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Crise de

1383 - 1385
83
Otavio 21º
Índice
O que causou?
O que foi a crise?
Principais envolvidos
Consequências pós a crise
O que causou a crise?

A Crise de 1383 foi um importante evento na história de Portugal que ocorreu no século
XIV. Essa crise teve início com a morte do rei português, Fernando I, em outubro de
1383. Fernando I não tinha um herdeiro masculino legítimo para sucedê-lo, o que gerou
uma disputa pelo trono entre diferentes facções nobres e estrangeiras.
A filha de Fernando, Beatriz de Portugal, estava casada com o rei João I de Castela, e
muitos nobres portugueses apoiaram a ideia de união entre Portugal e Castela. No
entanto, uma parte significativa da nobreza e do povo português se opunha a essa
união, temendo a perda da independência e dos direitos do reino.
O que foi?
A liderança dessa oposição ficou a cargo do Mestre de Avis,
futuro rei João I de Portugal, que se proclamou regente em
nome de sua meia-irmã Beatriz, mas com o objetivo de evitar a
dominação castelhana. João I de Portugal contou com o apoio
de outros nobres e cidades importantes, como Lisboa e Porto,
que se rebelaram contra a influência castelhana.
Em resposta a essa situação, a burguesia urbana, liderada pelo
Mestre de Avis e pelo Condestável Nuno Álvares Pereira,
revoltou-se contra o domínio castelhano e o governo pró-
castelhano em Portugal. A revolta começou em Lisboa, em
dezembro de 1383, e rapidamente se espalhou por outras partes
do país
Principais envolvidos

O rei Filha do rei O rei


Fernando, último rei da Beatriz de Portugal D. João de Castela.
dinastia de Borgonha.
Fernando I
de Portugal
Fernando I de Portugal, também conhecido como Fernando o Formoso ou Fernando o Belo, foi o nono
rei de Portugal, governando de 1367 até sua morte em 1383. Ele nasceu em 31 de outubro de 1345, filho
do rei Pedro I de Portugal e de sua esposa, Constança Manuel.
Quando Fernando subiu ao trono em 1367, Portugal enfrentava dificuldades políticas e sociais. Durante
seu reinado, ele buscou fortalecer o poder real e promover a estabilidade interna. Uma das principais
ações de Fernando foi a reorganização administrativa do país, estabelecendo novas estruturas
governamentais nas cidades e regiões.
Além disso, Fernando I procurou expandir as fronteiras do reino através de uma política externa
agressiva. Ele liderou campanhas militares contra o Reino de Castela, com o objetivo de conquistar
territórios disputados. No entanto, essas campanhas foram em grande parte inconclusivas.
Uma das ações mais significativas de Fernando I foi a criação da Universidade de Avis, em 1380, que se
tornou um importante centro de aprendizado e contribuiu para o desenvolvimento intelectual do país.
Em termos pessoais, Fernando era descrito como um rei culto, apreciador das artes e da música. Ele
também era conhecido por ser um bom administrador e por promover reformas sociais e econômicas
em Portugal.
No entanto, a morte prematura de Fernando I em 1383 desencadeou uma crise sucessória em Portugal,
conhecida como a Crise de 1383-1385. Essa crise culminou na ascensão de seu meio-irmão, João,
Mestre de Avis, ao trono, como João I de Portugal, dando início à dinastia de Avis.
Fernando I de Portugal deixou um legado importante no fortalecimento do poder real e nas reformas
administrativas que contribuíram para a estabilidade do país. Apesar de seu reinado ter sido curto,
suas ações tiveram impacto significativo na história de Portugal.
Beatriz de
Portugal
Beatriz de Portugal, também conhecida como Beatriz de Alcáçova-Carvalhais, foi a
rainha consorte de Portugal como esposa do rei João I. Ela nasceu em 1372, filha do
nobre Nuno Álvares Pereira e de sua esposa, Leonor de Alvim.
Em 1383, Beatriz casou-se com João, Mestre de Avis, que mais tarde se tornaria João I
de Portugal. O casamento foi estratégico e ajudou a fortalecer a posição de João na crise
sucessória conhecida como a Crise de 1383-1385.
Após a coroação de João como rei em 1385, Beatriz foi proclamada rainha consorte. Ela
desempenhou um papel importante na corte, sendo uma figura de prestígio e
influência. Sua posição ajudou a estabilizar o reino e fortalecer o governo de João I.
No entanto, a união de João e Beatriz não foi abençoada com filhos. Isso levou a
disputas dinásticas e a um futuro incerto para a sucessão. Após a morte de Beatriz em
1410, João I se casou novamente com Filipa de Lencastre, com quem teve uma
descendência que assegurou a continuidade da dinastia de Avis.
Beatriz de Portugal deixou uma marca como rainha consorte, apoiando o rei João I e
desempenhando um papel significativo na estabilização do reino durante um período
turbulento da história de Portugal.
D. João de
Castela
D. João de Castela, conhecido como João I de Castela, foi um monarca importante na história da Espanha.
Ele nasceu em 24 de agosto de 1358, em Epila, Aragão. Era filho de Henrique II de Castela e de sua esposa,
Joana Manuel.
João I ascendeu ao trono de Castela em 1379, após a morte de seu pai. Durante seu reinado, ele enfrentou
muitos desafios, incluindo conflitos internos e disputas territoriais. Ele se envolveu em guerras contra
Portugal, Aragão e Granada, buscando expandir o território e consolidar seu poder.
Uma das realizações mais notáveis de João I foi o estabelecimento do Conselho Real de Castela, uma
instituição que ajudou a centralizar o governo e a promover a administração eficiente do reino. Ele
também promoveu reformas judiciais e impulsionou o desenvolvimento cultural e artístico.
No entanto, o reinado de João I de Castela também foi marcado por tragédias pessoais. Sua esposa,
Leonor de Aragão, morreu em 1382, e ele enfrentou conflitos familiares, incluindo disputas com seu filho,
Henrique, que resultaram na prisão deste último.
João I foi conhecido como um rei culto, poeta e patrono das artes. Ele promoveu a literatura e a música,
estabelecendo uma corte rica em cultura e intelectualidade.
Infelizmente, o reinado de João I foi interrompido em 1390, quando ele foi assassinado em seu palácio
em Viseu, Portugal. As circunstâncias exatas de sua morte ainda são objeto de debate e mistério.
João I de Castela deixou um legado significativo como um rei guerreiro, reformador e patrono das artes.
Sua morte prematura encerrou um reinado promissor e teve impacto na política e na estabilidade da
Espanha.
Consequencias pós crise
Crise de 1383-1385 em Portugal teve consequências significativas para o país. Alguns dos principais impactos foram:
Ascensão da dinastia de Avis: A crise marcou o fim da dinastia de Borgonha em Portugal e levou à ascensão da dinastia de Avis. João,
Mestre de Avis, meio-irmão de Fernando I, emergiu como um dos pretendentes ao trono e, eventualmente, se tornou João I de Portugal.
Isso estabeleceu a dinastia de Avis, que governou Portugal até 1580.
Guerra de Sucessão: A crise desencadeou uma guerra de sucessão entre os vários pretendentes ao trono. A disputa envolveu conflitos
militares e políticos, com diferentes facções apoiando candidatos rivais. Essa guerra levou a uma instabilidade política e social no país.
Unificação do país: Durante a crise, Portugal enfrentou ameaças de anexação por parte de Castela. No entanto, o povo português
resistiu aos avanços castelhanos e defendeu a independência do país. Isso resultou na união e coesão do povo português, que se uniu em
torno do objetivo comum de preservar a soberania nacional.
Consolidação do poder real: Durante a crise, João I de Portugal conseguiu consolidar o poder real e fortalecer a posição da monarquia.
Ele implementou reformas administrativas e militares que aumentaram a centralização do governo e reforçaram a autoridade do rei. Isso
contribuiu para a estabilidade política e a consolidação do Estado português.
Expansão marítima: A crise de 1383-1385 marcou o início de uma nova era para Portugal, impulsionando os esforços de exploração
marítima e as descobertas além-mar. Com a estabilidade interna estabelecida, Portugal voltou sua atenção para a expansão territorial e a
exploração de novas rotas comerciais, desencadeando a chamada Era dos Descobrimentos.
Essas consequências moldaram a história de Portugal e tiveram impacto nas décadas e séculos seguintes, tanto em termos de governança
política quanto de exploração marítima e expansão colonial.
Obrigado pela
atenção

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