois
grandes rios e diversos afluentes e córregos.
(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)

A partir do texto, é correto afirmar que

A os povos mesopotâmicos dependiam apenas da caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de alimentos.
B a ocupação da planície mesopotâmica e das áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter sedentário e
ininterrupto.

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C a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâmia tinha características nômades e os povos mesopotâmicos praticavam a
agricultura irrigada.
D a ocupação sedentária das regiões desérticas representava uma ameaça militar aos habitantes da Mesopotâmia.
E os povos mesopotâmicos jamais puderam se sedentarizar, devido às dificuldades de obtenção de alimentos na região.

Questão 29/50

Para os gregos antigos, a ideia de confronto entre oponentes, até que um dos contendores superasse os demais, atingindo um
grau de excelência reconhecido e admirado por todos os circunstantes, era um ritual central em sua cultura. Os gregos faziam
com que ele integrasse várias de suas cerimónias, as mais importantes e as mais sagradas.
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa, 2004. Adaptado.)

O texto afirma que as Olimpíadas na Grécia Antiga

A tinham a função de adequar os corpos dos praticantes às necessidades do mundo do trabalho, tornando-os capazes de
produzir mais.
B permitiam que a população se divertisse, dissolvendo as tensões sociais e facilitando a dominação política por parte dos
governantes.
C estavam integradas a outros aspectos da vida social e religiosa, associando-se a momentos de festa e celebração.
D estimulavam a competitividade e o individualismo, preparando os homens para as disputas profissionais na vida adulta.
E visavam exercitar e fortalecer os guerreiros, melhorando sua atuação política e militar nos períodos de guerra.

Questão 30/50

A escravatura [na Roma antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu desenvolvimento em grande
escala foi consequência das guerras de conquista [...].
Patrick Le Roux. Império Romano, 2010.

Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que:

A assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela raça.
B aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo.
C atingiu o auge com a ocupação romana da Germânia e de territórios na Europa Central.
D diminuiu bastante após a implantação do Império e foi abolida pelos imperadores cristãos.
E diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam se tornar livres.

Questão 31/50

– São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...] 
– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora
difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou
vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e
destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e
consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade?
(Platão. A República, 1987.)

O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza

A a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade.

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B a organização da pólis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria.


C o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da igualdade social.
D a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes.
E a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana.

Questão 32/50

Quando se trata de competência nas construções e nas artes, os atenienses acreditam que poucos sejam capazes de dar
conselhos. Quando, ao contrário, se trata de uma deliberação política, toleram que qualquer um fale, de outro modo não existiria
a cidade. 
BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado).

De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade Clássica tinha como característica
fundamental o(a)

A dedicação altruísta em ações coletivas.


B participação direta em fóruns decisórios.
C ativismo humanista em debates públicos.
D discurso formalista em espaços acadêmicos. 
E representação igualitária em instâncias parlamentares.

Questão 33/50

Os impérios do mundo antigo tinham ampla abrangência territorial e estruturas politicamente complexas, o que implicava custos
crescentes de administração. No caso do Império Romano da Antiguidade, são exemplos desses custos:

A as expropriações de terras dos patrícios e a geração de empregos para os plebeus.


B os investimentos na melhoria dos serviços de assistência e da previdência social.
C as reduções de impostos, que tinham a finalidade de evitar revoltas provinciais e rebeliões populares.
D os gastos cotidianos das famílias pobres com alimentação, moradia, educação e saúde.
E as despesas militares, a realização de obras públicas e a manutenção de estradas. 

Questão 34/50

É certo que as civilizações da Antiguidade legaram à posteridade um respeitável acervo cultural. 


No entanto, para superar equívoco, assinale a alternativa INCORRETA.

A A pintura egípcia revela belos exemplos de descrição de movimento, sendo a figura humana representada com a cabeça e
os pés de perfil. 
B Entre as Civilizações Mesopotâmicas que se desenvolveram no vale dos rios Tigre e Eufrates, predominou, durante certo
tempo, a forma asiática de produção. 
C No período denominado Homérico, houve a dissolução das comunidades gentílicas e a formação gradativa das Cidades-
Estado da Grécia. 
D A escrita egípcia era em caracteres cuneiformes. 
E O Direito Romano, sujeito a novas interpretações, tornou-se parte importante do Código de Justiniano, influenciou juristas da
Idade Média e até das fases históricas subsequentes.

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Questão 35/50

Leia o texto
“A corrupção nos costumes das mulheres é ainda uma coisa prejudicial ao fim que se propõe o governo, e à boa conservação das
leis do Estado [...] É o que aconteceu em Esparta [...]. Tais são as observações feitas entre os lacedemônios: no tempo da sua
dominação as mulheres resolviam todas as questões. De resto, que diferença existe em que as mulheres governem, ou que os
magistrados sejam governados por mulheres? [...] As mulheres dos lacedemônios, mesmo no caso de perigo, fizeram-lhes o
maior mal possível”.
Aristóteles, A política. p. 79-80.

É correto afirmar sobre as mulheres na Grécia Antiga:

A Obtiveram direitos à educação e acesso às escolas filosóficas da cidade-estado de Atenas durante o período Clássico.
B Em Esparta, recebiam educação física na infância, tinham direito à herança e administravam as propriedades na ausência dos
maridos.
C Adquiriram poderes políticos como cidadãs, apenas com o estabelecimento do Império Macedônico, sob a liderança de
Alexandre Magno.
D Em Atenas, podiam participar de algumas discussões na Eclésia e possuíam direitos políticos durante o período da
Democracia.
E Tornaram-se legisladoras e integrantes do Conselho dos mais velhos na cidade-estado de Tebas.

Questão 36/50

Apesar de não ter sido tão complexo quanto os governos modernos, o Império [Romano] também precisava pagar custos muito
altos. Além de seus funcionários, da manutenção das estradas e da realização de obras, precisava manter um grande exército
distribuído por toda a sua extensão. A cobrança de impostos é que permitia ao governo continuar funcionando e pagando seus
gastos.
Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.

Sobre o recolhimento de impostos e os gastos públicos no Império Romano, é correto afirmar que

A os patrícios e os proprietários de terras não pagavam tributos, uma vez que estes eram de responsabilidade exclusiva de
arrendatários e escravos.
B o desenvolvimento da engenharia civil foi essencial para integrar o Império e facilitar o deslocamento dos exércitos.
C as obras financiadas com recursos públicos foram apenas as de função religiosa, como altares ou templos.
D a desvalorização da moeda foi uma das formas utilizadas pelos governantes para aliviar o peso dos impostos sobre a
população despossuída.
E os tributos eram cobrados por coletores enviados diretamente de Roma, não havendo qualquer intermediação ou
intervenção de autoridades locais.

Questão 37/50

A História de Roma se divide em três grandes períodos: a Monarquia, a República e o Império. Sobre o período da República
Romana, é correto afirmar que

A a escravidão dos cidadãos romanos por dívidas foi abolida logo depois da instalação da República.
B a desintegração da comunidade gentílica romana ocorreu durante o período Republicano.
C o fim da Monarquia em Roma significou a vitória da plebe romana sobre a aristocracia patrícia.

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D a expansão comercial de Roma possibilitou várias vitórias da plebe contra os patrícios.

Questão 38/50

A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de
Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma característica política dos romanos no período, indicada em:

A cruzadismo – conquista da terra santa.


B patriotismo – exaltação da cultura local.
C helenismo – apropriação da estética grega.
D imperialismo – selvageria dos povos dominados.
E expansionismo – diversidade dos territórios conquistados.

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Questão 39/50

A imagem acima retrata parte do mosaico romano de Nennig, um dos mais bem conservados que se encontram até o momento
no norte da Europa. A composição conta com mais de 160 m2 e apresenta como tema cenas próprias de um anfiteatro romano.
(https://fr.wikipedia.org/wiki/Perl_(Sarre)#/media/File:Retiarius_stabs_secutor_(color).jpg. Acessado em 12/08/2016.)

A partir da leitura da imagem e do conhecimento sobre o período em questão, pode-se afirmar corretamente que a imagem
representa  

A uma luta entre três gladiadores, prática popular entre membros da elite romana do século III d. C, que foi criticada pelos
cristãos. 
B a popularidade das atividades circenses entre os romanos, prática de cunho religioso que envolvia os prisioneiros de guerra. 
C uma das ações da política do pão e do circo, estratégia da elite romana que usava cidadãos romanos na arena, para lutarem
entre si e, assim, divertir o povo. 
D uma luta entre gladiadores, prática que tinha inúmeras funções naquela sociedade, como a diversão, a tentativa de controle
social e a valorização da guerra.

Questão 40/50

Texto I
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente quando terra e dívida são mencionadas juntas. Logo depois de 600 a.C., ele
foi designado “legislador” em Atenas, com poderes sem precedentes, porque a exigência de redistribuição de terras e o
cancelamento das dívidas não podiam continuar bloqueados pela oligarquia dos proprietários de terra por meio da força ou de
pequenas concessões.
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013 (adaptado).

Texto II
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos textos fundamentais do direito romano, uma das principais heranças romanas que
chegaram até nos. A publicação dessas leis, por volta de 450 a.C., foi importante pois o conhecimento das “regras do jogo” da
vida em sociedade é um instrumento favorável ao homem comum e potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos
poderosos.
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).

O ponto de convergência entre as realidades sociopolíticas indicadas nos textos consiste na ideia de que a

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A discussão de preceitos formais estabeleceu a democracia. 


B invenção de códigos jurídicos desarticulou as aristocracias.
C formulação de regulamentos oficiais instituiu as sociedades.
D definição de princípios morais encerrou os conflitos de interesses. 
E criação de normas coletivas diminuiu as desigualdades de tratamento.

Questão 41/50

(...) não era a falta de mecanização [na Grécia e em Roma] que tornava indispensável o recurso à escravidão; ocorrera exatamente
o contrário: a presença maciça da escravidão determinou a “estagnação tecnológica” greco-romana.
(Aldo Schiavone. Uma história rompida: Roma antiga e ocidente moderno. São Paulo: Edusp, 2005.)

A escravidão na Grécia e na Roma antigas

A baseava-se em características raciais dos trabalhadores.


B expandia-se nos períodos de conquistas e domínio de outros povos.
C dependia da tolerância e da passividade dos escravos.
D foi abolida nas cidades democráticas.
E restringia-se às atividades domésticas e urbanas.

Questão 42/50

“Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilônia, tantas vezes destruída, quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas da Lima Dourada moravam seus obreiros?” 
Perguntas de um operário que lê. Bertold Brecht.
Heródoto de Halicarnasso, nascido no século V a.C., é comumente conhecido como “o Pai da História”. De acordo com o
historiador François Hartog, Heródoto interessava-se, entre outras questões, pelas maravilhas e pelos monumentos
considerados, muitas vezes, expressões da influência divina. 
Considerando os questionamentos de Bertold Brecht, assinale a alternativa que contém a melhor interpretação para a frase de
Heródoto: “O Egito é uma dádiva do Nilo”. 

A Permite constatar o desconhecimento de Heródoto no que diz respeito à Geografia, uma vez que os rios que atravessam o
território egípcio são Tigre e Eufrates.
B Representa um anacronismo pois, no século V a.C., quando proferida, o Egito era ainda colônia do grande Império Bizantino. 
C Atribui apenas à presença do Nilo o desenvolvimento do Egito, porém não considera a importância da presença humana, do
trabalho empreendido na utilização do rio e dos benefícios naturais para o desenvolvimento da região. 
D Representa a profunda religiosidade do povo egípcio, o qual atribuía ao deus Nilo o desenvolvimento do Império, à época,
no período pré-dinástico.
E Atribui centralidade às ações do imperador Nilo que, entre os séculos VI a.C. e V a.C., administrou o processo de expansão
territorial do Império Egípcio, sem, todavia, ressaltar a participação dos soldados que lutavam sob o comando do imperador.

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Questão 43/50

Leia, com atenção, o texto abaixo, que reproduz trechos de um conjunto de leis produzido na Antiguidade.
Se um homem cegou o olho de um homem livre, o seu próprio olho será cego. Se um homem tiver arrancado os dentes de um
homem de sua categoria, os seus próprios dentes serão arrancados. Se um construtor fizer uma casa e esta não for sólida e
caindo matar o dono, este construtor será morto. O conjunto de leis, destacado acima, refere-se:

A ao código de Hamurabi, produzido na Mesopotâmia por volta do ano 1750 a.C., tido como uma das primeiras leis escritas
existentes.
B às punições que o Faraó egípcio aplicava aos sacerdotes dos templos submetidos a impostos, que incluíam trabalhos
forçados.
C às determinações criadas em Atenas a partir no século VII a.C., atribuídas a legisladores como Dracon e Sólon.
D à lei das XII Tábuas, que regulamentava a condição dos escravos durante o início do processo de expansão territorial da
república romana.
E à introdução dos princípios defendidos pela religião cristã na legislação romana ocorrida no século IV d.C.

Questão 44/50

Observe a figura.

(Egito. Século XIII a. C.)

A respeito do contexto apresentado, é correto afirmar:

A a imagem demonstra que os agricultores das margens férteis do rio Nilo desconheciam a escrita.
B ao contrário da economia da caça de animais, que exigia o trabalho coletivo, a agricultura não originava sociedades
humanas.
C a imagem revela uma apurada técnica de composição, além de se referir à economia e à cultura daquele período histórico.
D os antigos egípcios cultivavam cereais e desconheciam as atividades econômicas do artesanato e da criação de animais.
E a imagem comprova que as produções culturais dos homens estão desvinculadas de suas práticas econômicas e de
subsistência.

Questão 45/50

A História da Grécia se divide em vários períodos: PréHomérico, Homérico, Arcaico, Clássico e Helenístico. Sobre esses períodos,
é correto afirmar que 

A a formação da pólis e o movimento de colonização grega ocorreram durante o período Clássico. 


B desenvolvimento do comércio e do artesanato ocorreram durante o período Arcaico. 
C a bipolarização entre Atenas e Esparta, assim como a guerra do Peloponeso, ocorreram durante o período Clássico. 
D a ruralização, a ausência de escrita e a formação dos genos são características do período Pré-Homérico. 

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Questão 46/50

Mirem-se no exemplo 
Daquelas mulheres de Atenas 
Vivem pros seus maridos 
Orgulho e raça de Atenas. 
BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)

Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de

A sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses. 


B sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.  
C seu rebaixamento de status social frente aos homens. 
D seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.
E sua igualdade política em relação aos homens.   

Questão 47/50

“Depois de meio século de lutas internas, Caio Júlio César, um general aristocrata que se dizia descendente de Vênus e Enéias,
conquistou em poucos anos a Gália, uma enorme área que corresponde, mais ou menos, à atual França, Suíça, Bélgica e parte da
Alemanha. Quando o Senado não lhe quis permitir que continuasse a comandar as tropas, César recusou-se a obedecer (...) e
tornou-se ditador em seguida”.
(FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001, p. 89).

Considerando a história política da Roma Antiga, o contexto refere-se a uma culminância da crise:

A da realeza.
B da república.
C do principado.
D do alto império.
E do baixo império.

Questão 48/50

O ano de 509 a.C., uma das datas mais importantes na história de Roma, marcou o fim da Monarquia e o começo da República, a
qual significou uma mudança radical na forma de governar Roma. O governo passou a ser exercido pelos magistrados, pelo
Senado e pelas assembleias. Os magistrados detinham o poder executivo. A mais importante das magistraturas era exercida por
dois elementos que atuavam como os representantes do conjunto dos cidadãos. Suas funções eram comandar o exército,
convocar o senado e presidir os cultos públicos. Eram os verdadeiros chefes da República e deveriam atuar sempre de comum
acordo. Nenhum deles podia tomar uma decisão sem consultar o seu colega (o termo colega significa associado a outro). 
(Bárbara Pastor. Breve História de la Antigua Roma: Monarquia y República)

O texto deve ser relacionado a:

A pretores.
B questores.
C tribunos da plebe.
D cônsules.

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E ditadores.

Questão 49/50

Enquanto nas cidades o poder ficou nas mãos dos bispos, nos campos, concentrou-se na dos grandes proprietários. O governo
romano perdeu força: já não era capaz de cobrar os impostos de maneira eficiente, nem mesmo de pagar os exércitos. Em 476, o
último imperador romano foi deposto. Era o fim do Império Romano e do mundo antigo e o início de uma nova era, a Idade Média.
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.)

A queda do Império Romano do Ocidente foi provocada, entre outros fatores,

A pela fragilização do poder central, que gradualmente perdeu o controle das províncias que compunham o Império.
B pelo declínio econômico das colônias asiáticas, que deixaram de fornecer matérias-primas à capital do Império.
C pela hegemonia econômico-financeira da Igreja, que passou a combater militarmente os imperadores pagãos.
D pelo desenvolvimento militar dos impérios macedônio e persa, que se tornaram rivais de Roma e a derrotaram.
E pelas invasões dos bárbaros, que saquearam o Império Romano e, assim, facilitaram sua conquista pelos hunos.

Questão 50/50

Os imperadores romanos que reinaram no século II administraram um vasto império. Eles se tornaram mais abertamente
monárquicos e dinásticos, particularmente fora de Roma, onde não precisavam se preocupar com os humores do Senado.
Emergiu uma corte itinerante que competia por influência. Comunidades provinciais enviavam um embaixador atrás do outro
para acompanhar o imperador onde quer que ele pudesse estar.
Poderiam encontrar Adriano às margens do Nilo ou supervisionando a construção da grande muralha que cruzava o norte da
Britânia; ajudando a projetar seu templo de Vênus diante do Coliseu; fazendo um discurso para soldados na África. O império era
governado de onde o imperador estivesse.
(Adaptado de Greg Woolf, Roma. São Paulo: Cultrix, 2017, p. 204.)

A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta.

A O senado, composto por notáveis, fazia oposição à centralização do poder do imperador e garantia a centralidade do
governo em Roma e a democratização das decisões governamentais.
B O império romano foi marcado pelas disputas de poder entre o imperador e o senado. Os conflitos entre eles acabaram por
resultar na diminuição do poder do senado no que diz respeito à administração pública.
C O senado, composto por notáveis, apoiava a centralização do poder nas mãos do imperador. A nova estrutura política do
império permitia a mobilidade da administração pública representada pelo imperador.
D O império, governado por militares, opunha-se às comunidades provinciais. Isso levou ao desaparecimento do senado como
instituição responsável pela administração pública.

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Gabarito

1 A B C D 31 A B C D E

2 A B C D E 32 A B C D E

3 A B C D E 33 A B C D E

4 A B C D E 34 A B C D E

5 A B C D 35 A B C D E

6 A B C D E 36 A B C D E

7 A B C D E 37 A B C D

8 A B C D E 38 A B C D E

9 A B C D E 39 A B C D

10 A B C D E 40 A B C D E

11 A B C D E 41 A B C D E

12 A B C D E 42 A B C D E

13 A B C D E 43 A B C D E

14 A B C D 44 A B C D E

15 A B C D E 45 A B C D

16 A B C D E 46 A B C D E

17 A B C D 47 A B C D E

18 A B C D E 48 A B C D E

19 A B C D E 49 A B C D E

20 A B C D E 50 A B C D

21 A B C D E

22 A B C D E

23 A B C D E

24 A B C D E

25 A B C D E

26 A B C D E

27 A B C D E

28 A B C D E

29 A B C D E

30 A B C D E

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